Plano Mestre-Porto Do Pecem

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Plano Mestre-Porto Do Pecem

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  • SECRETARIA DE PORTOS DA PRESIDNCIA DA REPBLICA SEP/PR UNIVERSIDADE FEDERAL DE SANTA CATARINA UFSC

    FUNDAO DE ENSINO DE ENGENHARIA DE SANTA CATARINA FEESC LABORATRIO DE TRANSPORTES E LOGSTICA LABTRANS

    PESQUISAS E ESTUDOS PARA A LOGSTICA PORTURIA E DESENVOLVIMENTO DE INSTRUMENTOS DE

    APOIO AO PLANEJAMENTO PORTURIO

    Plano Mestre

    Porto do Pecm

    Florianpolis SC, 2012

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm iii

    Ficha Tcnica

    Secretaria de Portos da Presidncia

    Ministro Jos Lenidas de Menezes Cristino

    Secretrio de Planejamento e Desenvolvimento Porturio Rogrio de Abreu Menescal

    Diretor de Sistemas de Informaes Porturias e Coordenador da Cooperao Lus

    Claudio Santana Montenegro

    Universidade Federal de Santa Catarina

    Laboratrio de Transportes e Logstica LabTrans - UFSC

    Coordenador Geral do Laboratrio Amir Mattar Valente

    Equipe tcnica:

    Fabiano Giacobo Coordenador

    Fernando Seabra Especialista

    Nelson Martins Lecheta Especialista

    Reynaldo Brown do Rego Macedo Especialista

    Edsio Elias Lopes - Especialista

    Virgilio Rodrigues Lopes de Oliveira - Especialista

    Tiago Buss Sub Coordenador

    Ana Cludia Silva Larissa Berlanda

    Andr Macan Lvia Segadilha

    Bruno Henrique Figueiredo Baldez Luiza Peres

    Bruno Luiz Savi Mateus Henrique Schuhmacher Valrio

    Caroline Helena Rosa Mayara Luz da Silva

    CristhianoZulianello dos Santos Natlia Tiemi

    Daniele Sehn Pala Tatiana Filippi Tom

    Fabiane MafiniZambon Raphael Costa Ferreira

    Guilherme Furtado Carvalho Samuel Teles de Melo

    Guilherme ButterScofano SimaraHalmenschlager

    Hudson Chaves Costa Thas da Rocha

    Igor Verssimo Fagotti Prado Yuri Triska

    Juliana da Silva Tiscoski

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm v

    Apresentao

    O presente estudo trata do Plano Mestre do Porto do Pecm. Este Plano

    Mestre est inserido no contexto de um esforo recente da Secretaria de Portos da

    Presidncia de Repblica (SEP-PR) de retomada do planejamento do setor porturio

    brasileiro. Neste contexto est o projeto intitulado Pesquisas e estudos para a

    logstica porturia e desenvolvimento de instrumentos de apoio ao planejamento

    porturio, resultado da parceria entre a Universidade Federal de Santa Catarina

    (UFSC), representada pelo seu Laboratrio de Transportes e Logstica (LabTrans), e a

    SEP/PR.

    Tal projeto representa em um avano no quadro atual de planejamento do

    setor porturio, e concebido de modo articulado com e complementar ao Plano

    Nacional de Logstica Porturia (PNLP) tambm elaborado pela SEP em parceria

    como LabTrans/UFSC. O estudo contempla a elaborao de 14 Planos Mestres e a

    atualizao para o Porto de Santos, tendo como base as tendncias e linhas

    estratgicas definidas em mbito macro pelo PNLP.

    A importncia dos Planos Mestres diz respeito orientao de decises de

    investimento, pblico e privado, na infraestrutura do porto. reconhecido que os

    investimentos porturios so de longa maturao e que, portanto requerem

    avaliaes de longo prazo. Instrumentos de planejamento so, neste sentido,

    essenciais. A rpida expanso do comrcio mundial, com o surgimento de novos

    players no cenrio internacional, como China e ndia que representam desafios

    logsticos importantes, dadas a distncia destes mercados e sua grande escala de

    operao exige que o sistema de transporte brasileiro, especialmente o porturio,

    seja eficiente e competitivo. O planejamento porturio, em nvel micro (mas

    articulado com uma poltica nacional para o setor), pode contribuir decisivamente

    para a construo de um setor porturio capaz de oferecer servios que atendam a

    expanso da demanda com custos competitivos e bons nveis de qualidade.

    De modo mais especfico, o Plano Mestre do Porto do Pecm destaca as

    principais caractersticas do porto, a anlise dos condicionantes fsicos e operacionais,

  • Plano Mestre

    vi Porto do Pecm

    a projeo de demanda de cargas, a avaliao da capacidade instalada e de operao

    e, por fim, como principal resultado, discute as necessidades e alternativas de

    expanso do porto para o horizonte de planejamento de 20 anos.

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm vii

    Lista de Siglas e Abreviaes

    AAPA American Association of Port Authorities

    ABNT Associao Nacional de Normas Tcnicas

    ANTAQ Agncia Nacional de Transportes Aquavirios

    ANVISA Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria

    APA rea de Preservao Ambiental

    BNDES Banco Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social

    CAGECE Companhia de gua e Esgoto do Cear

    CAP Conselho de Autoridade Porturia

    CENTRAN Centro de Excelncia em Engenharia de Transportes

    CIPP Complexo Industrial e Porturio do Pecm

    CLT Consolidao das Leis do Trabalho

    COELCE Companhia Energtica do Cear

    COEMA Conselho Estadual de Meio Ambiente

    CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente

    DNIT Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes

    DWT Dead weight Tonnage

    EIA Estudo de Impacto Ambiental

    EVM Economic Value Measure

    FUNORH Fundo Estadual de Recursos Hdricos

    GNC Gs Natural Comprimido

    GNL Gs Natural Liquefeito

  • Plano Mestre

    viii Porto do Pecm

    IBAMA Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais

    Renovveis

    IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatstica

    IDS ndice de Desenvolvimento Social

    IMO International Maritime Organization

    IPEA Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada

    IPEC Instituto de Pesquisa e Estratgia Econmica do Cear

    LABTRANS Laboratrio de Transportes e Logstica

    LI Licena de Instalao

    LO Licena de Operao

    MARPOL Conveno Internacional para a Preveno da Poluio por Navios

    MHC Mobile Harbor Crane

    MTE Ministrio do Trabalho e Emprego

    NAFTA Tratado Norte-Americano de Livre Comrcio

    OEMA rgos Estaduais de Meio Ambiente

    OGMO rgo Gestor de Mo de Obra

    OMS Ocean Management Systems

    PCA Plano de Controle Ambiental

    PDP Plano de Desenvolvimento Porturio

    PDZ Plano de Desenvolvimento e Zoneamento

    PEI Plano de Emergncia Individual

    PGRS Plano de Gerenciamento de Resduos Slidos

    PIB Produto Interno Bruto

    PNLP Plano Nacional de Logstica Porturia

    ProEA Programa de Educao Ambiental

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm ix

    RIMA Relatrio de Impacto Ambiental

    SDP Sistema de Desempenho Porturio

    SECEX Secretaria de Comrcio Exterior

    SEMACE Superintendncia Estadual do Meio Ambiente

    SEP Secretaria dos Portos da Presidncia da Repblica

    SEUC Sistema Estadual de Unidades de Conservao do Cear

    SIGERH Sistema Integrao de Gesto de Recursos Hdricos

    SWOT Strengths, Weaknesses, Opportunities, and Threats

    TEU Twenty-Foot Equivalent Unit.

    TMUT Terminal de Mltiplo Uso do Porto do Pecm

    TNL TransNordestina Logstica

    UFSC Universidade Federal de Santa Catarina

    UNCTAD United Nations Conference on Trade and Development

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm xi

    Lista de Figuras

    Figura 1. Localizao do Porto do Pecm ............................................................................ 31

    Figura 2. Evoluo da movimentao no Porto do Pecm (2001 2009), em tonelada por natureza de carga ................................................................................................................... 33

    Figura 3. Participao dos embarques na movimentao total (2001-2009) ....................... 35

    Figura 4. Participao da cabotagem em Porto do Pecm (2001-2009) .............................. 36

    Figura 5. Portos concorrentes pelas principais cargas do Porto do Pecm (2010) ................ 38

    Figura 6. Principais Produtos Movimentados pelo Porto do Itaqui ...................................... 39

    Figura 7. Principais Produtos Movimentados pelo Porto de Suape ..................................... 40

    Figura 8. Principais Produtos Movimentados pelo Porto do Mucuripe ................................ 40

    Figura 9. rea de Influncia Comercial do Porto do Pecm (2009) ...................................... 42

    Figura 10. Participao dos estados que exportam por Pecm (2009) ................................. 43

    Figura 11. Principais parceiros comerciais do Porto do Pecm (2009) ................................. 43

    Figura 12. Zoneamento atual do porto................................................................................ 46

    Figura 13. Estruturas de acostagem do Porto do Pecm ..................................................... 47

    Figura 14. Acessos terrestres ao Porto do Pecm................................................................ 50

    Figura 15. Per 1 .................................................................................................................. 52

    Figura 16. Per 2 .................................................................................................................. 53

    Figura 17. TMUT Terminal de Mltiplo Uso ...................................................................... 54

    Figura 18. Per 1 .................................................................................................................. 58

    Figura 19. Per 2 .................................................................................................................. 59

    Figura 20. Nmero de atracaes por ms no Porto do Pecm (2010) ................................ 61

    Figura 21. Tipos de navios que atracam no Terminal Porturio do Pecm (2010) ................ 62

    Figura 22. Comprimento mdio dos navios que frequentam o Porto do Pecm por tipo de navio (2010) ........................................................................................................................... 62

    Figura 23. Calado mdio dos navios que frequentam o Porto do Pecm por tipo de navio .. 63

  • Plano Mestre

    xii Porto do Pecm

    Figura 24. Porte bruto dos navios que frequentam o Porto do Pecm por tipo de navio ..... 64

    Figura 25. Comprimento mdio dos navios que frequentam o Porto do Pecm .................. 65

    Figura 26. Calado mdio dos navios que frequentam o Porto do Pecm ............................. 65

    Figura 27. Porte bruto mdio dos navios que frequentam o Porto do Pecm ......................66

    Figura 28. Composio da frota de navios que movimentam as principais cargas do Porto do Pecm ........................................................................................................................... 67

    Figura 29. Composio da frota de navios porta-contineres que frequentam o Porto do Pecm ........................................................................................................................... 67

    Figura 30. Impactos ambientais potenciais das atividades operacionais ............................. 71

    Figura 31. Organograma da Estrutura Institucional da CEARPORTOS ............................. 83

    Figura 32. Estrutura Gerencial da CEARPORTOS.............................................................. 84

    Figura 33. Matriz SWOT do Terminal Porturio do Pecm .................................................. 94

    Figura 34. Participao dos setores no valor adicionado bruto, por estado e PIB total e per capita por estado (2009). ...................................................................................................... 101

    Figura 35. Participaes das principais cargas movimentadas no Porto do Pecm em 2010 e 2030 ......................................................................................................................... 106

    Figura 36. Fluxograma de seleo do tipo de planilha ....................................................... 116

    Figura 37. Curvas de Fila M/E6/c ........................................................................................ 130

    Figura 38. Exemplos de Curvas de Ajuste em Clculos de Capacidade .............................. 132

    Figura 39. Tamanho de navios Exemplo Porto de Vila do Conde .................................... 134

    Figura 40. Acesso Rodovirio Porto do Pecm .................................................................. 152

    Figura 41. Estrada de Ferro Carajs ................................................................................... 159

    Figura 42. Demanda versus Capacidade - Contineres ...................................................... 166

    Figura 43. Demanda versus Capacidade Produtos Siderrgicos ..................................... 166

    Figura 44. Demanda versus Capacidade Contineres com Portineres .......................... 168

    Figura 45. Demanda versus Capacidade Contineres com novo bero ........................... 169

    Figura 46. Demanda versus Capacidade Siderrgicos com novo bero .......................... 169

    Figura 47. Demanda versus Capacidade Clnquer ........................................................... 170

    Figura 48. Demanda versus Capacidade Minrio de ferro ............................................... 171

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm xiii

    Figura 49. Demanda versus Capacidade Fertilizantes .................................................... 171

    Figura 50. Demanda versus Capacidade Clnquer com mais um bero ........................... 172

    Figura 51. Demanda versus Capacidade Minrio de ferro com mais um bero ............... 173

    Figura 52. Demanda versus Capacidade Fertilizantes com mais um bero ..................... 173

    Figura 53. Demanda versus Capacidade Carvo ............................................................. 174

    Figura 54. Demanda versus Capacidade Soja ................................................................. 175

    Figura 55. Demanda versus Capacidade Milho ............................................................... 175

    Figura 56. Demanda versus Capacidade Gs Liquefeito ................................................. 176

    Figura 57. Demanda versus Capacidade Combustveis ....................................................177

    Figura 58. Demanda versus Capacidade Petrleo Cru ..................................................... 178

    Figura 59. Demanda versus Capacidade Derivados de petrleo ..................................... 179

    Figura 60. Previso de obras para oTerminal Porturio do Pecm .................................... 189

    Figura 61. Localizao do bero necessrio para o TMUT ................................................. 191

    Figura 62. Localizao do bero necessrio para granis vegetais .................................... 195

    Figura 63. Localizao do bero necessrio para minrio de ferro..................................... 199

    Figura 64. Cronograma de Investimentos para o Terminal Porturio do Pecm ............... 207

    Figura 65. Evoluo dos Indicadores de Liquidez da CEAR PORTOS .............................. 224

    Figura 66. Evoluo dos indicadores de endividamento da CEARAPORTOS .................... 225

    Figura 67. Indicador de Giro do Ativo da CEARAPORTOS ................................................. 227

    Figura 68. Indicador de Rentabilidade do Patrimnio da CEAR PORTOS ....................... 228

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm xv

    Lista de Tabelas

    Tabela 1. Movimentao no Porto do Pecm (2001 2009), em tonelada por natureza de carga ............................................................................................................................ 32

    Tabela 2. Desembarques e Embarques no Porto do Pecm (2001-2009), em toneladas ..... 34

    Tabela 3. Embarques no Porto do Pecm (2001-2009) ........................................................ 34

    Tabela 4. Movimentaes de Longo Curso no Porto do Pecm (2001-2009), em mil toneladas ............................................................................................................................ 35

    Tabela 5. Movimentaes de Cabotagem no Porto do Pecm(2001-2009), em mil toneladas ............................................................................................................................ 36

    Tabela 6. Movimentaes relevantes do ponto de vista operacional no Porto do Pecm (2010) ............................................................................................................................ 37

    Tabela 7. Caractersticas dos Beros do Porto do Pecm .................................................... 48

    Tabela 8. Caractersticas do acesso aos peres .................................................................... 48

    Tabela 9. Instalaes de retrorea do porto ........................................................................ 54

    Tabela 10. Equipamentos Porturios instalados no Per 1 ................................................... 55

    Tabela 11. Equipamentos Porturios instalados no Per 2 ................................................... 55

    Tabela 12. Equipamentos de cais instalados no TMUT ........................................................ 56

    Tabela 13. Movimentao no Per 1 (2009), por Tipo de Carga ............................................ 58

    Tabela 14. Indicadores Operacionais da Movimentao no Per 1-(2009) ............................ 59

    Tabela 15. Movimentao no Per 2 (2009), por Mercadoria ............................................... 60

    Tabela 16. Indicadores Operacionais da Movimentao no Per 2(2009) ............................ 60

    Tabela 17. Participao dos estados nas exportaes do Porto doPecm (2010) .............. 102

    Tabela 18. Participao dos estados nas importaes do Porto do Pecm (2010) ............. 103

    Tabela 19. Volume de produtos transportados em Pecm entre os anos 2009 (observado) e 2030 (projetado) ................................................................................................................... 105

    Tabela 20. Coeficiente de Localizao para Combustveis e Contineres Porto doPecm 2010, 2015, 2020, 2015 e 2030 .............................................................................................. 109

    Tabela 21. Capacidade de um Trecho de Cais ou Bero - Planilha Tipo 1 ........................... 118

  • Plano Mestre

    xvi Porto do Pecm

    Tabela 22. Capacidade de um Trecho de Cais ou Bero - Planilha Tipo 2 ........................... 119

    Tabela 23. Capacidade de um Trecho de Cais ou Bero - Planilha Tipo 3 ........................... 121

    Tabela 24. Capacidade de um Trecho de Cais ou Bero - Planilha Tipo 4 ........................... 123

    Tabela 25. Capacidade de um Trecho de Cais ou Bero - Planilha Tipo 5 ........................... 125

    Tabela 26. Capacidade de um Trecho de Cais ou Bero - Planilha Tipo 6 .......................... 127

    Tabela 27. Capacidade de um Terminal de Contineres Planilha Tipo 7 .......................... 129

    Tabela 28. Capacidade de um Terminal de Contineres Planilha Tipo 7 ......................... 131

    Tabela 29. Produtos mais movimentados em 2010 ........................................................... 135

    Tabela 30. Perfil da Frota de Navios por Classe e Produto - 2010 ...................................... 136

    Tabela 31. Perfil da Frota de Navios por Classe e Produto - 2015 ...................................... 137

    Tabela 32. Perfil da Frota de Navios por Classe e Produto - 2020 ...................................... 137

    Tabela 33. Perfil da Frota de Navios por Classe e Produto - 2025 ...................................... 138

    Tabela 34. Perfil da Frota de Navios por Classe e Produto - 2030 ...................................... 138

    Tabela 35. Perfil da Frota de Navios Porta-Contineres .................................................... 138

    Tabela 36. Capacidade de Movimentao de Contineres Per 1 Bero Interno ........... 140

    Tabela 37. Capacidade de Movimentao de Contineres - TMUT ................................... 140

    Tabela 38. Capacidade de Movimentao de Gs LiquefeitoPer 2 ................................. 141

    Tabela 39. Capacidade de Movimentao de Combustveis Per 2 ................................. 142

    Tabela 40. Capacidade de Movimentao de Petrleo Per Petroleiro ........................... 143

    Tabela 41. Capacidade de Movimentao de Derivados de Petrleo Per Petroleiro ...... 144

    Tabela 42. Capacidade de Movimentao de Produtos Siderrgicos Per 1 Bero Interno .. ........................................................................................................................ 145

    Tabela 43. Capacidade de Movimentao de Produtos Siderrgicos TMUT ................... 145

    Tabela 44. Capacidade de Movimentao de Minrio de Ferro Per 1 .............................. 146

    Tabela 45. Capacidade de Movimentao de Clnquer Per 1 ........................................... 147

    Tabela 46. Capacidade de Movimentao de Soja ............................................................ 148

    Tabela 47. Capacidade de Movimentao de Milho .......................................................... 149

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm xvii

    Tabela 48. Classificao do Nvel de Servio de Rodovias ................................................. 154

    Tabela 49. Projeo do PIB Brasileiro ............................................................................... 157

    Tabela 50. Estimativa de volumes e veculos por hora ....................................................... 157

    Tabela 51. Caractersticas e velocidades adotadas ............................................................ 158

    Tabela 52. Estimativa de capacidade Ferrovia TNL ........................................................ 162

    Tabela 53. Estimativa de capacidade (2030) Ferrovia TNL .............................................. 163

    Tabela 54. Critrio de Imagem .......................................................................................... 183

    Tabela 55. Critrio de Requisitos Legais ............................................................................ 183

    Tabela 56. Critrio de Escala ............................................................................................. 184

    Tabela 57. Critrio de Severidade ..................................................................................... 184

    Tabela 58. Plano de Controle dos Nveis de Significncia .................................................. 185

    Tabela 59. Clculo da Nota Global de Criticalidade ........................................................... 186

    Tabela 60. Sistema de pontuao para avaliao das alternativas de expanso de acordo com o critrio de planejamento de longo prazo .................................................................... 187

    Tabela 61. Clculo daEVM Bero no TMUT .................................................................... 192

    Tabela 62. Impactos Ambientais da Expanso do TMUT .................................................. 193

    Tabela 64. ClculodaEVM Bero de granis slidos vegetais .......................................... 196

    Tabela 65. Impactos Ambientais das Expanses do Cais de Granis Vegetais ................... 197

    Tabela 67. Clculo da EVM Bero de minrios, clnquer e fertilizantes ........................... 200

    Tabela 68. : Impactos Ambientais da Expanso do Per Externo 1..................................... 201

    Tabela 70. Localizao dos beros necessrios para petrleo e derivados ........................ 203

    Tabela 71. Clculo daEVM Per de Granis Lquidos ....................................................... 204

    Tabela 72. Impactos Ambientais da Construo do Novo Molhe e da Estrutura de Petrleo e Derivados. ........................................................................................................................ 205

    Tabela 74. Modelos de Gesto Porturia .......................................................................... 211

    Tabela 75. Indicadores de Desempenho ............................................................................ 214

    Tabela 76. Utilizao da Infraestrutura Aquaviria do Porto do Pecm ............................. 217

    Tabela 77. Utilizao das Instalaes de Acostagem do Porto do Pecm (cont.) ............... 217

  • Plano Mestre

    xviii Porto do Pecm

    Tabela 78. Utilizao da Infraestrutura Terrestre do Porto do Pecm ............................... 217

    Tabela 79. Servios de Armazenagem do Porto do Pecm ............................................... 218

    Tabela 80. Diversos........................................................................................................... 219

    Tabela 81. Servios terceirizados do Porto do Pecm ....................................................... 219

    Tabela 82. Utilizao de Servios Acessrios no Porto doPecm ...................................... 220

    Tabela 83. Composio da receita em 2010 ...................................................................... 222

    Tabela 84. Composio dos gastos em 2010 ..................................................................... 222

    Tabela 85. Composio dos gastos em 2010 sem depreciao, amortizao e resultado financeiro ........................................................................................................................ 223

    Tabela 86. Receitas e custos unitrios .............................................................................. 229

    Tabela 87. Comparao entre portos da regio ................................................................ 229

    Tabela 88. Comparao com mdia sem porto incluso ..................................................... 229

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm xix

    Sumrio

    1 INTRODUO ...................................................................................................................... 23

    1.1 OBJETIVOS ............................................................................................................ 23

    1.2 METODOLOGIA ...................................................................................................... 24

    1.3 SOBRE O LEVANTAMENTO DE DADOS ....................................................................... 24

    1.4 ESTRUTURA DO PLANO ........................................................................................... 27

    2 DIAGNSTICO DA SITUAO PORTURIA ............................................................................... 29

    2.1 CARACTERIZAO DO PORTO .................................................................................. 30

    2.2 ANLISE DA INFRAESTRUTURA E DAS OPERAES ....................................................... 44

    2.3 TRFEGO MARTIMO ............................................................................................... 60

    2.4 ASPECTOS AMBIENTAIS........................................................................................... 68

    2.5 GESTO PORTURIA ............................................................................................... 83

    3 ANLISE ESTRATGICA......................................................................................................... 87

    3.1 ETAPAS E MTODOS ............................................................................................... 87

    3.2 ANLISE ESTRATGICA DO TERMINAL PORTURIO DO PECM ....................................... 87

    3.3 VANTAGENS E DESVANTAGENS DO PORTO ................................................................. 89

    3.4 MATRIZ SWOT ..................................................................................................... 93

    3.5 LINHAS ESTRATGICAS ............................................................................................ 94

    3.6 RECOMENDAES .................................................................................................. 96

    4 PROJEO DE DEMANDA ......................................................................................................99

    4.1 ETAPAS E MTODO ................................................................................................ 99

    4.2 CARACTERIZAO ECONMICA .............................................................................. 101

  • Plano Mestre

    xx Porto do Pecm

    4.3 MOVIMENTAO DE CARGA PROJEO ................................................................. 105

    4.4 GRAU DE ESPECIALIZAO DAS CARGAS PORTURIAS ................................................. 108

    5 PROJEO DA CAPACIDADE DAS INSTALAES PORTURIAS E DOS ACESSOS AO PORTO ............. 111

    5.1 CAPACIDADE DAS INSTALAES PORTURIAS DO PORTO DO PECM ............................ 111

    5.2 CAPACIDADE DOS ACESSOS AQUAVIRIOS ................................................................ 150

    5.3 CAPACIDADE DOS ACESSOS TERRESTRES .................................................................. 151

    6 Comparao entre a demanda e a capacidade das instalaes porturias ...................... 165

    6.1 DEMANDA E CAPACIDADE NA MOVIMENTAO DE CONTINERES E PRODUTOS

    SIDERRGICOS............................................................................................................. 165

    6.2 DEMANDA E CAPACIDADE NA MOVIMENTAO DE CLNQUER, MINRIO DE FERRO E

    FERTILIZANTES ............................................................................................................. 170

    6.3 DEMANDA E CAPACIDADE NA MOVIMENTAO DE CARVO......................................... 174

    6.4 DEMANDA E CAPACIDADE NA MOVIMENTAO DE SOJA E MILHO ................................ 175

    6.5 DEMANDA E CAPACIDADE NA MOVIMENTAO DE GS LIQUEFEITO E COMBUSTVEIS ......176

    6.6 DEMANDA E CAPACIDADE NA MOVIMENTAO DE LEO DE PETRLEO E DERIVADOS ...... 177

    7 ALTERNATIVAS DE EXPANSO ............................................................................................. 181

    7.1 METODOLOGIA DAS ALTERNATIVAS DE EXPANSO ................................................... 181

    7.2 CARACTERIZAO FUTURA DO PORTO DO PECM ..................................................... 188

    8 MELHORIAS E AMPLIAO DO PORTO ................................................................................... 207

    9 ESTUDO TARIFRIO E MODELO DE GESTO .......................................................................... 211

    9.1 MODELO DE GESTO DO PORTO DO PECM ............................................................. 211

    9.2 ANLISE COMPARATIVA DOS INDICADORES DE DESEMPENHO ..................................... 213

    9.3 ESTRUTURA TARIFRIA ATUAL ................................................................................ 216

    9.4 COMPOSIO DAS RECEITAS E GASTOS PORTURIOS:................................................. 221

    9.5 INDICADORES FINANCEIROS ................................................................................... 223

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm xxi

    9.6 RECEITAS E CUSTOS UNITRIOS: ............................................................................. 228

    10 CONCLUSO ..................................................................................................................... 233

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .................................................................................................. 235

    ANEXOS ................................................................................................................................. 239

    ANEXO A: .............................................................................................................................. 241

    ANEXO B: ............................................................................................................................... 245

    ANEXO C: ............................................................................................................................... 249

    ANEXO D: .............................................................................................................................. 253

    ANEXO E: ............................................................................................................................... 357

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 23

    1 INTRODUO

    A dinmica econmica atual exige que esforos de planejamento sejam

    realizados no sentido de prover aos setores de infraestrutura as condies necessrias

    para superar os novos desafios que lhes vm sendo impostos, seja no que se refere ao

    atendimento da demanda, cujas expectativas apontam para a continuidade do

    crescimento, seja quanto sua eficincia, a qual fundamental para manter a

    competitividade do pas em tempos de crise.

    Nesse contexto o setor porturio um elo primordial, uma vez que sua

    produtividade um dos determinantes dos custos logsticos incorridos no comrcio

    nacional e internacional.

    Inserindo-se nesse cenrio foi desenvolvido o Plano Mestre do Porto do

    Pecm, no qual foi, inicialmente, caracterizada a situao atual do porto, seguida de

    uma projeo de demanda de cargas e de uma estimativa da capacidade

    movimentao de suas instalaes, resultando na identificao de melhorias

    operacionais, necessidades de novos equipamentos porturios e, finalmente, de

    investimentos em infraestrutura.

    De posse dessas informaes, foi possvel identificar, para um horizonte futuro

    de 20 anos, as necessidades de investimento, caracterizadas por alternativas de

    expanso.

    Essas foram analisadas sob os aspectos econmico e ambiental, bem como em

    relao sua pertinncia com as linhas estratgicas traadas para porto.

    Por ltimo, o Plano Mestre tambm envolve um estudo tarifrio e a anlise do

    modelo de gesto, com o intuito de verificar o equilbrio econmico-financeiro do

    porto e situ-lo dentro dos modelos de gesto porturia existentes.

    1.1 OBJETIVOS

    Este documento apresenta o Plano Mestre do Porto do Pecm. Durante a sua

    elaborao os seguintes objetivos especficos foram perseguidos:

    A obteno de um cadastro fsico atualizado do porto;

  • Plano Mestre

    24 Porto do Pecm

    A anlise dos seus limitantes fsicos e operacionais;

    A projeo da demanda prevista para o porto em um horizonte de 20

    anos;

    A projeo da capacidade de movimentao das cargas e eventuais

    necessidades de expanso de suas instalaes ao longo do horizonte de

    planejamento;

    A proposio das melhores alternativas para superar os gargalos

    identificados para a eficiente atividade do porto; e

    A anlise do modelo de gesto e a da estrutura tarifria praticada

    atualmente pelo porto.

    1.2 METODOLOGIA

    O presente estudo pautado na anlise quantitativa e qualitativa de dados e

    informaes.

    Sob esse aspecto, depreende-se que o desenvolvimento do plano obedeceu a

    uma metodologia cientfico-emprica, uma vez que atravs dos conhecimentos

    adquiridos a partir da bibliografia especializada, cujas fontes foram preservadas, e

    tambm do conhecimento prtico dos especialistas que auxiliaram na realizao dos

    trabalhos, foram analisadas informaes do cotidiano dos portos, bem como dados

    que representam sua realidade, tanto comercial quanto operacional.

    Sempre que possvel foram utilizadas tcnicas e formulaes encontradas na

    literatura especializada e de reconhecida aplicabilidade planificao de instalaes

    porturias.

    1.3 SOBRE O LEVANTAMENTO DE DADOS

    Para a realizao das atividades de levantamento de dados o trabalho fez uso

    de diversas fontes de dados e referncias com o objetivo de desenvolver um plano

    completo e consistente.

    Dados primrios foram obtidos atravs de visitas de campo, entrevistas com

    agentes envolvidos na atividade porturia, e, tambm, atravs do levantamento

    bibliogrfico, incluindo informaes disseminadas na internet.

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 25

    Dentre os principais dados utilizados destacam-se os fornecidos pela

    Autoridade Porturia em pesquisa de campo realizada por uma equipe especializada,

    cujo foco foi a infraestrutura, a administrao e as polticas adotadas pelo porto.

    Fez-se uso tambm do Regulamento de Explorao do Porto, documento que

    descreve o modo como devem ocorrer suas operaes, detalhando as especificidades

    das formas de uso.

    Houve acesso a outras informaes oriundas da administrao do porto, como

    por exemplo, aquelas contidas no Plano de Desenvolvimento e Zoneamento PDZ, o

    qual demonstra, atravs das plantas da retrorea e dos terminais do porto, como os

    terminais e ptios esto segregados.

    Alm disso, para a anlise das condies financeiras foram utilizados os

    demonstrativos financeiros da entidade, tais como os Balanos Patrimoniais e a

    Demonstrao do Resultado do Exerccio, complementados com alguns relatrios

    anuais da gerncia do porto disponibilizados pela Cear Portos.

    Trabalhou-se tambm com as legislaes nacional, estadual e municipal

    referentes ao funcionamento do porto, bem como as que tratam das questes

    ambientais. Por outro lado, abordaram-se tambm os pontos mais importantes que

    constam nos Relatrios de Impactos Ambientais - RIMAs e nos Estudos de Impactos

    Ambientais EIAs j realizados para projetos na rea do porto.

    Tambm, atravs da Secretaria de Comrcio Exterior SECEX, vinculada ao

    Ministrio de Desenvolvimento, Indstria e Comrcio MDIC, foi possvel o acesso aos

    dados a respeito da movimentao de cargas importadas e exportadas pelo porto,

    desde o ano de 2002 at 2009, que serviram, principalmente, como base anlise da

    demanda.

    Com os dados disponibilizados pela SECEX obteve-se o acesso aos pases de

    origem e/ou destino das cargas movimentadas, bem como aos estados brasileiros que

    correspondiam respectivamente origem ou ao destino da movimentao das

    mercadorias.

  • Plano Mestre

    26 Porto do Pecm

    Tais dados foram de suma importncia para os estudos a respeito da anlise de

    mercado, projeo de demanda futura e anlise da rea de influncia comercial do

    porto.

    Com relao s informaes sobre os volumes e valores envolvidos nas

    operaes de importao e exportao do porto, alm da SECEX fez-se uso tambm

    de informaes provenientes da United Nations Conference on Trade and Development

    - UNCTAD e de dados disponibilizados pela Agncia Nacional de Transportes

    Aquavirios - ANTAQ.

    A ANTAQ possibilitou acesso a dados operacionais relativos ao porto, aos

    dados de itens inventariados por este e s resolues que foram consideradas na

    descrio da gesto porturia, alm da base de dados do Sistema de Dados Porturios

    - SDP para o ano de 2010.

    Alm disso, foram obtidas informaes institucionais relacionadas aos portos e

    ao trfego martimo atravs da ANTAQ e, tambm, da SEP. Nessas fontes foram

    coletadas informaes gerais sobre os portos e sobre o funcionamento institucional

    do sistema porturio nacional e, em particular, dados relacionados ao porto estudado.

    Outro rgo que cooperou com o fornecimento de dados foi o rgo Gestor

    de Mo de Obra - OGMO do porto, descrevendo a forma como est organizado a fim

    de realizar as atividades de sua responsabilidade. As informaes coletadas foram as

    mais recentes possveis, de modo que a maior parte delas do ano de 2010.

    Empregaram-se, alm disso, informaes extradas do website do

    Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes - DNIT a respeito da

    situao atual das rodovias.

    Como referncias tericas, foram relevantes alguns estudos relacionados ao

    tema elaborados por entidades como o Instituto de Pesquisa Econmica Aplicada

    IPEA; Centro de Excelncia em Engenharia de Transportes CENTRAN; Banco

    Nacional de Desenvolvimento Econmico e Social BNDES; projeto da Sisportos,

    chamado Modelo de Integrao dos Agentes de Cabotagem (em portos martimos),

    do ano de 2006; Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil do Instituto Brasileiro de

    Geografia e Estatstica IBGE, do ano de 2000; e adaptaes de livros como o

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 27

    Environmental Management Handbook, da American Association of Por tAuthorities.

    Tambm utilizou-se informaes disponibilizadas pelo Ministrio dos Transportes.

    Alm das fontes citadas, outras foram consultadas de forma mais especfica

    para cada atividade desenvolvida, de modo que estas esto descritas nas sees que

    se referem s atividades nas quais foram utilizadas.

    1.4 ESTRUTURA DO PLANO

    O presente documento est dividido em nove captulos, cuja breve descrio

    do contedo de cada um deles apresentada a seguir:

    Captulo 1 Introduo;

    Captulo 2 - Diagnstico da Situao Porturia: compreende a anlise

    da situao atual do porto, descrevendo sua infraestrutura, posio no

    mercado porturio, descrio e anlise da produtividade das operaes,

    trfego martimo, gesto porturia e impactos ambientais;

    Captulo 3 - Anlise Estratgica: diz respeito anlise das fraquezas e

    fortalezas do porto no que se refere ao seu ambiente interno, assim

    como das ameaas e oportunidades que possui no ambiente

    competitivo em que est inserido. Tambm contm sugesto sobre as

    principais linhas estratgicas para o porto;

    Captulo 4 Projeo da Demanda: apresenta os resultados da

    demanda projetada por tipo de carga para o porto, assim como a

    metodologia utilizada para fazer esta projeo;

    Captulo 5 Projeo da Capacidade das Instalaes Porturias e dos

    Acessos ao Porto: diz respeito projeo da capacidade de

    movimentao das instalaes porturias, detalhadas pelas principais

    mercadorias movimentadas no porto, bem como dos acessos ao

    mesmo, compreendendo os acessos aquavirio, rodovirio e

    ferrovirio;

    Captulo 6 Comparao entre Demanda e Capacidade: compreende

    uma anlise comparativa entre a projeo da demanda e da capacidade

    para os prximos 20 anos, a partir da qual foram identificadas

  • Plano Mestre

    28 Porto do Pecm

    necessidades de melhorias operacionais, de expanso de

    superestrutura, e de investimentos em infraestrutura para atender

    demanda prevista;

    Captulo 7 Alternativas de expanso: descreve as alternativas de

    expanso prevista no horizonte de planejamento para o porto;

    Captulo 8 Melhorias e ampliao do porto: descreve as melhorias e

    ampliaes previstas para o porto para o horizonte de planejamento;

    Captulo 9 Estudo Tarifrio e Modelo de Gesto: trata da anlise

    comparativa das tabelas tarifrias e do equilbrio econmico-financeiro

    da Autoridade Porturia; e

    Captulo 10 Consideraes Finais.

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 29

    2 DIAGNSTICO DA SITUAO PORTURIA

    A descrio da situao atual dos portos permite uma anlise geral de suas

    caractersticas operacionais, bem como de sua insero no setor porturio nacional.

    Nesse sentido, a anlise diagnstica tem o objetivo de observar os fatores que

    caracterizam a atuao do porto bem como destacar os pontos que limitam sua

    operao.

    Para alcanar o objetivo mencionado, foi realizada a coleta e anlise de dados

    relacionados tanto aos aspectos operacionais do porto quanto no que se refere s

    questes institucionais e comerciais. Dessa forma, foi necessrio um levantamento de

    dados realizado sob duas frentes, a saber:

    Levantamento de campo: compreendeu a busca pelas informaes

    operacionais do porto tais como infraestrutura disponvel,

    equipamentos e detalhamento das caractersticas das operaes. Alm

    disso, as visitas realizadas buscaram coletar dados a respeito dos

    principais aspectos institucionais do porto, tais como gesto,

    planejamento e dados contbeis;

    Bancos de dados de comrcio exterior e de fontes setoriais: as questes

    relacionadas anlise da demanda atual do porto bem como aspectos

    de concorrncia foram abordadas atravs da disponibilizao dos dados

    do comrcio exterior brasileiro, bem como da movimentao dos

    portos, provenientes respectivamente da SECEX e da ANTAQ. Por

    outro lado, a ANTAQ e a SEP foram as principais fontes setoriais

    consultadas para a caracterizao do porto, alm da prpria Autoridade

    Porturia.

    Munidos das principais informaes necessrias para a caracterizao de todos

    os aspectos envolvidos na operao e gesto do porto, foi possvel abordar pontos

    como a caracterizao geral deste sob o ponto de vista de sua localizao, demanda

    atual e suas relaes de comrcio exterior, assim como seu histrico de planejamento.

  • Plano Mestre

    30 Porto do Pecm

    Alm disso, o diagnstico da situao do porto compreende a anlise da

    infraestrutura e das operaes, descrio do trfego martimo, apresentao da

    gesto porturia e dos principais aspectos da gesto ambiental.

    2.1 CARACTERIZAO DO PORTO

    O Terminal Porturio do Pecm um porto martimo, privativo de uso misto,

    que est sob administrao da Companhia de Integrao Porturia do Cear

    (CEARAPORTOS). situado no estado do Cear, dentro da regio metropolitana de

    Fortaleza, no municpio de So Gonalo do Amarante. Foi inaugurado oficialmente

    em maro de 2002 como resultado do programa Brasil em Ao do Governo

    Federal, posteriormente denominado Avana Brasil, que priorizava os programas de

    maior relevncia para o desenvolvimento do pas.

    Possui uma rea total de 10km de infraestrutura, com aproximadamente

    400.000m2 destinados armazenagem de cargas. O porto vem mantendo a liderana

    em movimentao nos segmentos de frutas e calados no Brasil, e possui importncia

    tambm no setor de siderurgia, com a movimentao de ferro e ao. Uma das

    principais caractersticas do porto sua proximidade relativa com grandes centros do

    mercado mundial como a Europa, Amrica do Norte e o Canal do Panam. A Figura 1

    e o Anexo A ilustram a localizao do porto.

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 31

    Figura 1. Localizao do Porto do Pecm

    Fonte: Elaborado por LabTrans

    O Complexo Industrial do Pecm foi construdo com o objetivo de fortalecer e

    dar sustentabilidade ao crescimento do parque industrial do Cear e do Nordeste,

    possibilitando a promoo de atividades industriais integradas.

    O Complexo visa propiciar condies para o desenvolvimento econmico da

    regio com justia social e proteo ao meio ambiente, sendo valores permanentes do

    empreendimento a manuteno de condies adequadas de equilbrio do ecossistema

    e de preservao dos recursos naturais no-renovveis e a garantia da qualidade de

    vida das populaes, especialmente quanto racionalidade da ocupao espacial e

    utilizao dos recursos naturais da regio.

    O Porto do Pecm dispe de dois peres, cada um com um bero interno e

    outro externo, uma ponte de acesso. Como a concepo do terminal considerou

    buscar guas profundas e preservar as condies ambientais, as instalaes para

    atracao de navios foram construdas a certa distncia da costa.

  • Plano Mestre

    32 Porto do Pecm

    A prxima seo tem o objetivo de apresentar a descrio da movimentao

    histrica e atual do Porto do Pecm.

    2.1.1 MOVIMENTAO DE CARGAS

    O Terminal Porturio do Pecm movimentou em 2009cerca de 2 milhes de

    toneladas de carga, sendo 1,7 milho de carga geral e 0,3 milhes de granis lquidos.

    O terminal, desde sua inaugurao em 2002, no movimentou graneis slidos.

    O volume total de carga movimentado no terminal cresceu cerca de 420% nos

    ltimos oito anos, tendo apresentado nesse perodo um crescimento mdio anual de

    26,6%. A movimentao de carga geral teve uma evoluo positiva contnua desde

    2002, no registrando reduo mesmo em 2009, quando houve retrao do comrcio

    exterior por conta da crise econmica mundial.

    A movimentao de graneis lquidos, tambm crescente at 2007, foi

    majoritariamente de derivados de petrleo. Cabe salientar que em 2008 no ocorreu

    movimentao de graneis lquidos no terminal devido s obras de adaptao do Per II

    para recebimento do navio regaseificador de GNL.

    A Tabela 1 e a Figura 2 apresentam a movimentao histrica em Pecm desde

    a data de sua inaugurao, discriminando as diferentes naturezas de carga.

    Tabela 1. Movimentao no Porto do Pecm (2001 2009), em tonelada por natureza de carga

    Ano Carga Geral Graneis Slidos Graneis Lquidos

    Soma

    2002 337.991 0 48.981 386.972

    2003 551.181 0 143.849 695.030

    2004 646.426 0 295.417 941.843

    2005 790.971 0 284.454 1.075.425

    2006 1.197.262 0 685.787 1.883.049

    2007 1.339.909 0 865.452 2.205.361

    2008 1.448.417 0 0 1.448.417

    2009 1.667.407 0 346.168 2.013.575

    Fonte: Dados ANTAQ (2010), elaborado por LabTrans

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 33

    Figura 2. Evoluo da movimentao no Porto do Pecm (2001 2009), em tonelada por natureza de carga

    Fonte: Dados ANTAQ (2010), elaborado por LabTrans

    O Porto do Pecm, de acordo com os dados apresentados na Tabela 2 a seguir,

    pode ser classificado como um porto moderadamente desembarcador, j que as

    movimentaes de desembarque correspondem a quase 65% em relao somatria

    dos anos de 2002 a 2009. Se analisado apenas o ano de 2009, esse percentual se

    mantm praticamente o mesmo, com cerca de 67% das movimentaes sendo de

    desembarque.

    Os granis slidos no esto representados na Tabela 2 porque no h

    movimentao dessa natureza de carga no porto.

    0

    500.000

    1.000.000

    1.500.000

    2.000.000

    2.500.000

    2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

    Ton

    ela

    das

    Carga Geral Granis Lquidos

  • Plano Mestre

    34 Porto do Pecm

    Tabela 2. Desembarques e Embarques no Porto do Pecm (2001-2009), em toneladas

    Ano Carga Geral Graneis Lquidos Soma

    Desemb. Emb. Desemb. Emb. Desemb. Emb.

    2002 180.383 157.608 48.981 0 229.364 157.608

    2003 213.995 337.186 143.849 0 357844 337.186

    2004 219.602 426.824 295.417 0 515019 426.824

    2005 303.170 487.801 284.454 0 587624 487.801

    2006 663.283 533.979 685.787 0 1.349.070 533.979

    2007 749.939 589.970 865.452 0 1.615.391 589.970

    2008 842.941 605.476 0 0 842941 605.476

    2009 998.699 668.708 346.168 0 1.344.867 668.708

    Total 4.172.012 3.807.552 2.670.108 0 6.842.120 3.807.552

    Fonte: Dados ANTAQ (2010), elaborado por LabTrans

    Com o objetivo de apresentar de forma mais clara a predominncia do

    desembarque em relao ao embarque no Porto do Pecm, a Tabela 3 apresenta os

    mesmos dados mencionados na Tabela 2, mas de forma percentual.

    Tabela 3. Embarques no Porto do Pecm (2001-2009)

    Ano Carga Geral Graneis Lquidos Soma

    Desemb. Emb. Desemb. Emb. Desemb. Emb.

    2002 53,37% 46,63% 100,00% 0,00% 59,27% 40,73%

    2003 38,82% 61,18% 100,00% 0,00% 51,49% 48,51%

    2004 33,97% 66,03% 100,00% 0,00% 54,68% 45,32%

    2005 38,33% 61,67% 100,00% 0,00% 54,64% 45,36%

    2006 55,40% 44,60% 100,00% 0,00% 71,64% 28,36%

    2007 55,97% 44,03% 100,00% 0,00% 73,25% 26,75%

    2008 58,20% 41,80% 0% 0% 58,20% 41,80%

    2009 59,90% 40,10% 100,00% 0,00% 66,79% 33,21%

    Total 52,28% 47,72% 100,00% 0,00% 64,25% 35,75%

    Fonte: Dados ANTAQ (2010), elaborado por LabTrans

    A Figura 3 ilustra a participao histrica dos embarques considerando as

    principais naturezas de carga movimentadas pelo porto.

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 35

    Figura 3. Participao dos embarques na movimentao total (2001-2009)

    Fonte: Dados ANTAQ (2010), elaborado por LabTrans

    Atravs dos dados apresentados pode-se observar que toda a movimentao

    de graneis lquidos foi de desembarque, enquanto que h um maior equilbrio entre

    embarques e desembarques na movimentao de carga geral.

    De maneira geral, a participao da cabotagem na movimentao de carga

    geral no Terminal Porturio do Pecm tem crescido sistematicamente, tendo sido

    superior a 30% no ano de 2009. Em relao aos graneis lquidos, com exceo dos

    anos de 2007 e 2009, a movimentao foi exclusivamente de longo curso, como pode

    ser verificado nas Tabelas 4 e 5.

    Tabela 4. Movimentaes de Longo Curso no Porto do Pecm (2001-2009), em mil toneladas

    Ano Carga Geral Graneis Slidos Graneis Lquidos Total

    2002 307 0 49 356

    2003 534 0 144 677

    2004 611 0 295 906

    2005 705 0 284 990

    2006 982 0 686 1.668

    2007 1.049 0 493 1.542

    2008 1.068 0 0 1.068

    2009 1.142 0 281 1.423

    Fonte: Dados ANTAQ (2010), elaborado por LabTrans

    0%

    10%

    20%

    30%

    40%

    50%

    60%

    70%

    2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

    Pa

    rtic

    ipa

    o

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    arq

    ue

    s

    Carga Geral Granis Lquidos Total

  • Plano Mestre

    36 Porto do Pecm

    Tabela 5. Movimentaes de Cabotagem no Porto do Pecm (2001-2009), em mil toneladas

    Ano Carga Geral Graneis Slidos Graneis Lquidos Total

    2002 31 0 0 31

    2003 18 0 0 18

    2004 36 0 0 36

    2005 86 0 0 86

    2006 215 0 0 215

    2007 291 0 373 663

    2008 381 0 0 381

    2009 526 0 65 591

    Fonte: Dados ANTAQ (2010), elaborado por LabTrans

    A partir do ano de 2003 a participao da cabotagem na movimentao de

    carga geral vem crescendo, passando de menos de 4% em 2003, com uma

    movimentao de 31 mil toneladas, para pouco mais de 30% no ano de 2009, quando

    movimentou 526 mil toneladas. No que diz respeito movimentao de granis

    lquidos, ressalta-se que apenas nos anos de 2007 e 2009 o terminal movimentou esse

    tipo de mercadoria via cabotagem, como pode ser observado na Figura 4.

    Figura 4. Participao da cabotagem em Porto do Pecm (2001-2009)

    Fonte: Dados ANTAQ (2010), elaborado por LabTrans

    0%

    5%

    10%

    15%

    20%

    25%

    30%

    35%

    40%

    45%

    50%

    2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008 2009

    Cab

    /(C

    ab+L

    C)

    Carga Geral Granis Lquidos Total

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 37

    A Tabela 6, por sua vez, mostra as movimentaes mais relevantes ocorridas

    no Terminal Porturio do Pecm no ano de 2010.

    Tabela 6. Movimentaes relevantes do ponto de vista operacional no Porto do Pecm (2010)

    Carga Quantidade

    (t) Participao

    (%) %

    Acumulada

    Contineres 1.705.734,98 48% 48%

    Combustveis e leos minerais e produtos

    800.143 22% 70%

    Produtos siderrgicos 726.575 20% 90%

    Minrios, escorias e cinzas 112.615 3% 93%

    Enxofre, terras e pedras, gesso e cal 100.486 3% 96%

    Minrio de ferro 73.746 2% 98%

    Aeronaves, embarcaes e suas partes

    24.733 1% 99%

    Fonte: Dados ANTAQ (2010), elaborado por LabTrans

    Os portos que concorrem com Pecm pelas cargas mais representativas para

    esse porto podem ser observadas na Figura 5.

  • Plano Mestre

    38 Porto do Pecm

    Figura 5. Portos concorrentes pelas principais cargas do Porto do Pecm (2010)

    Fonte: Dados ANTAQ (2010), elaborado por LabTrans

    Os principais concorrentes com o Terminal Porturio do Pecm so os portos

    do nordeste. Na movimentao de contineres, os principais concorrentes so os

    portos de Mucuripe, Suape e Salvador. O Terminal tambm sujeito a concorrncia

    na movimentao de produtos siderrgicos bem como de combustveis e leos

    minerais com outros portos do Brasil.

    Ressalta-se que o terminal possui perspectivas de ampliao na movimentao

    de combustveis e derivados de petrleo. A Petrobrs possui projeto de uma nova

    refinaria, denominada Premium II, a ser instalada no Complexo Industrial e Porturio

    do Pecm (CIPP), com capacidade de 300 mil barris de petrleo por dia, sendo que a

    entrada em operao prevista para o ano de 2017.

    49%

    9%7%

    6%

    6%

    6%5%

    12%

    Contineres

    Porto de Santos - SP Porto de Paranagu - PR

    Porto do Rio Grande - RS Porto de Suape - PE

    Porto do Rio de Janeiro - RJ Porto de Itaja - SC

    Porto de Vitoria - ES Outros

    49%

    14%

    8%

    6%

    5%3% 15%

    Produtos Siderrgicos

    TUP Praia Mole- ES Sao Francisco do Sul - SC

    TUP Usiminas - SP TUP Pecm - CE

    Porto do Rio de Janeiro - RJ TUP CST Tubaro - ES

    Outros

    25%

    21%

    11%6%

    6%

    5%

    4%4% 18%

    Combustveis e leos minerais

    Tup Almirante Barroso - SP Tup Almirante Maximiano Da Fonseca - RJTup Madre De Deus - BA Tup Almirante Soares Dutra - RSTup Almirante Tamandar (Ilha Dgua) - RJ Tup So Francisco Do Sul - SC

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 39

    A Figura 6 apresenta os principais produtos movimentados no Porto do Itaqui

    como meio de exemplificar os produtos que podem ser concorrentes com Pecm.

    Figura 6. Principais Produtos Movimentados pelo Porto do Itaqui

    Fonte: Dados ANTAQ (2010), elaborado por LabTrans

    Em Itaqui destaca-se a movimentao de combustveis e leos minerais, soja e

    ferro gusa, carga esta que a segunda maior movimentao em Pecm.

    Na movimentao de contineres o Porto do Pecm possui como grandes

    concorrentes como Mucuripe, sobretudo devido proximidade entre os portos, e

    Suape, localizado no estado de Pernambuco. Para ilustrar essa concorrncia, as

    Figuras 7 e 8 apresentam os principais produtos movimentados nos portos de Suape e

    Mucuripe, respectivamente.

    55%

    17%

    12%

    7%3%

    1% 1% 1% 1% 1%0%

    10%

    20%

    30%

    40%

    50%

    60%

  • Plano Mestre

    40 Porto do Pecm

    Figura 7. Principais Produtos Movimentados pelo Porto de Suape

    Fonte: Dados ANTAQ (2010), elaborado por LabTrans

    Figura 8. Principais Produtos Movimentados pelo Porto do Mucuripe

    Fonte: Dados ANTAQ (2010), elaborado por LabTrans

    Observa-se que as movimentaes predominantes no Porto de Suape so os

    combustveis e leos minerais e contineres, que tambm so as principais

    44% 44%

    5%3%

    2% 1% 1%

    0%

    5%

    10%

    15%

    20%

    25%

    30%

    35%

    40%

    45%

    50%

    Combustveise leos

    Minerais

    Contineres Trigo MinriosEscorias e

    Cinzas

    ProdutosQumicosOrgnicos

    ProdutosSiderrgicos

    Acar

    44%

    19%17%

    7%6%

    3%

    1% 1% 1%

    0%

    5%

    10%

    15%

    20%

    25%

    30%

    35%

    40%

    45%

    50%

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 41

    mercadorias movimentadas no Terminal Porturio do Pecm. Esses produtos

    apresentam grande perspectiva de aumento na movimentao nos prximos anos no

    Porto de Suape, sobretudo a partir da inaugurao da refinaria Abreu e Lima, da

    Petrobrs.

    Por fim, os portos de Suape, Mucuripe e Salvador apresentam-se como

    concorrentes do Terminal Porturio de Pecm na movimentao de frutas.

    Caracterizada a concorrncia do porto pelos seus principais produtos,

    interessante delimitar sua rea de influncia, cuja visualizao se d pela Figura 9 a

    seguir.

    No entanto, importante salientar que devido utilizao dos dados da

    SECEX, os municpios mencionados so aqueles nos quais se encontram as unidades

    fiscais que realizam operaes comerciais atravs do porto, no sendo

    necessariamente as unidades produtoras.

    Pode, assim, haver algumas divergncias com a realidade, devidas ao fato da

    existncia de unidades produtoras que no possuem unidades fiscais prprias,

    deslocando, assim, o registro de sua produo para as unidades fiscais

    correspondentes.

  • Plano Mestre

    42 Porto do Pecm

    Figura 9. rea de Influncia Comercial do Porto do Pecm (2009)

    Fonte: Dados SECEX (2010), elaborado por LabTrans (SigSep)

    Segundo dados da SECEX (2010), possvel observar que o Porto do Pecm

    possui grande influncia comercial na movimentao de cargas dos municpios

    localizados na regio nordeste. Este um porto recente, que vem apresentando

    crescimento sua em rea de influncia ao longo dos anos em virtude do aumento,

    tambm, de sua movimentao.

    O grfico da Figura 10 ilustra algumas das informaes anteriores,

    apresentando a representatividade dos estados brasileiros nas movimentaes pelo

    Porto do Pecm.

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 43

    Figura 10. Participao dos estados que exportam por Pecm (2009)

    Fonte: SECEX (2010), elaborado por LabTrans

    Sob outro aspecto, interessante analisar quais os principais parceiros

    internacionais do Porto do Pecm, o que pode ser feito a partir da Figura 11.

    Figura 11. Principais parceiros comerciais do Porto do Pecm (2009)

    Fonte: SECEX (2010), elaborado por LabTrans

    A partir da representao grfica nota-se que o NAFTA, a Unio Europia e a

    sia so responsveis por mais de 75% das mercadorias movimentadas no porto,

    77%

    8%

    7%

    2% 2%

    4%

    Cear Rio Grande do Norte

    Piau Bahia

    Par Outros

    4% 5%

    20%

    5%

    24%

    32%

    3%

    7%

    AFRICA ALADI ASIA EO

    EU NAFTA OPEP OUTROS

  • Plano Mestre

    44 Porto do Pecm

    mostrando que suas movimentaes esto fortemente orientadas para esses grupos

    econmicos, que representam as principais economias do mundo.

    2.1.2 PLANEJAMENTO PORTURIO

    A diversidade de cargas movimentadas pelo Terminal Porturio do Pecm

    necessita de uma ampla infraestrutura para atender ao fluxo de operaes, bem como

    de um bom planejamento para que o porto tenha a qualquer tempo condies de

    atender sua demanda. O planejamento porturio realizado atravs do Plano de

    Desenvolvimento e Zoneamento PDZ, de dezembro de 2008.

    O PDZ de 2008 abrange alguns temas como o surgimento e a finalidade do

    Complexo Industrial-Porturio do Pecm; a situao atual do porto, em questes de

    infraestrutura e superestrutura, e a evoluo da movimentao de carga nos anos

    anteriores realizao do trabalho. Todavia, ressalta-se que o PDZ de Pecm tem um

    grande foco nos investimentos em curso, bem como naqueles previstos, questes

    fundamentais para uma abrangente melhoria de todo o porto.

    A caracterizao do Porto do Pecm objetivou traar as linhas gerais do porto

    no que se refere sua atuao enquanto integrante do sistema porturio brasileiro.

    Em continuidade anlise diagnstica da situao atual do porto, importante

    levantar, descrever e compreender todos os aspectos que envolvem a infraestrutura

    do porto, desde as caractersticas gerais dos equipamentos, cais, beros, at a

    descrio das operaes realizadas, cujos detalhes esto dispostos na seo que

    segue.

    2.2 ANLISE DA INFRAESTRUTURA E DAS OPERAES

    O presente captulo tem o intuito de caracterizar o porto de acordo com a

    infraestrutura disponvel para a realizao das operaes, de modo a proporcionar um

    diagnstico a respeito de sua eficincia e produtividade, que podero ser avaliadas

    atravs dos indicadores de produtividade calculados e apresentados nesta seo.

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 45

    2.2.1 INFRAESTRUTURA BSICA DO PORTO

    A infraestrutura bsica do porto compreende as instalaes mnimas

    necessrias para que o porto possa funcionar. Ela composta pela estrutura de

    acostagem, infraestrutura aquaviria, acessos terrestres e servios.

    Com o intuito de proporcionar uma viso objetiva da atual configurao do

    Porto do Pecm, a Figura 12 e o Anexo B ilustram a planta baixa do porto com

    destaque para as diferentes reas existentes, subdivididas de acordo com o tipo de

    movimentao realizada em cada uma.

  • Plano Mestre

    46 Porto do Pecm

    Figura 12. Zoneamento atual do porto

    Fonte: Elaborado porLabTrans

    As prximas sees tratam do detalhamento das infraestruturas existentes,

    compreendendo as instalaes de acostagem, infraestrutura aquaviria e de acessos

    terrestres, bem como os servios de apoio oferecidos.

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 47

    2.2.1.1 Estrutura de Cais e Peres

    O Porto do Pecm dispe de dois peres, um cais para rebocadores e o

    Terminal de Mltiplo Uso (TMUT). O Per 1 tem comprimento de 350m, com

    profundidade interna de 14m e externa de 15m, e destinado movimentao de

    produtos siderrgicos e carga geral. O Per 2 possui 450m de extenso, tendo 15,5m

    de profundidade e est sendo utilizado para movimentao de graneis lquidos e

    gases liquefeitos. O TMUT possui comprimento de 710m e atualmente conta com 2

    beros, ambos com profundidade de aproximadamente 18m. Por ltimo, o Cais de

    Rebocadores de 60m serve de apoio porturio.

    A Figura 13 mostra as instalaes de acostagemdo Porto do Pecm e seus

    respectivos beros.

    Figura 13. Estruturas de acostagem do Porto do Pecm

    Fonte: Revista Porturia

    A Tabela 7 a seguir mostra um resumo das principais caractersticas de cada

    bero.

  • Plano Mestre

    48 Porto do Pecm

    Tabela 7. Caractersticas dos Beros do Porto do Pecm

    Bero/ Caractersticas

    P1 - interno Cearaportos

    P1 - externo Cearaportos

    P2 - interno

    Petrobrs

    P2 - externo

    Petrobrs

    TMUT

    Comprimento (m) 350 350 450 450 700

    Profundidade (m)

    Atual 14 15 15,5 15,5 18

    Data de Construo 2002 2002 2002 2002 2011

    Estado de Conservao

    Bom Bom Bom Bom Bom

    Destinao Operacional

    Continer, granel slido e

    carga geral

    Continer, granel slido e carga geral

    Granel lquido e gasoso

    Granel lquido e gasoso

    Continer

    Condio Uso privativo

    misto Uso privativo

    misto

    Arrendado

    Petrobras

    Arrendado

    Petrobras

    Uso privativo

    misto Fonte: Autoridade Porturia, atualizado e adaptado por LabTrans

    importante ressaltar que o acesso aos peres feito por uma ponte com as

    caractersticas apresentadas na Tabela 8.

    Tabela 8. Caractersticas do acesso aos peres

    Descrio Tamanho

    Comprimento at o per 1 1.789,33m

    Comprimento at o per 2 2.142,61m

    Comprimento at o TMUT 2.490,61m

    Largura da faixa de rolamento 7,20m

    Passeio para pedestre 1,30m

    Suporte para tubulao 6,75m

    Suporte para correia transportadora 6,20m

    Canaleta de servio para cabos eltricos e cabos ticos de comunicao, sob o passeio para pedestre

    1,10m x 0,27m

    Fonte: Autoridade Porturia, elaborado por LabTrans

    2.2.1.2 Infraestrutura Aquaviria

    Tratando-se de um Terminal offshore, o acesso martimo s instalaes no

    representa dificuldades s embarcaes, permitindo tambm a navegao noturna.

    Dessa forma, no h canal de acesso nem baa de evoluo.

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 49

    Ainda por se tratar de um Terminal Martimo offshore, artificialmente

    abrigado, mostrou-se necessria a construo de um quebra-mar do tipo berma

    (Rubble moundbreakwater) na forma de L, com comprimento total de 1.768m. Sua

    finalidade criar uma baa artificial de guas paradas, onde se situam os peres de

    atracao. Foi construdo em 2002 e ampliado em 2010, encontrando-se em bom

    estado de conservao. Uma ponte de 62,15m de comprimento e 7,15m de largura d

    acesso ao quebra-mar.

    2.2.1.3 Acessos Terrestres

    Os principais acessos s instalaes do porto se do pelas rodovias BR-222,

    que liga Fortaleza regio Norte do Estado e aos estados do Piau e Maranho, BR-

    020, BR-112, BR-116 e CE-422, conhecida por Via Porturia, com 20 km de extenso.

    Normalmente no h congestionamento no acesso rodovirio, com exceo de um

    ponto prximo ao porto, durante a poca de safra, decorrente da movimentao de

    frutas e produtos de origem vegetal.

    Existe no porto um estacionamento para caminhes com capacidade

    aproximada de 50 veculos. Para circulao interna ao porto h seis vias rodovirias,

    todas em bom estado de conservao.

    O acesso ferrovirio ao Porto do Pecm realizado pela TransNordestina

    Logstica S/A (TNL). A via utilizada um ramal de 22km de extenso, interligando o

    terminal linha da TNL de Fortaleza Teresina. Seu estado de conservao

    considerado bom.

    A Figura 14 e o Anexo C ilustram os acessos terrestres ao Terminal Porturio do

    Pecm.

  • Plano Mestre

    50 Porto do Pecm

    Figura 14. Acessos terrestres ao Porto do Pecm

    Fonte: Elaborado por LabTrans

    2.2.1.4 Servios

    O Porto do Pecm oferece alguns servios bsicos para suas instalaes, como

    distribuio de energia eltrica, gua e oficinas de reparo.

    A distribuio de energia eltrica no Porto do Pecm feita pela Companhia

    Energtica do Cear (COELCE). A capacidade contratada de 10 MW, entretanto

    atualmente somente 4,7 MW so utilizados no porto. O sistema de distribuio para o

    per se faz por intermdio de linha de transmisso subterrnea de 13,8kV, sendo que

    no mesmo existe uma subestao abaixadora de 1,0 MW 380/220 v.

    Os contineres reefers so atendidos por intermdio de 880 tomadas

    instaladas no ptio, mais 120 tomadas de emergncia mveis atendidas por trs

    Power Packs de 500 KW cada.

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 51

    Em relao a gua, sua distribuio no Porto do Pecm realizada pela

    Companhia de gua e Esgoto do Cear (CAGECE). A capacidade contratada de 12m3

    por hora, entretanto atualmente somente 5,5m3por hora so utilizados.

    A distribuio de gua para o per realizada por gravidade em funo da

    altura de um castelo dgua com capacidade para armazenar 150m. O abastecimento

    de gua para os navios se faz por uma linha de gua pressurizada por intermdio de

    duas bombas.

    O porto ainda possui oficinas de reparo, as quais dispem de uma rea de

    14.720 m2 e so operadas por terceiros. No h fornecimento de leo combustvel

    nem de lubrificantes para os navios.

    A prxima seo apresenta a caracterizao das operaes porturias

    desempenhadas, bem como a infraestrutura de terminais e de armazenagem e os

    equipamentos existentes.

    2.2.2 INFRAESTRUTURA E OPERAES PORTURIAS

    A descrio das operaes porturias compreende a apresentao do fluxo das

    mercadorias entre as estruturas de armazenagem e os navios, detalhando os

    equipamentos.

    O objetivo dessa seo caracterizar as operaes do porto no sentido de

    permitir a anlise de sua eficincia bem como avaliar impactos ambientais

    decorrentes dessas operaes. Dessa forma, a presente seo est organizada de

    modo que as operaes esto descritas por per.

    2.2.2.1 Instalaes de Acostagem

    O Per 1 composto por dois beros, um interno e outro externo, destinados

    movimentao de contineres, graneis slidos e carga geral. Possui comprimento de

    350m, largura de 45m, e profundidades de 15m no externo e 14m no interno. O per

    de uso privativo misto e foi construdo em 2002, ainda se encontrando em bom estado

  • Plano Mestre

    52 Porto do Pecm

    de conservao. Os principais produtos movimentados pelo per 1 do Terminal

    Porturio do Pecm so contineres e produtos siderrgicos.

    A Figura 15 apresenta a localizao do Per 1.

    Figura 15. Per 1I

    Fonte: Informativo dos portos (2011) Elaborado por LabTrans

    O Per 2tambm composto por dois beros, um interno e outro externo,

    ambos com profundidade de 15m, destinados movimentao de gs natural. Possui

    comprimento de 450m e largura de 32m, alm de uma plataforma de operao de

    45m de comprimento. A Figura 16 ilustra a localizao do Per 2no Porto do Pecm.

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 53

    Figura 16. Per 2

    Fonte: Angular (2011) Elaborado por LabTrans

    O TMUT, grande obra do ano de 2011 no Terminal Porturio de Pecm, tem

    comprimento de 710m e largura de 115m. O Terminal de Mltiplo Uso conta com dois

    beros, e tem uma grande profundidade, de aproximadamente 18m. Para a

    implantao do TMUT foram construdos dois beros de atracao, ampliado o

    quebra-mar e prolongada a ponte de acesso. A Figura 17 apresenta a localizao do

    TMUT.

  • Plano Mestre

    54 Porto do Pecm

    Figura 17. TMUT Terminal de Mltiplo Uso

    Fonte: Sobral Portal de Notcias Elaborado por LabTrans

    2.2.2.2Instalaes de Armazenagem

    As instalaes de retrorea para manuseio de carga incluem armazns e ptio,

    sendo todos de uso privativo misto. As caractersticas gerais das instalaes de

    armazenagem esto apresentadas na Tabela 9.

    Tabela 9. Instalaes de retrorea do porto

    Armazm rea

    Armazenagem rea ptio

    rea de Continer

    rea de Tancagem

    Empresa que opera

    Armazm N 1 6.250 m2 - No tem No em Cear Portos

    Armazm N 2

    10.000 m2 - No tem No tem Cear Portos

    Ptio 363.750 m2 380.000

    m2 144.307 m2 No tem Cear Portos

    Fonte: Autoridade Porturia

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 55

    2.2.2.3 Equipamentos Porturios

    Os equipamentos utilizados nos terminais e cais para movimentao de cargas

    so apresentados nas Tabelas 10, 11 e 12, onde representam respectivamente os

    equipamentos do Per 1, Per 2 e TMUT.

    Tabela 10. Equipamentos Porturios instalados no Per 1

    Caracterstica/Equipamento

    MHC MHC Guindaste de mltiplo uso sobre trilhos

    Descarregador de granel

    Descarregador de Carvo

    Beros Operados

    P1-E e P1-I

    P1-E e P1-I

    P1 - E P1- I P1-E e P1-I

    Ano de Instalao

    2002 2008 2002 2002 2011

    Estado de Conservao

    Bom Bom Regular Regular Bom

    Modelo HMK 300E

    LHM 500

    - -

    Fabricante Gottwald Liebhe

    rr ZPMC ZPMC

    Capacidade Nominal

    100t, 28mov./h

    104t, 35

    mov./h

    45t, 15 mov./h (continer),

    20 mov./h (bobinas) 2.400t/hora

    Quantidade Atual

    1 1 1 1 1

    Fonte: Autoridade Porturia (2010)

    Tabela 11. Equipamentos Porturios instalados no Per 2

    Caracterstica/Equipamento Braos de

    Transferncia para GNL (16")

    Braos de Carregamento para GNC (12")

    Braos de Transferncia

    para GNL (16")

    Beros Operados P2 - I P2 - I P2 - E

    Ano de Instalao 2009 2009 2009

    Estado de Conservao Bom Bom Bom

    Quantidade Atual 3 2 3

    Fonte: Autoridade Porturia (2010)

  • Plano Mestre

    56 Porto do Pecm

    Tabela 12. Equipamentos de cais instalados no TMUT

    Tipo/ Caractersticas

    MHC MHC Guindaste

    deGranis Slidos Guindaste para carga

    geral

    Beros 104 e 105

    104 e 105

    103 104

    Modelo 100t

    LHM 400

    Portalino Canguru

    Ano de Fabricao 2006 2006 2.000 1972

    Ano de Instalao 2006 2006 2.000 1984

    Vida til (anos) 20 20 20 -

    Estado de Conservao

    Bom Bom Bom Regular

    Capacidade Nominal

    25 mov./h 25

    mov./h 300 t/h 150 t/h

    Quantidade 1 1 2 1

    Fabricante Gottwald Liebherr BuhlerMiag VebKranbau

    Fonte: Autoridade Porturia (2010)

    A infraestrutura apresentada e as operaes podem ser avaliadas atravs de

    indicadores que medem aprodutividade, os quais esto expostos na seo que segue.

    2.2.3 INDICADORES DE PRODUTIVIDADE DAS OPERAES PORTURIAS

    O objetivo principal desta seo fazer um diagnstico das principais

    operaes porturias realizadas no Porto do Pecm. Para tanto, foram calculados

    indicadores operacionais e de desempenho julgados essenciais para a identificao de

    gargalos e possibilidades de ganhos de eficincia, bem como para a determinao das

    capacidades das instalaes atuais e futuras.

    Destacam-se entre esses indicadores, para cada carga relevante movimentada

    no porto e com base nos dados de 2009: o lote mdio por navio, o tempo mdio de

    operao, o tempo mdio de atracao, o tempo mdio inoperante numa atracao

    (antes e aps as operaes), e, principalmente, a produtividade mdia calculada em

    toneladas movimentadas (ou contineres movimentados) por navio por hora de

    operao.

    Essa produtividade basicamente uma funo da quantidade e capacidade dos

    equipamentos de movimentao de carga empregados, e captura as eficincias

    desses equipamentos e as paralisaes que ocorrem durante a operao.

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 57

    Para os trechos de cais, alm das estatsticas j mencionadas, so tambm

    calculados o ndice de ocupao e a movimentao por metro linear de cais.

    2.2.3.1 Per 1

    Atravs dos beros do Per 1 do porto foram movimentados

    predominantemente contineres e produtos siderrgicos.

    Em relao movimentao de contineres, as estatsticas de 2009 mostram

    que no Per 1 foram movimentadas 85.973 unidades, correspondendo a 137.487 TEUs,

    que por sua vez equivaleram a . 1.126.043 toneladas.

    Os produtos siderrgicos, operados em ambos os beros do Per 1, no ano de

    2009 tiveram uma movimentao de 447.411 toneladas, representando assim, um

    grupo de produtos de movimentao relevante para o porto. A Figura 18mostra o per

    1.

  • Plano Mestre

    58 Porto do Pecm

    Figura 18. Per 1

    Fonte: LabTrans

    A Tabela 13 mostra as quantidades movimentadas, lotes mdios e as respectivas

    produtividades de cada carga, observadas em 2009.

    Tabela 13. Movimentao no Per 1 (2009), por Tipo de Carga

    Produto Movimentao (t)

    Lote Mdio (t)

    Produtividade (t/navio/h)

    Continer 1.126.043 2.685 308

    Produtos Siderrgicos 447.411 8.642 110

    Fonte: ANTAQ(2010), elaborado por LabTrans

    A Tabela 14 mostra alguns ndices agregados referentes s movimentaes no

    Per 1.

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 59

    Tabela 14. Indicadores Operacionais da Movimentao no Per 1-(2009)

    Indicador Valor

    Movimentao total (t) 1.573.454

    Tempo total de atracao (h) 11.410

    Nmero de atracaes 445

    Comprimento do cais (m) 700

    Movimentao por metro linear de cais (t/m)

    2.248

    Nmero de beros 2

    Taxa de ocupao 67,9%

    Fonte: ANTAQ(2010), elaborado por LabTrans

    2.2.3.2 Per 2

    Nos beros do Per 2 do Porto do Pecm foi movimentado gs natural

    liquefeito. O Terminal movimentou em 2009 346.168 toneladas de GNL, sendo que

    grande parte dessa movimentao foi constituda por desembarques.

    Figura 19. Per 2

    Fonte:Labtrans

  • Plano Mestre

    60 Porto do Pecm

    A Tabela 15 mostra o total movimentado, lote mdio e produtividade dessa

    mercadoria, segundo os dados de 2009. A Tabela 16mostra alguns ndices agregados

    referentes s movimentaes no Per 2.

    Tabela 15. Movimentao no Per 2 (2009), por Mercadoria

    Produto Movimentao

    (t)

    Lote Mdio

    (t)

    Produtividade (t/navio/h)

    Gs Natural 346.168 16.723 236

    Fonte: ANTAQ(2010), elaborado por LabTrans

    Tabela 16. Indicadores Operacionais da Movimentao no Per 2(2009)

    Indicador Valor

    Movimentao total (t) 346.168

    Tempo total de atracao (h) 1.573

    Nmero de atracaes 13

    Comprimento do cais (m) 450

    Movimentao por metro linear de cais (t/m)

    769

    Nmero de beros 1

    Taxa de ocupao 18,2%

    Fonte: ANTAQ (2010), elaborado por LabTrans

    As caracterizaes da infraestrutura do porto, bem como a avaliao de sua

    produtividade visaram traar um perfil do porto quanto sua movimentao atual e

    tambm o diagnstico da utilizao dessa infraestrutura. A prxima seo, por sua

    vez, apresenta a evoluo do trfego martimo relacionado com o porto com nfase

    para a caracterizao da frota que frequenta Pecm.

    2.3 TRFEGO MARTIMO

    A anlise do trfego martimo tem como intuito traar um perfil da frota de

    navios que frequenta o porto e analisar a evoluo do porte das embarcaes ao longo

    do tempo, com vistas a se estimar o porte e consignaes que devero ocorrer no

    futuro.

    Em primeiro lugar, interessante analisar o comportamento do nmero de

    atracaes ao longo do ano como uma forma de verificar se o porto sofre influncia da

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 61

    sazonalidade de alguns produtos em sua movimentao ao longo do ano, como

    mostra a Figura 20.

    Figura 20. Nmero de atracaes por ms no Porto do Pecm (2010)

    Fontes: ANTAQ, Datamar, Lloyds Register of Shipping, elaborado por LabTrans

    importante mencionar que na base de dados SDP da ANTAQ para o Terminal

    Porturio do Pecm no havia dados disponveis a respeito das atracaes de navios

    nos anos de 2008 at o ms de novembro de 2009, sendo que o primeiro valor da srie

    foi observado em dezembro desse ano. Dessa forma, a anlise levou em conta

    somente os dados de 2010.

    Durante o ano de 2010 o nmero de atracaes no Terminal Porturio do

    Pecm apresentou pouca oscilao, tendo alcanado o mximo de 45 atracaes nos

    meses de agosto e novembro e mnimo de 35 atracaes no ms de abril. No foi

    possvel identificar a presena de sazonalidade no nmero de atracaes ao longo do

    tempo para o porto em questo.

    Para traar o perfil da frota que frequenta o porto foi feita uma anlise de

    frequncia de navios de acordo com sua caracterstica operacional, como pode ser

    observado na Figura 21.

    0

    5

    10

    15

    20

    25

    30

    35

    40

    45

    50

    1/2010 3/2010 5/2010 7/2010 9/2010 11/2010

    N. a

    trac

    a

    es

  • Plano Mestre

    62 Porto do Pecm

    Figura 21. Tipos de navios que atracam no Terminal Porturio do Pecm (2010)

    Fontes: ANTAQ, Datamar, Lloyds Register of Shipping, Elaborado por LabTrans

    Em 2010 os navios porta-contineres responderam pela maioria das atracaes

    observadas no Terminal Porturio do Pecm, com mais de 300 atracaes.

    Alm da frequncia de atracao dos tipos de navios, possvel visualizar,

    tambm, qual o comprimento mdio dos diversos tipos de navios como pode ser

    observado a partir da Figura 22.

    Figura 22. Comprimento mdio dos navios que frequentam o Porto do Pecm por tipo de navio (2010)

    Fonte Dados ANTAQ (2010), Datamar (2010), Lloyds Register (2010), Elaborado por LabTrans

    Em relao ao comprimento das embarcaes que atracaram em Pecm,

    observa-se que os maiores navios foram aqueles destinados a movimentao de

    granel lquido, com quase 300m As outras embarcaes no diferiram muito em

    0 50 100 150 200 250 300

    Tanque

    Roro

    Graneleiro

    Navio de Carga Geral

    Conteinero

    Mdia Geral

    Comprimento total - LOA (m)

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 63

    relao ao seu comprimento, tendo um comprimento mdio entre 150 e 230m. Dessa

    forma, a mdia geral do comprimento dos navios que atracaram em Pecm foi de

    cerca de 180m,mostrando que o porto est apto a receber navios de mdio a grande

    porte.

    J os calados mdios das embarcaes que frequentaram o Terminal Porturio

    do Pecm no ano de 2010 podem ser observados na Figura 23.

    Figura 23. Calado mdio dos navios que frequentam o Porto do Pecm por tipo de navio

    Fonte Dados ANTAQ (2010), Datamar (2010), Lloyds Register (2010), Elaborado por LabTrans

    O calado mdio das embarcaes em 2010foi de aproximadamente 10m.

    Em relao s embarcaes em geral, no foi percebida muita diferena no que

    concerne a seus calados. Os navios tanques, que apresentaram o maior comprimento

    mdio, tambm mostraram o maior calado mdio, com 11m. Os porta-contineres

    apesar de terem sido os segundos maiores navios a atracar no porto, no

    apresentaram um calado mdio to grande.

    Em suma, os navios mostraram um calado entre 8 e 10m,o que indica que os

    beros de Pecm podem atender com alguma folga o padro da frota martima que ali

    atraca. A distribuio dos portes brutos mdios dos diversos tipos de navios, por sua

    vez, pode ser visualizada na Figura 24.

    0,00 2,00 4,00 6,00 8,00 10,00 12,00

    Tanque

    Roro

    Graneleiro

    Navio de CargaGeral

    Conteinero

    Mdia Geral

    Calado - DRAFT (m)

  • Plano Mestre

    64 Porto do Pecm

    Figura 24. Porte bruto dos navios que frequentam o Porto do Pecm por tipo de navio

    Fonte Dados ANTAQ (2010), Datamar (2010), Lloyds Register (2010), Elaborado por LabTrans

    De acordo com as anlises anteriores, o perfil traado para as caractersticas

    fsicas dos navios que atracam no porto analisado , em sua maioria, semelhante. J

    no que concerne ao porte bruto, observa-se uma diferena considervel entre os

    diversos tipos de embarcaes. Os navios tanques, os graneleiros e os porta-

    contineres, que foram os navios de maiores dimenses que atracaram em Pecm,

    em 2010, tambm apresentaram os maiores portes brutos mdios, de,

    respectivamente, 80.000 DWT, 44.000 DWT e 42.000 DWT. Os demais tipos de

    embarcaes tiveram um porte bruto bem menor. A mdia geral de porte bruto dos

    navios que frequentaram o porto em 2010foi de cerca de 38.000 DWT.

    Por outro lado, interessante analisar o perfil dos navios que atracam no

    Terminal Porturio do Pecm tendo em vista a relao entre as caractersticas fsicas e

    o tempo, de modo que se possa avaliar a variao das caractersticas das embarcaes

    ao longo do perodo de anlise. Nesse sentido, as Figuras 25, 26 e 27 mostram a

    evoluo mensal, respectivamente, do comprimento mdio, calado mdio e porte

    bruto mdio dos navios que atracaram em Pecm no ano de 2010.

    - 20.000 40.000 60.000 80.000 100.000

    Tanque

    Roro

    Graneleiro

    Navio de Carga Geral

    Conteinero

    Mdia Geral

    Capacidade - DWT (t)

  • Plano Mestre

    Porto do Pecm 65

    Figura 25. Comprimento mdio dos navios que frequentam o Porto do Pecm

    Fonte Dados ANTAQ (2010), Datamar (2010), Lloyds Register(2010), Elaborado por LabTrans

    Figura 26. Calado mdio dos navios que frequentam o Porto do Pecm

    Fonte Dados ANTAQ (2010), Datamar (2010), Lloyds Register(2010), Elaborado por LabTrans

    0

    50

    100

    150

    200

    250

    12/2009 2/2010 4/2010 6/2010 8/2010 10/2010 12/2010

    LOA

    (Co

    mp

    rim

    en

    to t

    ota

    l -m

    )

    9,5

    10

    10,5

    11

    11,5

    12

    12,5

    12/2009 2/2010 4/2010 6/2010 8/2010