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Integrada de Resíduos Sólidos Plano Municipal de Gestão NOVA ALIANÇA - SP Nova Aliança - SP Setembro 2014

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Integrada de Resíduos SólidosPlano Municipal de Gestão

NOVA ALIANÇA - SP

Nova Aliança - SPSetembro 2014

Verdaz Gestão Sustentável Av. João Batista Vetorazzo, 805, box 06 – Distrito Industrial Waldemar de Oliveira Verdi

São José do Rio Preto – SP - (17) 3234-5852 – Ramal 216 www.verdaz.com.br

Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos de

Nova Aliança – SP

CONTRATANTE:

Prefeitura Municipal de Nova Aliança

CNPJ/MF: 45.094.232/0001-94

Endereço: Praça Padre João Nolte, nº 22, Nova Aliança - SP, CEP: 15210-000

Telefone: (17) 3811-9900

Site: www.novaalianca.sp.gov.br/

Prefeito: Jurandir Barbosa de Morais

Coordenador de Meio Ambiente: Mauro César Bassetti

CONTRATADA:

Verdaz Gestão Sustentável e Consultoria Ambiental LTDA – ME

CNPJ: 10.628.498/0001-95

Endereço: Avenida João Batista Vetorazzo, nº 805, sala 06, Distrito Industrial Waldemar

de Oliveira Verdi, São José do Rio Preto – SP, CEP: 15035-470

Telefone: (17) 3234-5852 – Ramal 216

Site: www.verdaz.com.br

E-mail: [email protected]

EQUIPE TÉCNICA:

Responsável Técnico: Raphael Augusto Fagliari – Biólogo (CRBio 68292/01)

Aline Chitero Bueno – Bióloga, Mestre em Educação Escolar

Julia Cassiano Wayego – Gestora Ambiental

Natalia Brandão Caridá – Gestora Ambiental

Marcos Juliano Dutra da Silva – Geografo (CREA – PR 134719/D)

Nova Aliança - SP

Setembro 2014

SUMÁRIO

1 INTRODUÇÃO.................................................................................................................... 9

2 GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS ....................................................... 12

3 OBJETIVOS ...................................................................................................................... 13

4 METODOLOGIA EMPREGADA PARA O PLANO ...................................................... 14

4.1 Embasamento Legal................................................................................................. 14

4.2.1 Âmbito Federal ....................................................................................................... 14

4.1.2 Legislação Estadual ................................................................................................ 15

4.1.3 Legislação Municipal .............................................................................................. 16

4.1.4 Resoluções ............................................................................................................. 17

4.1.5 Normas Técnicas .................................................................................................... 19

4.2 Definições da Lei nº 12.305, de agosto de 2010 ............................................................. 19

4.3 Classificação dos Resíduos Sólidos ............................................................................... 21

4.3.1 NBR 10004:2004 .................................................................................................... 22

- Classe I: ou perigosos .................................................................................................. 23

- Classe II: ou não perigosos ......................................................................................... 23

4.3.2 PERS (Lei 12.300/06) ............................................................................................. 24

- Resíduos Urbanos........................................................................................................ 24

- Resíduos Industriais .................................................................................................... 24

- Resíduos de Serviços de Saúde ................................................................................... 24

- Resíduos de Atividades Rurais ................................................................................... 24

- Resíduos provenientes de portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários,

postos de fronteira e estruturas silimilares ................................................................... 25

- Resíduos da Construção Civil ..................................................................................... 25

4.3.3 PNRS (Lei nº 12.305/2010) .................................................................................... 25

- Classificação quanto à origem .................................................................................... 26

- Classificação quanto à periculosidade ........................................................................ 31

4.3.4 Resíduos Volumosos .............................................................................................. 31

4.3.5 Resíduos Verdes ..................................................................................................... 31

4.3.6 Resíduos Sólidos Cemiteriais .................................................................................. 31

4.3.7 Resíduos com Logística Reversa Obrigatória .......................................................... 32

4.3.8 Outras classificações ............................................................................................... 33

- Quanto à natureza física ............................................................................................. 33

- Quanto à composição química .................................................................................... 34

4.5 Validação e Revisão do PMGIRS .................................................................................. 34

5 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO .......................................................................... 35

5.1 Histórico ....................................................................................................................... 35

5.2 Localização ................................................................................................................... 36

5.3 Caracterização Socioeconômica ..................................................................................... 37

5.3.1 Dados populacionais ............................................................................................... 37

5.3.2 Taxa de crescimento anual ...................................................................................... 38

5.3.3 Densidade demográfica ........................................................................................... 38

5.3.4 Mortalidade infantil ................................................................................................ 38

5.3.5 Índice de envelhecimento........................................................................................ 39

5.3.6 Ensino .................................................................................................................... 40

5.3.7 Indicadores Socioecômicos ..................................................................................... 43

5.3.8 Economia ............................................................................................................... 47

5.3.9 Desenvolvimento urbano ........................................................................................ 49

5.3.10 Programa Município VerdeAzul ........................................................................... 51

5.4 Clima ............................................................................................................................ 52

5.4.1 Temperatura ........................................................................................................... 53

5.4.2 Umidade relativa do ar ............................................................................................ 54

5.5 Pedologia ...................................................................................................................... 54

5.6 Geologia ....................................................................................................................... 55

5.7 Geomorfologia .............................................................................................................. 56

5.8 Uso do Solo ................................................................................................................... 58

5.9 Susceptibilidade a erosão ............................................................................................... 58

5.10 Bacias hidrográficas .................................................................................................... 60

5.10.1 Sistema paulista de bacias hidrográficas ................................................................ 60

5.10.2 UGRHI Tietê-batalha ............................................................................................ 61

5.11 Bioma ......................................................................................................................... 63

6 DIAGNÓSTICO................................................................................................................. 64

6.1 Diagnóstico dos resíduos ............................................................................................... 64

6.1.1 Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais ........................................................ 64

6.1.2 Resíduos Sólidos de Limpeza Urbana .................................................................. 69

6.1.3 Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) ................................................................... 69

6.1.4 Cadáveres de Animais .......................................................................................... 71

6.1.5 Resíduos Cemiteriais ............................................................................................ 71

6.1.6 Resíduos da Construção Civil (RCC) ................................................................... 72

6.1.7 Resíduos Industriais ............................................................................................. 74

6.1.8 Resíduos da Zona Rural ....................................................................................... 75

6.1.9 Resíduos das Atividades Agrossilvopastoris ........................................................ 75

6.1.10 Resíduos dos Serviços de Transporte ................................................................. 75

6.1.11 Resíduos Eletroeletrônico ................................................................................... 76

6.1.12 Resíduos Sólidos Pneumáticos ............................................................................ 78

6.1.13 Óleo de Cozinha .................................................................................................. 78

6.1.15 Volumosos ........................................................................................................... 80

6.2 Áreas Contaminadas ...................................................................................................... 80

6.3 Educação Ambiental...................................................................................................... 81

6.3.1 Programa Municipal de Educação Ambiental .......................................................... 81

6.4 Síntese do Diagnóstico .................................................................................................. 87

7 PROGNÓSTICO ............................................................................................................... 88

7.1 Resíduos Domiciliares ................................................................................................... 88

7.1.1 Resíduos recicláveis .............................................................................................. 88

7.1.2 Criação de uma Associação de Coletores de Recicláveis ..................................... 88

7.1.3 Resíduos úmidos ................................................................................................... 89

7.2 Resíduos de Limpeza Urbana ........................................................................................ 90

7.2.1 Coletores ............................................................................................................... 90

7.3 Resíduos da Construção Civil ........................................................................................ 91

7.3.1 Áreas de descarte irregular .................................................................................. 91

7.3.2 Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil ................................. 92

7.3.3 Área para descarte ambientalmente adequado de Resíduos da Construção Civil

....................................................................................................................................... 92

7.4 Ecoponto ....................................................................................................................... 93

7.5 Logística reversa ........................................................................................................... 94

7.5.1 Óleo de cozinha usado e lixo eletrônico ................................................................ 94

7.6 Resíduos da Zona Rural ................................................................................................. 95

7.7 Resíduos Agrossilvopastoris .......................................................................................... 96

7.7.1 Capacitação sobre resíduos agrossilvopastoris de agricultores ........................... 96

7.8 Resíduos de Serviço de Saúde ....................................................................................... 96

7.8.1 Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde ................................. 96

7.9 Resíduos Sólidos Industriais .......................................................................................... 97

7.9.1 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais ................................... 97

8 ÁREA FAVORÁVEL PARA A DISPOSIÇÃO DOS REJEITOS NO MUNICÍPIO ...... 99

9 A FORMALIZAÇÃO DE CONSÓRCIOS OU CONVÊNIOS PÚBLICOS .................. 100

9.1 Resíduos pneumáticos ................................................................................................. 100

10 GERADORES DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO E PLANO DE

GERENCIAMENTO .......................................................................................................... 101

11 GERADORES DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO E LOGÍSTICA

REVERSA ........................................................................................................................... 102

12 AÇÕES DE CONTINGÊNCIA EM SITUAÇÕES DE URGÊNCIA E EMERGÊNCIA

............................................................................................................................................. 103

13 REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS

SÓLIDOS DE NOVA ALIANÇA - SP ............................................................................... 106

14 CONSIDERAÇÕES FINAIS ......................................................................................... 107

15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS .......................................................................... 109

LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Localização do município de Nova Aliança SP ......................................................... 37

Figura 2: Tipos climáticos do estado de São Paulo segundo classificação Koppen. .................. 53

Figura 3: Mapa de umidade relativa do estado de São Paulo. ................................................... 54

Figura 4: Mapa da divisão geomorfológica do estado de São Paulo.......................................... 57

Figura 5: Mapa de potencialidade total de erosão da Região 2 - UGRHI 16. ............................ 60

Figura 6: Mapa das Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos. ................................... 61

Figura 7: Localização da Bacia Tietê-batalha entre as demais bacias do estado (esq.) Limites da

UGRHI (dir.) .......................................................................................................................... 62

Figura 8: Localização da Região 2 dentro da Bacia Tietê-batalha. ............................................ 62

Figura 9. Informativo impresso disponibilizado a população sobre a Coleta Seletiva................ 66

Figura 10: Informativo impresso sobre Campanha para correta destinação de resíduos

eletrônicos .............................................................................................................................. 77

Figura 11. Cupom de participação da campanha de destinação adequada de resíduos eletrônicos.

............................................................................................................................................... 77

Figura 12. Cupom disponibilizado para a população para troca de óleo usado por um litro novo.

............................................................................................................................................... 79

Figura 13. Informativo impresso sobre Reciclagem do óleo de cozinha.................................... 79

LISTA DE IMAGENS

Imagem 1: Município de Nova Aliança – SP. .......................................................................... 36

Imagem 2: Conjunto de coletores para coleta seletiva em locais estratégicos do município. ..... 67

Imagem 3: Novos coletores distribuídos em áreas públicas do município ................................. 68

Imagem 4: Unidade de Saúde no Município de Nova Aliança - SP .......................................... 70

Imagem 5: Fachada do Cemitério Municipal de Nova Aliança - SP ......................................... 72

Imagem 6: Placa de orientação sobre o descarte inadequado de resíduos. ................................. 73

Imagem 7: Rodoviária Municipal em Nova Aliança – SP. ....................................................... 76

LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Classificação dos resíduos quanto à origem e periculosidade. .................................. 22

Quadro 2: Classificação dos RSS de acordo com a resolução CONAMA 358/2005. ................ 27

Quadro 3: Classificação e exemplos dos RCC de acordo dom a Resolução 307/2002 -

CONAMA. ............................................................................................................................. 30

Quadro 4: Classificação dos resíduos quanto à natureza física, química e exemplos. ................ 33

Quadro 5: Projeção populacional do município de Nova Aliança – SP (2011-2015). ................ 38

Quadro 6: Evolução da Longevidade, mortalidade e fecundidade no Município de Nova Aliança

- SP. ........................................................................................................................................ 39

Quadro 7: Categorias de classificação do IDHM. .................................................................... 43

Quadro 8. Critérios de Formação dos Grupos do IPRS. ........................................................... 46

Quadro 9: Índice Paulista de Responsabilidade Social. Desempenho de Nova Aliança. ............ 47

Quadro 10: Renda, pobreza e desigualdade - Nova Aliança, SP. .............................................. 48

Quadro 11: Participação dos empregos formais de diferentes setores produtivos em relação ao

total de empregos formais, 2012 (Em %). ................................................................................ 49

Quadro 12: População Rural, Urbana e Taxa de Urbanização .................................................. 49

Quadro 13: Tabela 8 - Nível de atendimento de serviços.......................................................... 50

Quadro 14. Evolução do Município de Nova Aliança no Programa Município Verde - Azul. ... 52

Quadro 15: Temperaturas mensais máximas, médias e mínimas e precipitação mensal média. . 53

Quadro 16: Classe de solos encontrados na UGRHI 16. ........................................................... 55

Quadro 17: Unidades Geológicas da Bacia hidrográfica Tietê-batalha. .................................... 56

Quadro 18: Estimativa das demandas na UGRHI Tietê-batalha................................................ 63

Quadro 19: Quadro de origem de resíduos e respectivos responsáveis no Município de Nova

Aliança – SP. .......................................................................................................................... 64

Quadro 20. Quantificação da geração de materiais recicláveis no município de Nova Aliança.. 69

Quadro 21: Quantidades de resíduos volumosos coletados em Nova Aliança em 2014. .......... 80

Quadro 22: Síntese do diagnóstico dos resíduos de Nova Aliança. ........................................... 87

Quadro 23: Ações de contingência do município de Nova Aliança. ....................................... 103

LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Evolução da estrutura etária em Nova Aliança. ....................................................... 39

Gráfico 2: Taxa de analfabetismo da população de 15 anos e mais – 2010. .............................. 40

Gráfico 3: Evolução do fluxo escolar por faixa etária - Nova Aliança – SP (1991-2010). ......... 41

Gráfico 4: Fluxo escolar por faixa etária no Município de Nova Aliança, no Estado de São Paulo

e no Brasil (2010). .................................................................................................................. 42

Gráfico 5. Número de docentes - Pré- escola, Ensino Fundamental e Ensino Médio em ........... 42

Gráfico 6. Unidades de Instituições de Ensino em Nova Aliança - SP. ..................................... 43

Gráfico 7: Figura 3 - IDHM de Nova Aliança. ......................................................................... 44

Gráfico 8: Evolução do IDHM de Nova Aliança. ..................................................................... 45

Gráfico 9: Participação no PIB do estado................................................................................. 48

Gráfico 10: Grau de urbanização - 2010. ................................................................................. 50

Gráfico 11. Percentual de atendimento - Infraestrutura Urbana do Estado de São Paulo, RG de

São José do Rio Preto e Nova Aliança - SP. ............................................................................ 51

Gráfico 12: Uso do solo UGRHI 16......................................................................................... 58

1 INTRODUÇÃO

Nas últimas décadas tem se notado grande volume de resíduos depositados em

ruas, terrenos abandonados, zonas periféricas e corpos hídricos, descaracterizando

visivelmente o meio e gerando problemas à saúde e ao ambiente. O desenvolvimento de

novos produtos, muitas vezes fabricados e disponibilizados à população sem os devidos

estudos dos consequentes impactos ambientais resultantes de seu processo de produção,

consumo e descarte, somado ao crescimento populacional e o pensamento do

consumidor, que estabelece, quase sempre, uma relação de consumo-descarte imprópria

para um modelo sustentável, contribuem para a geração de grandes volumes de resíduos

sólidos no Brasil.

Neste cenário, foi promulgada a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS),

instituída pela Lei Federal nº 12.305 de 02 de Agosto de 2010. Segundo esta Lei, o

resíduo sólido é definido como um material, substância, objeto ou bem descartado,

resultante de atividades humanas em sociedade, cuja destinação final se procede, se

propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido,

gases contidos em recipientes e líquidos cujo lançamento na rede pública de esgotos ou

em corpos d’água exija soluções técnicas ou economicamente inviáveis, considerando

as tecnologias disponíveis.

A PNRS está articulada com a Política Federal de Saneamento Básico (Lei nº

11.445, de 05 de janeiro de 2007) e com a Política Nacional de Educação Ambiental

(Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999), evidenciando a necessidade de um conjunto de

ações integradas, que envolva os setores público e privado e a sociedade civil, por

melhorias ambientais e sociais através do adequado manejo destes resíduos. Devem-se

levar em consideração as esferas políticas, sociais, ambientais, culturais, econômicas e

educacionais que influenciam direta ou indiretamente sobre esta temática.

A PNRS estabelece princípios, definições, objetivos, instrumentos (incluindo os

econômicos) e diretrizes relativas à gestão integrada e ao gerenciamento de resíduos

sólidos, atribuindo responsabilidades aos geradores, ao poder público e aos

consumidores. Importantes definições são elucidadas, como coleta seletiva, acordo

setorial, destinação final ambientalmente adequada, responsabilidade compartilhada

pelo ciclo de vida dos produtos e logística reversa. Assim, é possível orientar a tomada

de decisão no que tange o manejo sustentável dos resíduos de maneira eficiente e

completa.

Um dos objetivos fundamentais estabelecidos pela Lei nº12.305/2010 é a ordem

de prioridade para a gestão dos resíduos, de caráter obrigatório. A mesma é composta,

na sequência, por: não geração, redução, reutilização, reciclagem, tratamento e

disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos. Estes itens são obrigatórios e

devem ser cumpridos (MMA, 2012).

Neste contexto, a PNRS propõe um roteiro das informações necessárias que

deverão constar na elaboração dos planos de gestão dos resíduos sólidos, a fim de

diagnosticar a atual situação do modelo de gestão realizado pela instituição, bem como

listar e detalhar ações de melhorias, prazos e responsabilidades propostas.

Serão considerados planos de resíduos sólidos aqueles elaborados nas esferas

Nacional, Estadual, microrregional, intermunicipal, municipal e de entidades privadas;

que terão como conteúdo mínimo para a elaboração, segundo a Lei nº 12.305/10 art. 15:

I - diagnóstico da situação atual dos resíduos sólidos;

II - proposição de cenários, incluindo tendências internacionais e

macroeconômicas; III - metas de redução, reutilização, reciclagem, entre outras, com

vistas a reduzir a quantidade de resíduos e rejeitos encaminhados para

disposição final ambientalmente adequada; IV - metas para o aproveitamento energético dos gases gerados nas

unidades de disposição final de resíduos sólidos;

V - metas para a eliminação e recuperação de lixões, associadas à

inclusão social e à emancipação econômica de catadores de materiais reutilizáveis e recicláveis;

VI - programas, projetos e ações para o atendimento das metas

previstas; VII - normas e condicionantes técnicas para o acesso a recursos da

União, para a obtenção de seu aval ou para o acesso a recursos

administrados, direta ou indiretamente, por entidade federal, quando destinados a ações e programas de interesse dos resíduos sólidos;

VIII - medidas para incentivar e viabilizar a gestão regionalizada dos

resíduos sólidos;

IX - diretrizes para o planejamento e demais atividades de gestão de resíduos sólidos das regiões integradas de desenvolvimento instituídas

por lei complementar, bem como para as áreas de especial interesse

turístico; X - normas e diretrizes para a disposição final de rejeitos e, quando

couber, de resíduos;

XI - meios a serem utilizados para o controle e a fiscalização, no

âmbito nacional, de sua implementação e operacionalização, assegurado o controle social.

É também abordado em sua estrutura o conceito de responsabilidade

compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, destacando as responsabilidades

associadas aos setores públicos, às empresas e a sociedade consumidora, apresentando

na sessão II, art. 30 os objetivos propostos ao tema, os quais são:

I - compatibilizar interesses entre os agentes econômicos e sociais e os

processos de gestão empresarial e mercadológica com os de gestão

ambiental, desenvolvendo estratégias sustentáveis;

II - promover o aproveitamento de resíduos sólidos, direcionando-os para a sua cadeia produtiva ou para outras cadeias produtivas;

III - reduzir a geração de resíduos sólidos, o desperdício de materiais,

a poluição e os danos ambientais; IV - incentivar a utilização de insumos de menor agressividade ao

meio ambiente e de maior sustentabilidade;

V - estimular o desenvolvimento de mercado, a produção e o consumo de produtos derivados de materiais reciclados e recicláveis;

VI - propiciar que as atividades produtivas alcancem eficiência e

sustentabilidade;

VII - incentivar as boas práticas de responsabilidade socioambiental.

Cabe ao setor público o desafio de estimular a participação social, que representa

um excelente instrumento avaliador da eficácia da gestão desenvolvida para sanar a

problemática relacionada ao manejo dos resíduos sólidos, além de constituir-se como

um fator decisivo para mudanças de hábitos em relação aos mesmos.

Neste contexto, o Município de Potirendaba, do Estado de São Paulo, apresenta

o seu Plano Municipal de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos, visando atender não só

as questões legais e de seguridade ambiental, mas também promover melhoria da

qualidade social, ambiental e da saúde pública. Para tanto serão priorizados incentivos

às práticas, modelos e ferramentas de gestão que favoreçam: as ações de

reaproveitamento e recuperação de resíduos; a coleta seletiva; as cooperativas que

contribuem na inserção de pessoas no mercado de trabalho; o desenvolvimento de

tecnologias limpas na elaboração de novos produtos ambientalmente adequados em

todo o seu ciclo de vida; as práticas de monitoramento e fiscalização de ações que

comprometam o ambiente; e a educação ambiental que estimula o senso crítico referente

à preservação, manutenção e melhorias ambientais.

2 GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Trata-se do conjunto de ações normativas, operacionais, financeiras e de

planejamento, voltado para a busca de soluções para os diversos tipos de resíduos

produzidos no município, considerando suas características e peculiaridades

O PMGIRS ajudará o município a diagnosticar a forma de realizar a coleta, o

transporte, a separação e destinação final dos resíduos, permitindo, assim, a

identificação dos problemas e a proposição de novas ações e metas visando à sua

solução.

3 OBJETIVOS

O Plano de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos do município objetiva atender

aos preceitos legais da Política Nacional de Resíduos Sólidos (Lei 12.305/2010),

principalmente nas questões de não geração, redução, reutilização, reciclagem,

tratamento dos resíduos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos.

Ainda serve como instrumento norteador da prefeitura para as ações que deverão

ser realizadas em relação aos resíduos produzidos no município (de sua

responsabilidade ou não).

4 METODOLOGIA EMPREGADA PARA O PLANO

O plano apresenta o diagnóstico do município em relação aos resíduos,

separados por tipo. Em cada um, exibe-se a quantidade gerada, a forma de

acondicionamento, a coleta, o transporte, o tratamento e a destinação final.

A partir do diagnóstico apresentado, é possível identificar os problemas e, assim,

definir as metas e ações para a sua solução (de curto, médio e longo prazos), bem como

os custos estimados.

4.1 Embasamento Legal

4.2.1 Âmbito Federal

- Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981 - Dispõe sobre a Política Nacional do Meio

Ambiente seus fins e mecanismos de formulação e aplicação e dá outras providências;

- Lei nº 9.433, de 08 de janeiro de 1997 - Institui a Política Nacional de Recursos

Hídricos;

- Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998 - Dispõe sobre as sanções penais e

administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente;

- Lei nº 9.795, de 27 de abril de 1999 - Dispõe sobre a educação ambiental e institui a

Política Nacional de Educação Ambiental;

- Lei no 11.079, de 30 de dezembro de 2004 - Institui normas gerais para licitação e

contratação de parceria público-privada no âmbito da administração pública;

- Lei nº 11.445, de 05 de janeiro de 2007 - Estabelece diretrizes nacionais para o

saneamento básico;

- Lei nº 12.187, de 29 de dezembro de 2009 - Institui a Política Nacional sobre

Mudança do Clima - PNMC e dá outras providências;

- Lei nº 12.305 de, 02 de agosto de 2010 - institui a Política Nacional de Resíduos

Sólidos.

- Decreto n.º 50.877, de 29 de junho de 1961 – Dispõe sobre o lançamento de resíduos

tóxicos ou oleosos nas águas interiores ou litorâneas do país e dá outras providências;

- Decreto Lei n.º 1.413, de 14 de agosto de 1975 – Dispõe sobre o controle da poluição

do meio ambiente provocada por atividades industriais;

- Decreto Lei n.º 76.389, de 03 de outubro de 1975 – Dispõe sobre as medidas de

prevenção e controle da poluição que trata o Decreto Lei 1.413 e dá outras providências

(alterada pelo Decreto n.º 85.206, de 25/09/80);

- Decreto Federal nº 875, de 19 de julho de 1993 – promulga o texto da Convenção

sobre o Controle de Movimentos Transfronteiriços de Resíduos Perigosos e seu

Depósito.

- Decreto n.º 3.179, de 21 de setembro de 1999 – especifica as sanções administrativas

aplicáveis às condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências;

- Decreto Federal nº 7.217, 21 de junho de 2010 - regulamenta a Lei Federal n.º

11.445/2007.

- Decreto Federal n.º 7.404, de 23 de dezembro de 2010 – regulamenta a Lei n.º

12.305, de 2 de agosto de 2010.

- Decreto Federal nº 7.405, de 23 de dezembro de 2010 – Institui o Programa Pró-

Catador, denomina Comitê Interministerial para Inclusão Social e Econômica dos

Catadores de Materiais Reutilizáveis e Recicláveis, o Comitê Interministerial da

Inclusão Social de Catadores de Lixo, dispondo sobre sua organização e funcionamento,

dentre outras providências.

4.1.2 Legislação Estadual

- Lei nº 997, de 31de maio de 1976 - Dispõe sobre a prevenção e o controle do meio

ambiente;

- Lei nº 4.091, de 08 de junho de 1984 - Estabelece penalidade administrativa para o

arremesso, descarregamento ou abandono de lixo, entulho, sucata ou outro material nas

vias terrestres e faixas de domínio sob jurisdição estadual;

- Lei nº 7.750, de 31de março de 1992 - Dispõe sobre a Política Estadual de

Saneamento e dá outras providências;

- Lei nº 9.509, de 20 de março de 1997 - Dispõe sobre a Política Estadual do Meio

Ambiente, seus fins e mecanismos de formulação e aplicação;

- Lei nº 9.477, de 30 de dezembro de 1997 - Dispõe sobre alterações da Lei n° 997/76,

Artigo 5°, com relação ao licenciamento de fontes de poluição, exigindo as licenças

ambientais prévia, de instalação e de operação;

- Lei nº 10.083, de 23 de setembro de 1998 - Dispõe sobre o Código Sanitário do

Estado;

- Lei nº 10.306, de 05 de maio de 1999 - Dispõe sobre a instalação de lixeiras seletivas

nas escolas públicas estaduais;

- Lei nº 10.856, de 31 de agosto de 2001 - Cria o Programa de Coleta Seletiva de Lixo

nas escolas públicas do Estado de São Paulo e dá outras providências;

- Lei nº 10.888, de 20 de setembro de 2001 - Dispõe sobre o descarte final de produtos

potencialmente perigosos do resíduo urbano que contenham metais pesados e dá outras

providências;

- Lei nº 11.575, de 25 de novembro de 2003 - Dispõe sobre doação e reutilização de

gêneros alimentícios e de sobras de alimentos e dá outras providências;

- Lei nº 12.047, de 21 de setembro de 2005 - Institui Programa Estadual de Tratamento

e Reciclagem de Óleos e Gorduras de Origem Vegetal ou Animal e Uso Culinário;

- Lei nº 12.300, de 16 de março de 2006 - Institui a Política Estadual de Resíduos

Sólidos e define princípios e diretrizes;

- Lei nº 12.528, de 02 de janeiro de 2007 - Obriga a implantação do processo de coleta

seletiva de lixo em “shopping centers” e outros estabelecimentos, incluindo indústrias

de grande porte e condomínios industriais com, no mínimo, 50 (cinquenta)

estabelecimentos e as repartições públicas do Estado de São Paulo;

- Lei nº 12.780, de 30 de novembro de 2007 - Política Estadual de Educação

Ambiental;

- Lei nº 13.576, de 06 de junho de 2009 - Institui normas e procedimentos para a

reciclagem, gerenciamento e destinação final de lixo tecnológico;

- Decreto Lei nº 211, de 30 de março de 1970 - Dispõe sobre normas de promoção,

preservação e recuperação da saúde, no campo de competência da Secretaria de Estado

da Saúde, e dá providências correlatas;

- Decreto nº 52.497, de 21 de julho de 1970 - Proíbe o lançamento dos resíduos sólidos

a céu aberto, bem como a sua queima nas mesmas condições.

- Decreto n° 47.397, de 04 de dezembro de 2002 - Dá nova redação ao Título V e ao

Anexo 5 e acrescenta aos Anexos 9 e 10, ao regulamento da Lei n° 997, de 31 de maio

de 1976, aprovado pelo Decreto n° 8.468, de 8 de setembro de 1976, que dispõe sobre a

prevenção e controle da poluição do meio ambiente.

- Decreto n.º 54.645, de 05 de agosto de 2009 – Regulamenta dispositivos da Lei n°

12.300/06.

4.1.3 Legislação Municipal

A prefeitura criou algumas leis municipais que auxiliam a fiscalização e

implementação do gerenciamento dos resíduos sólidos:

- Lei nº 18/09, de 08 de junho de 2009 – Estabelece a Política Municipal do Meio

Ambiente, seus fins e mecanismos de Formulação e Aplicacação, cria o Conselho

Municipal do Meio Ambiente, Institui o Fundo Municipal do meio ambiente e da outras

Providências.

- Lei nº 22/09, de 08 de junho de 2009 – Dispõe sobre a Inclusão de Educação

Ambiental de forma transversal na Escola Municipal.

- Lei nº 29/2013, de 22 de agosto de 2013 – Institui o Plano Municipal de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos, e da outras providencias.

- Decreto nº 55/2013, de 20 de setembro de 2013 – Dispõe sobre a instituição da

disciplina de educação ambiental de forma transversal nas Escolas Públicas municipais

de Nova Aliança, regulamenta a Lei municipal nº 22, de 08 de junho de 2009.

- Lei nº 37/09, em 31 de dezembro de 2009 – Dispõe sobre a Coordenação da Política

Municipal do Meio Ambiente e da outras providencias.

- Lei nº 37/2013, de 06 de setembro de 2013 – Dispõe sobre a criação da

Coordenadoria Municipal de Meio Ambiente e da outras providências.

- Lei n° 35/2013, de 06 de setembro de 2013 – Dispõe sobre a alteração da redação do

Artigo 8° "CAPUT" da Lei Municipal n° 18/09, de 08 de junho de 2009, e seus incisos

que dispõe sobre o conselho municipal de defesa do meio ambiente, e da outras

providencias".

- Lei n° 36/2013, de 06 de setembro de 2013 – Dispõe sobre a criação do Fundo

Municipal do Meio Ambiente, e da outras providencias.

- Decreto nº 54/13, de 20 de setembro de 2013 – Aprova o Regimento Interno do

Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente-COMDEMA.

- Decreto n° 58/13, de 20 de setembro de 2013 – Dispõe sobre a regulamentação da

Lei de nº 37/2013, de 08 de setembro de 2013, que cria a coordenadoria municipal de

meio ambiente.

- Decreto nº 61/2013, de 20 de setembro de 2013 – Dispõe sobre a composição da

coordenadoria municipal de meio ambiente.

- Decreto n° 62/13, de 20 de setembro de 2013 – Dispõe sobre a composição do

Conselho Municipal de Defesa do Meio Ambiente.

- Portaria nº 63/2013, de 20 de setembro de 2013 – Estabelece as Diretrizes

Pedagógicas do Ensino Municipal de Nova Aliança – SP.

4.1.4 Resoluções

- Resolução CONAMA nº 3, de 03 de junho de 1990 – Dispõe sobre padrões de

qualidade do ar;

- Resolução CONAMA nº 2, de 22 de agosto de 1991 – Estabelece que as cargas

deterioradas, contaminadas, fora de especificação ou abandonadas são tratadas como

fonte especial de risco ao meio ambiente;

- Resolução CONAMA nº 6, de 19 de setembro de 1991 – Dispõe sobre o tratamento

de resíduos sólidos provenientes de estabelecimentos de saúde, portos e aeroportos;

- Resolução CONAMA nº 05 de 05 de agosto de 1993 - Dispõe sobre os resíduos

sólidos gerados em Portos, Aeroportos, Terminais Ferroviários e Rodoviários e

estabelecimentos prestadores de Serviços de Saúde;

- Resolução CONAMA nº 09 de 31 de agosto de 1993 - Recolhimento e destinação

adequada de óleos lubrificantes;

- Resolução CONAMA nº 237 de 19 de dezembro de 1997 – Estabelece diretrizes

para o licenciamento ambiental e lista atividades e empreendimentos sujeitos ao

licenciamento;

- Resolução CONAMA nº 257 de 30 de junho de 1999 - Pilhas e baterias – Dispõe

sobre a destinação final de pilhas e baterias;

- Resolução CONAMA nº 258 de 26 de agosto de 1999 - Coleta e destinação final

adequada aos pneus inservíveis;

- Resolução CONAMA nº 263 de 12 de novembro de 1999 - Pilhas e baterias – Inclui

o inciso IV no Artigo 6º da Resolução CONAMA 257 de 30 de junho de 1999;

- Resolução CONAMA nº 275 de 25 de abril de 2001 - Estabelece o código de cores

para diferentes tipos de resíduos;

- Resolução CONAMA nº 307, de 05 de julho de 2002 - Estabelece diretrizes,

critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil;

- Resolução CONAMA nº 313, de 29 de outubro de 2002 - dispõe sobre o inventário

Nacional de Resíduos Sólidos industriais;

- Resolução nº 448, de 18 de janeiro de 2012 - Altera os arts. 2º, 4º, 5º, 6º, 8º, 9º, 10 e

11 da Resolução nº 307, de 5 de julho de 2002, do Conselho Nacional do Meio

Ambiente- CONAMA;

- Resolução Conjunta Secretaria da Saúde – SS e SMA nº 01, de 02 de maio de

1996 - Estabelece instruções normativa referente aos resíduos sólidos dos serviços de

saúde;

- Resolução Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA nº 42, de 29 de

dezembro de 1997 - Estabelece o Relatório Ambiental Preliminar – RAP para o

processo de atividades poluidoras;

- Resolução Secretaria Estadual do Meio Ambiente – SMA nº 50, de 25 de julho de

1997 - Estabelece alterações para o processo de licenciamento ambiental e aterros

sanitários, usinas de reciclagem e compostagem com recebimento inferior e superior a

10 toneladas por dia;

4.1.5 Normas Técnicas

- Norma da ABNT – NBR 9.800 – Estabelece critérios para lançamento de efluentes

líquidos industriais no sistema público de esgoto sanitário;

- Norma da ABNT – NBR 10.004 – Classificação dos Resíduos;

- Norma da ABNT – NBR 11.174 – Armazenamento de resíduos classe II – não inertes

e III – inertes;

- Norma da ABNT – NBR 12.235 – Estabelece procedimentos para o Armazenamento

de Resíduos Sólidos Perigosos;

- Norma da ABNT – NBR 13.221 – Transporte de resíduos;

- Norma da ABNT - 15112:2004 – Dispõe diretrizes para o projeto, implantação e

operação de áreas de transbordo e triagem de resíduos da construção civil e resíduos

volumosos;

- Norma da ABNT - 15113:2004 - Dispõe diretrizes para o projeto, implantação e

operação de aterros destinados aos resíduos sólidos da construção civil e resíduos

inertes;

- Norma da ABNT - 15114:2004 – Dispõe diretrizes para o projeto, implantação e

operação de áreas para reciclagem de resíduos sólidos da construção civil;

- Norma da ABNT - 15115:2004 Procedimentos para agregados reciclados de resíduos

sólidos da construção civil - Execução de camadas de pavimentação;

- Norma da ABNT - 5116:2004 – Requisitos para agregados reciclados de resíduos

sólidos da construção civil – Utilização em pavimentação e preparo de concreto sem

função estrutural.

4.2 Definições da Lei nº 12.305, de agosto de 2010

A Lei nº 12.305, a qual institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos, dispõe

seus princípios, objetivos, instrumentos e diretrizes, além de definir termos importantes

para o gerenciamento de resíduos sólidos em nível federal, estadual e municipal. Assim,

no Título I - Capítulo II tem-se as seguintes definições:

I - acordo setorial: ato de natureza contratual firmado entre o poder

público e fabricantes, importadores, distribuidores ou comerciantes,

tendo em vista a implantação da responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto;

II - área contaminada: local onde há contaminação causada pela

disposição, regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos; III - área órfã contaminada: área contaminada cujos responsáveis pela

disposição não sejam identificáveis ou individualizáveis;

IV - ciclo de vida do produto: série de etapas que envolvem o

desenvolvimento do produto, a obtenção de matérias-primas e insumos, o processo produtivo, o consumo e a disposição final;

V - coleta seletiva: coleta de resíduos sólidos previamente segregados

conforme sua constituição ou composição; VI - controle social: conjunto de mecanismos e procedimentos que

garantam à sociedade informações e participação nos processos de

formulação, implementação e avaliação das políticas públicas relacionadas aos resíduos sólidos;

VII - destinação final ambientalmente adequada: destinação de

resíduos que inclui a reutilização, a reciclagem, a compostagem, a

recuperação e o aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do

Suasa, entre elas a disposição final, observando normas operacionais

específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;

VIII - disposição final ambientalmente adequada: distribuição

ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais

específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos;

IX - geradores de resíduos sólidos: pessoas físicas ou jurídicas, de

direito público ou privado, que geram resíduos sólidos por meio de suas atividades, nelas incluído o consumo;

X - gerenciamento de resíduos sólidos: conjunto de ações exercidas,

direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos

sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de

acordo com plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos

ou com plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma desta Lei;

XI - gestão integrada de resíduos sólidos: conjunto de ações voltadas

para a busca de soluções para os resíduos sólidos, de forma a considerar as dimensões política, econômica, ambiental, cultural e

social, com controle social e sob a premissa do desenvolvimento

sustentável; XII - logística reversa: instrumento de desenvolvimento econômico e

social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios

destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao

setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada;

XIII - padrões sustentáveis de produção e consumo: produção e

consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem

comprometer a qualidade ambiental e o atendimento das necessidades

das gerações futuras;

XIV - reciclagem: processo de transformação dos resíduos sólidos que envolve a alteração de suas propriedades físicas, físico-químicas ou

biológicas, com vistas à transformação em insumos ou novos

produtos, observadas as condições e os padrões estabelecidos pelos

órgãos competentes do Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa; XV - rejeitos: resíduos sólidos que, depois de esgotadas todas as

possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos

disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada;

XVI - resíduos sólidos: material, substância, objeto ou bem descartado

resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final

se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em

recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu

lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d'água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis em face da

melhor tecnologia disponível;

XVII - responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos: conjunto de atribuições individualizadas e encadeadas dos

fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes, dos

consumidores e dos titulares dos serviços públicos de limpeza urbana

e de manejo dos resíduos sólidos, para minimizar o volume de resíduos sólidos e rejeitos gerados, bem como para reduzir os

impactos causados à saúde humana e à qualidade ambiental

decorrentes do ciclo de vida dos produtos, nos termos desta Lei; XVIII - reutilização: processo de aproveitamento dos resíduos sólidos

sem sua transformação biológica, física ou físico-química, observadas

as condições e os padrões estabelecidos pelos órgãos competentes do

Sisnama e, se couber, do SNVS e do Suasa; XIX - serviço público de limpeza urbana e de manejo de resíduos

sólidos: conjunto de atividades previstas no art. 7º da Lei nº 11.445, de

2007.

4.3 Classificação dos Resíduos Sólidos

Os resíduos sólidos podem ser classificados por diferentes perspectivas: quanto à

origem, à periculosidade ou riscos de danos ambientais e a saúde, ou ainda à natureza

física (seco e úmido) e química (orgânico e não orgânico). Tais informações são

definidas em diferentes documentos e fontes, como na NBR 10004:2004, na Lei

Estadual de resíduos nº12.300/2006 (Política Estadual de Resíduos Sólidos - PERS) e

na Lei Federal nº12.305/2010 (Política Nacional de Resíduos Sólidos - PNRS). A partir

destas apresenta-se o Quadro 1, com a classificação dos resíduos quanto suas origem e

periculosidade.

Quadro 1: Classificação dos resíduos quanto à origem e periculosidade.

Classificação NBR 10004:2004 PERS (12.300/06) PNRS (12.305/10)

Quanto à

origem

Resíduos urbanos

Resíduos

sólidos

urbanos

Resíduos

domiciliares

Resíduos de

limpeza

urbana

Resíduos de

estabelecimentos

comerciais e prestadores de

serviços

Resíduos industriais

Resíduos industriais

Resíduos dos serviços

públicos de saneamento

básico

Resíduos de mineração

Resíduos de serviços

de saúde

Resíduos de serviços de

saúde

Resíduos de

atividades rurais Resíduos agrossilvopastoris

Resíduos de portos,

aeroportos, terminais

rodoviários e

ferroviários, postos de

fronteira e estruturas

silimilares

Resíduos de serviços de

transportes

Resíduos da

Construção Civil

Resíduos da Construção

Civil

Quanto à

periculosidade

Classe I: ou perigosos

Perigosos

Classe II:

ou não

perigosos

Classe

II A –

não

inertes Não perigoso

Classe

II B –

inertes

4.3.1 NBR 10004:2004

Os resíduos sólidos foram classificados pela ABNT através da NBR

10004:2004, levando-se em consideração suas características, as quais resultam da

matéria-prima que os originou, seus insumos e processos que lhes deram origem, além

de seus impactos ao meio ambiente e à saúde. Assim, é possível classificá-los em

resíduos perigosos e não perigosos, sendo este último subdividido em não inertes e

inertes.

A NBR 10004:2004 define resíduos sólidos como aqueles resultantes de

diferentes atividades humanas e que estejam em estado sólido ou semissólido. Além dos

resíduos domésticos, hospitalares, do comércio, agrícola e de serviços de varrição,

foram incluídos ainda lodos provenientes de sistema de tratamento de água ou de

equipamentos e instalações de controle de poluição, além de líquidos que não sejam

passíveis de descarte em rede pública de esgoto ou corpos d’água, por exigirem

soluções técnicas ou econômicas inviáveis.

A referida norma ainda classifica em Classes os resíduos sólidos quanto à

periculosidade:

- Classe I: ou perigosos

São os resíduos que, em função de suas características físicas, químicas ou

infecto-contagiosas podem representar risco saúde ou ao meio ambiente. Para tanto,

uma amostra representativa do resíduo deve apresentar uma ou mais das seguintes

propriedades, em conformidade com a ABNT NBR 10007: inflamabilidade,

corrosividade, reatividade, toxidade, patogenicidade. No caso de resíduos de serviços de

saúde, estes deverão ser classificados conforme a ABNT NBR 12808.

- Classe II: ou não perigosos

São os restos de alimentos, sucata de metais ferrosos e não ferrosos (latão, etc.),

resíduos de papel, de papelão, de plástico polimerizado, de borracha, de madeira, de

materiais têxteis, de minerais não-metálicos, areia de fundição, bagaço de cana, entre

outros. São excluídos desta classificação aqueles que tenham sido contaminados por

substâncias que conferem periculosidade, toxidade ou toxidade aguda aos resíduos,

conforme a NBR 10004:2004. Estes são ainda divididos em Classe II A – não inertes:

são os resíduos que não se enquadram nem na classificação Classe I nem na Classe II B,

podendo apresentar propriedades como biodegradabilidade, combustibilidade ou

solubilidade em água (papel, papelão, restos de alimentos); e Classe II B – inertes: são

os resíduos que, obedecendo a NBR 10006 e a NBR 10007, não contêm constituintes

que solubilizados atinjam concentrações superiores os padrões de potabilidade de água

(vidros, metais, alguns plásticos e borrachas não facilmente decompostos).

4.3.2 PERS (Lei 12.300/06)

A Lei nº 12.300/06 institui a Política Estadual de Resíduos Sólidos (PERS) do

Estado de São Paulo e define os princípios, as diretrizes, os objetivos e os instrumentos

para a gestão integrada e compartilhada de resíduos, afim de assegurar o uso adequado

dos recursos ambientais estaduais. Para tanto, são definidos conceitos referentes à

resíduos. A definição de Resíduos sólidos corresponde a uma simplificação daquela

estabelecida na NBR 10004:2004, sendo acrescido os gases, além daqueles já presentes

na referida norma: resíduos sólidos, semi-sólidos, lodos e líquidos provenientes das

atividades humanas. Outra definição presente é a de resíduos perigosos, que apresentam

riscos ao meio ambiente e à saúde por suas propriedades químicas, físicas ou biológicas.

A lei ainda estabelece as categorias nas quais os resíduos sólidos devem ser

enquadrados, gerando definições quanto à origem dos resíduos:

- Resíduos Urbanos

São os resultantes das atividade em residências, estabelecimentos comerciais e

de prestadores de serviços, da varrição, de podas e limpeza de vias, logradouros

públicos e sistemas de drenagem urbana.

- Resíduos Industriais

São os gerados em atividades de pesquisa e de transformação de matérias, bem

como de mineração e extração, montagem e manipulação de produtos nos diferentes

setores das indústrias, bem como os resíduos provenientes de Estações de Tratamento

de Água e Esgoto.

- Resíduos de Serviços de Saúde

Resultam de unidades de atendimento médico-assistencial humana ou animal; de

centros de pesquisa, desenvolvimento ou experimentação de fármacos e saúde;

medicamentos vencidos ou de uso inviável; e de necrotérios, funerárias ou serviços de

medicina legal.

- Resíduos de Atividades Rurais

São os originados da atividade agropecuária, incluindo os resíduos de insumos.

- Resíduos provenientes de portos, aeroportos, terminais rodoviários e ferroviários,

postos de fronteira e estruturas silimilares

Os resíduos destas origens podem ser os provenientes dos meios de transportes

em operação ou manutenção, de suas cargas associadas ou os gerados nas instalações

físicas ou áreas desses locais.

- Resíduos da Construção Civil

São os resultantes de construções, reformas, reparos, demolições, além da

preparação e escavação de terrenos, comumente chamados entulhos de obras (tijolos,

blocos cerâmicos, concreto, solos, metais, tintas, gesso, vidro, etc.). A classificação dos

Resíduos da Construção Civil - RCC obedece a Resolução CONAMA 307/2002,

anterior a Lei Estadual em questão.

A Política Estadual ainda faz referência, em parágrafo único, aos resíduos de

operações de emergência ambiental, destacando que estes deverão ser previamente

caracterizados e, posteriormente, destinados a locais ambientalmente adequados.

4.3.3 PNRS (Lei nº 12.305/2010)

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) foi instituida por meio da Lei

Federal nº 12.305 de 02 de Agosto de 2010 e regulamentada pelo Decreto nº 7.404 de

23 de Fevereiro de 2010. Apesar de não ser a primeira lei relativa a resíduos, esta impôs

aos setores público e privado uma nova dinâmica de gerenciamento de resíduos sólidos

visando práticas ambientalmente adequadas nos diferentes níveis da cadeia produtiva, a

responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida dos produtos, o princípio do

poluidor-pagador e do protetor-recebedor, além de estipular data para a eliminação dos

chamados lixões e estimular ação coletiva da sociedade na revisão dos padrões de

consumo, visão educacional e cultural.

O conceito de resíduos sólidos presente na referida lei está em concordância com

as descritas na NBR 10004:2004 e na Lei 12.300/06. No entanto, a mesma apresenta

um conceito novo, o de rejeitos, os quais correspondem aos resíduos sólidos cuja as

possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e

economicamento viáveis não existem, sendo portanto destinados à disposição

ambientalmente adequada.

A PNRS também estabelece a classificação de resíduos sólidos, considerando

dois critérios: a origem e a periculosidade dos resíduos. No primeiro caso considerou-se

a natureza da atividade que gera o resíduo e as denominações obedeceram estas

categorias. O segundo critério faz referencia a periculosidade do resíduo, considerando

duas classes: os resíduos perigosos e os não perigosos.

- Classificação quanto à origem

Resíduos domiciliares

São os que se originam de atividades domésticas em residências urbanas. A

ultima mensão exclui de tal classificação so resíduos produzidos em domicílios de áreas

rurais.

Resíduos de limpeza urbana

Constituem os resíduos de origem urbana excluindo-se os domésticos. Assim,

constituem os resíduos provenientes da limpeza urbana, como varrição, limpeza de

logradouros e vias públicas.

Resíduos sólidos urbanos

São os conjuntos dos resíduos domiciliares e de limpeza urbana. Verifica-se aqui

correspondência aos resíduos urbanos definidos na Lei Estadual 12.300, tendo sido

subdividido em resíduos domiciliares e em resíduos de limpeza urbana.

Resíduos de estabelecimentos comerciais e prestadores de serviços

Consistem em resíduos gerados nessas atividades os de serviços públicos de

saneamento básico, os de serviços de saúde, os da construção civil e os de serviços de

transporte, com exceção dos que se encaixam em outra classificação, como os resíduos

de limpeza urbana.

Resíduos dos serviços públicos de saneamento básico

São os gerados nas atividades de abastecimento de água e de tratamento de

esgotos. Os resíduos classificados como sólidos urbanos estão excluídos desta

definição.

Resíduos industriais

Correspondem aos resíduos resultantes de processos produtivos e instalações

industriais.

Resíduos de serviços de saúde

Estes não são definidos na PNRS, sendo considerados resíduos desta

classificação os definidos em regulamento ou em normas estabelecidas pelos órgãos do

SISNAMA (Sistema Nacional do Meio Ambiente) e do SNVS (Sistema Nacional de

Vigilância em Saúde). A Resolução CONAMA 358/2005 apresenta os resíduos sólidos

de saúde em cinco grupos de acordo com suas características, como elucidado no

Quadro 2.

Quadro 2: Classificação dos RSS de acordo com a resolução CONAMA 358/2005.

Classificação dos resíduos de saúde – Resolução CONAMA 358/2005

Tipo Característica

Classe A: Resíduo com potencial infectante

A1

a) Culturas de estoques de micro-organismos; resíduos de

fabricação de produtos biológicos, exceto os

hemoderivados; descarte de vacinas de micro-organismos

vivos ou atenuados; meios de cultura; resíduos de

laboratórios de manipulação genética;

b) Resíduos resultantes da atenção à saúde de indivíduos

ou animais.

c) Bolsas transfusionais contendo sangue.

d) Sobras de amostras de laboratório contendo sangue ou

líquidos corpóreos, recipientes e materiais contendo

sangue ou líquidos corpóreos na forma livre. Resíduos com a

possível presença de

agentes biológicos

que, por suas

características de

maior virulência ou

concentração, podem

apresentar risco de

infecção.

A2

a) Carcaças, peças anatômicas, vísceras e outros resíduos

provenientes de animais cadáveres de animais suspeitos

de serem portadores de micro-organismos de relevância

epidemiológica e com riscos de disseminação.

A3 a) Peças anatômicas (membros) do ser humano e produto

de fecundação sem sinais vitais.

A4

a) Kits de linhas arteriais, endovenosas e dialisadores.

b) Filtros de ar e gases aspirados de área contaminada;

membrana filtrante de equipamento médico-hospitalar e

de pesquisa, entre outros similares.

c) Sobras de amostras de laboratório e seus recipientes.

d) Resíduos de tecido adiposo proveniente cirurgia.

e) Recipientes e materiais resultantes assistência à saúde,

que não contenha sangue ou líquidos corpóreos na forma

livre.

f) Peças anatômicas (órgãos e tecidos) e outros resíduos

provenientes de procedimentos cirúrgicos ou de estudos

anátomo-patológicos ou de confirmação diagnóstica.

g) Carcaças, peças anatômicas de animais não

submetidos a processos de experimentação com

inoculação de microrganismos.

h) Bolsas transfusionais vazias ou com volume residual

pós-transfusão.

A5

Órgãos, tecidos, fluidos orgânicos, materiais

perfurocortantes ou escarificantes e demais materiais

resultantes da atenção à saúde de indivíduos ou animais,

com suspeita ou certeza de contaminação com príons.

Classe B: Resíduo com risco químico

B

a) Produtos hormonais e produtos antimicrobianos;

citostáticos; antineoplásicos; imunossupressores;

digitálicos; imunomoduladores; anti-retrovirais, quando

descartados ou apreendidos e os resíduos e insumos

farmacêuticos dos medicamentos controlados pela

Portaria MS 344/98 e suas atualizações.

b) Resíduos de saneantes, desinfetantes; resíduos

contendo metais pesados; reagentes para laboratório e

recipientes contaminados por estes.

c) Efluentes de processadores de imagem (reveladores e

fixadores).

d) Efluentes dos equipamentos automatizados utilizados

em análises clínicas.

e) Demais produtos considerados perigosos, conforme

classificação da NBR 10.004 da ABNT (tóxicos,

corrosivos, inflamáveis e reativos).

Resíduos contendo

substâncias químicas

que podem

apresentar risco à

saúde pública ou ao

meio ambiente,

dependendo de suas

características de

inflamabilidade,

corrosividade,

reatividade e

toxicidade.

Classe C: Rejeitos radioativos

C

a) enquadram-se neste grupo quaisquer materiais

resultantes de laboratórios de pesquisa e ensino na área

de saúde, laboratórios de análises clínicas e serviços de

medicina nuclear e radioterapia que contenham

radionuclídeos em quantidade superior aos limites de

eliminação.

Materiais que

contenham

radionuclídeos em

quantidades

superiores aos

limites de eliminação

especificados nas

normas da Comissão

Nacional de Energia

Nuclear-CNEN e

para os quais a

reutilização é

imprópria ou não

prevista.

Classe D: Resíduos comuns

D

a) papel de uso sanitário e fralda, absorventes higiênicos,

peças descartáveis de vestuário, resto alimentar de

paciente, material utilizado em anti-sepsia e hemostasia

Resíduos que não

apresentem risco

biológico, químico

de venóclises, equipo de soro e outros similares não

classificados como A1;

b) sobras de alimentos e do preparo de alimentos;

c) resto alimentar de refeitório;

d) resíduos provenientes das áreas administrativas;

e) resíduos de varrição, flores, podas e jardins; e

f) resíduos de gesso provenientes de assistência à saúde.

ou radiológico à

saúde ou ao meio

ambiente, podendo

ser equiparados aos

resíduos

domiciliares.

Classe E: Perfurocortantes ou escarificantes

E

Lâminas de barbear, agulhas, escalpes, ampolas de vidro,

brocas, limas endodônticas, pontas diamantadas, lâminas

de bisturi, lancetas; tubos capilares; micropipetas;

lâminas e lamínulas; espátulas; e todos os utensílios de

vidro quebrados no laboratório (pipetas, tubos de coleta

sanguínea e placas de Petri) e outros similares.

Materiais

perfurocortantes ou

escarificantes

Resíduos da construção civil

Os Resíduos da construção civil (RCC) são os gerados nas construções,

reformas, reparos e demolições de obras de construção civil, bem como os resultantes

da preparação e escavação de terrenos para obras civis.

A composição dos RCC está submetida às características específicas da

localidade ou região em questão, uma vez este tipo de resíduo está condicionado à

geologia, morfologia, desenvolvimento tecnológico etc. Apesar desta particularidade, os

resíduos que são gerados em uma obra são classificados de acordo com a Resolução

CONAMA 307/2002 em quatro classes apresentadas, definidas e exemplificadas no

Quadro 3.

Quadro 3: Classificação e exemplos dos RCC de acordo dom a Resolução 307/2002 - CONAMA.

Classe dos

Resíduos Definição Exemplo

A

Resíduos reutilizáveis ou

recicláveis como

agregados.

a) Resíduos de pavimentação e de outras obras

de infraestrutura, inclusive solos provenientes de

terraplanagem.

b) Resíduos de edificações: componentes

cerâmicos (tijolos, blocos, telhas, placas de

revestimento etc.), argamassa e concreto.

c) Resíduos de processo de fabricação e/ou

demolição de peças pré-moldadas em concreto

(blocos, tubos, meio fios etc.) produzidas nos

canteiros de obras.

B Resíduos recicláveis para

outras destinações.

Plásticos, papel, papelão, metais, vidros,

madeiras e outros.

C

Resíduos para os quais

não foram desenvolvidas

tecnologias ou aplicações

economicamente viáveis

que permitam a sua

reciclagem/recuperação.

Resíduos provenientes do gesso.

D Resíduos perigosos.

Tintas, solventes, óleos e outros ou resíduos

contaminados originados de demolições,

reformas e reparos de clínicas radiológicas,

instalações industriais e outros: como telhas e

demais objetos e materiais que contenham

amianto ou outros produtos nocivos à saúde.

*Os resíduos de amianto foram acrescidos a

Classe D pela Resolução 348/2004.

Resíduos agrossilvopastoris

Correspondem aos oriundos das atividades agropecuárias e silviculturais, não

correspondendo, assim, aos resíduos gerados de qualquer prática em áreas rurais.

Resíduos de serviços de transportes

São os originário de portos, aeroportos, terminais alfandegários , rodoviários e

ferroviários e passagens de fronteira.

Resíduos de mineração

Resultam das atividades de pesquisa, extração ou beneficiamento de minérios.

- Classificação quanto à periculosidade

Resíduos perigosos

Constituem os resíduos que representam significativo risco à saúde pública ou à

qualidade ambiental. Para tanto devem possuir características de inflamabilidade,

corrosividade, reatividade, toxicidade, patogeneicidade, carcinogenicidade,

teratogenicidade e mutagenicidade.

Resíduos não perigosos

Correspondem aos resíduos que não se enquandram na classe de resíduos

perigosos.

4.3.4 Resíduos Volumosos

Os resíduos volumosos são constituidos por peças de grandes dimensões e que

não são recolhidos pelo sistema de coleta convencional. São considerados deste grupo

móveis e utensílios domésticos inservíveis, grandes embalagens, podas e outros

resíduos de origem não industrial. Os componentes mais constantes são as madeiras e os

metais. Para o gerenciamento de tais resíduos deve-se obedecer a classificação dos

Resíduos da Construção Civil - RCC presente na Resolução CONAMA 307/2002.

4.3.5 Resíduos Verdes

Correspondem aos troncos, galharia fina, folhas e material de capina e desbaste

provenientes da manutenção de parques, áreas verdes e jardins, redes de distribuição de

energia elétrica, telefonia e outras. Coincide, em grande parte, com os resíduos de

limpeza pública.

4.3.6 Resíduos Sólidos Cemiteriais

Resultam dos processos decorrentes nos cemitérios municipais. Como resíduo

específico tem-se os provenientes da decomposição de corpos (ossos e outros). Os

demias se sobrepõem a outros tipos de resíduos, pois constituem resíduos da construção

e manutenção de jazigos, secos e verdes dos arranjos florais e similares e madeira

provenientes dos esquifes.

4.3.7 Resíduos com Logística Reversa Obrigatória

A PNRS (Lei nº 12.305/2010) institui obrigatoriedade de estruturação e

implementação de sistemas de logística reversa, de forma independente do serviço

público de limpeza urbana e de manejo dos resíduos sólidos, aos fabricantes,

importadores, distribuidores e comerciantes de:

I - agrotóxicos, seus resíduos e embalagens, assim como outros produtos cuja embalagem, após o uso, constitua resíduo perigoso,

observadas as regras de gerenciamento de resíduos perigosos previstas

em lei ou regulamento, em normas estabelecidas pelos órgãos do Sisnama, do SNVS e do Suasa, ou em normas técnicas;

II - pilhas e baterias;

III - pneus;

IV - óleos lubrificantes, seus resíduos e embalagens; V - lâmpadas fluorescentes, de vapor de sódio e mercúrio e de luz

mista;

VI - produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

Este conjunto de resíduos deve ser gerenciado na perspectiva de ações,

procedimentos e meios que viabilizem sua coleta e restituição ao setor empresarial,

viabilizando seu reaproveitamento, em sua cadeia produtiva ou em outro ciclo

produtivo, ou ainda para que sua seja feita sua destinação ambientalmente correta.

No tocante aos agrotóxicos, não apenas seu resíduo, mas também suas

embalagens devem passar pelo processo de logística reversa. Os resíduos de agrotóxicos

já tem sistemática bem definida de destinação e logística reversa estabelecida,

principalmente por conta de marcos legais já existentes, como o Decreto nº 4.074/02

Os equipamentos eletroeletrônicos incluem todos os dispositivos de informática,

som, vídeo, telefonia, brinquedos e outros, além dos equipamentos da linha branca,

como geladeiras, lavadoras e fogões, pequenos dispositivos como ferros de passar,

secadores, ventiladores, exaustores e outros equipamentos dotados, em geral, de

controle eletrônico ou acionamento elétrico.

Das pilhas e baterias, independem suas dimensões, contemplando desde os

dispositivos de muito pequeno porte até as baterias automotivas.

Os pneus, também são de portes variados e têm condições obrigatórias de gestão

para as peças acima de 2 kg, de acordo com a Resolução CONAMA nº 416 de 30 de

setembro de 2009.

4.3.8 Outras classificações

Para auxiliar no processo de gerenciamento de resíduos, coleta e destinação

ambientalmente adequada, bem como proporcionar maior participação da população na

coleta seletiva, outras classificações dos resíduos podem ser utilizadas, considerando-se

a natureza física e química deles. O Quadro 4 apresenta estas classificações bem como

exemplos de resíduo que se enquadram nelas.

Quadro 4: Classificação dos resíduos quanto à natureza física, química e exemplos.

NBR

13591:1996 IBAM (2001)

ICLEI

(2012) Exemplos

Natureza

física e

química

Orgânica Úmido/Orgânicos Úmido

restos de alimentos e

materiais não

recicláveis (lixo);

alimentos in natura,

como folhas, cascas e

sementes, além de

restos de alimentos

industrializados e

outros

Seco/Recicláveis Seco

papéis, metais, vidros,

plásticos e produtos

compostos como as

embalagens “longa

vida”

- Quanto à natureza física

Tanto o manual de Gerenciamento Integrado de resíduos sólidos (IBAM, 2001)

quanto o manual de orientação do Ministério do Meio Ambiente para Planos de gestão

de resíduos sólidos (ICLEI, 2012) tratam da diferenciação de resíduos úmidos e de

resíduos secos.

Os úmidos consistem em restos de alimentos e materiais não recicláveis ou ainda

aqueles que possuem carbono em sua estrutura (IBAM, 2001); são os restos oriundos do

preparo dos alimentos, contendo partes de alimentos in natura, como folhas, cascas e

sementes, além de restos de alimentos industrializados e outros (ICLEI, 2012).

Os secos são os papéis, metais, vidros e plásticos (IBAM, 2001); são formados

principalmente por embalagens fabricadas a partir de plásticos, papéis, vidros e metais

diversos, ocorrendo também produtos compostos como as embalagens “longa vida” e

outros.

- Quanto à composição química

A NBR 13591:1996 define termos empregados exclusivamente relativos à

compostagem de resíduos sólidos domiciliares. Dentre os termos tratados, tem-se o

conceito de matéria orgânica, a qual corresponde à substância complexa biodegradável

de origem animal ou vegetal.

Já no manual de Gerenciamento Integrado de resíduos sólidos (IBAM, 2001) os

materiais orgânicos são tratados como sinônimos de materiais úmidos, e os secos

correspondem aos materiais recicláveis.

4.5 Validação e Revisão do PMGIRS

O PMGIRS de Nova Aliança já encontra-se validado por meio da Lei nº

29/2013, de 22 de agosto de 2013, a qual “Institui o Plano Municipal de Gestão

Integrada de Resíduos Sólidos, e da outras providencias”.

Com base na Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei n°

12.305/2010, os PMGIRS deverão ser avaliados a cada 04 anos. A revisão terá como

base as deficiências e eficácias verificadas no gerenciamento de resíduos no município

durante o período de vigência do Plano e terá o acompanhamento do Condema.

Assim, após avaliação prévia, os resultados serão apresentados à sociedade, que

participará no processo de revisão do Plano, a partir dos resultados obtidos e das metas

estabelecidas no mesmo. Tais informações serão apresentadas mediante a realização de

evento previamente determinado pela Prefeitura Municipal.

A presente versão do PMGIRS de Nova Aliança corresponde a sua 1ª Revisão,

feita pro-ativamente para aprimorar e melhorar o atendimento às exigências nacionais e

estaduais referente a gestão de resíduos sólidos, visando atualizar dados e complementar

informações, tendo por base o segundo semestre de 2013 e primeiro semestre de 2014,

seu período de vigência.

5 CARACTERIZAÇÃO DO MUNICÍPIO

5.1 Histórico

Na primeira década do século XX, no Povoado de Monte Belo, a agricultura foi

fundamental para o progresso e desenvolvimento da região. No início, o povoado de

Monte Belo contava com uma população estimada em 500 habitantes e uma estrutura

urbana com casas comerciais e repartições públicas, como cartório o extrajudicial. O

crescimento, no entanto, foi interrompido por uma epidemia de malária que provocou

elevado número de mortes e mudança de muitas famílias amedrontadas.

Uma situação idêntica ocorreu na região de Itapirema, hoje distrito de Nova

Aliança e antigamente localizada em outra área, mais ao sul do atual Distrito. Com o

surto da epidemia de malária, os moradores de Itapirema e os proprietários rurais mais

próximos foram obrigados a abandonar o local para não se deixar contaminar pela

doença que se alastrava rapidamente e não possuía cura na época. Após a extinção da

epidemia ressurgiu um povoado de forma ativa, com uma população determinada a

produzir nas áreas férteis. Este povoado recebeu o nome de Nova Itapirema.

Em 1910, as famílias de Zeferino Gotardi, Jorge Galvão, Paschoal Proto,

Gasparo Traldi e Luís Guilhermite deixaram São Joaquim da Barra – SP, na região de

Ribeirão Preto, escolhendo uma área aprazível em região fértil, cuja terra dadivosa e

boa passaria a dar bons frutos. O nome “Aliança” foi escolhido porque seus fundadores

eram procedentes de uma fazenda denominada “Bela Aliança”. O povoado de Nova

Aliança, assim denominado por seus fundadores em homenagem à propriedade onde

haviam morado anteriormente, a Fazenda "Bela Aliança" em São Joaquim da Barra,

desenvolveu-se com a agricultura, principalmente o plantio de café, de arroz e de cana-

de-açúcar.

Enquanto as propriedades rurais produziam as principais riquezas do então

distrito de São José do Rio Preto, as lideranças foram surgindo e a união de forças

passou a imperar para que o distrito alcançasse sua emancipação político-administrativa.

Em 28 de dezembro de 1926, tornou-se distrito do município de São José do Rio

Preto. Pelo Decreto-lei nº 14.334, de 20/11/1944, o distrito foi elevado à categoria de

Município com o nome de Nova Aliança, tendo Nova Itapirema, Mendonça e Adolfo

como distritos e Monte Belo como povoado, desmembrando-se de São José do Rio

Preto. Com o passar dos anos, os distritos de Mendonça e Adolfo também se

emanciparam politicamente.

Em 28 de dezembro de 1926 foi denominado distrito de São José do Rio Preto e,

em 30 de novembro de 1944, foi elevado a munícipio (SEADE). Comemorava-se o Dia

do Município em 12 de outubro, data de sua fundação, também consagrado à Padroeira

Nossa Senhora Aparecida. Porém, a atual administração alterou a data para 30 de

novembro, em referência à emancipação política.

Em 2010, o município de Nova Aliança possuía uma área territorial de 217,311

km² para uma população de 5.891 habitantes, com densidade demográfica de 27,11

habitantes por km². A cidade possui grau de urbanização de 82,86% (2010), fato ligado

ao desenvolvimento dos setores do comércio e serviços.

Segue Imagem 1 para visualização da cidade Nova Aliança em dias atuais.

Imagem 1: Município de Nova Aliança – SP.

5.2 Localização

Nova Aliança possui uma área de 217,3 km². Está localizada a uma latitude

21º00'57" sul e longitude 49º29'46" oeste (Figura 1) e sua altitude é de 464 metros. O

município está a uma distância de 443km da capital paulista, inserido na microrregião

de São José do Rio Preto. Limita-se ao Norte com o município de Bady Bassit, ao Sul

com Mendonça, ao Leste com Potirendaba e a Oeste José Bonifácio. Nova Aliança está

inserida na Unidade de Gerenciamento de Recursos Hídricos do Tietê-batalha (UGRHI

16).

Figura 1: Localização do município de Nova Aliança SP

5.3 Caracterização Socioeconômica

A análise das condições socioeconômicas do Município de Nova Aliança parte

do princípio de que em políticas públicas, as ações de saneamento ambiental se

encontram, principalmente nos países em desenvolvimento, intimamente relacionadas às

ações de caráter social e econômico. Assim, o estudo socioeconômico do Município

permite diagnosticar as deficiências e potencialidades das políticas públicas formuladas,

de maneira a orientar a tomada de decisão em cenários futuros.

Para o levantamento das condições mais acentuadas relativas às questões

socioeconômicas do Município de Nova Aliança, foram obtidas informações dos

estudos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), da Fundação Sistema

Estadual de Análise de Dados (SEADE) e de demais fontes descritas neste tópico.

5.3.1 Dados populacionais

Segundo dados da Fundação Seade, o município de Nova Aliança, em 2013,

apresentou uma população de aproximadamente 6.061 habitantes. Segundo a Fundação

Seade, no ano de 2010, de um total de 5.891 habitantes residentes no município, 82,86%

se encontravam na área urbana, revelando uma taxa de urbanização inferior à do Estado

de São Paulo (95,94%) e da Região de Governo como um todo (92,19%). O município

de Nova Aliança está localizado na Região de Governo (RG) de São José do Rio Preto,

que compreende os municípios de Adolfo, Bady Bassitt, Bálsamo, Cedral, Guapiaçu,

Ibirá, Icém, Ipiguá, Jaci, José Bonifácio, Mendonça, Mirassol, Mirassolândia, Monte

Aprazível, Neves Paulista, Nipoã, Nova Aliança, Nova Granada, Onda Verde,

Orindiúva, Palestina, Paulo de Faria, Planalto, Poloni, Potirendaba, São José do Rio

Preto, Tanabi, Ubarana, Uchôa, União Paulista e Zacarias.

A população do município, em 2014, representou uma parcela de 0,8% do total

da população registrada na RG de São José do Rio Preto. A projeção populacional do

município pode ser verificada no Quadro 5.

Quadro 5: Projeção populacional do município de Nova Aliança – SP (2011-2015).

Projeção populacional do município de

Nova Aliança

2011 2012 2013 2014 2015

5.940 6.000 6.061 6.112 6.184

Fonte: Fundação Seade.

5.3.2 Taxa de crescimento anual

A taxa de crescimento anual expressa, em termos percentuais, o crescimento

médio da população em determinado período de tempo. Geralmente, considera-se que a

população experimenta um crescimento exponencial ou geométrico (SEADE).

A taxa Geométrica de Crescimento Anual do Município para o ano de 2014 é de

1,01%, superior a do Estado de São Paulo (0,87%) e inferior à constatada na RG de São

José do Rio Preto (1,03%).

5.3.3 Densidade demográfica

A densidade demográfica é o número de habitantes residentes de uma unidade

geográfica em determinado momento, em relação à área dessa mesma unidade. Segundo

a Fundação Seade, a densidade demográfica do município em 2014 era de 28,17

hab/km², inferior a densidade do Estado de São Paulo (171,92 hab/km2) e a da RG de

São José do Rio Preto (79,49 hab/km²).

5.3.4 Mortalidade infantil

A mortalidade infantil (mortalidade de crianças com menos de um ano) em Nova

Aliança foi reduzida em 12%, passando de 17,6 por mil nascidos vivos em 2000 para

15,4 por mil nascidos vivos em 2010. Segundo os Objetivos de Desenvolvimento do

Milênio das Nações Unidas, a mortalidade infantil para o Brasil deve estar abaixo de

17,9 óbitos por mil em 2015. Em 2010, as taxas de mortalidade infantil do Estado e do

país eram 13,9 e 16,7 por mil nascidos vivos, respectivamente. A evolução da

longevidade, mortalidade e fecundidade no município de Nova Aliança pode ser

verificada no Quadro 6 a seguir.

Quadro 6: Evolução da Longevidade, mortalidade e fecundidade no Município de Nova Aliança - SP.

1991 2000 2010

Esperança de vida ao nascer (em anos) 67,8 73,1 74,6

Mortalidade até 1 ano de idade (por mil nascidos vivos) 28,9 17,6 15,4

Mortalidade até 5 anos de idade (por mil nascidos vivos) 32,8 20,5 17,8

Taxa de fecundidade total (filhos por mulher) 2,2 2,0 1,9

Fonte: Atlas Brasil, 2013.

5.3.5 Índice de envelhecimento

A taxa de envelhecimento é calculada considerando a razão entre a população de

65 anos de idade ou mais e a população total. Entre 2000 e 2010 a taxa de

envelhecimento evoluiu de 10,70% para 11,92%, apontando um incremento na

população de 65 anos ou mais, o que pode ser confirmado no Gráfico 1. No mesmo

período a razão de dependência – que aponta o percentual da população até 15 anos e de

65 anos ou mais (população considerada dependente) em relação à população de 15 a 64

anos – foi de 50,32% para 47,05%.

Gráfico 1: Evolução da estrutura etária em Nova Aliança.

Fonte: Atlas Brasil, 2013.

5.3.6 Ensino

A educação escolar que antigamente exercia um papel complementar à educação

em casa, hoje vem alcançando uma importância cada vez maior, uma vez que facilita o

acesso ao mercado de trabalho e auxilia na formação de cidadãos para viver em um

mundo globalizado, tecnológico e com grande disponibilidade de informações. Além

disso, a educação escolar permite uma melhor compreensão das questões

socioambientais, tendo em vista a abordagem da temática em perspectiva transversal

prevista pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (1997).

Analfabetismo

A taxa de analfabetismo de Nova Aliança, apresentada no último senso

demográfico do IBGE (2010) foi de 5,73%, superior à da RG de São José do Rio Preto

(4,75%) e do Estado de São Paulo (4,33%), verificável no Gráfico 2.

Gráfico 2: Taxa de analfabetismo da população de 15 anos e mais – 2010.

Fonte: IBGE, Censo Demográfico. Fundação Seade.

A taxa de analfabetismo, segundo a Fundação Seade, diminuiu de 14,91%

(1991) para 5,73% (2010), o que sugere uma melhora do município em relação a

educação da população neste período.

Fluxo Escolar

No município de Nova Aliança, a porcentagem da população de 18 a 24 anos

com ensino médio completo no ano de 2010 foi de 62,54%, sensivelmente superior aos

valores apresentados pela RG (61,55%) e pelo Estado de São Paulo (58,68%) no mesmo

período. O fluxo escolar por faixa etária encontra-se demonstrado no Gráfico 3, onde se

verifica o aumento do fluxo escolar em todas as faixas etárias nas últimas duas décadas

no Município. Já o Gráfico 4 compara o fluxo escolar de Nova Aliança com o do Estado

de São Paulo e do Brasil. Para todas as faixas, os valores de Nova Aliança são maiores

que os apresentados por São Paulo e pelo Brasil.

Gráfico 3: Evolução do fluxo escolar por faixa etária - Nova Aliança – SP (1991-2010).

Fonte: Pnud, Ipea e FJP. Atlas Brasil, 2013.

Gráfico 4: Fluxo escolar por faixa etária no Município de Nova Aliança, no Estado de São Paulo e no

Brasil (2010).

Fonte: Pnud, Ipea e FJP. Atlas Brasil, 2013.

Docentes

Segundo dados do Seade, o município possui 7 docentes de ensino pré- escolar,

44 do ensino fundamental e 26 do ensino médio, como verificável no Gráfico 5.

Gráfico 5. Número de docentes - Pré- escola, Ensino Fundamental e Ensino Médio em

Nova Aliança - SP.

Fonte: Fundação Seade, 2012.

Escolas

Nova Aliança possui 2 escolas de ensino pré-escolar, 3 escolas de ensino

fundamental e 1 escola de ensino médio (SEADE, 2012), como demonstrado no Gráfico

6.

Gráfico 6. Unidades de Instituições de Ensino em Nova Aliança - SP.

Fonte: Fundação Seade, 2012.

5.3.7 Indicadores Socioecômicos

Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM)

O Índice de Desenvolvimento Humano Municipal - IDHM é um indicador que

sintetiza três aspectos do desenvolvimento humano: vida longa e saudável, acesso a

conhecimento e padrão de vida, traduzidos nas dimensões de longevidade, educação e

renda. Quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento humano no município,

classificado segundo as categorias descritas no Quadro 7 a seguir:

Quadro 7: Categorias de classificação do IDHM.

Faixas Valores

Muito alto De 0,800 a 1,000

Alto De 0,700 a 0,799

Médio De 0,600 a 0,699

Baixo De 0,500 a 0,599

Muito baixo De 0,000 a 0,499

Fonte: SEADE

Os dados apresentados pelo IBGE nos três últimos sensos são colocados no

Gráfico 7 a seguir e demonstram que Nova Aliança vem desenvolvendo positivamente

os três aspectos do desenvolvimento humano considerados nesse indicador e, desse

modo, vem elevando seu IDHM. Nova Aliança passou de uma classificação de baixo

desenvolvimento econômico em 1991 (IDHM 0,564), para médio em 2000 (IDHM

0,666), e atingindo, em 2010, um alto índice de desenvolvimento econômico (IDHM

0738), segundo as categorias apresentadas na Quadro 7.

Gráfico 7: Figura 3 - IDHM de Nova Aliança.

Fonte: Pnud, Ipea, FJP. Atlas Brasil, 2013.

O Atlas Brasil (2013) faz uma análise da evolução do IDHM de Nova Aliança e

apresenta taxa de crescimento de 10,81% entre 2000 e 2010 para o município. Nesse

mesmo período, o hiato de desenvolvimento humano, ou seja, a distância entre o IDHM

do município e o limite máximo do índice, que é 1, foi reduzido em 21,56%. Nas duas

últimas décadas – entre 1991 e 2010 – o IDHM de Nova Aliança apresentou um

incremento de 30,85%, valor abaixo da média de crescimento Nacional (47%) e abaixo

da média de crescimento estadual (35%), ao mesmo tempo, o hiato de desenvolvimento

humano foi reduzido em aproximadamente 40% (Gráfico 8).

Gráfico 8: Evolução do IDHM de Nova Aliança.

Fonte: Pnud, Ipea e FJP. Atlas Brasil, 2013.

Em 2010, Nova Aliança ocupava a 823ª posição em relação aos 5.565

municípios do Brasil, sendo que 14,77% dos municípios estão em situação melhor e

85,23% estão em situação igual ou pior. Em relação aos 645 outros municípios do

Estado de São Paulo, Nova Aliança ocupava a 321ª posição (Atlas Brasil, 2013).

Índice Paulista de Responsabilidade Social (IPRS)

Os indicadores do Índice Paulista de Responsabilidade Social – IPRS resumem a

situação de cada município no que diz respeito a riqueza, escolaridade e longevidade,

dados que, quando combinados, geram uma tipologia que classifica os municípios do

Estado de São Paulo em cinco grupos, conforme os critérios descritos no Quadro 8

(Fundação Seade).

Quadro 8. Critérios de Formação dos Grupos do IPRS.

Grupos Critérios Descrição

Grupo

1

Alta riqueza, média longevidade e média

escolaridade

Municípios que se

caracterizam por um nível

elevado de riqueza com bons

níveis nos indicadores

sociais

Alta riqueza, média longevidade e alta escolaridade

Alta riqueza, alta longevidade e média escolaridade

Alta riqueza, alta longevidade e alta escolaridade

Grupo

2

Alta riqueza, baixa longevidade e baixa

escolaridade

Municípios que, embora com

níveis de riqueza elevados,

não são capazes de atingir

bons indicadores sociais

Alta riqueza, baixa longevidade e média

escolaridade

Alta riqueza, baixa longevidade e alta escolaridade

Alta riqueza, média longevidade e baixa

escolaridade

Alta riqueza, alta longevidade e baixa escolaridade

Grupo

3

Baixa riqueza, média longevidade e média

escolaridade

Municípios com nível de

riqueza baixo, mas com bons

indicadores sociais

Baixa riqueza, média longevidade e alta

escolaridade

Baixa riqueza, alta longevidade e média

escolaridade

Baixa riqueza, alta longevidade e alta escolaridade

Grupo

4

Baixa riqueza, baixa longevidade e média

escolaridade Municípios que apresentam

baixos níveis de riqueza e

níveis intermediários de

longevidade e/ou

escolaridade

Baixa riqueza, baixa longevidade e alta

escolaridade

Baixa riqueza, média longevidade e baixa

escolaridade

Baixa riqueza, alta longevidade e baixa

escolaridade

Grupo

5

Baixa riqueza, baixa longevidade e baixa

escolaridade

Municípios mais

desfavorecidos do Estado,

tanto em riqueza como nos

indicadores sociais

Fundação Seade.

Nas edições de 2008 e 2010 do IPRS, Nova Aliança foi classificada no Grupo 1,

que abrange os municípios com nível elevado de riqueza e bons níveis nos indicadores

sociais. O desempenho apresentado pela Fundação Seade nesses anos, assim como o

comportamento das variáveis adotadas está descrito no Quadro 9.

Quadro 9: Índice Paulista de Responsabilidade Social. Desempenho de Nova Aliança.

Dimensão Comportamento das variáveis 2008 2010

Riqueza

Consumo anual de energia elétrica por ligação no

comércio, na agricultura e nos serviços variou de 52,9

MWh para 56,1 MWh.

37 41

Consumo de energia elétrica por ligação residencial

elevou-se de 1,6 MWh para 1,8 MWh.

Rendimento médio do emprego formal aumentou de

R$ 1.007 para R$ 1.075.

Valor adicionado per capita aumentou de R$ 9.825

para R$ 14.409.

Nova Aliança somou pontos em seu escore de riqueza no último período, e avançou posições

nesse ranking. Entretanto, seu índice situa-se abaixo do nível médio estadual.

Longevidade

Taxa de mortalidade infantil (por mil nascidos vivos)

decresceu de 16,5 para 14,4.

73 75

Taxa de mortalidade perinatal (por mil nascidos)

cresceu de 9,4 para 11,9.

Taxa de mortalidade das pessoas de 15 a 39 anos (por

mil habitantes) diminuiu de 1,1 para 0,4.

Taxa de mortalidade das pessoas de 60 a 69 anos (por

mil habitantes) variou de 13,1 para 13,8.

Acrescentou pontos no escore de longevidade, está acima da média estadual e avançou

posições nesse ranking.

Escolaridade

Taxa de atendimento escolar de crianças de 4 a 5 anos

cresceu de 87,4% para 99,2%.

45 55

Média da proporção de alunos da rede pública, que

atingiram o nível adequado nas provas de português e

matemática (5º ano do ensino fundamental) cresceu de

30,1% para 42,8%.

Média da proporção de alunos da rede pública, que

atingiram o nível adequado nas provas de português e

matemática (9º ano do ensino fundamental) aumentou

de 17,0% para 28,1%.

Percentual de alunos com atraso escolar no ensino

médio aumentou de 14,3% para 21,5%.

Entre 2008 e 2010 o município aumentou seu indicador agregado de escolaridade e

melhorou sua posição no ranking. Seu escore é superior ao nível médio do Estado. Fonte: Seade.

5.3.8 Economia

Renda per Capita

A renda per capita média de Nova Aliança cresceu 44,62% nas últimas duas

décadas, passando de R$458,09 em 1991 para R$523,59 em 2000 e R$662,48 em 2010.

A taxa média anual de crescimento foi de 14,30% no primeiro período e 26,53% no

segundo. A extrema pobreza (medida pela proporção de pessoas com renda domiciliar

per capita inferior a R$ 70,00) passou de 2,59% em 1991 para 0,49% em 2000 e para

1,22% em 2010 (Atlas Brasil, 2013).

O Índice de Gini é um instrumento utilizado para medir o grau de concentração

de renda. Ele aponta a desigualdade na distribuição de renda e numericamente varia de

0 a 1, sendo que 0 representa a situação de total igualdade, e o valor 1 significa extrema

desigualdade na distribuição de renda. Em Nova Aliança a desigualdade diminuiu: o

Índice de Gini passou de 0,53 em 1991 para 0,45 em 2000 e para 0,38 em 2010 (Quadro

10).

Quadro 10: Renda, pobreza e desigualdade - Nova Aliança, SP.

1991 2000 2010

Renda per capita 458,09 523,59 662,48

% de extremamente pobres 2,59 0,49 1,22

% de pobres 18,81 9,64 2,33

Índice de Gini 0,53 0,45 0,38

Fonte: Pnud, Ipea e FJP. Atlas Brasil, 2013.

Produto Interno Bruto (PIB)

O Produto Interno Bruto (PIB), é definido pelo IBGE como o total dos bens e

serviços produzidos pelas unidades produtoras, ou seja, a soma dos valores adicionados

acrescida dos impostos. O PIB apresentado por Nova Aliança no ano de 2011 foi de

115,84 (em milhões de reais correntes). Com esse valor a participação do Município no

PIB Estadual foi de 0,0086%, na RG de São José do Rio Preto, na qual Nova Aliança se

insere, sua participação foi de 1,25%, no mesmo período (Gráfico 9).

Gráfico 9: Participação no PIB do estado.

Fonte: IBGE. Fundação Seade.

Participação dos setores produtivos no total de empregos formais

O Quadro 11 compreende a participação percentual (%) de empregos formais

dos diferentes setores produtivos e faz um comparativo entre os valores apresentados

pelo Munícipio de Nova Aliança, sua RG e o Estado de São Paulo. De acordo com esses

valores, o setor industrial se destaca, sendo responsável por aproximadamente 50% do

total de empregos formais existentes em Nova Aliança.

Quadro 11: Participação dos empregos formais de diferentes setores produtivos em relação ao total de

empregos formais, 2012 (Em %).

Setor Nova Aliança Região de Governo Estado (SP)

Agricultura, pecuária,

produção florestal,

pesca e aquicultura

9,79 6,03 2,54

Indústria 47,53 23,79 20,30

Construção 2,38 6,07 5,23

Comércio atacadista e

varejista e do comércio

e reparo de veículos

automotores e

motocicletas

10,74 23,37 19,46

Serviços 29,56 40,74 52,47

Fonte: Fundação Seade.

5.3.9 Desenvolvimento urbano

Grau de urbanização

O grau de urbanização é o percentual da população urbana em relação à

população total. É calculado, geralmente, a partir de dados censitários. Nas duas últimas

décadas essa taxa cresceu 30,78% no município de Nova Aliança (Atlas Brasil, 2013).

O Quadro 12 a seguir mostra dados dos três últimos censos realizados no município

pelo IBGE, onde é possível observar o incremento da taxa de urbanização ao longo dos

anos.

Quadro 12: População Rural, Urbana e Taxa de Urbanização

% do total (1991) % do total (2000) % do total (2010)

População urbana 63,35 75,90 82,86

População rural 36,65 24,10 17,14

Taxa de urbanização 63,35 75,90 82,86

Fonte: Pnud, Ipea e FJP. Atlas Brasil, 2013.

Mesmo com o crescimento da taxa de urbanização apresentado por Nova

Aliança, o Gráfico 10 demonstra que essa taxa se mantem cerca de 10% menor que a

apresentada pela RG e 13% abaixo do valor apresentado pelo Estado de São Paulo, o

que evidencia o fato de mesmo tendo uma taxa alta de urbanização, o município pode

ter mais características rurais se comparado a outras regiões paulistas.

Gráfico 10: Grau de urbanização - 2010.

Fonte: IBGE. Fundação Seade.

Infraestrutura urbana

Os dados relativos à infraestrutura urbana, disponibilizados pelo Seade,

abrangem o nível de atendimento (%) para os serviços de coleta de lixo, abastecimento

de água e coleta de esgoto sanitário. O Quadro 13 aponta o nível de atendimento que o

município apresentou, em 2010, em relação aos três serviços avaliados.

Quadro 13: Tabela 8 - Nível de atendimento de serviços.

Serviço Descrição Nível de

atendimento (%)

Coleta de lixo

Porcentagem de domicílios particulares

permanentes urbanos atendidos por serviço

regular de coleta de lixo.

99,82

Abastecimento de

água

Porcentagem de domicílios particulares

permanentes urbanos ligados à rede geral

de abastecimento de água.

99,76

Esgoto sanitário

Porcentagem de domicílios particulares

permanentes urbanos atendidos por rede

geral de esgoto sanitário ou pluvial.

99,09

Fonte: Seade.

Segundo dados da Fundação Seade 2010, nos percentuais de abastecimento de

água, Nova Aliança (99,76%) fica acima da média da RG (95,14%) e Estadual

(97,91%). Ainda no referente ao atendimento a esgoto sanitário, o município atinge um

percentual de 99,09% dos domicílios, ficando acima da média Estadual (89,75%) e da

RG de São José do Rio Preto (97,7%).

Já em relação a coleta de lixo, 99,82% de Nova Aliança possui esse serviço,

ficando abaixo da média da RG a que pertence (99,85%) e acima da média Estadual

(99,66%) (Gráfico 11).

Gráfico 11. Percentual de atendimento - Infraestrutura Urbana do Estado de São Paulo, RG de São José

do Rio Preto e Nova Aliança - SP.

Fonte: Fundação SEADE

5.3.10 Programa Município VerdeAzul

O Programa Município VerdeAzul (PMVA), lançado pelo governo de São Paulo

em 2007, é um programa ambiental que objetiva o ganho de eficiência na gestão

ambiental através da descentralização e valorização da base da sociedade. O Programa

busca capacitar e estimular as prefeituras no desenvolvimento e implementação de uma

Agenda Ambiental Estratégica.

O conteúdo da Agenda deverá abranger as dez diretivas determinadas pela

Secretaria de Meio Ambiente - SMA, a saber: Esgoto Tratado (ET), Resíduos Sólidos

(RS), Biodiversidade (BIO), Arborização Urbana (AU), Educação Ambiental (EA),

Cidade Sustentável (CS), Gestão das Águas (GA), Qualidade do Ar (QA), Estrutura

Ambiental (EM) e Conselho Ambiental (CA).

A cada ano os municípios são avaliados quanto ao seu desempenho na condução

das ações propostas em suas respectivas Agendas e o resultado dessa avaliação é

disponibilizado à SMA, ao Governo de Estado, às Prefeituras e a toda a população pelo

Indicador de Avaliação Ambiental – IAA. Por sua vez, a SMA oferece capacitação

técnica às equipes locais e lança anualmente o Ranking Ambiental dos municípios

paulistas. A participação do município no PMVA é pré-requisito para a liberação de

recursos do Fundo Estadual de Controle da Poluição – FECOP.

Assim, além da vantagem de ser considerado um município “ambientalmente

correto”, o município que contar com a certificação no Ranking Ambiental dos

municípios paulistas terá prioridade no recebimento de recursos do governo estadual

para melhorias no setor ambiental. O município de Nova Aliança, segundo dados da

SMA, apresentou a seguinte evolução no Programa, apresentada no Quadro14.

Quadro 14. Evolução do Município de Nova Aliança no Programa Município Verde - Azul.

Evolução do Município de Nova Aliança no

Programa Município Verde- Azul (2011 - 2013)

Ano Nota Classificação

2011 12,48 576

2012 7,47 373

2013 78 91

5.4 Clima

O clima pode ser entendido como uma descrição estática, que expressa as

condições médias do sequenciamento do tempo meteorológico. Este último consiste na

combinação transitória e concreta, caracterizando um estado atmosférico momentâneo.

De acordo com a classificação climática de Koeppen, a qual é baseada em dados

pluviométricos e termométricos, o Estado de São Paulo apresenta seis tipos climáticos

distintos (Figura 2): Aw, Cwa, Cfa, Cfb, Cwb e Af.

Nova Aliança é categorizada na zona Aw – clima tropical, com inverno seco.

Apresenta estação chuvosa no verão (de novembro a abril) e nítida estação seca no

inverno (de maio a outubro, sendo julho o mês mais seco). A temperatura média do mês

mais frio é superior a 18ºC. Quanto as precipitações, estas no mês mais seco é inferior a

60 mm, mas são superiores a 750 mm anuais, atingindo 1.800 mm (EMBRAPA).

Figura 2: Tipos climáticos do estado de São Paulo segundo classificação Koppen.

Fonte: DAEE.

5.4.1 Temperatura

O Quadro 15 a seguir contém dados históricos do Centro de Pesquisas

Meteorológicas e Climáticas Aplicadas à Agricultura (CEPAGRI) referentes as

temperaturas mensais máximas, médias e mínimas e precipitação mensal média de Nova

Aliança.

A temperatura média anual fica próxima dos 23°C, sendo são junho e julho os

meses mais frios, enquanto o período mais quente fica entre janeiro e março. A seca é

mais crítica nos meses de junho a agosto.

Quadro 15: Temperaturas mensais máximas, médias e mínimas e precipitação mensal média.

Temperatura do ar Chuvas (mm)

Mês Mínima média Máxima média Média

Jan 19,7 31,2 25,5 218,8

Fev 19,9 31,3 25,6 194,6

Mar 19,3 31,2 25,2 151,4

Abr 16,7 30,0 23,4 70,5

Mai 14,1 28,3 21,2 55,3

Jun 12,9 27,3 20,1 33,1

Jul 12,3 27,6 20,0 25,0

Ago 13,9 30,2 22,1 22,6

Set 16,1 31,3 23,7 53,7

Out 17,7 31,4 24,6 103,4

Nov 18,3 31,3 24,8 131,0

Dez 19,3 30,9 25,1 200,4

Fonte: CEPAGRI – UNICAMP.

5.4.2 Umidade relativa do ar

Figura 3: Mapa de umidade relativa do estado de São Paulo.

Fonte: Secretária de Agricultura e Abastecimento.

5.5 Pedologia

O Plano de Bacia da UGRHI Tietê-Batalha, elaborado pelo CETEC – Centro

Tecnológico da Fundação Paulista, apresenta a nova classificação pedológica, editada

em 1999, pelo Centro Nacional de Pesquisa em Solos da Empresa Brasileira de

Pesquisas Agropecuárias (EMBRAPA – SOLOS) e o Centro de Solos e Recursos

Agroambientais do Instituto Agronômico (CRSA – IAC). De acordo com essa

classificação, na UGRHI 16 são encontrados os seguintes tipos de solo, Quadro 16:

Quadro 16: Classe de solos encontrados na UGRHI 16.

Classe dos solos Principais Características Tipos

Argissolos vermelho-amarelos

(Podzólicos Vermelho-Amarelos)

Caracterizam-se por apresentarem gradiente

textural, com nítida separação entre

horizontes quanto à cor, estrutura e textura.

São profundos a pouco profundos,

moderadamente a bem drenados, com textura

muito variável, mas com predomínio de

textura média na superfície, e argilosa, em

subsuperfície. De uma maneira geral, pode-se

dizer que os Argissolos são muito suscetíveis

à erosão

PVA 1, 2, 5

e 10

Latossolos-vermelhos

(Latossolos roxos + Latossolos

vermelho-escuro)

Apresentam cores vermelhas acentuadas

devido aos teores mais altos e à natureza dos

óxidos de ferro presentes no material

originário em ambientes bem drenados. São

muito profundos, bem drenados, friáveis ou

muito friáveis, de textura argilosa ou muito

argilosa e média. Por serem ácidos e

distróficos requerem correção de acidez e

adubação.

LV 6, 45,

56, 78

Gleissolos háplicos

(Gleis pouco húmicos,

hidromórficos cinzentos)

São solos minerais, hidromórficos,

apresentando horizontes A (mineral) ou H

(orgânico), seguido de um horizonte de cor

cinzento-olivácea, esverdeado ou azulado,

chamado horizonte glei, resultado de

modificações sofridas pelos óxidos de ferro

existentes no solo. São solos mal drenados,

podendo apresentar textura bastante variável

ao longo do perfil. Apresentam sérias

limitações ao uso agrícola, principalmente,

em relação à deficiência de oxigênio (pelo

excesso de água), à baixa fertilidade e ao

impedimento à mecanização.

GX 3, 8, 9

Fonte: EMBRAPA SOLOS e CRSA – IAC.

5.6 Geologia

De acordo com o Plano de Bacia do Tietê-Batalha as unidades geológicas

presentes na UGRHI são as listadas no Quadro 17.

Quadro 17: Unidades Geológicas da Bacia hidrográfica Tietê-batalha.

Período (Idade) Símbolo/Formação geológica Litologias

Cenozóico Qa – Depósitos aluviais Areias e argilas com aglomerados na

base.

Mesozoico

Km – Formação Marília (unidade

aquífera Bauru)

Arenitos de granulação fina a grossa,

compreendendo bancos maciços com

tênues estratificações cruzadas de

médio porte, incluindo lentes e

intercalações subordinadas de siltitos

e arenitos muito finos com

estratificação planoparalela. Presença

comum de nódulos carbonáticos.

Ka – Formação Adamantina

(unidade aquífera Bauru)

Arenitos finos a muito finos,

podendo apresentar cimentação e

nódulos carbonáticos, com lentes de

siltitos argilosos e argilitos,

ocorrendo em bancos maciços. Teor

de matriz variável, cores creme e

vermelho.

Jksg – Formação serra geral

(Unidade aquífera Serra Geral)

Basaltos toleíticos em derrames

tabulares superpostos e arenitos

intertrapianos.

Fonte: Mapa geológico do Estado de São Paulo, escala 1:50.000, IPT/1984.

Nova Aliança está localizada na Região 2 da UGRHI e em seu território está

presente a Ka - Formação Adamantina, proveniente do Período Mesozoico, a qual é

dominante em toda a bacia.

As formações do Grupo Bauru, que inclui a Formação Adamantina, foram

originadas em um ambiente de sedimentação reconhecidamente continental flúvio-

lacustre, o que lhes confere grande descontinuidade.

As rochas da Formação Adamantina, constituídas predominantemente por

arenitos, apresentam baixa resistência mecânica, porém quando cimentadas, esta

condição é alterada, passando a ter maior coerência e resistência. A principal

característica dessa formação é a presença de bancos de arenito de granulação fina e

muito fina, contendo estratificação, com espessura entre dois e vinte metros, alternados

com bancos de lamitos, silitosos e arenito. É comum a presença de nódulos carbonáticos

e seixos de argilito da própria unidade.

5.7 Geomorfologia

A caracterização do relevo permite fornecer elementos para planejamento

regional, avaliação de facilidades/dificuldades de urbanização, reconhecimento

pedológico, tipo de manejo agrícola, bem como a distribuição e a intensidade dos

processos erosivos atuantes nos diferentes padrões morfológicos.

Segundo descrito pelo Plano de Bacia, a UGRHI Tietê-batalha está inserida na

Província geomorfológica denominada de Planalto Ocidental (Figura 5). A Província é

caracterizada pela presença de formas de relevo ligeiramente onduladas com longas

encostas e baixas declividades representadas essencialmente por Colinas Amplas e

médias com topos aplanados. Ambos os tipos estão sujeitos ao controle estrutural das

camadas sub-horizontais dos arenitos do Grupo Bauru e das rochas efusivas básicas da

formação Serra Geral. No âmbito da Bacia do Tietê-Batalha, os pontos mais altos,

situados nos seus divisores limites, chegam a alcançar cerca de 670 metros e, na várzea

do Tietê, abaixo de 450 metros.

Figura 4: Mapa da divisão geomorfológica do estado de São Paulo.

Fonte: IPT

De acordo com o mapa geomorfológico consultado no Plano de Bacia da

UGRHI-16, o município de Nova Aliança apresenta relevo de degradação ou de

desgaste por erosão em Planaltos dissecados, apresentando principalmente Colinas

médias.

As Colinas médias têm como característica o predomínio de interflúvios com

áreas de 1 a 4 km², topos aplainados, vertentes com perfis convexos e retilíneos,

drenagem de média e baixa densidade, padrão sub-retangular, vales abertos e fechados,

planícies aluviais inferiores restritas, presença eventual de lagoas perenes ou

intermitentes.

5.8 Uso do Solo

Em toda UGRHI-16 o uso predominante é de pastagens e/ou campos antrópicos.

No município de Nova Aliança não é diferente, outra ocupação que se destaca é a das

atividades agrícolas de forma geral (Gráfico 12).

Gráfico 12: Uso do solo UGRHI 16.

Fonte: Plano de Bacia do Tietê-batalha.

5.9 Susceptibilidade a erosão

A erosão é um processo geológico de desagregação e arraste das partículas do

solo ou de rochas, pela água (erosão hídrica) ou pelo vento (erosão eólica). É um

importante fenômeno para modelagem da paisagem terrestre e na redistribuição de

energia no interior da bacia hidrográfica, podendo ocorrer naturalmente ou

desencadeado por fatores antrópicos.

Na Bacia hidrográfica do Tietê-batalha predominam os processos erosivos de

encosta dos tipos laminar e linear, bem como os processos de erosão fluvial. Entre as

erosões desencadeadas por fatores antrópicos, destacam-se as erosões nas estradas de

terra rurais, principais responsáveis pelo assoreamento dos corpos d’água e as erosões

peri-urbanas ocasionadas pela ausência de rede coletora de águas pluviais e de

instrumentos de dissipação adequados e que provocam graves prejuízos para as

municipalidades.

A Potencialidade Total ao Desenvolvimento de Processos Erosivos, apresentada

no Plano da Bacia Tietê-batalha, foi obtida a partir do cruzamento matricial entre a

Potencialidade Natural e Potencialidade Antrópica.

De acordo com a classificação adotada (Figura 5), a classe alta corresponde as

áreas muito susceptíveis à erosão laminar intensa, sendo frequente o desenvolvimento

de sulcos e ravinas; predominam culturas perenes como café e o citrus, com solos

expostos entre as ruas de circulação; a classe média abrange áreas muito susceptíveis ao

desenvolvimento de erosão laminar, sulcos, ravinas e voçorocas de encosta,

predominam solos latossólicos vermelho-escuro, relevos de colinas amplas e arenitos

das formações de Adamantina e Santo Anastácio, secundariamente ocorrem solos

podzólicos vermelhos-amarelos e basaltos da formação Serra Geral; já a classe baixa

contempla áreas pouco e/ou não susceptíveis ao desenvolvimento de ravinas e

voçorocas, porém podendo apresentar erosão laminar e sulcos frequentes; predominam

latossólicos vermelho-escuro e podzólicos vermelhos-amarelos, relevos de planície,

terraços fluviais e depósitos fluviais quaternários e arenitos da formação Santos

Anastácio; localmente ocorrem solos latossólicos roxos, colinas amplas e basaltos da

formação Serra Geral.

Em nova Aliança destaca-se a presença da classe de alta potencialidade total ao

desenvolvimento de processos erosivos. O levantamento realizado levou em

consideração a potencialidade natural ao desenvolvimento de processos erosivos;

caracterizada pelos atributos do relevo, solo e processos erosivos típicos da área e as

potencialidades antrópicas que levam ao desenvolvimento de processos erosivos;

obtidas através da análise dos usos e ocupações existentes na região, e os impactos

decorrentes destes.

Figura 5: Mapa de potencialidade total de erosão da Região 2 - UGRHI 16.

Fonte: Caderno Síntese Tietê-batalha.

5.10 Bacias hidrográficas

Segundo o Sistema de Informações para Gerenciamento de Recursos Hídricos

do Estado de São Paulo - SIGRH, a adoção da bacia geográfica como unidade físico-

territorial básica para o planejamento e gerenciamento dos recursos hídrico é um

princípio universalmente reconhecido.

5.10.1 Sistema paulista de bacias hidrográficas

No Estado de São Paulo, as bacias hidrográficas pertencem à bacia do Rio

Paraná ou às bacias do Atlântico Sul-Leste e Atlântico Sudoeste, conforme divisão

hidrográfica adotada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística – IBGE e pelo

Departamento Nacional de Energia Elétrica – DNAEE. A divisão hidrográfica no

estado é composta por 22 unidades de gerenciamento de recursos hídricos – UGRHI,

obedecendo à Lei nº. 9.034 de 27 de Dezembro de 1994.

O mapa abaixo (Figura 6) delimita as 22 UGRHI pertencentes ao estado de São

Paulo, como já dito, o município de Nova Aliança pertence à bacia hidrográfica Tietê-

Batalha, denominada de UGRHI 16.

Figura 6: Mapa das Unidades de Gerenciamento de Recursos Hídricos.

Fonte: CORHI - Comitê Coordenador do Plano Estadual de Recursos Hídricos, 2004.

5.10.2 UGRHI Tietê-batalha

A bacia hidrográfica Tietê-batalha, na qual Nova Aliança se insere, possui área

de 13.149 km², localiza-se na região centro-oeste do estado de São Paulo (Figura 7),

contempla 36 municípios e uma população de aproximadamente 506.677 habitantes.

A UGRHI é bastante extensa, para facilitar as análises é dividida em quatro

regiões. Segundo o Plano de Bacia hidrográfica, Nova Aliança se encontra na Região 2,

destacada nas Figuras 7 e 8.

Figura 7: Localização da Bacia Tietê-batalha entre as demais bacias do estado (esq.) Limites da UGRHI

(dir.)

Fonte: Síntese do Plano de bacia Tietê-batalha.

Figura 8: Localização da Região 2 dentro da Bacia Tietê-batalha.

Fonte: Síntese do Plano de bacia Tietê-batalha.

A precipitação anual média da UGRHI é de 1.230 mm/ano e a produção hídrica

superficial apresenta vazão média de 98m³/s e vazão mínima média, 7 dias consecutivos

e 10 anos de período de retorno, igual a 31m³/s (PERH 2004-2007).

Na UGRHI está implantado, mais precisamente no Rio Tietê, o reservatório de

Promissão da UHE Mário Lopes Leão (264 MW instalados), com volume útil de 2.128

hm³.

A estimativa das demandas relativas a UGRHI Tietê-batalha (fontes superficiais

e subterrâneas) em 2004, efetuada no âmbito do PERH 2004-2007, chegou aos

seguintes resultados (Quadro 16):

Quadro 18: Estimativa das demandas na UGRHI Tietê-batalha.

Categoria de uso Demanda (m³/s)

Urbano 1,12

Industrial 1,47

Irrigação 7,20

Total 9,79

Fonte: PERH, 2004.

5.11 Bioma

Segundo definição apresentada pelo IBGE, bioma é um conjunto de vida vegetal

e animal, constituído pelo agrupamento de tipos de vegetação contíguos e que podem

ser identificados a nível regional, com condições de geologia e clima semelhantes e que,

historicamente, sofreram os mesmos processos de formação da paisagem, resultando em

uma diversidade de flora e fauna própria.

No Brasil existem sete biomas principais, a saber: Amazônia, Caatinga,

Pantanal, Cerrado, Biomas costeiros, Mata Atlântica e Campos sulinos. A Mata

Atlântica abrange o município de Nova Aliança (IBGE).

Esse bioma é formado por um conjunto de formações florestais (e.g. floresta

ombrófila densa, ombrófila mista, estacional semidecidual, estacional decidual,

ombrófila aberta) e ecossistemas associados, como as restingas, manguezais e campos

de altitude. A extensão do bioma abrangia uma área de cerca de 1.300.000 km² em 17

estados do território nacional. No entanto, os remanescentes de Mata Atlântica

representam apenas 7% de sua cobertura florestal original. Na Mata Atlântica estão

localizados recursos hídricos significativos que abastecem cerca de 70% da população

brasileira, além disso o bioma conta com uma riqueza de flora e fauna excepcional, são

mais de 1.300 espécies animais e aproximadamente 20 mil espécies vegetais, das quais

quase oito mil são endêmicas – exclusivas dessa floresta.

6 DIAGNÓSTICO

6.1 Diagnóstico dos resíduos

Em Nova Aliança, a estrutura operacional dos serviços prestados é tida como

elemento fundamental na gestão dos resíduos sólidos no município. Assim, se fez

necessário conhecer sistematicamente toda a estrutura adotada no sistema de

gerenciamento de resíduos sólidos do município, uma vez que tal procedimento auxilia

na identificação dos pontos fortes e passíveis de melhorias, visando alcançar, em um

determinado horizonte de tempo, uma solução operacional sustentável, em acordo com

a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), para o gerenciamento dos resíduos.

O diagnóstico foi proposto com base em um conjunto de informações contidas

nos bancos de dados oficiais, fundamentais na caracterização do atual modelo de

estrutura operacional adotado pelo Município no gerenciamento de seus resíduos

sólidos.

Desse modo, em acordo com a Lei 12.305/10 foi definido um quadro geral que

confere as responsabilidades pelo gerenciamento dos resíduos aos seus respectivos

responsáveis (Quadro 17).

Quadro 19: Quadro de origem de resíduos e respectivos responsáveis no Município de Nova Aliança –

SP.

Origem do Resíduo Responsável

Domiciliar Prefeitura

Comercial Prefeitura

Limpeza Pública Prefeitura

Serviços de Saúde Gerador

Industrial Gerador

Postos e Terminais Rodoviários Gerador

Agrossilvopastoris Gerador

Construção Civil Prefeitura

Saneamento Prefeitura

6.1.1 Resíduos Sólidos Domiciliares e Comerciais

O sistema de coleta domiciliar convencional realizado em Nova Aliança foi

proposto levando-se em consideração a estimativa do volume de resíduos a ser coletado,

a frequência da coleta, os equipamentos utilizados no processo, a distância percorrida

pela frota e pelos recursos humanos, a carga horária das equipes de coleta, entre outros

fatores.

A responsabilidade pelo gerenciamento dos resíduos domiciliares e comerciais

no município pertence a Prefeitura, que atende 100% das residências na cidade. A

média de geração diária de resíduos sólidos domiciliares e comerciais em Nova Aliança

é de 0,552 kg/hab, totalizando uma média mensal de 107 toneladas/mês. A média de

resíduos enviados para a reciclagem é de 4,1 toneladas/mês, sendo encaminhado para o

aterro sanitário 102.9 toneladas/mês

A forma de acondicionamento dos resíduos domiciliares adotada pela população

é, na maioria das vezes, sacolas plásticas dispostas em lixeiras localizadas em frente

às residências ou comércios.

A equipe de coleta é constituída por: 01 (um) motorista e dois 02 (dois)

coletores. Para operação a prefeitura dispõe de 01 (um caminhão coletor compactador e

um caminhão reserva. A operação de coleta é realizada de segunda a sexta, exceto

quinta, no período da manhã e da tarde e, de segunda a sexta, exceto quinta, a coleta é

realizada nos Distritos da cidade, também nos períodos manhã e tarde.

Atualmente, os resíduos sólidos domiciliares e comerciais coletados no

município são encaminhados à Empresa Constroeste, localizada no Município de Onda

Verde – SP.

Coleta Seletiva

O Programa de coleta seletiva do município de Nova Aliança – SP visa a

proteção ambiental e a melhoria da qualidade de vida da população, seguindo os

princípios, objetivos e instrumentos definidos na PNRS. Considerando a cooperação e

integração entre os atores das esferas públicas, cabe ao município a operacionalização

do sistema, efetivando os serviços previsto na Lei Federal nº12.305/2010, ou seja,

limpeza urbana e manejo dos resíduos sólidos, destacando-se a coleta seletiva.

A coleta seletiva domiciliar (vidro, papel/papelão, latas/ferroso, alumínio e

plástico) implantada no município de Nova Aliança ocorre as Terças. A recolha é feita

em frente aos domicílios e os horários diferem para cada bairro. A Prefeitura conta com

um caminhão específico da frota municipal para a realização da coleta seletiva. As

informações sobre a coleta foram divulgadas junto a população por meio de carro de

som, informativo impresso, redes sociais e site da prefeitura.

Figura 9. Informativo impresso disponibilizado a população sobre a Coleta Seletiva.

A coleta seletiva implantada em Nova Aliança conta com a participação da

população, a qual faz uma triagem inicial dos resíduos em suas residências. Os mesmos

são separados em sacos plásticos transparentes, distribuídos pela prefeitura municipal,

em Recicláveis (ou “secos” – papel/papelão, plástico, latas/ferroso, alumínio e vidro) e

Não-recicláveis (ou “úmidos” - restos de comida, resíduos de higiene pessoal, folhas,

entre outros).

O material reciclável é recolhido em frente aos domicílios todas as Terças-feiras,

em horários específicos para cada área da cidade. No momento da coleta, é deixado uma

nova sacola plástica para que o munícipe possa dar continuidade na separação dos

recicláveis. Em caso de perda ou extravio do saco plástico, o morador deve entrar em

contato com a prefeitura para justificar e solicitar um novo, havendo assim um controle

na distribuição de sacolas para que as mesmas não venham a se tornar nova fonte de

geração de resíduos.

De maneira complementar à coleta porta a porta, com o intuito de evitar o

acúmulo de resíduos nos domicílios e ainda reduzir os custos relativos a coleta, existem

no município os locais de entrega voluntária (Imagens 2 e 3).

Imagem 2: Conjunto de coletores para coleta seletiva em locais estratégicos do município.

Imagem 3: Novos coletores distribuídos em áreas públicas do município

Assim, a participação da população é fundamental para o bom desemprenho do

programa, restando ao Poder Público Municipal intensificar os trabalhos de educação

ambiental como propósito de orientação aos munícipes.

Depois de coletados os materiais recicláveis são pesados e encaminhados à

Cooperativa Social de Coleta Seletiva, Beneficiamento e Transformação de Materiais de

São José do Rio Preto - COOPERLAGOS, localizada na Av. Cenobelino de Barros

Serra, 1580 – Parque Industrial – São José do Rio Preto – SP, juntamente com uma

ficha de controle, sendo assinada, carimbada e conferida por ambas as partes (prefeitura

e Cooperlagos), para depois seguir para separação, processamento e venda.

Em média o município de Nova Aliança gera uma quantidade mensal de

4.105kg de resíduos recicláveis, sendo que 42kg são considerados rejeitos. Conforme o

Quadro 20, é possível verificar que a quantidade de rejeito passou de 20kg (primeira

coleta) para 10kg (segunda coleta), apresentando uma redução de 50% na quantidade de

materiais que vão para aterro sanitário.

Quadro 20. Quantificação da geração de materiais recicláveis no município de Nova Aliança.

Resíduos Recicláveis (kg) - Mês de Agosto (2014)

Coletas Plásticos Papel/

Papelão Alumínio

Lata/

Ferroso Vidros

Total

Bruto Rejeito

1º coleta 380 480 190 280 405 1735 20

2º coleta 180 320 110 240 440 1290 12

3º coleta 150 220 110 250 350 1080 10

Total: 710 1020 410 770 1195 4105 42

Fonte: Cooperativa Cooperlagos

O Poder Público municipal está realizado um levantamento para quantificar a

presença de catadores informais no município. O intuito da ação é identificar a

quantidade desses catadores, bem como as condições nos quais os mesmos se

encontram inseridos para posterior elaboração de uma proposta de cooperativa.

6.1.2 Resíduos Sólidos de Limpeza Urbana

Os resíduos de limpeza urbana são aqueles provenientes dos serviços de

capinação, varrição, limpeza de vias e locais públicos, limpeza de feiras livres, poda de

árvores, desobstrução de bueiros e demais atividades necessárias a manutenção da

cidade. A limpeza urbana é fundamental para assegurar as condições de uso das vias

públicas aos cidadãos e também para prevenção de riscos ambientais, como o caso de

enchentes, bem como inibidora de proliferação de agentes transmissores de doenças.

Em Nova Aliança, todo o material oriundo do serviço de limpeza é coletado pela

Prefeitura através da Coordenadoria Municipal de Serviços Públicos. A coleta ocorre

todos os dias da semana, de manhã e à tarde, exceto a poda que é feita somente as

sextas-feiras das 07:00 as 17:00hrs. Após a coleta, os resíduos de poda são enviados

juntamente com os resíduos da coleta convencional ao aterro licenciado da Empresa

Constroeste, localizado em Onda Verde - SP.

6.1.3 Resíduos de Serviços de Saúde (RSS)

Os resíduos de serviços de saúde são aqueles provenientes do atendimento à

saúde humana e animal, como hospitais, UBSs, clínicas médicas, odontológicas, de

estética e veterinárias, necrotérios, laboratórios, serviços de assistência domiciliar,

centro de controle de zoonoses, farmácias, por usuários de medicamentos diários, entre

outros.

Segundo o Manual de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde da

ANVISA (2006), de 149.000 toneladas de resíduos residenciais e comerciais geradas

diariamente, apenas uma fração inferior a 2% é composta por RSS e, destes, apenas 10 a

25% necessitam de cuidados especiais. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE) realizou a Pesquisa Nacional de Saneamento Básico (PNSB 2000), que

destacou que a maioria dos municípios brasileiros não utiliza um sistema apropriado

para efetuar a coleta, o tratamento e a disposição final dos RSS, sendo que de um total

de 5.507 municípios brasileiros atendidos pela pesquisa, somente 63% informaram que

realizavam a coleta dos RSS. A pesquisa ainda informou que cerca de 56% dos

municípios possui como disposição final de RSS o solo, cabendo 30% deste total aos

lixões e o restante em aterros controlados, sanitários e aterros especiais.

Assim, devido ao alto grau de periculosidade à saúde humana e ao meio

ambiente que tais resíduos apresentam, foram publicadas as Resoluções RDC ANVISA

n° 306/04 e CONAMA n° 358/05 que dispõem, respectivamente, sobre o gerenciamento

interno e externo dos resíduos de serviços de saúde.

O Município de Nova Aliança possui cerca de 03 estabelecimentos geradores de

RSS sob a responsabilidade do Poder Público Municipal. São eles:

UBS Nova Aliança- Rua José Fagliari, S/N

Clínica Nova Aliança- Rua José Fagliari, S/N

UBS Nova Itapirema- Rua XV de Novembro, S/N

Imagem 4: Unidade de Saúde no Município de Nova Aliança - SP

A sistemática da coleta, transporte e disposição final ambientalmente adequada

dos resíduos hospitalares dos estabelecimentos de responsabilidade da prefeitura de

Nova Aliança é terceirizado para a empresa Constroeste Construtora e Participações

LTDA, de acordo com contrato de prestação de serviços nº 058/2014, cujo objeto

consiste na Prestação de Serviços de Tratamento de Resíduos Sólidos de Serviços de

saúde (RSS) dos grupos A, E e B, segundo as resoluções CONAMA nº 358/05 e

ANVISA 396/04, com coleta nos postos de saúde de Nova Aliança e Nova Itapirema. A

contratante (prefeitura) se responsabiliza somente por garantir a correta segregação dos

resíduos em sua origem nos estabelecimentos pertencentes ao Poder Público. Não existe

por parte do Poder Público nenhuma ação específica que exija a apresentação de planos

de gerenciamento de resíduos dos estabelecimentos de serviços de saúde no município

passíveis de apresentação de plano, segundo legislação específica.

6.1.4 Cadáveres de Animais

Atualmente o Município de Nova Aliança não possui um programa específico

dedicado ao descarte de animais mortos de pequeno e grande porte.

6.1.5 Resíduos Cemiteriais

Os resíduos cemiteriais são oriundos das atividades realizadas em cemitérios.

Estes são constituídos pelos materiais articulados de restos florais resultantes das coroas

e ramalhetes de funerais, vasos plásticos ou cerâmicos, resíduos de construção e reforma

de túmulos e da infraestrutura local; resíduos de velas e demais materiais utilizados em

datas religiosas, entre outros.

Nova Aliança possui 02 cemitérios, 01 na cidade de Nova Aliança (Imagem 5) e

01 no Distrito de Nova Itapirema, ambos com grau de ocupação de 80%. Os resíduos

cemiteriais são coletados juntamente com os resíduos da coleta convencional e seletiva.

Desse modo, os resíduos orgânicos, como folhas e flores são separados dos demais e

encaminhados ao aterro sanitário da empresa terceira. Já os constituídos por materiais

recicláveis, são encaminhados juntamente a coleta seletiva; restando os demais que vão

junto a coleta convencional. É de responsabilidade da Prefeitura Municipal a coleta,

transporte e destinação final adequada dos resíduos gerados nos cemitérios municipais.

Imagem 5: Fachada do Cemitério Municipal de Nova Aliança - SP

6.1.6 Resíduos da Construção Civil (RCC)

Segundo o SINDUSCON (Sindicato da Industria da Construção Civil do Estado

de São Paulo) os resíduos da construção civil representam 2/3 da massa dos resíduos

sólidos municipais, uma parcela significativa no total de resíduos sólidos urbanos

gerados no Brasil.

O ramo da Construção Civil se constitui como um importante segmento

produtivo no País, servindo como indicador de desenvolvimento econômico e social. No

entanto, o setor gera volumes expressivos de resíduos com características variáveis e

com potencial de gerar impactos negativos ao ambiente, o que confere aos mesmos uma

especial preocupação dos gestores públicos quanto ao seu correto gerenciamento.

Os RCCs são provenientes de reformas, construções, reparos e demolições de

obras de construções civis, incluídos os resultantes da preparação e escavação de

terrenos para obras civis. A disposição irregular destes resíduos, segundo o Plano

Nacional de Resíduos Sólidos, pode acarretar problemas de ordem estética, ambiental e

de saúde pública, sobrecarregando os sistemas de limpeza pública.

Assim, em 2002, a Resolução do Conselho Nacional de Meio Ambiente -

CONAMA nº 307, alterada pela Resolução 348/2004, estabeleceu que o gerador deve se

responsabilizar pelo gerenciamento desses resíduos. Essa determinação define

responsabilidades e prevê a segregação dos resíduos em diferentes classes, bem como

seu encaminhamento para reciclagem ou disposição final ambientalmente adequada;

constituindo-se como um importante marco legal no que tange o gerenciamento dos

resíduos da construção civil no País.

Não há no município de Nova Aliança um programa para gestão de RCCs

devidamente estruturado, sendo os mesmos coletados pela prefeitura, depositados em

um local de transbordo para posterior destinação a aterro sanitário particular no

município de Bady Bassitt, o que acaba sendo oneroso para o poder público.

Não há no município, por parte do poder público, nenhuma ação específica

referente à entrega dos planos de gerenciamento dos resíduos sólidos de

empreendimentos da construção civil passíveis de elaboração de plano, conforme

legislação vigente

Área de disposição irregular

Tendo em vista que a disposição inadequada de resíduos sólidos compromete a

saúde humana, o meio ambiente e favorece o surgimento de animais peçonhentos,

muitos transmissores de doenças, o Poder Público Municipal possui uma intensiva

fiscalização para o combate de áreas de descarte irregular e orienta a população quanto

ao descarte de resíduos em locais inadequado (Imagem 6)

Imagem 6: Placa de orientação sobre o descarte inadequado de resíduos.

6.1.7 Resíduos Industriais

A Política Nacional de Resíduos Sólidos traz como definição de resíduos

industriais aqueles que são provenientes dos processos produtivos e de instalações

industriais. Estes são constituídos por uma ampla variedade de materiais, alguns sendo

classificados como perigosos ao meio ambiente e à saúde humana.

No Brasil, a responsabilidade pelo resíduo gerado é do gerador, como previsto

no Art. 10 da Lei nº 12.305/10. Tal contexto já havia sido evidenciado com a publicação

da Resolução CONAMA n° 06, em 1998, que obrigava as empresas a relatarem

informações sobre os resíduos gerados nas mesmas, bem como delegava

responsabilidades aos órgãos estaduais de meio ambiente para a consolidação das

informações recebidas das indústrias. As informações obtidas através dos relatos sobre

os resíduos gerados nas industrias, anos mais tarde, daria base para a publicação da

Resolução CONAMA n° 313, em 2002. Esta, que dispõe sobre o Inventário Nacional de

Resíduos Sólidos Industriais (RSI), revogou a Resolução n° 06/1988 e serviu como

subsídio à elaboração de diretrizes nacionais, programas estaduais e o Plano Nacional

para Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais.

Segundo a Resolução CONAMA n°313 em seu Art. 4 as indústrias com

tipologias contidas na Classificação Nacional de Atividades Econômicas do IBGE,

deverão apresentar ao órgão estadual do meio ambiente, no prazo estabelecido pelo

mesmo ou no prazo máximo de um ano após a publicação da Resolução, informações

sobre geração, características, armazenamento, transporte e destinação de seus resíduos

sólidos, de acordo com os anexos de I a III da referida resolução. São tipos de indústrias

contidas na Classificação Nacional de Atividades Econômicas do IBGE:

I - preparação de couros e fabricação de artefatos de couro, artigos de

viagem e calçados (Divisão 19); II - fabricação de coque, refino de petróleo, elaboração de

combustíveis nucleares e produção de álcool (Divisão 23);

III - fabricação de produtos químicos (Divisão 24); IV - metalurgia básica (Divisão 27);

V - fabricação de produtos de metal, excluindo máquinas e

equipamentos (Divisão 28); VI - fabricação de máquinas e equipamentos (Divisão 29);

VII - fabricação de máquinas para escritório e equipamentos de

informática (Divisão 30);

VIII - fabricação e montagem de veículos automotores, reboques e carrocerias (Divisão 34); e

IX - fabricação de outros equipamentos de transporte (Divisão 35).

(Art. 4 Resolução CONAMA n° 313).

Em conformidade com a Política Nacional de Resíduos Sólidos, em Nova

Aliança a responsabilidade pelo gerenciamento adequado dos resíduos industriais é do

gerador. Não há por parte do poder público nenhuma ação específica referente à

obrigatoriedade para a entrega dos planos de gerenciamento dos resíduos sólidos de

empresas passíveis de elaboração de plano, conforme legislação vigente.

6.1.8 Resíduos da Zona Rural

Segundo Darolt (2002), o resíduo gerado nas áreas rurais é composto por uma

infinidade de componentes, sendo estes: restos vegetais de cultura, materiais associados

à produção agrícola (adubos químicos, defensivos e suas embalagens), dejeto de

animais, produtos veterinários, sobras de alimentos, vidros, latas, papéis, papelões,

plásticos, pilhas e baterias, lâmpadas e muitos outros. Na maioria das vezes, devido as

dificuldades encontradas para o deslocamento até o perímetro urbano, os proprietários

rurais acabam por realizar a queima e o aterramento de seus resíduos, dispondo-os

incorretamente e comprometendo, assim, a salubridade do meio.

6.1.9 Resíduos das Atividades Agrossilvopastoris

Há no município 02 (dois) estabelecimentos que comercializam produtos

agrossilvopastoris. Apesar de não existir um programa específico voltado a esses

resíduos, os mesmos já são na sua grande maioria destinados a estabelecimentos para

logística reversa, orientada por legislações específicas para os mesmos e por meio de

procedimentos apontados em nota ou na embalagem do produto.

6.1.10 Resíduos dos Serviços de Transporte

Os resíduos dos serviços de transporte são aqueles provenientes da

movimentação de pessoas e de serviços de reparo que ocorrem em rodoviárias, portos e

aeroportos. Em meio aos resíduos originados nestes estabelecimentos encontram-se:

restos de alimentos, embalagens em geral, papéis usados, papel higiênicos, estopas com

graxa, óleo lubrificante usado e outros.

Em Nova Aliança há 01 rodoviária central (Imagem 7) localizada no município e

outros 02 pontos de partida e chegada, 01 está localizada principal praça de Nova

Aliança, na área central do município e próximo ao Paço Municipal, e 01 no distrito de

Nova Itapirema. O Poder Público municipal se responsabiliza somente pela recolha dos

resíduos domiciliares, restando os demais por conta dos geradores.

Imagem 7: Rodoviária Municipal em Nova Aliança – SP.

6.1.11 Resíduos Eletroeletrônico

Uma crescente problemática identificada nos últimos anos no município de

Nova Aliança diz respeito ao lixo eletrônico. Devido ao fenômeno conhecido como

obsolescência programada, no qual as empresas fabricantes de eletroeletrônicos

reduzem a vida útil do produto para que estes durem menos do que a tecnologia permite

e assim se tornem ultrapassados em pouco tempo; constatou-se um aumento da presença

desses materiais em meio aos resíduos sólidos do município. Composto por todo

material gerado a partir de equipamentos eletrodomésticos e eletroeletrônicos, bem

como seus demais componentes, tais como pilhas, baterias e produtos magnetizados,

esses resíduos apresentam diversos metais pesados como mercúrio, chumbo, cádmio,

manganês e níquel, que podem ser potenciais agentes mutagênicos.

Desse modo, a fim de evitar a contaminação ambiental e consequentemente

comprometer a saúde pública, a prefeitura de Nova Aliança lançou uma campanha que

incentiva a correta destinação desse tipo de material (Figura 10).

Figura 10: Informativo impresso sobre Campanha para correta destinação de resíduos eletrônicos

Visando estimular os munícipes a participarem do programa, a prefeitura

disponibiliza um cupom para aqueles que levam os resíduos eletrônicos aos pontos de

coleta. A cada material eletrônico e a cada 04 pilhas é dado um cupom de participação

(Figura 11).

Figura 11. Cupom de participação da campanha de destinação adequada de resíduos eletrônicos.

6.1.12 Resíduos Sólidos Pneumáticos

Os resíduos pneumáticos podem se tornar um problema significativo se não

forem garantidos os meios para sua disposição e destinação adequada. Estes materiais,

quando depositados inadequadamente, liberam contaminantes no ambiente e podem

servir de criadouro para vetores de doenças, principalmente o Aedes aegypti,

transmissor da Dengue, Febre Amarela e a recente Febre Chikungunya, o que ameaça

seriamente a saúde pública.

Neste sentido, a Prefeitura de Nova Aliança firmou um termo de compromisso

com os municípios de Potirendaba e Bady Bassit para garantir a correta destinação dos

pneus inservíveis. Os pneus da cidade são destinados ao Ecoponto de Bady Bassit, onde

ficam estocados até serem coletados pela Reciclanip. Foram coletados 124 toneladas do

Ecoponto de Bady Bassitt no dia 03/09/2014.

6.1.13 Óleo de Cozinha

O descarte impróprio do óleo costumeiramente ocorre pela falta de informação

da população, bem como da inexistência de mecanismos de coleta seletiva e destinação

ambientalmente adequada, o que envolve seu reaproveitamento e/ou reciclagem.

Com a coleta seletiva do óleo de cozinha são evitados impactos decorrentes do

despejo inadequado deste nos ralos de cozinha, tais como a poluição das águas,

entupimento e corrosão das canalizações, o que encarece e pode também inviabilizar o

processo de tratamento destes. Dados da Sabesp indicam que um litro de óleo jogado na

rede de esgoto pode vir a contaminar aproximadamente um milhão de litros d’água.

A Prefeitura de Nova Aliança, a fim de minimizar os impactos ambientais

relativos ao óleo de cozinha, estabeleceu parceria com a empresa Granol para a coleta

deste resíduo. A cada 04 litro de óleo de cozinha usado, o morador pode trocar por 01

litro de óleo novo em pontos destinados à entrega destes materiais, com controle e

quantificação do óleo entregue através de cupons (Figura 12). O óleo é armazenado pela

prefeitura e posteriormente coletado pela empresa quando atinge o volume aproximado

de mil litros.

Figura 12. Cupom disponibilizado para a população para troca de óleo usado por um litro novo.

Para aumentar constantemente essa quantidade, Nova Aliança investe em ações

(folders, campanhas em redes sociais, carro de som) para divulgação da campanha junto

à população (Figura 13), informando sobre a importância da ação e garantindo melhor

desempenho do projeto

Figura 13. Informativo impresso sobre Reciclagem do óleo de cozinha.

6.1.15 Volumosos

São classificados como resíduos volumosos móveis residenciais e de escritório e

madeiras. A coleta desses materiais ocorre por meio do Programa Cidade Limpa, uma

iniciativa da TV Tem em parceria com prefeituras da região de São José do Rio Preto, a

exemplo de Nova Aliança.

O Programa tem por objetivo esclarecer a população sobre os riscos provocados

pelo acúmulo deste tipo de resíduo e motivar a população a participar de um grande

mutirão de limpeza. Para tanto, os munícipes são previamente avisados dos dias da

coleta e são orientados a disponibilizar seus resíduos volumosos na calçada no dia da

coleta.

Em 2014, em Nova Aliança, o programa aconteceu entre os dias 24 e 28 de

Fevereiro. O resultado com as quantidades de resíduos volumosos coletados em cada

dia, está disposto no Quadro a seguir.

Quadro 21: Quantidades de resíduos volumosos coletados em Nova Aliança em 2014.

Dias de coleta Volume coletado

24/02/2014 24.860Kg

25/02/2014 41.270Kg

26/02/2014 21.060Kg

27/02/2014 24.050Kg

28/02/2014 17.440Kg

TOTAL 128.680Kg

A 10 anos em vigor, o Programa já atendeu mais de 21 milhões de pessoas,

tendo beneficiado inúmeras entidades e associações que transformam o material

descartado, por meio da reciclagem, em fonte de renda.

6.2 Áreas Contaminadas

A existência de uma área contaminada pode acarretar diversas complicações,

como danos à saúde, comprometimento da qualidade dos recursos hídricos, degradação

ambiental, além de danos ao patrimônio público e privado.

As áreas contaminadas são originadas por conta do desconhecimento de

procedimentos seguros para o manejo adequado de substâncias perigosas, ao desrespeito

desses procedimentos, bem como, à ocorrência de acidentes ou vazamentos durante o

desenvolvimento dos processos produtivos, de transporte ou de armazenamento de

matérias primas e produtos (CETESB).

Os passivos ambientais podem ser entendidos como a representação da

responsabilidade social e ambiental de uma organização, seja ela pública ou privada;

devendo refletir, por tanto, os esforços – monetários ou não – promovidos pela

instituição para eliminação ou redução de danos ambientais.

Neste contexto, o Poder Público de Nova Aliança pretende diagnosticar as áreas,

públicas e privadas, de passivos ambientais existentes no município, na perspectiva de

responsabilizar os culpados, propor soluções no curto, médio e longo prazo e

desenvolver metodologias de acompanhamento dessas áreas.

A última listagem das áreas contaminadas e reabilitadas no Estado de São Paulo

foi divulgada pela Companhia Ambiental do Estado de São Paulo – CETESB em

Dezembro de 2013. O Município de Nova Aliança apresenta atualmente apenas 1 (um)

empreendimento presente nesta lista, descrito a seguir:

AUTO POSTO GIANINI LTDA

End.: Rua Gotard, 646 – Centro – Nova Aliança

O subsolo e as águas subterrâneas do local encontram-se contaminados devido

ao armazenamento dos combustíveis líquidos (contaminantes). Segundo documentado,

foi realizada a investigação confirmatória, a investigação detalhada e o plano de

intervenção. O processo de remediação da área está em andamento, as medidas para

tanto envolvem o bombeamento e tratamento da água afetada pelos contaminantes.

Classificação: em processo de remediação (ACRe)

6.3 Educação Ambiental

A Educação Ambiental em Nova Aliança tem sua vigência regida pela Lei

Municipal nº 22/09, de 08 de junho de 2009, que “Dispõe sobre a inclusão da Educação

Ambienta de forma transversal na Escola Municipal” e dispõe de um Programa

Municipal de Educação Ambiental

6.3.1 Programa Municipal de Educação Ambiental

Em consonância com o Programa Nacional de Educação Ambiental – ProNEA,

a Política Nacional de Educação Ambiental (Lei nº 9.795, de 27 de Abril de 1999) e a

Política Estadual de Educação Ambiental (Lei nº 12.780, de 30 de Novembro de 2007),

o Programa de Educação Ambiental do município de Nova Aliança estabelece as

diretrizes, os princípios, a missão e os objetivos da Educação Ambiental no Município.

Por Educação Ambiental entende-se o meio para se construir uma sociedade

sustentável, a qual prioriza a qualidade de vida ao vislumbrar um ambiente saudável e

seguro e relações sociais justas. Componente da educação nacional, sua abordagem

envolve ações em nível formal, não-formal e informal, em dimensão transdisciplinar,

visando transformações na sociedade.

Assim, resultado de uma parceria entre a Coordenadoria Municipal de Educação,

a Coordenadoria Municipal de Meio Ambiente e representantes de diferentes setores

sociais, como o Conselho Municipal de Meio Ambiente (COMDEMA), institui-se o

Plano Municipal de Educação Ambiental de Nova Aliança, submetido às diretivas

estabelecidas pelo governo Estadual. Este, em constante avaliação, estará sujeito a

aprimoramentos, revisões de objetivos e estratégias, de acordo com os resultados

obtidos e as discussões referentes ao tema em âmbito local e global, de forma

democrática e participativa.

DIRETRIZES

O Programa Municipal de Educação Ambiental de Nova Aliança tem como base a

construção de uma sociedade sustentável, com qualidade de vida e ambiente seguro e

saudável. Suas ações buscam viabilizar esta construção a partir de práticas educativas,

por meio da disseminação de conhecimentos e atividades que desenvolvam a visão

crítica e participativa/ativa dos munícipes. Para tanto, faz-se necessário considerar às

múltiplas dimensões que constituem a questão ambiental – ecológica, histórica, sócio-

econômica, política, ética, estética e cultural.

Nesta perspectiva o Programa assume as diretrizes a seguir:

- Sustentabilidade socioambiental.

- Transversalidade e multidisciplinaridade.

- Educação Ambiental Formal e Não-Formal.

- Fortalecimento (empowerment) dos munícipes.

- Parceria entre as Coordenadorias de Educação e de Meio Ambiente, poder público e

privado.

PRINCÍPIOS

- A Educação Ambiental deve permitir aos munícipes uma relação sustentável entre si e

com o ambiente. Assim, fazem-se necessários o conhecimento transdisciplinar, o

envolvimento e a participação nas questões ambientais e sociais, locais e globais. A

Educação Ambiental deve ainda permitir o trabalho individual e coletivo para a busca

por soluções a problemas socioambientais atuais, visando minimizar os mesmos no

futuro.

- A Transversalidade e a multidisciplinaridade, abordagens metodológicas que visam

derrubar as barreiras entre as diferentes áreas do conhecimento, relacionando os

diversos saberes e sustentando os conhecimentos socioambientais para minimizar

impactos socioambientais existentes ou ainda os potenciais.

- A Educação é direito de todos e assim se faz em relação à Educação Ambiental, a qual

deve ser inserida nas instituições de ensino regular de forma transdisciplinar, como

previsto nos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) e de forma não-formal, atingindo

diferentes setores sociais do município, preparando os munícipes para uma nova

perspectiva de relação homem-natureza.

- Reconhecimento e respeito às diversidades locais e globais: de seres vivos e seus

respectivos ecossistemas, de saberes, de cultura, de raça, de gênero e de práticas locais.

- Fortalecimento da população, propiciando conhecimentos referentes ao ambiente e

problemas associados, promovendo mudanças de atitudes e valores e estimulando o

envolvimento ativo nas tomadas de decisões do município, levando-se em consideração

as necessidades locais e regionais.

MISSÃO

Fomentar a educação ambiental no município de Nova Aliança – SP

contribuindo para a construção de uma sociedade sustentável a partir de um ambiente

saudável e seguro e de uma população atuante e mais justa.

OBJETIVOS

O Programa de Educação Ambiental tem por objetivo geral fortalecer a população

do município de Nova Aliança para uma participação mais ativa no tocante a tomadas

de decisões referentes aos problemas socioambientais. O mesmo será fundamentado nos

objetivos estabelecidos pelas Políticas Nacional (Lei nº 9.795 de 1999) e Estadual (Lei

nº 12.780 de 2007) de Educação Ambiental na perspectiva de construção de uma

sociedade sustentável. Para tanto se faz necessário:

- Promover atividades de Educação Ambiental não-formal e formal que conscientizem e

sensibilizem os munícipes a respeito das dimensões e dos problemas referentes à

sociedade e ao meio ambiente.

- Desenvolver capacidades de solucionar problemas e de engajar-se em processos de

mudanças que permitam reforçar atitudes ambientalmente corretas individuais e

coletivas da população.

- Propiciar conhecimentos na área ambiental de maneira transversal e multidisciplinar,

na escola regular e em cursos, palestras e eventos com os diferentes setores do

município.

- Estabelecer parcerias entre as Coordenadorias de Educação e de Meio Ambiente.

PÚBLICOS

O Programa de Educação Ambiental de Nova Aliança pretende abranger os

diferentes grupos sociais que compõem o município, considerando e respeitando as

particularidades e diversidades de cada público, tais como:

- Grupos em condições socioambientais desfavoráveis;

- Poder Público, Promotores Ambientais e tomadores de decisão que atinjam as

questões socioambientais;

- Gestores de recursos ambientais, de órgãos públicos e sociedade civil.

- Membros das instituições de ensino regular fundamental e superior: diretores,

professores, estudantes e demais funcionários;

- Lideranças dos diferentes grupos sociais locais, agentes comunitários e de saúde;

- Grupos de voluntários;

- Meios de comunicação;

- Moradores em geral;

LINHAS DE AÇÃO E AS ESTRATÉGIAS

O Programa Municipal de Educação Ambiental de Nova Aliança parte de duas

linhas de ações bases e suas respectivas estratégias. A primeira linha refere-se à

divulgação dos conhecimentos referentes ao funcionamento dos sistemas naturais e

artificiais, considerando-se as múltiplas dimensões que envolvem a questão ambiental:

histórica, política, econômica, social, cultural, ética e estética. Já a segunda linha trata

da mobilização do público: autoridades, educadores, gestores, lideranças, para uma

gestão participativa nas tomadas de decisões que afetam a população e o ambiente local.

No tocante à divulgação dos conhecimentos, deve-se considerar a abordagem

dos conteúdos:

- de forma transdisciplinar e multidisciplinar, integrando os conhecimentos das

diferentes áreas de conhecimento, para que o ambiente seja entendido em sua totalidade

e complexidade, permitindo se pensar soluções aos problemas ambientais presentes e

minimizar impactos futuros;

- em instituições de ensino formal e em seus diferentes níveis, obedecendo ao caráter

multi e transdisciplinar, a interação entre os professores, destes com os alunos, a direção

e os demais funcionários atuantes no município;

- por meio de cursos, palestras e encontros promover a educação ambiental não-formal,

propiciando acesso ao conhecimento e formação continuada de grupos condições social

e ambiental vulneráveis, educadores, gestores ambientais, agentes comunitários e

lideranças, grupos de voluntários, membros de órgãos relacionados aos meios de

comunicação e munícipes em geral;

- de maneira permanente, por intermédio de materiais educativos e meios de

comunicação que atinja grande parcela da população.

No que se refere à mobilização social, deve-se abordar:

- a sensibilização referente às questões ambientais e sua importância para a manutenção

da vida e de sua qualidade no planeta;

- a mudança de atitude e de valor que motivem ações que permitam a melhoria das

condições socioambientais;

- a identificação e resolução de problemas socioambientais;

- a possibilidade de produção de novos conhecimentos e avaliação contínua do processo

em desenvolvimento;

- a elaboração de materiais didático-pedagógicos que considerem a diversidade

ecológica e de grupos sociais local;

- as políticas, programas e projetos de educação ambiental vigentes, a fim de analisá-los

e avaliá-los para que se aperfeiçoem a partir das necessidades locais.

ESTRUTURA ORGANIZACIONAL

O Programa Municipal de Educação Ambiental de Nova Aliança – SP será

executado pela parceria estabelecida entre as coordenadorias do Meio Ambiente e da

Educação. Estas por sua vez, estão submetidas as suas respectivas Secretarias Estaduais

e à administração pública. Esse conjunto dará os fundamentos norteadores das

atividades a serem realizadas nos diferentes setores locais: na rede municipal de ensino,

com os gestores de recursos ambientais, as lideranças dos diversos grupos sociais locais

e os meios de comunicação.

Rede municipal de ensino, Gestores de recursos ambientais, Lideranças de grupos sociais locais e Meios de comunicação

Plano Municipal de Educação Ambiental de Nova Aliança

Coordenadoria de Educação Coordenadoria de Meio Ambiente

Política Estadual de Educação Ambiental

Secretaria Estadual de Educação Secretaria Estadual de Meio Ambiente

Programa Nacional de Educação Ambiental - ProNEA

MEC MMA

6.4 Síntese do Diagnóstico

Nesta seção serão apresentados os pontos críticos passíveis de melhorias

destacados no estudo do diagnóstico dos resíduos sólidos do município de Nova

Alianças de forma sistematizada no Quadro 22. Esses dados serão a base para a

elaboração de ações futuras e soluções sustentáveis em cenários de curto, médio e longo

prazo.

Quadro 22: Síntese do diagnóstico dos resíduos de Nova Aliança.

Resíduo Deficiência ou Carência

Domiciliar Convencional Carência de programa específico de coleta, transporte e

reaproveitamento dos resíduos úmidos no município.

Domiciliar Seletivo Carência de cooperativa de catadores no município.

Carência de central de triagem no município.

Sólido de Limpeza Urbana Carência de controle da geração desses resíduos.

Serviço de Saúde Carência de ação específica que exija a apresentação de

plano de gerenciamento de resíduos de

estabelecimentos de serviço de saúde não públicos do

município.

Cadáveres de Animais Carência de ação específica para recolha e destinação

correta de cadáveres de animais.

Cemiteriais Carência da exigência de utilização de manta

absorvente de necrochorume em sepultamentos.

Construção Civil

Carência de ação específica que exija a apresentação de

plano de gerenciamento de resíduos dos grandes

geradores de resíduos da construção civil.

Carência de Ecoponto no município.

Carência de controle da geração desses resíduos.

Industriais Carência de ação específica que exija a apresentação de

plano de gerenciamento de resíduos das indústrias do

município.

Saneamento Carência de ação específica para este tipo de resíduo.

Zona Rural Carência de pontos destinados a coleta dos resíduos da

zona rural.

Agrossilvopastoris Carência de ação junto aos comerciantes e geradores de

resíduos agrossilvopastoris para esclarecimento e

incentivo da logística reversa desses produtos/

resíduos.

Eletrônicos Carência de controle da geração desses resíduos.

Pneumáticos Carência de controle da geração desses resíduos.

Óleo de Cozinha Carência de controle da geração desses resíduos.

Lâmpadas Fluorescentes Carência de programa específico para este tipo de

resíduo.

7 PROGNÓSTICO

O prognóstico para a gestão dos resíduos sólidos em Nova Aliança foi proposto

com base nas informações obtidas por meio do diagnóstico realizado no município. A

partir das informações, propôs-se ações a curto (3 anos), médio (10 anos) e longo prazo

(20 anos), para a construção de soluções sustentáveis no gerenciamento dos resíduos

sólidos do município, a fim de sanar deficiências e dificuldades encontradas.

7.1 Resíduos Domiciliares

7.1.1 Resíduos recicláveis

Os resíduos recicláveis de Nova Aliança atualmente são coletados e

transportados pela Prefeitura e destinados para a Cooperlagos, cooperativa localizada no

município vizinho de São José do Rio Preto, a qual recebe os resíduos sem custos. No

entanto, Nova Aliança visa aproveitar o potencial econômico e social dos resíduos

recicláveis e disponibilizar uma área de triagem destes resíduos para posterior venda dos

mesmos.

Objetivos: Garantir a destinação ambientalmente adequada dos resíduos recicláveis

município.

Meta: Ter 100% dos resíduos recicláveis triados e vendidos pelo município até 2034.

Ações:

Curto prazo (2017): Viabilizar uma área para a construção de uma área de triagem de

resíduos recicláveis. Buscar órgãos para financiamento, parcerias e/ou ações

intermunicipais que efetivem a construção da área de triagem. Iniciar a construção e a

operacionalização da área de triagem.

Médio prazo (2024): Finalizar a construção e iniciar os trabalhos triagem e venda dos

resíduos recicláveis.

Longo prazo (2034): Manter as atividades de triagem e venda dos resíduos recicláveis

gerados no município.

7.1.2 Criação de uma Associação de Coletores de Recicláveis

Considerando o potencial econômico e social dos materiais recicláveis, a

prefeitura de Nova Aliança visa organizar os catadores informais presentes no

município para a formação de uma Associação, tornando-os trabalhadores formais e

proporcionando condições adequadas e dignas de trabalho. Não é possível para um

município do porte de Nova Aliança a consolidação de uma cooperativa, tendo em vista

que, de acordo com a Lei 5764/1971, este tipo de organização deve ter no mínimo o

número de 20 (vinte) pessoas físicas cooperadas e produzir capital social que mantenha

este número de cooperados.

Objetivos: Garantir a formalidade dos catadores de resíduos recicláveis no município

em uma associação.

Meta: Ter 100% dos catadores de resíduos recicláveis cadastrados e formalizados no

município até 2034.

Ações:

Curto prazo (2017): Levantar os catadores informais do município. Realizar um

trabalho social, orientativo, técnico, administrativo e de educação ambiental salientando

a importância e as vantagens de pertencer a uma Associação.

Médio prazo (2024): Formalizar a criação da Associação de Catadores de Resíduos

Recicláveis de Nova Aliança. Dar continuidade as atividades sociais, técnicas,

administrativa e de educação ambiental estipuladas a curto prazo, bem como

desenvolver outras relativas a qualidade de vida, trabalho, saúde e administração da

Associação.

Longo prazo (2034): Manter as atividades sociais e de educação ambiental previstas a

médio prazo.

7.1.3 Resíduos úmidos

Os resíduos úmidos constituem a maior parcela dos resíduos domiciliares

coletados no município. No entanto, Nova Aliança não dispõe de nenhum programa que

promova a reutilização ou reciclagem dos mesmos através de técnicas de compostagem,

sendo os resíduos úmidos coletados na coleta domiciliar convencional e destinados ao a

Constroeste, devidamente licenciado, onde é feita de maneira regular a compostagem.

Dessa forma, é desejo da Prefeitura difundir a ação de compostagem dos

materiais orgânicos por meio da compostagem no município, garantindo ao máximo o

reaproveitamento destes resíduos e reduzindo os custos com sua disposição no aterro

sanitário da Constroeste.

Objetivos: Garantir a compostagem e o reaproveitamento dos resíduos úmidos no

município.

Meta: Ter 100% dos resíduos úmidos destinados ao processo de compostagem no

município até 2034.

Ações:

Curto prazo (2017): Proporcionar ações de educação ambiental que informem e

orientem os munícipes na realização de compostagem nos domicílios. Viabilizar uma

área para a construção de uma Usina de Compostagem. Buscar órgãos para

financiamento, parcerias e/ou ações intermunicipais que efetivem a construção de uma

Usina de Compostagem. Iniciar a construção e a operacionalização da Usina de

Compostagem.

Médio prazo (2024): Finalizar a construção e iniciar os trabalhos da Usina de

Compostagem. Dar continuidade às ações propostas, no âmbito da educação ambiental,

definidas a curto prazo.

Longo prazo (2034): Dar continuidade às ações propostas de educação ambiental a

curto e médio prazo. Manter em operação a Usina de Compostagem.

7.2 Resíduos de Limpeza Urbana

7.2.1 Coletores

Na perspectiva de aumentar a participação social da população na contribuição

com o sistema de coleta seletiva e destinação final ambientalmente adequada dos

resíduos sólidos do município, a Prefeitura pretende instalar novos coletores em pontos

públicos estratégicos, como instituições de ensino municipais, praças, ginásios

esportivos e demais pontos que tenham grande circulação de pessoas. A proposta

pretende aprimorar o sistema da coleta seletiva municipal, auxiliando os munícipes a

destinarem corretamente e com maior facilidade seus resíduos, principalmente aqueles

gerados fora das residências.

Objetivos: Contribuir para a consolidação do descarte dos resíduos sólidos em áreas

públicas.

Meta: Cumprir 100% do cronograma de disponibilização de coletores de resíduos em

áreas públicas até 2034.

Ações:

Curto prazo (2017): Definir o número de coletores e os pontos a serem instalados e

criar um cronograma de instalação. Instalar os coletores.

Médio prazo (2024): Dar manutenção aos coletores já instalados. Reavaliar os locais

em que estão instalados os coletores e a necessidade de novos pontos, criando um novo

cronograma de instalação, se necessário.

Longo prazo (2034): Dar continuidade às ações propostas estipuladas a médio prazo.

7.3 Resíduos da Construção Civil

7.3.1 Áreas de descarte irregular

A Construção Civil é um segmento produtivo importante no país e gera volumes

significativos de resíduos, que se não forem corretamente gerenciados podem acarretar

problemas de ordem estética, ambiental e de saúde pública, além de sobrecarregar os

sistemas de limpeza compartilhada.

Tendo em vista a identificação de áreas de descarte irregular em Nova Aliança e

visando combater essa prática ambientalmente inadequada, a Prefeitura tem como ação

intensificar a fiscalização dessas áreas, bem como buscar responsabilizar os geradores

que não cumprirem as obrigações legais no que se refere ao correto gerenciamento deste

tipo de resíduo.

Objetivos: Evitar áreas de passivos ambientais resultantes do descarte de resíduos da

construção civil.

Meta: Eliminar 100% dos pontos de descarte inadequado de resíduos da construção

civil no município até 2034.

Ações

Curto prazo (2017): Intensificar a fiscalização das áreas atualmente conhecidas.

Desenvolver atividades de educação ambiental com a população para esclarecimento da

importância do descarte ambientalmente adequado, bem como dos pontos autorizados à

entrega voluntária desse tipo de resíduo.

Ação de médio prazo (2024): Atualizar as informações referentes aos pontos de

descarte de resíduos da construção civil. Manter a fiscalização das áreas conhecidas.

Dar continuidade as atividades de educação ambiental.

Ação de Longo Prazo (2034): Dar continuidade às ações propostas estipuladas a médio

prazo.

7.3.2 Plano de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil

Atualmente a prefeitura não tem um controle sistematizado do número de

atividades de construção civil em andamento no município, mesmo a Prefeitura sendo

responsável pela coleta dos resíduos gerados pelos munícipes. A fim de tornar eficaz a

coleta e destinação de resíduos da construção civil, a Prefeitura cobrará dos grandes

geradores, aqueles que excedem em sua totalidade o volume de 1m3 (um metro cúbico)

por semana, um Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Construção Civil.

Objetivos: Conhecer e responsabilizar a destinação dos resíduos da construção civil de

grandes geradores do município e cumprir a exigência da PNRS.

Meta: Cobrar, fiscalizar e acompanhar a destinação final e o Projeto de Gerenciamento

de Resíduos da Construção Civil de 100% dos grandes geradores deste tipo de resíduos

(mais de 1 m3/ semana) no município de Nova Aliança até 2034, desconsiderando os

grandes geradores que sejam objeto de licenciamento ambiental.

Ações

Curto prazo (2017): Criar Legislação específica que disponha sobre o Cadastramento

dos geradores de resíduos da construção civil do município, a apresentação do Plano de

Gerenciamento de Resíduo da Construção Civil, definindo formas e locais de

destinação, quais geradores deverão apresentar o Plano e as penalidades e sansões

restritivas aos estabelecimentos que não elaborarem e protocolarem junto a Prefeitura

seus respectivos planos. Notificar todos os geradores de resíduos da construção civil no

município para realizarem seus cadastramentos junto a Prefeitura. Cobrar e fiscalizar a

entrega dos Planos.

Ação de médio prazo (2024): Dar continuidade às ações propostas estipuladas a curto

prazo. Cobrar a entrega dos Planos e intensificar a fiscalização.

Ação de Longo Prazo (2034): Dar continuidade às ações propostas estipuladas a curto

e médio prazo.

7.3.3 Área para descarte ambientalmente adequado de Resíduos da Construção

Civil

A prefeitura de Nova Aliança é responsável pela coleta dos resíduos da

construção civil produzidos em obras públicas ou não, em todo o município,

destinando-os para aterro devidamente licenciado. A fim de reduzir custos e garantir a

eficiência do serviço prestado, a prefeitura está viabilizando uma área para a construção

de um local de triagem e reciclagem de resíduos da construção civil.

Objetivos: Destinar de forma ambientalmente correta os resíduos da construção civil no

município de Nova Aliança.

Meta: Coletar e dar destinação final ambientalmente adequada para 100% dos resíduos

da construção civil gerados em Nova Aliança até 2034.

Ações

Curto prazo (2017): Licenciar área para a construção de uma área de triagem e

reciclagem de resíduos da construção civil. Buscar órgãos para financiamento, parcerias

e/ou ações intermunicipais que efetivem a construção de área de triagem e reciclagem

de resíduos da construção civil. Iniciar a construção e a operacionalização da estrutura

de triagem e reciclagem de resíduos da construção civil.

Ação de médio prazo (2024): Finalizar a construção da área de triagem e reciclagem de

resíduos da construção civil e dar continuidade em suas atividades.

Ação de Longo Prazo (2034): Manter em funcionamento a área de triagem e

reciclagem de resíduos na construção civil.

7.4 Ecoponto

Os Ecopontos são conhecidos como áreas públicas criadas para a captação de

pequenas quantidades de entulho e demais resíduos de construção civil entregues por

pequenos geradores (até 1,0 m³). Em alguns casos, os Ecopontos servem também como

ponto de entrega para outros tipos de resíduos como lâmpadas fluorescentes, pneus,

móveis usados, poda, entre outros.

Atualmente Nova Aliança não dispõe de uma área de Ecoponto na cidade, mas

estuda viabilidade de uma área para essa finalidade no município. Pretende-se também

elaborar ações de educação ambiental que orientem a população a respeito da

importância de um Ecoponto para o município e para a seguridade da saúde ambiental e

humana.

Objetivos: Garantir a eficiência e eficácia da coleta e destinação ambientalmente

adequada de RCC (pequenos geradores – até 1 m3 por semana), resíduos de poda, pneus,

lâmpadas fluorescentes e móveis usados.

Meta: Coletar e destinar adequadamente 100% do RCC dos pequenos geradores,

resíduos de poda, pneus, lâmpadas fluorescentes e móveis usados coletados até 2034.

Ações:

Curto prazo (2017): Viabilizar uma área para a construção de 01 Ecoponto. Buscar

órgãos para financiamento, parcerias e/ou ações intermunicipais que viabilizem a

construção de um Ecoponto. Iniciar a construção e a operacionalização do Ecoponto.

Elaborar ações de educação ambiental para esclarecimento do que é e qual a

importância de um Ecoponto para o município e informar sobre os resíduos que poderão

ser entregues no Ecoponto.

Médio prazo (2024): Dar manutenção ao Ecoponto e continuidade as ações de

educação ambiental.

Longo prazo (2034): Dar continuidade às ações propostas estipuladas a médio prazo e

avaliar necessidade da construção de um novo Ecoponto.

7.5 Logística reversa

7.5.1 Óleo de cozinha usado e lixo eletrônico

Nova Aliança conta hoje com um programa voltado à recolha de óleo de cozinha

e outro voltado ao lixo eletrônico, tendo em vista os impactos ambientais negativos

resultantes da disposição inadequada de ambos no ambiente. A fim de garantir a

participação dos munícipes na entrega destes resíduos, a saúde da população e a

qualidade ambiental, a prefeitura pretende manter as atividades de educação ambiental

junto à população.

Objetivos: Garantir e aprimorar a eficiência da coleta e destinação ambientalmente

adequada do óleo de cozinha usado e do lixo eletrônico do município.

Meta: Coletar e destinar adequadamente 100% do óleo de cozinha usado e do lixo

eletrônico coletado até 2034.

Ações:

Curto prazo (2017): Dar continuidade ao programa de coleta de óleo e de lixo

eletrônico, já em andamento no município. Proporcionar ações de educação ambiental

no propósito de manter a população participativa na entrega do óleo usado e do lixo

eletrônico nos pontos de recebimento.

Médio prazo (2024): Buscar novas opções de melhoria (campanhas, benefícios,

tecnologias) e dar continuidade as propostas estipuladas a curto prazo.

Longo prazo (2034): Manter a busca por novas opções de melhoria (campanhas,

benefícios, tecnologias) e dar continuidade às ações propostas estipuladas a curto e a

médio prazo.

7.6 Resíduos da Zona Rural

Nova Aliança conta com cerca de 351 propriedades rurais. Por se tratar de uma

área relativamente ampla e em muitos casos de difícil acesso para a prefeitura, cabe aos

proprietários rurais a disposição final de seus resíduos, ficando sob sua responsabilidade

o encaminhamento de seus resíduos gerados até locais no perímetro urbano onde a

prefeitura faz coleta domiciliar convencional.

No intuito de gerar melhorias na coleta dos resíduos da zona rural, a prefeitura

visa disponibilizar locais de entrega voluntária de resíduos nas zonas rurais, de forma a

possibilitar a implementação de um sistema de coleta na área rural e estimular a

participação da população dessas áreas na destinação adequada dos resíduos e rejeitos

gerados.

Objetivos: Evitar o descarte inadequado de resíduos sólidos e rejeitos na zona rural.

Meta: Coletar 100% dos resíduos sólidos e rejeitos da zona rural de Nova Aliança até

2034.

Ações:

Curto prazo (2017): Definir locais estratégicos da zona rural para a instalação de locais

de entrega voluntária e coleta de resíduos e rejeitos gerados e o número de pontos a

serem efetivados. Criar um cronograma de instalação e coleta. Realizar as instalações e

iniciar as coletas. Promover ações de educação ambiental para orientar a população da

zona rural a respeito das novas medidas.

Médio prazo (2024): Manter os locais de coleta ativos. Reavaliar os pontos pré-

estabelecidos e a necessidade de criação de novos locais, bem como de um novo

cronograma de instalação e coleta. Dar continuidade as ações de educação ambiental.

Longo prazo (2034): Dar continuidade às ações propostas estabelecidas a médio prazo.

7.7 Resíduos Agrossilvopastoris

7.7.1 Capacitação sobre resíduos agrossilvopastoris de agricultores

Os resíduos agrossilvopastoris contemplam uma grande variedade de resíduos,

orgânicos e inorgânicos que, quando destinados de maneira inadequada ao ambiente,

geram impactos negativos significativos no mesmo. Na intenção de conscientizar os

envolvidos com resíduos agrossilvopastoris sobre a correta gestão deste tipo de resíduo

no município, a Prefeitura pretende definir um calendário de capacitações visando à

Objetivos: Promover o descarte ambientalmente adequado de resíduos

agrossilvopastoris.

Meta: Cumprir 100% do cronograma de capacitação agricultores até 2034.

Ações:

Curto prazo (2017): Realizar o treinamento dos agricultores do município. Fazer um

levantamento da demanda do setor em relação ao descarte/destinação de embalagens,

sobras e produtos agrossilvopastoris. Criar um cronograma de capacitação na temática

proposta. Iniciar as reuniões de capacitação.

Médio prazo (2024): Manter atualizado o cadastro de agricultores do município.

Reavaliar o cronograma de capacitação levando-se em consideração os resultados

obtidos e as demandas averiguadas.

Longo prazo(2034): Dar continuidade às ações propostas estipuladas a médio prazo.

7.8 Resíduos de Serviço de Saúde

7.8.1 Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço de Saúde

No município Nova Aliança a prefeitura se responsabiliza somente por garantir a

correta segregação dos resíduos em sua origem nos estabelecimentos públicos, ficando a

coleta, transporte e destinação final ambientalmente correta a cargo da Empresa

Constroeste, devidamente licenciada pela CETESB e demais órgãos fiscalizadores.

A fim de melhorar a gestão e o gerenciamento dos resíduos do serviço de saúde

do município, a prefeitura exigirá dos estabelecimentos de saúde, públicos e privados, a

elaboração e entrega dos planos de gerenciamento dos RSS. Dessa forma conhecerá a

destinação dos resíduos de serviço de saúde do município, garantirá o cumprimento da

responsabilidade sobre os resíduos gerados pelos estabelecimentos particulares de saúde

e cumprirá as exigências previstas na PNRS.

Objetivos: Conhecer a destinação dos resíduos de serviço de saúde do município e

cumprir à exigência da PNRS.

Meta: Obter o Plano de Gerenciamento de Resíduos do Serviço de Saúde de 100% dos

estabelecimentos públicos e privados em atividade no município de Nova Aliança até

2034.

Ações

Curto prazo (2017): Criar Legislação específica que disponha sobre o cadastramento

dos geradores de resíduos de serviço de saúde do município, e a elaboração de seus

respectivos Planos de Gerenciamento de Resíduo de Serviço de Saúde, definindo os

estabelecimentos que deverão apresentar o Plano e as penalidades e sansões restritivas

aos estabelecimentos que não elaborarem e protocolarem junto a Prefeitura seus

respectivos planos. Notificar todos os estabelecimentos geradores de resíduos de serviço

de saúde no município para realizarem seus cadastramentos junto a Prefeitura.

Ação de médio prazo (2024): Intensificar a cobrança da realização do cadastramento

dos geradores de resíduos de serviço de saúde. Notificar estabelecimentos já cadastrados

ou não junto a prefeitura para elaborarem o Plano de Gerenciamento de Resíduos de

Serviço de Saúde. Protocolar cópias do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviço

de Saúde.

Ação de Longo Prazo (2034): Intensificar a cobrança do Cadastramento e da entrega

do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Saúde.

7.9 Resíduos Sólidos Industriais

7.9.1 Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais

Em Nova Aliança, os resíduos industriais são de responsabilidade de seus

geradores, restando à prefeitura apenas a coleta e destinação dos resíduos domiciliares.

No entanto ainda não é exigido pela prefeitura a elaboração e entrega dos planos de

gerenciamento dos resíduos industriais dos empreendimentos que atuam no município.

Visando cumprir as exigências dispostas na PNRS, incluindo a Logística

Reversa, a prefeitura exigirá das indústrias localizadas no município a apresentação de

Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais, de forma a conhecer a

destinação dos resíduos industriais do município e atestar o cumprimento da

responsabilidade desses estabelecimentos.

Objetivos: Conhecer a destinação dos resíduos sólidos industriais do município e

cumprir a exigência da PNRS.

Meta: Obter o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos Industriais de 100% das

indústrias em atividade no município de Nova Aliança até 2034.

Ações

Curto prazo (2017): Criar Legislação específica para o Cadastramento e para

elaboração de Plano de Gerenciamento dos Resíduos Sólidos, incluindo penalidades e

sansões restritivas quanto a não elaboração e protocolo junto a prefeitura. Notificar

todas as indústrias instaladas no município para realizarem o seu cadastramento a

Prefeitura.

Ação de médio prazo (2024): Intensificar a cobrança do Cadastramento dos Resíduos

Sólidos Industriais dos geradores. Notificar as indústrias instaladas no município para

elaborarem seus respectivos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos, bem como

protocolar cópias dos mesmos junto a prefeitura.

Ação de Longo Prazo (2034): Intensificar a cobrança do Cadastramento e do Plano de

Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

8 ÁREA FAVORÁVEL PARA A DISPOSIÇÃO DOS REJEITOS NO

MUNICÍPIO

A prefeitura de Nova Aliança, responsável pela disposição final dos resíduos

sólidos domiciliares, utilizou o Aterro Sanitário Controlado em Valas para tal finalidade

até o primeiro semestre de 2013, quando o mesmo foi encerrado.

A capacidade volumétrica do aterro de Nova Aliança era de 550 toneladas,

sendo suas células de armazenamento com dimensões de 6,0 x 3,0 x 25,0 metros. Os

resíduos provenientes da coleta realizada na cidade eram dispostos nas valas 3 (três)

vezes por semana e por fim as mesmas são fechadas. Essa área de disposição dos

resíduos não possuía impermeabilização, coleta de gás e coleta/tratamento de chorume,

não havendo também poços de monitoramento do solo e água.

Um contrato foi estabelecido com a Constroeste em maio de 2013, ficando a

cargo da prefeitura a coleta dos resíduos domiciliares e encaminhamento para a empresa

licenciada e localizada em Onda Verde.

Em 20 de setembro de 2013 houve uma cerimônia simbólica de encerramento do

Aterro em Vala de Nova Aliança como comemoração do Dia da árvore. Os alunos e

professores da Escola Nicolina, de Nova Itapirema, participaram da palestra

“Arborização” e do plantio simbólico pelas 1.000 mudas no aterro encerrado, além de

atividades dinâmicas em comemoração ao Dia da Árvore. O evento contou com a

presença de membros da CETESB, Policia Militar Ambiental e Secretaria Estadual de

Meio Ambiente.

9 A FORMALIZAÇÃO DE CONSÓRCIOS OU CONVÊNIOS PÚBLICOS

9.1 Resíduos pneumáticos

No tocante ao gerenciamento dos resíduos sólidos do município de Nova

Aliança, o município passou a integrar o Consórcio de Municípios preexistente entre os

municípios de Bady Bassit e Potirendaba e a Associação RECICLANIP. O aditivo que

incluiu o município de Nova Aliança foi assinado pelas partes no dia 18 de junho de

2014. É objetivo do Convênio desenvolver ações conjuntas e integradas, visando a

proteção do meio ambiente através da destinação ambientalmente adequada dos

pneumáticos inservíveis.

10 GERADORES DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO E PLANO DE

GERENCIAMENTO

Conforme detectado no Diagnóstico, atualmente o município de Nova Aliança

não exige Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos aos geradores de Resíduos de

Serviço de Saúde, de Construção Civil e Industriais. Para cumprimento da PNRS, que

prevê Plano de Gerenciamento de Resíduos para estes setores, a prefeitura tem por

meta, até 2034, o cadastrado e o Plano protocolizado junto a prefeitura de 100% de seus

geradores.

Assim, no Prognóstico apresentado neste documento, em curto prazo (2017) a

prefeitura visa cadastrar todos os geradores de Resíduos de Saúde e de Resíduos

Industriais e, a partir de 2024 a protocolização dos respectivos Planos. Para os grandes

geradores de Resíduos da Construção Civil o prazo para o cadastro e apresentação do

Plano seria até 2017. Nos três casos estão previstas legislações específicas referentes ao

conteúdo do Plano, geradores que devem se cadastrar e elaborar o Plano, bem como as

penalidades e sansões restritivas aos geradores que não cumprirem o previsto por Lei

Municipal e fiscalização.

11 GERADORES DE RESÍDUOS SÓLIDOS NO MUNICÍPIO E LOGÍSTICA

REVERSA

A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) conceitua a Logística Reversa

como um instrumento de desenvolvimento econômico e social destinado a viabilizar a

coleta e a restituição dos resíduos sólidos ao setor empresarial. Nesta perspectiva o

conceito abrange a devolução, a coleta e o retorno de resíduos para o processo

produtivo, com vistas à sua valorização.

Cada setor desenvolve acordos específicos para o cumprimento da Logística

Reversa. Entendendo-se por “acordo setorial” o ato de natureza contratual, ou seja,

fundado no acordo de vontade, a ser firmado entre o poder público e fabricantes,

importadores, distribuidores ou comerciantes, tendo em vista a implantação da

responsabilidade compartilhada pelo ciclo de vida do produto, em especial para o fim do

estabelecimento dos sistemas de logística reversa.

O município aguarda a formalização dos acordos setoriais junto ao Ministério do

Meio Ambiente, bem como de Responsabilidade Pós-Consumo junto a Secretaria

Estadual de Meio Ambiente para estabelecer a discussão com todos envolvidos, quando

necessário e viável.

Assim, há um rol de produtos que geram resíduos de significativo impacto

ambiental após serem consumidos, para os quais devem ser apresentadas propostas de

implantação de responsabilidade pós-consumo para fins de recolhimento, tratamento e

destinação final de resíduos, indicando ações e metas concretas para sua viabilização.

Dos resíduos determinados como obrigatórios pelo PNRS se tem:

- pilhas e baterias;

- embalagens de produtos de higiene pessoal, perfumaria, cosméticos, de

limpeza e afins;

- embalagens plásticas usadas de lubrificantes e óleos lubrificantes;

- pneus;

- produtos eletroeletrônicos e seus componentes.

12 AÇÕES DE CONTINGÊNCIA EM SITUAÇÕES DE URGÊNCIA E

EMERGÊNCIA

As ações de Contingência (Quadro 22) a seguir foram elaboradas com a

finalidade de orientar os tomadores de decisão quanto a possíveis ocorrências que

venham prejudicar o sistema de gestão de resíduos sólidos no município.

Quadro 23: Ações de contingência do município de Nova Aliança.

Ocorrência Origem Ações de Contingência

Coleta

Interrupção do

serviço de varrição Greve geral dos servidores

municipais.

Acionar equipe terceirizada

especializada para

emergências;

Promover campanhas para

conscientizar a população a

conservar a cidade limpa.

Interrupção do

serviço de

manutenção de

áreas verdes

Greve geral dos servidores

municipais.

Acionar equipe terceirizada

especializada para

emergências.

Tombamentos de

árvores em massa

Vendavais;

Tempestades.

Acionar Corpo de

Bombeiros;

Acionar Defesa Civil;

Acionar Central de Energia

Elétrica;

Acionar equipe

especializada para retirada

das árvores e limpeza

pública;

Acionar plano operacional

para mitigação e disposição

dos resíduos verdes.

Interrupção do

serviço de coleta de

resíduos especiais e

volumosos

Greve geral dos servidores

municipais;

Problemas na frota

veicular.

Acionar equipe terceirizada

especializada para

emergências;

Providenciar a manutenção

ou substituição dos veículos

avariados.

Interrupção do

sistema de Coleta

Domiciliar

Convencional

Greve geral dos servidores

municipais;

Problemas na frota

veicular.

Acionar equipe terceirizada

especializada para

emergências;

Providenciar a manutenção

ou substituição dos veículos

avariados.

Interrupção do

sistema de Coleta Greve geral dos servidores

municipais;

Acionar equipe terceirizada

especializada para

dos Resíduos de

Serviços de Saúde Problemas na frota

veicular.

emergências;

Providenciar a manutenção

ou substituição dos veículos

avariados.

Interrupção do

sistema de Coleta

Domiciliar Seletiva

Greve geral dos servidores

municipais;

Problemas na frota

veicular.

Acionar equipe terceirizada

especializada para

emergências;

Providenciar a manutenção

ou substituição dos veículos

avariados.

Disposição Final

Interrupção parcial

da operação da vala

séptica

Greve geral dos servidores

municipais;

Problemas na frota

veicular.

Acionar equipe terceirizada

especializada para

emergências;

Providenciar a manutenção

ou substituição dos veículos

avariados.

Interrupção total da

operação da vala

séptica

Greve geral;

Esgotamento da área de

disposição;

Vazamento Tóxico;

Contaminação do lençol

freático;

Embargo por algum órgão

fiscalizador.

Acionar órgão ambiental

responsável;

Providenciar outro local (de

acordo com as legislações

necessárias) para a

disposição final dos rejeitos.

Disposição irregular

de resíduos não

perigosos em área

particular

Acidentes ambientais;

Negligência operacional;

Negligência administrativa.

Fazer a identificação dos

resíduos;

Identificar e autuar os

responsáveis

Exigir a limpeza do local

Disposição irregular

de resíduos não

perigosos no

limítrofe

Municipal– autor

conhecido

Acidentes ambientais;

Negligência operacional;

Negligência administrativa.

Fazer a identificação dos

resíduos;

Identificar e autuar os

responsáveis

Exigir a limpeza do local

Disposição irregular

de resíduos não

perigosos no

limítrofe Municipal

– autor

desconhecido

Acidentes ambientais;

Negligência operacional;

Negligência administrativa.

Acionar as equipesde

limpeza pública

Disposição irregular

de resíduos não

perigosos em áreas

de APPs – autor

conhecido

Acidentes ambientais;

Negligência operacional;

Negligência administrativa.

Acionar a Polícia

Ambiental;

Identificar e autuar os

responsáveis;

Exigir a limpeza do local.

Exigir a recomposição da

área.

Disposição irregular

de resíduos não

perigosos em áreas

de APPs – autor

desconhecido

Acidentes ambientais;

Negligência operacional;

Negligência administrativa.

Acionar a Polícia

Ambiental;

Identificar e autuar os

responsáveis;

Providenciar a limpeza do

local;

Acionar plano de

recomposição da área.

Disposição irregular

de resíduos

perigosos

Acidentes ambientais;

Negligência operacional;

Negligência administrativa.

Acionar defesa Civil;

Acionar corpo de

bombeiros;

Acionar órgão ambiental

competente;

Identificar o produto;

Isolar e sinalizar a área;

Determinar a limpeza e a

destinação adequada aos

resíduos;

Determinar e acompanhar a

recuperação ambiental;

Notificar e multar o autor do

despejo, se conhecido, o

proprietário da área ou o

fabricante do produto.

Em caso de acidentes com resíduos sólidos que possam colocar em risco a saúde

pública, ou causar prejuízo ao meio ambiente, deve ser feita a comunicação do dano à

Coordenadoria de Obras e Serviços ou a Coordenadoria de Meio Ambiente da

Prefeitura.

O órgão público acionado deve providenciar o isolamento da área, a retirada das

pessoas em situação de risco e, se possível, efetuar a remoção dos resíduos.

Os custos dos procedimentos para reparar o dano correrão por conta do

causador, em solidariedade com o responsável pelo transporte e pela destinação final do

resíduo.

13 REVISÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE

RESÍDUOS SÓLIDOS DE NOVA ALIANÇA - SP

Com base na Política Nacional de Resíduos Sólidos, instituída pela Lei n°

12.305/2010, os Planos Municipais de Gestão de Resíduos Sólidos deverão ser

avaliados a cada 04 anos ou em intervalos menores de tempo se julgado estratégico pela

administração pública, como é o caso da presente revisão. A revisão será realizada com

base nos indicadores de monitoramento estabelecidos previamente.

Após a avaliação, os resultados deverão ser apresentados à sociedade que

participará tanto no processo de revisão do plano como terá acesso às informações dos

resultados obtidos versus as metas estabelecidas no mesmo. Tais informações serão

apresentadas ao COMDEMA ou mediante a realização de evento previamente

determinado pela Prefeitura Municipal.

14 CONSIDERAÇÕES FINAIS

Após duas décadas de discussões, em 02 de agosto de 2010, foi promulgada a

Lei nº12.305, que institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS). Esta tem

como objetivo a organização da forma como o país gerencia os seus resíduos,

priorizando o incentivo à reciclagem e sustentabilidade. Juntamente com a aprovação da

política foi elaborado o Plano Nacional de Resíduos Sólidos, o qual apresenta três

pontos fundamentais: o fechamento de lixões até 2014; a exclusividade de

encaminhamento de rejeitos (partes do lixo que não podem ser recicladas) para os

aterros sanitários; e a elaboração de planos de resíduos sólidos para os municípios, para

proporcionar aos cidadãos o descarte dos resíduos sólidos de maneira ambientalmente

adequada.

Assim, o presente plano trouxe a gestão dos resíduos sólidos no município de

Nova Aliança, partindo do ponto inicial de impedir e minimizar cada vez mais a geração

e o manejo inadequado destes, que acabam trazendo diversos problemas sociais e

ambientais que devem ser evitados.

São tratados neste documento projetos que estimulem o tratamento e disposição

final destes resíduos de forma sustentável, considerando os aspectos socioambientais e

econômicos envolvidos, para que sejam preservados, assim, o meio ambiente e a

qualidade de vida da população. Nesta perspectiva faz-se indispensável à

conscientização e colaboração da sociedade nas questões que se relacionam à disposição

final dos resíduos sólidos urbanos.

O Plano ainda aborda a criação e inserção de uma consciência ecológica em

relação à redução, reuso, reaproveitamento e reciclagem de resíduos sólidos, a

importância e os benefícios destas atitudes e que o processo proporciona à comunidade

como um todo; esclarecimentos a respeito dos problemas do lixo e seus danos ao meio

ambiente. Tais atividades que visam mudanças do modo de entender, interpretar e se

relacionar com o meio dependem do trabalho de Educação, essencial ao processo de

gestão dos resíduos.

São apresentadas ainda ações e programas que devem ser constantemente

avaliados e ter uma evolução de acordo com as necessidades pontuais da cidade,

principalmente para atender as exigências e demandas da Política Nacional de Resíduos

Sólidos (Lei nº 12.305/2010), incentivando projetos de capacitação técnica de todos

profissionais envolvidos com o gerenciamento de resíduos sólidos na cidade, além de

permitir parcerias e convênios com entidades públicas e privadas, visando fortalecer

constantemente a gestão dos resíduos em Nova Ailança. Porém, mesmo com muitos

avanços, a Administração do Município pretende, através de dispositivos legais e

operacionais, aumentar as benfeitorias ambientais e sociais na cidade.

Desse modo, a Política Nacional de Resíduos Sólidos constitui-se como fator

motivacional e orientador frente às questões dos resíduos sólidos no Município,

possibilitando ao mesmo firmar e aprimorar suas ações relacionadas à coleta seletiva,

transporte, transbordo, reciclagem, educação ambiental, cooperativas de catadores e

disposição ambientalmente adequada de rejeitos.

Nesta perspectiva, o plano de gestão integrada de resíduos sólidos apresentado é

fundamental como ferramenta de saneamento básico e ambiental, permitindo a

organização das práticas desenvolvidas atualmente no Município, no que tange a

questão dos resíduos sólidos.

Por fim o Município de Nova Aliança busca a melhoria contínua e ampliar seu

horizonte de ações, principalmente as voltadas à população, de maneira a sensibiliza- lá

quanto à redução, reutilização e reciclagem dos resíduos, uma vez que se trata de uma

massa de caráter decisório para mudanças relativas ao tema.

15 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS – ABNT 10004: Resíduos

Sólidos - Classificação. Rio de Janeiro, 2004.

BRASIL. Manual de Gerenciamento Integrado de resíduos sólidos. IBAM – Instituto

Brasileiro de Administração Municipal. Patrocínio: Secretaria Especial de

Desenvolvimento Urbano da Presidência da República – SEDU/PR. Rio de Janeiro,

2001. Disponível em < http://www.resol.com.br/cartilha4/manual.pdf>.

BUDZIAK, C.R. et. al Transformações químicas da matéria orgânica durante a

compostagem de resíduos da indústria madeireira. Química Nova, Vol. 27, No 3, p.

399-403, 2004. Disponível em: < http://www.scielo.br/pdf/qn/v27n3/20165.pdf>

CATI, SAA, IEA. Projeto LUPA - Levantamento censitário de unidades de

produção agrícola. São Paulo, 2007/2008. Disponível em:

<http://www.cati.sp.gov.br/projetolupa/>

CETESB - Companhia de Tecnologia de Saneamento Ambiental. Disponível em:

<http://www.cetesb.sp.gov.br/>

EMBRAPA – Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária. Disponível em:

<https://www.embrapa.br/>

FUNDAÇÃO SEADE. Portal de estatísticas do estado de São Paulo. Disponível em:

http://www.seade.gov.br/produtos-seade/

IBGE – Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Cidades: Fernandópolis.

Disponível em: http://cidades.ibge.gov.br/painel/painel.php?codmun=351550

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE – ICLEI. Planos de gestão de resíduos sólidos:

manual de orientação. Brasília, 2012. Disponível em

<http://www.mma.gov.br/estruturas/182/_arquivos/manual_de_residuos_solidos3003_1

82.pdf>.

SANT’ANNA NETO, J. L. As chuvas no Estado de São Paulo. São Paulo. Tese

Doutorado em Geografia Física. Departamento de Geografia Física, Universidade de

São Paulo, 1995, 200 p.

ANOTAr;A,O DE RESPONSABIUDADE TECNICA - ART

,

I)

D1STA L Of ()()()Jo£M'OS

ME,Rq DE CONTROlE: 6976.8306.1803.7034

7/10/2014 CERTIDÃO DE ACERVO TÉCNICO

http://portal.crbio01.gov.br:8080/scripts/art.dll/login 1/1

CONSELHO REGIONAL DE BIOLOGIA – 1ª REGIÃO (SP, MT, MS) – CRBio-01 Rua Manoel da Nóbrega nº 595, conj. 111 - CEP 04001-083 - Paraíso - São Paulo - SP

Telefone: (11) 3884-1489 Fax (11) 3887-0163www.crbio01.org.br

CERTIDÃO DE ACERVO TÉCNICOA aceitação desta certidão está condicionada à verificação de sua autenticidadena Internet, no endereço: http://www.crbio1.org.br

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Região – CRBio-01 (SP, MT, MS), nos termos da Resolução CFBio nº 11/03, parao Biólogo RAPHAEL AUGUSTO FAGLIARI – CRBio 068292/01-D . Estacertidão refere-se às ARTs relacionadas abaixo, registradas neste Conselho,sendo o teor das informações de exclusiva responsabilidade do biólogo.

ART Nº 2014/03383;

ART Nº 2014/03383 - RESÍDUOS SÓLIDOS - CONSULTORIA PARA PLANO MUNICIPALDE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS CONFORME EXIGÊNCIAS DA LEIFEDERAL Nº 12.305/2010 QUE INSTITUIU A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOSSÓLIDOS – CONFECÇÃO DO PLANO MUNICIPAL DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOSSÓLIDOS BASEADO NAS DETERMINAÇÕES DA LEI FEDERAL Nº 12.305/2010 E NODECRETO Nº 7.404/2010 QUE INSTITUEM A POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOSSÓLIDOS. ESTUDOS DE VIABILIDADE TÉCNICA E ECONÔMICA E DESENVOLVIMENTO DECENÁRIOS E PLANOS DE NÃO GERAÇÃO, COLETA, TRANSPORTE, TRATAMENTO EDESTINAÇÃO FINAL DE TODOS OS TIPOS DE RESÍDUOS SÓLIDOS DEFINIDOS EM LEI.FORAM FEITOS DIAGNÓSTICOS, PROGNÓSTICOS, PROGRAMAS DE EDUCAÇÃOAMBIENTAL, DEFINIÇÃO DE POLÍTICAS, OBJETIVOS E METAS. FECHAMENTO COMAUDIÊNCIA PÚBLICA E APRESENTAÇÃO DO PLANO AO COMDEMA., PREFEITURAMUNICIPAL DE NOVA ALIANÇA, PRAÇA PADRE JOÃO NOLTE nº 22 , CEP 15210-000,NOVA ALIANCA - SP - ;

ATENÇÃO: Qualquer rasura ou emenda invalida este documento. Certidão emitida gratuitamente.

7/10/2014 CERTIFICAÇÃO DIGITAL DE DOCUMENTO EMITIDO

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