Plano Regional de Saúde 2014-2016 - Extensão a...

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REGIÃO AUTÓNOMA DOS AÇORES SECRETARIA REGIONAL DA SAÚDE Plano Regional de Saúde 2014-2016 - Extensão a 2020

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    Plano Regional de Sade 2014-2016 - Extenso a 2020

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    2

    Documento Final

    Siglas e Acrnimos

    A - Anos

    ACIU - Atraso de Crescimento Intrauterino

    ACSS - Administrao Central do Sistema de Sade

    ADSE - Assistncia na Doena aos Servidores do Estado

    AEC - Ataxia Espinocerebelosa

    APVP - Anos Potenciais de Vida Perdidos

    ATL - Atividades de Tempos Livres

    AVC - Acidente Vascular Cerebral

    BCG - Bacillus Calmette-Gurin ou Vacina contra a tuberculose

    BISO - Boletim Individual de Sade Oral

    BSG - Boletim de Sade da Grvida

    BSIJ - Boletim de Sade Infantil e Juvenil

    BSR/PF - Boletim de Sade Reprodutiva/Planeamento Familiar

    CAD - Comportamentos Aditivos e Dependncias

    CAPRS - Comisso para o Acompanhamento do Plano Regional de Sade

    CIF - Classificao Internacional da Funcionalidade, Incapacidade e Sade

    CNCD - Comisso Nacional de Controlo da Dor

    CNSM - Coordenao Nacional para a Sade Mental

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    3

    COA - Centro Oncolgico dos Aores

    COSI - Childhood Obesity Surveillance Initiative

    CPOD - Dentes Cariados, Perdidos e Obturados

    CS - Centros de Sade

    CS/USI - Centro de Sade/Unidade de Sade de Ilha

    CSP - Cuidados de Sade Primrios

    DAE - Desfibrilhao Automtica Externa

    DC - Doena Coronria

    DDI-URVE - Departamento de Doenas Infeciosas, Unidade de Referncia e Vigilncia

    Epidemiolgica

    DEPD - Diviso de Estudos, Planeamento e Documentao

    DGS - Direo-Geral de Sade

    DIC - Doena Isqumica do Corao

    DIP - Doena Invasiva Pneumoccica

    DM - Diabetes Mellitus

    DMJ - Doena do Machado-Joseph

    DPOC - Doena Pulmonar Obstrutiva Crnica

    DRS - Direo Regional da Sade

    DSCS - Direo de Servios de Cuidados de Sade

    DTPa - Vacina trivalente contra a difteria, o ttano e a tosse convulsa/pertussis

    EAM - Enfarte Agudo do Miocrdio

    EC - European Commission

    EES - Equipas de Educao para a Sade

    EFIC - European Federation of IASP Chapters

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    4

    EGS - Exame Global de Sade

    EPE - Entidade Pblica Empresarial

    EPS Educaes para a Sade

    ERSARA - Entidade Reguladora dos Servios de gua e Resduos dos Aores

    ESE - Equipas de Sade Escolar

    FA - Fibrilhao Auricular

    GAPS - Gabinete de Apoio Promoo da Sade

    GDH - Grupos de Diagnsticos Homogneos

    HDES, EPE - Hospital do Divino Esprito Santo de Ponta Delgada, EPE

    HH, EPE - Hospital da Horta, EPE

    Hib - Vacina monovalente contra a doena invasiva por Haemophilus influenzae b

    HPV - Vrus do Papiloma Humano

    HSEIT - Hospital de Santo Esprito da Ilha Terceira

    HTA - Hipertenso Arterial

    IACS - Infees Associadas aos Cuidados de Sade

    IASP - International Association for the Study of Pain

    IMC - ndice de Massa Corporal

    INE - Instituto Nacional de Estatstica

    INS - Inqurito Nacional de Sade

    INSA - Instituto Nacional de Sade Doutor Ricardo Jorge

    IOR - Institutos das Ordens Religiosas

    ITS - Infees de Transmisso Sexual

    IVG - Interrupo Voluntria da Gravidez

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    5

    M - Meses

    MenC - Vacina monovalente contra a doena invasiva por Neisseria meningitidis C

    NEE - Necessidades Educativas Especiais

    NOC - Normas de Orientao Clnica

    NSE - Necessidades de Sade Especiais

    OEDT - Observatrio Europeu da Droga e da Toxicodependncia

    OMS - Organizao Mundial de Sade

    OND - Observatrio Nacional da Diabetes

    ONRD - Observatrio Nacional das Doenas Respiratrias

    ONU - Organizao das Naes Unidas

    PA - Presso Arterial

    PAI - Processo Assistencial Integrado

    PAP - Prevalncia, conhecimento e controlo da HTA em Portugal

    PASE - Plano de Atividades de Sade para a Escola

    PCR - Paragem Cardiorespiratria

    PEI - Programa Educativo Individual

    PIB - Produto Interno Bruto

    PNAS - Programa Nacional de Acreditao em Sade

    PNCD - Programa Nacional de Controlo da Dor

    PNLCD - Plano Nacional da Luta Contra a Dor

    PNPAS - Programa Nacional de Promoo da Alimentao Saudvel

    PNS - Plano Nacional de Sade

    PNSIJ - Plano Nacional de Sade Infantojuvenil

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    6

    PNV - Plano Nacional de Vacinao

    POPCI - Plano Operacional de Preveno e Controlo de Infeo

    p.p. Pontos Percentuais

    PRCD - Programa Regional de Controlo da Dor

    PRPCDLO - Programa Regional de Preveno e Controlo da Diabetes e Luta contra a

    Obesidade

    PRS - Plano Regional de Sade

    PRSESIJ - Programa Regional de Sade Escolar e de Sade Infantojuvenil

    PRSO - Programa Regional de Sade Oral

    PRV - Plano Regional de Vacinao

    PSI - Plano de Sade Individual

    PSO - Programas de Substituio Opicea

    PSP - Polcia de Segurana Pblica

    RAA - Regio Autnoma dos Aores

    RAM - Regio Autnoma da Madeira

    RN - Recm-nascido

    RORA - Registo Oncolgico da Regio Aores

    ROSIAores - Rede de Observatrios de Sade de Ilha dos Aores

    RSI - Rendimento Social de Insero

    SIDA - Sndrome de Imunodeficincia Adquirida

    SPSM - Servios de Psiquiatria e Sade Mental

    SREA - Servio Regional de Estatstica dos Aores

    SRS - Servio Regional de Sade

    TA - Tenso Arterial

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    7

    TBM - Taxa Bruta de Mortalidade

    Td - Vacina bivalente contra o ttano e a difteria

    TM - Tumor Maligno

    TMI - Taxa de Mortalidade Infantil

    TMN - Taxa de Mortalidade Neonatal

    TMp - Taxa de Mortalidade Padronizada

    TMP - Taxa de Mortalidade Proporcional

    US - Unidades de Sade

    USI - Unidades de Sade de Ilha

    USP - Unidade de Sade Pblica

    VASPR - Vacina trivalente contra o sarampo, a parotidite epidmica e a rubola

    VHB - Vacina monovalente contra a hepatite B

    VIH - Vrus da Imunodeficincia Humana

    VIP - Vacina monovalente contra a poliomielite.

    WHO - World Health Organization

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    ndice

    1. Enquadramento do Plano Regional de Sade 2014-2016 Extenso 2020 ....................... 15

    2. Sade 2020 .......................................................................................................................... 20

    3. Perfil de Sade da RAA ........................................................................................................ 24

    3.1. Contexto demogrfico e social ....................................................................................... 24

    3.2. Determinantes de sade relacionados com estilos de vida ........................................... 27

    3.2.1. Hbitos alimentares ................................................................................................ 29

    3.2.2. Atividade fsica ........................................................................................................ 31

    3.2.3. Consumo de tabaco ................................................................................................ 31

    3.2.4. Consumo de lcool ................................................................................................. 32

    3.2.5. Consumo de drogas ................................................................................................ 33

    3.2.6. Acidentes de trnsito com veculos a motor e acidentes de trabalho ................... 36

    3.3. Acesso aos servios de sade ......................................................................................... 37

    4. Estado de Sade na RAA ...................................................................................................... 45

    4.1. Mortalidade .................................................................................................................... 45

    4.1.1. Doenas do Aparelho Circulatrio .......................................................................... 50

    4.1.2. Tumores Malignos .................................................................................................. 52

    4.1.3. Doenas do Aparelho Respiratrio ......................................................................... 56

    4.1.4. Doenas Endcrinas e Nutricionais ........................................................................ 57

    4.1.5. Doenas do Aparelho Digestivo .............................................................................. 59

    4.1.6. Mortalidade Infantil e Perinatal ............................................................................. 60

    4.2. Morbilidade .................................................................................................................... 61

    4.2.1. Obesidade ............................................................................................................... 61

    4.2.2. Outras doenas crnicas ......................................................................................... 64

    4.2.2.1. Hipertenso arterial ........................................................................................ 65

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    4.2.2.2. Doenas reumticas ........................................................................................ 67

    4.2.2.3. Dor crnica ...................................................................................................... 69

    4.2.2.4. Diabetes Mellitus ............................................................................................ 70

    4.2.2.5. Doenas respiratrias crnicas ....................................................................... 73

    4.2.2.6. Doenas orais .................................................................................................. 74

    4.2.2.7. Doena mental ................................................................................................ 77

    4.2.3. Doenas Genticas Doena do Machado-Joseph ................................................ 81

    4.3. Tuberculose e VIH/SIDA ................................................................................................. 83

    4.4. Nascimentos pr-termo e baixo peso ao nascer ............................................................ 85

    4.5. Partos por cesariana ....................................................................................................... 86

    4.6. Nascimentos em mulheres com idade de risco.............................................................. 86

    5. Estratgias Regionais Prioritrias do PRS 2014-2016 Extenso a 2020 ............................ 89

    5.1. Estratgia Regional para a Promoo de Estilos de Vida Saudvel e Preveno de

    Comportamentos de Risco ...................................................................................................... 95

    5.1.1. rea de Interveno na Sade da Mulher .............................................................. 95

    5.1.2. rea de Interveno na Sade Infantojuvenil ...................................................... 106

    5.1.3. rea de Interveno na Promoo da Sade em Contexto Escolar ..................... 120

    5.1.4. rea de Interveno na Promoo da Sade Oral................................................ 139

    5.1.5. rea de Interveno nas Dependncias ............................................................... 148

    5.1.6. rea de Interveno nas Doenas Infeciosas ....................................................... 157

    5.1.7. rea de Interveno na Preveno de Acidentes ................................................. 166

    5.1.8. rea de Interveno na Promoo do Envelhecimento Ativo ............................. 174

    5.2. Estratgia Regional de Combate s Doenas Crnicas................................................. 179

    5.2.1. rea de Interveno na Preveno e Controlo da Diabetes Mellitus ................... 179

    5.2.2. rea de Interveno na Obesidade ...................................................................... 188

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    5.2.3. rea de Interveno na Hipertenso .................................................................... 194

    5.2.4. rea de Interveno nas Doenas Respiratrias no Infeciosas .......................... 198

    5.2.5. rea de Interveno na Dor .................................................................................. 202

    5.2.6. rea de Interveno nas Doenas Reumticas ..................................................... 211

    5.2.7. rea de interveno na Promoo da Sade Mental ........................................... 217

    5.2.8. rea de Interveno nos Cuidados Paliativos ....................................................... 225

    5.2.9. rea de Interveno nas Doenas Genticas ....................................................... 230

    5.3. Estratgia Regional de Combate s Doenas Crebro cardiovasculares ..................... 232

    5.3.1. rea de Interveno no AVC e no EAM ................................................................ 232

    5.4. Estratgia Regional de Combate s Doenas Oncolgicas ........................................... 237

    5.4.1. rea de Interveno na Preveno da Doena Oncolgica .................................. 237

    5.4.2. rea de Interveno no Tratamento da Doena Oncolgica ............................... 250

    6. Indicadores do PRS 2014-2016 Extenso a 2020 ............................................................ 255

    7. Operacionalizao do PRS 2014-2016 Extenso a 2020 ................................................. 265

    8. Modelo Conceptual do PRS 2014-2016 Extenso a 2020............................................... 269

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    Lista de Quadros

    Quadro 1. Estrutura etria da populao (jovens e idosos) e variao da populao

    residente entre 2001 e 2011 (%). ........................................................................... 24

    Quadro 2. Evoluo da Taxa de Natalidade (), Taxa de Fecundidade Geral (),

    Esperana Mdia de Vida (anos) e ndice de Envelhecimento (n), por zona

    geogrfica. .............................................................................................................. 26

    Quadro 3. Populao residente (%) por tipo de alimentos consumidos nas refeies

    principais e sexo. .................................................................................................... 29

    Quadro 4. Comparao dos resultados obtidos na avaliao do consumo dirio de

    gordura animal, acares, alimentos fritos, alimentos pr-cozinhados, sal,

    legumes, sopa e fruta, entre Portugal continental, RAA e RAM

    (Observatrio das Doenas Civilizacionais Portugal 2010: Hipertenso

    arterial, Diabetes, Hipercolesterolemia e Obesidade). ........................................... 30

    Quadro 5. Consultas realizadas nos CS/USI, hospitais EPE e COA, em 2000 e 2011,

    RAA. ........................................................................................................................ 39

    Quadro 6. Indicadores de atividade dos hospitais EPE, em 2000 e 2011, RAA. ...................... 39

    Quadro 7. Indicadores de atividade dos CS/USI, em 2000 e 2011, RAA. ................................ 40

    Quadro 8. Nmero de camas, taxa de ocupao e mdia de dias de internamento nas

    instituies que integram a Rede de Cuidados Continuados Integrados, em

    2009 e 2012, RAA. ................................................................................................... 40

    Quadro 9. Vacinas do Plano Regional de Vacinao (PRV) Cumprido (dados

    referentes a 31 de dezembro de 2012, RAA). ........................................................ 43

    Quadro 10. Cobertura com a vacina anti-HPV (dados referentes a 31 de dezembro de

    2012, RAA). ............................................................................................................. 44

    Quadro 11. Taxas de Mortalidade Proporcional relativas s principais causas de morte

    na RAA, em 2011, para todas as idades e para idades inferiores a 65 anos,

    por sexo. ................................................................................................................. 48

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    Quadro 12. Taxas de Mortalidade Proporcional (para todas as idades e prematura) na

    RAA, por doenas do aparelho circulatrio, tumores malignos e doenas

    do aparelho respiratrio, nos quinqunios 2002-2006 e 2007-2011. .................... 49

    Quadro 13. Doenas Cerebrovasculares: Mortalidade Proporcional (todas as idades e

    prematura), por gnero, nos quinqunios 2002-2006 e 2007-2011 e

    variao percentual no perodo 2002-2011 (RAA). ................................................ 51

    Quadro 14. Cardiopatia Isqumica: Mortalidade Proporcional (todas as idades e

    prematura), por gnero, nos quinqunios 2002-2006 e 2007-2011 e

    variao percentual no perodo 2002-2011 (RAA). ................................................ 51

    Quadro 15. Taxas de Mortalidade Padronizadas (/100 000 hab.), em todas as idades e

    prematura, e Taxas de Anos Potenciais de Vida Perdidos (APVP), at aos

    70 anos, em Portugal Continental, RAA e RAM (2004). ......................................... 52

    Quadro 16. Mortalidade Proporcional por tumores malignos (%) na RAA, por sexo, em

    2011. ....................................................................................................................... 54

    Quadro 17. Mortalidade proporcional por tumores malignos (TM) (%) (TM da laringe,

    traqueia, brnquios e pulmo; TM estmago; TM clon) na RAA, por sexo,

    nos quinqunios 2002-2006 e 2007-2011. ............................................................. 55

    Quadro 18. Percentagem de indivduos com excesso de peso e obesidade, por zona

    geogrfica e sexo (2005/2006). .............................................................................. 63

    Quadro 19. Prevalncia (%) das principais doenas crnicas na RAA (2005/2006). ................. 65

    Quadro 20. Prevalncia da Diabetes e Pr-Diabetes (%) na RAA, RAM e Portugal, em

    2009. ....................................................................................................................... 71

    Quadro 21. Prevalncia da diabetes na RAA por escalo etrio, em 2012, de acordo

    com o nmero de diabticos registados na DRS/DEPD. ......................................... 72

    Quadro 22. Percentagem de crianas livres de crie e ndices de cpod/CPOD para os 6,

    12 e 15 anos, na RAA e a mdia nacional em 1999 e 2005. ................................... 75

    Quadro 23. Novos casos de Tuberculose, entre 2000 e 2012, na RAA. .................................... 83

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    13

    Quadro 24. Mortalidade por acidentes de trnsito com veculos a motor antes dos 65

    anos (/100.000 hab.) e APVP por acidentes de trnsito com veculos a

    motor, antes dos 70 anos (/100.000 hab.) entre 2003 e 2011, na RAA. .............. 170

    Quadro 25. Taxas de Anos de Potenciais de Vida Perdidos, at aos 70 anos (/100000

    hab.), e Taxas de Mortalidade Padronizadas abaixo dos 65 anos (/100000

    hab.), por Diabetes Mellitus entre 2009 e 2011,na RAA e em Portugal. .............. 180

    Quadro 26. Etapas desenvolvidas para o estabelecimento das metas do PRS 2014-2016 ...... 257

    Quadro 27. Indicadores de ganhos em sade e respetivos valores (observados,

    projetados e metas) na RAA. ................................................................................ 259

    Quadro 28. Indicadores do estado de sade e do desempenho do sistema de sade e

    respetivos valores (observados, projetados e metas) na RAA. ............................ 260

    Quadro 29. Lista de indicadores de ganhos em sade a desenvolver. ..................................... 263

    Quadro 30. Lista de indicadores do estado de sade e do desempenho do sistema de

    sade a desenvolver. ............................................................................................ 264

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    14

    Lista de Figuras

    Figura 1. Estrutura etria da populao residente por sexo, 2001 e 2011. .......................... 25

    Figura 2. Evoluo da Taxa Bruta de Mortalidade () na RAA, RAM e Portugal

    (2002-2012). ........................................................................................................... 47

    Figura 3. Mortalidade Proporcional (%) na RAA em todas idades e prematura,

    considerando ambos os sexos, em 2011. ............................................................... 48

    Figura 4. Principais causas especficas de morte em todas as idades no sexo

    masculino e feminino (%) em 2011, na RAA. .......................................................... 49

    Figura 5. Principais causas especficas de morte prematura no sexo masculino e

    feminino (%) em 2011, na RAA. .............................................................................. 50

    Figura 6. Taxas de Mortalidade Proporcional (%) por tumores malignos, para todas

    as idades e prematura, em 2011, RAA. .................................................................. 53

    Figura 7. Evoluo das Taxas de Mortalidade Proporcional (%) por Diabetes, para

    todas as idades e prematura, entre 2002 e 2011, RAA. ......................................... 58

    Figura 8. Evoluo da Taxa de Mortalidade Infantil () em Portugal Continental,

    RAA e RAM entre 2002 e 2012. .............................................................................. 60

    Figura 9. Nascimentos (%) em mulheres com idade de risco ( 35 anos) na RAA,

    RAM e Portugal Continental entre 2000 e 2011..................................................... 86

    Figura 10. Nascimentos (%) em mulheres adolescentes ( 19 anos) na RAA, RAM e

    Portugal Continental, entre 2000 e 2011. .............................................................. 87

    Figura 11. Estratgias e reas de Interveno do PRS 2014-2016 .......................................... 94

    Figura 12. Pirmide de Organizao de Servios para uma Combinao tima de

    Servios para a Sade Mental............................................................................... 218

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    15

    1. Enquadramento do Plano Regional de Sade 2014-2016 Extenso 2020

    O Plano Regional de Sade (PRS) 2014-2016 - Extenso a 2020 surge como um

    documento estratgico que engloba recomendaes, orientaes e aes para

    maximizar os ganhos em sade para toda a populao da Regio Autnoma dos Aores

    (RAA), tendo por base um processo de planeamento1 centrado nas necessidades de

    sade identificadas na Regio, orientado para o estabelecimento de prioridades de

    interveno, garantindo o uso eficaz e eficiente2 dos recursos disponveis, para a

    implementao de abordagens integradas e para decises de ao baseadas na melhor

    evidncia disponvel.

    Pretende-se, desta forma, estabelecer linhas estratgicas de promoo da sade, cujo

    objeto principal de ateno o utente, suportadas nos valores fundamentais dos

    sistemas de sade3: universalidade, acesso a cuidados de qualidade, equidade,

    solidariedade, capacitao dos cidados, justia social, prestao de cuidados de sade

    centrados na pessoa, respeito, solicitude e deciso apoiada na evidncia cientfica.

    Este PRS assenta numa matriz estrutural que se suporta em quatro eixos fundamentais

    - Cidadania em Sade; Equidade e Acesso adequado aos Cuidados de Sade; Qualidade

    em Sade; Polticas Saudveis. Ao adotar estes eixos estruturais, o Governo dos Aores

    assume que, estas so as vertentes, reconhecidamente interdependentes, da

    responsabilidade e competncia de cada interveniente no sistema de sade (cidado,

    profissional de sade, gestor e administrador, representante de grupos de interesses,

    empresrio, decisor poltico) em que cada um se deve avaliar e valorizar no sentido de

    obter ganhos e valor em sade.

    A promoo da literacia em sade e uma cultura de capacitao dos cidados nesta

    matria so fundamentais ao reforo da cidadania em sade, contribuindo para que

    indivduos e comunidades participem, de forma autnoma e responsvel (como

    1 O Planeamento em Sade consiste na ...racionalizao na utilizao de recursos escassos com vista a atingir os

    objetivos fixados, em ordem reduo dos problemas de sade considerados como prioritrios, e implicando a coordenao de esforos provenientes dos vrios sectores scio econmicos.... Imperatori & Giraldes (1982). Metodologia do Planeamento em Sade. Lisboa

    2 A eficcia avalia o grau de atingimento dos objetivos atingidos (numa situao ideal); a eficincia avalia a relao entre os custos e os objetivos atingidos.

    3 Juntos para a Sade: Uma Abordagem Estratgica para a UE (2008-2013), Comisso Europeia

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    16

    decisores, gestores, avaliadores e agentes), na mudana relativamente sua sade e

    daqueles que deles dependem. Neste contexto, estratgias como estudos sobre a

    perceo dos utentes em relao qualidade dos servios, sobre a satisfao

    relativamente aos cuidados prestados, aes de sensibilizao e educao para a

    sade nas comunidades e informao sobre promoo da sade e preveno da

    doena dirigida ao pblico em geral, revestem-se de particular interesse para o

    fortalecimento da cidadania em sade.

    O acesso adequado aos cuidados configura-se como uma dimenso da equidade em

    sade4, preconizando a obteno de cuidados de qualidade, necessrios e oportunos,

    no local apropriado e no momento adequado, constituindo um dos determinantes da

    sade 5 potenciador da reduo das desigualdades no setor. A adequao da

    acessibilidade aos cuidados tem como fatores relacionados aqueles que condicionam

    as crenas em sade, como a educao, a cultura ou a rede familiar em que o cidado

    se insere, e aqueles que dizem respeito efetiva disponibilidade de meios para que

    esse acesso se concretize, como seja a existncia de transportes, e possibilidade de

    suportar economicamente as deslocaes ou os custos associados a servios e

    tratamentos, designadamente quando considerados os doentes crnicos, idosos ou

    desempregados.

    No panorama atual de crise econmica e social6, assiste-se a uma crescente procura

    dos servios pblicos de sade, pelo que se torna fundamental a reorganizao e

    crescente articulao entre os cuidados de sade Primrios, Pr-Hospitalares,

    Hospitalares e Continuados e Integrados. Simultaneamente, sistemas de monitorizao

    do acesso e projetos que visem a reduo das desigualdades em sade surgem como

    potenciais recursos para a promoo do acesso adequado dos cidados aos cuidados.

    A qualidade em sade engloba o acesso adequado e equitativo aos cuidados,

    associado a elevados nveis de profissionalismo e otimizao dos recursos

    4 Que se expressa como a igual oportunidade de cada cidado atingir o seu potencial de sade (PNS 2012-2016). 5 WHO (2010). Equity, social determinants and public health programmes. Venice. Disponvel em

    http://whqlibdoc.who.int/publications/2010/9789241563970_eng.pdf, consultado a 31 de julho de 2013. 6 Observatrio Portugus dos Sistemas de Sade (2013). Relatrio de Primavera As duas faces da sade.

    Disponvel em http://www.observaport.org/sites/observaport.org/files/RelatorioPrimavera2014.pdf, consultado a 31 de julho de 2013.

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    17

    disponveis, garantindo a adeso e satisfao dos cidados, implicando

    inevitavelmente a adequao dos cuidados s suas necessidades e expetativas.

    Envolve:

    A promoo da cadeia de valor em sade (processos que conduzem a uma maior

    obteno de ganhos considerando o investimento feito);

    Ciclos de melhoria contnua da qualidade (identificao sistemtica de problemas e

    oportunidades com o objetivo de os solucionar ou melhorar; estabelecimento de

    padres desejveis e realistas; identificao e atuao sobre pontos crticos;

    planeamento e implementao de mudanas; monitorizao e avaliao), que

    devem ser transdisciplinares, no punitivos e da iniciativa dos profissionais,

    fazendo parte de planos de desenvolvimento profissional e das instituies;

    Monitorizao, benchmarking e avaliao (interna e externa), incluindo processos

    de acreditao, de avaliao e de identificao de boas prticas, entre outros.

    Como estratgias para promover a qualidade em sade salientam-se o reforo da

    governao integrada (clnica, empresarial, financeira, de informao e gesto de

    risco), mecanismos de influncia (normas de orientao clnica, ambiente e

    arquitetura, modelos de financiamento, planeamento de recursos humanos, cultura de

    avaliao e desenvolvimento da qualidade), os Processos Assistenciais Integrados

    (PAIs) e a participao e capacitao dos utentes.

    A definio de prioridades e intervenes por polticas do Governo, Autarquias ou

    outros setores no intuito de dar resposta a necessidades de sade, distribuio de

    recursos, potenciao de impactos positivos para a sade e mitigao dos negativos,

    constituem as Polticas Saudveis7.

    As Polticas Saudveis englobam Polticas de Sade Pblica, ou seja, esforos

    organizados dirigidos primariamente a beneficiar o estado de sade de uma

    populao, enfatizando a proteo e promoo da sade e a preveno da doena, e a

    Sade em Todas as Polticas que uma estratgia explcita de abordagem

    intersectorial, baseada na evidncia de que aes e polticas da iniciativa dos setores 7 WHO (1998). Health Promotion Glossary. Geneva: WHO. Disponvel em

    http://www.who.int/healthpromotion/about/HPG/en/, consultado a 31 de julho de 2013.

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    18

    fora da sade tm repercusses positivas ou negativas na sade e na equidade.

    Algumas estratgias para o reforo de Polticas Saudveis so a implementao de

    medidas reguladoras, a responsabilizao de instituies, agncias e departamentos,

    planeamento de programas de sade, organizao dos cuidados de sade ou sistemas

    de vigilncia sanitria e epidemiolgica.

    O PRS 2014-2016 - Extenso a 2020 tem como principais prioridades e orientaes

    estratgicas as seguintes:

    uma perspetiva de continuidade relativamente ao PRS 2009-2012, considerando os

    ganhos e os aspetos a melhorar aps a sua implementao, que constam da

    avaliao realizada pela Comisso para o Acompanhamento do Plano Regional de

    Sade (CAPRS), Relatrio Circunstanciado do PRS 2009-2012;

    as principais necessidades de sade na RAA, identificadas atravs da anlise da

    situao de sade (caracterizao da populao alvo, atravs das componentes

    demogrfica e socioeconmica; descrio quantitativa dos problemas de sade,

    recorrendo a taxas de mortalidade e morbilidade, tendo em considerao as suas

    consequncias; anlise dos determinantes de sade/fatores de risco; identificao

    de recursos);

    os estudos realizados, de mbito regional e nacional, relacionados com estado de

    sade da populao da RAA;

    o reconhecimento de que a obteno de ganhos em sade s ser possvel atravs

    da coparticipao e corresponsabilizao de todos os intervenientes cidados;

    organizaes (sob uma perspetiva multi e intersectorial) e comunidades;

    o pressuposto de que a promoo da sade no est somente relacionada com as

    responsabilidades do setor da sade, sendo necessrio coordenar esforos com

    outras reas como a agricultura, ambiente ou sade ocupacional, e que essa

    promoo vai muito alm dos estilos de vida saudveis, passando pelo bem-estar e

    por ambientes promotores da sade, numa perspetiva de Sade em Todas as

    Polticas8;

    8 OMS (2010). Declarao de Adelaide sobre a Sade em Todas as Polticas. Governo da Austrlia Meridional,

    Adelaide. Disponvel em

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    19

    a necessidade de implementar intervenes que maximizem a otimizao de

    recursos humanos e financeiros garantindo a sustentabilidade do Servio Regional

    de Sade (SRS);

    o reconhecimento da importncia da monitorizao e avaliao das intervenes

    implementadas sob as orientaes estratgicas constantes neste documento;

    a aposta na melhoria contnua da qualidade dos servios prestados aos principais

    financiadores do SRS os cidados da RAA nomeadamente criando condies

    para a certificao/acreditao dos Centros de Sade/Unidades de Sade de Ilha

    (CS/USI) de acordo com o Programa Nacional de Acreditao em Sade (PNAS);

    o reconhecimento de que a monitorizao e resposta a riscos e emergncias se

    revestem de especial importncia dadas as caractersticas particulares da realidade

    insular;

    as implicaes das alteraes da estrutura demogrfica da Regio nos sistemas de

    sade e proteo social, sustentadas pelo envelhecimento da populao e pelo

    aumento da imigrao.

    Pretende-se que o PRS 2014-2016 - Extenso a 2020 sirva de guia orientador para os

    servios de sade da Regio, no intuito de concertar intervenes face s necessidades

    de sade da populao, apresentando formas de monitorizao dos ganhos em sade,

    designadamente atravs da definio de metas e de indicadores, tendo presente que,

    os ganhos em sade resultaro da melhor adequao entre necessidades de sade e

    servios, da melhor relao entre recursos e resultados, ou seja do melhor

    desempenho9.

    http://www.who.int/social_determinants/publications/isa/portuguese_adelaide_statement_for_web.pdf, consultado a 31 de julho de 2013.

    9 PNS 2012-2016 Verso Resumo. Disponvel em http://pns.dgs.pt/files/2014/05/PNS2012_2016_versaoresumo_maio20144.pdf, consultado a 31 de julho de 2013.

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    2. Sade 202010

    A sade e o bem-estar so fatores fundamentais para o desenvolvimento econmico e

    social de um pas. Neste contexto, as polticas de sade nacional e regionais esto

    estreitamente associadas s polticas europeias e globais, designadamente s definidas

    na estratgia Health 2020 (WHO, 2013), cujos objetivos estratgicos so melhorar a

    sade da populao, reduzindo as desigualdades em sade, e reforar a liderana e a

    governana para a sade.

    As prioridades definidas pela OMS para atingir estes objetivos so:

    1. Investir na sade ao longo do ciclo de vida, capacitando os cidados.

    2. Responder aos desafios associados s doenas transmissveis e no

    transmissveis;

    3. Fortalecer os sistemas de sade centrados nas pessoas e a capacidade de

    resposta em sade pblica, designadamente face a emergncias ou ameaas;

    4. Criar comunidades resilientes e ambientes protetores.

    10 Regulamento n 282/2014 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de maro de 2014 - criao de um terceiro Programa de ao da Unio no domnio da sade (2014-2020) que revoga a Deciso n 1350/2007/CE. Disponvel em http://eur-lex.europa.eu/legal-content/PT/TXT/?uri=CELEX:32014R0282, consultado a 31 de agosto de 2015. World Health Organization (2012). Health 2020: a European policy framework supporting action across government and society for health and well being. Copenhagen: World Health Organization. Disponvel em http://www.euro.who.int/en/about-us/governance/regional-committee-for-europe/past-sessions/sixty-second-session/documentation/working-documents/eurrc629-health-2020-a-european-policy-framework-supporting-action-across-government-and-society-for-health-and-well-being, consultado a 20 de agosto de 2015. World Health Organization (2013). Health 2020. A European Policy Framework and Strategy for the 21st Century. Regional Office for Europe. Copenhagen: World Health Organization. Disponvel em http://www.euro.who.int/en/publications/abstracts/health-2020.-a-european-policy-framework-and-strategy-for-the-21st-century-2013, consultado a 25 de agosto de 2015. World Health Organization (2013). Implementing a Health 2020 vision: governance for health in the 21st century. Making it happen. Copenhagen: World Health Organization. Disponvel em http://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0018/215820/Implementing-a-Health-2020-Vision-Governance-for-Health-in-the-21st-Century-Eng.pdf, consultado a 24 de agosto de 2015. World Health Organization (2014). Transforming health services delivery towards people- centered health systems. Copenhagen: World Health Organization. Disponvel em http://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0016/260710/Transforming-health-services-delivery-towards-people-centred-health-systems.pdf, consultado a 20 de agosto de 2015. World Health Organization (2015). A Roadmap to Implementing Health 2020 the Experience of San Marino. Copenhagen: World Health Organization. Disponvel em http://www.euro.who.int/__data/assets/pdf_file/0020/281531/Roadmap-Implementing-Health2020Experience-SanMarino.pdf, consultado a 26 de agosto de 2015.

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    21

    Estas quatro reas prioritrias esto interligadas, so interdependentes e reforam-se

    mutuamente.

    Considerando os objetivos estratgicos e as prioridades definidas pela OMS na

    estratgia Health 2020, foram acordadas, com os Estados-Membros, as seguintes

    metas para a Regio Europeia, em 2020:

    1. Reduzir a mortalidade prematura.

    2. Aumentar a esperana de vida.

    3. Reduzir as desigualdades em sade.

    4. Melhorar o bem-estar da populao.

    5. Assegurar a cobertura universal e o direito ao mais alto nvel possvel de sade.

    6. Definir metas e objetivos nacionais relacionados com a sade.

    Manter as pessoas saudveis e ativas mais tempo, capacitando-as para assumirem um

    papel ativo na gesto da sua sade, ter efeitos globalmente positivos,

    nomeadamente na reduo das desigualdades e no aumento da qualidade de vida, na

    produtividade e na competitividade, contribuindo simultaneamente para a

    sustentabilidade do sistema de sade. A promoo da sade e a preveno da doena

    devem comear com a gravidez e com o desenvolvimento na primeira infncia, e

    manter-se ao longo de todo o ciclo de vida. De facto, crianas saudveis aprendem

    melhor, adultos saudveis so mais produtivos e os idosos saudveis podem continuar

    a contribuir ativamente para a sociedade11. Importa ainda ter presente que a reduo

    das desigualdades em sade pressupe que a questo no se limite apenas sade

    fsica. Os problemas de sade mental so tambm muito variados, de longa durao,

    fonte de discriminao e fortemente influenciados por fatores externos, como seja a

    crise socioeconmica que tem vindo a afetar vrios pases europeus, incluindo

    Portugal, os quais tendem a enfraquecer fatores de proteo e acentuar fatores de

    risco, contribuindo, desta forma, para aumentar as alteraes do foro mental nas

    populaes.

    11 Crisp, L. N. (coord.) (2014). Um Futuro para a Sade todos temos um papel a desempenhar. Lisboa: Fundao Calouste Gulbenkian. Disponvel em http://www.gulbenkian.pt/mediaRep/gulbenkian/files/institucional/FTP_files/pdfs/FuturodaSaude2014/RelatorioFuturodaSaudePT2014/index.html, consultado a 19 de agosto de 2015.

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    22

    Na definio de polticas que favoream a promoo da sade e a preveno da

    doena ao longo do ciclo de vida, importa no esquecer que as sociedades modernas

    esto sujeitas a vrias presses desde a fast food e os transportes motorizados, at

    ao entretenimento no domiclio e conceo dos edifcios - que se conjugam para

    encorajar uma vida sedentria e estilos de vida pouco saudveis. O acesso fcil ao

    lcool, aos alimentos aucarados e, at h pouco tempo, ao tabaco, significa que

    tambm fcil fazer escolhas que no so saudveis. Por outro lado, a reduzida

    literacia em sade e as informaes confusas e contraditrias dificultam a tomada de

    decises sensatas pelos cidados sobre a alimentao, a quantidade de exerccio a

    praticar, os medicamentos a consumir e os conselhos a seguir no que respeita a

    tratamentos.

    Todos estes aspetos, refletem-se em crescentes nveis de obesidade e num grande

    acrscimo na incidncia de doenas de longa durao ou doenas crnicas, tambm

    potenciadas pelo envelhecimento da populao sobretudo diabetes, cancro, doenas

    respiratrias e cardiovasculares que so debilitantes para o doente, muitas vezes

    incapacitantes, e que afetaro o crescimento econmico do pas ou regio.

    Assim, torna-se imperativo melhorar a literacia em sade e promover as escolhas mais

    saudveis como as escolhas mais fceis, fomentando a interveno ativa dos

    cidados na gesto da sua prpria sade. A sade comea em casa12, e todos temos

    um papel a desempenhar, ou seja, a sade no pode ficar entregue exclusivamente

    aos profissionais do sector ou aos polticos, nem pode ser encarada simplesmente

    como uma rea de negcio ou um servio do Estado. Alm disso, todas as estruturas e

    setores da sociedade educao, ambiente, segurana social, comrcio e emprego,

    assim como a sade devem trabalhar em conjunto para promover a sade e o bem-

    estar13.

    As polticas destinadas a melhorar a sade dos cidados, incluem tambm o combate a

    ameaas globais sade, como o caso das alteraes climticas, das infees

    resistentes aos antibiticos ou das pandemias, que devem ser alvo de aes de sade

    12 ibidem 13 ibidem

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    23

    pblica concertadas que permitam a deteo precoce e a planificao de respostas,

    assentes em avaliaes de risco slidas e fiveis.

    A qualidade dos cuidados de sade, a segurana do doente e a necessidade de

    assegurar que os tratamentos so baseados nos conhecimentos mais atualizados so

    questes-chave, tanto para os profissionais de sade como para os doentes, ou seja,

    devero aplicar-se sistematicamente as boas prticas comprovadas, sempre e em toda

    a parte.14

    No meu sistema de sade ideal, serei saudvel desde o meu nascimento, seguro e tranquilo, at h minha morte com dignidade no final da vida, e rodeado pela minha famlia. Terei muito poucos motivos para interagir diretamente com o prprio sistema de uma forma fsica, para alm das medidas preventivas, como as vacinas ou os rastreios, e as doenas agudas intercorrentes, tais como as doenas inevitveis ou os acidentes. Quando tiver de recorrer a um centro de sade para cuidados de sade proactivos ou a um hospital para um tratamento urgente ou por razes de sade graves, o meu problema ser a resolvido de forma profissional e humana, to rapidamente quanto possvel.

    Lynn Archibald (2014, p25), in Crisp, L. N. (coord.) (2014). Um Futuro para a Sade todos temos um papel a desempenhar. Lisboa: Fundao Calouste Gulbenkian.

    14 ibidem

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    24

    3. Perfil de Sade da RAA

    3.1. Contexto demogrfico e social

    data dos Censos 2011 residiam na RAA 246 772 habitantes (mais 5009 do que em

    2001, o que representa um saldo positivo de 2%), correspondendo a populao

    feminina a 125 238 e a masculina a 121 534 cidados. Em relao estrutura etria

    dos residentes (Quadro 1 e Figura 1), 17,9% tinha menos de 15 anos e 13,1%

    correspondia populao idosa com mais de 65 anos, A evoluo sociodemogrfica

    aoriana tem acompanhado a tendncia observada para o pas, pois em relao a

    2001, o peso do grupo etrio mais jovem diminuiu (2001 - 21,4%) enquanto a

    proporo de idosos com mais de 65 anos na populao aumentou ligeiramente (2001

    - 12,9%). De sublinhar o facto do grupo etrio dos 35 aos 64 anos ter reforado a sua

    importncia entre 2001 e 2011, de 33,4% para 39,2.

    Quadro 1. Estrutura etria da populao (jovens e idosos) e variao da populao residente entre 2001 e 2011 (%).

    Estrutura etria da populao por sexo (%)

    2001 2011 Populao residente Variao entre 2001 e 2011 (%) HM HM

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  • REGIO AUTNOMA DOS AORES

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  • REGIO AUTNOMA DOS AORES

    SECRETARIA REGIONAL DA SADE

    185

    Normas/Circulares/Orientaes:

    Norma n 052/2011, da DGS, de 2712/2011 atualizada a 10/12/2013 - Abordagem

    Teraputica Farmacolgica na Diabetes tipo 2.

    Norma n 025/2011 de 29/09/2011 atualizada a 10/12/2013 - Insulinoterapia na

    Diabetes Mellitus tipo 2.

    Circular Normativa n. 9/2008, de 21 de Abril - Utilizao do Guia da Pessoa com

    Diabetes.

    Circular Normativa n. 14/2001, de 07 de Maio - Normas de utilizao do Guia do

    Diabtico.

    Circular Normativa n 13 e 14/2000, de 06 de Novembro - Torna o Guia do

    Diabtico obrigatrio.

    Circular Normativa n. 05/PNPCD de 22/03/2010 - P Diabtico.

    Circular Normativa n. 09/DGCG de 04/07/2002 - Atualizao dos Critrios de

    Classificao e Diagnstico da Diabetes Mellitus.

    Circular Normativa n. 13/DGCG de07/09/2001 - Diagnstico Sistemtico da

    Nefropatia Diabtica.

    Circular Normativa n. 14/DGCG de 12/12/2000 - Educao Teraputica na

    Diabetes Mellitus.

    Circular Normativa n. 04/DGCG de 01/04/1999 - Retificao - Circular Normativa

    n. 01/DGCG de 09/03/1999 - Avaliao de Qualidade da Prestao de Cuidados

    de Sade ao Diabtico DiabCare.

    Circular Normativa n. 08/DGCG de 04/11/1998 - Diabetes e Gravidez.

    Circular Normativa n. 07/DGCG de 04/11/1998 - Diagnstico Sistemtico e

    Tratamento da Retinopatia Diabtica.

    Despacho Normativo n. 337/98, de 17 de Dezembro de 1998 - Aprova e torna

    obrigatrio o Guia do Diabtico, na RAA (Declarao de Retificao N 44/1998 de

    24 de Dezembro.

    Informao da Direo-Geral da Sade n. 001/2013, de 19/02/2013 - Processo

    Assistencial Integrado da Diabetes Mellitus tipo 2.

  • REGIO AUTNOMA DOS AORES

    SECRETARIA REGIONAL DA SADE

    186

    Norma da Direo-Geral da Sade n. 033/2011 de 30/09/2011 - Prescrio e

    determinao da Hemoglobina glicada A1c.

    Norma da Direo-Geral da Sade n. 025/2011 de 29/09/2011 - Insulinoterapia

    na Diabetes Mellitus tipo 2.

    Norma da Direco-Geral da Sade n. 008/2011 de 31/01/2011 - Diagnstico

    Sistemtico da Nefropatia Diabtica.

    Norma da Direco-Geral da Sade n. 007/2011 de 31/01/2011 - Diagnstico e

    conduta na Diabetes Gestacional.

    Norma da Direco-Geral da Sade n. 006/2011 de 27/10/2011 - Diagnstico

    Sistemtico e Tratamento da Retinopatia Diabtica.

    Norma da Direco-Geral da Sade N 005/2011 de 21/01/2011 - Diagnstico

    Sistemtico do P Diabtico.

    Norma da Direco-Geral da Sade n. 002/2011 de 14/01/2011 - Diagnstico e

    Classificao da Diabetes Mellitus.

    Norma da Direco-Geral da Sade n. 001/2011 de 07/01/2011 - Teraputica da

    Diabetes Mellitus tipo 2: metformina.

    Orientao da Direo-Geral da Sade n. 002/2013, de 18/02/2013 - Processos

    Assistenciais Integrados.

    Orientao da Direo-Geral da Sade n. 003/2012 - Programa Nacional para a

    Diabetes e Programa Nacional de Sade Escolar.

    Orientao da Direco-Geral da Sade n. 005/2011 de 31/01/2011 - Preveno e

    Avaliao da Nefropatia Diabtica.

    Orientao da Direco-Geral da Sade n. 003/2011 de 21/01/2011 - Organizao

    de cuidados, preveno e tratamento do P Diabtico.

    Portaria n 52/2008, de 7 de Julho - Aplica o disposto na Portaria n 253-A/2008,

    de 4 de Abril, dos Ministrios da Economia e da Sade RAA.

    Resoluo do Conselho do Governo n. 37/2009, de 2 de Maro.- Projeto para

    preveno e tratamento da obesidade infantil na RAA.

  • REGIO AUTNOMA DOS AORES

    SECRETARIA REGIONAL DA SADE

    187

    Documentos de interesse:

    INE, I. P./INSA, I. P. (2009). Inqurito Nacional de Sade 2005/2006. INE: Lisboa.

    Disponvel em

    http://www.insa.pt/sites/INSA/Portugues/Publicacoes/Outros/Documents/Epidem

    iologia/INS_05_06.pdf.

    Maia, J. A. R. & Lopes, V. P. (2004). Estabilidade e mudana no crescimento e

    desenvolvimento de crianas e jovens aorianos. Direo Regional da Educao

    Fsica e Desporto, Direo Regional da Cincia e Tecnologia, Faculdade de Cincias

    do Desporto e de Educao Fsica da Universidade do Porto.

    Direo-Geral da Sade (2012). Plano Nacional de Sade 2012-2016. Disponvel

    em http://pns.dgs.pt/pns-em-portugues/.

    Direo-Geral da Sade (2012). Programa Nacional para a Diabetes Orientaes

    Programticas. Disponvel em www.dgs.pt.

    Plataforma Contra a Obesidade (http://www.plataformacontraaobesidade.dgs.pt).

    Santos, R. & Mota, J. (2005). Atividade fsica habitual na populao adulta na RAA.

    Direo Regional da Educao Fsica e Desporto, Direo Regional da Cincia e

    Tecnologia, Faculdade de Cincias do Desporto e de Educao Fsica da

    Universidade do Porto.

    Direo Regional da Sade (2009). Plano Regional de Sade 2009-2012. Disponvel

    em http://pns.dgs.pt/files/2010/02/PRSACORES.pdf.

    Programa Regional de Preveno e Controlo da Diabetes e Luta Contra a

    Obesidade 2009-2012. Disponvel em

    http://www.azores.gov.pt/NR/rdonlyres/58E1085F-3CBD-45C7-9A79-

    061B97D27317/393614/PRSCDLCO04_12_20091.pdf.

  • REGIO AUTNOMA DOS AORES

    SECRETARIA REGIONAL DA SADE

    188

    5.2.2. rea de Interveno na Obesidade

    A obesidade uma doena crnica, com grande prevalncia nos pases desenvolvidos,

    constituindo a segunda causa de morte evitvel, suscetvel de preveno. Constitui um

    dos mais importantes problemas de sade pblica, exigindo assim uma estratgia

    concertada, incluindo a promoo de hbitos alimentares saudveis e de uma vida

    mais ativa180, 181.

    Neste contexto, importante definir um programa que determina um conjunto

    concertado e transversal de aes destinadas a garantir e incentivar o acesso e o

    consumo de determinado tipo de alimentos, tendo como finalidade melhorar o estado

    nutricional da populao, incentivando a disponibilidade fsica e econmica dos

    alimentos constituintes de um padro alimentar saudvel, e criar as condies para

    que a populao os valorize, aprecie e consuma, integrando-os nas suas rotinas dirias.

    A nvel europeu, a alimentao e a nutrio voltaram a ser considerados elementos

    chave na definio dos objetivos, estratgias e recomendaes presentes em diversos

    documentos tanto da World Health Organization (WHO), como da European

    Commission (EC). Neste sentido, em 2013, a WHO desenvolveu um plano de ao

    global para as doenas crnicas WHO 2013-2020 Action Plan for the Global Strategy

    for the Prevention and Control of Non Communicable Diseases 182 , no qual a

    alimentao inadequada foi apresentada com um dos quatro principais fatores de risco

    para doenas cardiovasculares, cancro, doenas respiratrias crnicas e diabetes. De

    acordo com a declarao da First Global Ministerial Conference on Healthy Lifestyles

    and Noncommunicable Disease Control183, a promoo de uma alimentao saudvel,

    atravs da reduo do consumo de gordura saturada, de gordura tipo trans, de sal e de

    acar, aumentando o consumo de fruta e hortcolas, merece particular ateno.

    180 WHO (2000). Obesity: preventing and managing the global epidemic. WHO technical report series; 894. Geneva.

    Disponvel em http://libdoc.who.int/trs/WHO_TRS_894.pdf, consultado a 27 de Setembro de 2013. 181 WHO (2003). Obesity and overweight. Disponvel em consultado a 27 de setembro de 2014. Disponvel em

    http://www.who.int/dietphysicalactivity/media/en/gsfs_obesity.pdf, consultado a 27 de Setembro de 2013. 182 WHO (2013). 2013-2020 Action Plan for the Global Strategy for the Prevention and Control of Noncommunicable

    Diseases. Disponvel em http://www.who.int/nmh/events/2013/revised_draft_ncd_action_plan.pdf, consultado a 27 de setembro de 2013.

    183 WHO (2011). First Global Ministerial Conference on Healthy Lifestyles and Noncommunicable Disease Control. Moscow. Disponvel em http://www.who.int/nmh/publications/who_bestbuys_to_prevent_ncds.pdf, consultado a 27 de setembro de 2013.

  • REGIO AUTNOMA DOS AORES

    SECRETARIA REGIONAL DA SADE

    189

    A rea de Interveno na Obesidade deve, assim, ser implementada numa tica de

    transversalidade e complementaridade com as restantes reas de Interveno da

    Estratgia Regional de Combate s Doenas Crnicas, interligando-se ainda com as

    intervenes delineadas na Estratgia Regional de Combate s Doenas

    Cerebrocardiovasculares e com as reas de Interveno de Promoo da Sade em

    Contexto Escolar e na Sade Infantojuvenil, integrantes da Estratgia Regional para a

    Promoo de Estilos de Vida Saudvel e Preveno de Comportamentos de Risco,

    visando prevenir o excesso de peso e a obesidade em todos os grupos etrios da

    populao.

    Para fazer face a esta problemtica a presente rea de interveno vai incidir em dois

    eixos fundamentais: i) na promoo de uma alimentao saudvel, atravs da reduo

    do consumo de gordura saturada, de gordura tipo trans, de sal e de acar,

    promovendo o aumento do consumo de fruta e hortcolas, e, face grave carncia de

    iodo verificada no recente estudo nacional184 em que a RAA participou, quer em

    grvidas quer nas crianas em contexto escolar, fomentar a incluso na dieta de

    alimentos ricos neste elemento essencial, e ii) na diminuio dos nveis de

    sedentarismo da populao.

    A operacionalizao desta rea de Interveno feita do seguinte modo:

    184 Limbert et al. (2012). Aporte do iodo nas Regies Autnomas da Madeira e dos Aores. Revista Portuguesa de

    Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo, 7 (2), 2-7.

  • REGIO AUTNOMA DOS AORES

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  • REGIO AUTNOMA DOS AORES

    SECRETARIA REGIONAL DA SADE

    192

    Normas/Circulares/Orientaes:

    Circular Normativa n.: 03/DGCG, de 17/03/05 - Programa Nacional de Combate

    Obesidade.

    Orientao n. 028/2012, de 31/12/2012 - Boas prticas na abordagem do doente com

    obesidade elegvel para cirurgia baritrica.

    Documentos de interesse:

    ACSS, I. P. (2012). Referenciais de competncias e de formao para o domnio da

    Obesidade Formao contnua. Lisboa. Disponvel em http://www.acss.min-

    saude.pt/Portals/0/OBESIDADE.pdf.

    Direo-Geral da Sade (2012). Programa Nacional para a Promoo da Alimentao

    Saudvel. Documento publicado em www.dgs.pt.

    Direo Regional da Sade (2009). Programa Regional de Preveno e Controlo da

    Diabetes e Luta Contra a Obesidade 2009-2012.

    WHO (2000). The World Health Report 2000. Obesity Preventing and Managing the

    Global Epidemic. Geneva.

    Direo-Geral da Sade/ Programa Nacional para a Promoo da Alimentao

    Saudvel (2013). Portugal Alimentao Saudvel em nmeros 2013. Disponvel em

    http://www.dgs.pt/estatisticas-de-saude/estatisticas-de-saude/publicacoes/portugal-

    alimentacao-saudavel-em-numeros-2013.aspx.

    Graa, P. (2013). Estratgia para a reduo do consumo de sal na alimentao em

    Portugal. Direo-Geral da Sade. Disponvel em http://www.dgs.pt/documentos-e-

    publicacoes/estrategia-para-a-reducao-do-consumo-de-sal-na-alimentacao-em-

    portugal-relatorio.aspx.

    Gregrio, M. J.; Santos, M. C. T.; Ferreira, S. & Graa, P. (2012). Alimentao Inteligente

    - coma melhor, poupe mais. Direo-Geral da Sade/Edenred Portugal: Lisboa.

    Disponvel em

    http://goprod.dgs.pt/ResourcesUser/manual_alimentacao_inteligente.pdf.

  • REGIO AUTNOMA DOS AORES

    SECRETARIA REGIONAL DA SADE

    193

    Barros, R.; Moreira, P.; Moreira, A. & Almeida, M. M. (2012). Alergias alimentares.

    Direo-Geral da Educao/ Direo-Geral da Sade: Lisboa. Disponvel em

    http://www.dgs.pt/documentos-e-publicacoes/alergias-alimentares.aspx.

    WHO (2010). Set of recommendations on the marketing of foods and non-alcoholic

    beverages to children. Geneva. Disponvel em

    http://www.who.int/dietphysicalactivity/publications/recsmarketing/en/index.html.

  • REGIO AUTNOMA DOS AORES

    SECRETARIA REGIONAL DA SADE

    194

    5.2.3. rea de Interveno na Hipertenso

    A HTA, como doena crnica que , necessita da teraputica e vigilncia continuada no

    tempo, sendo importante no esquecer que a interrupo da teraputica, absoluta ou

    intermitente, pode associar-se a um agravamento da situao clnica187.

    Apesar da deteo precoce da HTA ser fundamental para o seu controle, existe um

    conjunto de medidas no s preventivas 188 , mas tambm teraputicas (no

    farmacolgicas) de extrema importncia, que devem ser desenvolvidas no mbito das

    intervenes de combate HTA e s suas consequncias, de entre as quais se

    destacam:

    i) a reduo do contedo de sal na alimentao;

    ii) uma dieta equilibrada e combate obesidade;

    iii) a prtica regular de exerccio fsico e combate ao sedentarismo;

    iv) a cessao tabgica;

    v) o consumo moderado de lcool.

    Esta rea de Interveno transversal s reas de Interveno na Obesidade, nas

    Dependncias, na Diabetes Mellitus e Estratgia Regional de Combate s Doenas

    Cerebrocardiovasculares (AVC e EAM). Assenta em duas linhas fundamentais: a

    preveno da HTA e a vigilncia/tratamento dos utentes diagnosticados com HTA.

    A operacionalizao desta rea feita do seguinte modo:

    187 Norma 020/2011 da DGS, de 28/09/2011 atualizada a 19/03/2013 - Hipertenso Arterial: definio e

    classificao. 188 Ferreira, R. C. (2013). Hipertenso arterial: uma ameaa silenciosa. Disponvel em

    http://www.portaldasaude.pt/portal/conteudos/a+saude+em+portugal/ministerio/comunicacao/artigos+de+imprensa/ameaca+silenciosa.htm, consultado a 10 de setembro de 2013.

  • REGIO AUTNOMA DOS AORES

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