Plantacoes em dunas costeiras

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Plantações em Dunas costeiras 2013 Índice 1. Introdução.................................................. 2 1.1........................................................Objectivos 3 1.1.1.Geral:................................................... 3 1.1.2.Específicos:............................................. 3 3. Plantações em Dunas costeiras...............................4 3.3...................................Preparação do Local - limpeza 5 3.4......................................................... Plantação 6 3.4.1.Técnicas de plantio......................................6 3.4.2.Período da plantação.....................................7 4. Conclusão................................................... 9 6. Bibliografia............................................... 10 7. Anexos..................................................... 11 Elaborado por: João, Maúnze, Cuambe, Sambo, Zindoga e Tenguice UEM - FAEF 1

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Índice

1. Introdução.................................................................................................................................2

1.1. Objectivos.................................................................................................................................3

1.1.1. Geral:.................................................................................................................................3

1.1.2. Específicos:.......................................................................................................................3

3. Plantações em Dunas costeiras.................................................................................................4

3.3. Preparação do Local - limpeza.................................................................................................5

3.4. Plantação..................................................................................................................................6

3.4.1. Técnicas de plantio............................................................................................................6

3.4.2. Período da plantação.........................................................................................................7

4. Conclusão.................................................................................................................................9

6. Bibliografia.............................................................................................................................10

7. Anexos....................................................................................................................................11

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1. Introdução

As dunas se desenvolvem a partir da interacção do vento, da areia e da vegetação. Do mar vem a

areia, que carregada pelo vento acumula-se ao encontrar um obstáculo. Com o crescimento da

vegetação típica, a areia vai sendo fixada, formando dunas de diferentes desenhos e tamanhos.

(De Almeida, António Campar 2001).

As mais próximas ao mar, são baixas e nestas a vegetação é capaz de resistir ao sal e às subidas do mar – são ditas dunas embrionárias; logo atrás, estão as dunas mais altas com vegetação variada e delas pode-se observar a amplidão da praia – a estas se denomina dunas primárias e secundária (NEMA, 2006, Documento técnico.s ()

As dunas costeiras exercem funções ambientais importantes: estabilizam a linha de costa, protegem o lençol freático, constituem barreira natural contra as ressacas do mar e são habitat para diferentes espécies da fauna e da flora (NEMA, 2006.)

A cobertura vegetal desempenha uma função importantíssima para a manutenção de dunas

costeiras vegetadas (Dewhurst, 2002). A perda da vegetação torna a praia e a duna mais

susceptível à erosão causada por ventos e ondas e dificulta a recomposição destes ambientes após

a passagem de ondas com alta energia. (Dewhurst, 2002), citado por (Balidy et al. 2008).

Sobre as dunas pode ser realizada uma regeneração artificial, cujos objectivos podem ser a

protecção, lazer e até mesmo a produção madeireira, bem como combinação dos objectivos;

O êxito da regeneração artificial depende de aspectos ambientais e silviculturais. Sempre que

possível, é necessário assegurar que as características naturais do solo estão presentes, caso

contrário o terreno deve ser previamente preparado, e respeitar o recomendado para cada uma

das espécies. (Sitoe et al. 2002).

Portanto as plantações florestais podem contribuir para minimizar os impactos da degradação na zona costeira através da fixação das dunas e estabilização das bacias hidrográficas (De Almeida, 2002).As plantações em dunas costeiras estão inseridas no sistema de reflorestamento protector não

industrial de grande superfície, bem como indústrias de grandes superfícies; onde para

plantações com fins protectoras, têm como principal objectivo a protecção de dunas costeiras

contra a erosão hídrica e eólica e quebra vento; e para fins indústrias, podem destinarem-se a

produção de madeira serrada, postes. (De Almeida, 2001).

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À semelhança dos outros tipos de plantações, as plantações em dunas costeiras são estabelecidas

obedecendo certos procedimentos e técnicas, que vão desde o levantamento de espécies existente

na área, preparação do terreno até o plantio. (De Almeida, António Campar 2001)

1.1. Objectivos

1.1.1. Geral:

Descrever as Plantações em dunas costeiras.

1.1.2. Específicos:

Identificar a finalidade das plantações em dunas costeiras;

Descrever as formas de preparação do terreno adequadas em dunas costeiras;

Descrever as técnicas de plantio adequadas em dunas costeiras;

Descrever as espécies adequadas e recomendadas para plantio em dunas costeiras;

Identificar experiencias das plantações em dunas costeiras no pais.

2. Metodologia

Revisão bibliográfica – consistiu em consultar diferentes informações publicadas a cerca

do tema, seguido duma sinergia dessa informação publicada com os assuntos debatidos

durante as aulas.

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3. Plantações em Dunas costeiras

3.1. Descrição da vegetação das dunas costeiras

A vegetação nativa desempenha importante papel na formação e fixação das dunas, e tipo varia

de região para região. São plantas adaptadas às condições ambientais extremas como salinidade,

atrito dos grãos e movimentos de areia. A vegetação existente nas dunas provém da sucessão

vegetal (pioneira até equilíbrio ecológico – clímax). A vegetação fixadora (pioneira) de areia é

constituída principalmente pela catiporágua de cor vermelhos, a margarida-das-dunas, o capim

salgado e o capim das dunas. Citado por (NEMA, 2006).

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Nas dunas também ocorre formações de brechas costeiras, floresta ribeirinha e graminal.

As brechas costeiras são constituídas por estratos que podem atingir entre 3 -5m, encontrando

algumas espécies como a Afzelia quanzensis, Albizzia adiantifolia, Albizzia versicolor, trepadeira

como a Cissus quadrangularis. Na floresta ribeirinha predominam espeçcies como a Bambusa

sp, Sclerocarya birrea, Euphorbia titrucalli e Ficus sp; a graminal ocorre apos a floresta

ribeirinha e brecha costeira, encontram-se espécies como Syzygium cordatum, Ozoroa obovata,

Euclea natalensis e Terminalia seriecea. (Balidy et al. 2008).

3.2. Implantação duma plantação em dunas costeiras.

3.2.1. Planeamento da plantação

No planeamento da plantação em dunas costeiras, depois duma planificação ao nível de

gabinete, segue-se uma análise do local de plantio concernente ao tipo de vegetação existente,

que nos levara a definir os destemas a empregar na limpeza do terreno. Dependendo de cada

área pode haver casos em que será necessário o uso de maquinarias pesadas para a remoção

da vegetação (caso de florestas ribeirinhas e brechas costeiras). Nesta fase também se

identificam as espécies a usar que deveram ir ao encontro do sistema de reflorestamento, tipo

e salinidade dos solos das dunas costeiras. O fim disso será a execução do projecto de

reflorestamento (Staiss, 2002)

3.3. Preparação do Local - limpeza

A preparação do terreno segue os seguintes passos:

Derrubada

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Dependendo do tipo de vegetação encontrada em cada área pode-se executar a remoção da

vegetação usando um sistema mecanizado ou manual. Porque algumas áreas estão na fase de

colonização pela vegetação pioneira, porém, para áreas com formações florestais como

brechas costeiras e floresta ribeirinha torna-se necessário o uso de máquinas para a remoção

de toda vegetação arbórea e arbustiva. Para este caso usa-se a lâmina bulldozer e tractores

com puchadores de árvores, respeitando os cuidados que influenciaram na erosão dessas

áreas. (Staiss, 1994).

Aproveitamento de material e queima – Geralmente o material proveniente da derruba são

usados como lenha, estacas, alguns casos como madeira serrada. Os resíduos são queimados

em montões (queima parcial) para reduzir os impactos da queima sobre o solo. (Staiss, 2002)

Dependendo do tipo de vegetação torna-se necessário a remoção dos cepos, com vista a

facilitar trabalhos subsequentes. (SS Mbié 2008).

Lavoura e gradagem

A lavoura se efectuam para solos onde já esteve coberto por uma vegetação como forma de

facilitar a acomodação das plantas na época da plantação. A remoção de lixo e ervas

daninhas existentes podem ser necessários para evitar dificuldades de plantio, bem como

podem reter algumas espécies exóticas a curto prazo quando antes não entram em

competição com a plantação implantada.

A operação de dragagem pode ser uma complementação de lavoura para quebrar os pedaços

de solo e de maneira criar condições mais favoráveis para um plantio subsequente. Utiliza se

normalmente grades leves de diferentes tipos acoplados aos tractores de pneu.( Staiss, 2002)

Estabilização das dunas.

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Actividade geralmente realizada 1 ano antes da plantação, que consiste na construção de pré-

dunas, seguida da fixação de dunas através da vegetação nativa (criar as condições para

actividades posterior de plantio propriamente dito). São escolhidas espécies pioneiras, que

ocorram e colonizam num curto espaço de tempo, a duna desde que conhece os métodos de

vegetação a serem empregues para as tais espécies. (NETO et al., 2004).

3.4. Plantação

3.4.1. Técnicas de plantio

Faz-se uma implantação por plantio, onde as mudas são produzidas em viveiros florestais. Usam-

se mudas produzidas pela técnica de embalagem (produção própria ou de terciários) como forma

de garantir maior adaptação as condições do terreno definitivo, o que concorre para alta taxa de

sobrevivência das mudas durante a época seca; O plantio é manual, sendo efectuado por

enxadões (Guedes, Benard S; Staiss 2002).

Limpeza – maquinaria

Estabilização das dunas - Manual

Plantio - Manual

3.4.2. Período da plantação

O Plantio geralmente é realizado na estação chuvosa (Dezembro a Março, caso de

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Moçambique, e outros países de clima tropicais). Iniciando logo após aqueda das primeiras

chuvas desde eu estejam em quantidades suficientes para se efectuar o plantio. Evitando desta

forma plantar na época seca, ou mesmo no fim da estação chuvosa. (Staiss, 2002))

3.4.3. Espaçamento

De forma geral usa-se espaçamento triangular; o espaçamento entre as plantas será diferente

dependendo da sua forma de crescimento. Geralmente, usa-se o espaçamento 2x2 a 3x3 m para a

produção de madeira, podendo ser menor quando o objectivo da plantação é o da protecção do

solo, 1x1 m na zona de origem do vento até 2x2m na zona de protecção. (Staiss, 2002)

3.4.4. Características das espécies e mudas usadas em Dunas costeiras

As espécies usadas para plantações em dunas costeiras devem apresentar:

Sistema radicular resistente;

Capacidade de suportar às condições de salinidade e sodicidade extrema;

Resistência à más condições edáficas, ambientais (temperaturas extremas) e

nutricionais;

Planta com um bom torrão.

Altura maiores que 50 cm.

3.4.5. Espécies usadas em Plantações de dunas costeiras.

Usam-se dois tipos de vegetação, sendo a herbácea (primeira a ser estabelecida) e a arbórea a

ultima a ser estabelecida depois da herbácea criar condições adequadas para o crescimento e

desenvolvimento da componente arbórea.

A vegetação herbácea é composta por espécies rasteira e de geralmente nativas e pioneiras, desde que apresentem ramificações e fixem sedimentos arenosos (Devall, 1992) citado por (NETO et al., 2004). Esta vegetação é geralmente colocada na porção frontal das dunas. (NETO et al., 2004). Como exemplo destas espécies encontram-se: Ipomoeapes caprae, Senecio crassiflorus, Spartina ciliata, Panicum racemosum e Hidrocotyle bonariensis…………..todas devendo serem produzidas em viveiros florestais.(NEMA, 2006)

As espécies florestais usadas vão de acordo com os objectivos a se ter com a implantação florestal (protecção, lazer, produção de madeira serrada ou combinação dos objectivos). Exemplo de espécies mais adaptadas e vulgarmente usadas em plantações nas dunas costeiras pode-se referenciar, Casuarina equisetifolia, Banksia intergrifolia, Especies de mangais ( NEMA, 2006) ), algumas espécies de genero Pinus (de Almeida, 2001).

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3.4.6. Abertura de covas

A abertura das covas é efectuada logo no momento da plantação devido as características do

terreno (arenoso), sobre a vegetação plantada para estabilização das dunas. As covas devem

ter uma largura e profundidade maior (maior que a embalagem) normalmente com dimensões

de que variam de 40*40 a 50*50cm. (Staiss, 2002)

3.5. Plantação e abertura de bacias

Além das normas utilizadas durante a plantação como remoção dos plásticos, posicionamento

do sistema radicular, e é necessário se mergulhem as plantas na água antes do plantio.

Planta com o torrão logo abaixo da superfície do solo (com a excepção de plantas de dunas

frontais); deve-se assegurar, se as plantas são bem regadas no momento da plantação, para

não permitir que as plantas fiquem com escassez de água.

Apôs o plantio efectua-se a abertura de bacias para captar água quando possível, o que

possibilitará manter a humidade em volta da planta por muito tempo.( SS Mbié, 2008)

3.6. Experiencias das plantações em dunas costeiras no pais.

Em Moçambique encontram-se as plantações nas províncias de Gaza em Bilene com finalidades

de protecção costeira, Sofala na cidade da Beira por se localizar abaixo de nível do mar houve a

necessidade de prevenir fazendo plantações com finalidades de prevenção da erosão pluviais.

4. Conclusão

As plantações em dunas costeiras estão inseridas no sistema de reflorestamento

protector não industrial de grande superfície, bem como indústrias de grandes

superfícies; onde têm como principal finalidade, a protecção de dunas costeiras contra a

erosão hídrica e eólica e quebra vento, a produção de madeira serrada e postes.

Dependendo do tipo de vegetação encontrada nas dunas, pode-se efectuar a derrubada

mecanizada (brechas costeiras e floresta ribeirinha) ou manual (vegetação pioneira),

mas em caso de uso de maquinaria, torna-se imprescindível respeitar todos o cuidados

que se deve ter na preparação do terreno, para que não haja diminuição dos riscos de

erosão durante o uso da mesma maquinaria; geralmente usa-se a lâmina bulldozer e

tractores com puchadores de árvores.

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Em plantações de dunas costeiras deve-se usar mudas produzidas pela técnica de

embalagem (produção própria ou de terciários) como forma de garantir maior adaptação

as condições do terreno definitivo, o que concorre para alta taxa de sobrevivência das

mudas durante a época seca; O plantio é manual, sendo efectuado por enxadões.

Nestas plantações, o espaçamento pode variar, dependendo da finalidade da plantação,

sendo mais usado o triangular, podendo variar de 2m x 2m a 3m x 3m para a produção de

madeira serrada, dependendo da forma, podendo ser menor quando a finalidade é a

protecção do solo (1m x 1m).

As espécies florestais usadas vão de acordo com os objectivos a se ter com a implantação

florestal (protecção, lazer, produção de madeira serrada ou combinação dos objectivos).

Exemplo de espécies mais adaptadas e vulgarmente usadas em plantações nas dunas

costeiras pode-se referenciar, Casuarina equisetifolia, Banksia intergrifolia, espécies de

mangais, algumas espécies de género Pinus

5. Recomendações

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6. Bibliografia

Balidy, HJ; HH Pacule; AJ Matavel; JC Horril; M Mechisso; GM Mulhovo; AR

Zunguze, SS Mbié (2008), Reserva Especial do Bilene. Situação Biofísica e

Socioeconómica Actual. Volume 1. CDS Zonas Costeiras e DPCA – Gaza/MICOA

NEMA, Plano de Maneio de Dunas Costeiras, RS, 2006, Documento técnico.

Ribeiro, Natasha; Sitoe, Almeida A.; Guedes, Benard S; Staiss (2002), Manual de

Silvicultura Tropical, UEM-FAEF, FAO, Maputo, 57pp.

De Almeida, António Campar (2001), A Floresta nas Dunas Costeiras – achegas para a

sua gestão, SPCF, Centro de Estudos Geográficos, Évora, Portugal, 2001, pp. 303-308

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7. Anexos

i. Exemplos de florestas implantadas sobre asa dunas costeiras:

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