PLANTAS MEDICINAIS O CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO 7° ANO DO CENTRO EDUCACIONAL MUNICIPAL PADRE...

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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ - UECE FACULDADE DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIAS E LETRAS DE IGUATU - FECLI CURSO DE CIÊNCIAS BIOLÓGICAS MARIA CLEIDELVANIA ALVES DA SILVA PLANTAS MEDICINAIS: O CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO 7º ANO DO CENTRO EDUCACIONAL MUNICIPAL PADRE JANUÁRIO CAMPOS, IGUATU-CE IGUATU/CE 2014

Transcript of PLANTAS MEDICINAIS O CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO 7° ANO DO CENTRO EDUCACIONAL MUNICIPAL PADRE...

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    UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR - UECE

    FACULDADE DE EDUCAO, CINCIAS E LETRAS DE IGUATU - FECLI CURSO DE CINCIAS BIOLGICAS

    MARIA CLEIDELVANIA ALVES DA SILVA

    PLANTAS MEDICINAIS: O CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO 7 ANO DO CENTRO EDUCACIONAL MUNICIPAL PADRE JANURIO

    CAMPOS, IGUATU-CE

    IGUATU/CE 2014

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    MARIA CLEIDELVANIA ALVES DA SILVA

    PLANTAS MEDICINAIS: O CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO 7

    ANO DO CENTRO EDUCACIONAL MUNICIPAL PADRE JANURIO CAMPOS, IGUATU-CE

    Projeto de monografia submetido Coordenao do Curso de Cincias Biolgicas da Faculdade de Educao, Cincias e Letras de Iguatu, da Universidade Estadual do Cear, como requisito parcial para aprovao na disciplina de Projeto de Monografia. Orientadora: Profa. Dra. Marlete Moreira de Sousa Mendes

    IGUATU/CE 2014

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    A meu av Miguel (in memoriam) que me

    inspirou quanto a este tema e que com muita

    sabedoria e simplicidade me ensinou segundo

    o seu conhecimento sobre o poder que as

    plantas medicinais tinham para cura de

    doenas, e aos meus pais que ao longo da vida

    tm me incentivado aos estudos.

    A eles dedico...

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    AGRADECIMENTOS A DEUS que me deu o dom da vida e foras para superar tantas

    dificuldades ao longo do curso.

    A meus pais que mesmo sem formao me ajudaram dando foras e

    incentivando para que eu no desistisse.

    minha amiga e irm em Cristo, Patrcia Mrcia formada em Cincias

    Biolgicas pela mesma instituio, por ter-me incentivado na escolha do curso, da

    qual hoje no me arrependo e pelas aulas que me deu contribuindo para que eu

    chegasse universidade.

    A meu av Miguel (in memoriam) que me iluminou em relao a esse

    tema e que muito acreditava na cura atravs das plantas medicinais.

    A todos os meus professores desde as seris iniciais e a todos da

    universidade mesmo os que de alguma maneira no tive tanta afinidade, a todos que

    me ensinaram com pacincia mostrando sua sabedoria.

    Ao PIBID (PROGRAMA INSTITUCIONAL DE BOLSA DE INICIAO A

    DOCNCIA) e s supervisoras Clarice e Lucicleide que ao longo de um ano

    contriburam com suas experincias me incentivando para o trabalho da docncia.

    A minha orientadora, Marlete Mendes, pela ateno, apoio e dedicao

    ao longo deste trabalho.

    A Francisca Fernandes, aluna do curso de Cincias Biolgicas e amiga de

    sala de aula, que ao longo do curso tem contribudo de forma significativa para essa

    formao.

    s minhas irms Dora, Selma, Silene e Katiane que me compreendiam

    nos momentos de estresse e cansao na mistura de trabalho e estudos.

    A Mrcio meu companheiro e grande amigo, que est ao meu lado

    durante esse tempo, me aconselhando em muitas dvidas e incertezas. Enfim, a

    todos que de alguma maneira acreditaram que eu chegaria ao fim. Obrigada!

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    O conhecimento o mais precioso dos

    tesouros porque jamais pode ser dado, nem

    roubado, nem consumido.

    (Provrbio Sanscrito)

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    RESUMO

    O histrico de uso das plantas tem-se dado no apenas para fins alimentcios, mas tambm como forma teraputica para a cura de muitas enfermidades. O conhecimento das plantas medicinais tem sido transmitido ao longo de geraes, de pais para filhos, sendo mantido at os dias atuais. Muitas regies por todo o mundo, sobretudo aquelas com riqueza vegetal elevada ou com baixo desenvolvimento humano, tm buscado alternativas para suprir a carncia medicamentosa da populao atravs da medicina natural, que engloba o uso de produtos extrados da natureza (ar, luz solar, gua e plantas) da forma mais simples possvel. Fazem parte da medicina natural, entre outras, a aromaterapia, a cromoterapia, a homeopatia e a fitoterapia, sendo esta ltima o principal enfoque desta pesquisa. O presente trabalho tem como objetivo verificar o conhecimento que os alunos do 7 Ano do Centro Educacional Municipal Padre Janurio Campos possuem sobre as plantas medicinais e suas respectivas utilidades na cura de enfermidades. A referida escola est situada em uma regio na qual a populao apresenta uma renda considerada extremamente baixa, cujo rendimento domiciliar per capita mensal de 1/4 da populao no passa de R$ 70,00. Para alcanar os objetivos propostos ser realizada uma pesquisa do tipo exploratria, descritiva, numa abordagem quantitativa. Este estudo ser feito atravs de um questionrio e aps informaes colhidas ser desenvolvida uma aula de botnica sobre os aspectos referentes s plantas medicinais como: partes utilizadas, indicaes e aspectos morfolgicos visando confeco de um herbrio (lbum) com auxlio dos alunos. Em outro momento, para melhor entendimento dos alunos, ser realizado um workshop (oficina) com amostra de produtos feitos a partir das plantas medicinais (shampoo, xarope, gel, etc.) e exposio das plantas tanto frescas como secas (casca, pau, folha, raiz). Espera-se que esta pesquisa fornea dados quantitativos das relaes que os alunos e familiares possuem quanto s plantas medicinais. Palavras-chaves: Medicina natural. Fitoterapia. Sade. Ensino Fundamental.

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    ABSTRACT

    The historical of use of the plants has been given not only for food purposes but also as a therapeutics form to the cure of many diseases. The knowledge of medicinal plants has been passed over generations, from parents to children, being kept until today. Many regions around the world, especially those with high plant species richness or low human development, have sought alternatives to supply the lack of medication of the population through natural medicine, which includes the use of products extracted from nature (air, sunlight, water and plants) in the simplest possible way. The chromotherapy, homeopathy, aromatherapy and phytotherapy, among others, are part of the natural medicine, the latter being the main focus of this research. This study aims to check the knowledge that students of the 7th Year of the Padre Janurio Campos Municipal Educational Center have about medicinal plants and their uses in curing diseases. That school is situated in a region where the population has a considered extremely low income, whose household income per capita monthly from1/4of the population is only R$ 70.00. To achieve the proposed objectives we will be held an exploratory and descriptive research, on a quantitative approach. This study will be done through a questionnaire that will be applied to students following information obtained by, we will develop a botany lesson on aspects related to medicinal plants as parts used, indications and morphological aspects for making a herbarium (album) with the help of students. In another moment, for better understanding of the students, a workshop with sample of products made from medicinal plants (shampoo, syrup, gel, etc.) and exposure of both fresh and dried plants (bark, wood products, leaf, root) will be carried out. It is expected that this research will provide quantitative data on the relationships that students and families have about the medicinal plants. Keywords: Natural medicine. Phytotherapy.Health.Primary school.

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    SUMRIO 1 INTRODUO ....................................................................................................... 10

    2 OBJETIVOS ........................................................................................................... 12

    2.1 OBJETIVO GERAL ................................................................................................ 12

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS .................................................................................... 12

    3 REFERNCIAL TERICO .................................................................................... 13

    3.1 MEDICINA CONVENCIONAL X MEDICINA NATURAL ................................... 13

    3.1.1 Medicina convencional ou moderna........................................................... 13

    3.1.2 Medicina natural......................................................................................... 13

    3.2 FITOQUMICA ...................................................................................................... 18

    3.3 PLANTAS MEDICINAIS DE USO COMUM NA REGIO NORDESTE DO BRASIL ................. 19

    3.4 MEDODOLOGIAS PARTICIPATIVAS PARA ENSINO-APRENDIZAGEM.......22 4 METODOLOGIA .................................................................................................... 23

    4.1 TIPO DE PESQUISA ........................................................................................ 23

    4.2 LOCAL DE ESTUDO ........................................................................................ 24

    4.3 ASPECTOS TICOS E LEGAIS DA PESQUISA .............................................. 24

    4.4 POPULAO E AMOSTRA ........................................................................... 245

    4.5 MONTAGEM DOS HERBRIOS (LBUNS) E OFICINA .................................. 25

    4.6 COLETA DE DADOS ........................................................................................ 26

    4.7 ANLISE DE DADOS ....................................................................................... 27

    5 RESULTADOS ESPERADOS ............................................................................... 28

    CRONOGRAMA ....................................................................................................... 29

    REFERNCIAS ......................................................................................................... 30

    APNDICES ............................................................................................................. 38

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    1 INTRODUO

    Desde os primrdios as plantas tm participado da histria do homem

    que as tem utilizado para suprir suas necessidades, as quais vo desde fontes

    alimentcias, industriais, mdicas ou at mesmo ritualsticas. Em meio a esta

    relao, o homem aprendeu como manter uma alimentao mais saudvel e curar

    suas enfermidades. Assim, logo percebeu as propriedades curativas e txicas dos

    vegetais, o que levou, ao longo dos tempos, seleo daquelas que poderiam ser

    utilizadas (ALBUQUERQUE, 2002; MIGUEL; MIGUEL, 1999).

    Sabe-se que muitas comunidades e grupos tnicos utilizam as plantas

    como o nico recurso teraputico, buscando preservar a cultura familiar e/ou da

    regio, mantendo assim um conhecimento que transmitido atravs dos pais, avs

    e tios, onde os mais novos aprendem com os mais velhos, sobre como fazerem o

    uso de chs, infuses e lambedores utilizando as plantas (CUNHA, 2005; SIMES,

    1999).

    O uso de plantas medicinais e rituais no Brasil tem sido o resultado da

    influncia cultural dos indgenas locais miscigenada s tradies africanas e

    cultura europeia trazida pelos colonizadores (ALMEIDA, 2003), sendo que este

    conhecimento o nico recurso teraputico de muitas comunidades

    (TRESVENZOL et al., 2006).

    As plantas constituem-se atividade cultural, a qual , segundo o

    pensamento antropolgico, o sistema integrado de padres de comportamento

    aprendidos, os quais so caractersticos dos membros de uma sociedade e no o

    resultado de herana biolgica (FROST; HOEBEL, 1999).

    Segundo a Organizao Mundial de Sade (OMS), as plantas medicinais

    continuam ocupando lugar de destaque no arsenal teraputico considerando pases

    emergentes como o Brasil. Cerca de 90% da populao do Nordeste brasileiro,

    mesmo no tendo acesso a estudos que afirmem a eficcia das plantas, fez ou faz

    uso da medicina popular como soluo de suas enfermidades, utilizando-se delas

    para substituir a assistncia mdica convencional (COSTA et al., 1998; YUNES et

    al., 2001).

    Segundo Guerra, Nodari e Pillon (2001, 2002), o Brasil possui a maior

    biodiversidade de plantas do mundo e tem ocupado posio de destaque, uma vez

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    que estas tm apresentado alternativas aos medicamentos alopticos, sendo seus

    usos impulsionados pela diversidade biolgica e aspectos socioeconmicos e

    culturais (ALVES et al., 2008). Assim estudos etnobotnicos tm colaborado quanto

    ao uso crescente da flora medicinal de diversas regies do Brasil nas tcnicas de

    isolamento e identificao dos metablitos secundrios existentes em plantas

    medicinais (YUNES et al., 2001).

    Diante das desigualdades existentes, o Brasil tem procurado de alguma

    maneira assistncia para suprir as necessidades medicamentosas da populao.

    Os produtos fitoterpicos tm representado 6,7% do mercado total de

    medicamentos (OZAKI; DUARTE, 2006), para assistncia da populao brasileira,

    principalmente na regio Nordeste onde h maior possibilidade de desenvolver

    doenas (COSENDEY et al., 2000; MATOS, 1998).

    Segundo o censo demogrfico de 2010, o ndice de desenvolvimento da

    populao de Iguatu-CE denota uma renda considerada extremamente baixa,

    sendo que o rendimento domiciliar per capita mensal de 1/4 da populao no

    passa de R$ 70,00 (IBGE, 2010). Nesta situao pode-se destacar o estado crtico

    de muitas crianas que vivem no municpiono qual a escola a ser utilizada para este

    estudo est situada, de forma que muitas delas no possuem dinheiro nem para

    comprar seu prpio alimento.

    Diante do exposto e tendo como base pesquisas de diversos autores,

    que mostram a importncia das plantas medicinais quanto eficacia na cura de

    doenas, fica o questionamento: qual o conhecimento dos alunos do Centro

    Educacional Municipal Padre Janurio Campos sobre as plantas medicinais, na

    busca de curar suas doenas, as quais esto inseridas em um contexto de elevada

    pobreza?

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    2 OBJETIVOS

    2.1 OBJETIVO GERAL

    Verificar o conhecimento que os alunos do 7 ano do Centro Educacional

    Municipal Padre Janurio Campos possuem sobre as plantas medicinais e seu uso

    na cura de enfermidades.

    2.2 OBJETIVOS ESPECFICOS

    - Fazer um levantamento das plantas medicinais mais conhecidas pelos alunos na

    regio em que moram e suas respectivas utilidades;

    - Construir com os alunos um pequeno herbrio (lbum) na escola; e,

    - Apresentar algumas plantas medicinais aos alunos e discorrer sobre suas formas

    de uso e indicaes.

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    3 REFERENCIAL TERICO

    3.1 MEDICINA CONVENCIONAL X MEDICINA NATURAL

    3.1.1 MEDICINA CONVENCIONAL OU MODERNA A medicina uma das reas do conhecimento humano ligada

    manuteno e restaurao da sade. A medicina convencional, um ramo da

    medicina amplamente reconhecido pelas autoridades governamentais como eficaz,

    caracterizada pela rapidez em que ocorre a ao curativa. Pode-se assim

    destacar que a medicina moderna engloba os medicamentos alopticos, ou

    farmacuticos, os quais so produzidos pela indstria e utilizados no tratamento ou

    melhoria das condies de sade das pessoas. Sua produo se baseia em

    pesquisas que envolvem diversas reas de conhecimento, como a antropologia,

    botnica, ecologia, qumica, fitoqumica, qumica orgnica, farmacologia,

    toxicologia, biotecnologia, at a tecnologia farmacutica (TOLEDO, 2003).

    A medicina convencional mostra-se tecnologicamente mais eficaz pelo

    uso de medicamentos industrializados que produzem no organismo do doente

    reao contrria aos sintomas que ele apresenta, a fim de diminu-los ou neutraliz-

    los e mostra-se com grande sucesso teraputico quando se refere ao controle das

    infeces, sendo assim utilizados analgsicos, antibiticos, anti-inflamatrio, dentre

    outros.

    Embora as pessoas busquem um alvio imediato ou cura de suas

    enfermidades atravs dos medicamentos industrializados no qual os resultados se

    mostram eficazes e sedutores, pode-se perceber que entre elas, muitas esto

    insatisfeitas quanto aos efeitos indesejveis dos medicamentos alopticos, devido

    seus efeitos colaterais e toxicidade, motivo este que tem feito muitas pessoas

    buscarem uma medicina natural (OZAKI et al., 2006).

    3.1.2 MEDICINA NATURAL Nos dias atuaismuita pessoa vem procurandona medicina natural uma

    alternativa medicina convencional, tendo em vista muitos problemas oriundos dos

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    medicamentos alopticos. Nesse contexto, a flora medicinal, por ser de baixo custo,

    tem constitudo um arsenal de grande importncia em pases subdesenvolvidos ou

    com m distribuio dos seus recursos como o Brasil. Desta forma fica claro que a

    populao de baixa renda recorre s plantas medicinais para alvio de seus males

    (LAPA et al., 2004).

    Sabe-se que os conhecimentos sobre plantas medicinais tm sido

    usados para aplicao em tratamentos alternativos, visto que a sade uma

    grande preocupao humana tanto em mbito coletivo (sade pblica), quanto

    individual. Assim, vrios fatores contribuem para a procura de medicina alternativa

    em detrimento da convencional, como: baixo custo, no apresenta efeitos

    secundrios como os causados por medicamentos industrializados, fcil acesso da

    maioria da populao mundial, a tendncia dos consumidores em utilizar

    preferencialmente produtos de origem natural, a carncia de recursos dos rgos

    pblicos de sade, ou simplesmente o modismo (PARENTE; ROSA, 2001; FUZER;

    SOUZA, 2003; BESERRAet al., 2007; AGRA; DANTAS, 2007).

    A medicina natural tem origem no raizeiro como um mdico,

    receitando as plantas para atender as necessidades das pessoas que o procuram,

    aconselhando a maneira de us-la e informando como prepar-la, a quantidade

    utilizada no preparo e quais as contraindicaes (SILVA et al.; 2001). Porm, com o

    passar do tempo, essas tarefas ficaram a cargo dos lderes mais experientes na

    famlia, que adquiriram os conhecimentos atravs de seus antepassados.

    As observaes populares sobre o uso e a eficcia de plantas medicinais

    mantm em voga a prtica do consumo de fitoterpicos. Assim a medicina popular

    tem-se tornado importante para pesquisadores em estudos multidisciplinares,

    sobretudo devido ao uso como teraputico das plantas medicinais (MACIEL et al.,

    2002). A medicina natural, atualmente, engloba o uso de produtos extrados da

    natureza (ar, luz solar, gua e plantas) da forma mais simples possvel. Fazem

    parte da medicina natural, entre outras, a aromaterapia, a cromoterapia, a

    homeopatia e a fitoterapia, sendo esta ltima o principal enfoque desta pesquisa.

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    3.1.2.1 Tcnicas diversas da medicina natural

    3.1.2.1.1 Aromaterapia Aromaterapia a cincia que explora o uso dos olos das plantas para

    benefcio da sociedade. um ramo da fitoterapia fundamentado no efeito que os

    aromas de plantas so capazes de provocar no indivduo, sendo considerada na

    medicina natural, alternativa, preventiva e tambm curativa. As substncias

    aromticas das plantas so poderosas sendo encontrada em pequenas glndulas

    localizadas tanto nas partes mais externas quanto nas partes mais centrais das

    razes, caule, folhas, flores ou frutos (BIASI, 2009).

    A extrao dos leos pode ser aplicada isoladamente ou em combinao

    com outros aromas, dependendo das enfermidades do indivduo, sendo dividida nos

    ramos da alopatia mdico/clnica, esttica, holtica e csmeticos, considerando que

    as plantas tm o poder de purificar o ar, fazer relaxar, estimular ou aliviar os nossos

    sentimentos, restaurando no organismo o equlibrio entre o corpo, a mente e o

    esprito, mantendo efeitos psicolgicos e emocionais de acordo com sua

    composio qumica (WOLFFENBTTEL, 2007).

    3.1.2.1.2 Cromoterapia Cromoterapia tem origem grega "khrma" que significa cor. Esta cincia

    utiliza diversas cores para o tratamento e cura de doenas, mantendo no paciente a

    restaurao do equilbrio fsico e emocional. As cores podem exercer grande

    influncia para recuperao do individuio, modificando, animando e transformando o

    ambiente e a aparncia das pessoas presentes (AMBER, 2000).

    No Brasil muitos hospitais tm utilizado as cores como forma de

    tratamento aos pacientes, visto que elas proporcionam tranquilidade e bem-estar e

    promovem excelente recuperao. Segundo Peccin (2002), a iluminao natural

    de fundamental importncia, pois ajuda na sincronia dos mecanismos fisiolgicos

    dos usurios. Assim comprovado que existe reduo no tempo de internao

    quando o paciente consegue observar a variao da luz durante o dia e se tiver uma

    viso para oexterior, o que garante oconforto visual e psicolgico.

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    A cromoterapia uma tcnica que d atribuio de significados s cores,

    onde estas revertem problemas de sade e promovem o alvio sintomtico quando o

    corpo absorve acor a ele atribuda. Para Gusmo e Brotherhood (2010), este mtodo

    uma terapia natural, que tem sido um complemento medicina convencional, e

    que levam em conta todos os nveis do ser humano (fsico, mental, emocional,

    espiritual e energtico), e no apenas os sintomas fsicos, j que corpo e mentes

    esto interligados.

    3.1.2.1.3 Homeopatia Define-se homeopatia, como um mtodo cujos fundamentos esto na

    similia similubus curentur-Lei dos Semelhantes, que diz que os semelhantes se

    curam pelos semelhantes, isto , um doente qualquer deve ser tratado com um

    medicamento capaz de produzir no corpo um conjunto de sintomas e sinais

    semelhantes aos que ele (o doente) apresenta (HAHNEMANN, 1980, p. 207).

    Assim, o medicamento homeoptico age recompondo a fora energtica do paciente

    estimulando, o prprio organismo a reagir s doenas.

    A homeopatia utiliza medicamentos em doses infinitesimais, diludos em

    gua e lcool, dinamizados para liberao de sua energia medicamentosa sendo

    uma alternativa boa e segura ao tratamento das doenas crnicas, aumentando a

    resolutividade clnica, diminuindo os custos e os efeitos iatrognicos da teraputica

    farmacolgica convencional por um menor custo e com boa qualidade em ateno

    das suas necessidades (BERMDEZ, 2000). A homeopatia difere da fitoterapia por

    ter base em matria-prima de origem vegetal, animal e mineral, enquanto a

    fitoterapia utiliza apenas produtos de origem vegetal.

    3.1.2.2 Fitoterapia A fitoterapia pode ser definida como o uso de medicamentos cujos

    componentes ativos provm exclusivamente de plantas, e que pode ser

    caracterizado tanto pela eficcia como pelos riscos de seu uso, assim como pela

    reprodutibilidade e constncia de sua qualidade sendo utilizados para a cura e

    preveno de doenas (ROSA et al., 2012).

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    Tendo em vista que as plantas medicinais apresentam significado

    importante no tratamento de doenas, mas que nem todas foram adequadamente

    investigadas quanto aos princpios ativos que contm, devem ser utilizadas de

    forma cautelosa, observando a correta identificao e manipulao das mesmas, a

    fim de se evitar casos de intoxicao (WOLFFENBTTEL, 2010).

    Os raizeiros contribuem na identificao de plantas txicas e no txicas,

    usam do seu conhecimento com o cuidado de no confundir espcies parecidas.

    Entretanto, percebe-se que amplas so as espcies de plantas que apresentam em

    cada regio nomes e usos teraputicos diferenciados (SILVA et al., 2001). Como

    exemplos dessa situao temos a melissa, tambm chamada de erva-cidreira, e a

    alfavaca, tambm conhecida como manjerico. Vrias so as espcies que

    possuem o mesmo nome popular pelo qual so vendidas (ARREBOLA, 2004;

    SANTANA, 2004).

    Para um melhor acompanhamento quanto eficcia das plantas o Brasil

    possui a Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria (ANVISA), que o principal rgo

    responsvel pela regulamentao de plantas medicinais e seus derivados que,

    junto autarquia do Ministrio da Sade, tm como objetivo proteger e promover a

    sade da populao para assim garantir segurana sanitria de produtos e

    servios, participando da construo de seu acesso (RATES, 2001; BRASIL, 2000).

    Embora o papel da ANVISA seja o que se relata, pode-se perceber que

    as plantas medicinais foram tema de debates, sendo que, em 1997, o Centro

    Nordestino de Medicina Popular (CNMP) buscou junto Diretoria Executiva de

    Assistncia Farmacutica, a regulamentao da fitoterapia e das plantas

    medicinais, promoveram o I Seminrio de Fitoterapia do Estado de Pernambuco,

    com representantes da Universidade Federal e Rural de Pernambuco, da Cruzada

    de Ao Social, Secretaria de Sade de Itapissuma, Secretaria de Sade de

    Fortaleza/CE e grupos comunitrios (BRASIL, 2006).

    Os profissionais da rea de sade, pesquisadores e representantes das

    comunidades de quase todo o pas se reuniram para deliberar e lanar propostas

    para serem implementadas como poltica pblica, sendo esta a primeira dentre

    muitos seminrios e congressos para discusso sobre as plantas e os produtos

    fitoterpicos e sua regulamentao (VIGO, 2008).

    Com a presso da indstria farmacutica internacional e de

    multinacionais para impedir a regulamentao da Poltica Nacional de Plantas

  • 18

    Medicinais e Fitoterpicas (PNPMF), tem-se alegado que as plantas medicinais

    brasileiras no esto validadas e havendo sido aprovadas apenas o guaco e o

    maracuj, o que abre possibilidades para os laboratrios internacionais venderem

    seus fitoterpicos a elevados preos (BRASIL, 2006).

    Assim a ANVISA tem como objetivo adequar sua legislao para

    laboratrios de pequeno e mdio porte. Aliado a isto, promover o desenvolvimento

    e uso sustentvel da biodiversidade nas cadeias produtivas de plantas medicinais e

    fitoterpicos e o retorno dos benefcios decorrentes do uso de recursos genticos

    de plantas medicinais s comunidades onde esses conhecimentos foram

    pesquisados.

    3.2 FITOQUMICA

    Pode-se mencionar outra abordagem quanto ao uso de vegetais e seus

    estudos - a fitoqumica. Esta a qumica dos vegetais, que baseia estudos de suas

    substncias ativas, as respectivas estruturas, distribuio na planta, modificaes e

    alterao no decurso da vida da planta, durante a preparao do remdio vegetal e

    no perodo de armazenagem (MACIEL et al., 2002; MENDONA-FILHO; MENEZES,

    2003; VENDRUSCOLO et al., 2005).

    A fitoqumica possui uma relao com a Farmacologia, cincia que

    estuda os efeitos das substncias medicinais sobre o organismo humano. Est

    ligada aos princpios ativos no que se refere ao mecanismo de ao, velocidade da

    ao, processo de absoro e eliminao e indicaes quanto ao uso na cura de

    certas doenas. Calixto (2000) diz que o aproveitamento adequado dos princpios

    ativos de uma planta exige o preparo correto, ou seja, para cada parte a ser usada,

    ou grupo de princpio ativo a ser extrado ou doena a ser tratada, existem formas

    de preparo e uso mais adequados, pois se estes vegetais forem utilizados em

    dosagens incorretas podem levar um indivduo morte.

    Pode-se mencionar como exemplo a hortel (Menta arvensis L.) que

    utilizada para combater a contrao muscular brusca (espasmoltica), aumenta a

    produo da circulao da blis, podendo ainda ser utilizada nas afeces

    estomacais e intestinais. A menta e o mentol podem apresentar como toxicologia a

    dispnia e asfixia, no sendo recomendada para lactentes e crianas com pouca

  • 19

    idade (RIOS, 2006). Outra planta abordada a aroeira (Shunus molleoides L.),

    bastante usada como estimulante, diurtica, antiinflamtoria, combate alergias,

    bronquite, reumatismo, sendo que sua casca utilizada para feridas, tumores e

    inflamao em geral. Pode ser altamente txica, pois seu leo produz edema

    extremo quando em contato com a pele (HERBARIO, 2006).

    Podem-se citar algumas formas de uso das plantas, tais como alu,

    cataplasma, lambedor, ps, sinapismo, tintura, vinho medicinale, chs (infuso,

    decotao, macerao ou inalao). Desta maneira as plantas com propriedades

    teraputicas foram adquirindo, ao longo dos tempos, importncia para a medicina

    popular (SILVA; RITTER, 2002).

    3.3 PLANTAS MEDICINAIS DE USO COMUM NA REGIO NORDESTE

    DOBRASIL

    Segundo Ogava (2003) e Michilis (2004), para suprir as necessidades da

    populao nordestina o Ministrio da Sadetem desenvolvido uma Poltica Nacional

    de Plantas Medicinais e Fitoterpicos (PNPMF). Esta poltica visa um acesso

    seguro populao brasileira e o uso racional de plantas medicinais e fitoterpicos,

    e ainda promove o uso sustentvel da biodiversidade e o desenvolvimento da

    cadeia produtiva e da indstria nacional. O Sistema nico de Sade (SUS) vem

    realizando no Brasila implantao de programas na ateno primria sade

    como: Programas de Fitoterapia, os quais objetivam suprir as carncias de

    medicamentosem diversas comunidades, e o Programa Sade da Famlia (PSF),

    atravs das Unidades de Ateno Bsicas. Muitos dos programas de fitoterapia

    esto vinculados ao PSF e associados ao Projeto Farmcias Vivas.

    O primeiro programa de assistncia social farmacutica baseado no

    emprego cientfico de plantas medicinais ocorreu no Brasil, o qual foi desenvolvido

    pelo professor Francisco Jos de Abreu Matos da Universidade Federal do Cear,

    e teve como objetivo a produo de medicamentos fitoterpicos para suprir as

    necesssidades das pessoas carentes (MATOS, 1998). Tendo sua criao no

    estado do Cear, as frmacias vivas so referncia tanto para o Nordeste brasileiro

    como para todo o pas (MALTA et al., 1999).

  • 20

    Podem-se mencionar algumas plantas como recurso teraputico por

    grande parte da populao brasileira, inclusive sendo empregadas em produtos

    industrializados com indicaes teraputicas, e comercializados nas mais diversas

    formas farmacuticas. As plantas podem desenvolver aono organismo como

    estimulantes, emolientes, calmantes, fortificantes, ter ao coagulante, serem

    diurticas, hipotensoras, sudorferas, reguladoras de intestino, depurativas,

    remineralizantes e reconstituintes (RUDDER, 2002).

    Destaca-se no Nordeste o uso de algumas plantas como o capim-santo

    (Cymbopogon citratus) (DC) Stapf, boldo (Plectranthus barbatus) Andrews, macela

    (Achyrocline satureioides) (L.) Less, malva (Plectranthus amboinicus) (Lour.)

    Spreng, hortel (Menthasp), goiaba (Psidium guajava), mastruz (Chenopodium

    ambrosioides), maracuj (Passiflora edulis), camomila (Matricaria recutica), erva-

    cidreira (Melissa oficinalis), dentre muitas outras que possuem princpios ativos

    tidos como medicinais. Boa parte dessas plantas utilizada na forma de chs.

    O ch definido como uma bebida preparada a partir de um vegetal.

    Bastante consumido uma das mais antigas do mundo, podendo ser considerado

    como uma das melhores fontes de compostos fenlicos (LIMA etal., 2004). Os chs

    tm sido atraentes ao longo dos tempos devido sua capacidade antioxidante e pelo

    uso abundantena dieta de milhares de pessoas. Ainda conhecido como decotao

    ou cozimento, para preparo coloca-se as ervas em uma vasilha e despeja gua fria

    ou quente, deixa cozinhar entre 5 e 30 minutos. Nesta forma de preparo no h

    alterao nas caractersticas da planta, sendo que esta s ser utilizada quando a

    matria sobre a qual se opera se dissolve, sendo recomendvel para cascas, razes

    e talos (MORGAN, 2003).

    Outra forma de preparo das plantas atravs da infuso, sendo que esta

    forma contribui para a extrao de compostos fenlicos que trazem benefcios para

    a sade, no caso aquelas que sejam ricas em catequinas e flavonides,

    apresentando propriedades biolgicas como atividades antioxidantes e

    sequestradoras de radicais livres (HIGDON; FREI, 2003; MENDEL; YOUDIM, 2004;

    BUNKOVA et al., 2005). Para o preparo da infuso se despeja gua fervendo sobre

    as ervas, e colocadas em uma vasilha so tapadas, ficando em repouso por cerca

    de 10 minutos; para este procedimento so utilizadas folhas e flores (BRUNING,

    1993).

  • 21

    A espcie Cymbopogon citratus (DC) Stapf, pertence famlia Poaceae

    e pode ser conhecida por mais de 20 nomes populares, dentre estes capim-limo e

    capim-santo. Esta uma erva aromtica, sespitosa, originria do Sudoeste asitico,

    e cultivada por todo o mundo (GOMES; NEGRELLE,2003). encontrada em todo o

    territrio brasileiro e comumente citada em levantamentos de plantas medicinais e

    estudos etnobotnicos (ALBUQUERQUE; ANDRADE 2002; AMOROZO 2002;

    MEDEIROS et al., 2004). Possui hbito herbceo, podendo crescer mais de 1m,

    sendo as folhas longas e estreitas quando esmagadas soltam um cheiro forte que

    lembra o limo.

    Matos (2002) afirma que o capim-limo ou capim-santo como chamado

    pode agir no organismo como um sedativo e espasmolto. Com sabor e aroma

    agradveis, o ch pode ser preparado para o alvio de pequenas crises de clicas

    uterinas e intestinais, e atua no tratamento do nervosismo e estados de

    intranquilidade.

    O boldo (Plectranthus barbatus Andrews) uma espcie de subarbustiva

    pertencente famlia Lamiaceae e nativa das regies central e sul do Chile, onde

    ocorre em abundncia. Suas folhas so facilmente encontradas no comrcio, nas

    bancas de raizeiros, podendo ser utilizadas na medicina natural para tratamento de

    distrbios gstricos e hepticos. O boldo tambm pode ser empregado na medicina

    homeoptica (SPEISKY; CASSELS, 1994; BRANDO et al., 2006; AGRA et al.,

    2007).

    Outra planta bastante comum no Nordeste a Egletes viscosa (L.) Less,

    pertencente famlia Compositae, conhecida como macela, macela-da-terra e

    marcela. uma erva silvestre, amarga, aromtica, anual, que cresce margem de

    lagoas, audes ou cursos dgua, pode ser utilizada como antidispptico e

    antidiarrico usado nos casos de pertubares gstricas alimentares, azia, diarria e

    enxaqueca (LIMA, 2006).

    Pode-se mencionar outra planta tambm bastante utilizada o malvario

    tambm conhecida como malva, hortel-grande e malvarisco, que uma planta da

    espcie Plectranthus amboinicus (Lour.) Spreng da famlia Lamiaceae (Labiatae).

    uma erva erecta, aromtica, bastante cultivada no Nordeste, e que produz flores.

    Esta planta possui diferena da malva-santa (Plectranthus barbatus) por apresentar

    folhas mais duras, quebradias e sem sabor amargo. muito utilizada para

    tratamento da rouquido, inflamao na boca, garganta, bastante usada como

  • 22

    antissptico bucal, demulcente e balsmico; por causa da mucilagem, as folhas da

    malva quando frescas servem para preparao de lambedor (MATOS, 2002).

    Ainda outra planta bem conhecida a goiabeira-vermelha da espcie

    Psidium guajava, da familia Myrtaceae. uma rvore frutfera das Amricas Central

    e do Sul, sendo cultivada em todos os pases de clima tropical. Podem-se mencionar

    dois tipos de goiabeiras, a branca e a vermelha, sendo que a segunda se mostra

    mais ativa. Desta planta podem-se usar os gomos foliares at a quarta folha tenra

    (olhos), sendo utilizada para clicas, colite, como antidiarrico, no tratamento de

    diarrias acompanhado de soro caseiro hidratante, antisptico usado em bochecho e

    gargarejo para inflamao da boca e garganta (VENDRUSCOLO et al., 2005;

    TRRES et al., 2005; OLIVEIRA et al., 2007; AGRA et al., 2007).

    Segundo dados da Organizao Mundial de Sade (OMS), cerca de 70-

    80% da populao mundial utilizam plantas como recurso de tratamento para suas

    enfermidades, sendo assim perceptivel esse uso em pases em desenvolvimento

    (CALIXTO, 2000).

    3.4 METODOLOGIAS PARTICIPATIVAS PARA O ENSINO-

    APRENDIZAGEM

    O modelo tradicional de ensino ainda amplamente utilizado por muitos

    educadores nas nossas escolas de Ensino Fundamental e Mdio, sendo que muitas

    vezes os alunos fazem papel de ouvintes e, na maioria das vezes, os conhecimentos

    passados pelos professores no so realmente absorvidos por eles, so apenas

    memorizados por um curto perodo de tempo e, geralmente, esquecidos em poucas

    semanas ou poucos meses, comprovando a no ocorrncia de um verdadeiro

    aprendizado (CARVALHO, 2006).

    Assim as metodologias diferenciadas contribuem com os ensinamentos

    apresentados para os alunos e que podem ser aprimorados cada vez mais. Santin e

    Roza (2010) afirmam que estas tcnicas fazem com que os conhecimentos

    permaneam na memria e sejam conduzidos para a compreenso da sociedade e

    da natureza que os cercam.

    Dentre as modalidades didticas existentes podemos mencionar aulas

    expositivas, demonstraes, excurses, discusses, aulas prticas e projetos, como

  • 23

    forma de vivenciar o mtodo cientfico, sendo que as aulas prticas e projetos so

    mais adequados. J Krasilchik (2008) afirma que a principal funo das aulas

    prticas : despertar e manter o interesse dos alunos; envolver os estudantes em

    investigaes cientficas; desenvolver a capacidade de resolver problemas;

    compreender conceitos bsicos e desenvolver habilidades.

    Assim as prticas quando planejadas levam em considerao estes

    fatores, no qual constituem momentos particularmente ricos no processo de ensino-

    aprendizagem (DELIZOICOV; ANGOTTI, 2000).

    4 METODOLOGIA

    4.1 TIPO DE PESQUISA

    O estudo ser do tipo exploratrio, descritivo, com abordagem quali-

    quantitativa. A pesquisa exploratria tem como finalidade proporcionar mais

    aproximao com o problema proposto. As pesquisas exploratrias envolvem

    levantamento bibliogrfico, aplicao de questionrio, entrevistas contextualizadas e

    a anlise de exemplos que estimulam a compreenso (GIL, 2007).

    Trata-se de uma pesquisa descritivaque tem como objetivo conhecer e

    interpretar a realidade, por meio da observao, descrio, classificao e

    interpretao de fenmenos, sem nela interferir para modific-la. Para Gil (2008) a

    grande contribuio das pesquisas descritivas proporcionar novas vises sobre

    uma realidade j conhecida visando descrio de caractersticas de uma

    determinada populao, suas ocorrncias e suas experincias.

    Segundo Gomes et al. (1994) a pesquisa qualitativa aquela que procura

    compreender o problema a partir do ponto de vista dos envolvidos no estudo, para

    que nesse processo, o entrevistador obtenha seus resultados atravs da anlise dos

    dados e objetivos a serem alcanados.

    A pesquisa quantitativa se caracteriza pelo emprego da quantificao,

    buscando traduzir em nmeros, opinies e informaes. utilizada quando se sabe

    precisamente o que deve ser perguntado para atingir os objetivos da pesquisa,

    permite a realizao de projees e generalizaes, viabilizando, tambm o teste de

    hipteses da pesquisa de forma precisa. Implica no uso de tcnicas estatsticas

    (RICHARDSON, 2011).

  • 24

    4.2 LOCAL DE ESTUDO Iguatu um municpio brasileiro, localizado na regio Centro-Sul do

    Estado do Cear. Desmembrou-se da cidade de Ic em 1851, elevando-se

    condio de cidade em 1874. Iguatu provm de origem indgena composta de IG OU

    (gua) + CATU (bom, boa), significando rio bom ou gua boa em aluso lagoa

    existente perto da cidade e que a maior do Cear (IGUATU, 2010). Possui rea

    territorial de 1.029 km2 e populao de 96.495 habitantes (IBGE, 2010).

    O presente trabalho ser realizado no Centro Educacional Municipal

    Padre Janurio Campos. A escola recebeu este nome em homenagem ao Padre

    Janurio Campos e foi criado pela lei municipal n 383 de 22 de janeiro de 1971,

    estando localizada na Rua Mnica Teixeira Peixoto S/N, Bairro COHAB II,

    Iguatu/CE.

    Esta escola uma instituio mantida pelo governo municipal, que

    funcionaem regime misto com a modalidade fundamental I, II e EJA (Ensino de

    Jovens e Adultos). Totalizando 892 alunos nos turnos da manh, tarde e noite, que

    contam com a colaborao de 100 funcionrios entre professores e monitores.

    4.3 ASPECTOS TICOS E LEGAIS DA PESQUISA

    Toda a pesquisa ocorrer de acordo com a Resoluo N 9.394/96, do

    Conselho Nacional da Educao (CNE) - Ministrio da Educao (ME) a qual cita

    que a educao abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida

    familiar, na convivncia humana e nas instituies de ensino.

    O estudo ser realizado mediante autorizao do Diretor\a do Centro

    Educacional Municipal Padre Janurio Campos, Iguatu/CE (Apndice C). Como

    procedimento tico, os participantes da pesquisa recebero um termo de

    consentimento na qual ter a assinatura do aluno e seu responsvel, neste termo

    tero explicaes sobre a finalidade e objetivos do estudo (Apndice D). A partir

    disso, os voluntrios que aceitarem participar da pesquisa iro responder ao

    questionrio do referido estudo.

  • 25

    4.4 POPULAO E AMOSTRA

    A populao ser composta pelos alunos do Centro Educacional

    Municipal Padre Janurio Campos.

    A amostra ser composta por alunos do 7 ano, srie na qual so

    apresentados assuntos do reino das plantas, atravs das aulas de Cincias. As

    turmas possuem 62 (sessenta e dois) alunos no turno da manh e 37 (trinta e sete)

    alunos no turno da tarde, totalizando 99 (noventa e nove) alunos matriculados. Os

    critrios para participar da amostra sero:

    Todos os alunos que estiverem presentes na aula;

    Todos os que se dispuserem a construir o herbrio (lbum);

    Todos os que estiverem em sala de aula para participao do

    workshop.

    4.5 MONTAGEM DOS HERBRIOS (LBUNS) E OFICINA

    Primeiro ser realizado um estudo de botnica que permite aos alunos

    vivenciar os contedos tericos previamente trabalhados de forma contextualizada

    (KRASILCHIK, 1996 apud SIQUEIRA; PIOCHON; SILVA, 2007), neste estudo ser

    confeccionado um herbrio em forma de lbum, onde os alunos faro a coleta das

    espcies vegetais e apresentaro sua identificao com o local de coleta, a data, o

    tipo de planta, o nome popular e especfico, parte da planta colhida (raz, caule ou

    folhas) onde os mesmos recebero uma ficha para a identificao da planta colhida

    (Apndice B). medida que os alunos forem coletando as amostras de plantas, elas

    sero colocadas sob presso de livros ou cadernos antigos e expostos ao sol para

    ficarem secas, para melhor observao e montagem.

    Oliveira, Albuquerque e Silva (2012) consideram de extrema

    importncias aulas prticas que associam o contedo de botnica ministrado em

    sala com o cotidiano dos alunos, pois desta maneira os alunos tero uma

    aprendizagem associada ao contedo do dia-a-dia.

    Para melhorar o aprendizado dos alunos e assim chamar a ateno dos

    mesmos, ser realizado em outro momento um workshop de plantas medicinais

    onde os mesmos podero exibir seus albns, quando tambm ser feita

  • 26

    degustao de vrios chs (canela, boldo, cidreira, capim-santo, endro, macela,

    cravo, camomila, erva doce) - os mais consumidos pela populao da nossa regio.

    Alm dos chs, algumas plantas sero expostas em forma de cascas, folhas secas e

    frescas, p, flores, raz, cascas e frutos.

    No workshop sero apresentados alguns itens fabricados a partir de

    produtos naturais como cosmticos (sabonete, shampoo, condicionador,

    hidratantes), alguns leos, extratos, spray, xaropes, sachs, gel de massagem e

    pomadas. Para a realizao desta etapa ser feita uma parceria com a Flora Pura

    uma loja localizada na cidade de Iguatu-CE que vem trabalhando com produtos

    naturais h mais de 60 anos.

    Para finalizar esta parte do trabalho sero entregues algumas mudas de

    plantas medicinais comuns na regio, que podero ser cultivadas nas residncias

    dos prprios alunos, para tanto, contar-se- com a participao da Secretria de

    Agricultura e Meio Ambiente de Iguatu-CE.

    4.6 COLETA DE DADOS

    Os dados sero coletados durante osmeses de maroe maio de 2014.

    Sero aplicados dois questionrios (Apndice A): um antes e outro aps as

    intervenes aos alunos.

    O questionrio permite que o pesquisador avalie algum objeto de estudo,

    sendo que as perguntas sero elaboradas de forma objetiva, quandofordirecionado

    para um determinado conhecimento que se quer saber, e abertas para as respostas

    que emitem conceitos abrangentes, como exemplo citar o nome de plantas que os

    alunos conhecem. Assim pode-se perceber que as perguntas sero duplas com

    caractersticas de perguntas abertas e fechadas (OLIVEIRA, 2005), sendo que as

    coletas serviro para obter maiores informaes (LAKATOS; MARCONI, 1985).

  • 27

    4.7 ANLISE DE DADOS Os dados consistem nos resultados dos questionrios, que sero

    avaliados atravs de estatstica descritiva e apresentados na forma de grficos e/ou

    tabelas.

    O objetivo da anlise de dados sumariar as observaes completadas,

    de forma que estas permitam respostas s perguntas da pesquisa. A anlise se

    caracteriza pela decomposio dos dados, objeto de pesquisa. Essa fase se

    constitui como ncleo principal de toda a pesquisa, pois nessa etapa que se

    chegar s respostas pretendidas (BARROS,1997).

  • 28

    5 RESULTADOS ESPERADOS

    Aps a execuo desta pesquisa, espera-se que os alunos do 7 ano do

    Centro Educacional Municipal Padre Janurio Campos obtenham conhecimento

    sobre as plantas medicinais e seu uso como cura de suas enfermidades. Durante

    esse processo de interveno atravs das aes que sero desenvolvidas na

    escola, espera-se que haja um incentivo ao conhecimento sobre as plantas

    medicinais e seu uso como alternativa para o melhoramento da sade, visando aos

    aspectos positivos e negativos pelas quais acontece a procura dos produtos

    naturais, e que esse estudo possa despertar um interesse por parte dos alunos na

    descoberta de novas plantas para deles fazerem uso para alvio de suas dores.

  • 29

    CRONOGRAMA

    CRONOGRAMA DA PESQUISA

    Perodo

    Aes Ag

    osto

    /13

    Se

    tem

    bro

    /13

    Ou

    tub

    ro/1

    3

    Feve

    reiro

    /14

    Ma

    ro/1

    4

    Ab

    ril/1

    4

    Ma

    io/1

    4

    Ju

    nho

    /14

    Ju

    lho

    /14

    Ag

    osto

    / 14

    Escolha do tema X

    Delimitao do tema X

    Pesquisa bibliogrfica X X

    Elaborao do

    projeto X X X

    Defesa do projeto X

    Coleta de dados X X

    Montagem dos

    lbuns X

    Workshop X

    Anlise de dados X X

    Redao da

    monografia X

    Defesa da

    monografia X

  • 30

    REFERNCIAS AGRA, M.F.; FRANA, P.F.; BARBOSA-FILHO, J.M. Synopsis of the plants known as medicinal and poisonous in Northeast of Brazil. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.17, p. 114-140, 2007. ALBUQUERQUE, U.P. Introduo Etnobotnica. Recife: Bagao, 2002. 87 p. ALMEIDA, M.Z. Plantas medicinais. 2 ed. Salvador: EDUFBA, 2003. ALVES, R.R.N.; SILVA, C.C.; ALVES, H.N. Aspectos socioeconmicos do comercio de plantas e animais medicinais em reas metropolitanas do Norte e Nordeste do Brasil. Revista de Biologia e Cincias da Terra, v.8, p.181-189, 2008. AMBER, R. Cromoterapia: aura atravs das cores. So Paulo: Cultrix, 2000. AMOROZO, M.C.M. Uso e diversidade de plantas medicinais em Santo Antnio do Leverger, MT, Brasil. Acta Botanica Brasilica, v.16, n.2, p.189-203, 2002. ARREBOLA, M.R.B.; PETERLIN, M.F.; BASTOS, D. H. M.; RODRIGUES, R. F. de O.; CARVALHO, P. de O. Estudo dos Componentes Lipdicos das Sementes de Trs Espcies do Gnero Cordia L. (Boraginaceae). Revista Brasileira de Farmacognosia, v.14, p. 57-65, 2004. BERMDEZ, J.R.; QUIRS, F.B. La homeopatia: una terapia alternativa. Revistas de Cincias Administrativas y Financieras de la Seguridad Social. v.8, n.2, p.63-72, 2000. BESERRA, N.M.; CARREIRA, C.F.S.; DINIZ, M.F.F.M.; BATISTA, L.M. Plantas medicinais comercializadas pelos raizeiros de feiras livres em Juazeiro do Norte - CE para o tratamento das afeces respiratrias. In: ENCONTRO DE EXTENSO E ENCONTRO DE INICIAO DOCNCIA, Joo Pessoa, PB, 2007. BIASI, L.A.; DESCHAMPS, C. Plantas Aromticas do cultivo produo de leo essencial. Curitiba: Layer Studio Grfico e Editora Ltda, 2009. p. 7. BRANDO, M.G.L.; COSENZA, G.P.; MOREIRA, R.A.; MONTE-MOR, R.L.M. Medicinal plants and other botanical products from the Brazilian Official Pharmacopoeia. Revista Brasileira de Farmacognosia, v.16, p.408-420, 2006.

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  • 38

    APNDICES

  • 39

    APNDICE AQUESTIONRIO PARA REALIZAO DA PESQUISA

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR

    FACULDADE DE EDUCAO, CINCIAS E LETRAS DE IGUATU

    CURSO DE LICENCIATURA EM CINCIAS BIOLGICAS

    1) Qual seu sexo:

    ( ) Masculino ( ) Feminino

    2) Sua famlia recebe quantos salrios mnimos:

    ( ) Menos de um ( ) Um

    ( ) Dois ( ) Mais de dois

    3) A casa que voc mora :

    ( ) De seus pais ( ) Alugada ( ) De outros parentes

    4) Voc j ouviu falar de plantas medicinais:

    ( ) Sim ( ) No

    Se respondeu que sim, diga com suas palavras o que voc entente por

    planta medicinal.____________________________________________

    5) Voc conhece alguma planta medicinal:

    ( ) Sim ( ) No

    Se sua resposta foi sim, cite o nome da planta que voc

    conhece:__________________________________________________

    6) A planta que voc conhece utilizada para qual

    doena:__________________________________________________

    7) Como foi utilizada a planta:

    ( ) Ch ( ) Lambedor ( ) Crua

    ( ) Outra forma.

    Qual?___________________________________________________

    8) Voc sabe qual (ou quais) parte (s) da planta foi (foram) utilizada(s):

    ( ) Raiz ( ) Caule ( ) Folhas ( ) Todas

  • 40

    9) Onde voc encontra planta medicinal:

    ( ) No jardim ou quintal da sua casa

    ( ) Nas bancas da feira

    ( ) Nos mercantis

    ( ) Na mata

    10) Voc j tomou algum remdio feito de planta medicinal?

    ( ) Sim ( ) No

    11) Quem fez o remdio e como ele aprendeu? _____________________________________________________

    12) O remdio curou? Foi rpido ou demorou? _____________________________________________________

    13) Por que voc tomou o remdio feito em casa e no o da farmcia? ( ) No tinha dinheiro para comprar ( ) O natural faz menos mal que o da farmcia ( ) A farmcia longe ( ) Outras. Quais _____________________________________

  • 41

    APNDICE BFICHA DE IDENTIFICAO DO VEGETAL

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR

    FACULDADE DE EDUCAO, CINCIAS E LETRAS DE IGUATU

    CURSO DE LICENCIATURA EM CINCIAS BIOLGICAS

    Modelo de ficha de coleta

    Classificao do vegetal: Nome Cientfico ______________________ Nome Popular _________________________

    Parte da planta coletada: Nome ______________________________ Possui cheiro: Sim ( ) ou No( )

    Coletado por:______________________ Data da coleta:____________________ Local da coleta:___________________ Caractersticas do local:_____________ __________________________________ __________________________________

  • 42

    APNDICE C- TERMO DE AUTORIZAO PARA REALIZAO DA PESQUISA

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR

    FACULDADE DE EDUCAO, CINCIAS E LETRAS DE IGUATU

    CURSO DE LICENCIATURA EM CINCIAS BIOLGICAS

    Eu, Maria Cleidelvania Alves da Silva, sob orientao de Marlete Moureira

    de Sousa Mendes estou realizando um estudo com o intuito de realizar um

    levantamento sobre o conhecimento dos alunos do Centro Educacional Municipal

    Padre Janurio Campos sobre as plantas medicinais.

    O referido trata-se de um estudo quali-quantitativo que tem como

    finalidade colher informaes a cerca da utilizao das plantas, que ser realizada

    por essa instituio com o intuito de despertar nos alunos um conhecimento sobre

    as plantas, suas formas de uso, e o poder que possuem para a cura de suas

    enfermidades. Desse modo solicitamos, por meio deste, a autorizao para a

    realizao da pesquisa, intitulada PLANTAS MEDICINAIS: O CONHECIMENTO

    DOS ALUNOS DO 7 ANO DO CENTRO EDUCACIONAL MUNICIPAL PADRE

    JANURIO CAMPOS, IGUATU-CE. Coordenao do Curso de Cincias Biolgicas

    da Faculdade de Educao, Cincias e Letras de Iguatu.

    Eu, __________________________________________________ n

    RG__________________________________ ciente das informaes recebidas,

    concordo com a coleta de dados da pesquisa intitulada PLANTAS MEDICINAIS: O

    CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO 7 ANO DO CENTRO EDUCACIONAL

    MUNICIPAL PADRE JANURIO CAMPOS, IGUATU-CE. A pesquisa ser

    realizada sob responsabilidade de Maria Cleidelvania Alves da Silva, graduanda do

    Curso de Cincias Biolgicas, da Faculdade de Educao, Cincias e Letras de

    Iguatu - FECLI informo ao Coordenador Fernando Roberto Ferreira Silva de que, em

    nenhum momento, a instituio estar exposta a riscos causados pela liberao do

    estudo.

    Estou ciente tambm de que os resultados encontrados no estudo sero

    usados apenas para fins cientficos. Fui informado de que a instituio no ter

    nenhum tipo de despesa ou gratificao pela referida participao, e que a no

  • 43

    participao no acarretar qualquer prejuzo no seu direito a receber assistncia

    nessa instituio.

    Ainda informo lhe que os dados sero apresentados ao Curso de

    Cincias Biolgicas da Faculdade de Educao, Cincias e Letras de Iguatu,

    podendo ser utilizado tambm em eventos cientficos, mas no mencionarei seu

    nome, pois este ser preservado, ficando em sigilo a identidade do participante.

    Caso precise entrar em contato, informe lhe que meu telefone (88)

    9452-4136.

    _______________________________________

    Maria Cleidelvania Alves da Silva

    Tendo em vista, que fui satisfatoriamente informado sobre a pesquisa:

    PLANTAS MEDICINAIS: O CONHECIMENTO DOS ALUNOS DO 7 ANO DO

    CENTRO EDUCACIONAL MUNICIPAL PADRE JANURIO CAMPOS, IGUATU-

    CE, realizada sob a responsabilidade da pesquisadora Maria Cleidelvania Alves da

    Silva, concordo em participar da mesma. Estou ciente de que meu nome no ser

    divulgado e que o pesquisador estar disponvel para responder - me a quaisquer

    dvidas.

    Iguatu,________de ________________2014

    ___________________________________

    Assinatura do participante

  • 44

    APNDICE D - TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO AOS

    RESPONSVEIS PELO ALUNO.

    UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEAR - UECE FACULDADE DE EDUCAO, CINCIAS E LETRAS DE IGUATU - FECLI

    CURSO DE CINCIAS BIOLGICAS

    Eu, Maria Cleidelvania Alves da Silva, concludente do curso de Licenciatura em

    Cincias Biolgicas pela Faculdade de Educao, Cincias e Letras de Iguatu da

    Universidade Estadual do Cear FECLI/UECE estou desenvolvendo um estudo que tem

    como objetivo verificar o conhecimento dos alunos do Centro Educacional Municipal

    Padre Janurio Campos na cidade de Iguatu- CE.

    Assim, peo sua autorizao para que vossos filhos possam participar da

    pesquisa que tem como tema PLANTAS MEDICINAIS: O CONHECIMENTO DOS

    ALUNOS DO 7 ANO DO CENTRO EDUCACIONAL PADRE JANURIO CAMPOS,

    IGUATU-CE.

    Desde j, informo-lhe que os dados sero apresentados ao Curso de

    Cincias Biolgicas na FECLI/UECE na cidade de Iguatu- CE. Porm, dou-lhe a

    garantia de que suas informaes sero utilizadas apenas para eventos cientficos.

    Caso precise entrar em contato comigo, informo-lhe que meu telefone

    (88) 9452-4136.

    _____________________________

    Maria Cleidelvania Alves da Silva

  • 45

    CONSENTIMENTO PS-ESCLARECIMENTO

    Tendo sido informado sobre a pesquisa acima citado, concordo em participar

    da mesma, e estou informado de que meu nome no ser divulgado e ainda o

    pesquisador estar disponvel para responder qualquer dvida.

    Iguatu, ______ de _________________ de 2014.

    _________________________________________

    Assinatura do Aluno

    _________________________________________

    Assinatura do Responsvel pelo Aluno