Plastico Nordeste #13

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Expediente

Conceitual - Publicações Segmentadaswww.plasticonordeste.com.brAv. Ijuí, 280

CEP 90.460-200 - Bairro Petrópolis

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Direção:Sílvia Viale Silva

Edição:Melina Gonçalves - DRT/RS nº 12.844

Redação: Gilmar Bitencourt

Júlio Sortica

Departamento Financeiro:Rosana Mandrácio

Departamento Comercial:Débora Moreira, Leandro Salinos

e Magda Fernandes

Design Gráfico & Criação Publicitária:José Francisco Alves (51 9941.5777)

Capa: divulgação

Plástico Nordeste é uma publicação

da editora Conceitual - Publicações

Segmentadas, destinada às indústrias

produtoras de material plástico de 3ª, 2ª

e 1ª geração petroquímica nos Estados da

Região Nordeste e no Brasil, formadores

de opinião, órgãos públicos pertinentes à

área, entidades representativas, eventos,

seminários, congressos, fóruns, exposi-

ções e imprensa em geral.

Opiniões expressas em artigos assinados

não correspondem necessariamente àque-

las adotadas pela revista Plástico Nordes-te. É permitida a reprodução de matérias

publicadas desde que citada a fonte.

Tiragem: 3.000 exemplares.

Filiada à

ANATEC - Associação Nacionaldas Editoras de Publicações Técnicas,

Dirigidas e Especializadas

04 – Da RedaçãoPor Melina Gonçalves

03 - Plast VipAdelmo Delgado, de Camaçari

10 - Balanço 2011Descompasso entre produção e consumo

14 - Construção/Copa 2014Setor disputa mercado milionário

20 - InternacionalNPE mobiliza o segmento em Orlando

22 - Mercado

Classe C cresce e aumenta gastos

24 - ExpansãoO acordo entre a DSM e a Ravago-Entec

26 - Foco no VerdeSustentabilidade e as sacolas plásticas

28 - Giro NEFique por dentro da região

30 - Anunciantes + AgendaEventos e parceiros da edição

“No Brasil de hoje, os cidadãos têm medo do futuro. Os políticos

têm medo do passado”(Chico Anysio)

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N ão gostaria de tecer aqui neste espaço um dis-curso pessimista sobre o ano de 2012. Muito pelo contrário. Com o objetivo constante de mostrar o que o nordeste tem de melhor em ter-

mos tanto macroeconômicos, quanto específicos do setor plástico, buscamos sempre tratar de forma realista os em-bates políticos e sociais que nos fazem crescer menos e de maneira otimista nossas potencialidades e fortalezas.

Mas a questão em pauta ultrapassa as barreiras dos estados nordestinos e se amplifica pelos quatro cantos do país. A desindustrialização é assunto sério e tem preocu-pado todos os setores industriais, entre eles a indústria de terceira geração petroquímica. Constantes manifestos refletem a fragilidade do sistema econômico e fiscal bra-sileiro no que diz respeito à saúde financeira das empre-sas que fabricam seus produtos em solo brasileiro. Não saudamos o protecionismo extremo, mas que o governo precisa atentar para a entrada de importados no país de forma desenfreada, isso é preciso.

Aparentemente o Brasil vai bem, obrigada. O aumen-to de consumo da população bem como a migração das classes sociais na pirâmide aumenta o entusiasmo de que estamos prontos para todos os obstáculos e a notícia de que o país tornou-se a sexta economia mundial nos leva a crer que já podemos colher os louros de anos de luta e trabalho para equilibrar o Brasil. Mas sejamos cautelosos nestes prognósticos já que não podemos deixar de evitar a briga com os concorrentes importados que competem no país a preços extremamente reduzidos e com muita faci-lidade. O governo parece estar começando a dar atenção à essa fragilidade, bem como refletindo sobre a carga tri-butária imposta às indústrias. Já é o começo e torçamos para que o assunto não se perca por aí.

Boa leitura!

Um novo ano com velhos obstáculos

"Aparentemente o Brasil vai bem, obrigada. O aumento de consumo da população bem como a migração das classes sociais na pirâmide aumenta o entusiasmo de que estamos prontos para todos os obstáculos..."

Editorial

Melina Gonçalves / [email protected]

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Um polo de oportunidades

Prefeitura, empresas e instituições se reúnem para criar agenda positiva em Camaçari.

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PLAST VIP NE Ademar Delgado

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Ademar Delgado entre a presidente Dilma Rousseff e o

governador da Bahia Jacques Wagner

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C amaçari está a todo vapor. A cidade situada na região metropolitana de Salvador, distante 50 km da capital baiana, conta com grandes investi-

mentos no seu polo industrial, que é consi-derado o maior complexo industrial integra-do do Hemisfério Sul. Segundo a previsão do Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic), os investimentos que serão realiza-dos no polo nos próximos cinco anos devem superar a cifra de 6 bilhões de dólares.

Um destes grandes investimentos é o complexo acrílico da Basf, com previsão de investimento de mais de R$ 1 bilhão e geração de mais de 200 empregos diretos. As obras iniciaram este ano e o começo das operações está previsto para 2014. Inicial-mente, serão produzidas 160 mil toneladas de ácido acrílico por ano, para a produção de acrilato de butila e polímeros superab-sorventes (SAP). Os produtos são matérias primas para a produção de fraldas descartá-veis, resinas acrílicas para tintas, adesivos e produtos têxteis. O complexo está sendo ins-talado em uma área de 20 milhões de metros quadrados, sendo o primeiro da América do Sul a produzir ácido acrílico e SAP. A previ-são é de que a produção atenda à demanda do mercado interno.

Com objetivo de discutir as possibili-dades de integração das indústrias de trans-formação que serão instaladas nas áreas de influência do Polo de Camaçari, a partir da implantação do Projeto de Ácido Acrílico da Basf, com as micro, pequenas e médias em-presas do município, foi realizado recente-mente o Fórum Camaçari, Polo de Oportuni-dades. O evento, promoivido pela prefeitura da cidade em conjunto com Cofic, também debateu a formação de mão de obra local para atender às novas demandas. Entre as atividades do Fórum, destaca-se o workshop sobre o Polo Acrílico, com apresentações da Basf, Braskem e Kimberly.

Para falar sobre os objetivos e enca-minhamentos do Fórum de Oportunidades a revista Plástico Nordeste entrevistou o se-cretário municipal de relações institucionais de Camaçari, Ademar Delgado. O secretário destacou o bom momento vivido pelo mu-nicípio e a importância da integração de toda a atividade produtiva, visando o me-lhor aproveitamento da mão de obra local e o desenvolvimento industrial e da cidade.

Revista Plástico Nordeste - Como pode

ser analisado o Fórum de Oportunidades?Ademar Delgado - Foi um momento em que nós conseguimos reunir o grande capi-tal instalado no Polo Industrial de Camaçari, com o empresariado local, juntamente com os qualificadores e formadores de mão de obra, com o objetivo de buscar a integração entre as grandes empresas, o capital local e a mão de obra da região. Na ocasião discuti-mos as oportunidades geradas pelo Polo e a interação entre as empresas, com o objetivo principal de fazer com que o povo de Cama-çari participe efetivamente da riqueza gera-da no município. Para nós não basta apenas termos o investimento se ele não estiver a serviço da nossa população.

Plástico Nordeste - De quem foi a inicia-tiva de realização do Fórum?Delgado - O Fórum foi uma iniciativa da prefeitura de Camaçari, em parceria com o Cofic, que é a entidade que representa o empresariado do Polo. Para o evento trou-xemos a Universidade Federal da Bahia, que está em processo de implantação de um campus em Camaçari, também o IEL, o Sesi, o Senac, a Universidade Estadual (Uneb), o Sebrae e as empresas do Polo, especialmente o pessoal do ácido acrílico da Basf, que inclusive fez um workshop, onde mostrou quais as oportunidades que ele têm de geração de empregos, perfil destas vagas e o capital que será inves-tido. Na ocasião falamos sobre as pos-sibilidades que o Polo Industrial vai nos oferecer em curto e médio prazo, para que possamos ocupar efetivamente estes espa-ços, que é nosso objetivo principal.

Plástico Nordeste - Como o evento pode ser revertido em ações concretas para es-

timular a indústria de setor?Delgado - Nós vamos fazer uma agenda po-sitiva visando a interação da nova cadeia de transformação, com as empresas locais, com o objetivo de gerar renda e oportunidades de trabalho. Nós temos toda uma infraestrutura já instalada no Polo, temos vantagens com-parativas com outras cidades, que é a proxi-midade do aeroporto e do porto e agora está sendo realizada a variante da linha férrea, saindo direto do Polo para o porto de Aratu. Estamos com uma excelente infraestrutura na cidade. Agora os segmentos estão acenando com expansão de negócios e estamos fazendo a ação prática e o diálogo para evidenciar e ocupar as oportunidades.

Plástico Nordeste - Atualmente o Polo de Camaçari vai além da área petroquímica? Delgado - Hoje temos o maior polo indus-trial integrado da América Latina. Porque não é só o polo petroquímico, temos o au-tomotivo, o eólico e o pneumático. Então o nosso polo é diversificado, além do que, Camaçari também está atraindo uma série de empresas que são grandes distribuido-ras, como as Casas Bahia, indústrias como o Boticário, estamos atraindo uma série de investimentos, além da área petroquímica. Hoje o polo é muito mais amplo e integrado, onde temos de tudo.

Plástico Nordeste - Quais as principais novidades do Pólo de Camaçari?Delgado - Na parte automotiva, a Ford está ampliando a sua fábrica e instalando uma fá-brica de motores. A Jac Motors está na etapa de licenciamento ambiental, com perspecti-vas de 13.500 empregos, destes 3.500 são empregos diretos. Então estamos em uma fase de expansão industrial muito forte. A cidade está crescendo de forma assustado-ra falando em termos de população e temos que prepará-la para que não gere uma exér-cito de desempregados. Também estamos investindo na parte de habitação, como no projeto Minha Casa, Minha Vida onde estão sendo construídas mais de 13 mil unidades, além de outros projetos.

Para nós não basta apenas" termos o investimento seele não estiver a serviço

da nossa população. "

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Plástico Nordeste - Quais os principais segmentos industriais do polo?Delgado - Em primeiro lugar o químico, que foi a origem do polo, que antes era polo petroquímico. Depois, a indústria automobi-lística, como a Ford, que tem todas as em-presas fornecedoras/sistesmistas dentro da própria área da montadora. Inclusive estas empresas já estão fazendo uma movimen-tação para sair da área da Ford, para um espaço maior afim de também contemplar a Jac Motors em todo o Brasil. No Fórum de Oportunidades surgiu está discussão. Na ocasião tivemos uma reunião onde foi abordada esta perspectiva de ampliação do parque industrial dos fornecedores. Na seqüência temos o segmento da energia eólica onde já foram inauguradas duas empresas, que são montadoras de aero-geradores. Na área pneumática contamos com Bridgestone Firestone e a Continen-tal, ambas com produção em alta escala.

Plástico Nordeste - Quais as perspectivas de investimentos para 2012?Delgado - As novidades para 2012 são a Jac Motors e outro empreendimento grande, que não é industrial, mas que vai dar um grande impacto para o município. Trata-se do centro de treinamento do Esporte Clube Bahia, em uma ampla área que vai ter hotéis e habi-tações, e está em fase de licenciamento. A indústria O Boticário é outro investimento grande para o ano.

Plástico Nordeste - Com início das ativi-

dades previsto para 2014, o que o polo de acrílico vai representar para o setor e para a economia da cidade? Delgado - No caso da Basf, além dos em-pregos diretos, temos a possibilidade de geração de indústria de terceira e quarta ge-ração. Neste caso é que estamos tentando que o nosso empresariado local se habilite a investir na criação de indústrias nesta ca-deia produtiva. No fórum, o objetivo não foi só buscar o emprego, mas também estimular o empresariado local, com capital próprio ou com auxílio de instituições financeiras. Para isso reunimos os bancos, fizemos articula-ções com a Caixa Econômica Federal, Banco do Brasil, BNDES e outros agentes financia-dores envolvidos no processo.

Plástico Nordeste - Qual a importância da indústria de transformação?Delgado - A grande geração de empregos é na indústria de transformação. As empresas geram receita tributária para o polo quando saem das isenções. Além disso, por serem companhias de alta tecnologia, não oferecem muitos empregos diretos na produção, entre-tanto, geram vários empregos indiretamente, inclusive na construção civil. Estes investi-mentos vão demandar habitações próximas das empresas, por várias questões como a do trânsito. Já há um sentimento das pessoas de que devem se deslocar para Camaçari e isso vai movimentar a construção civil.

Plástico Nordeste - Os investimentos que estão sendo realizados no Polo de Cama-

çari devem incentivar a instalação de no-vas empresas do setor no município?Delgado - Com certeza, não tenho dúvi-das. Os investimentos estão ocorrendo de forma acelerada impulsionando a indús-tria que já está instalada e abrindo espa-ço para novas indústrias que queiram se instalar no município. Inclusive no Fórum surgiram notícias de que há empresas in-teressadas da área de reciclagem de plás-tico querendo vir para Camaçari.

Plástico Nordeste - Existe alguma polí-tica de incentivo do governo municipal para captação de novas empresas e para fortalecer o setor?Delgado - Sim, têm incentivos estaduais e municipais. Os municipais são a isenção de tributos como o Iptu e o ISS Taxas, por um período de até 10 anos, isso proporcional a geração de empregos, com base em uma lei municipal. Quanto maior geradora de empre-gos a empresa for, maior serão os seus bene-fícios no plano municipal.

Plástico Nordeste - Durante o Fórum tam-bém foi debatida a questão do aproveita-mento da mão de obra local. O município conta com profissionais qualificados para atender a demanda da indústria? Delgado - No momento ainda não têm profissionais suficientes para atender a demanda. Mas estamos investindo neste sentido. Já temos uma escola técnica que formou a primeira turma no ano passado e também uma Escola Técnica Federal ins-talada no município. Temos a Uneb que está em fase de ampliação, além de outras instituições que estão em processo de ins-talação em Camaçari. Mas para termos o resultado de pessoas formadas demora um pouco. Além disso, nós doamos uma área para criação de uma escola do Senai. Esta-mos em um processo de preparação das ba-ses. Hoje ainda temos carência dessa mão de obra, como ocorre em todo o Brasil. O crescimento econômico parece que pegou todo mundo de surpresa, que criou uma grande geração de empregos. É um bom problema. O pior é não ter empregos.

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Delgado, à frente, diz que os investimentos abrem espaçopara instalação de novas indústrias

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Apesar do crescimento da demanda nacional por produtos plásticos, setor apresenta queda de produção e o espaço é preenchido pelos importados.

De norte a sul do Brasil são perce-bidos os primeiros sinais de uma possível desindustrialização. As-pectos fundamentais como valo-

rização do real, Custo Brasil e impostos al-tos são temas recorrentes nas pautas dos empresários não apenas do setor plástico, mas da indústria de transformação em ge-ral. Tais obstáculos acarretam em perda de competitividade junto a outro fantasma que assombra o país: a enxurrada de pro-dutos importados vindos de diversas na-

cionalidades do mundo, principalmente da China. Essa equação gera perda de produ-tividade por parte das empresas brasilei-ras, mesmo com relevante crescimento da demanda interna por artefatos plásticos.

No caso específico deste setor, foi registrado um salto de 38% no déficit comercial em 2011. Segundo dados di-vulgados pela Associação Brasileira da Indústria do Plástico (Abiplast), o saldo negativo anual somou US$ 1,87 bilhão, ante US$ 1,35 bilhão do ano anterior. O resultado foi ocasionado por uma alta de 19,58% das importações, para um total de US$ 3,38 bilhões. As exportações, por sua vez, cresceram 2,63%, para US$ 1,51 bilhão. “Estes são efeitos do ‘’Custo Bra-sil’’, combinados com as consequências da excessiva valorização do real, da Se-

lic ainda alta e do crescente assédio ao nosso mercado por parte de exportadores que estão perdendo espaço, na combalida economia europeia”, destaca em nota o presidente da entidade, José Ricardo Ro-riz Coelho. A valorização do real entre ju-nho de 2004 e dezembro de 2011, segun-do cálculos da Abiplast, alcançou 74,6%.

Preocupado com a perda de compe-titividade da indústria brasileira, Roriz destacou que é importante a aplicação de mudanças na economia nacional. “Defen-demos, sobretudo, a retomada das refor-mas estruturais, em especial a tributária e trabalhista. São medidas dependentes de políticas públicas, essenciais para conter a desindustrialização e resgatar a competitividade”, destacou o executivo. A preocupação da entidade é explicada

Consumo aumenta e indústria diminui

BALANÇO Reflexos de

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também pelos primeiros números deste ano. Em janeiro, a indústria de transfor-mação plástica registrou déficit comercial de US$ 160,5 milhões, resultando de im-portações de US$ 283,1 milhões e expor-tações no total US$ de 122,6 milhões.

O nordeste do país acompanha de perto os reflexos da balança comercial brasileira para a indústria de transforma-ção de plásticos da região. O presidente do Sindicato da Indústria do Plástico de Alagoas, Wander Lobo Araújo, afirma que o crescimento do volume de importados no país é perceptível inclusive na questão das sacolas plásticas retornáveis, que estão chegando da China em larga escala. “Com o nosso custo de matéria-prima, o Custo Brasil e dólar barato, estamos vendo a de-sindustrialização do Brasil. Estamos com o consumo do nosso mercado aumentando e a nossa indústria de transformação dimi-nuindo a produção”, alerta Araújo.

O dirigente explica que, apesar do aumento do poder aquisitivo da popu-lação brasileira, a indústria nacional está perdendo mercado, pois os pro-dutos importados estão chegando com valores mais baixos do que o que está sendo produzido no país. Na opinião do dirigente, a tendência é de que o quadro para este ano permaneça igual, mesmo com a sinalização do governo de que serão adotadas algumas medi-das neste sentido ainda no período de

2012. “Para este ano creio que a ten-dência permaneça de aumento do dé-ficit. Precisamos de medidas urgentes de incentivo a produção nacional, para aumentar a competitividade das nossas empresas, sob pena de sofrermos a de-sindustrialização do Brasil”.

Segundo o diretor financei-ro do Sindicato da Indústria de Material Plástico do Estado de Pernambuco (Sim-pepe), Anísio Bezerra Coelho, a atividade de exportar ficou cada vez mais difícil. As empresas passaram a ter dificuldades de-vido as vários aspectos como Custo Brasil, política cambial, e falta de infraestrutu-ra. Tais obstáculos, afirma Coelho, criaram barreiras instransponíveis para exportar, principalmente para o mercado sulameri-cano, que é a maior destinação dos produ-tores nacionais que ainda exportam. “Mas ultimamente não está mais existindo isso dentro da indústria de transformação de plásticos nordestina”, afirma o dirigente, enfatizando que a cada dia se percebe uma presença muito forte dos produtos acabados no mercado da região, principal-mente vindos da China. Esse movimento de aumento de importações, diz Coelho, também ocorre com o setor de matérias-primas, face a falta de competitividade da resina nacional, mas também uma presen-ça muito significativa do produto acaba-do. “Ou seja, além de termos dificuldade de exportar, a concorrência internacional está tomando conta de uma parcela do mercado interno brasileiro”.

O dirigente alerta que, se não forem adotadas algumas medidas de incentivo à produção nacional, haverá o crescimento da participação dos importados. “O go-verno precisa tomar algumas medidas no sentido de reduzir o Custo Brasil. Veja, a energia elétrica tem um peso significativo no nosso custo e a brasileira é uma das

mais caras do mundo. Então é preciso a criação de alguns mecanismos, no sentido de que nossos custos sejam mais compatí-veis aos internacionais”, salienta.

DistribuiçãoA ADIRPLAST (Associação Brasileira

dos Distribuidores de Resinas e Bobinas Plásticas de BOPP e BOPET), divulgou re-centemente os resultados consolidados do mercado de resinas plásticas de 2011. O le-vantamento, feito pela Maxiquim – Asses-soria de Mercado, sob encomenda da enti-dade, apontou pequena queda da demanda interna de PP e PEs de 1,8%. Enquanto em 2010 foram comercializados no país cerca de 3.790 mil toneladas dessas resinas, em 2011 esse número caiu para 3.723 mil to-neladas. Quando se leva em consideração a demanda de diferentes resinas dentro do canal distribuidor, o comportamento foi estável. O volume comercializado em 2011 foi de 505 mil toneladas, apenas 0,8% menor do que o de 2010, quando foram vendidas 509 mil toneladas. Mesmo assim, 2011 ainda foi um ano melhor para os dis-tribuidores do que 2009, quando 470 mil toneladas de resinas foram consumidas.

O estudo aponta que houve no úl-timo ano um crescimento de mais de 3% na participação das resinas importadas no mercado local, embora a importação feita pelos distribuidores tenha sido reduzida em cerca de 4% no mesmo período. “Isso mostra uma recuperação da indústria pe-troquímica nacional dentro do canal de distribuição oficial e a consolidação dessa parceria, que esperamos fortalecer ainda mais”, explica Laercio Gonçalves, presi-dente da ADIRPLAST.

A Região Sudeste continua de longe o maior mercado de resinas do país, embo-ra tenha perdido cerca de 1% de represen-

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ÃO À esquerda: Wander Araújo, de Alagoas, culpa o preço das resinas, Custo Brasil e dólar barato

À direita: Anisio Coelho, do Simpepe,

destaca falta de competitividade das

resinas nacionais

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tação, assim como o Nordeste. Já regiões como a Sul e Centro-Oeste consumiram mais resinas, em relação a 2010.

Embora as vendas tenham caído um pouco, a alta nos preços das resinas ga-rantiram que o faturamento dos distribui-dores subisse 3,6% em 2011.

Quando o assunto é 2012, os distri-buidores associados à ADIRPLAST se mos-tram otimistas. A previsão da entidade é de que haja um aumento de cerca de 5% da comercialização das resinas den-tro do canal distribuidor. Ainda segundo a entidade, esse crescimento seria puxado principalmente pela alta na demanda das especialidades e PEs. Já em relação ao fa-turamento, a entidade prevê que ele seja 14,5% maior em 2012.

PetroquímicaA indústria química brasileira regis-

trou déficit comercial de US$ 3,7 bilhões no primeiro bimestre de 2012. O resulta-do representa uma expansão de 14,4% em relação aos dois primeiros meses do ano passado, segundo dados divulgados pela Abiquim. O incremento do déficit comer-cial reflete a alta de 9,2% das importações entre os períodos, para US$ 5,9 bilhões. Já as exportações cresceram apenas 1,5% na mesma base de comparação e somaram US$ 2,2 bilhões.O principal produto co-mercializado no bimestre foram as resinas termoplásticas, com total de US$ 367,1 milhões. Apesar de ter registrado um in-

cremento de 5,6% nas exportações no bi-mestre, a indústria de resinas termoplás-ticas, representada em grande parte pela petroquímica Braskem, não tem razões para comemorar. Isso porque as importa-ções no bimestre alcançaram US$ 629,3 milhões, o que resultou em um déficit comercial de US$ 262,1 milhões nos dois primeiros meses do ano.

A própria Braskem também sentiu os efeitos da chegada excedentes exportáveis ao Brasil, originários das economias mais desenvolvidas que encontram aqui um des-tino altamente convidativo, especialmen-te em razão de o real estar sobrevaloriza-do e também pelos incentivos tributários concedidos por alguns estados para a im-portação de produtos através de seus por-tos, que ingressam no país com vantagens sobre o produto nacional. Neste contexto a Companhia registrou prejuízo de R$ 201 milhões no 4º trimestre, influenciada pela menor geração de caixa no período, rever-tendo o lucro líquido de R$ 356 milhões, verificado um ano antes. Mas, na compara-ção com o 3º trimestre, quando a empresa havia registrado perda líquida de R$ 1,046 bilhão, houve melhora na última linha do balanço. O Ebitda consolidado no trimes-tre totalizou R$ 718 milhões, com queda de 33% na comparação anual. Frente ao 3º trimestre, o recuo foi de 24% e reflete o menor volume de vendas e a redução dos spreads de resinas termoplásticas e prin-cipais petroquímicos básicos, no mercado internacional. A margem Ebitda no perío-do ficou em 8,2%, com queda de 2,6 pon-tos percentuais frente ao verificado entre julho e setembro. Já a receita líquida da petroquímica no 4º trimestre ficou em R$ 8,71 bilhões, praticamente estável, em re-lação ao apurado no trimestre anterior em razão da “desvalorização do real de 10% no período.” Frente ao mesmo intervalo de 2010, contudo, houve alta de 25% nessa

linha. No acumulado de 2011, a Braskem registrou prejuízo de R$ 517 milhões, ante lucro de R$ 1,889 bilhão no ano anterior. A receita líquida consolidada, por sua vez, somou R$ 33,176 bilhões, com alta de 30%, e o Ebitda ficou em R$ 3,742 bi-lhões, queda de 8%.

Fábrica em AlagoasA empresa decidiu antecipar as

operações de suas duas fábricas que es-tão em construção, de acordo com infor-mação do presidente da companhia, Car-los Fadigas. A unidade de PVC, que está sendo construída em Alagoas, deverá en-trar em operação em maio. A planta de butadieno, intermediário para a produ-ção para a borracha, deverá iniciar suas atividades em julho. Em 2011, as uni-dades produtoras da Braskem operaram com cerca de 80% de sua capacidade.

Fadigas ressaltou que no ano passa-do duas plantas do grupo estiveram para-das. Na unidade da Bahia, no polo de Ca-maçari, a paralisação estava programada para janeiro de 2012, mas foi antecipa-da para dezembro. A de Triunfo também parou, como o programado. O executivo afirmou que o ano de 2011 foi desafiador, dado o cenário adverso, com a crise no mercado europeu. O mercado de resinas termoplásticas, pela primeira vez em 8 anos, não cresceu no Brasil. O consumo de resinas no país em 2010 e 2011 ficou em 4,9 milhões de toneladas.

BALANÇO Reflexos de 2011

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ÃO À esquerda: Laércio Gonçalves, da Adirplast, quer fortalecer a parceria com as indústrias nacionais

À direita: Carlos Fadigas, da Braskem, diz que 2011 foi um

ano desafiador diante do cenário adverso

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A Copa do Mundo de 2014 no Bra-sil pode ser o “pulo do gato” para muitas empresas, em vários seg-mentos, da construção civil à TI.

No entanto, no setor plástico, todos querem aproveitar essa oportunidade para abocanhar uma fatia desse bolo de aproximadamente R$ 33 de bilhões, um valor fantástico que será investido na construção e reforma de arenas, obras de mobilidade urbana, infra--estrutura/energia, saneamento e hotelaria. De um simples conduite para rede elétrica ou tubulações para água/luz/telefonia, até sofisticados sistemas para cobertura de es-tádios, são dezenas de itens que envolvem matérias primas (resinas e aditivos), máqui-nas ou peças acabadas.

A maioria desses componentes são fa-bricados com tecnologia existente no Brasil – exceto as coberturas -, mas são poucas in-dústrias com unidades produtivas ou filiais nas regiões Nordeste/Norte, onde existem cinco subsedes (Salvador, Recife, Natal, Fortaleza e Manaus). Mesmo assim, faltan-do menos de 800 dias para a realização do evento principal e pouco mais de um ano para a Copa das Confederações em 2013 – em cinco capitais – as obras seguem em

ritmo acelerado e acirram a disputa por um mercado amplo e igualmente tentador.

No efervescente cenário da construção civil os produtos de plásticos aparecem cada vez mais em várias etapas da obra. Desde as fundações, lá estão equipamentos, mantas de impermeabilização, EPIs (equipamentos de proteção individual), redes, acomoda-ções para operários no canteiro de obras, tubulações para água, esgoto e eletricidade, comandos, caixas, fios e cabos e uma infini-dade de itens de apoio. Na sequência, com a instalação das arquibancadas, a vez dos as-sentos, um componente especial, mas que se tornou um item de oferta restrita diante das normas rígidas estabelecidas pela FIFA e re-ferendadas pela ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas).

Quando chega a fase de acabamento

nas demais dependências de uma arena, como vestiários, centro esportivo, banhei-ros, áreas de espera/lazer, restaurantes, lancherias, museus/anfiteatros etc, são vá-rias peças e painéis que tem no plástico um elemento vital. O leque de opções amplia a lista de fornecedores nacionais e até mesmo regionais. A Associação Brasileira da Indús-tria do Plástico (Abiplast), que congrega mais de 11 mil indústrias do segmento no Brasil, sabe que o momento é importante, mas por meio de sua assessoria, explica que ainda não dispõe de informações “palpá-veis” para fazer uma projeção de aproveita-mento e faturamento para o setor.

Mesmo assim, é preciso considerar a dimensão desse nicho. Afinal, essa verdadei-ra avalanche de obras está transformando o cenário urbano, exigindo uma adequação em termos de mobilidade urbana, com amplia-

Obras em subsedes acirram disputa no setor plásticoFabricantes de matérias-primas e produtos acabados estão de olho nos bilhões em investimentos nas cinco subsedes do Nordeste/Norte: Salvador, Recife, Natal, Fortaleza e Manaus.

ESPECIAL Construção/Copa 2014

O mercado de assentos para as

arenas da Copa e outras obras será de

1,2 milhão de unidades

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ção de avenidas, criação de novos sistemas de transporte (metrô, BRT, VLT), aeroportos são focos de investimentos maciços, a rede hoteleira e de serviços se amplia para aten-der à demanda crescente.

Ao avaliar esse contexto e perceber o novo potencial, ainda em 2010, a Associação Brasileira de Materiais Compósitos (Abmaco) realizou, no Rio de Janeiro (RJ), o seminário “Compósitos na Copa de 2014”. Sete espe-cialistas no material, mais o renomado de-signer Índio da Costa, se apresentaram para um público diversificado. “A Copa do Mundo propiciará inúmeras oportunidades de negó-cios para o setor brasileiro de compósitos, algo em torno de R$ 800 milhões até 2014. E, com esse evento, mostraremos que temos plenas condições de aproveitá-las”, afirmou na ocasião Gilmar Lima, presidente da Ab-maco para a mídia presente. Participaram do evento empresas como Lord, Reichold, MVC Plásticos, Dow, Owens Corning.

Apenas como exemplo, em outubro de 2009 a MVC, empresa brasileira líder em tecnologia de componentes plásticos e pertencente ao Grupo Artecola, concluiu o projeto inédito para revestimento da su-perfície inferior (interna) na cobertura do novo terminal de passageiros do Aeroporto Internacional de Carrasco, em Montevidéu (Uruguai). Em área total de 24 mil m², fo-ram instalados os painéis sanduíche, com tecnologia “Wall System”, de plástico refor-çado com fibra de vidro e acabamento em gel coat isofálico e núcleos de EPS (polies-tireno expandido) e poliuterano. O projeto levou seis meses para ser desenvolvido.

Tigre em seis arenasA Tigre uma das maiores indústrias de

transformação de plásticos da América Lati-na, com sede em Joinville (SC) e unidades em 12 países, é uma das principais forne-cedoras de produtos para obras prediais, de infra-estrutura, indústria, construtora e irri-gação. A empresa está engajada como for-

necedora para obras relacionadas à Copa de 2014. “A Tigre, já confirmou a instalação de seus produtos em pelo menos seis das arenas que sediarão os jogos da Copa em 2014. São elas: Fonte Nova (Salvador), Maracanã (Rio de Janeiro), Arena da Amazônia (Manaus), Estádio Castelão (Fortaleza), Mané Garrincha (Brasília), Arena Pantanal (Cuiabá) e Arena Corinthians (São Paulo)”, informa.

Entre as centenas de produtos de seu catálogo, a Tigre fornecerá principalmente suas linhas de Esgoto (Série Normal, Série Reforçada e Soldável), Drenagem, Sistema de condução de água para infraestrutura (PBA) e Coletor de Esgoto. Linhas Aqua-therm para água quente, linha soldável (água fria) e Conduete Top. A empresa res-salta ainda que mantém contrato com as principais construtoras do país, são elas: A construtora Odebrecht, a OAS e Andrade Gutierrez. A Tigre informa que as obras no Nordeste são abastecidas pelas unidades de Camaçari (BA) Escada (PE) e Rio Claro (SP), dependendo do produto utilizado.

A Amanco, outra indústria líder em tu-bos e conexões, investiu R$ 200 milhões em 2010, valor direcionado para a melhoria na capacidade de produção das fábricas, desen-volvimento de novos produtos, comunicação da marca e nos pontos de venda do varejo da construção e capacitação profissional. Um dos focos está nas obras da Copa do Mundo. Con-sultada sobre construtoras parceiras, não se manifestou, mas para poder atender à deman-da a Amanco dispõe de nove fábricas no Bra-sil, sendo duas no Nordeste: uma em Cabo de Santo Agostinho (PE) e outra em Maceió (AL).

SABIC tem novidadesA SABIC Innovative Plastics, como ou-

tras fornecedoras de resinas, tem um catá-logo com várias opções para fabricação de peças/produtos de plástico usados em cons-truções de arenas esportivas e outros tipos de obras civis para o evento. O engenheiro Rafael Rodrigues ressalta que a empresa >>>>

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sempre investe em novos desenvolvimentos e tecnologias para aprimorar os produtos de seus clientes. Desta forma, também continua em busca de novos materiais para a aplica-ção em assentos de estádio e coberturas. “A resina Geloy*, por exemplo, é uma novidade para aplicação em assentos juntamente com as resinas Valox e Valox iQ”, revela.

Assim, novos estádios, aeroportos, fer-rovias e expansões dos sistemas de metrô são exemplos em que os investimentos significa-tivos são esperados e que devem influenciar a demanda de soluções em materiais de alto desempenho. Soluções mais sustentáveis, como compostos não-halogenados e alta re-sistência à chama (Classificação V0 pela UL 94) são algumas das principais exigências desses mercados”, justifica. “A SABIC tam-bém possui um histórico de sucesso em co-berturas de policarbonato Lexan* utilizadas nos principais estádios do mundo”, revela.

Durante a Brasilplast 2011 a empresa apresentou dois materiais com tecnologia de ponta para a construção de estádios espor-tivos. Os produtos são a resina Valox*, com estabilizante de raios ultravioleta (UV) e pro-priedade retardante de chama para estádios abertos e fechados, e a nova chapa ultrarrígi-

da Thermoclear* Lexan* para coberturas e fe-chamentos verticais. Esses materiais agregam valor em termos de conforto e segurança do público, oferecendo mais liberdade de design e atendendo às exigências normativas mais rigorosas em comparação aos materiais tradi-cionais. Estes produtos fazem parte do amplo e crescente portifólio da SABIC destinado à construção civil, incluindo a linha de chapas compactas e a chapa Lexan Thermoclick*.

Com três décadas de desempenho comprovado, a chapa Lexan* é o material preferido dos arquitetos e designers para co-berturas, paredes, fechamentos verticais de escadas, entre outras aplicações, como are-nas e estádios. “Os grandes eventos, como Copa do Mundo e Olimpíadas, colocarão o foco do mundo nos estádios e arenas do País”, declara Ricardo Knecht, presidente da SABIC Innovative Plastics no Brasil. “Nesse contexto, produtos exclusivos se destacam pelo design, desempenho e responsabilida-de ambiental. A leve e versátil resina Valox, por exemplo, nos permite ser um dos pou-cos fornecedores a oferecer materiais de alto desempenho para assentos de estádios, incluindo conformidade com a legislação ambiental de REACH (Regulamentação, Ava-

liação, Autorização e Restrição de Produtos Químicos)”, explica o executivo.

Acríclio na Bahia,PVC em Alagoas

O cobiçado mercado brasileiro e sul--americano, e a alta do consumo com even-tos como a Copa do Mundo, atraem investi-dores. A empresa alemã Basf, maior no setor de química do mundo, iniciou em março de 2011 a construção de um complexo em Ca-maçari, na Região Metropolitana de Salva-dor. O investimento de R$ 1,2 bilhão tem a expectativa de gerar 800 novas vagas de emprego, sendo 200 diretos. O polo acrílico fabricará matéria prima em escala global e deve atender a toda demanda da América do Sul, segundo o presidente da Basf na Amé-rica Latina, Alfred Hackenberger.

Em abril de 2011 a Braskem lançou a pedra fundamental da nova planta de PVC, em Marechal Deodoro, Alagoas. As obras, já iniciadas, gerarão cerca de 2,5 mil empregos diretos durante a construção. Com inves-timentos na ordem de R$ 1 bilhão, a nova unidade industrial está prevista para entrar em operação já no primeiro semestre deste ano. A planta terá capacidade produtiva de 200 mil ton/ano. A empresa já possui uma unidade de PVC em Alagoas e com este pro-jeto totalizará 460 mil ton/ano de capaci-dade produtiva. Assim, o estado se tornará o maior produtor de PVC da América Latina, contribuindo para o fortalecimento do polo de transformação local. A Braskem também tem capacidade para produzir 250 mil ton/ano de PVC em Camaçari, na Bahia.

A hora do PVCSem dúvida, as obras da Copa do Mun-

do 2014 vão causar um forte impacto em vá-rios setores, como ao segmento do PVC. Para Miguel Bahiense, presidente do Instituto do PVC, todas as regiões onde estão localizadas as cidades-sede da Copa do Mundo de 2014 serão beneficiadas. “É fundamental olhar a Copa como uma grande oportunidade de de-senvolvimento, pensar no legado que será dei-xado após o evento. Será uma grande chance para as cidades se desenvolverem. A região

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Visão interna da futura Arena Fonte Nova, orçada em R$ 597 milhões: espaço para o plástico

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Nordeste-Norte já é destino de investimentos de grandes empresas e até o governo vê o desenvolvimento tecnológico da região com bons olhos. Esse alinhamento é muito bom para o setor do PVC”, afirma. Para Bahiense, a extensão dos benefícios é fantástica.

Toda esta movimentação fará com que diversos setores se desenvolvam e o de plásticos é um deles. “O PVC, como principal plástico da construção civil e saneamento básico, além de sua importante participa-ção na arquitetura e ainda com a questão da sustentabilidade bem resolvida, se sobressai perante os diferentes materiais usados nas obras destes setores da sociedade”, compa-ra. Segundo Bahiense, a cadeia produtiva do PVC se beneficiará, pois ela é fundamental para estes tipos de obras.

O dirigente afirma que também é pos-sível pensar em outras aplicações como as coberturas de estádios e de outras grandes construções como aeroportos e hotéis. “As coberturas de PVC são indicadas para esta aplicação e há exemplos de sucesso. Na Copa da África do Sul, o PVC foi utilizado para a cobertura do estádio Green Point, em Cape Town. Na Copa da Alemanha, cinco dos sete estádios construídos ou reformados utilizaram as coberturas de PVC. No Anhem-bi o produto foi utilizado e ajudou a sanar problemas internos, propiciando isolamento térmico e acústico”, ressalta.

Além dos estádios Bahiense diz que outras construções terão que ser reformadas ou construídas como hotéis, centros de ex-posições, aeroportos, metrô, entre outros, e o PVC é uma solução para todas elas. “Pisos de PVC são indicados para uso em áreas de baixo tráfego como em quartos de hotéis e alto tráfego como em aeroportos e recep-ções, janelas já são utilizadas com sucesso em hotéis e podem ser aplicadas em diversos outros locais. Esses são apenas alguns exem-plos da diversidade de produtos de PVC que

podem ser utilizados nestas obras”, informa. E revela que o setor está preparado.

Adirplast estima benefíciosA Copa do Mundo vai mexer com todos

os setores. É assim que pensa Laércio Gonçal-ves, presidente da Associação dos Distribui-dores de Resinas Plásticas (Adirplast). “Acre-ditamos que os preparativos para a Copa do Mundo devem sim gerar aumento da deman-da por plásticos. Até porque, já sabemos que os bancos dos estádios, por exemplo, serão feitos com polipropileno (PP). Além disso, o material também será usado para outras aplicações”, projeta.

Segundo o executivo, também deve au-mentar a demanda na área de PVC, por causa das tubulações e novas estruturas que estão sendo construídas no país afora, em relação não apenas aos novos estádios, mas também na reforma de hotéis e aeroportos e até da abertura de uma nova linha ferroviária. “Esse é um evento de proporções grandiosas e que, se bem pautado, beneficiará a todos os seto-res, inclusive o de resinas plásticas”,diz.

Simpepe preparadoAproveitar as oportunidades que o

evento pode trazer aos associados é o foco do Sindicato das Indústrias de Material Plás-tico do Estado de Pernambuco (Simpepe). A diretoria ressalta que “para as indústrias que produzem materiais de uso em infra-estrutu-ra o mercado está bem aquecido, porém, há outros setores que ainda não estão sentindo nenhuma demanda em função da Copa do Mundo. Acreditamos que mais próximo pode-remos ter algum aumento na demanda”.

Conforme o Simpepe a questão de indús-trias associadas serem fornecedoras de produ-tos transformados usados nas obras em geral ou no acabamento, é pontual. “Pelo que temos conhecimento ainda não temos nenhuma em-presa habilitada para isto. Sim, temos empre- >>>>

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sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 18 > Plástico Nordeste > Jan/Fev de 2011

sas que estão fornecendo material para obras de infra-estrutura como tubos e conexões, a Tigre, com unidade em Escada e a Amanco, com indústria em Cabo de Santo Agostinho e a Tramontina, em Recife. São empresas que for-necem os materiais para obras de saneamento para as principais construtoras”.

A entidade ressalta não ter nenhuma aproximação com a construtora da Arena Pernambuco, a Odebrecht, mas também não teve nenhuma solicitação da mesma. “Que-remos destacar, no entanto, que o Simpepe está pronto para atender a quaisquer deman-das para este evento, e capacitado em mobi-lizar as empresas que necessitem de contato para as obras de acabamento”, completa.

Sindiplasbateme influências

Sem meias palavra, Luís Antônio de Oliveira, presidente do Sindicato das In-dústrias de Plástico do Estado da Bahia (Sin diplasba), comentou sobre o impac-to das obras da Copa do Mundo para o setor no estado. “Um dos principais itens são assentos para estádios, que benefi-ciaria o setor de injeção, que tem ope-

rando máquinas acima de 700 toneladas. Entretanto, com a entrada da Marfinite Arenas neste mercado, ancorada pela 9INE, empresa do Ronaldo Fenônemo, não haverá espaços para quem trabalha corretamente. O ex-craque, ou sua equipe em seu nome, poderá exercer tráfico de influências visto o mesmo pertencer ao Comitê Local da Copa. Acreditamos que o Fenômeno não esteja ciente do uso que possa ser feito com seu nome”, confessa.

Para Oliveira, as oportunidades para a indústria local podem ser bem localiza-das. “O setor de plásticos da Bahia, que fabrica produtos de sinalização e segurança ao trabalho (capacetes, cones, cavaletes e outros) será beneficiado durante o período de construções de estádios e logradouros públicos”, diz. Sobre relação com as cons-trutoras da Arena Fonte Nova, Odebrecht e OAS, nada foi firmado. “Não existe relacio-namento formal com construtoras. Reco-nhecemos, entretanto, seu potencial e são ótimos clientes do setor de plásticos, prin-cipalmente pela utilização de equipamen-tos de proteção e segurança ao trabalho, fabricados na Bahia”, explica.

SindiVerde vêpotencial cearense

Para o presidente Marcos Albuquerque, do SindiVerde, de Fortaleza, o cenário é po-sitivo. “No Estado do Ceará a indústria traba-lha fortemente com madeirites de plásticos e cubas feitas com material reciclado para cons-trução civil. Todas as obras de alvenaria estão sendo atendidas pelas empresas fabricantes desse material. As cubas são utilizadas para concretar lajes economizando 30% de con-creto e os madeirites são utilizados para as lajes e construção de colunas. Esses materiais representam uma movimentação na ordem de R$ 100 milhões”, projeta.

Assentos: MarfiniteArenas entra na disputa

Em fase de negociações com a FIFA, a Marfinite confirmou ao portal Varejo que concorre com outras empresas para ser a for-necedora oficial de produtos esportivos para os estádios que sediarão os jogos da Copa de 2014. Fundada em 1961, a empresa foi pio-neira na fabricação de bolas de poliéster que substituíram o uso do marfim do elefante e de cadeiras de plástico. Administrada pela hol-ding A2DP, a Marfinite tem um portfólio de 900 produtos próprios e um parque industrial com 74 máquinas e capacidade de produção de 18 mil ton/ano.Alexandre Pimentel, sócio--presidente diz que as expectativas de vitória sobre as concorrentes são grandes devido à preparação, iniciada há dois anos, para even-tos como a copa. “Estivemos na Europa para pesquisar portfólios e checar todas as normas da ABNT. Estamos em fase de negociar a linha de assentos especiais para a Copa”, diz

Em novembro de 2011 a Marfinite lan-çou uma marca específica, a Marfinite Arenas, durante a Expo Estádio e também fechou acordo com a agência 9NINE - do ex-craque Ronaldo Fenômeno, diretor do Comitê Organi-zador da Copa. Especialista em marketing es-portivo e entretenimento, a 9NINE passa a ser responsável pelas campanhas publicitárias, ativação da marca e branding da Marfinite. “Precisávamos de uma agência com expertise no esporte, para fortalecer o posicionamento da Marfinite Arenas, por isso procuramos a

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Arena Castelão: oportunidades para a indústria local com madeirites para lajes e outras peças

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agência”, afirmou Pimentel, tentando desfa-zer a polêmica sobre o tráfico de influência.

Os assentos da Marfinite estão nos está-dios da Vila Belmiro (Santos), Parque São Jor-ge (Corinthians), Canindé (Portuguesa), Costa do Sauípe (Bahia) e Autódromo de Interla-gos. “Nossos assentos compõem os principais campos esportivos do País há bastante tem-po. A empresa teve participação importante no Comitê formado com o objetivo de atu-alizar norma para estes produtos, conforme orientação da FIFA. Agora, estamos em fase de negociação, preparados há dois anos com tecnologia e muito investimento”, ressaltou Pimentel. Segundo o blog de Gustavo Nasci-mento, de Recife, nos próximos dois anos, a Marfinite espera faturar R$ 216 milhões, ante os R$ 154 milhões estimados para este ano. “Falamos em 1,2 milhão de novos assentos para atender o segmento”, estima Alexandre Pimentel, porta-voz da Marfinite, em entrevis-ta ao DCI.

Kango na expectativaCom sede em Curitiba e experiência no

fornecimento de assentos para alguns está-dios do Sul, entre eles a Arena da Baixada (Atlético-PR), que está sendo preparada para a Copa de 2014, os estádios do Avaí e Figuei-rense (SC) e a Arena Barueri (SP), a Kango está na expectativa de abastecer o mercado. Segundo o gerente de marketing Bruno Lima, a atuação da empresa é ampla. “Atendemos a diversos segmentos, além do esportivo. Mas o esporte, sem dúvida, é nossa especialidade. Além das cadeiras trabalhamos com a linha de armários metálicos para vestiários, também.

Em outros segmentos como auditórios e áre-as de circulação, o item oferecido, também são as cadeiras. Nossos produtos são bastante versáteis, ou seja, adéquam-se a diferentes ambientes. Para a Copa do Mundo, de acor-do com a recomendação FIFA, trabalhamos a linha de assentos rebatíveis, sendo que o mo-delo dependerá da necessidade de cada obra, sendo difícil especificar um só”, explica.

Segundo Bruno, o item “cadeiras”, ainda não está na pauta de negociação com as gran-des construtoras ligadas as obras da Copa do Mundo de 2014. “Desse modo, ainda não foi e, nem seria possível, termos fechado algum tipo de contrato. Nosso tipo de produto en-trará no escopo dessas empresas, apenas no segundo semestre de 2012. Nossa expectativa é grande”, afirma. Na verdade, a Kango vê os grandes eventos esportivos, como uma bolha que alavancará momentaneamente o mercado. “Sabemos que após 2016, o mercado voltará a sua normalidade. Somos especialistas no segmento de mobiliário esportivo, e estamos adequados ao movimento do nosso mercado. A Copa do Mundo e Olimpíadas são apenas uma oportunidade e, dessa forma, nosso foco tam-bém abrange outras questões”, diz. “Quanto às obras das Copas passadas, são de respon-sabilidade da empresa alemã Stechert, nossa parceira internacional. É fato que, em se tra-tando das Copas do Mundo, estamos falando de uma referência incontestável”, completa.

Parceria italianada Flexform

Com base na perspectiva de que os eventos esportivos darão impulso a um novo

ciclo de investimentos na infra-estrutura do país, a fabricante de cadeiras Flexform co-meça a explorar novos mercados, como o de assentos para estádios e mobiliários de ae-roportos. Consultada, a empresa diz não ter novidades, mas forneceu os assentos da linha Eventum para as Tribunas de Honra do Estádio de São Januário (Vasco). No seu site, porém, divulga a parceria com a italiana Bericoplast, em 2009, que resultou no desenvolvimento de assentos para ambientes esportivos.

“Com quatro linhas – Kum, Omega, STKL e Charlie – a Flexform está pronta para aten-der às exigências da FIFA e fornecer assentos para os jogos da Copa do Mundo de 2014, bem como para as Olimpíadas de 2016”, diz. São fabricados em PP Copolímero ou Poliamida 6. E na reportagem de Vanessa Dezem, para o Valor, em dezembro/2011 enfatiza que, “ape-sar de preparada, ainda não começou a pro-duzir os assentos para estádios e aeroportos. As vendas para o desenvolvimento da infra--estrutura para os jogos ainda estão em nego-ciação”, acrescenta.

Há cerca de dois anos a empresa perce-beu oportunidades para ampliar seu catálogo. Foram R$ 16 milhões investidos para aumen-tar a capacidade, sendo que a metade foi di-recionada aos novos produtos. “Vivemos um novo momento na empresa. A ampliação do portfólio vai nos ajudar a ganhar importância como marca”, afirmava o diretor Pascoal Ian-noni. Com fábrica em Guarulhos (SP), a ca-pacidade produtiva saltou de 36 mil cadeiras há dois anos para as atuais 60 mil por mês. E somente para fabricar assentos o potencial atual é de 10 a 15 mil unidades mensais. PNE

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Os mercados de Brasil e Estados Unidos são grandes parceiros comerciais em diversos setores, entre eles, na indústria do plás-

tico. O país americano é o segundo maior importador de produtos plásticos brasilei-ros e o 4º maior exportador para o Brasil, conforme dados de 2010 da Associação Bra-sileira da Indústria do Plástico (Abiplast). O setor de plásticos dos EUA emprega 1,1 milhão de trabalhadores e gera cerca de US$ 379 bilhões em vendas anuais.

O cenário de sinergia é um excelente convite para a NPE 2012, uma das maio-res feiras mundiais voltadas a tecnologias para o setor plástico. O evento, que ocorre de 01 a 05 de abril acontece na cidade de Orlando (Flórida). Realizada pela Associa-ção Comercial da Indústria do Plástico nos EUA (SPI), a exposição internacional de plásticos NPE2012 acontecerá de domingo a quinta-feira no Orange County Conven-tion Center. Após 40 anos de exposição em Chicago, o evento acontece pela primeira vez na Flórida e começa com grandes novi-dades, como o “Super Domingo”.

Neste dia haverá 14 horas de ativida-des sucessivas, incluindo sessões técnicas, mesas-redondas, eventos em rede, um tor-neio de golfe do setor e uma noite de Gala de Abertura, apresentando o jantar do Hall da Fama dos Plásticos, além da cerimônia de apresentação, com a premiação dos íco-nes do setor que contribuíram de manei-ra extraordinária para o setor de plásticos no decorrer de suas carreiras. “Projetamos a NPE2012 para ser uma experiência mul-tifacetada, com atividades, descobertas e oportunidades suficientes para satisfazer as

necessidades de qualquer pessoa que tra-balhe no setor de plásticos ou que tenha a necessidade de saber sobre plásticos,” disse Gene Sanders, vice-presidente sênior de feiras comerciais e conferências da SPI.

Com aproximadamente 2.000 empre-sas expositoras em uma área de 93.000 m2, o espaço de exposição da NPE comerciali-zado supera o espaço ocupado na edição de 2009, de acordo com a SPI, que espera preencher os dois imensos salões do OCCC (Centro de Convenções da Orange County) em Orlando. Como resultado de vantagens econômicas e logísticas do novo local, muitos expositores selecionaram estandes maiores do que na NPE2009 ou planejam operar mais máquinas no pavilhão de ex-posições. Vale destacar ainda os programas educacionais que incluirão SPE ANTEC® 2012, a maior conferência técnica do mun-do; a conferência “Business of Plastics” da SPI, focalizando tópicos oportunos de am-plo interesse para o setor; e o Seminário Latino Americano en Español, produzido pela editora Publicar-B2Bportales.

A participação internacional pro-mete ser maior do que nunca. Das ins-crições já realizadas, 26% são de pes-soas de fora dos Estados Unidos. Como comparação, os percentuais finais cor-respondentes da NPE2006 e NPE2009 eram de 16% e 18%, respectivamente. Esse aumento inclui um comparecimen-to substancial de visitantes da América Latina, responsáveis por metade das ins-crições internacionais até o momento.

A SPI, fundada em 1937, é a asso-ciação comercial do setor de plásticos que representa o terceiro maior setor de fabri-

cação dos Estados Unidos. As empresas que são membros da SPI representam toda a cadeia de fornecimento do setor de plás-ticos, incluindo processadores, fabricantes de maquinários e equipamentos e fornece-dores de matérias-primas.

Quem participará da edição de 2012 é a UNIFLON FLUOROMASTERS, com estande localizado na divisão de fluoropolímeros. A UNIFLON FLUOROMASTERS, estabelecida em 1994, é a única produtora de compos-tos de PTFE do Brasil até o México e está localizada na cidade de São Paulo. Na NPE exibirá a linha de compostos funcionais de PTFE UFLON com objetivo de promover no mercado americano os produtos UFLON APA, destinados a anéis de vedação de amortecedores, e a linha UFLON MAXISEAT, desenvolvido para sedes de válvulas esfé-ricas. Conforme Mario Mathias, o produto UFLON APA foi desenvolvido visando o de-safio de criar amortecedores de maior vida útil devido à tendência de aumento do tem-po de garantia oferecido pelas montadoras. “Como resultado, obtivemos um composto significativamente mais resistente a defor-macões, com baixo grau de abrasividade, alta resistência a elongação e com excelen-te resistência a rupturas”, afirma.

Demais eventosReforçam ainda as feiras internacionais

do setor a Plast 2012, Salão Internacional de Plásticos e Borrachas, que acontece em Milão (Itália) e a Argenplás, feira que ocorre em Buenos Aires (Argentina). O evento ita-liano acontece de 08 a 12 de maio, enquanto que o argentino apresenta sua 14ª edição de 18 a 22 de junho de 2012.

Tudo pronto para a NPE 2012

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Classe C cresce sem parare recebeu 2,7 milhõesde pessoas em 2011

A classe C recebeu mais 2,7 milhões de brasileiros em 2011, vindos da classe DE. Além disso, a classe AB cresceu, com a entrada de 230 mil pessoas vindas da classe C, de acordo com a pesquisa O Ob-servador 2012, realizada pelo sétimo ano seguido pela Cetelem BGN, empresa do grupo BNP Paribas, em conjunto com a Ipsos Public Affairs.

Na pesquisa de 2010, os dados mostraram que o desenho da estrutura social do País já tinha mudado de uma pirâmide para um losango.

Analisando os números desta edição, nota-se que a mobilidade social continua a ser intensa no Brasil, com aumento sig-nificativo da classe C e a incorporação de milhares de pessoas na classe AB. Em 2011, a classe C representava 54% da população brasileira, em comparação a 34% em 2005, quando o levantamento começou a ser reali-zado no País. Já a classe DE teve movimento inverso, passando de 51% da população em 2005 para 24% em 2011. A pesquisa mos-trou também que os brasileiros continuam otimistas em relação ao futuro da economia. Metade dos entrevistados acredita que o Brasil fechará este ano em situação melhor do que em 2011.

Além disso, os brasileiros mantêm a li-derança mundial em relação à avaliação da situação do País. Este ano, as notas entre Brasil e Alemanha foram muito próximas, 6.3 e 6.2, respectivamente. Em 2011 o Brasil estava sozinho na liderança, com nota 6,84.

Mais dinheiro para gastarA pesquisa O Observador 2012 re-

vela que a renda disponível(*) dos bra-sileiros teve um crescimento de mais de 20%, passando de R$ 368 em 2010 para R$ 449 em 2011. O destaque fica por conta da classe C, que teve alta de quase 50%. A renda média familiar das classes AB e DE se manteve estável em 2011, mas a renda da classe C teve um crescimento de quase 8%. A pesquisa também revelou que os brasileiros estão gastando menos e priorizando investi-mentos. As classes AB investiram cerca de R$ 735, enquanto a classe C investiu R$ 486. Em 2011 o brasileiro conseguiu economizar cerca de R$ 249 da renda disponível declarada, contra R$ 201, em 2010, aumentando em R$ 48 o saldo po-sitivo dos consumidores.

De acordo com o Observador 2012, a intenção de compra de móveis e ele-trodomésticos foi a que mais cresceu en-tre todos os bens. A seguir, aparecem lazer/viagem, telefone celular, TV/HI-Fi e vídeo, computador doméstico, deco-ração, carro, ferramentas, propriedades, moto e equipamentos esportivos. Chama também a atenção o aumento na in-tenção de compra de propriedades pela classe DE. A pesquisa aponta um novo crescimento na pretensão de aquisição de propriedades à vista. Na classe AB é maior a intenção de pagamento à vista de imóveis (31%, contra 19% na classe C e 11% nas classes DE). A pesquisa tam-bém indica crescimento na pretensão de pagamento à vista de carros em 2012.

Internet: Brasileiroestá mais digital

O Observador 2012 confirma o au-mento da proporção de usuários de Inter-net no país, que chegou a 44% em 2011. Entre os locais de acesso, a casa continua em primeiro lugar e ganhou ainda mais força em 2011: 27% da população brasi-leira afirmou acessar a Internet em casa.

Os entrevistados disseram usar a in-ternet como fonte de informação, especial-mente para a compra de artigos eletrônicos, lazer/viagens e produtos culturais – seguin-do a tendência dos anos anteriores. Eles também disseram considerar a comodidade e o preço na hora de decidir entre uma loja virtual e uma loja de rua.

A pesquisa aponta que 37% dos brasi-leiros já ouviram falar em sites de compras coletivas, representando um crescimento de 6 pontos percentuais em relação a edição anterior do Observador.

O Observador– Brasil 2012

O Observador 2012 é a sétima edição consecutiva da pesquisa encomendada pela Cetelem BGN, empresa do grupo BNP Pari-bas, à Ipsos Public Affairs, que mapeia os hábitos de consumo dos brasileiros.

A amostra inclui 1.500 entrevistas e entrevistados com mais de 15 anos, o que representa 74% da população bra-sileira. A maioria dos entrevistados são casados (59%).

As entrevistas, pessoais e domiciliares, foram realizadas em 70 cidades das 9 regiões metropolitanas do país.

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Duas gigantes mundiais no ramo dos plásticos de engenharia, a DSM e a Ravago-Entec assinam acordo de distribuição em nível

nacional e repetem a parceria de sucesso que já mantêm na Europa e na Ásia, assim como nos Estados Unidos e no México, onde ocupam grande fatia no fornecimento de matérias primas e derivados de poliamida.

No setor de plásticos para enge-nharia, a DSM está entre os dois maiores fabricantes mundiais e quer chegar ao topo do mercado global nos segmentos formados principalmente pela indústria automobilística, de eletroeletrônicos e de embalagens. A Ravago- Entec já é a primeira do mundo na distribuição de derivados de plástico.

Na avaliação de Oscar Novo, vice--presidente da Ravago-Entec para a Amé-

rica Latina, a parceria ocorre em um mo-mento estratégico para as duas empresas, que se apoiam na política de expansão na América do Sul, tendo o Brasil como principal foco e o aumento da competi-tividade e sustentabilidade da indústria brasileira como premissa.

Segundo Andrea Serturini, recém-no-meado o novo VP da DSM para a América Latina, a decisão de ampliar a participa-ção no mercado brasileiro é fruto da estra-tégia da empresa, definida ainda em 1999, quando foi instalado o escritório comercial em São Paulo. “Atualmente o consumo de derivados de poliamida é de aproximada-mente 200 mil toneladas/ano na América Latina e só o Brasil representa quase 60% desse mercado. Nossa meta é atingir 25% a 30% do fornecimento em curto prazo”.

O crescimento projetado pela DSM se

apoia na capacidade logística da Ravago--Entec e na capilaridade da rede instalada nas regiões de maior concentração de consu-mo dos derivados de poliamida, garantindo a rápida distribuição e a pulverização dos negócios no varejo. A agilidade no atendi-mento às demandas é garantida pela rede de armazéns instalados em São Paulo, Curitiba, Itajaí (SC) e Novo Hamburgo (RS), além dos escritórios de vendas em Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catari-na e Rio Grande do Sul.

Na avaliação de Oswaldo Cruz, gerente geral da Entec Polímeros, é nessa região que se concentra 88% do mercado dos plásticos para engenharia. “Mas a Ravago-Entec tam-bém prepara sua expansão para o nordeste, a partir do estado de Pernambuco, como parte da logística de atendimento dos principais players nos segmentos em que atua”.

DSM Plásticos de Engenharia firma acordo no Brasil com a maior distribuidora de polímeros do mundo

Expansão

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PNRS deve ser lançadoA ministra do Meio Ambiente, Iza-

bella Teixeira, afirmou recentemente que o governo federal vai lançar um progra-ma para implementar a Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em 2010 e regulamentada ano passado. “O gover-no federal já liberou recursos para ajudar Estados e municípios a estruturar os seus planos de resíduos sólidos, e agora esta-mos indo para a reta final de um programa de estímulo na linha de reciclagem, na linha de catadores, com o programa Pró--Catador”, disse a ministra. A questão de ajuda financeira do governo federal para acabar com os lixões no Brasil também é considerada pelo programa, declarou Izabella, após participar de seminário em Brasília sobre a conferência ambiental Rio+20. Entre outras medidas, a lei pre-vê a substituição de todos os lixões por aterros sanitários até 2014, a criação de planos estaduais e municipais sobre a des-tinação do lixo e a criação de linhas de financiamento para cooperativas de cata-dores. A ministra não informou quando o

programa será lançado, mas reforçou que está “na reta final”.

Tigre compraráplástico verde

A Tigre fabricará uma nova linha de grelhas a partir do uso de polietileno (PE) produzido pela Braskem com cana-de-açúcar. A linha, chamada de Grelha Ecológica Tigre, marca o ingresso do plástico “verde” produ-zido pela Braskem, na indústria da constru-ção civil, segundo a Tigre. A companhia não revelou detalhes de valor ou preço negocia-dos entre as partes. “Esse investimento na nova linha de grelhas mostra que estamos abrindo estratégias diferenciadas a partir da política de sustentabilidade da empresa, re-estruturada no final de 2011”, destaca em nota o vice-presidente de Tubos e Conexões da Tigre, Paulo Nascentes. A fabricante de tubos, conexões e acessórios já negociou com a construtora Tecnisa o uso dos produ-tos verdes em um novo empreendimento a ser construído em São Paulo. O lançamento oficial da nova linha da Tigre acontece neste mês. O acordo anunciado significa a amplia-

ção e diversificação da linha de produtos a serem fabricados com o polietileno verde da Braskem. A petroquímica brasileira já fechou acordo de fornecimento do material para uma lista de empresas que inclui Procter & Gamble, Johnson & Johnson, Nestlé e Tetra Pak, entre outras.

Nova fábrica da Braskem irá em maio ao conselho

A Braskem deverá submeter ao seu con-selho de administração o projeto de cons-trução de uma fábrica de polipropileno (PP) verde. Os investimentos iniciais estão estima-dos em R$ 170 milhões, mas podem sofrer al-terações. Segundo Carlos Fadigas, presidente da companhia, a empresa ainda não definiu onde a unidade deverá ser erguida. A reunião do conselho está prevista para maio. Os pro-jetos de expansão no país contemplam uma segunda fábrica de polietileno (PE) verde - a primeira do grupo opera em Triunfo (RS). Essa unidade deverá ser construída próxima a uma usina de etanol, para aproveitar as sinergias. Também está em estudos outra fábrica de PP à base de nafta no polo de Camaçari (BA).

Foco no Verde

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Jan/Fev de 2011 < Plástico Nordeste < 27

Esse investimento ainda não foi definido, mas um aporte para a construção de uma fá-brica com capacidade para 300 mil toneladas gira em torno de US$ 350 milhões.

Aumenta produção de sacolas certificadas no país

O Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas regis-trou em janeiro deste ano, um aumento de 15% na produção de sacolas certifi-cadas, fabricadas dentro da norma ABNT NBR-14937, que, em seu tamanho padrão, suporta o transporte de compras com até seis quilos. O aumento refere-se ao mes-mo período do ano passado, e reflete a preocupação de instituições ligadas à in-dústria do plástico – Plastivida Instituto Sócio Ambiental do Plástico, Instituto Nacional do Plástico (INP) e Associação Brasileira da Indústria de Embalagens Flexíveis (Abief) – com o meio ambiente, no sentido de promover o consumo cons-ciente de sacolas plásticas, combatendo, assim, o desperdício e contribuindo com o descarte adequado deste material.

O Programa defende que as saco-las plásticas sejam fabricadas com a qualidade exigida pela Norma Técnica ABNT NBR-14937. Isso porque as sa-colas mais resistentes inibem a prática de se colocar uma dentro da outra para transportar produtos mais pesados ou de se utilizar somente a metade de sua capacidade. Sacolas fabricadas dentro da norma também podem ser utilizadas mais vezes, em aplicações diversas, ou mesmo para as compras em supermerca-dos. “Quando o consumidor se dá conta de que tem direito a uma sacola mais resistente, que será usada em sua pleni-tude e, ainda, será reutilizada inúmeras vezes o varejo passa a ter um aliado na questão da diminuição do desperdício dessa embalagem”, afirma o presidente da Plastivida, Miguel Bahiense.

Hoje, dez empresas no país estão ca-pacitadas a fazer sacolas dentro de norma. Presente em oito capitais – São Paulo, Por-to Alegre, Salvador, Goiânia, Brasília, Rio de Janeiro, Recife e Florianópolis –, além de Blumenau, o Programa realiza treina-mento com os funcionários dos supermer-cados (caixas, empacotadores e superviso-res) para que esses mostrem ao consumidor a maneira correta de se utilizar e descartar

as sacolas plásticas. Trata-se de uma par-ceria das entidades com a Associação Bra-sileira de Supermercados (Abras) e apoiada por suas congêneres estaduais para envol-ver indústria, varejo e população em ações de consumo consciente e descarte adequa-do. As ações do Programa de Qualidade e Consumo Responsável de Sacolas Plásticas pelo Brasil mostram resultados efetivos. De seu lançamento, em 2008, até 2011, 5 bi-lhões de sacolas plásticas deixaram de ser produzidas e consumidas, ou seja, 27,9% de redução do desperdício em relação ao consumo de 2007.

ABRE assina pactosetorial com ministériodo meio ambiente

A ABRE – Associação Brasileira de Embalagem e o Ministério do Meio Am-biente assinaram o Pacto Setorial que visa promover o emprego da simbologia técni-ca de descarte seletivo em embalagens e de identificação de materiais. Firmaram o acordo Maurício Groke - Presidente da ABRE e Izabella Teixeira – Ministra do Meio Am-biente em encontro que aconteceu na sede do Ibama - Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renová-veis, em Brasília, no dia 23 de novembro, quando foi lançado oficialmente o Plano de Produção e Consumo Sustentáveis do MMA. O Pacto é baseado na Cartilha de Diretrizes de Rotulagem Ambiental desenvolvida pelo Comitê de Meio Ambiente e Sustentabilida-de da ABRE que traz as definições sobre as diferentes modalidades de rotulagem am-biental, a definição da simbologia técnica e as formas de emprego de cada uma no rótulo das embalagens. Conforme o docu-

mento, a simbologia técnica tem natureza funcional que visa identificar os materiais e orientar o seu destino.

A simbologia técnica do descarte sele-tivo tem caráter informativo para o consu-midor com o objetivo de orientar e incenti-var o descarte seletivo da embalagem para que esta tenha uma destinação adequada. A partir daí, a simbologia técnica de identi-ficação de materiais orienta as cooperativas no processo de separação das embalagens para que sejam encaminhas para a indústria recicladora ou para uma disposição ade-quada em aterro. O acordo visa aumentar o número de empresas que usam o símbo-lo de descarte seletivo nas embalagens de seus produtos em substituição ao símbolo do ‘anti littering’, que tinha como objetivo ensinar as pessoas a jogarem o lixo no lixo. E ao mesmo tempo o pacto visa educar o consumidor sobre o seu papel.

“O primeiro elo da cadeia de recicla-gem está nas mãos dos consumidores”, ex-plica Luciana Pellegrino diretora da ABRE. “O papel do consumidor é separar as suas embalagens para que sejam encaminha-das para uma cooperativa que saberá qual destino dar a cada uma delas levando em consideração a infraestrutura de reciclagem na região ou a alternativa de disposição afinal em aterro.” Cabe ressaltar que o uso comum de uma única simbologia favorece as campanhas de comunicação e educação, bem como o entendimento do consumidor e sua participação no descarte adequado. A ABRE irá atuar junto a seus associados e buscará parceiros para promover a imple-mentação do Pacto Setorial tendo a meta de que a cada ano pelo menos 1.000 produ-tos empreguem a simbologia.

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PernambucoIndústria doestado cresce 11%

O bom resultado de Pernambuco regis-trado em janeiro foi fruto do desempenho dos setores de metalurgia básica (30%) e produtos químicos (26%). Já o aumento da demanda por borracha de estireno-butadie-no e de tintas e vernizes para a construção civil puxou o setor de produtos químicos. Estes foram alguns dos resultados de levan-tamento divulgado pelo IBGE. A produção industrial pernambucana, segundo o estudo, obteve um crescimento de 11,3% se com-parada ao mesmo período do ano passado. O Estado registrou um resultado superior ao da Região Nordeste, que cresceu 3,8%. No acumulado dos 12 meses, a média nacional sofreu queda de 0,2%. Segundo o economis-ta da Coordenação de Indústria do IBGE, Ro-drigo Lobo, o resultado negativo do Estado foi puxado pelos setores de alimentos, bebi-das, refino de petróleo e produção de álcool. “Analisando pesquisas anteriores, pudemos confirmar que esses setores obtiveram um resultado inferior”, constatou. Lobo afirmou que PE tem um comportamento diferente de outros estados. “Enquanto os outros segui-ram a tendência nacional, que é de retra-ção, Pernambuco foi no caminho inverso”. A Bahia e o Ceará registraram quedas de -3,2% e -11,4%, respectivamente.

Refinaria contratará mais de 3 mil funcionários

O Jornal do Comércio, de Pernambu-co, divulgou que nos próximos três meses, a Refinaria Abreu e Lima vai contratar mais 3.000 trabalhadores para a construção e montagem do empreendimento, no Com-plexo de Suape. O recrutamento será feito pelas 14 grandes empreiteiras contrata-das pela Petrobras para tocar a obra. Os novos operários vão se juntar a um time de 40.000 pessoas que hoje batem crachá na unidade de refino. Com as contrata-ções, a Rnest alcançará seu pico de mão de obra (43 mil pessoas), que deverá se manter nesse patamar durante um ano. O presidente da Rnest, Marcelino Guedes, diz que na atual fase da obra serão recrutados profissionais das áreas de instrumentação, eletroeletrônica e controle de sistemas. “Nessa etapa, provavelmente vão aumen-tar as contratações de pessoal de fora do

Estado, porque Pernambuco não tinha tra-dição de montagem desse tipo de empre-endimento”, observa.

Conforme informações publicadas no jornal, hoje, 60% dos operários são per-nambucanos, mas a proporção deverá se inverter, com um aumento de migração principalmente da Bahia, de SP, do Rio de Janeiro, do Rio Grande do Sul e de Minas Gerais. O Instituto Federal de Pernambuco (IFPE) e o Senai oferecem cursos técnicos nas áreas que serão demandadas pela re-finaria. A dificuldade é que as contrata-ções vão acontecer a curto prazo. Apesar da procura por profissionais mais espe-cializados, os pernambucanos não devem desistir, porque além das novas vagas, as empreiteiras estão sempre precisando de profissionais por conta da rotativida-de. Empresas e consórcios como Conest (Odebrecht e OAS), Alusa, Camargo Corrêa, Ipojuca Interligações costumam ter escri-tórios no Cabo de Santo Agostinho e em Ipojuca, onde recebem currículos quando estão precisando de mão de obra.

A Refinaria Abreu e Lima é um dos maiores canteiros de obras do País. Ainda segundo o periódico pernambucano, uma média de 5 mil veículos circulam por dia no local e 80 mil refeições são servidas aos funcionários. Todos os meses, a Petrobras desembolsa R$ 800 milhões para a obra. Até o final deste ano, começam a entrar em operação algumas partes da refinaria, como a Estação de Tratamento de Água e a Casa de Força. No início de 2013 deverá estar con-cluída a Unidade de Destilação Atmosférica (UDA), responsável por transformar o petró-leo em produtos derivados. O primeiro barril de petróleo só deverá ser processado no 1º trimestre de 2014, marcando oficialmente o começo da operação da refinaria.

BahiaPolo acrílico gera debate sobre mão de obra

O Polo de Camaçari vive uma fase de crescimento e diversificação industrial. “Mas para que haja o aproveitamento das oportu-nidades que surgem é necessário, porém, o bom entendimento por parte do empresaria-do local e da própria população de Camaçari sobre aspectos específicos dos projetos em implantação, visando o aproveitamento da mão de obra”, segundo alerta Mauro Pereira,

superintendente geral do Comitê de Fomen-to Industrial de Camaçari/Cofic, que reúne as empresas do complexo.

Estratégico para o polo baiano, o tema foi discutido durante o Fórum de Oportunida-des, promovido pela Prefeitura de Camaçari, em conjunto com o Cofic, no Teatro da Cida-de do Saber. A programação focou diferentes aspectos dos novos investimentos gerados no Polo. A importância do Fórum está liga-da à nova fase de crescimento do complexo, que deverá envolver investimentos de US$ 10 bilhões, nos próximos oito anos”, com-pleta Mauro Pereira, destacando a consolida-ção no complexo industrial dos segmentos automobilístico e eólico e, especialmente, a nova frente que se abre com a implantação do Polo Acrílico, liderado pela Basf, gerando perspectivas de conexão com os setores pro-dutivos do município de Camaçari.

Braskem investe em projeto de reutilização de água

A Braskem, que atualmente já reutiliza 20% de toda água consumida na empresa, anuncia investimentos da ordem de R$100 milhões em mais 94 iniciativas voltadas para a melhoria da eficiência hídrica que, em con-junto, vão contribuir para a redução da or-dem de 37%, em relação aos níveis de con-sumo de água de 2010. Um dos projetos de destaque é o Braskem Água, iniciativa volta-da para recuperar a água da chuva na bacia de contenção do Polo de Camaçari. Apenas este projeto será responsável por aumentar em 12% o reuso de água da empresa, após sua conclusão em 2014. Em sua primeira fase, que deve ser concluída em março, des-te ano, foram reutilizados 500m³/h ou mais de 4 bilhões de litros por ano. Essa quanti-dade corresponde a 1/3 do consumo de uma planta da Braskem.

Ao final do projeto, a previsão é de uma economia de 900m³/h, o que equiva-le ao consumo de água de uma cidade com 100 mil habitantes. Para alcançar os padrões atuais, desde 2002, a Braskem investiu cerca de R$ 150 milhões para a redução no consu-mo de água. As principais iniciativas ado-tadas pela empresa foram a conscientização maciça de integrantes e parceiros, o reuso de efluente líquido e redução de perdas por evaporamento nas torres de resfriamento, recuperação dos afluentes dos filtros e vasos da unidade de tratamento de água e o apro-veitamento de água da chuva.

28 > Plástico Nordeste > Jan/Fev de 2011

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AlagoasSesi inaugura nova unidade no Polo Multissetorial

O Serviço Social da Indústria (Sesi) inaugurou sua mais nova unidade, localizada no Polo Multissetorial Governador Luiz Caval-cante (Tabuleiro). A unidade Sesi Francisco Araújo Silva vai contribuir para melhorar a qualidade de vida – com mais saúde, educa-ção, lazer e cultura – dos trabalhadores, seus dependentes e da comunidade. “Esta inau-guração mostra, de forma bastante clara, o comprometimento da Indústria com a respon-sabilidade social”, afirmou o presidente da Federação das Indústrias do Estado de Alago-as (Fiea) e diretor regional do Sesi, industrial José Carlos Lyra de Andrade, durante a soleni-dade de inauguração.A iniciativa, afirma Lyra, é mais uma contribuição do Sistema Fiea ao desenvolvimento de Alagoas, especialmente, ao Polo Multissetorial. “Para as novas empre-sas que aqui serão implantadas, as presenças do Sesi e do Senai representam mais um mo-tivo de atração, quer pela formação de novos profissionais, quer pela qualidade de vida”, disse, ao lembrar que o antigo Distrito Indus-trial também conta com uma escola do Senai e o Núcleo de Tecnologia do Plástico (NT-Plás).Em nome do governador Teotonio Vilela Filho, o vice-governador José Thomaz Nonô destacou os benefícios que a unidade do Sesi representará para os trabalhadores e exaltou o momento de parceria vivido pelo governo e as classes produtivas, marcado pela sinergia, pelo entendimento e por uma parceria posi-tiva. “O governo e o empresariado são duas forças poderosas que se unem para alavancar o Estado de Alagoas”, finalizou Nonô. O pre-

sidente da Associação das Empresas do Polo Multissetorial Governador Luiz Cavalcante (Adedi), Gilvan Leite, ressaltou a ampliação da parceria com o Sistema Fiea e o alcance social que a unidade terá junto aos trabalha-dores. O empresário Wander Lobo - um dos vice-presidentes da Fiea, dirigente da Adedi e presidente do Sindicato das Indústrias de Plásticos e Tintas do Estado de Alagoas (Sin-plast) -, filho do homenageado, agradeceu a escolha do nome, representando a família.

Para Wander, a Unidade Francisco Araújo Silva é “uma mudança radical para o bem-es-tar dos nossos colaboradores. Trata-se de uma unidade de alto padrão que vai proporcionar a melhoria da qualidade de vida aos nossos mais de cinco mil empregados diretos”.

Empresa de reciclagemde plásticos abresede no estado

O diretor de Relações com o Mercado da Secretaria de Estado do Planejamento e do Desenvolvimento Econômico (Seplan-de), Glifson Magalhães, esteve reunido com executivos da empresa Clodax para tratar sobre a implantação da nova unidade fabril da companhia, que será construída no Polo Multifabril Industrial José Aprígio Vilela (PJAV), em Marechal Deodoro. O encon-tro teve por objetivo definir os próximos passos e detectar as prioridades para dar celeridade ao início da construção da nova fábrica, que deverá ocorrer até o mês de ju-nho. Questões sobre logística, distribuição de energia, gás e o fornecimento da maté-ria-prima que dá origem aos produtos da Clodax foram alguns dos assuntos tratados.

O projeto de construção da unidade

no Polo José Aprígio Vilela compreende um investimento de aproximadamente R$ 3,5 milhões e vai garantir 46 empregos diretos. A empresa tem sua sede na cidade de São Paulo e é especializada em reciclagem de ma-teriais plásticos. Atualmente, a capacidade de processamento e produção de polímeros PET – PCR da Clodax é de aproximadamente 12 mil toneladas/ano. A Clodax também contará com uma sede no município de Rio Largo, às margens da rodovia BR-104. Já está sendo fi-nalizada a implantação de uma unidade para lavagem e flake do PET, que vai ofertar cerca de dez empregos diretos em Alagoas.

CearáRecicla Nordeste 2012 espera surpreender

De 17 a 19 de outubro de 2012, For-taleza (CE) será o centro das atenções da reciclagem brasileira ao reunir empresários e fornecedores em um único evento. Trata--se da 3ª edição Recicla Nordeste, um dos principais mostruários de avanços tecnoló-gicos para a indústria do setor. A 2ª edição da feira, que acontece anualmente no Cen-tro de Eventos de Fortaleza, alcançou as expectativas dos organizadores com cres-cimento de 50% em relação a edição an-terior. Em 2011 foram 2.000 m² destinados a participação de fabricantes de máquinas, periféricos e matérias-primas, empresas prestadoras de serviços e produtos para a indústria recicladora e de transformação. Na ocasião o evento foi visitado por 6.267 pessoas, gerando um volume de negócios realizados na ordem de R$ 4,2 milhões e R$ 4,5 milhões em negócios prospectados.

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Plast Mix

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sjhdfyuiodfasfsdfsdvnloiocfjcvmfdgmkvsuiodhsuidgs 30 > Plástico Nordeste > Jan/Fev de 2011

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Recife (Pernambuco)

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