Pneu_chorao

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livro infantil

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  • Agradecemos aos parceiros que investem em nosso projeto.

    ISBN 978-85-7694-074-6

    "A liberdade s real quandoagimos com responsabilidade."

    Pneu capa [Converted].ai 03.06.08 14:37:47Pneu capa [Converted].ai 03.06.08 14:37:47

  • Autora: Sandra AymoneCoordenao editorial: Slnia N. Martins PradoIlustrao: Pierre TrabboldProjeto grfico e diagramao: Linea CreativaReviso: Isabel Pagano

    Realizao:Fundao Educar DPaschoalwww.educardpaschoal.org.brFone: (19) 3728-8129

    Agradecemos aos nossos parceiros a colaborao na distribuio destes livros: Argius Transportes Ltda., Atlas Translog, Hiperion Logstica, Reunidas Catarinense,

    RTE Rodonaves, Transportadora Capivari Ltda., Transportadora JPN Ltda., TRN Pavan.

    Esta obra foi impressa na grfica RR Donnelley em papel Alta Alvura, produzido pela Suzano Papel e Celulose a partir de florestas renovveis de eucalipto. Cada

    rvore foi plantada para este fim. Esta a 6 edio, datada de 2008, com tiragem de 100.000 exemplares, para esta 1 reimpresso.

    A tiragem e a prestao de contas referentes a esta publicao foram conferidas pela Deloitte.

    Sobre a Fundao Educar DPaschoalA Fundao Educar DPaschoal investimento social do grupo DPaschoal foi criada h 18 anos com o objetivo de estimular pessoas a adotarem a educao para a cidadania como estratgia de transformao social e econmica.

    Em oito anos, por meio do projeto Leia Comigo!, j editou 30 milhes de livros infantis distribudos gratuitamente a escolas pblicas, organizaes sociais e bibliotecas. Mais que isso, este projeto preocupa-se com um contedo que estimule o gosto pela leitura, reforce valores e incentive a atitude cidad.

    Com a Academia Educar, promove o desenvolvimento de jovens do ensino mdio, tendo a escola pblica como centro de cidadania na comunidade; com o projeto Trote da Cidadania, forma futuros lderes socialmente responsveis, que utilizam sua energia para a mobilizao universitria.

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  • Para tentar melhorar um pouco essa situao, os pais de

    colocado recipientes metlicos para lixo reciclvel. Eram quatro e de cores diferentes: o amarelo servia

    para jogar o verde para vidros e o para

    Uma vez por semana, algumas pessoas retiravam esse lixo e vendiam para indstrias que os reciclavam.

    Serginho. Nosso mundo fica mais limpo e ainda ajudamos as pessoas.

    azul

    Assim todo o mundo sai ganhando! dizia o pai de

    metais, o vermelho para plsticos,papeis.

    Serginho, junto a um grupo de amigos, tinham

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  • Uma certa tarde, bem perto do anoitecer, comeou um rudo que parecia algum chorando. Mas no era choro de gente... era um som engraado, que fazia boiiiiiiiimm, como se uma borracha se esticasse e se encurtasse.Uma lata de refrigerante muito curiosa que estava no lixo reciclvel, logo veio olhar pela abertura do recipiente:

    Que barulho este? Quem est

    chorando? perguntou.5

  • Um vidro de doce de leite vazio, que estava ao lado, tambm quis ver. Arriscou:

    Logo, uma garrafa plstica de gua mineral ps meio corpo para fora do depsito e quis dar sua opinio:

    Parece que est vindo de perto daquela moita disse, apontando para um monte de capim.

    Acho que isso assombrao!

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  • Nossa, que medrosa! Eu

    mundo! muito sabida!... retrucou a garrafa.

    Nisso, ouviu-se uma voz tmida. Quem est chorando sou eu...

    Sou mesmo! Tenho em minhas pginas um monte de informao interessante e posso ensinar muita coisa!

    caoou uma revista usada.

    E voc acha que

    o sabia que pl sticos acreditavam em alma do outro n

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  • A discusso parou logo.

    velho, jogado no meio de um monte de entulho. E qual o motivo da tanta tristeza, senhor pneu? quis saber a revista.

    Fungando um pouco, o pneu se explicou:

    Eu, quem? perguntou a lata.

    E no para estar triste? J rodei por muitas ruas e estradas, quando era parte de um automvel.Enfrentei pedras, buracos e obstculos com valentia. Acho que fiz um bom trabalho...

    Todos olharam na direo da voz e viram um pneu

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  • Mas no dia em que fiquei gasto, continuou ele meu dono comprou um novo e me deixou aqui, jogado, sem

    reciclados e transformados em novos

    E eu? Que futuro tenho?Todos sentiram pena. O vidro de doce dirigiu-se revista: Voc que to sabida, por acaso sabe

    se os pneus tambm podem ser reciclados?

    valor. Vocs que tm sorte, vo ser

    objetos, e continuaro tendo utilidade.

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  • justamente disso... respondeu a revista, toda importante. Vou contar.Todos se reuniram em torno dela para ouvir.

    de pneus velhos, jogados em aterros, terrenos

    Por acaso tenho aqui uma notcia que fala

    Cem milhes! Que horror! soltou a garafa.

    Para comear, o Brasil tem mais de 100 milhes

    baldios e at nos rios e lagos.

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  • a chorar. A lata olhou feio para a garrafa e disse:

    O pneu respirou aliviado.

    O problema parece bem grande, mas estou

    para reciclar pneus? respondeu a revista.

    certa de que tem soluo. Afinal, d ou no

    Claro que d!

    O pneu deu uma fungada, quase recomeando

    d

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  • O que acontece continuou a revista resultado da falta de informao. Pouca gente sabe o quefazer com pneus usados. E, no entanto, eles podem ser muito uteis. Servem para fabricar tapetes de automveis, bolas de borracha, solados de sapatos, pisos especiais... Servem at como combustvel, nolugar do carvo em indstrias de cimento, e para asfaltar ruas. Quanta coisa! Ento por que tem tanto pneu jogado

    por a? admirou-se a garrafa.

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  • J disse: pouca gente sabe disso. O certo, quando algum compra pneus novos, no levaros usados para casa. Algumas oficinas e lojas sabem o lugar certo onde entreg-los, para que sejam reciclados e no poluam o ambiente. Devia existir uma lei obrigando as pessoas a

    fazer isso! indignou-se o vidro.

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  • Acontece que essa lei existe! esclareceu a revista. A lata ficou pensativa. Falou: Mas e o nosso amigo aqui? Que jeito vamos dar nele?

    lo ao lugar certo...

    a lata.

    o poderiam ajudar? sugeriu a revista. A gente podia colocar o pneu no meio da rua, para

    algum ver! disse o vidro.

    No d para ficar esperando algum encontr-lo e lev-

    Vamos todos pensar. Tem de haver uma sada disse

    O Serginho e sua turminha so nossos amigos! Semprecolocam lixo reciclvel nos lugares certos. Ser queeles n

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  • E provocar um acidente? criticou a lata. Isso, noo!

    E se colocssemos o pneu num de nossos recipientes? insistiu o vidro de doce.

    No vai caber nunca! E continuaram a ter as idias mais impossveis, at que a garrafa decidiu dar sua sugesto:

    Acho que deveramos escrever uma carta... 15

  • O vidro achou absurdo.

    A garrafa continuou.

    Aos poucos, todos acharam que a idia no era assim to maluca, e decidiram tentar. Chamaram a caneta, que ainda tinha um resto de tinta e ela escreveu.

    Carta? Para quem? Dizendo o qu? E quem de nsconseguiria escrever? Espere a! interrompeu a revista. A idia pode

    ser boa! Continue, garrafa.

    Tem uma caneta l no meu recipiente que sabe escrever muito bem. Foi caneta de professora. E papel a gente arranja. Na carta, contamos o problema do pneu e damos um jeito de colocar na porta do Serginho. Tenho certeza de que ele vai fazer alguma coisa!

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  • problema de levar a carta at a casa do menino:

    O pneu resolveu o

    Tem um ventinho muito meu amigo que passa todo dia aqui, no incio da noite. s pedir que ele leva.

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  • No dia seguinte, Serginho passou por l com dois amigos, Julinho e Carolina, comentando com eles sobre a carta.

    Serginho parou de repente. Disse: Acho que estou tendo uma idia! Depressa, vamos

    E voc sabe quem escreveu? perguntou Carolina. Acho que gozao. Assinaram Garrafa, Lata, Revista e

    Vidro. Eu sei que pneu esse. Est a no terreno disse

    Julinho. Este lugar est uma sujeira! Seria to bom se, em vez de pneus velhos, tivssemos

    uma pracinha com brinquedos! suspirou Carolina.

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  • recolher todos os pneus velhos que encontrarmos nos terrenos baldios e nos quintais, e levar para a oficina do seu Juca Carpinteiro!Juca Carpinteiro era muito amigo das crianas. Estava sempre fazendo patinetes e carrinhos derolim para elas brincarem, e tambm no gostava de ver aquele terreno to abandonado.

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  • Depois de ficarem sabendo qual era a idia de Serginho, os meninos correram para falar com a turma e limpar o terreno.Logo, o pneu foi recolhido, lavado e empilhado com dezenas de outros pneus usados. Todos foram furados para evitar a dengue.

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  • Com as enxadas, os meninos maiores comearam a cortar o mato do terreno, sendologo ajudados por alguns adultos, que gostaram da idia.Em poucos dias, seu Juca fez maravilhas com os pneus: transformou-os em brinquedos para a nova praa do bairro! De suas moshabilidosas, surgiram balanos, tneis,trenzinhos e muitas outras criaes paradivertir a garotada.No dia em que os brinquedos foram montados no terreno, as crianas cercaram o espao com garrafas PET cortadas ao meio, criando um belo efeito.

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  • Serginho apareceu com uma placa de madeira onde estava escrito: Praa da Reciclagem.

    Antes de serem recolhidos, a lata, a revista, a garrafa plstica e o vidro, ainda puderam ver o resultado de sua idia. Em seguida, partiram para novas aventuras! Em que seriam transformados dessa vez?

    Quem passar aqui vai prestar ateno em tanta coisa legal que d para fazer com coisas que parecem inteis! orgulhou-se o menino.

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  • O pneu, entre todos, era o que estava mais feliz. Alm de se sentir importante novamente, estava adorando participar das brincadeiras e ouvir as risadas alegres das crianas. E pensava: A melhor coisa do mundo ser til felicidade dos outros. E a segunda melhor coisa no poluir essa natureza tobonita! Se todos soubessem disso... o mundo seria mil vezes mais lindo!.

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  • NMEROS INTERESSANTES

    Em um dia, o Brasil joga fora 240 mil toneladas de lixo nos aterros sanitrios. Esses depsitos so um problema, porque deixam o local feio e com um cheiro horroroso, poluem o solo e ainda oferecem o risco da sujeira ser levada para os rios, poluindo tambm a gua. A reciclagem uma das sadas para esse problema, mas ainda no existe uma soluo queo resolva completamente. Reciclar uma tonelada de plstico economiza 130 quilos de petrleo. Uma lata de alumnio pode ser reciclada infinitas vezes sem perder as caractersticas originais. 78% das latas de alumnio vendidas no Brasil voltam ao mercado depois de recicladas. Reciclar uma tonelada de papel salva cerca de 20 a 30 rvores de eucalipto. Reciclar uma tonelada de vidro gasta 70% menos energia do que fabric-la.

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  • Agradecemos aos parceiros que investem em nosso projeto.

    ISBN 978-85-7694-074-6

    "A liberdade s real quandoagimos com responsabilidade."

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  • Vamos l, pessoal! Recicle!Este um dever de todo o cidado que se preocupa com a preservao da Natureza.

    Papel 2 semanas a 6 mesesCorda 3 a 4 mesesTecido de algodo 1 a 5 mesesOutros tecidos de 6 meses a 1 anoMeia de l 1 anoVara de bambu 1 a 3 anosGoma de mascar 5 anosMadeira pintada 13 anosNylon mais de 30 anosMetal mais de 100 anosLatas de 100 a 500 anosPlsticos 450 anosVidros 1 milho de anosPneus tempo indeterminado

    TEMPO MDIO DE DECOMPOSIO DO LIXO