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ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS Material Digital Audiovisual Título: Digital gender equality Formato: Áudio Descrição: Este áudio apresenta o fragmento de uma palestra realizada pela pesquisadora e analista queniana Nanjira Sambuli sobre a participação das mulheres em espaços de produção de tecnologia e também na utilização da web. Objetivos: Conscientizar os/as estudantes sobre as diferenças entre homens e mulheres no que concerne a produção de tecnologia digital e utilização da internet. Apresentar alguns motivos que levam as mulheres a utilizar menos a web do que homens. Mostrar que se trata de uma realidade global. Conteúdos abordados: Informações sobre Nanjira Sambuli, origem e interesses como pesquisadora. Mulheres são minoria em espaços de produção de tecnologia. Dados sobre a participação da mulher na web, como usuária, em contexto global. Motivos que marginalizam mulheres no uso da internet. Habilidades: (EF09LI02) Compilar as ideias-chave de textos por meio de tomada de notas. (EF09LI03) Analisar posicionamentos defendidos e refutados em textos orais sobre temas de interesse social e coletivo. Sugestões de trabalho Professor/a, este material tem por objetivo complementar o boxe “Agents of change”, que propõe uma reflexão sobre carreiras e estereótipos de gênero. Nesse áudio, Nanjira Sambuli, pesquisadora e analista queniana, avalia que as mulheres ainda são minoria no âmbito da tecnologia, tanto como profissionais quanto como usuárias da internet. A seguir, algumas ideias para explorá-lo coletivamente. Pode-se aproveitar a discussão gerada a partir da pergunta “In your opinion, does choosing a career have to do with gender or with someone’s passion?”, que encerra o boxe “Agents of change”, para contar aos/às estudantes que vão escutar o fragmento de uma palestra de uma estudiosa chamada Nanjira Sambuli. Antes de iniciar o material, é possível pedir-lhes que prestem atenção na origem de Nanjira e que identifiquem seu tema de interesse. Sugere-se apresentá-lo até o momento em que Sambuli questiona “[...] how could we also contribute to the world?”. Espera-se que os/as estudantes tenham compreendido sua origem (Nairóbi, no Quênia), mencionada logo no início, e seu tema macro de interesse (tecnologia e sua utilização). Se julgar conveniente, pode ser interessante localizar o país no mapa-múndi e comentar que Nairóbi é a capital do Quênia, que possui duas línguas oficiais: o inglês e swahili. Este material está em Licença Aberta — CC BY-NC 3.0 BR (permite a edição ou a criação de obras derivadas sobre a obra com fins não comerciais, contanto que atribuam crédito e que licenciem as criações sob os mesmos parâmetros da Licença Aberta). 1

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ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS

Material Digital Audiovisual

Título:

Digital gender equality

Formato:

Áudio

Descrição:

Este áudio apresenta o fragmento de uma palestra realizada pela pesquisadora e analista queniana Nanjira Sambuli sobre a participação das mulheres em espaços de produção de tecnologia e também na utilização da web.

Objetivos:

· Conscientizar os/as estudantes sobre as diferenças entre homens e mulheres no que concerne a produção de tecnologia digital e utilização da internet.

· Apresentar alguns motivos que levam as mulheres a utilizar menos a web do que homens.

· Mostrar que se trata de uma realidade global.

Conteúdos abordados:

· Informações sobre Nanjira Sambuli, origem e interesses como pesquisadora.

· Mulheres são minoria em espaços de produção de tecnologia.

· Dados sobre a participação da mulher na web, como usuária, em contexto global.

· Motivos que marginalizam mulheres no uso da internet.

Habilidades:

(EF09LI02) Compilar as ideias-chave de textos por meio de tomada de notas.

(EF09LI03) Analisar posicionamentos defendidos e refutados em textos orais sobre temas de interesse social e coletivo.

Sugestões de trabalho

Professor/a, este material tem por objetivo complementar o boxe “Agents of change”, que propõe uma reflexão sobre carreiras e estereótipos de gênero. Nesse áudio, Nanjira Sambuli, pesquisadora e analista queniana, avalia que as mulheres ainda são minoria no âmbito da tecnologia, tanto como profissionais quanto como usuárias da internet. A seguir, algumas ideias para explorá-lo coletivamente.

Pode-se aproveitar a discussão gerada a partir da pergunta “In your opinion, does choosing a career have to do with gender or with someone’s passion?”, que encerra o boxe “Agents of change”, para contar aos/às estudantes que vão escutar o fragmento de uma palestra de uma estudiosa chamada Nanjira Sambuli. Antes de iniciar o material, é possível pedir-lhes que prestem atenção na origem de Nanjira e que identifiquem seu tema de interesse.

Sugere-se apresentá-lo até o momento em que Sambuli questiona “[...] how could we also contribute to the world?”. Espera-se que os/as estudantes tenham compreendido sua origem (Nairóbi, no Quênia), mencionada logo no início, e seu tema macro de interesse (tecnologia e sua utilização). Se julgar conveniente, pode ser interessante localizar o país no mapa-múndi e comentar que Nairóbi é a capital do Quênia, que possui duas línguas oficiais: o inglês e swahili.

Recomenda-se perguntar-lhes por que ela decidiu acompanhar o trabalho de inovadores na área de tecnologia: para conhecer o que essas pessoas estavam criando e para quem, como estava se dando esse crescimento e como elas poderiam contribuir com o mundo.

Antes de dar continuidade, é possível antecipar à turma que Sambuli cita duas constatações a partir dessa experiência e pedir-lhes que as escrevam no caderno.

Pausar o material na questão “[...] how do we make sure the web is for all.” e perguntar aos/às estudantes quais foram as duas constatações. Em seguida, escrever as respostas no quadro: “One, it will take more than innovation. Two, women were a minority in those spaces.”. Para a primeira, é possível perguntar-lhes o que ela quer dizer com essa afirmação, visando estimulá-los/as a refletir que a inovação não é transformadora sozinha. Para a segunda, sugere-se perguntar a quais espaços ela se refere. Com base no contexto, é possível deduzir que são os espaços de produção de inovação e tecnologia.

Ainda, recomenda-se perguntar aos/às estudantes o que se pode inferir sobre a questão “[...] how do we make sure the web is for all": que o acesso à internet não é garantido a todas as pessoas. Se julgar oportuno, pode-se questionar à turma quais prejuízos eles/elas veem em não ter acesso à web e se consideram a internet uma ferramenta importante, com base na realidade em que vivem.

Sugere-se retomar o material até “[...] so much for web for all. Right?” para avaliar a compreensão oral dos dados mencionados. Primeiro, recomenda-se perguntar o que entenderam desse trecho e, caso haja dúvidas, repeti-lo. Pode ser interessante chamar a atenção para o termo “less likely”, trabalhando as definições das palavras separadamente (“less” – “lower”; “likely” – “a probability of something happening”).

Em seguida, sugere-se explorar as duas informações: mulheres têm 50% menos chances de estarem conectadas à internet (“[…] women are 50% less likely to be connected to the internet.”) e, mesmo quando estão conectadas, a probabilidade de elas usarem a internet como um recurso para empoderamento pessoal é de 30 a 50% menor (“[...] even when they are connected, they’re 30 to 50% less likely to use it for personal empowerment"). Pode-se pedir aos/às estudantes que deduzam com relação a quem é estabelecida essa comparação (homens). Também vale perguntar-lhes se esses dados refletem uma situação local ou global, segundo Sambuli.

Por fim, recomenda-se apresentar o áudio até o fim. Nesse último fragmento, a pesquisadora elenca alguns motivos que justificam essa desigualdade de gênero e, como o vocabulário utilizado pode ser mais desafiador para os/as estudantes, pode ser interessante escrever os termos no quadro enquanto o áudio transcorre: lack of know-how; scarcity of time; scarcity of relevant content; high costs of devices and data; the chilling effects of once you’re online.

Em seguida, para trabalhar a compreensão oral, pode-se apresentar oralmente explicações mais simples em inglês para que os/as estudantes relacionem com os termos do quadro. Por exemplo, “they don’t have time to use internet” (scarcity of time), “they don’t find relevant content for them” (scarcity of relevant content), “they don’t know how to use digital resources” (lack of know-how), “using internet can be dangerous for them” (the chilling effects of once you’re online) e “smartphone, tablet, computers and data can be expensive” (high costs of devices and data). Ainda, pode-se apresentar “lack” e “scarcity” como sinônimos de “deficit”, e “chilling” como sinônimo de “horrifying”, termo que talvez lhes seja mais familiar.

Ou seja, de acordo com Sambuli, os motivos que marginalizam as mulheres digitalmente são a falta de conhecimento para lidar com tecnologia digital, falta de tempo e de conteúdo relevante para elas, alto custo de dispositivos eletrônicos e dados e também os efeitos perturbadores quando se está online, já que, segundo a pesquisadora, não existe nenhum lugar ou país onde as mulheres possam se expressar livremente.

Após todo esse trabalho em etapas, sugere-se apresentar o áudio integralmente e, enquanto a turma o escuta, escrever no quadro as seguintes afirmações de Sambuli:

“Two, women were a minority in those spaces. They were not being seen, they were not being heard, they were not basically the first people speaking up on that.”

“And I found that research, globally, is pointing at the women are 50% less likely to be connected to the internet.”

Ao final da segunda audição, sugere-se perguntar aos/às estudantes se veem relação entre essas duas afirmações, retomando também os motivos que mantêm parte das mulheres à margem da internet. Espera-se que percebam que o fato de as mulheres serem minoria na área profissional de tecnologia afeta também seu papel como usuária, uma vez que colabora para a falta de representatividade nesse meio, que, por sua vez, acarreta deficit de conteúdo e produtos que dialoguem com essa parcela da população. Além disso, ver mulheres como produtoras de tecnologia pode ser inspirador para outras jovens, aumentando seu interesse também como usuária.

Retomando o boxe “Agents of change”, pode-se perguntar aos/às estudantes se acham que o fato de as mulheres ainda serem minoria no campo profissional da tecnologia está relacionado a preconceitos de gênero. Segundo o relatório Cracking the code: Girls’ and women’s education in science, technology, engineering and mathematics (STEM), de 2017, da UNESCO, as meninas continuam submetidas a discriminação, normas sociais e expectativas que influenciam suas escolhas acadêmicas.

Ainda, pode-se propor que analisem a forma como Sambuli expõe e defende suas ideias: revela algumas informações pessoais, ressalta seus focos de interesse, apresenta dados estatísticos e resultados de pesquisa, por exemplo. Recomenda-se propor aos/às estudantes que pensem em outras maneiras de expor suas opiniões em discussões orais, como, por exemplo: contar uma experiência particular que ajuda a elucidar um ponto, citar exemplos e fontes, levantar hipóteses etc.

Este material está em Licença Aberta — CC BY-NC 3.0 BR (permite a edição ou a criação de obras derivadas sobre a obra com fins não comerciais, contanto que atribuam crédito e que licenciem as criações sob os mesmos parâmetros da Licença Aberta).

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