Podem a ética e a cidadania ser ensinadas?

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Podem a ética e a cidadania ser ensinadas?. José Sérgio Carvalho. - PowerPoint PPT Presentation

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  • Podem a tica e a cidadania ser ensinadas?

    Jos Srgio Carvalho

  • "Os homens tornam-se bons e virtuosos devido a trs fatores, e estes so a natureza, o hbito e a razo. Ora, a razo e a inteligncia so os fins de nossa natureza. Por isso necessrio preparar-lhes a formao e o cultivo dos hbitos. J se disse de que natureza devem ser os futuros cidados [ ... ]: o resto obra da educao.Realmente toda arte e educao esforam-se por completar o que falta natureza. Ningum por em dvida que ao legislador incumbe, sobretudo, o cuidado da educao ... Pois o costume adequado a cada constituio si defend-lo e, no comeo, fund-lo tambm ... E sempre o costume melhor causa de melhor constituio ... claro, ento, que compete s leis regular a educao e torn-la pblica" .Aristteles

  • Outra coisa no fao, diz Scrates, "seno andar por a persuadindo-vos, moos e velhos, a no cuidar to aferradamente do corpo e das riquezas, como de melhorar o mais possvel a alma, dizendo-vos que dos haveres no vem a virtude para os homens, mas da virtude vem os haveres e todos os outros bens particulares e pblicos . [ ... ] No conforme natureza do homem que tenha negligenciado todos meus interesses, sofrendo h tantos anos a conseqncia desse abandono do que meu, para me ocupar do que diz respeito a vs, dirigindo-me sem cessar a cada um em particular, como um pai ou um irmo mais velho, para o persuadir a cuidar da virtude .

    Scrates

  • " Clias, se teus filhos fossem potros ou garrotes, saberamos a quem ajustar como treinador para lhes aprimorar as qualidades adequadas; seria um adestrador de cavalos ou um lavrador; como, porm, eles so homens, quem pensas em tomar como treinador? Quem mestre nas qualidades de homem e de cidado? Suponho que pensaste nisso por teres filhos. Existe algum ou no existe?Existe sim, disse ele.Quem , tornei eu, de onde ? Quanto cobra? Eveno, Scrates, de Paros, respondeu ele, por cinco minasFiquei, ento, com inveja desse Eveno, se que senhor dessa arte e leciona a to bom preo ".Scrates

  • Desde que a criana compreende o que lhe diz, a me, a ama, o preceptor e o prprio pai conjugam esforos para que o menino se desenvolva da melhor maneira possvel. Toda palavra, todo ato lhes enseja ensinar o que justo, o que honesto e o que vergonhoso .... o que pode e o que no pode ser feito. ...Depois o enviam para a escola e recomendam aos professores que cuidem com mais rigor dos costumes do menino do que do aprendizado das letras e da ctara. [ ... ] no te ds conta (Scrates) de que todo o mundo professor de virtude, na medida de suas foras; por isso imaginas que no h professores. Do mesmo modo, se perguntasses onde esto os professores de grego [coloquial] no encontrarias um s". Plato

  • "... o educador est aqui em relao ao jovem como representante de um mundo pelo qual deve assumir responsabilidade, embora no o tenha feito e ainda que secreta ou abertamente possa querer que ele fosse diferente do que . Essa responsabilidade no imposta arbitrariamente aos educadores; ela est implcita no fato de que os jovens so introduzidos por adultos em um mundo em contnua mudana. Qualquer pessoa que se recuse a assumir a responsabilidade coletiva pelo mundo no deveria ter crianas, e preciso proibi-la de tomar parte em sua educao". Hannah Arendt

  • ... quando o aluno comea a ler e comea a compreender o que est escrito ... do-lhe ... a ler obras de bons poetas ... prenhe de conceitos morais ... do mesmo modo procedem os professores de ctara; envidam esforos para deixar temperantes os meninos e desvi-los da prtica de aes ms".

    Plato

  • a tradio cientfica " no se origina numa coleo de observaes ou na inveno de experimentos, mas sim na discusso crtica dos mitos, das tcnicas e prticas mgicas. [Ela] se distingue da tradio pr-cientfica por apresentar dois estratos; como esta ltima, ela lega suas teorias, mas lega tambm com ela uma atitude crtica [ ... ]. As teorias so transferidas no como dogmas mas acompanhadas por um desafio para que sejam discutidas e se possvel aperfeioadas. Essa tradio helnica e remonta a Tales, fundador da primeira escola a no se preocupar fundamentalmente com a preservao de um dogma". Karl Popper

  • "o ensino poder, certamente, proceder mediante vrios mtodos, mas algumas maneiras de levar pessoas a fazerem determinadas coisas esto excludas do mbito padro do termo 'ensino'. Ensinar, no seu sentido padro, significa submeter-se, pelo menos em alguns pontos, compreenso e ao juzo independente do aluno, sua exigncia de razes e ao seu senso a respeito daquilo que constitui uma explicao adequada. Ensinar a algum que as coisas so deste ou daquele modo no significa meramente tentar fazer com que ele o creia; o engano, por exemplo, no constitui um mtodo ou modo de ensino. Ensinar envolve, alm disso, que se tentarmos fazer com que o estudante acredite que as coisas so deste ou daquele modo, tentemos, ao mesmo tempo, fazer com que ele o creia por razes que, dentro dos limites de sua capacidade de apreenso, so nossas razes" Israel Scheffler

  • "A virtude [ ... ] recebe do ensino a gerao e o desenvolvimento, por isso necessita de experincia e tempo; a tica provem do hbito [ ... ] portanto as virtudes no se geram por natureza ou contra a natureza, mas se geram em ns, nascidos para receb-las e aperfeioando-nos mediante o hbito [ ... ]ns [as] conseguimos pela ao, porque, como nas outras artes, o que preciso primeiro aprender para faz-lo, aprendemos fazendo-o, tal como nos tornamos construtores construindo, ou tocadores de ctara tocando. Assim tambm, realizando aes justas ou sbias ou fortes tornamo-nos sbios, justos ou fortes".Aristteles.

  • "Reparai: [ ... ] entre o semeador e o que semeia h muita diferena: (..) o semeador e o pregador o nome; o que semeia e o que prega a ao; e as aes so as que do o ser ao pregador. Ter o nome de pregador, ou ser pregador de nome, no importa nada; as aes, a vida o exemplo, as obras, so as que convertem o mundo.[ ... ]Hoje pregam-se palavras e pensamentos, antigamente pregavam-se palavras e obras. Palavras sem obras so tiros sem balas; atroam, mas no ferem. O pregar que falar, faz-se com a boca; o pregar que semear faz-se com a mo.Para falar ao vento, bastam palavras; para falar ao corao, so necessrias obras".

    Pe. Antnio Vieira