Pódio - 6 de agosto de 2015

4
Caderno E MANAUS, QUINTA-FEIRA, 6 DE AGOSTO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017 O processo licitatório res- ponsável por repassar a administração da Arena da Amazônia para a ini- ciativa privada foi adiado em mais um ano. Tudo porque o espaço construído para receber os jogos da Copa do Mundo da Fifa em 2014, também será palco de partidas da fase eliminatória do torneio de futebol das Olimpíadas Rio-2016. Até lá, o governo continua a arcar com a manutenção do espaço ava- liada em R$ 600 mil mensais. Em outubro de 2013, a empresa de consultoria Ernst Young foi con- tratada pelo governo do Estado para encontrar o melhor modelo de gestão para o estádio. Além do destino da arena, a empresa também iria apresentar um estu- do para o Centro de Convenções do Amazonas (CCA), Vila Olímpica e a Arena Amadeu Teixeira. Na época, foi divulgado que o estudo feito pela empresa custaria, apro- ximadamente, R$ 1 milhão. Um ano após o repasse do resultado da consultoria, a arena continua sob administração pú- blica do Estado. De acordo com o presidente da Fundação Vila Olímpica, Aly Almeida, antes das Olimpíadas a licitação não pode ser aberta. “Ninguém pode fazer nada agora antes das Olimpíadas. Se fizermos não vai ter Olimpíada. As providências de licitação só poderão ser feitas depois. Porque, como vamos alugar um negócio se assumimos o compromisso com as Olimpíadas?”, questionou. Ele apontou que é um privilégio a arena ser palco de dois eventos mundiais em curto espaço de tempo. “A prefeitura e o gover- no assumiram um compromisso. Nos sentimos privilegiados em receber as Olimpíadas, muitos estádios queriam e não podemos abrir mão. Privatização agora nem pensar”, analisou. Até os jogos, o governo conti- nua a investir na manutenção do estádio, com cerca de R$ 600 mil por mês. Em um ano de cortes no orçamento por conta da crise, a verba para manutenção do espa- ço vem de eventos realizados e do planejamento governamental. “Esse dinheiro vem dos alu- gueis que a gente faz e do governo que já tem orçamento para isso. A arrecadação de visi- tas na arena e aluguéis de jogos dão uma renda boa”, disse. Ele explicou que em 2014, entre jogos e shows foram 23 eventos após o mundial. Este ano foram realizados três jogos do torneio Super Series, e dois do campeo- nato amazonense. “Na minha ad- ministração a coisa vai funcionar. Não vai ter problema de arena suja, abandonada, um elefante branco”, garantiu Aly. Até o final de 2015, a arena já tem 19 eventos agendados. Há também a possibilidade de receber dois jogos do Campeo- nato Brasileiro da Série A: Flumi- nense e Santos e Santos e São Paulo. A Federação Amazonense de Futebol (FAF) também tem quatro jogos agendados no es- tádio. O próximo será Nacional e Remo, na próxima segunda- feira (10), às 20h30. “A renda do aluguel dos jogos dos times da Série A é de R$ 300 mil, R$ 400 mil. No último jogo do Nacional, a arena ficou ape- nas com R$ 5 mil. É pouco, mas estamos abrindo”, explicou. De segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, a arena é aberta para visitação de escolas, turistas e público em geral. A entrada é R$ 10. “La eles conhecem a his- tória da arena, que substituiu o Vivaldão, passeiam pelo estádio e ainda ganham folder com a história. A arena está viva. On- tem mesmo assinei um contrato com a desembargadora Socorro Guedes e o governador para que nela seja feita a biometria do TRE. Estamos recebendo 1.800 pessoas por dia”, disse. Ele lembrou que, de acordo com a comissão olímpica, a Arena da Amazônia foi a mais bem avalia- da internacionalmente, dada seu estado de preservação. “A África do Sul e a Grécia estão com seus campos abandonados, cheios de mato. Os governos trancaram no cadeado e não investiram mais nenhum centavo e hoje virou um elefante branco. Ao contrário da nossa arena”, assegurou. Olimpíada Por torneio de futebol olímpico, Arena da Amazônia permanece sob administração da Fundação Vila Olímpica (FVO) Página 3 Vasco fecha contratação de Nenê DIVULGAÇÃO O campeonato amazonen- se deste ano terminou em 20 de junho. Em 2016, por conta do torneio olímpico haverá alteração no calen- dário e o Barezão terá que ser encolhido. De acordo com Aly Al- meida, todos os campos de futebol de Manaus serão fechados para receber as equipes olímpicas. “Nossos campos estão preparados para receber o torneio. A partir de abril não pode ha- ver evento, eles não que- rem ter problemas com o gramado para não correr risco. As equipes chegam em julho para treinamento e dia 4 agosto começam os jogos. O campeonato amazonense terá que ser antes de abril ou depois das Olimpíadas”, disse. Em Manaus serão realiza- dos seis jogos da fase prelimi- nar. Somente, após o sorteio em março, é que serão conhe- cidas as equipes que disputa- rão jogos na arena. “Temos a possibilidade de receber mais um jogo, talvez uma semi- final”, afirmou Aly. Serão disponibilizados às equipes olímpicas o estádio Carlos Zamith, que comporta 4 mil torcedores; o Ismael Benigno (Colina) que com- porta 12 mil; e a Arena da Amazônia, com capacidade para 45.597 pessoas. “Sou técnico e não político. Sei a importância, mesmo nosso futebol na última série, de um estádio bom para levantar o futebol. Nenhum clube, nem federação pode falar que não tem estádio. Faltam os clu- bes fazerem a parte deles. Muitos não conseguem nem lotar o Zamith. O governo já deu a estrutura e o dinheiro. Foram R$ 250 mil para 10 clubes”, lembrou. Barezão terá calendário alterado IVE RYLO RETROCESSO O campeonato ama- zonense deste ano teve quatro meses de duração, mas o torneio olímpico vai novamente encolher o estadual, forçando os clubes a terem pouco de tempo de pré-temporada Estádio rece- berá seis jogos das Olimpíadas DIVULGAÇÃO

description

Pódio - Caderno de esportes do jornal Amazonas EM TEMPO

Transcript of Pódio - 6 de agosto de 2015

Page 1: Pódio - 6 de agosto de 2015

Cade

rno

E

MANAUS, QUINTA-FEIRA, 6 DE AGOSTO DE 2015 [email protected] (92) 3090-1017

O processo licitatório res-ponsável por repassar a administração da Arena da Amazônia para a ini-

ciativa privada foi adiado em mais um ano. Tudo porque o espaço construído para receber os jogos da Copa do Mundo da Fifa em 2014, também será palco de partidas da fase eliminatória do torneio de futebol das Olimpíadas Rio-2016. Até lá, o governo continua a arcar com a manutenção do espaço ava-liada em R$ 600 mil mensais.

Em outubro de 2013, a empresa de consultoria Ernst Young foi con-tratada pelo governo do Estado para encontrar o melhor modelo de gestão para o estádio. Além do destino da arena, a empresa também iria apresentar um estu-do para o Centro de Convenções do Amazonas (CCA), Vila Olímpica e a Arena Amadeu Teixeira. Na época, foi divulgado que o estudo feito pela empresa custaria, apro-ximadamente, R$ 1 milhão.

Um ano após o repasse do resultado da consultoria, a arena continua sob administração pú-blica do Estado. De acordo com o presidente da Fundação Vila Olímpica, Aly Almeida, antes das Olimpíadas a licitação não pode ser aberta. “Ninguém pode fazer nada agora antes das Olimpíadas. Se fi zermos não vai ter Olimpíada. As providências de licitação só poderão ser feitas depois. Porque,

como vamos alugar um negócio se assumimos o compromisso com as Olimpíadas?”, questionou.

Ele apontou que é um privilégio a arena ser palco de dois eventos mundiais em curto espaço de tempo. “A prefeitura e o gover-no assumiram um compromisso. Nos sentimos privilegiados em receber as Olimpíadas, muitos estádios queriam e não podemos abrir mão. Privatização agora nem pensar”, analisou.

Até os jogos, o governo conti-nua a investir na manutenção do estádio, com cerca de R$ 600 mil por mês. Em um ano de cortes no orçamento por conta da crise, a verba para manutenção do espa-ço vem de eventos realizados e do planejamento governamental.

“Esse dinheiro vem dos alu-gueis que a gente faz e do governo que já tem orçamento para isso. A arrecadação de visi-tas na arena e aluguéis de jogos dão uma renda boa”, disse.

Ele explicou que em 2014, entre jogos e shows foram 23 eventos após o mundial. Este ano foram realizados três jogos do torneio Super Series, e dois do campeo-nato amazonense. “Na minha ad-ministração a coisa vai funcionar. Não vai ter problema de arena suja, abandonada, um elefante branco”, garantiu Aly.

Até o fi nal de 2015, a arena já tem 19 eventos agendados. Há também a possibilidade de receber dois jogos do Campeo-

nato Brasileiro da Série A: Flumi-nense e Santos e Santos e São Paulo. A Federação Amazonense de Futebol (FAF) também tem quatro jogos agendados no es-tádio. O próximo será Nacional e Remo, na próxima segunda-feira (10), às 20h30.

“A renda do aluguel dos jogos dos times da Série A é de R$ 300 mil, R$ 400 mil. No último jogo do Nacional, a arena fi cou ape-nas com R$ 5 mil. É pouco, mas estamos abrindo”, explicou.

De segunda a sexta-feira, das 9h às 17h, a arena é aberta para visitação de escolas, turistas e público em geral. A entrada é R$ 10. “La eles conhecem a his-tória da arena, que substituiu o Vivaldão, passeiam pelo estádio e ainda ganham folder com a história. A arena está viva. On-tem mesmo assinei um contrato com a desembargadora Socorro Guedes e o governador para que nela seja feita a biometria do TRE. Estamos recebendo 1.800 pessoas por dia”, disse.

Ele lembrou que, de acordo com a comissão olímpica, a Arena da Amazônia foi a mais bem avalia-da internacionalmente, dada seu estado de preservação. “A África do Sul e a Grécia estão com seus campos abandonados, cheios de mato. Os governos trancaram no cadeado e não investiram mais nenhum centavo e hoje virou um elefante branco. Ao contrário da nossa arena”, assegurou.

Olimpíada

Por torneio de futebol olímpico, Arena da Amazônia permanece sob administração da Fundação Vila Olímpica (FVO)

Página 3

Vasco fecha contratação de Nenê

DIVULGAÇÃO

O campeonato amazonen-se deste ano terminou em 20 de junho. Em 2016, por conta do torneio olímpico haverá alteração no calen-dário e o Barezão terá que ser encolhido.

De acordo com Aly Al-meida, todos os campos de futebol de Manaus serão fechados para receber as equipes olímpicas. “Nossos campos estão preparados para receber o torneio. A partir de abril não pode ha-ver evento, eles não que-rem ter problemas com o gramado para não correr risco. As equipes chegam em julho para treinamento e dia 4 agosto começam os jogos. O campeonato amazonense terá que ser antes de abril ou depois das Olimpíadas”, disse.

Em Manaus serão realiza-dos seis jogos da fase prelimi-nar. Somente, após o sorteio em março, é que serão conhe-cidas as equipes que disputa-rão jogos na arena. “Temos a possibilidade de receber mais um jogo, talvez uma semi-fi nal”, afi rmou Aly.

Serão disponibilizados às

equipes olímpicas o estádio Carlos Zamith, que comporta 4 mil torcedores; o Ismael Benigno (Colina) que com-porta 12 mil; e a Arena da Amazônia, com capacidade para 45.597 pessoas. “Sou técnico e não político. Sei a importância, mesmo nosso

futebol na última série, de um estádio bom para levantar o futebol. Nenhum clube, nem federação pode falar que não tem estádio. Faltam os clu-bes fazerem a parte deles. Muitos não conseguem nem lotar o Zamith. O governo já deu a estrutura e o dinheiro. Foram R$ 250 mil para 10 clubes”, lembrou.

Barezão terá calendário alteradoIVE RYLO

RETROCESSOO campeonato ama-zonense deste ano teve quatro meses de duração, mas o torneio olímpico vai novamente encolher o estadual, forçando os clubes a terem pouco de tempo de pré-temporada

Estádio rece-berá seis jogos das Olimpíadas

DIVULGAÇÃO

E01 - PÓDIO.indd 8 05/08/2015 22:45:02

Page 2: Pódio - 6 de agosto de 2015

E2 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 6 DE AGOSTO DE 2015

Vôlei e ciência unidos no desenvolvimento escolarProjeto do Programa Ciência na Escola transforma esporte em ferramenta para desenvolver a ciência de forma atrativa e saudável

Rede esticada, joga-dores em suas posi-ções, seis de cada lado aguardando apenas o

apito do juiz para começar a partida. Com o saque do atleta, inicia-se a movimentação em ambos os lados da quadra e, o que era para ser apenas um simples jogo de vôlei, vem se tornando um verdadeiro experi-mento científi co realizado pelos cientistas júnior do projeto “Os benefícios do vôlei no âmbito escolar”, do Programa Ciência na Escola (PCE), da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas (Fapeam).

O projeto é coordenado pelo professor Fábio Luiz Veras Ri-beiro, e desenvolvido no Centro de Educação de Tempo Integral (Ceti) Elissa Bessa Freire, locali-zado no bairro de Jorge Teixeira, Zona Leste de Manaus.

A equipe é formada por cinco bolsistas, todos desportistas e selecionados exatamente por já terem praticado alguma mo-dalidade esportiva. Segundo o coordenador do projeto, o fato do vôlei ter sido escolhido como ferramenta de pesquisa, envolve o lado pessoal e também o lado estratégico. “Sou professor de geografi a e não de educação físi-ca, mas durante muitos anos fui jogador de vôlei profi ssional, por isso posso falar com propriedade sobre os benéfi cos que a prática desse esporte pode proporcionar aos participantes. Sem falar que o vôlei só pode ser praticado em grupo e isso já é um passo para incentivar o aprendizado do trabalho coletivo e em equipe”, comentou Ribeiro.

Não há dúvida de que o vôlei é um dos esportes que mais vem se desenvolvendo no âmbito nacional, e que tem atraído cada vez mais adeptos. Eis aí, mais um motivo para trans-formá-lo em instrumento de auxílio à pesquisa científi ca.

De acordo com Ribeiro, o foco

não será o vôlei, mas sim o conhecimento sobre fi siologia, coordenação motora e condicio-namento físico que pode propor-cionar. “O objetivo do projeto, entre outras coisas, é fazer com que os bolsistas saibam que músculos estão sendo mais tra-balhados, que tipo de movimen-to é realizado, força e o ângulo correto para se aplicar na bola, ou seja, usar métodos científi cos para abordar os aspectos físicos e psicológicos que a atividade proporciona”, disse.

Mas antes de encarar as qua-dras, o primeiro passo realizado pelos cientistas, foi mergulhar nos livros, pesquisar as biblio-grafi as e os artigos para dar o embasamento teórico necessá-rio, visto que o conhecimento

prático vai muito bem obrigado. Tanto desempenho, já está cha-mando atenção até de colegas de outras escolas. “O nosso projeto está dividido em seis partes e atualmente estamos desenvolvendo a fase dois, que consiste no estudo teórico do esporte antes de começarmos nossas aulas práticas. Nossa equipe está bem unida e o bom é que, por meio do nosso projeto, outros alunos também já se interessaram em participar do PCE”, afi rmou Camilla Santos, a única mulher no grupo dos cinco cientistas júnior.

A equipe se reúne por uma hora quatro vezes por semana. De acordo com Ribeiro, a ideia é fazer com que cada cientista possa encontrar seu lugar no grupo, fazendo ciência de um modo diferente, saindo do tra-dicional. “No vôlei, cada jogador tem uma função e um objetivo específi co. Da mesma maneira, planejamos trabalhar a ciência

dentro do esporte, mostrando que a ciência não se faz apenas dentro do laboratório. Para isso, primeiro o cientista junior tem que buscar sua própria capa-citação e qualifi cação, obtidas por meio de pesquisa e muita leitura”, comentou.

Entre os resultados espe-rados ao fi nal do projeto estão: estudar os músculos

que são mais trabalhados e fazer uma comparação com a estrutura muscular antes e depois do projeto; análise técnica e tática do jogador; medição do Índice de Mas-sa Corporal (IMC); aprimora-mento do condicionamento físico (força, velocidade e impulsão do atleta); etc.

“Há muito de física e biolo-

gia no vôlei, por isso preten-demos aproveitar esse lado científi co do esporte e fazer um levantamento completo não só da biometria, mas também estudar as melho-rias que o vôlei traz tanto na alimentação correta, quanto também na socialização do aluno ensinando-o a trabalhar em equipe”, fi naliza Ribeiro.

Metodologia alia estudo e prática do esporte

Alunos do PCE com o professor coordenador no ginásio poliesportivo do Ceti Elissa Bessa Freira, local de estudo do grupo

FOTO

S: E

RICO

PEN

A/PC

E

1º Lugar: Escolas Nilton Lins2º Lugar: C.E. La Salle3º Lugar: E. E. Tereza S. Tupinambá

Classifi cação geral

Final foi disputado no ginásio do La Salle

MAU

RO N

ETO

/SEJ

EL

Nilton Lins fatura ouro no torneio de vôlei masculino

A equipe masculina da Nilton Lins conquistou a medalha de ouro no vo-leibol na categoria infan-til dos Jogos Escolares do Amazonas (JEAs), ontem (5). Jogando como visitante no “caldeirão” dos donos da casa, o La Salle, o time deixou o nervosismo de lado, levou a decisão para o tie-break e com a vitória por 2 sets a 1, garantiu a disputa dos Jogos Escolares da Juventude, em novembro em Fortaleza(CE).

A partida foi realizada no ginásio II do Centro Educacional La Salle, bairro Dom Pedro, Zona Centro-Oeste e teve além do grande número da torcida da “casa”, fa-miliares e amigos torce-dores da Nilton Lins.

Com a torcida ao seu favor, os “baixinhos” do La Salle, não tomaram conhecimento dos “gi-gantes” da Nilton Lins e abriram dez pontos de vantagem no primeiro set, enquanto isso, a tor-

cida do adversário dava um show nas arquibanca-das, assim como os anfi -triões. Fim de set, 25 a 18 para o La Salle.

Na volta do intervalo, as equipes estavam com a mesma postura, até que a Nilton Lins fi cou na frente do placar pela primeira vez no jogo, e desde então, não saiu mais. Os sa-ques com técnica, aliada a união da equipe, permi-tiram o empate no placar geral ao garantir a vitória no segundo set por 25 a 17 para os visitantes.

No tie-break a Nilton Lins continuou com a es-tratégia dos saques, tra-balhou no erro do adver-sário e garantiu o sétimo título da escola. Para o técnico, Harlei Barroncas, a equipe mostrou que con-seguiu vencer o fator psi-cológico também.

“Sabemos que são crianças e o nervosismo é natural. Mas eles se su-peraram, todos estão de parabéns”, declarou.

JEAS

O vôlei só pode ser praticado em grupo e isso já é um pas-so para incentivar o aprendizado do

trabalho coletivo e em equipe

Fábio Luiz Ribeiro, coord. do projeto

E02 - PÓDIO.indd 2 05/08/2015 22:46:41

Page 3: Pódio - 6 de agosto de 2015

E3MANAUS, QUINTA-FEIRA, 6 DE AGOSTO DE 2015

Jogadores argentinos comemoram título continental

DIV

ULG

AÇÃO

Vasco anuncia acerto com NenêRio de Janeiro (RJ) - O Vasco

não passa por um bom momen-to. Com problemas não só den-tro de campo, mas fi nanceira-mente também, o presidente do clube, Eurico Miranda, dispõe de poucas cartadas na man-ga e ontem (5) ele tirou mais uma: a contratação de Nenê. O jogador que possui passagens importantes por PSG, onde é ídolo, futebol árabe e West Ham, seu último clube, chega ao Gigante da Colina para ajudar a tirar o time da difícil situação

em que se encontra.O jogador de 34 anos passou

a maior parte de sua carreira atuando fora do Brasil. Ganhou destaque internacional quando atuou no PSG, em uma época bem diferente pela qual o clube passa agora após a compra da instituição pelo empresário Nasser Al-Khelaifi . Revelado no Santos, Nenê também teve pas-sagens pelo futebol espanhol, quando defendeu o Mallorca, Alavés e Celta de Vigo.

Pelo Vasco, o experiente

meio-campista deverá ser um dos pilares de sustentação do elenco que vive má fase.

Como o jogador não esta-va sem clube, mesmo após o fechamento da janela de transferências internacionais o Vasco poderá contar com o ele sem nenhuma restrição. En-tretanto, Nenê deverá passar por um trabalho de condicio-namento físico e sua estreia não será imediata. Nenê é o reforço mais importante da temporada do Vasco

Cáceres trocará Fla pelo CatarRio de Janeiro (RJ) - A

diretoria do Flamengo re-cebeu, nesta semana, uma proposta para negociar o volante paraguaio Víctor Cáceres. O jogador, que é considerado titular pelo técnico Cristóvão Borges, despertou o interesse do Al Rayyan, do Catar, e, aos 30 anos, vê com bons olhos a possibilidade de fazer de vez a sua independência fi nan-

ceira. O diretor-executivo do departamento de fute-bol, Rodrigo Caetano, está negociando com represen-tantes do atleta.

O volante tem contrato até julho de 2016 e, por isso, a partir de dezembro estará totalmente livre para assi-nar um pré-contrato com qualquer outro clube. O fato dele ter 30 anos também pesa para que o Flamengo

veja com bons olhos uma transferência.

A diretoria prefere tratar do tema com cautela. “O Flamengo só tem o hábito de falar de negociações que estejam concretizadas e por isso mesmo não temos nada a falar em relação a uma possível saída do Cáceres. Se existir algo de concreto todos serão informados”, disse Rodrigo Caetano.

Desde que voltou da Copa América, paraguaio vem sendo titular no time rubro-negro

DIV

ULG

AÇÃO

DE SAÍDA

Meia tem larga experiência no futebol europeu e vem para qualificar elenco vascaíno

DIV

ULG

AÇÃO

REFORÇO

River Plate vence Tigres e conquista Libertadores

Buenos Aires (Argenti-na) - O River Plate entrou para o seleto grupo de tricampeões da Liberta-dores. Ontem (5), o time argentino conquistou o tí-tulo ao vencer o Tigres por 3 a 0 no Monumental de Nuñez, em Buenos Aires.

Ao garantir o título da Libertadores apenas 50 meses depois do rebai-xamento, o River supe-rou Corinthians e Grêmio, que trilharam caminhos semelhantes antes das conquistas de 2012 e 1995, respectivamente.

O time paulista ergueu o troféu da Libertadores em julho de 2012, 55 me-ses depois da queda para a Série B do Campeonato Brasileiro. O Grêmio, por

sua vez, foi rebaixado em maio de 1991. O time gaúcho levantou o tro-féu da Libertadores 51 meses depois.

No caminho até o tricam-peonato, o River assegurou também os títulos da Série B (2012), do Campeonato Argentino (2014), da Copa Sul-Americana (2014) e da Recopa (2015).

A vitória sobre o Tigres começou a virar realidade ainda na primeira etapa, com Alario, de cabeça, aos 44 minutos. Na etapa fi nal, o time conseguiu ampliar o placar, com Sánchez e Funes Mori. Com isso, o time repetiu a história das Libertadores 1986 e 1996, quando deu a volta olímpica no Monumental de Nuñez.

APÓS 19 ANOS

Com prioridade de compra Barcelona não cobriu oferta do time italiano

Flu acerta venda de Gerson a Roma-ITA

Rio de Janeiro (RJ) - O futuro do meia Gerson, joia do Fluminense, foi defi nido ontem (5) em

uma reunião na Catalunha, onde Barcelona e Roma dis-putaram o tradicional Troféu Joan Gamper. Os barcelonistas venceram por 3 a 0. Os dois clubes europeus estavam em negociação com o Tricolor para ter o atleta e, por enquanto, a Roma levou a melhor.

Os italianos vão pagar 16 milhões de euros (cerca de R$ 60 milhões) para ter o jogador de 18 anos. O presidente do Flu Peter Siemsen afi rmou que terá que devolver ao Barcelona o valor pago referente à priori-dade de compra do jogador: 3,2 milhões de euros (aproximada-mente R$ 12,2 milhões na co-tação desta quarta-feira). Além disso, o mandatário confi rmou que o clube de Messi, Neymar e cia também pagou um valor - adicional a este - para ter a prioridade do zagueiro Marlon. Este compromisso permanece com validade, mesmo após a venda de Gerson.

“Não é legal fi car falando, até para não atrapalhar as negocia-ções. Mas nesse caso, começou a ter notícias de todos os lados, muitas versões. Até para dar tranquilidade ao pai do jogador, era o momento de colocarmos

essa história em pratos lim-pos. Recebemos uma proposta formal do Roma, muito boa. O Fluminense entendeu por bem aceitar a proposta. O jogador e o pai do jogador conversa-ram com o Roma e também nos sinalizaram que aceitariam. Cumprimos a obrigação com o Barcelona e enviamos a notifi -cação. O Barcelona não exerceu a preferência, e o Fluminense deu o ok para o Roma”, explicou o presidente

O atleta, porém, não deverá vestir a camisa da Roma imedia-tamente, porque a equipe ita-liana está limitada em relação aos jogadores de fora da União Europeia. Atualmente são nove atletas nesta condição, sendo três brasileiros: o zagueiro ex-Corinthians Leandro Castán e os laterais Maicon e Dodô. Assim, Gerson será emprestado ao Bo-logna por um ano, período que servirá de experiência.

Com a transação concreti-zada, Gerson não deverá mais defender o Fluminense. O meia estava treinando e jogando normalmente, mas não vinha repetindo as boas atuações do início do Campeonato Brasi-leiro. Na última rodada, dian-te do Grêmio, chegou a ser vaiado por parte dos torce-dores presentes no Maracanã ao ser substituído.

Jovem meio-campista foi sondado por diver-sos clubes europeus

DIV

ULG

AÇÃO

E03 - PÓDIO.indd 3 06/08/2015 00:01:12

Page 4: Pódio - 6 de agosto de 2015

E4 MANAUS, QUINTA-FEIRA, 6 DE AGOSTO DE 2015

A um ano das Olimpíadas, Rio de Janeiro vive cenário preocupante, com obras atrasadas, Baía de Guanabara tão poluída quanto um esgoto e sem verbas oriundas da União

Atrasos, poluição e dívidasRio de Janeiro (RJ)

- Quando a candida-tura do Rio de Janeiro para cidade-sede das

Olimpíadas de 2016 foi anun-ciada, em 2008, o governo bra-sileiro calculou que, ao todo, o evento custaria R$ 28 bilhões aos cofres públicos. Em se-guida, a prefeitura prometeu projetos e obras que visavam deixar um legado olímpico ao município, buscando benefi -ciar futuras gerações com o maior incentivo esportivo em diversas modalidades.

Mas a um ano do início dos Jogos, a realidade da Cidade Maravilhosa é contemplada por atrasos de repasses fi -nanceiros da União, obras inacabadas e superfaturadas, além de polêmicas envolvendo alguns dos locais onde serão disputadas determinadas mo-dalidades. Se antes a estima-tiva fi nanceira para o evento não alcançava a casa dos R$ 30 bilhões, hoje já ultrapassa os R$38,2 bilhões, superando os gastos da Copa do Mundo de 2014, que fi caram em torno de R$ 27,1 bilhões.

Do valor estimado, R$ 24,6 bilhões são destinados ao lega-do olímpico, que prevê também melhorias na infraestrutura da cidade. De acordo com o Comi-

tê Organizador do Rio, R$ 7,4 bilhões de des-pesas são de orça-mento privado, que

é responsável pela logística do evento – incluindo o transporte dos atletas e a organização das competições e cerimônias. O restante, portanto, fi caria para a compra de equipamentos es-pecializados e a construção de ginásios e arenas.

Sem verbaSegundo o jornal “Valor Eco-

nômico”, o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, teria reclamado da demora em re-ceber a verba da União para a realização das obras, fruto dos cortes de orçamento feitos em 2015 pelo governo de Dilma Rousseff . Sem o dinheiro em mãos de prontidão, a própria prefeitura estaria gerencian-do os preparativos. Para ele, o principal inimigo na organiza-ção dos Jogos Olímpicos tem sido a burocracia imposta no repasse fi nanceiro.

Se no início do ano o discurso era de que não haveria atrasos na entrega das instalações para o evento, a realidade já aponta o contrário. O próprio portal de transparência do go-

verno já dá a constru-ção do velódromo como atrasada. Com 51,24% dos procedimentos concluídos, a ex-pectativa é que a obra fosse

entregue em dezembro deste ano. Instalada na região da Barra da Tijuca, o local con-tém 14 das 31 instalações e é considerado o principal pon-to dos Jogos, principalmente por abrigar a Vila Olímpica. Também na Barra, o Centro Olímpico de Tênis é outra obra que deve ser entregue após o prazo fi nal. Com a data de fi nalização prevista para o dia 21 deste mês, apenas 60,62% da construção foi concluída.

Os procedimentos do Par-que Olímpico têm sido reali-zados pelo consórcio Rio Mais, formado pelas construtoras Odebrecht, Andrade Gutierrez e Carvalho Hosken. As duas primeiras têm sido investiga-das na operação Lava-Jato.

Outras três regiões da ci-dade fi carão encarregadas de receber as modalidades: Deodoro, Maracanã e Copa-cabana. Na primeira, o com-plexo esportivo deveria ser entregue em fevereiro de 2016, mas já consta como atrasado no cronograma: apenas 42,98% da obra está pronta. O local abri-gará modalidades como basquete, pentatlo, hó-quei sobre grama, rúgbi, hipismo, tiro esportivo e ciclismo.

Marina da Glória corre risco de perder a competição de vela por excesso de poluição da água

Além da atenção com as obras inacabadas, outra pre-ocupação passou a rondar o cenário pré-Olimpíadas no Rio de Janeiro: a poluição na Baía de Guanabara, na praia de Copacabana e na Lagoa Rodrigo de Freitas.

Atletas de modalidades como vela, canoagem, tria-tlo e maratona aquática precisarão encarar águas semelhantes ao esgoto, com altas taxas de poluição. Uma reportagem divulgada pela AP (Associated Press) no mês de julho mostrou níveis perigosos indicando a presença de vírus e bac-térias nos locais, colocan-do em risco a saúde dos competidores. A rota de fuga à Baía seria levar as

competições da vela para o mar aberto.

Na ocasião da candi-datura olímpica, o go-vernador do Rio, Luiz Fernando Pezão, falou em realizar mais inves-timentos na infraes-trutura de saneamento básico da cidade, pro-metendo a limpeza de até 80% da Baía de Gua-

nabara. Sete anos depois, com a inves-tigação da AP vindo à tona, o polí-tico até lan-çou uma ten-

tativa de a m p l i a r o progra-

ma de d e s -p o -l u i -

ção, mas admitiu que nada pode ser feito a tempo dos Jogos.

“Nós erramos, eu não vou errar de novo, é minha fala. Quero acertar, estou tra-zendo as universidades, os ambientalistas, a população e todos os órgãos do gover-no”, anunciou o governador na última semana ao apre-sentar o novo projeto. Um acordo foi feito entre sete universidades e três institu-tos de pesquisa para apre-sentar soluções e melhoras na limpeza do local. “Vamos juntar todas as opiniões ver o quanto isso que esta-mos investindo vai impac-

tar para poder falar esses números”, complementou.

O legado olímpicoMesmo com as difi culda-

des citadas acima, há quem enxergue a execução dos Jo-gos em 2016 com otimismo. Marcus Vinícius Freire, dire-tor executivo de esportes do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), avaliou o rendimento de atletas brasileiros em competições olímpicas de alta relevância em 2015.

“Está sendo o melhor qua-driênio da história olímpica brasileira. Depois de Lon-dres nós acompanhamos que em 2013 foram 27

medalhas em Campeonatos Mundiais ou competições equivalentes e em 2014, conquistamos 24 medalhas. Duas marcas nunca antes atingidas nos primeiros e segundos anos do ciclo. Agora, em 2015, tivemos os Jogos Pan-Americanos de Toronto, onde fi camos na terceira colocação do quadro de medalhas. Nes-te ano, ainda temos vários importantes mundiais, que servirão de parâmetro para o que pretendemos avaliar em relação aos Jogos Rio 2016. Já estamos na fase de atacarmos os deta-lhes, mas os ajustes s e m p r e p o d e m ser feitos”, afi rmou.

Com 353 vagas ga-rantidas, a expectativa do COB é de ter 400 atletas par-ticipando das Olimpíadas.

TestesOntem (5),

após evento de contagem r e g r e s s i v a para os jogos, teve início o Campeonato Mundial Jú-nior de Remo, que servirá de evento-teste da modalidade.

As instalações do hipismo, na Região de Deodo-ro, também foram testadas na tarde de ontem (5).

Baía de Guanabara: risco à saúde

EM MANAUSManaus será a primeira cidade a assinar o Host City Contract (Contrato de Cidade Sede), o que acontecerá hoje (6) no Teatro Amazonas, como parte da programação de abertura do Ano Olímpico na cidade

FOTO

S: D

IVU

LGAÇ

ÃO

E04 - PÓDIO.indd 4 05/08/2015 22:49:48