Poema

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Poema. Poema x Poesia. Poema está ligado à forma, é um texto em verso. Poema x Poesia. Poesia está ligada à temática, não é necessariamente um texto, mas tudo (paisagens, imagens, textos) que remetem a sentimentos, sensações, emoções. Verso e estrofe. O Último Poema - PowerPoint PPT Presentation

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PoemaPoema

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Poema x PoesiaPoema x Poesia Poema está ligado à forma, é um texto Poema está ligado à forma, é um texto

em verso.em verso.

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Poema x PoesiaPoema x Poesia Poesia está ligada à temática, não é Poesia está ligada à temática, não é

necessariamente um texto, mas tudo necessariamente um texto, mas tudo (paisagens, imagens, textos) que (paisagens, imagens, textos) que remetem a sentimentos, sensações, remetem a sentimentos, sensações, emoções.emoções.

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Verso e estrofeVerso e estrofe

O Último Poema O Último Poema Manuel BandeiraManuel Bandeira Assim eu quereria o meu último poema Assim eu quereria o meu último poema

Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais Que fosse terno dizendo as coisas mais simples e menos intencionais Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas Que fosse ardente como um soluço sem lágrimas Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume Que tivesse a beleza das flores quase sem perfume A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos A pureza da chama em que se consomem os diamantes mais límpidos A paixão dos suicidas que se matam sem explicação A paixão dos suicidas que se matam sem explicação

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VersoVerso Verso é uma sucessão de sílabas que Verso é uma sucessão de sílabas que

integram em geral uma linha do poemaintegram em geral uma linha do poema

No poema de Manoel Bandeira No poema de Manoel Bandeira apresentado há seis versosapresentado há seis versos

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EstrofeEstrofe Estrofe é um agrupamento de versosEstrofe é um agrupamento de versos

No poema exposto anteriormente, há No poema exposto anteriormente, há uma única estrofeuma única estrofe

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De acordo com o número de versos por De acordo com o número de versos por estrofe, podemos ter um:estrofe, podemos ter um:

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Dístico (dois versos por estrofe);Dístico (dois versos por estrofe); Terceto (três versos);Terceto (três versos); Quadra ou quarteto (quatro versos);Quadra ou quarteto (quatro versos); Quintilha ( cinco versos);Quintilha ( cinco versos);

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Sexteto ou sextilha (seis versos);Sexteto ou sextilha (seis versos); Sétima ou septilha (sete versos);Sétima ou septilha (sete versos); Oitava (oito versos);Oitava (oito versos); Nona (nove versos);Nona (nove versos); Décima (dez versos).Décima (dez versos).

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Formas fixasFormas fixas Uma das composições de forma fixa Uma das composições de forma fixa

mais conhecidas é o soneto;mais conhecidas é o soneto; No soneto os versos são agrupados em No soneto os versos são agrupados em

duas quadras e dois tercetos.duas quadras e dois tercetos.

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Veja alguns sonetosVeja alguns sonetosSoneto do Amor Total Soneto do Amor Total Vinicius de MoraesVinicius de Moraes Amo-te tanto meu amor... não cante Amo-te tanto meu amor... não cante

O humano coração com mais verdade...O humano coração com mais verdade...Amo-te como amigo e como amanteAmo-te como amigo e como amanteNuma sempre diversa realidade.Numa sempre diversa realidade.

Amo-te enfim, de um calmo amor prestante Amo-te enfim, de um calmo amor prestante E te amo além, presente na saudade.E te amo além, presente na saudade.Amo-te, enfim, com grande liberdadeAmo-te, enfim, com grande liberdadeDentro da eternidade e a cada instante.Dentro da eternidade e a cada instante.

Amo-te como um bicho, simplesmenteAmo-te como um bicho, simplesmenteDe um amor sem mistério e sem virtudeDe um amor sem mistério e sem virtudeCom um desejo maciço e permanente.Com um desejo maciço e permanente.

E de te amar assim, muito e amiúdeE de te amar assim, muito e amiúdeÉ que um dia em teu corpo de repenteÉ que um dia em teu corpo de repenteHei de morrer de amar mais do que pude. Hei de morrer de amar mais do que pude.

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Soneto de Fidelidade Soneto de Fidelidade Vinicius de MoraesVinicius de Moraes De tudo, ao meu amor serei atento De tudo, ao meu amor serei atento

Antes, e com tal zelo, e sempre, e tantoAntes, e com tal zelo, e sempre, e tantoQue mesmo em face do maior encantoQue mesmo em face do maior encantoDele se encante mais meu pensamento.Dele se encante mais meu pensamento.

Quero vivê-lo em cada vão momento Quero vivê-lo em cada vão momento E em seu louvor hei de espalhar meu cantoE em seu louvor hei de espalhar meu cantoE rir meu riso e derramar meu prantoE rir meu riso e derramar meu prantoAo seu pesar ou seu contentamento.Ao seu pesar ou seu contentamento.

E assim, quando mais tarde me procureE assim, quando mais tarde me procureQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a morte, angústia de quem viveQuem sabe a solidão, fim de quem amaQuem sabe a solidão, fim de quem ama

Eu possa dizer do meu amor (que tive):Eu possa dizer do meu amor (que tive):Que não seja imortal, posto que é chamaQue não seja imortal, posto que é chamaMas que seja infinito enquanto dure. Mas que seja infinito enquanto dure.

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Soneto de separação Soneto de separação De repente do riso fez-se o pranto De repente do riso fez-se o pranto

Silencioso e branco como a brumaSilencioso e branco como a brumaE das bocas unidas fez-se a espumaE das bocas unidas fez-se a espumaE das mãos espalmadas fez-se o espanto.E das mãos espalmadas fez-se o espanto.

De repente da calma fez-se o ventoDe repente da calma fez-se o ventoQue dos olhos desfez a última chamaQue dos olhos desfez a última chamaE da paixão fez-se o pressentimentoE da paixão fez-se o pressentimentoE do momento imóvel fez-se o drama.E do momento imóvel fez-se o drama.

De repente, não mais que de repenteDe repente, não mais que de repenteFez-se de triste o que se fez amanteFez-se de triste o que se fez amanteE de sozinho o que se fez contente.E de sozinho o que se fez contente.

Fez-se do amigo próximo o distanteFez-se do amigo próximo o distanteFez-se da vida uma aventura erranteFez-se da vida uma aventura erranteDe repente, não mais que de repente. De repente, não mais que de repente.

    Vinícius de MoraesVinícius de Moraes

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MétricaMétrica A métrica é a medida dos versos, o A métrica é a medida dos versos, o

número de sílabas poéticas número de sílabas poéticas apresentadas pelos versos.apresentadas pelos versos.

A divisão dos versos em sílabas poéticas A divisão dos versos em sílabas poéticas é chamado de escansão.é chamado de escansão.

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MétricaMétrica A escansão poética tem por base a A escansão poética tem por base a

oralidade, então obedece a princípios oralidade, então obedece a princípios diferentes da divisão silábica gramatical: diferentes da divisão silábica gramatical: as vogais átonas são agrupadas numa as vogais átonas são agrupadas numa única sílaba, e a contagem silábica deve única sílaba, e a contagem silábica deve ser feita até a última tônica de cada ser feita até a última tônica de cada verso.verso.

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MétricaMétrica Que/ mes/mo em/ fa/ce/ do/ mai/or/ Que/ mes/mo em/ fa/ce/ do/ mai/or/

en/can/toen/can/to

Soneto da fidelidade (trecho) Soneto da fidelidade (trecho) Vinicius de MoraesVinicius de Moraes

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RitmoRitmo O ritmo do poema é determinado pela O ritmo do poema é determinado pela

alternância de sílabas acentuadas e não alternância de sílabas acentuadas e não acentuadas, pela maior ou menor acentuadas, pela maior ou menor intensidade das sílabas ao serem intensidade das sílabas ao serem pronunciadas.pronunciadas.

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RimaRima A rima é baseada na semelhança sonora A rima é baseada na semelhança sonora

de palavras. E pode ser externa, quando de palavras. E pode ser externa, quando a rima ocorre no final dos versos, ou a rima ocorre no final dos versos, ou interna, quando a rima se dá no interior interna, quando a rima se dá no interior dos versos.dos versos.

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A rima é obrigatória?A rima é obrigatória? Na poesia moderna, a rima não é tão Na poesia moderna, a rima não é tão

cobrada em poemas como já foi em cobrada em poemas como já foi em outras épocas. Portanto, a rima pode ou outras épocas. Portanto, a rima pode ou não ser empregada.não ser empregada.

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RimaRima As rimas externas classificam-se como:As rimas externas classificam-se como:

Intercaladas (ABBA);Intercaladas (ABBA); Versos Íntimos (trecho)Versos Íntimos (trecho) Augusto dos AnjosAugusto dos Anjos

Vês! Ninguém assistiu ao formidável (A)Vês! Ninguém assistiu ao formidável (A)Enterro de tua última quimera. (B)Enterro de tua última quimera. (B)Somente a Ingratidão - esta pantera – (B)Somente a Ingratidão - esta pantera – (B)Foi tua companheira inseparável! (A)Foi tua companheira inseparável! (A)

Acostuma-te à lama que te espera! (B)Acostuma-te à lama que te espera! (B) O Homem, que, nesta terra miserável,(A) O Homem, que, nesta terra miserável,(A)

Ora, entre feras, sente inevitável (A) Ora, entre feras, sente inevitável (A)Necessidade de também ser fera.(B)Necessidade de também ser fera.(B)

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Alternadas (ABAB);Alternadas (ABAB); Soneto da separação (trecho)Soneto da separação (trecho) Vinicius de MoraesVinicius de Moraes

De repente da calma fez-se o vento (A)De repente da calma fez-se o vento (A)Que dos olhos desfez a última chama (B)Que dos olhos desfez a última chama (B)E da paixão fez-se o pressentimento (A)E da paixão fez-se o pressentimento (A)E do momento imóvel fez-se o drama. (B)E do momento imóvel fez-se o drama. (B)

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Emparelhadas (AABB).Emparelhadas (AABB). FimFim (Letícia Cordeiro)(Letícia Cordeiro)

O amor acabou (A)O amor acabou (A) A vida desmoronou (A)A vida desmoronou (A) Meu coração partiu (B)Meu coração partiu (B) Você me feriu (B)Você me feriu (B)

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Verso brancoVerso branco Os versos que não possuem rima são Os versos que não possuem rima são

chamados de versos brancos.chamados de versos brancos.

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Neologismo Neologismo Manuel BandeiraManuel Bandeira

Beijo pouco, falo menos ainda. Beijo pouco, falo menos ainda. Mas invento palavrasMas invento palavrasque traduzem a ternura mais fundaque traduzem a ternura mais fundaE mais cotidiana.E mais cotidiana.inventei, por exemplo, o verbo teadorar.inventei, por exemplo, o verbo teadorar.IntransitivoIntransitivoTeadoro, Teodora.Teadoro, Teodora.

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RimaRima Sobre os versos brancos, veja o que Sobre os versos brancos, veja o que

escreveu Patativa do Assaré, famoso escreveu Patativa do Assaré, famoso poeta nordestino:poeta nordestino:

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Aos poetas clássicos (trecho)Aos poetas clássicos (trecho) Patativa do AssaréPatativa do Assaré (...)(...) tem sabô a leitura,tem sabô a leitura,

Parece uma noite iscuraParece uma noite iscuraSem istrela e sem luá.Sem istrela e sem luá.

Se um dotô me perguntáSe um dotô me perguntáSe o verso sem rima presta,Se o verso sem rima presta,Calado eu não vou ficá,Calado eu não vou ficá,A minha resposta é esta:A minha resposta é esta:— Sem a rima, a poesia— Sem a rima, a poesiaPerde arguma simpatiaPerde arguma simpatiaE uma parte do primô;E uma parte do primô;Não merece munta parma,Não merece munta parma,É como o corpo sem armaÉ como o corpo sem armaE o coração sem amô.E o coração sem amô.

Meu caro amigo poeta,Meu caro amigo poeta,Qui faz poesia branca,Qui faz poesia branca,Não me chame de patetaNão me chame de patetaPor esta opinião franca.Por esta opinião franca.Nasci entre a natureza,Nasci entre a natureza,Sempre adorando as belezaSempre adorando as belezaDas obra do Criadô,Das obra do Criadô,Uvindo o vento na servaUvindo o vento na servaE vendo no campo a reva E vendo no campo a reva Pintadinha de fulô. Pintadinha de fulô.

Sou um caboco rocêro,Sou um caboco rocêro,Sem letra e sem istrução;Sem letra e sem istrução;O meu verso tem o chêroO meu verso tem o chêroDa poêra do sertão;Da poêra do sertão;Vivo nesta solidadeVivo nesta solidadeBem destante da cidadeBem destante da cidadeOnde a ciença guverna.Onde a ciença guverna.Tudo meu é naturá,Tudo meu é naturá,Não sou capaz de gostáNão sou capaz de gostáDa poesia moderna.Da poesia moderna.

Deste jeito Deus me quisDeste jeito Deus me quisE assim eu me sinto bem;E assim eu me sinto bem;Me considero felizMe considero felizSem nunca invejá quem temSem nunca invejá quem temProfundo conhecimento.Profundo conhecimento.Ou ligêro como o ventoOu ligêro como o ventoOu divagá como a lesma,Ou divagá como a lesma,Tudo sofre a mesma prova,Tudo sofre a mesma prova,Vai batê na fria cova;Vai batê na fria cova;Esta vida é sempre a mesma.Esta vida é sempre a mesma.

O texto acima foi extraído de livreto O texto acima foi extraído de livreto de cordel de mesmo título, sem de cordel de mesmo título, sem dados para identificação.dados para identificação.

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Poema concretoPoema concreto O poema também pode explorar o O poema também pode explorar o

recurso visual. Isso ocorre quando o recurso visual. Isso ocorre quando o poeta organiza os versos de modo poeta organiza os versos de modo incomum a fim de mostrar o formato de incomum a fim de mostrar o formato de alguma coisa, ou explorar as letras alguma coisa, ou explorar as letras criando novos sentidos.criando novos sentidos.

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ImagemImagem (Arnaldo Antunes) (Arnaldo Antunes)

PalavraPalavraPaisagemPaisagemCinemaCinemaCenaCenaCorCorCorpoCorpoLuz Luz VultoVultoAlvoAlvoCéuCéuCélulaCélulaDetalheDetalheImagemImagemOlhoOlho

LêLêContemplaContemplaAssisteAssisteVêVêEnxergaEnxergaObservaObservaVislumbraVislumbraAvistaAvistaMiraMiraAdmiraAdmiraExaminaExaminaNotaNotaFitaFitaOlhaOlha

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Devolva-meDevolva-me (Sônia Godoy) (Sônia Godoy)   AS   AS    AS    AS     AS     AS

retirado de retirado de www.recantodasletras.com.br/visualizarwww.recantodasletras.com.br/visualizar

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Escrito por Sandra Mamede retirado de Escrito por Sandra Mamede retirado de retirado de retirado de www.recantodasletras.com.br/visualizarwww.recantodasletras.com.br/visualizar

                                        vv                  i                  i                v                v              a              a            m            m          o          o        s        scomocomo        o        o         s         s           g           g            a            a              n              n                s                s                 o                 o                  s                  s

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Outros recursos sonorosOutros recursos sonoros Aliteração: repetição constante de um mesmo Aliteração: repetição constante de um mesmo

fonema consonantalfonema consonantal

Vozes veladas, veludosas vozes,Vozes veladas, veludosas vozes,Volúpias dos vilões, vozes veladas,Volúpias dos vilões, vozes veladas,Vagam nos velhos vórtices velozesVagam nos velhos vórtices velozesDos ventos, vivas, vãs, vulcanizadasDos ventos, vivas, vãs, vulcanizadas

Cruz e Sousa. Cruz e Sousa. Poesias completas.Poesias completas. Rio de Janeiro: Ediouro, 1982 Rio de Janeiro: Ediouro, 1982

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Assonância:repetição constante de um mesmo fonema vocálicoAssonância:repetição constante de um mesmo fonema vocálico

A ondaA onda (Manuel Bandeira)(Manuel Bandeira) a onda andaa onda anda aonde andaaonde anda a onda?a onda? a onda aindaa onda ainda ainda ondaainda onda ainda andaainda anda aonde?aonde? aonde?aonde?a onda a ondaa onda a onda

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Paranomásia: emprego de palavras Paranomásia: emprego de palavras semelhantes na forma ou no som, mas com semelhantes na forma ou no som, mas com sentidos diferentes, próximas umas das outrassentidos diferentes, próximas umas das outras

Como um eco que vem na aragemComo um eco que vem na aragemA esturgir, rugir e mugir,A esturgir, rugir e mugir,O lamento das quedas d´água!O lamento das quedas d´água! (Manuel Bandeira)(Manuel Bandeira)

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Esta exposição tem por base referencial Esta exposição tem por base referencial o livro de William Roberto Cereja e o livro de William Roberto Cereja e Thereza Cochar Magalhães: Português Thereza Cochar Magalhães: Português Linguagens (literatura- produção de texto Linguagens (literatura- produção de texto – gramática) volume1, da Editora Atual, – gramática) volume1, da Editora Atual, editado em 2004.editado em 2004.