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    POESIA ROMNTICA

    BRASILEIRA

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    1 GERAO: NACIONALISTA

    Nacionalismo

    Indianismo

    Cor local

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    GONALVES DE MAGALHES (1811-1864)

    No denota nos poemas a liberdade formal queanuncia no prlogo.

    Ligado ao Arcadismo.

    Importncia do prlogo.

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    SAUDADES (1836) um livro de poesias escritas segundo as impresses dos lugares; ora sentadoentre as runas da antiga Roma, meditando sobre a sorte dos imprios; ora no cimodos Alpes, a imaginao vagando no infinito como um tomo no espao; ora nagtica catedral, admirando a grandeza de Deus e os prodgios do cristianismo; ora

    entre os ciprestes que espalham sua sombra sobre tmulos; ora, enfim, refletindosobre a sorte da ptria, sobre as paixes dos homens, sobre o nada da vida. Sopoesias de um peregrino, variadas como as cenas da natureza, diversas como asfases da vida, mas que se harmonizam pela unidade do pensamento e se ligamcomo os anis de uma cadeia; poesias dalma e do corao, e que s pela alma e ocorao devem ser julgadas.

    (...)O fim deste livro, ao menos aquele a que nos propusemos, que ignoramos se oatingimos, o de elevar a poesia sublime fonte donde ela emana, como o eflviodgua, que da rocha se precipita, e ao seu cume remonta, ou como a reflexo daluz ao corpo luminoso; vingar ao mesmo tempo a poesia das profanaes do vulgo,indicando apenas no Brasil uma nova estrada aos futuros engenhos.

    (...)Seja qual for o lugar em que se ache o poeta, ou apunhalado pelas dores, ou ao ladode sua bela, embalado pelos prazeres; no crcere, como no palcio; na paz, comosobre o campo da batalha; se ele verdadeiro poeta, jamais deve esquecer-se desua misso, e acha sempre o segredo de encantar os sentidos, vibrar as cordas docorao, e elevar o pensamento nas asas da harmonia at as idias arquetpicas.

    (...)

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    GONALVES DIAS (1823-1864)

    Redimensiona a imagem do ndio ao:

    a)Imagin-lo a partir do ideal cavalheirescoRomntico europeu

    I.HonraII.Honestidade

    III.Franqueza

    IV.Lealdade

    V.Aliada fora fsica imbatvel, resultado doequilbrio entre o homem e a natureza

    VI.O bom selvagem (Jean-Jacques Rosseau)

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    CANO DO EXLIOMinha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabi;As aves, que aqui gorjeiam,No gorjeiam como l.

    Nosso cu tem mais estrelas,Nossas vrzeas tm maisflores,Nossos bosques tm maisvida,Nossa vida mais amores.

    Em cismar, sozinho, noite,Mais prazer eu encontro l;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabi.

    Minha terra tem primores,

    Que tais no encontro eu c;Em cismar sozinho, noiteMais prazer eu encontro l;Minha terra tem palmeiras,Onde canta o Sabi.

    No permita Deus que eumorra,Sem que eu volte para l;Sem que disfrute os primoresQue no encontro por c;Sem qu'inda aviste as

    palmeiras,Onde canta o Sabi.

    De Primeiros cantos (1847)

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    LEITO DE FOLHAS VERDESPor que tardas, Jatir, que tanto a custo

    voz do meu amor moves teus passos?Da noite a virao, movendo as folhas,J nos cimos do bosque rumoreja.

    Eu sob a copa da mangueira altivaNosso leito gentil cobri zelosaCom mimoso tapiz de folhas brandas,Onde o frouxo luar brinca entre flores.

    Do tamarindo a flor abriu-se, h pouco,

    J solta o bogari mais doce aroma!Como prece de amor, como estas preces,No silncio da noite o bosque exala.

    Brilha a lua no cu, brilham estrelas,Correm perfumes no correr da brisa,

    A cujo influxo mgico respira-seUm quebranto de amor, melhor que a vida!

    A flor que desabrocha ao romper d'alvaUm s giro do sol, no mais, vegeta:Eu sou aquela flor que espero aindaDoce raio do sol que me d vida.

    Sejam vales ou montes, lago ou terra,Onde quer que tu vs, ou dia ou noite,

    Vai seguindo aps ti meu pensamento;

    Outro amor nunca tive: s meu, sou tua!

    Meus olhos outros olhos nunca viram,No sentiram meus lbios outros lbios,Nem outras mos, Jatir, que no as tuas

    A arazia na cinta me apertaram.

    Do tamarindo a flor jaz entreaberta,J solta o bogari mais doce aromaTambm meu corao, como estas flores,Melhor perfume ao p da noite exala!

    No me escutas, Jatir! nem tardo acodes voz do meu amor, que em vo te chama!Tup! l rompe o sol! do leito intil

    A brisa da manh sacuda as folhas!

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    2 GERAO: ULTRARROMNTICA(MAL DO SCULO)

    Excesso de subjetivismo e do emocionalismoromnticos

    Irracionalismo

    Escapismo: fantasia; culto da morte

    Pessimismo

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    LVARES DE AZEVEDO (1831-1852)

    Obra reflete juventude e imaturidade do autor: Obra principal:Lira dos vinte anos:

    Primeiraeterceira parte:I.Temas de amor e morte;II.Frustrao amorosa sublimada pelo sonho e pelafantasia;

    III.Amor oscila entre idealizao de uma virgem pura,etrea, e uma ardente sensualidade.

    Segunda parte:I.Substitui o escapismo visionrio pelo realismo irnicoII.Exprime o tdio e a melancolia (slpleen) tipicamentebyronianos.

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    SONETO

    Plida luz da lmpada sombria,Sobre o leito de flores reclinada,Como a lua por noite embalsamada,Entre as nuvens do amor ela dormia!

    Era a virgem do mar, na escuma fria

    Pela mar das guas embalada!Era um anjo entre nuvens d'alvoradaQue em sonhos se banhava e se esquecia!

    Era a mais bela! Seio palpitando...

    Negros olhos as plpebras abrindo...Formas nuas no leito resvalando...

    No te rias de mim, meu anjo lindo!Por ti - as noites eu velei chorando,Por ti - nos sonhos morrerei sorrindo!

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    LEMBRANA DE MORRERQuando em meu peito rebentar-se a fibra,

    Que o esprito enlaa dor vivente,

    No derramem por mim nenhuma lgrima

    Em plpebra demente.

    E nem desfolhem na matria impura

    A flor do vale que adormece ao vento:

    No quero que uma nota de alegria

    Se cale por meu triste passamento.

    Eu deixo a vida como deixa o tdio

    Do deserto, o poento caminheiro,

    ... Como as horas de um longo pesadeloQue se desfaz ao dobre de um sineiro;

    Como o desterro de minhalma errante,

    Onde fogo insensato a consumia:

    S levo uma saudade... desses tempos

    Que amorosa iluso embelecia.

    S levo uma saudade... dessas sombrasQue eu sentia velar nas noites minhas...

    De ti, minha me, pobre coitada,

    Que por minha tristeza te definhas!

    De meu pai... de meus nicos amigos,

    Pouco - bem poucos... e que no zombavam

    Quando, em noites de febre endoudecido,

    Minhas plidas crenas duvidavam.

    Se uma lgrima as plpebras me inunda,

    Se um suspiro nos seios treme ainda,

    pela virgem que sonhei... que nunca

    Aos lbios me encostou a face linda!

    S tu mocidade sonhadora

    Do plido poeta deste flores...

    Se viveu, foi por ti! e de esperana

    De na vida gozar de teus amores.

    Beijarei a verdade santa e nua,

    Verei cristalizar-se o sonho amigo...

    minha virgem dos errantes sonhos,Filha do cu, eu vou amar contigo!

    Descansem o meu leito solitrio

    Na floresta dos homens esquecida,

    sombra de uma cruz, e escrevam nela:

    Foi poeta - sonhou - e amou na vida.

    Sombras do vale, noites da montanhaQue minha alma cantou e amava tanto,

    Protegei o meu corpo abandonado,

    E no silncio derramai-lhe canto!

    Mas quando preludia ave daurora

    E quando meia-noite o cu repousa,

    Arvoredos do bosque, abri os ramos...

    Deixai a lua pratear-me a lousa!

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    SE EU MORRESSE AMANH!Se eu morresse amanh, viria ao menosFechar meus olhos minha triste irm;

    Minha me de saudades morreriaSe eu morresse amanh!

    Quanta glria pressinto em meu futuro!Que aurora de porvir e que manh!Eu perdera chorando essas coroas

    Se eu morresse amanh!

    Que sol! que cu azul! que dove n'alvaAcorda a natureza mais louc!No me batera tanto amor no peito Se eu morresse amanh!

    Mas essa dor da vida que devoraA nsia de glria, o dolorido af...A dor no peito emudecera ao menos

    Se eu morresse amanh!

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    NAMORO A CAVALOEu moro em Catumbi. Mas a desgraa

    Que rege minha vida malfadada,Ps l no fim da rua do Catete

    A minha Dulcinia namorada.

    Alugo (trs mil-ris) por uma tardeUm cavalo de trote (que esparrela!)S para erguer meus olhos suspirando

    minha namorada na janela...

    Todo o meu ordenado vai-se em floresE em lindas folhas de papel bordado,Onde eu escrevo trmulo, amoroso,

    Algum verso bonito... mas furtado...

    Morro pela menina, junto delaNem ouso suspirar de acanhamento...

    Se ela quisesse eu acabava a histriaComo toda a Comdia- em casamento...

    Ontem tinha chovido... Que desgraa!Eu ia a trote ingls ardendo em chama,Mas l vai seno quando uma carroaMinhas roupas tafues encheu de lama...

    Eu no desanimei! Se Dom QuixoteNo Rocinante erguendo a larga espadaNunca voltou de medo, eu, mais valente,

    Fui mesmo sujo ver a namorada...

    Mas eis que no passar pelo sobrado,Onde habita nas lojas minha bela,Por ver-me to lodoso ela irritadaBateu-me sobre as ventas a janela...

    O cavalo ignorante de namorosEntre dentes, tomou a bofetada,

    Arrepia-se, pula, e d-me um tomboCom pernas para o ar, sobre a calada...

    Dei ao diabo os namoros. EscovadoMeu chapu que sofrera no pagode,

    Dei de pernas corrido e cabisbaixoE berrando de raiva como um bode.

    Circunstncia agravante. A cala inglesaRasgou-se no cair, de meio a meio,

    O sangue pelas ventas me corriaEm paga do amoroso devaneio!...

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    CASIMIRO DE ABREU (1839-1860)

    Obra:Primaveras(1859)o Produziu poesia mais ingnua s vezes quaseinfantil

    Temas frequentes:

    I.SaudadeII.Infncia

    III.Famlia

    IV.

    Amor platnico (e o medo do amor)V.Muito sentimental dominado pelo pessimismonos dois ltimos anos de vida

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    CANO DO EXLIO

    Se eu tenho de morrer na flor dos anosMeu Deus! no seja j;

    Eu quero ouvir na laranjeira, tarde,

    Cantar o sabi!

    Meu Deus, eu sinto e tu bem vs que eu morroRespirando este ar;

    Faz que eu viva, Senhor! d-me de novoOs gozos do meu lar!

    O pas estrangeiro mais belezasDo que a ptria no tem;

    E este mundo no vale um s dos beijosTo doces duma me!

    D-me os stios gentis onde eu brincavaL na quadra infantil;

    D que eu veja uma vez o cu da ptria,O cu do meu Brasil!

    (...)

    Se eu tenho de morrer na flor dos anos,

    Meu Deus! no seja j;

    Eu quero ouvir na laranjeira, tarde,

    Cantar o sabi!

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    AMOR E MEDOQuando eu te vejo e me desvio cautoDa luz de fogo que te cerca, bela,Contigo dizes, suspirando amores:

    "Meu Deus! que gelo, que frieza aquela!"

    Como te enganas! meu amor, chamaQue se alimenta no voraz segredo,E se te fujo que te adoro louco...

    s bela eu moo; tens amor, eu medo...

    Tenho medo de mim, de ti, de tudo,Da luz, da sombra, do silncio ou vozes.Das folhas secas, do chorar das fontes,

    Das horas longas a correr velozes.

    O vu da noite me atormenta em dores

    A luz da aurora me enternece os seios,E ao vento fresco do cair cias tardes,

    Eu me estremece de cruis receios.

    (...)

    Vampiro infame, eu sorveria em beijos

    Toda a inocncia que teu lbio encerra,

    E tu serias no lascivo abrao,

    Anjo enlodado nos pauis da terra.

    Depois... desperta no febril delrio,

    Olhos pisados como um vo lamento,

    Tu perguntaras: que da minha coroa?...

    Eu te diria: desfolhou-a o vento!...

    Oh! no me chames corao de gelo!

    Bem vs: tra-me no fatal segredo.

    Se de ti fujo que te adoro e muito!

    s bela eu moo; tens amor, eu medo!...

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    MEUS OITO ANOSOh! que saudades que tenhoDa aurora da minha vida,Da minha infncia querida

    Que os anos no trazem mais!

    Que amor, que sonhos, que flores,Naquelas tardes fagueiras

    sombra das bananeiras,Debaixo dos laranjais!

    Como so belos os diasDo despontar da existncia!- Respira a alma inocnciaComo perfumes a flor;

    O mar - lago sereno,O cu - um manto azulado,O mundo - um sonho dourado,

    A vida - um hino d'amor!

    Que auroras, que sol, que vida,Que noites de melodiaNaquela doce alegria,Naquele ingnuo folgar!O cu bordado d'estrelas,

    A terra de aromas cheia,

    As ondas beijando a areiaE a lua beijando o mar!

    Oh! dias da minha infncia!Oh! meu cu de primavera!Que doce a vida no era

    Nessa risonha manh.Em vez das mgoas de agora,Eu tinha nessas delciasDe minha me as carciasE beijos de minha irm!

    Livre filho das montanhas,

    Eu ia bem satisfeito,De camisa aberto ao peito,- Ps descalos, braos nus -Correndo pelas campinas

    roda das cachoeiras,Atrs das asas ligeirasDas borboletas azuis!

    Naqueles tempos ditososIa colher as pitangas,Trepava a tirar as mangas,Brincava beira do mar;Rezava s Ave-Marias,

    Achava o cu sempre lindo,

    Adormecia sorrindoE despertava a cantar! (...)

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    JUNQUEIRA FREIRE (1832-1855)

    O autor mais angustiado do ultrarromantismo.

    Aos 18 anos, na tentativa de solucionar crisemoral, torna-se monge beneditino, mas no

    consegue se adaptar vida religiosa,abandonando o convento.

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    Morte

    (hora do delrio)

    Pensamento gential de paz eterna

    Amiga morte, vem. Tu s o termoDe dous fantasmas que a existncia formam,

    Dessa alma v e desse corpo enfermo.

    Pensamento gentil de paz eterna,

    Amiga morte, vem. Tu s o nada,Tu s a ausncia das moes da vida,

    do prazer que nos custa a dor passada.

    Pensamento gentil de paz enterna

    Amiga morte, vem. Tu s apenaA viso mais real das que nos cercam,

    Que nos extingues as vises terrenas.

    (...)

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    3 GERAO: POESIA SOCIAL(CONDOEIRA; PR-REALISMO)

    Temas sociais e polticos

    Liberdade

    Tom retrico e exaltado

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    CASTRO ALVES (1847-1871)

    Principais obras:Espumas flutuantes(1870),Osescravos(1883) Trs temas bsicos:

    I.A natureza

    II.O amorIII.A problemtica social

    IV.Participao na campanha abolicionista (poetados escravos)

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    O NAVIO NEGREIRO

    Senhor Deus dos desgraados!Dizei-me vs, Senhor Deus!

    Se loucura... se verdadeTanto horror perante os cus? mar, por que no apagasDe teu manto este borro?...

    Astros! noites! tempestades!Rolai das imensidades!Varrei os mares, tufo!

    So os filhos do deserto,Onde a terra esposa a luz.Onde vive em campo abertoA tribo dos homens nus...So os guerreiros ousados

    Combatem na solido.

    So os filhos do deserto,

    Onde a terra esposa a luz.

    Onde vive em campo abertoA tribo dos homens nus...

    So os guerreiros ousados

    Combatem na solido.

    Ontem simples, fortes, bravos.

    Hoje mseros escravos,

    Sem luz, sem ar, sem razo...

    (...)

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    FAGUNDES VARELA (1847-1871)

    Em poemas como Estandarte Auriverde adiantaas tendncias da terceira gerao (muitos oclassificam como pertencente aoultrarromantismo e no poesia social);

    Explorou todos os temas da poesia romntica,experimentou mtricas.

    [Acruz]

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    [A cruz]

    Estrelas

    Singelas,

    Luzeiros

    Fagueiros,Esplndidos orbes, que o mundo aclarais!

    Desertos e mares, - florestas vivazes!

    Montanhas audazes que o cu topetais!

    Abismos

    Profundos!Cavernas

    E t e r nas!

    Extensos,

    Imensos

    Espaos

    A z u i s!Altares e tronos,

    Humildes e sbios, soberbos e grandes!

    Dobrai-vos ao vulto sublime da cruz!

    S ela nos mostra da glria o caminho,

    S ela nos fala das leis de - Jesus!

    CnticodoCalvrio

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    Cntico do Calvrio

    memria de meu Filho morto a 11 de dezembrode 1863

    Eras na vida a pomba predileta

    Que sobre um mar de angstias conduziaO ramo da esperana. Eras a estrela

    Que entre as nvoas do inverno cintilava

    Apontando o caminho ao pegureiro.

    Eras a messe de um dourado estio.

    Eras o idlio de um amor sublime.Eras a glria, a inspirao, a ptria,

    O porvir de teu pai! - Ah! no entanto,

    Pomba, - varou-te a flecha do destino!

    Astro, - engoliu-te o temporal do norte!

    Teto, - caste!- Crena, j no vives!

    Correi, correi, oh! lgrimas saudosas,

    Legado acerbo da ventura extinta,

    Dbios archotes que a tremer clareiam

    A lousa fria de um sonhar que morto! (...)

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    SOUSNDRADE (1833-1902)

    Versos tem ecos das experincias de suas viagens;

    Conjugao do capitalismo norte-americano cultura indgena;

    Questes sociais; uso de neologismo (aproximaocom oModernismo)

    TrechodeOguesaerrante

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    Trecho deO guesa errante

    (...)

    "Nos ureos tempos, nos jardins da AmricaInfante adorao dobrando a crena

    Ante o belo sinal, nuvem ibricaEm sua noite a envolveu ruidosa e densa.

    "Cndidos Incas! Quando j campeiamOs heris vencedores do inocentendio nu; quando os templos s'incendeiam,J sem virgens, sem ouro reluzente,

    "Sem as sombras dos reis filhos de Manco,Viu-se... (que tinham feito? e pouco haviaA fazer-se...) num leito puro e brancoA corrupo, que os braos estendia!

    "E da existncia meiga, afortunada,O rseo fio nesse albor amenoFoi destrudo. Como ensanguentada

    A terra fez sorrir ao cu sereno!

    (...)

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    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

    AMARAL, Emlia et al.Novas palavras: ensinomdio. 2 ed. renov. Vol. 2. So Paulo: FTD, 2005(Coleo novas palavras).

    DIAS, Gonalves; AZEVEDO, lvares; ALVES,Castro et al.Poesia romntica. Manaus: Valer:2010.