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  • POLIPROPILENO

    Equipe Responsvel: RICARDO S PEIXOTO MONTENEGRO JANUSZ ZAPORSKI MRCIA CRISTIANE MARTINS RIBEIRO KELLY CRISTINA DE AZEVEDO MELO (*)

    (*) Respectivamente, gerente, engenheiro e estagirias da Gerncia Setorial de Qumica do BNDES (AO1/GESET4).

  • . INTRODUO Desde a sua introduo em 1954, o polipropileno se tornou uma das mais importantes resinas termoplsticas da atualidade, continuando ainda como a resina de maior crescimento. Hoje em dia o polipropileno o terceiro termoplstico mais vendido no mundo ( abaixo do polietileno baixa densidade e do PVC), representando vendas fsicas em torno de 17 milhes t/a com um valor superior a US$ 11 bilhes/ano . Por outro lado, o polipropileno hoje se coloca ao lado do ABS, ou seja, em uma zona de transio entre os plsticos de grande consumo e os plsticos de engenharia (existem estimativas que consideram que do consumo do polipropileno so para aplicaes tcnicas). No Brasil, o polipropileno se colocou no 20 termoplstico mais consumido em 1995, frente inclusive do PVC. A produo nacional de polipropileno tem tambm uma importncia estratgica, por ser um grande consumidor de propeno, gerados nas centrais petroqumicas que s utilizam nafta como insumo bsico. Com exceo da implantao da primeira unidade de polipropileno em Mau-SP, o Sistema BNDES sempre apoiou as implantaes e expanses do setor, tendo participado com um montante de cerca de 323 milhes de dlares. . ASPECTOS TCNICOS A grande caracterstica deste setor a constante evoluo tecnolgica do produto, processo e seus catalisadores. Desde o incio da sua produo comercial -1960 - surgiram quatro processos de polimerizao e os catalisadores esto em sua 4a gerao.

    - Produto O polipropileno deve ser visto hoje como um conjunto de trs tipos: homopolmero, copolmero alternado e o copolmero estatstico (ou randmico). Cada um desses tem aplicaes especficas (vide Quadro 1 a seguir). Os trs polmeros - homopolmero, copolmero alternado e o copolmero estatstico - podem ser modificados e adaptados s utilizaes especficas atravs das tcnicas de formulao ou compostagem.

    1

  • Quadro 1 - Propriedades de Diversos Tipos de Polipropileno P r o p r i e d a d e s B s i c a s

    Famlia de Produtos

    Rigidez Resistncia a choques/baixa temperatura

    Transparncia Aplicao/Tipo

    Homopolmero +++ + ++ fibras Copolmero Estatstico

    + ++ +++ embalagens

    Copolmero Alternado

    ++ +++ + automveis

    Fonte: Innovation et Organisation - Les Cas de lIndustrie des Polymers de Jos Vitor Martins

    O copolmero estatstico de polipropileno se obtm atravs da adio de eteno ao propeno. O produto um pouco mais resistente ao impacto do que o homopolmero, mas h uma melhoria acentuada da transparncia. O copolmero alternado fabricado em duas etapas na polimerizao. O homopolmero, produzido na primeira etapa, em seguida copolimerizado com o eteno. A proporo do eteno bem mais elevada do que na produo do copolmero estatstico. A parte copolimerizada se torna emborrachada, o que permite melhorar a absoro da energia no impacto. O polipropileno tambm possui a propriedade de estar-orientado . As pesquisas sobre esta propriedade conduziu ao filme bi-orientado (BOPP) para a produo de fitas adesivas, embalagens para alimentos e cigarros, etc. A bi-orientao melhora as propriedades ticas do material e aumenta sua resistncia ruptura. Uma nova gerao de catalisadores chamados de metallocenos (ou "single-site"), cujo uso se iniciou na dcada de 90 nos pases desenvolvidos, permite novas combinaes dos monmeros e principalmente a criao de polmeros com propriedades desejadas para o material. Hoje, esses catalisadores j so utilizados, em escala comercial ou semi-comercial, pela Mitsui, Hoechst, BASF, Chisso e Exxon para a obteno do metalloceno polipropileno (m-PP), mas existem ainda algumas barreiras importantes que devem ser consideradas, como por exemplo, as altas despesas em P & D e possvel instabilidade na reao da polimerizao.

    - Processos de Produo Principais Evolues O polipropileno obtido atravs da polimerizao do gs propeno (que o monmero), utilizando catalisadores do tipo Ziegler-Natta. Os processos de polimerizao so atravs de: soluo; suspenso em um solvente (slurry); massa (bulk); e a fase gasosa, sendo esta a de tecnologia mais moderna. Antes da dcada de 80, a polimerizao em suspenso era o processo mais usado na produo de polipropileno. Uma variante importante deste utilizado no processo Spheripol - o dominante atualmente. 2

  • Porm, as tecnologias de produo de polipropileno constituem uma combinao da tecnologia de processo com a tecnologia de catalisador. Portanto, outro exemplo do progresso tecnolgico deste setor a evoluo do seu catalisador. Isto resultou na simplificao nas diversas etapas do processo produtivo, reduzindo-se assim os custos do investimento fixo. Estima-se que as unidades modernas so trs vezes menos intensivas em capital do que as unidades da primeira gerao.

    - Processos em Competio

    Deve-se assinalar que a concorrncia existente neste mercado no se decide pela escolha de um processo ou de um catalisador. O processo e o catalisador podem ser o ponto de partida, mas os resultados dependem tambm da posio do empreendimento no mercado e no seu desenvolvimento de produtos. Hoje no mundo se pode enumerar uma dezena de processos em utilizao, porm so trs os processos que representam pouco menos da metade da capacidade produtiva mundial, a saber: Spheripol (Montell/ antiga Himont), Unipol (Union Carbide/Shell) e Novolen (Basf), como se pode constatar no Grfico 1 a seguir.

    Grfico 1 - Participao das Principais Tecnologias na Produo de Polipropileno (1995)

    Spheripol33%

    Unipol9%

    Basf/Novolen7%

    O utros51%

    Fonte: AO1/GESET4-BNDES

    Devido sua grande versatilidade, o processo Spheripol o mais utilizado. Consiste em um processo hbrido, pois utiliza a reao em suspenso em

    3

  • propeno lquido para a obteno do homopolmero e copolmero estatstico e a reao em fase gasosa para a produo de copolmero seqencial. Baseia-se em um reator em loop, onde se realiza a polimerizao do propeno para a produo do homopolmero ou a copolimerizao para a produo do copolmero estatstico. Na verso clssica, a tecnologia da polimerizao Spheripol est adequada ao catalisador de mesmo nome desenvolvido pela Montell em associao com a Mitsui. Mas o catalisador mais conhecido do que o processo, sendo utilizado por produtores que empregam outras tecnologias de polimerizao que no o Spheripol. O processo Unipol foi desenvolvido em associao da Union Carbide com a Shell. Deriva do processo Carbide, de mesmo nome, empregado na produo de polietileno alta densidade e baixa densidade linear. As licenas do processo Unipol para os polietilenos tiveram grande aceitao no mercado. Na verso do polipropileno, o processo adequou-se ao catalisador da Shell de alta atividade denominado de Shac. Este processo composto de um grande reator em fase gasosa em leito fluidizado, onde so produzidos homopolmeros e copolmeros estatsticos. Um segundo reator , em srie com o primeiro, permite a produo de copolmeros seqenciais a partir dos homopolmeros resultantes do primeiro reator. O processo Novolen foi desenvolvido pela Basf e posteriormente aperfeioado pela prpria, atravs da associao com ICI e Quantum. Consiste de dois reatores em srie em fase gasosa com agitao mecnica. No primeiro reator se produz os homopolmeros ou copolmeros estatsticos e, no segundo reator produz-se os copolmeros seqenciais. Entre outros processos em utilizao, pode-se citar: Lippshac (Shell); Hypol (Mitsui); Sumitomo; Amoco/Chisso e Solvay. Na realidade, atualmente, bastante difcil definir claramente a natureza dos processos e dos catalisadores utilizados nas plantas de polipropileno . Os produtores mais ativos tendem a adquirir as licenas disponveis no mercado (para o processo e catalisador), a fim de adapt-los ao seu processo produtivo. Por exemplo, a Solvay desenvolveu um processo hbrido, de fase gs - lquida, utilizando um catalisador de alta atividade do processo Unipol. Existe um mercado bastante dinmico de venda de tecnologias - principalmente de processos e catalisadores - onde os maiores so a Montell (antiga Himont), Carbide e a Basf. Mas estes mesmos atores no so necessariamente grandes produtores na mesma proporo da fora do seu marketing. Montell o primeiro produtor mundial, mas a Carbide s tinha uma unidade de demonstrao nos EUA at que, recentemente, adquiriu da 4

  • Shell as plantas de polipropileno nos EUA com capacidade produtiva de 320 mil t/a . - Matria-Prima A matria-prima bsica (monmero) o propeno (ou propileno), que deve ter um alto nvel de pureza (superior a 99,5% e isento de gua, oxignio, dixido de carbono, hidrognio, enxofre e acetileno, que podem envenenar os catalisadores empregados). Assim, o propeno - grau polmero, pode custar de US$ 4 a 5/kg a mais em relao ao propeno - grau qumico. Cabe ainda destacar que, em 1994, o polipropileno representou 47% do consumo mundial de propeno. A fonte predominante para a produo do propeno o craqueamento da nafta, uma vez que o gs natural no apresenta vantagem competitiva. A desidrogenao do propano ou a recuperao do gs de refinaria so outras alternativas. Por exemplo, na Europa Ocidental, o gs de refinaria j participa com 15% do propeno consumido. No caso brasileiro, uma das unidades fabris da Polibrasil, a Braspol, que representa 21% da capacidade de produo de polipropileno, foi concebida para consumir o propeno oriundo da Refinaria Duque de Caxias da Petrobrs.

    - Escala

    A capacidade dos reatores, em mdia, tendem a se situar ao redor de 100 mil t/a, mas no existem impedimentos de ordem tecnolgica para tamanhos maiores (j existem plantas com capacidade produtiva de 240 mil t/a). Os EUA, Europa Ocidental e Japo apresentam concepes totalmente diferentes quanto escala de produo das indstrias de polipropileno. Nos EUA d-se preferncia aos grandes reatores. Na Europa as capacidades tendem a se alinhar ao tamanho clssico (100 mil t/a). Entretanto, no Japo a capacidade mdia de produo est bem inferior em relao s outras regies industrializadas. Os reatores, embora pequenos, so mais flexveis e podem favorecer a adoo de uma vasta linha de produtos, que parece ser o caso do Japo, onde o nmero de tipos comerciais de cada produtor muito mais importante do que na Europa ou EUA. Portanto, o conceito da economia de escala pode ser relativo nesses casos.

    - Tendncias na Produo Mundial de Polipropileno

    Um levantamento realizado no final de 1995 nas publicaes European Chemical News, Asian Chemical News e Chemical Engineering News sobre os principais projetos de implantao de novas plantas de polipropileno que 5

  • podero entrar em operao, no perodo 1996/98, permite observar em grandes linhas, as tendncias da produo em termos de distribuio tecnolgica e capacidade dos reatores. As 23 novas unidades anunciadas, totalizando cerca de 3,26 milhes t/a, resumem os efeitos da evoluo sobre as decises de investimento em polipropileno, conforme Quadro 2 a seguir .

    Quadro 2 - Tendncias na Indstria de Polipropileno Tecnologia

    (nmero de unidades) Tecnologia

    (% da capacidade total) Capacidade Mdia dos

    Reatores (1000 t/a)

    Spheripol/Montell 9

    Spheripol/Montell 37

    EUA

    125

    Novolen/Basf 3

    Novolen/Basf 16

    Europa

    136

    Unipol 5

    Unipol/Carbide 19

    Oriente Mdio 170

    Outros

    5 Outros

    28 sia 137

    Total 22

    Total 100

    Mundo 133

    Fonte: AO1/GESET4-BNDES

    A anlise destes projetos anunciados sugere que, a tecnologia da produo de polipropileno continua se concentrando sobre os trs processos (Spheripol/Montell; Unipol/Carbide e Novolen/Basf). Sobre um total de 22 projetos, os trs citados participam em 17, representando 72% da capacidade produtiva. Quanto escala das plantas, a capacidade mdia destes projetos atinge 133 mil t/a , o que representa uma evoluo, uma vez que a capacidade mdia das unidades de novas plantas no final da dcada de 80 girava em torno de 100 mil t/a.

    . ASPECTOS MERCADOLGICOS As principais caractersticas do polipropileno no tocante a sua alta aceitao e significativo crescimento so: - alta rigidez, baixo peso especfico (especialmente quando orientado), boa

    claridade e resistncia s altas temperaturas (ponto de fuso de 170 C );

    - propriedades mecnicas adequadas, quando reforado, e suficiente para competir, em vrias aplicaes, com plsticos de engenharia de maior custo;

    - boas propriedades que possibilita uma fcil moldagem por injeo; e

    6

  • - pode ser estirado e orientado, fundamental para produo de fibras e filmes orientados.

    Se for levado em conta o fator densidade, o polipropileno um dos materiais mais econmicos, como se pode constatar no Grfico 2 a seguir.

    Grfico 2 - Comparativo de Custo por Unidade de Volume entre Diversos Termoplsticos (1995) -

    024681012

    US$/polegada

    cbica

    PEAD PP PEBD PS PET ABS PC

    Fonte: CMAI -10 th Annual World Petrochemical Conference

    PEAD - Polietileno Alta densidade PP - Polipropileno PEBD - Polietileno Baixa Densidade PS - Poliestireno PET - Polietileno Tereftalato PC - Policarbonato ABS - Acrilonitrila Butadieno Estireno

    As desvantagens do polipropileno so, basicamente, a pouca resistncia ao impacto em baixas temperaturas, a faixa reduzida da temperatura de fuso e a baixa resistncia oxidao. A primeira desvantagem pode ser minimizada atravs da mistura com PEAD ou copolmeros contendo eteno. A segunda pode ser eliminada atravs da adio de antioxidantes e, a terceira por novas tecnologias na modificao ou formulao do prprio polmero.

    A resina de polipropileno convertida para os produtos finais, basicamente, por moldagem de injeo e tambm pelo processo de extruso. O Quadro 3 a seguir ilustra a variedade de usos do polipropileno

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  • Quadro 3 - Principais Aplicaes do Polipropileno EMBALAGENS TXTIL AUTOMOBILSTICO CONSUMO DOMSTICO

    E OUTROS

    S e t o r e s d e T r a n s f o r m a o

    Rfia Sacaria

    Rfia Base p/ tapetes

    Rfia -

    Rfia Plasticultura

    Filmes Embalagens para: -ind. alimentcia (convencional e biorientados) -confeces (convencional) -cigarros (biorientados)

    Filmes

    no h

    Filmes

    no h

    Filmes

    no h

    Extruso Potes e copos p/ind. alimentcia Fitas de arquear

    Extruso

    no h

    Extruso Chapas termoformadas p/ consoles e painis

    Extruso Monofilamentos Tubos e chapas

    Fibras Embalagens para hortigranjeiros

    Fibras Fibras cortadas e filamentos contnuos p/ artigos txteis

    Fibras Carpetes e revestimento interno de laterais

    Fibras

    no h

    Injeo Potes e tampas p/ ind. alimentcia, farmacutica e cosmticos Caixas p/ embalagens industriais

    Injeo Carretis e cones para embobinamento de fios Componentes p/ equipamentos

    Injeo Componentes para interiores e exteriores Peas tcnicas

    Injeo Mveis, eletrodomsticos e utilidades domsticas Eletro-eletrnica Seringas

    Sopro Potes e frascos p/ ind. alimentcia e farmacutica Frascos p/ leo motor

    Sopro

    no h

    Sopro

    no h

    Sopro Utilidades domsticas

    Fonte: Polibrasil

    Mais da metade do polipropileno produzido no mundo industrializado destinado produo de automveis; utenslios domsticos e carpetes. Estes mercados so muito influenciados por ciclos econmicos. Porm, existem segmentos com altas taxas de crescimento no consumo de polipropileno. Esta alta taxa de crescimento praticamente estrutural, devido relativa baixa penetrao em muitas aplicaes j tecnicamente comprovadas (embalagens , moldagem industrial por sopro) ou nascente (fios, no-tecidos, filmes industriais, construo civil). A embalagem, grande segmento de consumo do polipropileno, no vulnervel aos perodos de recesso, mas bastante influenciada pela legislao sobre reciclagem. Dependendo das propriedades necessrias para uma embalagem especfica, o polipropileno pode competir com outros termoplsticos, como polietileno, PVC ou poliestireno. Uma aplicao importante neste segmento est no filme orientado do polipropileno, que tem grande uso na embalagem de cigarros. Outro uso significativo do filme orientado est na fita adesiva, substituindo o PVC. Nas embalagens rgidas, a escolha pode recair para o copolmero de polipropileno estatstico de alta performance, substituindo o PET quando a rigidez do vasilhame e o enchimento a quente so variveis importantes, e a barreira ao oxignio no necessria.

    8

  • O segmento de no-tecidos tambm apresenta altas taxas de crescimento, incluindo as aplicaes para produo de filtros, absorventes e roupas descartveis. O aumento da rigidez em alguns tipos de polipropileno possibilitou a concorrncia com o ABS em usos em que o brilho no importante. Os copolmeros com alto teor de eteno e com alta rigidez, obtidos do processo de fase gasosa, podem apresentar uma performance semelhante a alguns plsticos de engenharia, com menor custo. Em termos ambientais, o polipropileno tem bastante aceitao, pois reciclvel e fcil de incinerar. Se a legislao no futuro obrigar a reciclagem total dos automveis, o polipropileno aumentar ainda mais o seu uso neste segmento.

    Finalizando, cabe lembrar que grande parte das qualidades atuais do polipropileno so oriundas das evolues tecnolgicas que este setor passou a incorporar na dcada de 80. Afinal, na dcada de 70, o polipropileno era to somente uma commodity, concorrendo apenas em linhas de produtos relativamente simples e de alto consumo (ex.: rfia para sacaria).

    - Posio do Polipropileno em Relao aos Principais Termoplsticos Dependendo das propriedades necessrias para um uso especifico, o polipropileno pode competir com outros termoplsticos como os polietilenos, PVC ou poliestireno. Existem algumas estimativas que prevem que dois teros do crescimento da demanda de polipropileno se dar com o deslocamento de outras resinas termoplsticas concorrentes. O grfico3, a seguir, permite constatar que nos ltimos oito anos o polipropileno aumentou a sua participao no mercado mundial de termoplsticos de grande consumo, em detrimento dos PVC, PS e PE. Grfico 3 - Participao Relativa do Polipropileno em Relao ao

    Consumo Mundial dos Principais Termoplsticos

    1987 1995

    9

  • PE

    44%PP

    15%

    PVC28%

    PS13%

    PP

    21%

    PVC24%

    PS12%

    PE

    43%

    Fonte: Chem Systems (1987) e Polibrasil (1995)

    Isto se explica em parte pelas altas taxas histricas de crescimento do mercado de polipropileno. No mercado mundial, o polipropileno teve uma taxa mdia de crescimento de 8,5% a.a. no perodo 1987-95, enquanto que o PVC apresentou taxa de 3% a.a., o poliestireno de 3,6% a.a. e o polietileno de 4,3% a.a.

    No caso brasileiro, o polipropileno tambm aumentou sensivelmente a sua participao, estando atualmente no mesmo nvel do PVC, como se pode constatar pelo Grfico 4 a seguir.

    10

  • Grfico 4 - Participao Relativa do Polipropileno em Relao ao Consumo Brasileiro dos Principais Termoplsticos

    1988 1995

    PP

    15%

    PVC28%

    PS10%

    PE

    47%

    PP

    21%

    PVC21%

    PS9%

    PE

    49%

    Fonte: ABIQUIM

    A boa competitividade do polipropileno decorre tambm de algumas particularidades tcnico-econmicas, a saber:

    - o fator custo/propriedade favorvel ao polipropileno em relao aos principais polmeros concorrentes ( PE, PVC e PS). A economia favorvel da prpria sntese - uma conseqncia do preo do monmero propeno - favorece o polipropileno , principalmente em relao ao PS, cuja obteno do monmero relativamente complexa. A densidade do polipropileno um trunfo particularmente importante na concorrncia contra o PVC, um plstico relativamente pesado; e - a facilidade da modificao das resinas de base permite alargar a linha de produtos e abrir um campo de aplicaes, mesmo nos mercados praticamente restritos. Para modificar o PE, por exemplo, deve-se agir diretamente na reao de polimerizao, o que pode ser pouco atrativo para o desenvolvimento de novos tipos, se o mercado visado no for muito importante.

    - Distribuio do Consumo

    11

  • Os grficos, a seguir, permitem comparar a distribuio do consumo do polipropileno no maior mercado desse produto que os EUA, e no Brasil, onde se pode constatar que o mercado nacional ainda muito concentrado em embalagens.

    Grfico 5 - Distribuio do Consumo de Polipropileno - 1994

    EUA

    M obilirio20%

    Em balagem22%Transporte

    7%

    O utros

    47%

    Eletrnica4%

    BRASIL

    Autom otivo13%

    Em balagens45%

    O utros

    11%

    Txteis11%

    Utilidades Dom sticas

    10%

    Eletro

    dom sticos10%

    Fonte: C & E N August 7, 1995 Fonte: Polibrasil

    Consumo Per Capita

    Como se pode ver no Grfico 6 a seguir, o consumo per capita dos pases desenvolvidos no mnimo quatro vezes maior que o dos pases em desenvolvimento.

    Grfico 6- Mundo - Consumo Per Capita de Polipropileno em Algumas Regies -

    - 1993 -

    12

  • Japo

    Amr

    ica

    doNorte

    Europa

    Ocid

    enta

    l

    Oceania

    Amr

    ica

    Lati

    na

    Brasil

    sia

    (ex

    ceto

    Japo

    )

    Orie

    nte

    Mdi

    o

    Leste Europeu

    fri

    ca0

    2

    4

    6

    8

    10

    12

    CONSUMO PER CAPITA (KG/HAB)

    Japo

    Amr

    ica

    doNorte

    Europa

    Ocid

    enta

    l

    Oceania

    Amr

    ica

    Lati

    na

    Brasil

    sia

    (ex

    ceto

    Japo

    )

    Orie

    nte

    Mdi

    o

    Leste Europeu

    fri

    ca

    Fonte: Chemical Economics Handbook Extract - 95 (Internet/Stanford Research Institute)

    O consumo per capita no Brasil (ao redor de 1,5 kg/hab.) se aproxima com a mdia latino-americana, mas menor que o da Argentina.

    - Oferta, Demanda, Nvel de Utilizao Panorama Mundial

    No perodo de onze anos (1985-95), a demanda mundial de polipropileno cresceu em torno de 9,3% a.a.. No grfico a seguir, pode-se observar que os nveis de utilizao das plantas foram bem melhores no perodo 1985-90 do que nos anos 1990-95, face s grandes expanses realizadas entre 1987-92.

    Grfico 7 - Situao Mundial do Polipropileno

    - 1985/95 -

    13

  • 0

    10

    20

    85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95ano

    milhes de tonelad

    70

    75

    80

    85

    90

    95

    100

    nvel de utiliza

    Capacidade Dem anda Nvel de utilizao

    Fonte: 1996 DeWitt Petrochemical Review Conference

    Houve tambm, nos ltimos anos, uma mudana significativa na distribuio

    das capacidades produtivas regionais. A Europa Ocidental, EUA e Japo eram

    os tradicionais fornecedores de polipropileno para o resto do mundo, mas o

    start-up de novas unidades na sia e Oriente Mdio esto cada vez mais limitando as exportaes dos excedentes destes tradicionais produtores.

    Enquanto que a Europa Ocidental, EUA e Japo representavam 76% da

    capacidade produtiva mundial de polipropileno em 1987, em 1994 eles

    responderam com 62%, como se pode constatar pelos grficos a seguir.

    Grfico 8 - Polipropileno: Mundo - Distribuio, por Regio, da Capacidade Instalada

    1987 1994

    14

  • EUA

    30%

    Japo15%

    O utros23%

    Europa O cidental32%

    EUA

    23%

    Europa O cidental27%

    Japo12%

    O utros38%

    Fonte: TECNON

    Esta situao tende a se acentuar ainda mais no futuro. Das intenes de se

    implantar novas unidades no perodo 1996-99, que representam mais de 3

    milhes de t/a, somente 20% estaro localizadas nos pases desenvolvidos.

    Mais de mil plantas industriais esto operando produzindo resinas

    homopolmero e copolmero de polipropileno no mundo inteiro, sendo que os

    maiores produtores esto representados no Grfico 9 a seguir, que

    representam mais de 30% da capacidade mundial.

    15

  • Grfico 9 - Polipropileno: Mundo - Capacidade Instalada dos Principais Produtores

    - 1994 -

    MONTELL

    FINA

    AMOCO

    BOREALIS

    BASF

    HOECHST

    EXXON

    0

    500

    1000

    1500

    2000

    2500

    MIL TONELADAS

    MONTELL

    FINA

    AMOCO

    BOREALIS

    BASF

    HOECHST

    EXXON

    Fonte: Modern Plastics International, January 1996 e BNDES/AO1-GESET4 para as empresas brasileiras

    Pode-se tentar dividir esses produtores em duas classes: os especializados

    na sntese do polmero e aqueles dedicados ao produto polipropileno (vide

    Quadro 4 a seguir). O primeiro grupo composto de empresas que so

    bastante competitivas na polimerizao, privilegiando a economia de escala,

    com poucos tipos de produtos e baixo custo. Especializaram-se apenas em

    commodities, tais como resinas para fibras e filmes. O segundo grupo

    compe-se de empresas que procuram ofertar uma vasta gama de produtos, onde

    a preocupao de atender as necessidades tcnicas do cliente fundamental.

    A economia de escala importante, mas no pode invalidar a diversificao

    da produo.

    Quadro 4- Caracterizao das Indstrias de Polipropileno

    ESPECIALIZAO 16

  • ITEM Sntese ex.: Montell (*); Amoco; Appryl

    Produto ex.: Montell (*);

    Hoechst; Neste; DSM Gama de Produtos/Utilizao

    estreito/geral estreito ou largo/geral ou

    especfico Integrao: Para Propeno Para Compostagem

    muito importante raro

    pouco importante muito importante

    Iniciativas para Evoluo do Produto

    transformador/utilizador final

    produtor e/ou utilizador final

    Relaes Interfirmas

    pouco desenvolvidas muito desenvolvidas

    Centro Tecnologia raros ou ausentes indispensveis Fonte: Innovation et Organisation - Les Cas de LIndustrie des Polymers de Jos Vitor Martins (*) - Antes da fuso Shell-Himont (que resultou na Montell), a Shell poderia ser considerada como uma empresa de sntese, e a Himont uma empresa de produto.

    Panorama Brasileiro

    O Brasil iniciou o consumo de polipropileno de forma representativa a

    partir da dcada de 70, mas s comeou a produo desta resina, a partir de

    1978, atravs da Polibrasil. Pode-se dividir em duas fases o perodo

    1972/95 - o da introduo ao produto, que foi de 1972 at 1984, quando a

    taxa de crescimento anual foi de 22% a.a., e a fase atual , quando a taxa

    de crescimento caiu para 11% a.a. entre os anos 1984 at 1995. O consumo

    aparente, importao e exportao de polipropileno, est representada no

    Grfico 10 a seguir.

    Grfico 10 - Evoluo do Consumo Aparente, Importaes e Exportaes de Polipropileno no Brasil

    - 1972/95 -

    17

  • 0

    100

    200

    300

    400

    500

    600

    72 73 74 75 76 77 78 79 80 81 82 83 84 85 86 87 88 89 90 91 92 93 94 95

    MIL TONELADAS

    Im portao Exportao Consum o Aparente

    Fonte: ABIQUIM

    Constata-se pelo grfico anterior que, as exportaes de polipropileno

    passaram a desempenhar um papel importante a partir de 1984, enquanto que

    as importaes, praticamente inexistentes na dcada de 80, passaram a ter

    participao mais expressiva nos dois ltimos anos. As importaes

    representaram 9% do consumo aparente brasileiro em 1995 e 7% da capacidade

    instalada.

    Atualmente, o Brasil o 80 maior produtor mundial com duas empresas que

    dispem de quatro instalaes industriais, a saber:

    Quadro 5 - Empresas Produtoras de Polipropileno no Brasil

    Empresa Localizao Capacidade Instalada

    (t/a)

    Produto Tecnologia

    Polibrasil

    Mau - SP 125.000 Homopolmero e copolmero

    Shell suspenso

    (2a gerao) Camaari -

    BA 125.000 Homopolmero

    e copolmero ICI

    suspenso (2a gerao)

    Duque de Caxias - RJ

    150.000 Homopolmero Shell-LIPP/SHAC fase gasosa (3a gerao)

    18

  • OPP Triunfo - RS

    100.000

    200.000

    Homopolmero e copolmero

    Homopolmero e copolmero

    Hercules suspenso

    (2a gerao) Montell-Spheripol

    fase gasosa (3a gerao)

    Fonte: Polibrasil/OPP

    As plantas de 3a gerao correspondem a 43% da capacidade produtiva

    brasileira. Embora as demais possam ser consideradas como obsoletas, deve-

    se lembrar que as mesmas esto depreciadas e tiveram aprimoramentos no seu

    processo produtivo.

    H uma tendncia das duas empresas brasileiras serem classificadas como

    empresas de produto (vide Quadro 4), mas neste sentido faz-se necessrio

    uma melhoria mais acentuada, sobretudo em P & D.

    19

  • Grfico 11 - Polipropileno: Brasil - Evoluo da Capacidade Instalada e do Nvel de Utilizao

    Grfico 12 - Polipropileno: Brasil - Distribuio da Capacidade Instalada dos Produtores

    0

    100

    200

    300

    400

    500

    600

    700

    800

    87 88 89 90 91 92 93 94 95

    mil tonelad

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    %

    Cap. instalada

    ProduoNvel de utilizao %

    OPP43%

    Polibrasil57%

    Fonte: ABIQUIM Fonte: Polibrasil/OPP

    Pode-se constatar pelo Grfico 11 que, embora o mercado brasileiro de polipropileno tenha tido um desempenho excelente, o mesmo no se pode dizer do nvel de utilizao das plantas. At a entrada em operao da planta da Braspol da Polibrasil em 1992, o setor apresentava um nvel de utilizao superior a 85%. Em 1995, o setor operou a 81% da capacidade instalada, apesar do consumo aparente desta resina no Brasil ter aumentado em 23%. Uma das razes apontadas foi o suprimento deficiente, na poca, de propeno Polibrasil para suas unidades de Mau e Duque de Caxias. - Preos O Grfico 13 a seguir ilustra, com bastante clareza, as oscilaes de

    preos no mercado americano spot Golfo do homopolmero de polipropileno.

    Nos ltimos sete anos existiram dois ciclos de alta, sendo que o ltimo

    terminou no 20 semestre/95. A oscilao de preo foi bastante acentuada

    nestes ltimos dois anos (94/95). No comeo de 1994, quando o preo spot

    Golfo do homopolmero de polipropileno estava abaixo de US$ 600/t, as

    previses da poca previam a situao de super oferta e baixo preo para o

    perodo 1994-95. Porm, uma srie de dificuldades operacionais atingiram o

    setor petroqumico no final de 1994, aliado s compras acentuadas da China 20

  • ocasionando a ltima alta. A situao logo se reverteu devido retrao

    das compras chinesas, a recesso no Japo e queda na demanda dos mercados

    ingls e francs. No 10 trimestre/96 houve um incio de recuperao de

    preos, que pode perdurar at o final do ano, face recuperao da demanda

    nos principais mercados.

    No Brasil, principalmente aps a maior abertura da economia, os preos do

    polipropileno tm acompanhado a tendncia internacional, embora as

    oscilaes sejam menos acentuadas. Os patamares so mais elevados devido aos custos de internao. O imposto de importao para esta resina elevou-

    se para 14% em dezembro ltimo, juntamente com os termoplsticos. Por exemplo, o polipropileno homopolmero adquirido nos EUA por US$ 600/t, em

    dezembro/95, chegou no Brasil a US$ 1.147/t. Descontado o ICMS e IPI, o

    custo do importado foi de US$ 888/t.

    Nos ltimos seis anos, o preo mdio do polipropileno homopolmero foi de US$ 757/t para o mercado americano (spot Golfo) e US$ 893/t para o brasileiro.

    Grfico 13 - Evoluo dos Preos Spot do Polipropileno (Homopolmero)

    500

    600

    700

    800

    900

    1.000

    1.100

    1.200

    1.300

    88 89 90 91 92 93 94 95 T1/96

    US$/t

    EUA Brasil

    Observao: Preos Mdios trimestrais

    - Tendncias

    Cenrio Mundial

    21

  • Em linhas gerais, o cenrio bastante otimista para o mercado de

    polipropileno, notadamente para os pases em desenvolvimento, que

    apresentam maior potencial de crescimento devido ao seu baixo consumo per

    capita. Existem previses que estimam um crescimento do mercado de

    polipropileno entre 5% a 7% a.a. para os EUA, Japo e Europa Ocidental nos

    prximos trs anos (96/98). Para os demais pases asiticos, a previso de

    crescimento de 9,5% a.a. neste perodo.

    Para o mercado mundial, existem vrias projees elaboradas em 1994/95, a saber:

    . no Seminrio DeWitt 96, levou-se em conta um crescimento mdio da

    demanda de 7% a.a. at 1999, bem como um aumento mdio anual de 6,7% a.a.

    na capacidade produtiva mundial;

    . Arthur D. Little (ADL) prev, para o perodo 1994-2005, um crescimento

    mdio anual de 5,9% a.a. para a demanda mundial, e 4% a.a. para a

    capacidade instalada do setor.

    . no Seminrio CMAI 96, foi levado em considerao um aumento mdio anual

    de 5,9% a.a. at o ano 2000, para o consumo mundial de polipropileno bem

    como uma taxa mdia de crescimento anual de 6% a.a. para a capacidade

    instalada.

    O Grfico 14 a seguir ilustra os provveis ndices de utilizao mundial

    das plantas de polipropileno nos prximos anos, levando-se em conta as

    projees mencionadas.

    Grfico 14 - Projees do ndice Mdio de Utilizao das Plantas de Polipropileno no Mundo

    22

  • 70

    75

    80

    85

    90

    95

    100

    1996 1997 2000 2005

    NVEL UTILIZAO (%

    DEW ITT ADL CM AI

    Em termos de tendncia futura, deve-se destacar tambm os seguintes aspectos:

    . Metalloceno Polipropileno (mPP) Algumas consultorias especializadas prevem que, o mPP poder canibalizar

    muitos mercados do polipropileno tradicional, bem como aumentar a sua faixa

    de influncia, atravs da substituio de outros plsticos ou outros

    materiais. O SRI-Stanford Research Institute prev que a introduo do mPP

    ir aumentar o mercado de polipropileno em 45% nos prximos anos.

    Os prximos dois anos (96/97), inclusive, sero decisivos na definio do

    futuro do mPP. Isto porque algumas plantas entraro em operao comercial

    em 1996, aumentando assim a investida neste mercado. A capacidade

    produtiva mundial de mPP ser de 306 mil t/a (vide Quadro 6 a seguir),

    representando ainda uma pequena parcela do mercado potencial, o que

    significa que agora se inicia o perodo teste para confirmao das

    mencionadas potencialidades dos metallocenos.

    Quadro 6 - Produtores de Metalloceno Polipropileno (mPP) em - 1996 -

    23

  • (em mil toneladas/ano) EMPRESA PAS CAPACIDADE PRODUTIVA EXXON EUA 100

    HOECHST ALEMANHA 100 MITSUI JAPO 75 CHISSO JAPO 20 BASF ALEMANHA 11 TOTAL 306

    Fonte: C & E N August 7, 1995

    Existem iniciativas, por parte dos outros grandes produtores mundiais de polipropileno, para entrar neste novo nicho de mercado. A Amoco desenvolveu um homopolmero de polipropileno com propriedades elastomricas (EHPP), e prev seu lanamento em escala comercial nos prximos dois anos. Segundo notcias, a Dow j dispe da tecnologia de produo do mPP; a FINA j produz em fase semi-comercial e a Montell est ainda na fase de P & D. Para aquelas empresas que no realizaram pesquisas neste segmento s resta a alternativa da aquisio da tecnologia. Alguns produtores se dispem a comercializar esta tecnologia. Por exemplo, a Exxon espera vender o seu catalisador - denominado Achieve - para uso em todos os reatores, os quais, segundo a Exxon, no necessitaro de modificaes . . Reestruturao No se deve descartar a continuidade do movimento de reestruturao no setor, que provocou mudanas significativas entre os players nos ltimos 10 anos. A principal foi na formao em 1995 da Montell, resultante da fuso entre Shell e Himont, que por sua vez resultou na joint-venture entre Hercules e Montedison, onde a vertente tecnolgica teve participao fundamental. Esta vertente poder continuar a representar um fator decisivo em novas associaes. Um exemplo disso a provvel associao da Dow com a Montell para novos empreendimentos. A Dow j dispe de tecnologia para produo de m-PP, mas no produz ainda polipropileno. Por sua vez, a Montell est atrasada em relao aos seus principais concorrentes no que se refere tecnologia de produo do m-PP. . Reciclagem No presente, mnima a influncia da reciclagem de produtos de polipropileno no mercado de resinas como um todo. Porm, face a importncia da reciclagem para o meio ambiente, prev-se que este segmento poder aumentar a sua participao nos prximos anos, notadamente nos pases desenvolvidos.

    Cenrio Brasileiro

    24

  • Para o mercado brasileiro, considerou-se duas projees para o polipropileno at o ano 2005: a elaborada pela empresa de consultoria Arthur D. Little, em 1994, para a desestatizao da Polibrasil, e outra pela AO1/GESET4/BNDES em 1996. O grfico, a seguir, resulta da consolidao entre as projees das demandas supracitadas com a oferta (includos os aumentos referentes aos projetos listados pela ABIQUIM em abril 96). Grfico 15 - Projeo da Oferta e Demanda de Polipropileno no Brasil

    (1996-2005)

    0

    200

    400

    600

    800

    1000

    1200

    1400

    1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005

    MIL TONELADAS

    PRO J.DEM ANDA BNDES PRO J.DEM ANDA ADLPREVISO O FERTA

    Depreende-se pelas projees acima que, o cenrio mais provvel para os prximos cinco anos ser a necessidade da continuidade de expressivas exportaes. A previso BNDES/GESET4 projeta um crescimento da demanda de 8% a.a., para o perodo 1996-2005, superior portanto ao crescimento esperado para a demanda mundial, mas inferior ao desempenho projetado para os pases asiticos.

    . CONCLUSO O polipropileno continua sendo o termoplstico mais dinmico a nvel mundial, tanto no aspecto tecnolgico quanto mercadolgico, apresentando, portanto, perspectivas otimistas. Para reforar o quadro, o surgimento dos metallocenos poder abrir novos campos de aplicaes. No caso brasileiro, o polipropileno apresenta um desempenho excelente quanto ao crescimento da demanda. Porm, causa preocupao o aumento da capacidade instalada de 70% sobre a oferta atual, em consequncia dos atuais planos de expanso/diversificao das empresas nacionais.

    REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS 25

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    10 th.World Petrochemical Conference. 1995.

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    8. Dennett, Robert - CMAI. Polypropylene - The light at the end of the tunnel. Houston CMAI 11 th.World Petrochemical Conference. 1996

    26