Política de indução das ações de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças, no...
Transcript of Política de indução das ações de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças, no...
Política de indução das ações de Promoção da Saúde e Prevenção de
Riscos e Doenças , no âmbito do Setor de Saúde Suplementar,
visando à integralidade da Atenção à Saúde.
Rio de Janeiro, dezembro de 2006
2
Contextualização
• Histórica dicotomia entre as ações de:
Promoção e proteção/prevenção
X
Assistência (diagnose, terapia e reabilitação)
• Repercussão na constituição dos modelos assistenciais, baseados na:
Epidemiologia
X
Clínica
3
Contextualização
No Brasil, foi exemplo desta dicotomia:
Modelos Campanhista/Policial e dos Centros de Saúde (Ministério da Saúde e Secretarias de
Estado da Saúde)
respondiam pelas ações de promoção, prevenção e cuidados primários
X
Modelos da Medicina (Previdenciária e Privada)
respondiam pela assistência ambulatorial e hospitalar
4
Premissas
Artigo 196 da Constituição brasileira de 1988:
• “A saúde é direito de todos e dever do Estado, garantido mediante políticas sociais e econômicas que visem à redução do risco de doença e de outros agravos e ao acesso universal e igualitário às ações e serviços para sua promoção, proteção e recuperação.”
5
Premissas
Artigo 1 º da Lei 8.080 de 1990:
“Esta Lei regula, em todo o território nacional, as ações e serviços de saúde, executados, isolada ou conjuntamente, em caráter permanente ou eventual, por pessoas naturais ou jurídicas de direito público ou privado.”
6
Premissas
Artigo 7 º da Lei 8.080:
“integralidade de assistência, entendida como um conjunto articulado e contínuo das ações e serviços preventivos e curativos, individuais e coletivos, exigidos para cada caso em todos os níveis de complexidade do sistema;”
7
PremissasArtigo 20º da 8.080:
“Os serviços privados de assistência à saúde caracterizam-se pela atuação, por iniciativa própria, de profissionais liberais, legalmente habilitados, e de pessoas jurídicas e de direito privado na promoção, proteção e recuperação da saúde.”
Define, portanto, como competência dos serviços privados:
A produção da Integralidade da Atenção à Saúde.
8
Epidemiologia, promoção e prevenção
• As Doenças Infecciosas ainda representam importantes problemas de saúde, em especial epidemias como da AIDS, Dengue e outras.
• As Doenças Crônicas Não Transmissíveis - DCNT já respondem por 60 % das mortes no mundo.
• O fumo estaria relacionado a 8% do total de mortes, a obesidade a 4%, o colesterol elevado a 8% e a hipertensão a 12%.
• O controle destes e outros riscos poderia evitar pelo menos 80% de todas as doenças do coração, dos derrames e dos diabetes tipo 2.
• Só o controle da hipertensão reduz a incidência de AVC (35 a 40%), do IAM (20 a 25%) e da ICC (+ de 50%).
• Os cânceres, também, poderiam ser prevenidos em 40% ou mais.
9
DCNT: epidemiologia e despesas em saúde
No Brasil, nas últimas décadas:
• Aumento da prevalência devido à: urbanização acelerada, aumento expectativa de vida, mudanças no padrão alimentar, do aumento do tabagismo e sedentarismo, entre outros.
• Passaram a liderar as causas de óbito, ultrapassando as taxas de mortalidade por doenças infecciosas e parasitárias.
Representam a maior parte das despesas com assistência ambulatorial e hospitalar
10
Desafios da saúde no Século XXI
• Os êxitos na prevenção das doenças infecciosas reforçam a necessidade de sua continuidade e consolidação.
• O acúmulo de conhecimentos e experiências permitem implementar efetivas ações de proteção e prevenção com ótima relação custo-benefício na:
- Atenção à Saúde da Criança
- Atenção à Saúde da Mulher
- Atenção à Saúde Bucal
- Atenção às DCNT
11
Desafios da saúde no Século XXI
Atenção às Doenças Crônicas Não Transmissíveis
O sucesso das intervenções tem sido atribuído:
• À promoção de modos de viver favoráveis à saúde, de maneira abrangente e integrada,
• Ao enfoque na vigilância dos fatores de risco,
• No correto e oportuno manejo e controle das doenças em seus estágios iniciais,
Ações que têm um custo menor do que as abordagens centradas exclusivamente na
doença.
12
As iniciativas da Agência Nacional de Saúde Suplementar
• Seminários Nacionais de Promoção da Saúde e Prevenção de Doenças 2004 e 2005;
• A Resolução RN n° 94, de 23 de março de 2005, estabeleceu os critérios de diferimento da cobertura com ativos garantidores da provisão de risco definida na Resolução RDC Nº 77, de 17 de julho de 2001, a serem observados pelas operadoras de planos privados de assistência à saúde que implementarem programas de promoção da saúde e prevenção de doença para seus beneficiários. Uma ação conjunta entre a DIOPE e DIPRO
13
Política de indução das ações de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças
Objetivo:
Induzir o desenvolvimento de ações de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças pelas operadoras de planos privados de assistência à saúde, como componente imprescindível a implementação das linhas de cuidado e à transformação dos modelos assistenciais segmentados e parciais em modelos de Atenção Integral à Saúde
14
Diretrizes
• Estimular todas as operadoras a desenvolverem Programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças dirigidas a seus beneficiários, com ações de cobertura total e ou parcial, de maneira a abranger:
a)Doenças Crônicas Não Transmissíveis e Doenças Transmissíveis;
b)Ciclos de vida como da criança, do adulto e do idoso;
c)Especificidades de gênero (feminino e masculino);
d)Especificidades da Saúde Bucal, Mental e Saúde do Trabalhador.
15
Diretrizes
• Desenvolver estratégias de divulgação e disseminação da importância da implementação das ações de Promoção e Prevenção no Setor da Saúde Suplementar
• Desenvolver e disponibilizar meios que auxiliem as operadoras a implementarem as ações de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças
• Desenvolver e implementar Sistema de Informações para obtenção de dados das ações de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças
16
Diretrizes
• Desenvolver estratégias para o monitoramento e avaliação dos Programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças, apresentados pelas operadoras, tanto os já aprovados segundo os critérios da RN 94, quanto os novos, que poderão ser apresentados;
• Valorizar as ações de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças, no Programa de Qualificação da Saúde Suplementar;
• Desenvolver estratégias de sensibilização dos beneficiários quanto à importância das ações de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças.
17
Principais Estratégias - Divulgação e sensibilização para a importância da implementação
Desenvolver e disponibilizar pesquisas sobre o impacto econômico-finaceiro e sobre a saúde das ações de promoção e prevenção
Realizar os Seminários Nacionais
Desenvolver Paginas no Site da ANS
Apresentar e debater o tema nos Encontros ANS com as operadoras e em outros eventos.
18
Principais Estratégias - Orientações da organização por linhas de cuidado
Orientação para que as Operadoras organizem as ações de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças, segundo as linhas de cuidado
Saúde da Criança de Adolescente
Saúde da Mulher
Saúde do Adulto e do Idoso
Saúde Bucal,
Além de ações de Prevenção que contemple pelo menos um dos principais fatores de risco como obesidade, tabagismo e sedentarismo
19
Principais Estratégias - Desenvolver e disponibilizar meios que auxiliem a implementação das ações
• Revisar e disponibilizar o manual Orientações Básicas para Ações de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças
• Disponibilizar documentos e links sobre o tema no Sítio da ANS
• Divulgar experiências de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças que obtiveram êxito
20
Principais Estratégias - Desenvolver e reformular os sistemas de informação
• Reformulação do Sistema de Informações de Produtos - SIP para coleta de dados das ações de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças dirigidos a todos os beneficiários da operadora
• Desenvolvimento de aplicativo específico para cadastro dos Programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças e coleta dos dados das ações dirigidas aos beneficiários inscritos pelas Operadoras
21
Principais Estratégias - Monitoramento e avaliação dos Programas
• Elaborar regras e critérios para o cadastro dos Programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças
• Elaborar regras e critérios para o monitoramento e avaliação dos Programas de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças
22
Valorizar os resultados positivos no Programa de Qualificação da Saúde Suplementar
• Manter os existentes e construir novos indicadores das ações de Promoção e Prevenção de Riscos e Doenças, dirigidas a todos beneficiários, para o Índice de Desempenho da Atenção à Saúde – IDAS
• Desenvolver o Índice de Promoção da Saúde e Prevenção Doenças, um indicador composto, construído com indicadores específicos dos Programas de Prevenção e Promoção
23
Principais estratégias dirigidas aos beneficiários
• Divulgar aos beneficiários a importância das ações de Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças
• Despertar, nos beneficiários, a atitude de exigência destas ações e a de assumir parte de responsabilidade quanto as mudanças dos hábitos de vida, participação nos programas e conquista de mais autonomia
• Desenvolver Paginas no Site da ANS, endereçadas aos beneficiários com informações sobre Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças e com links para páginas correlatas.
• Disponibilizar modelos de material educativo sobre Promoção da Saúde e Prevenção de Riscos e Doenças, para as operadoras reproduzirem para seus beneficiários
24
Desafios para o Setor de Saúde Suplementar
Diante da relevância da questão e das possibilidades de intervenção, é que a
ANS conclama as operadoras a trazerem para o seu campo de gestão, a
Promoção da Saúde e a Prevenção de Riscos e Doenças, compondo a
integralidade da Atenção à Saúde, o que trará não só melhorias à saúde dos
beneficiários, mas, também, ganhos de eficiência para o Setor de Saúde
Suplementar