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Apresenta a ideia do politicamente correto em AD.

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  • OS DISCURSOS DO POLITICAMENTE CORRETO E DO HUMOR POLITICAMENTEOS DISCURSOS DO POLITICAMENTE CORRETO E DO HUMOR POLITICAMENTE INCORRETO NA ATUALIDADEINCORRETO NA ATUALIDADE

    Mateus Pranzetti Paul Gruda

    (Mestrando UNESP/Assis CAPES)

    RESUMO:RESUMO: Diversos tericos pontuam revestimentos e modulaes particulares no tempo atual, aqui nos interessam aquelas que dizem respeito aos fenmenos e processos ligados ao humano, como a subjetividade, as percepes de mundo, a construo dos discursos, etc. Temos como exemplos destes estudiosos: Harvey, o qual caracteriza a atualidade como um tempo onde h a total aceitao do efmero, do fragmentrio, do descontnuo e do catico; Bauman, que aponta para a ausncia de e nos sentidos, ocasionada pela cultura do excesso; e Lipovetsky, que considera a sociedade atual totalmente permeada por um humorismo divertido e leve. Neste cenrio refletimos acerca de uma forma discursiva pouco aceita, entretanto, em nossa opinio, muito fecunda em produzir reflexes via sua crtica cida e corrosiva, que a do humor politicamente incorreto, analisando alguns de seus desdobramentos e inseres na atualidade.

    PALAVRAS-CHAVEPALAVRAS-CHAVE: Humor; politicamente incorreto; discurso; contemporneo.

    IntroduoIntroduo

    O tempo contemporneo, como vrios tericos caracterizam (BAUMAN, 2001;

    GIDDENS, 1991; HARVEY, 1992; LIPOVETSKY, 2005; ROUANET, 1987), um

    tempo permeado por alteraes culturais e sociais em diversas esferas, as quais

    afetam e modulam diretamente a constituio da subjetividade e do sujeito atuais, e,

    em virtude destas mudanas, denominado por uma gama extensa de termos como:

    ps-modernidade; hiper-modernidade; modernidade radical; modernidade tardia;

    modernidade lquida; entre outros.

    Cientes das dificuldades existentes para se avaliar plenamente o tempo

    presente, o qual por estar sendo vivenciado dificulta a) algum distanciamento para

    caracteriz-lo de forma precisa; e b) torna qualquer categorizao frgil e imprecisa,

    no entraremos neste debate que est longe de ser meramente terminolgico. Apenas

    nos utilizaremos de algumas das consideraes tericas acerca de caractersticas

    apontadas como inerentes a contemporaneidade e refletiremos sobre as implicaes e

    impactos destas na subjetividade atual.

    Harvey (1992), por exemplo, faz uma anlise do tempo contemporneo,

    chamado por ele de Ps-moderno, como um perodo composto por um

    desdobramento radical de caractersticas da modernidade, como: a total aceitao do

    efmero, do fragmentrio, do descontnuo e do catico; exacerbao da velocidade;

  • entre outras. Alm disso, assinala tambm que a ps-modernidade fortalece aspectos

    opostos queles que se fincaram na cultura moderna, tais como a anarquia, a

    disperso, a intertextualidade, a combinao, a indeterminao. Giddens, embora

    discorde da denominao ps-modernidade, faz coro anlise de Harvey ao

    escrever que: ns no nos deslocamos para alm da modernidade, porm estamos

    vivendo precisamente atravs de uma fase de sua radicalizao. (GIDDENS, 1991,

    p.46).

    relevante salientar que a perspectiva de alteraes extremadas descrita por

    Harvey no pretende sugerir que no contemporneo haja substituio e descarte

    daquilo que est relacionado Modernidade, pois, ao contrrio disto, o autor sustenta

    que o mundo Ps-moderno composto pela incorporao e mistura dos elementos de

    ambos os tempos. Inclusive, importante a ressalva de Hassan (1985, apud HARVEY,

    1992) de que essas oposies formuladas entre modernidade e ps-modernidade

    sejam inseguras e inequvocas, uma vez que servem somente para nos guiar quando

    refletimos acerca do tempo presente.

    Portanto, se em outrora as certezas, prticas, discursos, modos e processos

    de subjetivao eram considerados consolidados, restringidos a categorias e sentidos

    dados e determinados a priori, unos, etc. na contemporaneidade estes tm os

    contornos calcados fundamentalmente, como j descrito, na instantaneidade, no

    multifacetado e no fragmentado.

    Se uma das principais caractersticas paradigmticas da modernidade foi

    separao entre a durao temporal e o espao geogrfico, na atualidade isto acabar

    por ocorrer de forma ainda mais extremada e, assim, o eterno e o estanque so

    preteridos pelo rapidamente transitrio e pela virtualizao. A frase do artista

    estadunidense Andy Warhol, em meados dos anos 60: In the future, everyone will be

    world-famous for 15 minutes,1 traduz essa tendncia de ultra-velocidade com relao

    ao tempo, bem como, atenta para impreciso de algo antes considerado slido, o ser

    famoso e reconhecido. Enquanto, o fenmeno da mundializao ou globalizao,2

    calcado na disseminao das empresas transnacionais e no desenvolvimento dos

    1 No futuro, todo mundo ser mundialmente famoso por 15 minutos. (em nossa traduo)2 Como descreve o socilogo britnico Anthony Giddens: A globalizao pode assim ser definida como a intensificao das relaes sociais em escala mundial, que ligam localidades distantes de tal maneira que acontecimentos locais so modelados por eventos ocorrendo a muitas milhas de distncia e vice-versa. (GIDDENS, 1991, p.60). Alm disso, neste mesmo estudo, aponta que o processo de globalizao inerente a modernidade por seu carter universalizante, uma vez que vincula [...] os indivduos a sistemas de grande escala como parte da dialtica complexa de mudana nos plos local e global (Ibid., p.155).

  • meios de comunicao e de transporte, suplantou as distncias fsicas, quando no,

    praticamente, as eliminou se pensarmos no exemplo das videoconferncias.

    Vale tambm dizer que, Warhol pode ser considerado um personagem

    smbolo do tempo atual. Primeiro por representar o multiartista, uma vez que, alm das

    suas famosas obras grficas, realizou inmero filmes e curtas cinematogrficos,

    fotografava e esculpia, mas, principalmente, em funo de ter tornado obra de arte

    quilo que noutros tempos jamais poderia s-lo, como nos conhecidos casos: da capa

    do primeiro lbum da banda Velvet Underground, onde h somente uma banana

    serigrafada em fundo branco; e na srie de quadros envolvendo as latas de sopa

    Campbells, em qual propaganda e obra de arte esto (con)fundidas. Com estes

    exemplos possvel demonstra que na atualidade o afrouxamento das fronteiras no

    est limitado apenas ao fsico, mas tambm, como j colocado, acomete as prticas,

    os discursos, os modos e processos de subjetivao.

    Pois, sem os limites formalizadores e categorizantes, a mistura entre signos e

    significados dspares pode ocorrer. Outros aspectos que contribuem para isso so as

    ausncias de profundidade e de sentidos definidos e definitivos, as quais decorrem da

    perda de temporalidade e da busca pelo impacto instantneo (HARVEY, 1992), bem

    como, pela infinidade mltipla de possibilidades existentes, que colaboram para o

    esvaziamento nos e dos sentidos (BAUMAN, 2001).

    O discurso do humorO discurso do humor

    O discurso do humor sempre teve espao considervel nas relaes

    humanas, tendo uma importncia relevante como expresso da subjetividade. Sua

    presena fato relatado e constatado ao longo da histria (ARAS, 1990;

    ARISTTELES, 2005; BAKTHIN, 1996; BERGSON, 1980; JUSTO, 2006;

    LIPOVETSKY, 2005; MACEDO, 2000; MINOIS, 2003; PROPP, 1982). No cenrio

    contemporneo,

    Sob sua subjetividade de superfcie, as informaes caminham para o pseudo-acontecimento, para o clich sensacionalista, para o suspense. Quase no percebemos um fenmeno indito, de certa maneira inverso e, no entanto, perceptvel em todos os nveis da vida diria: o desenvolvimento generalizado do cdigo humorstico. (LIPOVETSKY, 2005, p.111, grifos nosso)

    Assim, podemos dizer que, o discurso do humor, aps momentos de maior ou

    menor aceitao, represso e difuso, passa a ser na atualidade uma das principais

    formas de mediao das relaes entre as pessoas, permeando e estando presente

  • em diversas esferas sociais e discursivas, como: na publicidade; na cobertura

    jornalstica; na moda; na indstria cultural e do entretenimento; nas manifestaes da

    sociedade civil; nos mtodos pedaggicos; nas obras de arte; nas relaes de

    trabalho; na produo cientfica; etc.

    Entretanto, se, ao longo do tempo, esse gnero da linguagem esteve ligado

    profanao, ao caos, injria, virulncia, ao baixo, sobressaindo-se pelo vis

    crtico impulsionado por tais caractersticas, atualmente, em nossa Sociedade

    Humorstica como denomina Lipovetsky (2005), o discurso humorstico enfraquecido

    no seu poder combativo e contestador ao passar, majoritariamente, a ter como

    caractersticas: uma postura light; ser meramente ldico; e tornar-se cnico (BIRMANN,

    apud KUPERMAN, 2003). Assim, no contemporneo

    O humor tem seus sentidos e propsitos primordiais silenciados, pois se em outros tempos estava ligado ao escrnio, crtica cida e agressiva, ao riso zombeteiro e ao discurso no oficial, o humor atual acaba por se tornar instrumento do esvaziamento de sentido to em voga no contemporneo. As ideologias, as posies e discursos [ento] so neutralizados pelos gracejos ldicos e divertidos [...]. (GRUDA, 2011, p.29, grifos nosso)

    O discurso do politicamente corretoO discurso do politicamente correto

    Nesta esteira de ideias possvel depreender que anteriormente vivamos em

    uma sociedade do conflito, onde as diferenas eram acirradas e os antagonismos

    sociais podiam e geravam embates, desordem e revolues e na qual o humor crtico

    e agressivo, embora combatido pelos poderes e normatizaes institudas, tinha seu

    espao e funes. Porm, ao passarmos para uma sociedade do consenso (e

    humorstica), dominada pelo respeito exacerbado a diferena e por um discurso tico

    moralizante extremista, o humor para poder ser aceito deve, de fato, ter reios, regras e

    parmetros de boa conduta estabelecidos a priori e, tal qual a maioria das coisas no

    e do mundo atual, a comicidade tambm tem de estar adequada, fundamentada e

    sintonizada ao discurso do politicamente correto.

    Atualmente, como coloca Paula (1998), tudo est vigiado pelo politicamente

    correto, o qual julgamos ser um tipo de discurso muito mais fascista do que queles

    ligados a censura imposta por ditadores, por exemplo. Pois, ao contrrio do discurso

    dos regimes ditatoriais onde se ordena de forma explcita como as coisas

    devem/podem ou no devem/podem ser, o que possibilita identificar, driblar e

    combater as opresses sofridas, o politicamente correto se impe ao permear sub-

    repticiamente todas as prticas sociais e discursivas, o que acaba por inviabilizar e

  • condenar previamente quaisquer comportamentos ou falas que no estejam de acordo

    com os moldes que este estabelece.

    No Brasil um caso recente e emblemtico envolvendo os discursos do

    politicamente correto e do politicamente incorreto se deu em maio de 2005, quando a

    Secretaria Especial dos Direitos Humanos, vinculada Presidncia da Repblica,

    lanou uma cartilha chamada Politicamente correto e direitos humanos (QUEIROZ,

    2004), a qual pretendia sugerir o abandono de diversas palavras ou expresses

    consideradas preconceituosas e discriminatrias,3 mas, devido a inmeras crticas

    negativas publicadas em artigos nas mdias, realizada por intelectuais e, at mesmo,

    por ministros do governo, foi rapidamente recolhida.4

    Tal iniciativa do governo brasileiro se engendra em um pensamento corrente

    e hegemnico de um mundo higienizado e certinho, em outras palavras, um mundo

    politicamente correto.

    [o politicamente correto] um fenmeno americano, anglo-saxnico, que insuportvel, mas que interessante na medida em que parece traduzir algo de muito antigo em certa tradio de seita nos Estados Unidos. Como se tudo precisasse passar por uma regra para poder existir. (LEFORT, 1994, apud POSSENTI; BARONAS, 2006, p.52, grifos nosso)

    O politicamente correto em sua origem se que podemos falar assim, apresentou-se, exatamente, como uma filosofia legisladora, auto-limpante, sobre o mundo dos exageros. Era preciso podar arestas, evitar abusos, promover sutilezas de prticas e discursos. Mas ironicamente, pondera-se, o politicamente correto transformou-se em uma moral no de sutileza, mas de exagero. Todas as instncias da vida social passaram a ser observadas e patrulhadas por uma tica ranheta e tola em seus excessos. Fumantes passaram a ser perseguidos, crianas esto sendo condenadas por assediarem sexualmente outras crianas e h indcios de que, brevemente, o chocolate ser taxado como droga. Tudo em nome do bem, do que certo e verdadeiro. Velhos no podem mais ser chamados de velhos, crianas transformaram-se em pr-adolescentes, e assim por diante. A noo ultrapassada da construo de uma sociedade em nome da f e da moral, foi substituda pelo discurso tico, moralizante. (PAULA, 1998, p.38, grifos da autora)

    Nada mais regrado e pautado por um discurso tico, moralizante do que

    uma cartilha indicando como se deve dizer isto ou aquilo. Como se as expresses

    sugeridas e consideradas corretas no carregassem outros tipos de preconceitos e

    conceitos, pois evidentemente o fazem, entretanto tais no esto escancarados como 3 Para apresentarmos somente alguns exemplos, l constam: a coisa ficou preta (considerada racista); barbeiro (quando usado com relao motorista inbil ofende o profissional especializado em cortar cabelo e aparar barba); deficiente (diz que se deve falar em pessoa portadora de deficincia); entre muitos outros.4 Cf.: Domingos (2005); Freire (2005). Gullar (2005); Queiroz (2005a; 2005b); Marchi (2005) e Schwarcz (2005).

  • naqueles termos tidos como politicamente incorretos, mas fincados sutilmente em

    motivaes ideolgicas higenistas e homogeneizadoras.

    Consideraes finaisConsideraes finais

    Neste cenrio restritivo e coercitivo qualquer humor minimamente ligado ao

    politicamente incorreto tem de ser completamente extirpado e silenciado, o que

    pensamos ser absurdo, pois compreendemos que a catarse produzida pelo humor

    politicamente incorreto, ao proporcionar dizer qualquer coisa sobre tudo, possibilita

    ocorrerem reflexes. At porque,

    Nas suas razes histricas e na sua constituio psicolgica e social, o humorismo no um gnero frvolo, por si, como a alegria no um sentimento banal. So extremamente importantes e poderosos como recursos de transformao da subjetividade e do mundo. (JUSTO, 2006, p.124, grifos nosso)

    Embora, faamos a ressalva de que o discurso do politicamente incorreto

    tambm usado como escudos pelos conservadores e extremistas quando so

    taxados de preconceituosos pelo politicamente correto, apelando pela liberdade de

    expresso que o discurso do primeiro deveria ter.

    De maneira geral e tentando sintetizar tudo que foi dito:

    Pensando o humorismo e o discurso do politicamente incorreto, na ps-modernidade [no contemporneo], pode-se chegar a uma bifurcao contraditria aonde, no entanto, caminhos diferentes apontam leituras possveis, seriam elas: (a) o cinismo e a superficialidade como marcas da contemporaneidade (JAMESON, 2001; HARVEY, 1992); (b) o discurso politicamente correto e do respeito diferena que tambm permeia a sociedade atual (TOURAINE, 2003). Ambos os pontos de vista so possveis, pois se por um lado a ps-modernidade implodiu qualquer projeto coletivo e, portanto, fez com que os sujeitos se individualizassem mais e o humor fosse banalizado, vilipendiando at mesmo [...] os problemas mais cruis da humanidade como a violncia, a fome a misria. (JUSTO, 2006, p.124), por outro, o policiamento social do respeito s diferenas, expressado atravs do discurso politicamente correto, impede, muitas vezes, a catarse e as possveis reflexes que o humor cido, crtico e escrachado proporcionaria envolvendo temas que tangem a estas (mas, no s) questes. (GRUDA, 2011, p.30, grifos do autor)

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