Ponte de Lima no Coração do Vale do Lima · Na vila de Ponte de Lima é presença ......

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Ponte de Lima no Coração do Vale do Lima 1

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Ponte de Lima no Coração do Vale do Lima

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= APRESENTAÇÃO DO DESTINO = "Três léguas a nascente da vila de Viana, nas margens do cristalino Lima tem o seu

assento a Nobre Vila de Ponte de Lima, fundada pelos Gregos, pelos Celtas ou Turdulos, muitos anos antes da vinda de Cristo, chamando-se Límia e nos tempos dos romanos Forum Limicorum, que significa Praça dos Límicos."

1 - Turismo O Vale do Lima apresenta um turismo vivo no contexto da sub-região Norte Litoral

de Portugal, testemunhando a vocação do descobrir da cultura local específica e a aliança feliz com a natureza.

A situação estratégica, completando os concelhos de Ponte de Lima, Arcos de

Valdevez, Ponte da Barca e Viana do Castelo, entre dois eixos transversais fortemente industrializados - Vigo/Pontevedra a Norte e Braga/Porto a Sul, destaca as características peculiares de ruralismo no seio de um Património Humano, Cultural e Paisagístico intocado.

Posicionamento Estratégico do Vale do Lima

Pontos Fortes Património Construído Património Natural Floresta-Madeira-Papel Ensino Superior Turismo Diversificado Animação Cultural e Turismo Artenanato Diversificado Leite e Carne VinhoVerde

Ameaças Emigração Importação de Madeiras Importação de Carne Outras Rotas Turísticas Indústrias Poluentes

Vale do Lima Litoral Floresta-Madeira-Papel Ensino Superior: Turismo Agricultura e Gestão Serviços de Saúde Tur. de Habitação Lacticínios Artesanato Vinho Verde

Vale do Lima Interior Carne Vinho Verde Floresta-Madeiras PNPG Turismo de Aldeia Expovex Electricidade Artesanato Águas Minerais Albufeiras

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Pontos Fracos Fraco Associativismo Gestão e Defesa Florestal Gestão PME's Design Acessibilidades Interior Org. Comerc. de Carne Org. Comer. Artesanato Promoção dos Produtos

Oportunidades Proximidade de Gransdes Centros Caminho de Santiago Rio Lima PNPG Turismo Desportivo

Marginando o Lima ou penetrando no seu coração, embebidos na sua luminosidade

dum encanto único, descobrimos o concelho de Ponte de Lima em toda a sua dimensão espacio-temporal primando um turismo de qualidade e diferenciado, valorizando o amanhã na defesa do sábio pensamento, "não herdamos a Terra dos Nossos Pais tomamo-la emprestada aos nossos filhos".

O concelho de Ponte de Lima forma o conjunto de 51 freguesias, numa área de

32.120 hectares e a população de 45.000 habitantes, concentrando-se na sede do concelho 4.000 habitantes.

Com o espírito preocupado e atento oferece às gentes de todo o lado, montanhistas,

viajantes, poetas, aventureiros, caçadores, curiosos, geólogos e historiadores, a descoberta dos caminhos e trilhos culturais, históricos e religiosos; a contemplação das florestas, bosques e bosquetes, matos e pastagens, das montanhas aos penedos e lagos, dos milhos e hortas e ramadas, das espécies únicas no mundo, um sem fim de monumentos com o usufruto da hospitalidade personalizada, livro aberto da História de Portugal. As feiras do Lima, romaria, gastronomia e artesanato tradicionais, a arquitectura no granito rijo e grosso da terra afeiçoado por oito séculos de artistas, quantos exemplos raros e belos de Portugal. O Românico e Heráldica, as Igrejas, os Mosteiros, os Conventos, Recolhimentos, Ermidas, Capelas, Chafarizes, Cruzeiros, Lápides, Espigueiros, os Caminhos de Santiago de Compostela, os folguedos populares, tradicionais e típicos na sua rude pureza folclórica, os ranchos de aldeia cantando ao desafio em pleno virar do século. O simbolismo pagão trespassado, a cristandade, a Vaca das Cordas nas vésperas do Corpo de Deus, pipas de Verdasco da cepa da terra, Terra de Lendas vivas, vestígios que precederam Roma, fontes medievais, frescos góticos, azulejos de padrão único no mundo.

Na vila de Ponte de Lima é presença obrigatória a monumentalidade em cada

esquina, atravessada pela ponte e o rio baptizando a vila; rio romano, árabe e Grego. Nestas terras velhas como o mundo, velhas como a humanidade, alberga o rio a cultura castreja, romana e românica mais antiga da Galiza e do Norte de Portugal. A história e a lenda confundem-se nestas paisagens milenares.

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1.1. Centros de Interesse 1.1.1. A monumentalidade:

"Ponte de Lima oferece-te, leitor, a mais bela colecção de casas fidalgas de Portugal. Ainda nas mãos dos seus morgados, algumas, deterioradas, tantas destas; nas mãos de caseiros, as ruínas de outras; reduzidas a um portal brasonado, a maioria.

Representam, porém, o mais vasto campo para o estudo de heráldica, de genealogia, de arquitectura, para o simples diletante, o artista, o curioso, o poeta."

(Conde D'Aurora, Monografia do Concelho de Ponte do

Lima, 1946)

A monumentalidade do concelho de Ponte de Lima congrega um sem fim de

testemunhos histórico-culturais pelas freguesias do concelho, representando o casco histórico da vila, uma relíquia de Portugal.

Dignos de relevância, os monumentais fontenários, chafarizes, alminhas, cruzeiros,

pelourinhos, capelas, pórticos, pequenas pontes românicas. Destaque-se a importância do conjunto patrimonial edificado, testemunho da Casa Portuguesa do Século XVII e XVIII, arquitectura erudita ou popular que marcaram na história os Solares da Ribeira Lima, constituindo a referência no produto turístico " Solares de Portugal" imagem de marca do Turismo de Habitação.

1.1.2. A Ruralidade Ponte de Lima, conhecida pela sua localização estratégica no Vale do Lima, entre

uma área litoral urbana e um interior complementado com o Parque Nacional da Peneda-Gerês constitui uma bolsa rural por excelência em Portugal. Conservando e preservando as suas origens rurais, o visitante pode usufruir da paz bucólica das paisagens, das estâncias e miradouros, do sossego e do musicar das gentes rurais, o Turismo no Espaço Rural, nas suas vertentes de Turismo de Habitação, Turismo Rural e Agroturismo.

1.1.3. Feiras, Festas e Romarias Ponte de Lima celebra cada ano noventa e sete Festas e Romarias calendarizadas. Há 800 anos, quinzenalmente, acontece a Feira, privilégio dado por D. Teresa em

1125, conservando a sua peculiaridade até aos nossos dias e reunindo todas as gentes, artes e ofícios da Ribeira Lima. Considerado dia da féria - pagamento da quinzena - dia de festa - dia de namorar para as gentes do campo e dia de vir à vila "para tratar do negócio".

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As Feiras Novas, denominação adoptada para se diferenciar ou destacar da feira quinzenal acima referida, constitui-se em três dias de folia, das gentes limianas por altura das colheitas, terceiro fim de semana de Setembro. Hoje representa uma das maiores concentrações festivas de Portugal, congregando em Ponte de Lima 200 mil participantes, em maioria jovens, num arraial permanente de espontâneos, que dançam e cantam ao desafio, animados pelas concertinas, noite e dia. Desfilam as gentes da terra num Cortejo Etnográfico, ilustrativo das tradições, da cultura, da lide agrícola, das artes e dos mesteres. Concursam e avaliam-se as espécies autóctones, realizam-se as corridas de Garranos e as Touradas.

No contexto das festas, Ponte de Lima usufrui uma variedade infindável de usos e

costumes, pagãos e cristãos , confundindo-se num místico e único atractivo de multidões, tal como, a Vaca das Cordas, em vésperas do Corpo de Deus, a Procissão do Corpo de Deus e os Tapetes Floridos, a Serrada da Velha, o Jogo do Cântaro, o Compasso Pascal, a Queima do Judas e os Maios.

Ponte de Lima prima a adesão da juventude nos rituais populares, onde o folclore

assume particular importância, manifestação de estúrdias, nas festadas, nas chuladas, nos arraiais, nas rezas, nos contos e lendas, nas rimas e nas cantigas, nas concertinas e no linguajar limiano.

1.1.4. A Gastronomia Considerado o Santuário da Gastronomia Portuguesa, Ponte de Lima recebe

semanalmente milhares de apreciadores da cozinha tradicional rural, salientando-se o Sarrabulho e a Lampreia, acompanhados de vinho verde branco e tinto, produzidos no concelho (Adega de Ponte de Lima tem 10 mil produtores de vinho), acrescentando-se a doçaria tradicional.

1.2. Alojamento Ponte de Lima constitui o berço e a capital do Turismo de Habitação e do Turismo

no Espaço Rural, desde o início da década de 80, dispondo actualmente de 562 camas, classificadas em Turismo de Habitação, Turismo Rural e Agroturismo. Dispõe ainda de uma Albergaria, 4 residenciais (num total de 256 camas) prefazendo no concelho 818 camas. QUARTOS

ALOJAMENTO Financiados Aprovados Financiados TOTAL CAMAS TER 140 105 36 281 562

Albergarias/Residenciais 123 - - 123 256 TOTAL 263 105 36 404 818

FONTE: DGT - Abril/95

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Constatamos a particularidade do alojamento oferecido representar o principal catalisador do destino turístico, numa perfeita harmonia do Ambiente versus Turismo, e o Turismo versus Ambiente.

O Turismo no Espaço Rural consegue criar contornos de amplitude e diversidade

originais, de impacto económico, social, cultural e ambiental. O Turismo no Espaço Rural caracteriza-se pelo regresso às origens, por forma a que

o binário Homem/Natureza recupere o equilíbrio quebrado pelos modelos de desenvolvimento industrial, redescobre-se a humanização do relacionamento do homem e da natureza, protegendo e conservando a natureza.

A reorientação do desenvolvimento sustentado rural no Lima, concentrado nas

modalidades de Turismo no Espaço Rural como complemento alternativo à agricultura, o Turismo de Habitação ou Casas Antigas, o Turismo Rural ou Casas Rústicas e o Agroturismo ou Quintas & Herdades desempenham uma força catalisadora de fluxos migratórios, através da criação de alternativas de emprego, estímulo do comércio e dos serviços, do Artesanato e da construção civil.

1.3. Equipamentos - Áreas de Lazer: Parque da Madalena, N. Sra. da Boa Morte, Monte de Santo

Ovídeo - Praia Fluvial do Lima, - Actividades lúdicas: Canoagem, vela, caça e pesca; - Turismo no Espaço Rural: representa uma globalidade de infraestruturas de

apoio ao hóspede, tais como picadeiros e cavalos, piscinas, ténis, jardins e matas;

- Campo de Tiro da Madalena; - Campo de Caça de Calheiros; - Hipódromo de Calvelo; - Campo de Golfe de Ponte de Lima; Na área cultural e da promoção de conferências, seminários e congressos existe o

Anfiteatro da Biblioteca, o Arquivo Municipal, o Anfiteatro da Assembleia Municipal, o Cinema, o Teatro Diogo Bernardes, o Anfiteatro do Convento de Refoios e o Museu dos Terceiros (Arte Sacra e Arqueologia). Todas as freguesias possuem instalações que possibilitam actividades culturais e desportivas das 93 associações culturais existentes no concelho. Saliente-se a implementação de um Campo de Golfe de Montanha, de 18 buracos.

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1.4. Serviços Turísticos - Posto de Informação de Turismo ; - TURIHAB - Associação do Turismo de Habitação; - Câmara Municipal - Serviço de Reservas de Pesca; - Agências de Viagem: Avic, Ovnitur e Límia; - Bancos (Agências); - Hospital Distrital; - Centro de Saúde; - Correios e Telecomunicações; - Acessibilidades: Operam no concelho várias empresas de transporte, cujas carreiras

se desenvolvem pelos principais eixos viários, dando resposta satisfatória à procura de transporte, com excepção da procura da população escolar, para a qual circuitos especiais estão constituídos, por forma a satisfazer a demanda actual.

- Rede Viária

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2. Ambiente

Usufruindo o Prémio de Honra das vilas e cidades mais floridas da Europa e o

direito ao uso da Bandeira Verde "Cidades limpas de Portugal" o destino revela um clima ameno atlântico, constituído por verões quentes e invernos frescos. Com um agro sistema adaptado naturalmente às características climáticas, evidencia uma pluviosidade superior a 1500 milímetros anuais, sendo a precipitação frequente na primavera e fins de Outono. A altitude condiciona largamente as características do clima, constituindo o Vale do Lima um largo anfiteatro aberto ao Oceano Atlântico, oferecendo várzeas modeladas pela rede hidrográfica do Rio Lima e das principais bacias afluentes. De salientar a riqueza de todo o espaço, da agricultura baseada em técnicas de defesa do solo muito aprimoradas e de fertilização intensiva, com um vasto regadio implantado, dando fortíssimo apoio à exploração pecuária e pastoril.

Os solos de origem predominantemente granítica ofereceram estrutura física

favorável ao trabalho contínuo do agricultor para os tornar férteis, incorporando matos obtidos em exploração florestal integrada, depois de transformado em estrumes através da estabulação do gado. A "humanização" dos solos pelo trabalho neles acumulado sob incidência dos climas favoráveis à intensificação agrícola constitui o quadro mais característico da produtividade limiana baseada no regadio, nas rotações culturais permanentes, nas consociações que chegam a formar "andares" de produção, como as do chão hortícola, o da vinha a trepar a seus tutores, ou do laranjal que conserva a fruta até ao Verão, tudo a coberto de enormes oliveiras que defendem contra o risco das geadas.

A fauna e a flora mantêm o seu encanto primitivo, sustentado por uma agricultura

sã, ecológica e tradicional. A inexistência de indústria e outros meios poluentes confere ao destino um ambiente de qualidade e bem estar local.

O património ambiental, geológico, florístico, faunístico, construído, e uma

diversidade cultural e biodiversidade, são promovidos e preservados, através de uma estratégia, de desenvolvimento integrado sustentável de um Turismo no Espaço Rural.

2.2. Imperativos: Trabalhos que visem a conservação, recuperação, classificação ou inventariação da

flora, da fauna, e seus respectivos habitats; programas ecológicos; recuperação das zonas degradadas em espaços verdes; reabilitação das zonas fluviais e acções similares, tendo como prioridade a classificação ecológica;

- Como reserva natural da Lagoa húmida de Bertiandos e S. Pedro d'Arcos, que poderá tornar-se o pivot cultural da Ribeira Lima;

- A dinamização da agricultura biológica e a implementação de circuitos e itinerários biológicos;

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- Promoção de campanhas de sensibilização pró-ambiental, através da comunicação social e formação junto das instituições, dando seguimento às acções desenvolvidas junto das populações mais jovens;

- A conservação do património histórico-cultural; trabalhos que visem a preservação ou restauração de edifícios antigos, sítios, equipamentos, meios de transporte, ou outros artefactos ou símbolos que constituam valores patrimoniais ;

- Implementação efectiva do Plano Director para o ordenamento do território. A criação dos Aterros Sanitários Inter-Municipal, Rede de Esgotos Inter-Municipais, Rede de Água Inter-Municipal;

- Supressão das antenas e cabos eléctricos e de telefones; - Melhoria das infraestruturas e equipamentos de lazer e outras acções similares.

Recursos Vantagens * 9.000 ha com boa ou condicionada aptidão para a agricultura.

Agro-Florestal: - Horticultura

* 17.200 ha de área florestal - Silvicultura Significativa capacidade hídrica - Viticultura Minerais, em especial granitos - Bovinicultura A paisagem, o património construído, os costumes, a gastronomia, em suma o rico património cultural

Indústria Extractiva: - Pedreiras e Granitos ornamentais Turismo no Espaço Rural: - Turismo de Habitação - Turismo Rural - Agroturismo Turismo e Artesanato

Um contingente assinalável de jovens ascenderão, a curto prazo, ao mercado de trabalho.

Com a articulação entre o sistema educativo e o sistema de formação profissional, abrir-se-ão boas perspectivas de recrutamento para as empresas locais

A inserção do concelho no Vale do Lima e Alto Minho

Da centralidade do concelho vantagens (económicas) há, na implantação local de um conjunto de equipamentos cuja área de influência seja inter-municipal

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3 - Acções Empreendidas em Prol dos dois Sectores Presenciando a preocupação de preservação, protecção, salvaguarda da qualidade

do ambiente, a contribuição para a qualidade de vida, a gestão prudente dos recursos naturais, o equilíbrio ecológico do homem com o meio; corrigindo assimetrias sem prejudicar o tecido social e ecológico da região (reflectindo sempre antes de actuar).

As acções apresentadas nos sectores do Turismo e Ambiente inserem-se no

Programa Comunitário de Desenvolvimento Integrado do Vale do Lima, estratégia implementada pela ADRIL, presidida pela TURIHAB, no âmbito do LEADER. Apresenta projectos para a valorização do espaço rural, colmatando disfunções do tecido social e ambiental e apoio ás PME's, valorização da produção agrícola e formação profissional, gestão e estudos.

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Dada a importância do Turismo Rural no complemento dos rendimentos familiares

nesta região, o projecto assumiu uma forte aposta neste sentido, o que implicou a realização de três acções:

3. 1- Turismo Rural Difuso: Contribuir para a recuperação de mais de 100 quartos

em casas de valor patrimonial reconhecido e para a valorização de circuitos turísticos. No domínio do Turismo no Espaço Rural, pretendeu-se aumentar a oferta do

número de camas da zona do Lima de 560 para mais ou menos 800, introduzindo o novo conceito de Turismo de Aldeia, sobretudo com recurso à recuperação de casas rústicas (cite-se, a título de exemplo, a reabilitação de unidades de alojamento no Soajo e nas freguesias do concelho de Ponte de Lima), promovendo uma estratégia de desenvolvimento sustentado.

Através do Turismo no Espaço Rural, cuja principal bolsa de oferta se localiza no

Vale do Lima, e em particular no concelho de Ponte de Lima, representa o motor de desenvolvimento local e alternativa complementar da actividade principal - A Agricultura.

3. 2- Pólo Turístico: Diversificação do conteúdo temático da animação turística,

criando novos motivos de atractividade da zona (caça, pesca, golfe, hipismo, circuitos equestres, montanhismo, turismo cultural e de congressos); diminuir a sazonalidade turística, até agora excessivamente concentrada no Verão;

3.2.1. O Golfe de Ponte de Lima e o desenvolvimento turístico: Os golfes valorizam

as zonas turísticas e a imagem de marca local, contribuindo para o seu poder de atracção, diversificando e alargando o seu potencial turístico.

3.2.2. Caça, Pesca e Hipismo: Verificou-se a instalação de um perímetro de Caça de 800 ha, nas freguesias de Calheiros, Vilar do Monte e Labrujó do concelho de Ponte de Lima.

Relativamente à Pesca, perspectivam-se acções de repovoamento do Rio Lima e seus

afluentes e a sua inclusão na promoção turística. No domínio do Hipismo e dos Circuitos Equestres - Trilhos - verificou-se a criação

e melhoramento do cavalo "Garrano", a criação de um Hipódromo e a promoção de um concurso "Hípico Luso-Galaico". Estas actividades enriquecem a oferta turística.

3. 3 - Organização e Animação Turística: melhoria do serviço de reservas, a

promoção turística e a qualidade das prestações turísticas.

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3.3.1. Animação Cultural e Descoberta de Meio: A estes movimentos de interesse são

de acrescentar outras iniciativas para o aproveitamento do potencial turístico da zona. O turismo cultural e de congressos encontra na zona do Lima um local privilegiado para se resolverem alguns estrangulamentos:

- A recuperação de um Teatro "Arte Nova" dos anos 40 que se encontra fechado;

trata-se de um restauro ligeiro que permitiria dotar a zona com uma sala para Teatro, cinema, música...

- Lançamento a partir da Escola Superior Agrária (Convento de Refoios) de

iniciativas ligadas à descoberta do meio: apanha, identificação, exposição e venda de cogumelos silvestres, plantas aromáticas e medicinais e respectivas tradições e práticas (etobotânica); descoberta do meio (paisagem, fauna, montanhismo, fotografia, pintura, arqueologia, história local...); colóquios, ligação com instituições culturais portuguesas e estrangeiras.

- Sinalização dos circuitos e itinerários culturais, etnográficos e naturais. A organização de Encontros Nacionais do Turismo de Habitação, visando o

Património e Ambiente, a conferência Europeia dos Itinerários Culturais e a Conferência do Mundo Rural versus Artesanato.

CAMPO GOLFECENTRO HÍPICOCAMPO DE CAÇA

. Artesanato

. Turismo de Habitação . Emprego

. Turismo de Aldeia . Fixação das Populações Rurais

. Redução das Assimetrias

. Valorização dos Produtos Locais

. Formação Profissional

. Preservação e Valorização do Ambiente

. Melhoria da Qualidade de Vida

. Actividades Não Poluentes Inovadoras

EQUIPAMENTOS

AMBIENTE

DESENVOLVIMENTOTER

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= QUESTIONÁRIO =

Capítulo I - Acções a favor do património

"Pinha de flores, que a frescura anima, Ponte de Lima que ideal tu és ! Tinges o cisne a retratar a face n'água que nasce e que te corre aos pés" António Feijó

Ponte de Lima, no coração do Vale do Lima, vem encantar em beleza paisagística e cultura.

A ambivalência entre as paisagens litorais e de montanha testemunha o contributo

num passado histórico e cultural, para a existência de populações ribeirinhas que, ora viviam do rio, ora subsistiam dos frutos da terra, e nas áreas serranas para o surgimento de sociedades comunitárias fechadas, caracterizando o pitoresco diferenciado destas regiões.

A multiplicidade de formas pode revestir o usufruto dos valores patrimoniais

estendendo-se entre as paisagens de beleza infindável, tanto fluviais como montanhosas, até à riqueza histórico-cultural desde a existência de monumentos e vestígios megalíticos, celtas, romanos e medievais, a Casas Solarengas, a descoberto das raízes de Portugal e, ainda, elementos tradicionais representativos de vários períodos históricos.

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I A - O PATRIMÓNIO NATURAL

"Esta é a terra da promissão para os artistas e para os abades: a paisagem do Lima deslumbra e engorda..."

Guerra Junqueiro

Na variedade das parcelas do concelho de Ponte de Lima, submetidas a diversos

factores geográficos - latitude, altitude, exposição ao sol - a evolução das diferentes espécies florestais e animais e a estruturação dos solos ofereceram ao longo da história paisagens diversificadas que vão desde a floresta profusa às matas e aos jardins.

O território do concelho é caracterizado por elementos maiores que acabam por

definir o seu potencial paisagístico e os seus recursos nesse domínio. É o Vale do Rio Lima que alimenta veigas e terrenos agrícolas muito ricos, são as linhas das elevações principais que se destacam: a Serra d'Arga a Norte e a Serra da Nora a Sul. A distribuição das principais estradas naturalmente que foi condicionada pela física do terreno e pelos sítios mais acessíveis aonde o relevo é menos intenso. Os percursos transversais situam-se paralelos ao Rio Lima a Norte (EN 202) e ao Sul (EN 203); os percursos longitudinais vão serpenteando pela meia-encosta, tanto para o Norte (EN 201 e 306) como para o Sul (EN 201,204 e 306). São estas estradas que constituem os principais circuitos de ligação do concelho, atravessam as zonas paisagísticas com maior interesse, dando também, na maioria dos casos, acesso aos melhores exemplares do património construído. Como pontos fulcrais podemos destacar: as veigas de Bertiandos, Correlhã, Refoios/Nogueira e junto a Ponte de Lima; os pontos panorâmicos da Serra d'Arga, Boa Morte, Labruja, Calheiros, Cardido, Santo Ovídeo, Madalena, Boa Nova.

Preservar espécies animais e vegetais autóctones, incentivando pesquisas científicas

e no âmbito da medicina popular; espécies botânicas ou fruteiras tradicionais, as raças de gado bovino e cavalar autóctones.

I A 1 - Disposições tomadas para a protecção e/ou valorização * Valorização das espécies locais (Barrosã, Cachena, Garrano); * Classificação dos Parques da Madalena, Vila Morais; zona húmida de

Bertiandos e S. Pedro de Arcos; * Criação de associações de preservação de raças autóctones,

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* Acções do Património Construído e Natural: - Renovação das zonas de lazer e de utilidade pública - Inovação na recolha de Resíduos Sólidos - Tratamento de efluentes - Centro Ecológico * O patrocínio de uma imagem de qualidade do Vinho Verde (Adega Cooperativa

de Ponte de Lima e Adega Cooperativa de Ponte da Barca); * Apoio a iniciativas de apuramento genético de raças autóctones e sua divulgação -

Gado Barrosão (Escola Profissional Agrícola de Ponte de Lima) e Garrano (Escola Superior Agrária de Ponte de Lima e O GARRANO, Clube Hípico de Ponte de Lima);

* O melhoramento do sistema de recolha e transporte de leite de vaca

"Cachena", visando a criação de uma unidade especial de fabrico de queijo. * Formação Profissional na área do Ambiente, projecto implementado pela Escola

Profissional Agrícola de Ponte de Lima; * Implementação de Estações de Tratamento Inter-Municipais da Água e Resíduos

Sólidos; * Repovoamento Piscícola e Florestal I A 2 - Acções Empreeendidas na Gestão dos Recursos Naturais - Criação de circuitos de contacto com a natureza, de trilhos pedestres e equestres.

Organização de campeonatos desportivos, canoagem natação, overcraft, pesca, potenciando os recursos da bacia do Rio Lima. Aproveitamento do areal como suporte imprescindível da feira quinzenal e actividades lúdicas.

O ordenamento do território, assim como o desenvolvimento adequado a uma

correcta utilização dos recursos naturais constituem soluções básicas para um desenvolvimento sustentável, passando pela conservação de habitats e ecossistemas, identificação, inventariação e classificação da fauna e da flora, criação de infraestruturas de informação, formação e apoio a visitantes.

- Classificação da Área de Reserva Ecológica Nacional de Bertiandos e S. Pedro de

Arcos Estamos perante uma zona húmida de capital importância com um maravilhoso

acervo biogenético com perigo de desaparecer, que se poderá tornar o pivot cultural da Ribeira Lima.

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- Ecossistema único com espécies animais e vegetais em extinção - Área - 300 ha, acessível pela Estrada Nacional 202 e localizada na margem direita

do Lima, a cerca de 4 quilómetros de Ponte de Lima - Zona húmida bastante arborizada e muito irrigada por canais naturais - Zona lagunar permanente, atravessada pelo rio Estorãos e linhas de água locais

que nele desaguam. Com a classificação pretende-se caminhar para uma reserva ou Parque Natural, com

fins ecológicos, didácticos e turísticos. Os primeiros visam a protecção dos sistemas naturais, os segundos pretendem criar

na zona uma escola viva para a educação dos jovens, investigação académica e científica. Os terceiros visam integrar o futuro parque nos circuitos turísticos regionais, dada a

complementaridade das atracções ali existentes. - Valorização das margens do Rio Lima; - Preservação da Alameda dos Plátanos - Parque de Recreio e Horto BotânicoMunicipal e Jardins Temáticos. I A 3 Acções Empreendidas no Tratamento dos Lixos e Efluentes Ponte de Lima compõe-se de três ETAR's _ estações de Tratamento de Águas e

Resíduos; - Remodelação e preparação da rede de saneamento básico da zona urbana: água,

esgotos e águas fluviais; - Ampliação de saneamento do concelho de Ponte de Lima, incluindo as freguesias

da Ribeira, Arca, Feitosa e Correlhã; - Conclusão da obra de saneamento do núcleo urbano de S. Julião de Freixo. (ETAR

biológica); - Sistema integrado de saneamento da orla ribeirinha do Rio Lima, projecto em

consórcio com outros municípios e referentes a ETAR interceptor, bombagem e drenagem em alto (apoio do Fundo de Coesão e Programa do Ambiente);

- Neste domínio será garantida a possibilidade de drenagem das águas residuais

em todas as freguesias da orla ribeirinha do Lima;

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- Na área da higiene pública, o desenvolvimento de campanha de sensibilização junto das populações e das escolas no sentido de disciplinar a forma de tratar o lixo e eventual embalagem e colocação para posterior transporte e tratamento;

- A reciclagem, através da recolha selectiva deverá ser um dos objectivos dessa

campanha; - O sistema integrado de recolha e tratamento de resíduos sólidos urbanos; I A 4 - Realizações relativas à valorização Turística do Património natural e sua

Interpretação. Pedido para Património Classificado e criação de Reserva Ecológica Nacional: - A Lagoa de Bertiandos - Monte de Santa Maria Madalena - Monte de S. Cristóvão - Encosta da Vacariça e do Penedo Branco - Zona da Boalhosa - As veigas de Estorãos, Bertiandos e da Correlhã - O Rio Lima e os seus afluentes - O Rio Neiva - Monte do Castelo - Mesa dos Quatro Abades Floresta - Encosta da Cabração e Pedras Finas - Mata da Casa da Aurora e da Garrida, consideradas o pulmão da vila de Ponte de

Lima. Vila onde a profusão de jardins particulares, riqueza existente na presença de papiros, camélias, tílias, árvores exóticas e tropicais, reminescências das ex-colónias portuguesas.

O aproveitamento das florestas e pontos paisagísticos para estâncias turísticas e

parques de lazer, entre os quais se salientam, o Parque do Monte da Madalena, com a implementação de um restaurante e áreas de merenda, circuitos pedestres com identificação de espécies arbóreas, integrando-se nesta área o Golfe de Ponte de Lima.

O Parque da Boa Morte, a área envolvente de 10 ha de matas tratadas apanhando o

Santuário da Boa Morte, constituindo uma simbiose de tradição religiosa local e património natural, catalisando alguns milhares de visitantes anuais, provocando o aparecimento de serviços complementares.

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Rio Lima e suas margens - O AREAL - Ponte de Lima goza do privilégio de rentabilizar economias, cultural e socialmente:

a) Feira Quinzenal - demonstração da vivência local, hérdimo de oitocentos anos; b) Desporto e lazer - cenário ideal e curso peculiar para a prática e realização de campeonatos de canoagem, remo, vela e overcraft, natação e pesca, c) Abastecimento de águas

O Parque da Vila Morais, alvo de estudo de todas as espécies florísticas existentes,

identificando-se espécies raras.

I B - PATRIMÓNIO HISTÓRICO

Povos da Ribeira Lima ! Guardai na vossa melhor arca as relíquias dos avoengos!

Seja o respeito pelo passado e a preocupação do futuro o fulcro e a razão da existência!

(Júlio de Lemos, Almanaque de Ponte de Lima, 1924)

A vila de Ponte de Lima, juridicamente consumada no Foral de 4 de Março de 1125, aos 4 dias das Nonas de Março da era de 1163. herdeira e continuadora de um vivo passado histórico, o nascimento de Ponte de Lima está intimamente ligado ao nascimento de Portugal.

O concelho de Ponte de Lima, pode-se considerar dividido em construções eruditas

(urbanas e rurais), construções rurais e construções urbanas. É reconhecido o enorme repositório de construções eruditas existente no concelho, designadamente edíficios religiosos, paços e solares, muitos deles objecto de classificação (Monumentos Nacionais), imóveis de interesse público e valores concelhios. Não referiremos nenhuma tipologia em especial porque não nos parece que exista uma marcadamente regional. Os paços e os solares correspondem, muitas vezes, a um surto de prosperidade que se encontra patente no seu alçado principal.

As construções histórico-religiosas que são geralmente património da Igreja, tem

vindo ser cuidadas pela comunidade com maior ou menor felicidade. Na maioria dos casos sofreram obras de ampliação e restauro.

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Existem empreendimentos com interesse (Mosteiro de Labruja e Boa Morte, por ex.) cuja primeira fase de construção não teve a correspondência, como seria de esperar, em termos arquitectónicos e funcionais, nas fases subsequentes.

As construções rurais obedecem aos padrões habituais da área: alvenarias de pedra,

paredes divisórias interiores em fasquiado, madeira nos caixilhos. Estruturas simples, muito condicionadas pelas qualidades físicas dos materiais empregues, (madeira e pedra de granito) raramente exorbitante do abrigo humano e dos animais e inspirando-se muito na estrutura do espigueiro. Exite algumas construções rurais, a que obras sucessivas procuraram emprestar um ar mais solene através, por vezes, de escadarias principais e adornos de fachada.

Constitui interesse primordial dar seguimento ao Plano de Salvaguarda que foi feito

para o Núcleo Histórico que contempla; numa perspectiva actual, as qualidades do sítio. O núcleo medieval e a ponte são o pólo irradiador da construção, momedadmente

através das vias que saem para Ponte da Barca, Braga e Viana.

Ponte de Lima testemunha o tempo dos Túrdulos, dos Suevos, dos Romanos e dos Gregos, com a sua admirável paisagem humanizada, a suas claras montanhas, as suas terras salpicadas de casitas brancas, as suas vinhas "de cachos de oiro" e a ponte majestosa atravessando o "rio do esquecimento" mostra bem como há pérolas da natureza, onde se erguem castelos, torres, fortalezas medievais, escudos de armas e grandes coroas talhadas em pedra de granito, nas ruas a presença de recordações da realeza distante e do domínio, as escadarias, as fontes, as igrejas, os vestígios heráldicos, os templos cristãos, os chafarizes -

A Torre Velha de Santo António de Além da Ponte, os Solares e mais Solares,

recanto único em Portugal, nascendo o Turismo de Habitação, testemunho da arquitectura dos séculos XVII e XVIII, ressaltam os mais belos exemplres: o Palácio de Bertiandos, em Bertiandos, o Paço de Calheiros, em Calheiros, a Casa de Pomarchão, em Arcozelo, a Casa de Nossa Senhora da'Aurora, em Ponte de Lima, a Casa do Outeiro, em Arcozelo, ainda quintas e casas rústicas.

Um indescritível património histórico, realidade histórico-cultural preservada e

presente por todo o lado, acessível ao visitante. I B 1 - Disposições tomadas para a protecção e/ou recuperação A Câmara Municipal aprovou uma candidatura ao PRONORTE - Programa

Operacional do Norte - para a protecção do Património Arqueológico e Arquitectónico, incluindo a marcação do Caminho Português de Santiago no concelho de Ponte de Lima,

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bem como a sinalização de todos os monumentos e vestígios arqueológicos susceptíveis de justificar tal intervenção e atenção do grande público.

Foram recolocadas as Pedras da Ponte Medieval e outras retiradas dos diversos

locais e guardadas no Museu dos Terceiros. Continuação da Recuperação do Centro Histórico e Acção de Sensibilização para a

recuperação dos prédios urbanos, criando, a Câmara, alguns incentivos e facilidades. Centro Histórico da vila e ruas Organização do trânsito com proibiçaõ de estacionamento no centro histórico,

criação de patrques alternativos Uso de materiais tradicionais Incentivação da substituiçaõ da zona Norte da vila de portas e janelas de alumínio

por materiais típicos Ponte Medieval, retirado o trânsito Classificação do de Trás de Cidades e Castro do Alto das Valadas Protecção de desenhos rupestres no Monte de Santo Ovídeo O Santuário do Senhor do Socorro, integrado no caminho de Santiago de

Compostela. Recuperação de Casas para Turismo no Espaço Rural I B 2 - Acções a favor do Acesso público Museu, utilização do Convento dos Terceiros Escola Superior Agrária, anterior Convento Torre de Refoios, reconvertida para Turismo no Espaço Rural Quartel da Guarda, transformado em Biblioteca Torre da Cadeia, transformada em Arquivo Municipal Hospital S. João de Deus, recuperado para Quartel dos Bombeiros Velho Hospital da Misericórdia, transformado em Farmácia Castelo dos Alcaides, adaptado para a Câmara Municipal de Ponte de Lima Vila Morais, adaptado para o Instituto Superior Erasmus Casa da Garrida, Ensino Superior Matadouro, Casa da Cultura Reedição Carta Arqueológica do concelho e do Património edificado do Concelho de

Ponte de Lima. I B 3 - Animação Turística do Património Histórico

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Percurso de Santiago de Compostela foi identificado-se o verdadeiro caminho e sendo promovida uma exposição para sensibilização e divulgação junto das populações e dos turistas visitantes.

Circuito do Românico, integrando a Ponte sobre o Lima, a capelinha do Espírito

Santo em Moreira do Lima, Igreja de Arcozelo, Igreja Matriz de Ponte de Lima, Santo Abdão na Correlhã, Igreja da Labruja.

Trilhos Históricos, religiosos e Culturais - Ponte de Lima, Refoios do Lima - Castelo - Ponte de Lima - Ponte de Lima, Santo Ovídeo, Ponte de Lima - Ponte de Lima - Castelo - Monte de Santa Maria Madalena, Ponte de Lima - Ponte de Lima, Bertiandos, Estorãos - Ponte de Lima, Vale da Labruja, Alto dos Carvalhinhos - Ponte de Lima, Rebordões (Santa Maria), Ponte de Lima - Peneda-Gerês: Percurso 1 - Branda de Murça, Adrão Percurso 2 - Branda de Murça, Soajo Circuitos das Fontes - Fonte ornamental do jardim da Casa de Nossa Senhora da Aurora; - Fonte incrustada no muro da Casa de Nossa Senhora da Aurora; - Fonte reaproveitada na Casa de D. Carlos Pinheiro; - Chafariz monumental, desenho do largo da Regeneração; - Chafariz monumental no Largo de Camões; - Fonte da Vila; - Fonte Municipal na Rua General Norton de Matos; - Fonte ornamental na Avenida António Feijó; - Fonte popularmente conhecida pela designação de Fonte da Maria da Fonte; - Fonte de S. João; - Fonte Baptismal da Igreja Matriz de Ponte de Lima; - Fonte do Claustro dos Terceiros; - Fontenário Purificatório da Igreja de António dos Frades Capuchos. Organização de Ceias Medievais, Seminários e Congressos no Convento de Refoios; A Feira de Ponte é o mercado mais pitoresco, mais típico, mais colorido de todo o

país. É às segundas-feiras alternadas. O povo chama solteiras às outras - "esta é sorteira, a feira de Ponte é prá que vem).

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As Feiras Novas Transacções comerciais da feira, animado e ruidoso o arraial;

Festival, tourada, feéricas iluminações: concertos musicais de bandas; exposições, os touros e as corridas de cavalos.

Colóquios Galaico-Minhotos, promovidos pelo Pelouro da Cultura e Turismo da

Câmara Municipal de Ponte de Lima. I B 4 - Produtos Turísticos Concebidos a Partir do Património Histórico O turismo instituído nas formas do Turismo no Espaço Rural de qualidade

reconhecida, constituindo a maior bolsa da oferta do país, exigiu a criação de animação complementar, a valorização dos recursos endógenos, particularmente das potencialidades turísticas e dos produtos locais, atenuando a sazonalidade e elevando as taxas de ocupação.

-Turismo de Habitação - Turismo Rural - Agroturismo - Circuitos Culturais: Românico e Arqueológico

I C - O PATRIMÓNIO HUMANO

Ponte de Lima incorpora uma ruralidade onde a abundância da tradição cultural, usos e costumes, o artesanato, as festas, a literatura popular e o folclore renascem na vivência diária dos limianos.

O artesanato em Ponte de Lima, memória viva do povo, desde as artes e ofícios da

pedra onde se podem assistir a exposições dos "Sequeiros", do linho e lã nos teares em muitas casas e salas expostas, os bordados, a tecelagem, as rendas, as rodilhas, as mantas, as toalhas, as cobertas, os lençois, das matérias primas da terra, a cestaria, as canagas e cangalhos, as rocas e espadeladas, a tanoaria, os tamanqueiros, o mobiliário rústico, as bengalas artísticas, as alfaias marítimas e rurais, os trabalhos em couro, os trabalhos em pedra, a arte floral - palmitos e flores - a cerâmica de azulejaria de Lançós, Refoios. Toda esta expressão da cultura e da vivência, encontra-se aproveitada economicamente, como forma de emprego e fonte de rendimento, consistindo num instrumento pedagógico da expressão criadora de arte e beleza de grande qualidade. Ainda digno de referência, a amplitude costumeira da vivência popular, do nascimento ao falecimento, os ritos e procissões, os jogos populares, os trabalhos da lavoura, como as rodedas e vindimadas, as cavadas, as rossadas de Maio, as plantadas de batatas, as apanhas da azeitona, as espadeladas e as fiadas. A medicina popular, os provérbios, as lendas populares, os

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contos, as rezas e os desconjuros, o falar limiano, os cabeçudos e os gigantones...enfim, uma profusão de tradições e costumeiras religiosas e etnográficas evidenciando a hospitalidade e alegria do povo limiano.

Constituindo o extravasar constante da faina agrícola, onde a riqueza dos valores

tradicionais conserva a sua genuina autenticidade, podemos encontrar também um leque grandioso tradições únicas na Ribeira Lima:

A Serrada da Velha Peregrinações a Santiago de Compostela Vaca das Cordas Carnaval - Jogo do Cântaro O Compasso Pascal Festas e Romarias Os Maios A Procissão do Corpo de Deus Feiras Novas Grupos Folclóricos Gastronomia - Vinhos I C 1 - Pesquisa com continuidade A Câmara Municipal de Ponte de Lima, promove desde o ano de 1993, publicações

regulares que visam o Património Humano e Cultural, tal como o Arquivo Municipal. Durante o presente ano serão reeditadas as "Obras Completas de António Feijó" por

forma a fomentar nos limianos e, principalmente na população estudantil, o gosto pelas obras dos numerosos escritores e poetas limianos.

A LIMICI, Associação de Património e Ambiente de Ponte de Lima, reponsável pela

publicação da "Limiana" publicará este ano o Almanaque de Ponte de Lima. A elaboração de estudos e monografias, tais como, "O Serão", "A Limiana", "Os

Artesãos". A publicação de pesquisas relativas às lendas e tradições, o folclore e Costumes,

realizados pelo Instituto Erasmus, Escola Preparatória e Secundária de Ponte de Lima.

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I C 2 - Acções de Acesso do Público ao Património Humano, realçando a Necessidade da Manutenção da sua Estabilidade e Continuidade

Criação de Associações Culturais em cada Freguesia de todos os grupos folclóricos

do concelho, cerca de catorze, e promoção de várias actividades conjuntas entre as quais o I e II Festival de Folclore de Ponte de Lima.

Na área da gastronomia incentiva-se o controlo da qualidade, através de concursos e

inspecções gastronómicas ou de cozinha tradicional, promovidos pela Câmara Municipal de Ponte de Lima e pelo Instituto Superior Erasmus de Ponte de Lima.

A Câmara Municipal prevê, durante o ano de 1995, a recuperação do antigo

matadouro para um Centro de Animação, Arte e Cultura, que permitirá a realização de actividades culturais e exposições temáticas, a associações, quer patrimoniais quer ambientais.

No âmbito da ADRIL e do Programa Comunitário LEADER, desencadearam-se

Acções de Apoio a Pequenos Investimentos nas Empresas Artesanais (vinho, bordados, cerâmica, pedra, madeiras, ferro, pirotecnia, fumeiros, doçaria tradicional); a elaboração de um Catálogo de Artesanato do Lima, assim como Apoio a Mostras e Feiras, quer nacionais quer estrangeiras; e ainda, o reforço do associativismo Local.

Manifestações públicas ao vivo com a realização de Cortejos Histórico-Etnográficos e

Lendários. Implementação de centros de artesanato, organizados com escolas e exposições

itinerantes, através de cooperativas de artesãos. Participação em Feiras de Artesanato. Organização de mapas artesanais de orientação e planificação dos valores de autenticidade.

- Promoção de festivais culturais e ambientais; - Valorização das comunidades locais, através de informação e formação para a

melhoria do bem-estar e a própria evolução equilibrada dos meios rurais; - Investigação etnográfica - Organização de programas de excursões etnográficas, onde as cantigas ao desafio,

contadores de histórias e recitadores de versos, poetas populares... para grupos restritos (viagens educacionais dirigidos à comunicação social, agentes de viagem, operadores turísticos...);

- Exposições no local de trabalho, tais como: Pedras Sequeiros, Fábrica Lançós de Azulejaria Armada e Artesãos Reunidos do Vale do Lima - trabalhos de tecelagem e linhos...

I C 3 Exposições e Feiras, acompanhamento dos turistas aos locais de exposição,

documentação e informação complementar das actividades:

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Encontros e conferências Visitas educacionais Intercâmbios Apresentação e calendarização das actividades pra acessibilidade dos turistas I D - Contribuição da Valorização do Património Humano no Desenvolvimento

Económico e Turístico do Destino Envolvimento dos grupos folclóricos; Agrupamentos contribuindo para a fixação dos jovens, Melhoria da qualidade de atendimento Fomento de serviços locais Dinamização local Formação da Escola Prodfissional Agrícola de Ponte de Lima, curso técnico de Promoção e Divulgação Desenvolvimento e implemantação de actividades artesanais

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CAPÍTULO II

II A - Elementos Quantitativos II A 1 - Número de visitantes em 1990/1993

Visitantes 1990 1993

Excursionistas Não há dados Não há dados Turistas Alojados 10.784 15.506 Visitantes Delegação Pedido de Informação 31.773 17.478

Não se incluem os visitantes da Feira Quinzenal, Vaca das Cordas e Feiras Novas.

Não se incluem também os visitantes de fim de semana (restaurantes). II A 2 - Número de Ocupação de Camas Total em 1990/1993

1990 1993 Estabelecimento

s Quartos Camas Estabelecimentos Quartos Camas

Turismo de Habitação 17 77 158 19 86 176 AgroTurismo 3 18 38 4 24 50 Turismo Rural 10 46 92 13 58 116 Sub-Total TER 30 141 282 36 168 342 Pensões/Residenciais 2 52 104 3 72 146 TOTAL GERAL 32 193 386 39 240 488

1990 1993 Taxa de Ocupação Anual Nº camas Dormidas % nº Camas Dormidas % Pensões/Residenciais 104 11189 29% 146 16319 30% TER 282 23716 23% 342 27672 22% Total Alojamento ocupado 386 34905 24,9% 488 43991 24,9%

Constata-se a manutenção da mesma Taxa de Ocupação, porque aumentou a

capacidade de alojamento.

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II A3 - Duração Média das Estadias em 1990/1993

Pensões 1990 1993 Mercados Nacionai

s Estrangeiros Total Nacionais Estrangeiros Total

Nº Hóspedes 4507 1017 5524 5380 1910 7290 Dormidas 8644 2545 11189 10780 5539 16319 M= D/H 1,90 2,5 2,0 2,0 2,9 2,23

TER 1990 1993 Mercados Nacionai

s Estrangeiros Total Nacionais Estrangeiros Total

Nº Hóspedes 1580 3680 5260 1994 4232 8216 Dormidas 4580 19136 23716 4396 23276 27672 M= D/H 2,9 5,2 4,5 2,2 5,5 3,3

Notar as Longas Estadias Médias II A 4 - Percentagem da Entrada de Turistas em 1990 e 1993

1990 1993 Turistas Alojados 10.784 15.506 Visitantes Delegação de Turismo - Pedido de Informações

31.773 17.478

TOTAL 42.557 32.984 II B - Elementos Qualitativos: II B 1 - Disposições Tomadas na Gestão dos Fluxos Turísticos no Tempo Um dos graves problemas do turismo na região do Norte de Portugal e a

sazonalidade acrescida da concentração das actividades lúdicas na época de Verão. Para obviar estes estrangulamentos, a Câmara Municipal, a ADRIL, a TURIHAB e outras associações encetaram esforços para dinamizar turisticamente o concelho nas épocas consideradas baixas. A implementação de um pólo turístico com actividades praticáveis

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em todas as estações, tais como, o Golfe, o Centro Hípico e Reserva e Campo de Caça, Tiro e a de Pesca são algumas das acções que têm transformado Ponte de Lima no destino digno de referência.

Organização de itinerários pedestres de acessibilidades a casas consideradas de

valor patrimonial reconhecido, permitida a entrada a grupos, organização de actividades lúdicas durante todo o ano, com menor incidência na época do Inverno.

II B 2 - Acções Empreendidas no Controlo dos Fluxos no Espaço No concelho de Ponte de Lima constata-se a preocupação de uma política de

ordenamento territorial com a criação de áreas de estacionamento devidamente harmonizadas com o Património Natural e Cultural, criação de um parque específico para os autocarros, tendo em consideração o acréscimo de excursionismo, criação de zonas pedestres, tais como, Centro Histórico da vila, Ponte Medieval e Romana e outros.

II B 3 - Estudo dos Vários Tipos de Turistas Estudo da Universidade de Bournemouth, realizado em 1985, com continuidade em

1989 e 1994, para criação de base de dados sobre o perfil do turista de Ponte de Lima e do perfil Rural, complementado por Inquéritos aos visitantes.

Monografias da Universidade de Aveiro relativas à "Oferta Turística do Concelho, o

perfil do Turista do Turismo no Espaço Rural e aCriação de Circuitos". Monografia da Universidade Fernando Pessoa "Turismo de Habitação-perfil do

Turista"; e vários relatórios e Pesquisas II B 4 Acções Empreendidas na Adequação dos Turistas à oferta do Destino

Candidato. Numa estratégia de adequação dos Turistas à oferta do destino, Ponte de Lima

desenvolve acções de promoção nos mercados a níveis internacionais, tais como, Inglaterra, Escandinávia, Dinamarca,Suécia, Noruega, Alemanha, Espanha, e a nível nacional através da Participação em Feiras de Turismo e contactos directos com Operadores Turísticos.

Acções de Promoção em revistas e jornais da especialidade, Programas de

Divulgação destinados a um mercado específico, um consumidor médio alto, à descoberta do lazer e Natureza amantes ded de férias activas e culturais.

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- II, I, Jornadas de Turismo de Habitação - 1984/83 - III e II Congresso Gastronómico Viana do Castelo - 1994/86/84 - Congresso APAVT - Aveiro 1988 e Ofir 1986 - Na organização do III, II,I Encontro Nacional de Turismo de Habitação -

1995/94/93 - FITUR - Feira Internacional de Turismo de Madrid - 1994/93/92/91/90/89/88/87/86 - W.T.M.- World Travel Market Londres- 1994/93/91/90/89/89/88/87/86 - Workshop - Londres 1993/89 - BTL - Bolsa de Turismo de Lisboa 1994/93/92/91/90/89 - BTF Brussels Travel Market - Bruxelas - 1994 - TUR - Suedish International Travel and Tourism Trade Fair- 1994/93/92/91/90/89/88/87 - BIT - Bolsa Internacional de Turismo Berlim- - UTRECHT - Holanda - 1994/1993 - NORFÉRIAS - Exponor - 1994 - Participação no "Tourism International Film Festival - 95 - Promoção de Habitação na RTP, TVI, TV Inglaterra - Entrevistas Rádios Portuguesas - Promoção do Turismo de Habitação em Revistas e Jornais - Workshops em Hóteis para grupos estrangeiros - Acções de promoção junto de Operadores - Na organização do Congresso do Caminho Português de Santiago - Na Organização do Congresso do Barroco Português de Santiago - 1989 - Seminário Técnico do Turismo- BTL-Lisboa- 1994/1990 - Organização de visita de D. Manuel Fraga Iribarne ao Turismo de Habitação - Ponte de Lima 1991 - Organização da reunião do Conselho da Europa para a Cultura, Ponte de Lima - Itinerários Portugueses do Infante D. Henrique - 1992 - Organização da visita do Primeiro Ministro da Holanda ao Turismo de Habitação - 1994 e 1993 II C Elementos Relativos à Recepção dos Turistas II C 1 Organização da Recepção dos Visitantes O Posto de Turismo Local, com exposição permanente de Artesanato Local; a

Central de Reservas do Turismo de Habitação - TURIHAB - com Sala de Atendimento, Brochura, Inscrições, Roteiros, Vídeos; Arquivo Municipal com Documentação; Biblioteca Municipal com Sala de Atendimento, Projecção de Vídeos e Conferência; Despartamento

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de Topografia da Câmara Municipal de Ponte de Lima: Criação de Mapas e Documentação; Pelouro da Cultura e Turismo da Câmara Municipal com ediçaõ de Brochuras e Postais e publicação de Roteiros, Trilhos e Econografias e sinalização dos centros de interesse concelhios.

II C 2 - Acções Específicas Relativas ao Respeito do Ambiente pelos Turistas O Pelouro do Ambiente da Câmara Municipal de Ponte de Lima desencadeou uma

campanha de sensibilização nos mass-media locais e junto dos visitantes com a prioridade da preservação do Ambiente, com meios audiovisuais, cartazes e a sinalética das espécies mais importantes existentes.

II D - Elementos de Sensibilização: II D 1 - Medidas de Sensibilização dos Habitantes do Destino ao Ambiente Várias acções das Escolas Primárias, Preparatórias, Secundárias, Profissionais e

Superiores: - Exposições sobre o Rio Lima promovido pela MOLIMA - Moviventação para a

Defesa do Lima; - Acção do Ambiente "Ponte de Lima - Que Futuro?", pelo Instituto Erasmus; - Acção "Ponte de Lima - que Ambiente?", pela Escola Secundária de Ponte de

Lima - Preservação dos Caminhos de Santiago e Áreas Envolventes, Câmara

Municipal e ADRIL, LIMICI - Seminário do Mundo Rural, promovido pela ADRIL; - Classificação como Reserva Natural Ecológica da Lagoa de Bertiandos e S.

Pedro d'Arcos, promovida pela Câmara Municipal; - Encontro Nacional do Turismo de Habitação "Património e Ambiente",

promovido pela TURIHAB; - Concurso Rio Lima; promovido pela Câmara Municipal, dirigido às Escolas do

Concelho;

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- Concurso das Vilas mais Floridas da Europa; - Concurso das Cidades Mais Limpas; - Programas de Rádio com entidades do sector, alertando para a presrevação do

meio ambiente promovidos pela Câmara Municipal; - Os Amigos do Mar, conjuntamente com Instituições Educacionais para a

Sensilblização. II D 2 - Medidas para a Sensibilização dos profissionais do Turismo do

Destino ao Ambiente - Promoção de Itinerários de Valorização do Património Natural e Cultural; - Organização de três Encontros Nacionais do Turismo de Habitação, sendo o último

Encontro subordinado ao tema "Património e Ambiente". - Organização de Seminários do Mundo Rural. - Cursos de Formação dirigidos a profisionais do Ambiente; "Técnicas de

Reciclagem", "Atendimento de Qualidade em Espaço Rural", "Raças Autóctones", e outros.

- Promoção de Visitas Educacionais e Atendimento de Escolas Primárias,

Secundárias, Profissionais e Superiores. - Escola Profissional de Ponte de Lima - Área Ambiente, organização de

intercâmbios Pedagógico -Ambientais.

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CAPÍTULO III

III A - As Estruturas: III A 1 - Descrição dos Organismos do Destino Candidato: TURIHAB - Associação do Turismo de Habitação Câmara Municipal de Ponte de Lima ADRIL - Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Lima RTAM - Região de Turismo do Alto Minho TURIHAB - Associação do Turismo de Habitação Trata-se de uma Associação Sem Fins Lucrativos. Apresenta a seguinte estrutura e Organização: - Os seus Orgãos Sociais (Mesa da Assembleia Geral, Direcção, Conselho Fiscal e

Conselho Consultivo) foram eleitos na Assembleia Geral de 2 de Abril; - Constituída por 90 casas Associadas; Orgãos Sociais Mesa da Assembleia Geral Presidente: Dr. João Gomes d'Abreu de Lima Vice-Presidente: Engº Luís Mendes Norton de Matos Secretário: Dr. António Pinto de Mesquita Direcção: Presidente: Engº Francisco de Calheiros Vice-Presidente: Dr. Manuel Novaes Machado Tesoureiro: D. Maria Fernanda Mimoso Lemos Secretário: Dr. Francisco José Maia e Castro Vogal: Dra. Margarida Maria Palhares Correia Malheiro 1º Suplente: D. Mara Helena Torres Fernandes Westebbe 2º Suplente: D. Maria Armanda de Oliveira Meireles Conselho Fiscal: Presidente: D. João Almeida Santiago Sottomayor 1º Vogal: D. Maria Elisa da Costa Pereira Faria de Araújo 2º Vogal: D. Gracinda da Conceição Pimenta Lopes 1º Suplente: Sr. António Carlos Calheiros de Oliveira 2º Suplente: D. Maria do Carmo Ferraz Pinto

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Comissão Consultiva: Arquitecto Decorador Animador Responsável: Engº Francisco de Calheiros Endereço: Praça da República 4990 ponte de Lima Telefone: 058 - 742827/742829/741672 Fax: 058/741444 Câmara Municipal de Ponte de Lima A Câmara Municipal é uma entidade eleita por sufrágio directo com um Presidente

e 6 vereadores, cujo o funcionamento é supervisionado pela Assembleia Municipal. Presidente da Assembleia Municipal : Professor Dr. Salvato Trigo Presidente da Câmara Municipal: Engº Daniel Campelo Endereço: Praça da República 4990 Ponte de Lima Telefone:741422 Fax: 741391 ADRIL - Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Lima Trata-se de uma Associação Sem Fins Lucrativos. Apresenta a seguinte estrutura e Organização: - Os seus Orgãos Sociais (Mesa da Assembleia Geral, Direcção, Conselho Fiscal e

Conselho Consultivo) foram eleitos na Assembleia Geral de 30 de Dezembro; Orgãos Sociais Mesa da Assembleia Geral Presidente: Câmara Municipal de Ponte de Lima

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Vice-Presidente: Câmara Municipal de Arcos de Valdevez Secretário: Câmara Municipal de Ponte da Barca Direcção: Presidente: TURIHAB - Associação do Turismo de Habitação Secretário: Adega Cooperativa de Ponte de Lima Tesoureiro: Caixa de Crédito Agrícola Mútuo de Ponte de Lima Vogal: Associação dos Agricultores do Vale do Lima Vogal: Associação Comercial e Industrial dos Arcos de Valdevez 1º Suplente: Associação Empresarial de Ponte de Lima 2º Suplente: ARVAL - Artesãos Reunidos do Vale do Lima Conselho Fiscal: Presidente: RTAM - Região de Turismo do Alto Minho Secretário: Adega Cooperativa de Ponte da Barca Relator: AJAP - Associação dos Jovens Agricultores de Portugal Conselho Consultivo: Presidente: IPVC/ESA - Escola Superior Agrária de Ponte de Lima Vogal: Direcção Regional de Agricultura de Entre Douro e Minho Responsável: Engº Francisco de Calheiros Endereço: Praça da República 4990 Ponte de Lima Telefone:741417 Fax: 741418 RTAM - Região de Turismo do Alto Minho Entidade Pública Regional do Turismo constituída por: - Presidente da Região - Orgão Executivo - Conselho Regional do Turismo O Responsável: Dr. Francisco José Torres Sampaio Endereço: Forte de Santiago da Barra 4900 Viana do Castelo Telefone: 820271/2 Fax: 829798 III A 2 - Orçamentos dessas estruturas TURIHAB

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- As estruturas operacionais da Associação estão concebidas segundo o

organigrama seguinte:

Direcção

Comissão consultivaClassificação das Casas

Função Associativa Função de Marketing

Orçamento: 35.000 Contos/Ano ADRIL - A Assembleia Geral elege e destitui os Órgãos Sociais por escrutínio secreto em

sessões convocadas com o mínimo de quinze dias de antecedência pelo Presidente da Mesa, a pedido da Direcção ou de 50% dos associados. O mandato dos Órgãos Sociais é de dois anos (Cfr. art. 9º, 2,; art.10º,3b; art.11º, 1 dos Estatutos);

- A Associação obriga-se face a terceiros com a assinatura de dois elementos da Direcção;

- Foi constituída por escritura de 17 de Julho de 1991, no Cartório Notarial de Ponte de Lima (Ver Diário da República nº123, III Série, de 28 de Maio de 1992);

- Está inscrita no Registo Nacional de Pessoas Colectivas sob o Nº 939900; e - Orienta-se pelos Estatutos e regulamento Interno. - As estruturas operacionais da Associação estão concebidas segundo o

organigrama seguinte:

DIRECÇÃO

Serviços Técnicos/ GAL Serviços Administrativos

. Informação/Formação . Expediente e Arquivos . Apoio ao Desenvolvimento . Contabilidade . Património e Ambiente

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- GAL - Grupo de Acção Local - O Responsável pelo Associação é o Presidente da Direcção da TURIHAB- Associação do Turismo de Associação Orçamento: 35.000 Contos/Ano Responsável pelo Investimentio do Programa LEADER no

montante de 1.600 mil contos Câmara Municipal de Ponte de Lima A Câmara Municipal de Ponte de Lima rege-se de acordo com as normas gerais dos

Municípios com seguinte organigrama:

CÂMARA MUNICIPALPRESIDENTE

DIVISÃO ADMINISTRATIVA

E FINANCEIRA

GABINETE DEAPOIO PESSOAL

NÚCLEO DE INFORMÁTICA

DIVISÃO DE EDUCAÇÃOE

CULTURA

DIVISÃO DE SERVIÇOS URBANOS

DIVISÃO DE OBRAS E URBANISMO

A Câmara Municipal de Ponte de Lima apresenta um orçamento global de 3.095.000

contos. RTAM - Região de Turismo do Alto Minho O Orçamento global é de 70.000 contos.

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O responsável pela Região do Turismo do Alto Minho Presidente do Executivo - Dr. Francisco Sampaio.

III A 3 - Descrição dos mecanismos de Cooperação entre o sector Público e

Privado Os Mecanismos de cooperação estão consubstanciados no funcionamento da ADRIL,

cuja constituição respeita as organizações mais representativas públicas e privadas, a saber:

- Adega Cooperativa de Ponte da Barca - Adega Cooperativa de Ponte de Lima - AJAP- Associação dos Jovens Agricultores de Portugal - ARVAL- Artesãos Reunidos do Vale do Lima - AEPL- Associação Empresarial de Ponte de Lima - ACIAV - Associação Comercial e Industrial dos Arcos de Valdevez - AAVL- Associação dos Agricultores do Vale do Lima - Caixa de Crédito Agricola Mútuo de Ponte de Lima - Câmara Municipal de Arcos de Valdevez - Câmara Municipal de Ponte da Barca - Câmara Municipal de Ponte de Lima -IPVC/ESA- Escola Superior Agrária de Ponte de Lima - RTAM - Região de Turismo do Alto Minho - TURIHAB - Associação do Turismo de Habitação Existem, igualmente Protocolos de Cooperação entre a Câmara Municipal de Ponte

de Lima e a RTAM, entre a Câmara Municipal de Ponte de Lima e a TURIHAB, e entre a RTAM e a TURIHAB.

Através destes Protocolos de Cooperação fica assegurado o funcionamento na área

do Turismo e Ambiente. III B - Plano de Desenvolvimento Turístico O Plano de Desenvolvimento Turístico do concelho de Ponte de Lima insere-se no

Programa Leader do Vale do Lima. Ver quadro diagrama relativo aos objectivos do Leader do Vale do Lima.

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A intervenção estrutural comunitária Acções do Programa Comunitário LEADER -

Ligação Entre Acções de Desenvolvimento da Economia Rural, enquadra-se na reforma dos fundos estruturais a título do objectivo nº1 (desenvolvimento e adaptação das regiões menos desenvolvidas), em vigor desde 1 de Janeiro de 1989.

O Programa comunitário LEADER é representado pelo Grupo Local ADRIL-

Associação do Desenvolvimento Regional Integrado do Lima, instituída em 11 de Abril de 1991, constituindo a entidade responsável pelo desenvolvimento integrado da área de intervenção do Vale do Lima, com particular destaque para o concelho de Ponte de Lima. A ADRIL é responsável pela concertação de acções de promoção e valorização dos seus recursos endógenos, relevando as potencialidades turísticas e ambientais e a promoção de produtos locais. Esta associação é a principal promotora de um ambicioso projecto de desenvolvimento local, executado no período de dois anos, que financiou a construção de um campo de Golfe em Ponte de Lima, um Hipódromo e um campo de caça em Ponte de Lima, para além da recuperação de 12 casas na aldeia de Soajo, e os Quarteis de Nossa Senhora da Peneda e projectos no âmbito do artesanato e dos produtos locais.

O Turismo constitui uma actividade que atinge uma fase acelerada de

desenvolvimento sob as formas instituídas no Turismo em Espaço Rural. A pré-existência de unidades TER de qualidade reconhecida, constituindo a maior bolsa de oferta do país, determinou a criação de infraestruturas de animação complementar, para diminuir a sazonalidade e aumentando as taxas de ocupação. A política estratégica da ADRIL veio de encontro a estas necessidades implementando a criação de alojamento turístico em áreas interiores e com tendência para a desertificação, pretendendo a fixação de populações nas áreas interiores e menos acessíveis e a atenuação do desfasamento regional. A política de intervenção cimentada na garantia de elevados padrões de qualidade de produtos de origem exclusivamente local, revela um suplemento da oferta turística, justificando a criação de um label regional. Ainda, desencadeador de um processo de dinamização de outras actividades ora da área de intervenção.

A implementação de uma estratégia que obviasse um projecto turístico desta

dimensão impunha o desenvolvimento de um Polo Turístico conscientemente planeado e a sensibilização das populações locais para uma actividade complementar, que poderá encerrar a solução maravilhosa para o despertar do marasmo da economia doméstica do mundo rural. Esta estratégia enquadra-se num projecto de construção de uma imagem de um Turismo de qualidade promovendo o genuinidade da tradição Portuguesa.

O projecto de um label regional daria consistência à velha aspiração de uma imagem

de qualidade reconhecida para os produtos locais - os produtos do Vale do Lima. Para tal, surge a necessidade de criação de mecanismos que permitam garantir alguns produtos que representam, no seu conjunto, um paradigma da região - as raças autóctones e seus derivados, a carne, o leite e o queijo; a manufactura do linho; a cantaria

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lavrada em granito; a cerâmica. Estes e outros elementos incorporam a identidade de uma cultura que urge preservar e promover a nível nacional e internacional.

Nesta orientação, poderemos perspectivar a dinamização do património natural e

cultural, um desencadear de iniciativas, um maior investimento na região, a consciencialização para um desenvolvimento integrado e planeado do Vale do Lima no geral e Ponte de Lima em particular.

Orçamentação das Acções, verificar Quadro Financeiro. Promovendo uma estratégia de acções de sensibilização da população local,

conseguiu a sua adesão positiva, desencadeando iniciativas avaliadas pela realização em curso dos seguintes projectos e respectivos promotores:

* Criação de um Polo Turístico: GOLF (TURILIMA - Sociedade de Empreendimentos

Turísticos, S.A. e GPL - Golf Clube de Ponte de Lima); CENTRO HÍPICO (Quinta das Velhas, Lda.); CAMPO DE CAÇA (Clube de Tiro, Caça e Pesca "CONTRASTA" de efeito catalisador na optimização da actividade turística em toda a área de intervenção e extravazante à sua própria delimitação.

* Ampliação da capacidade de oferta turística, nomeadamente com a criação de

alojamentos no Parque Nacional da Peneda Gerês (12 casas na Vila do Soajo, Quartéis do Santuário de Nª Sra da Peneda), obtidos pela recuperação do património, tendo em conta a experiência anterior de recuperação de património mais erudito. Em complemento desta intervenção, a criação de uma Central de Reservas (ADRIL), desenvolvendo "software" adaptado e baseado também na experiência adquirida em vários anos de funcionamento da Central de Reservas do Turismo de Habitação (TURIHAB - Associação do Turismo de Habitação). Estes projectos de intervenção e gestão integrada constituiram a referência fundamental para uma extrapolação a nivel nacional, dando origem à modalidade "Turismo de Aldeia" e à implementação do Programa de Recuperação de Aldeias Turísticas.

Neste contexto constata-se: * A valorização dos Produtos Locais com a criação do label "Vale do Lima" (AAVL -

Associação dos Agricultores do Vale do Lima) e o envolvimento de PME's e de diferentes iniciativas da àrea do arteasanato numa estrutura de "marketing" alargada, integrando-as na rede telemática e promovendo-as no principal de divulgação e comercialização de produtos locais existente na região - a EXPOVEZ.

* A modernização de uma unidade de produção de enchidos e fumeiro artesanal

(MINHOFUMEIRO, Lda. - Enchidos e Fumados à moda de Ponte de Lima). Racionalização das linhas de produção e comercialização de uma empresa artesanal de cerâmica tradicional de grande expressão local.(ANHEL-Lançós). Reinstalação de

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uma cooperativa de artesanato do linho - cultura, fiação, tecelagem e confecção (ARVAL - Cooperativa dos Artesãos Reunidos do Vale do Lima) e de uma oficina de cantaria lavrada de granito (Pedras Sequeiros, Lda.).

* O patrocínio de uma imagem de qualidade do Vinho Verde (Adega

Cooperativa de Ponte de Lima e Adega Cooperativa de Ponte da Barca). * O melhoramento do sistema de recolha e transporte de leite de vaca

"Cachena", visando a criação de uma unidade especial de fabrico de queijo (Associação dos Criadores da Raça Cachena). Apoio a iniciativas de apuramento genético de raças autóctones e sua divulgação - gado Barrosão (Escola Profissional Agrícola de Ponte de Lima), cão Castro Laboreiro (Canil de Lamas de Mouro) e Garrano (Escola Superior Agrária de Ponte de Lima e O GARRANO, Clube Hípico de Ponte de Lima).

* O desenvolvimento e valorização cultural da população com o equipamento de

uma Associação Cultural (Centro Cultural Frei Agostinho da Cruz e Diogo Bernardes); a reedição de qualificação de trabalhos e estudos de interesse histórico, artístico e etnográfico de âmbito local (LIMICI - Associação para a Defesa do Ambiente e do património Cultural de Ponte de Lima); a recuperação de um trilho medieval e a instalação de um Centro Cultural e Museu de Actividades rurais, no PNPG (Parque Nacional da Peneda - Gerês).

* A criação de um ambicioso Programa de Formação Profissional envolvendo os

Beneficiários e tendo em vista o acolhimento e gestão turística; o artesanato do linho e de pedra; a informática; e a preparação de animadores locais que estabeleçam a interlocução entre o LEADER e os projectos promovidos tornando-os formadores da própria dinâmica LEADER (ADRIL).

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III B 2 - Comporta uma Vertente "Ambiente"? Sim, todas as medidas integrantes do Projecto de Desenvolvimento da Economia

Rural do Lima consideram uma vertente Ambiente, como podemos verificar nos quadros das medidas implementadas em anexo, ponderando todos os impactos subsequentes.

Acções Sub-Acções 1. Preservação e

Valorização do Ambiente e Qualidade de Vida

2. Valorização e

Comercialização das Produ-ções Agrícolas, Silvícolas, e da Pesca Local das espécies ani-mais e autóctones

2.1. Espécies animais

autóctones 2.2. Variedades Vegetais

Nacionais 2.3 Produtos da Agro-

Indústria Familiar 2.4 Outros

Criação de um Centro Ecológico/ Ecomuseu para iniciação permanente ao meio ambiente (água, resíduos, energia, biodiversidade)

Apoio a acções do Parque Nacional da Peneda-Gerês na zona

Criação do Parque Biológico da Lagoa de Bertiandos Apoio a acções de identificação e preservação do património

arqueológico - Apoio a projectos piloto de renovação da produção de

espécies autóctones: Barrosã, Galega, Cabrito Serrano, Borrego do Monte, Bízaro, Cavalo Garrano;

- Apoio a projectos experimentais de produção de leite de espécies autóctones (Cachena, Galega, Cabra Serrana);

- Apoio à criação de caça em cativeiro: Faisões, Perdizes; - Apoio ao repovoamento piscícola e pesca desportiva. - Apoio à produção de certas variedades vegetais: Linho,

Laranjas de Ermelo, Castanha Marelal, Azevinho, Plantas Medicinais e Frutos Silvestres;

- Apoio à "Descoberta - Classificação de Cogumelos do Vale do Lima", com envolvimento da Juventude, os Botânicos e Turistas;

- Apoio à Gestão e Defesa Florestal. - Apoio a Agro-indústrias experimentais: Doce de Castanha

Mareal, Queijos de Cachena e Cabra, Compotas, Cidra, Mel, Vinho Verde Quinta e Fumeiros.

- Apoio à Expovez - Feira do Lima; - Apoio a um Mercado de Gado de Espécies Autóctones - Apoio a um Catálogo de Produtos Agrários do Lima; - Apoio às Denominações de Origem; - Apoio à Promoção do Vinho Verde.

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III B 3 - A Noção do "Turismo Sustentável" é levada em conta? Por que Acções? Todas as Acções equacionam uma Estratégia de Desenvolvimento Integrado segundo

critérios de qualidade ambiental no sentido de um Turismo Sustentável. A Politica de Desenvolvimento Sustentável implementada traduz a Conservação e a Valorização do Património Natural e Cultural desempenhando acções que primam pelo incentivo e dinamização do Desenvolvimento Turístico Regional.

III B 4 - Os Objectivos dos Planos Precedentes foram Alcançados? A política do Plano de Desenvolvimento Integrado concertada pela ADRIL em

cooperação com a TURIHAB - Associação de Turismo de Habitação, revelando como prioridade a dinamização das potencialidades locais, constituiu uma atitude inovadora possibilitando a mobilização das forças vivas locais, públicas e privadas.

Revelando resultados positivos em termos de investimento local de acordo com

uma estratégia de desenvolvimento equacionado, também traduziu-se numa alta taxa de rentabilidade da comparticipação comunitária relativamente ao investimento local. Viabilizou a distribuição harmoniosa de projectos na área de intervenção, de acordo com as prioridades da estratégia de desenvolvimento local e regional.

Analisando as intenções de investimento recebidas constata-se que se situaram no

montante de 2.690 mil contos, tendo-se aprovado o montante de 1.388 mil contos, com uma participação comunitária de 638 mil contos, correspondendo a uma taxa de 46%. A taxa média de 65%, confirma a aplicação dos objectivos pressupostos. Com um investimento inicial previsto na ordem de 912.152 contos, verificamos que houve um aumento de investimento total de 52,2%, que representa uma optimização substancial da aplicação da comparticipação comunitária.

Relativamente ao impacto do investimento a nível local e regional, verificam-se os

montantes de 574 mil contos e 755 mil contos respectivamente, correspondendo ao primeiro uma percentagem de 43%, e ao segundo uma percentagem de 57% do Investimento global (quadro anexo). Verifica-se assim, um maior peso da parte de investimento de âmbito regional (zona de intervenção) relativamente ao investimento de âmbito local (concelhio) conferindo ao nosso projecto um grau de abrangência considerável, de acordo com os objectivos definidos no PAL.

Concluindo, directamente o investimento global é responsável pela criação de

setenta e dois postos de trabalho permanente, 114 camas para alojamento turístico e o financiamento de um total de 95 projectos. Indirectamente, estima-se um acréscimo de

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investimento de 3 milhões de contos, com a criação de 250 postos de trabalho durante a execução dos projectos. A concretização dos projectos aprovados pelo Programa LEADER, constituirá a maior intervenção no âmbito do desenvolvimento rural integrado, jamais efectuado no Vale do Lima, constituindo uma referência a nível nacional e internacional.

Os objectivos foram plenamente concretizados, todos os projectos integrantes do

LEADER I se revestiram do maior sucesso. Dada a excelente implementação da Estratégia de Desenvolvimento da ADRIL, será credenciado o LEADER II, em 6 de Maio de 1995.

III C - Formação Enquadramento LEADER A Comissão da União Europeia criou em 15 de Março de 1991 o Programa LEADER,

para apoiar as zonas rurais. No âmbito deste programa, os grupos locais poderão planear e concretizar as

actividades mais diversas, tendo como objectivo o desenvolvimento das características específicas de cada região contribuindo não apenas para um melhor conhecimento das potencialidades e desenvolvimento da região, mas também para a necessidade de uma intervenção integrada capaz de inverter as tendências estruturais de estagnação.

A estratégia de actuação será implementada no sentido de ir de encontro às

necessidades específicas de cada região. Neste contexto, através do LEADER, as zonas rurais pouco desenvolvidas poderão criar actividades em áreas estratégicas para o desenvolvimento, tais como: Artesanato, Turismo ou Comercialização de produtos provenientes das actividades locais.

A necessidade de formação de profissionais capazes de responder com eficácia às

iniciativas e projectos locais, é mais necessária nas regiões rurais menos desenvolvidas do que em áreas onde as comunicações e o acesso à informação são mais fáceis.

Estes profissionais, para participarem no desenvolvimento das regiões, deverão

possuir conhecimentos técnicos necessários à implementação dos projectos e por outro lado o conhecimento profundo das regiões de forma a contribuirem para a mobilização e valorização dos seus recursos.

III C 1 - Descrição das Formações Ministradas Relativas ao Turismo e ao Ambiente Formação de Animadores - Os Animadores Locais deverão ter um conheciemnto

profundo das potencialidades e dificuldades das zonas onde irão actuar de forma a

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contribuir activamente e com conhecimento de causa na iunplementação de projectos de desenvolvimento da região.

O objectivo deste curso é formar profissionais que contribuam de uma forma

eficiente para o levantamento de necessidade e dinamização de projectos na região. Os objectivos específicos são: - Caracterizar a região, geográfica e economicamente, identificando as suas

potencialidades e estrangulamentos; - Promover projectos de desenvolvimento regional; - Enquadradar os projectos nos objectivos do Programa LEADER do Vale do Lima; - Apresentar os principais programas de apoio ao desenvolvimento promovidos pela

União Europeia; - Informar das principais atribuições da CCRN e do Ministério da Agricultura no

âmbito dos Programas de Apoio ao Desenvolvimento Agrário; - Definir as modalidades de Turismo em Espaço Rural, bem como as suas

perspectivas de desnvolvimento; - Caracterizar o Artesanato Típico da Região, perspectivando ultrapassar as

dificuldades da sua comercialização; - Abordar as populações e entidades locais no sentido de programar acções; - Informar das áreas de actuação das Autarquias. Formação de Beneficiários - Os promotores dos projectos terão de estar preparados

para a sua dinamização. Por isso é absolutamente indispensável a sua formação nas diversas áreas de actuação que integram várias etapas, desde o levantamento das necessidades até à concretização das acções planificadas.

O Turismo no Espaço Rural é hoje em dia uma das alternativas para quem gosta de

conhecer mais profundamente os costumes e a maneira de viver das diversas populações. Devido ao enquadramento das casas os utilizadores têm oportunidade de conhecer

as várias regiões do país e terem acesso a momentos de repouso e descontração. No entanto, para que os serviços disponíveis sejam eficientes, há que dispor de um atendimento personalizado e de qualidade. É também importante a rentabilização dos recursos humanos e materiais, recorrendo a estruturas já existentes ou criando estruturas próprias.

Na Europa das "Regiões" é essencial que cada uma conserve e desenvolva as suas

tradições para que numa sociedade cada vez mais globalizante, consigam manter a sua identidade e os seus valores culturais.

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O incremento dos ofícios tradicionais, mantendo a perspectiva artesanal, mas utlizando as novas técnicas de comercialização, poderá contribuir de uma forma eficaz para o desenvolvimento das regiões.

Curso: "Sensibilização em Gestão de Turismo no Espaço Rural" A Formação dos proprietários é imprecindível, para que sejam criadas as melhores

condições de optimização das casas e de bom atendimento aos utilizadores. O seu objectivo foi aprofundar conhecimentos de gestão e marketing que permita

optimizar o funcionamento das Casas de Turismo no Espaço Rural. Os objectivos específicos traduziram-se em: - Sensibilizar proprietários de casas para as potencialidades do Turismo no Espaço

Rural; - Aprofundar conhecimentos de gestão financeira; - Conhecer meios informáticos de gestão comercial; - Adquirir algumas noções de Direito Contratual; - Conhecer as vantagens de utilização de Economia de Escala; - Descrever estratégias de marketing. Curso- "Atendimento de Qualidade em Turismo no Espaço Rural" O sector do turismo depende não somente das estruturas e recursos existentes, mas

também da forma de acolhimento e atendimento dos clientes. O atendimento efectuado por profissionais que dominem com segurança os conhecimentos necessários para uma comunicação eficaz com o cliente, é imprescindível numa época onde a "informação" tem um papel predominante. Só um profissional bem preparado poderá responder com segurança às solicitações que surgem no decorrer da sua actividade.

Objectivo deste curso é preparar profissionais que atendam e acolham com maior

eficiência os clientes das Casas de Turismo no Espaço Rural. Os objectivos específicos são: - Aprofundar conhecimentos de atendimento em diversos sectores; - Adquirir conhecimentos básicos de línguas estrangeiras utilizados em hotelaria; Curso: Técnicas de Artesanato "Bordadeira Clássica do Linho e Fiandeira de Lã" Sendo o Linho e a Lã produtos típicos do Minho, é necessário conhecer com

profundidade a forma como esses produtos são trabalhados na região.

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O objectivo deste curso foi incrementar o trabalho de artesanato local valorizando os recursos regionais, nomeadamente o Linho e a Lã.

Os objectivos específicos foram: - Valorizar os ofícios tradicionais através do ensino das suas técnicas; - Introduzir técnicas de marketing; - Apresentar novas formas de gestão; - Conhecer princípios básicos de Higiene e Segurança no Trabalho. Curso: "Técnicas Artesanais do Trabalho Tradicional em Pedra" Sendo o granito um recurso natural do Minho, é usual encontrarmos a sua utilização

nas mais variadas aplicações. Considerando importante o conhecimento do trabalho artesanal do granito, estruturou-se uma acção de formação que permitiu aos participantes, obter conhecimentos específicos para o trabalho artesanal da pedra, de encontro ao enquadramento arquitectónico da região em termos paisagísticos e urbanísticos.

O objectivo deste curso foi promover o trabalho tradicional da pedra utilizando

métodos e técnicas artesanais. Tendo como objectivos específicos: - Aprender técnicas de utilização da pedra na construção civil, decoração e

artesanato; - Conhecer técnicas de restauro.

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Página onde figurará o Quadro da Formação - Não Apagar

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IV - CONCLUSÃO

IV 1 A medida seleccionada para o nosso destino turístico é, com toda a certeza, a

valorização e o desenvolvimento do Turismo no Espaço Rural. Ponte de Lima, com o objectivo da recuperação e salvaguarda do patrimonio arquitectónico e cultural, criando uma nova actividade de desenvolvimento sustentável.

Ponte de Lima é o berço desta modalidade, representando a maior bolsa de oferta a

nível nacional e, por tal, considerada a capital do Turismo de Habitação . As preocupações implícitas na divulgação do Turismo no Espaço Rural, traduzem a

estratégia da TURIHAB; * Diversificação para Novos Segmentos - * Aposta no que é Único * Criação de uma Imagem nos Mercado Externos * Oferecer Animação e Criação de Infraestruturas de Apoio * Criar Dimensão com reforço de Marketing e Vendas - Central de Reservas Protagonizando um pólo turístico irradiador de desenvolvimento sustentável

regional e referência nacional, afirmando a preocupação de manter uma estrutura de atractividades paisagísticas e patrimoniais que garantem a dinamização das actividades turísticas e de lazer, podendo extravasar o agricultor para um autêntico guardião da natureza e dos valores culturaise rurais .

A região do Vale do Lima como um todo, e Ponte de Lima em particular, criaram já,

perante o país, uma inconfundível imagem de peculiariedade, resultante das privilegiadas belezas naturais, mas também resulta da marca de um povo que tem consciência do valor do seu habitat quer físico, quer cultural, conservando e defendendo com vigor e compromisso.

A originalidade do Turismo de Habitação reside no comprometimento do

desenvolvimento economicamente sustentável e operacional, característico do mundo rural, envolvendo o retorno aos valores sãos do passado e a valorização do futuro.

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Em síntese, Ponte de Lima no Coração do Vale do Lima deverá salvaguardar a sua Identidade e afirmar-se no mercado valorizando Itinerários Turísticos, desenvolvendo o Turismo nas Casas, Quintas e Aldeias apoiando os Artesanatos e promovendo os Produtos Turísticos Artesanais, valorizando a Natureza e preservando o Ambiente.

IV 2 Ponte de Lima representa um destino turístico de excelência, onde o visitante pode

contactar com a natureza nas suas formas primitivas. A abundância de verdes e águas conferem a ambiência do paraíso semeado de pedras, erguida na riqueza do saber das mãos da gente limiana.

Ponte de Lima simboliza uma estadia de sonho cativando o turista, embebido pelo

limianismo, na promessa de voltar. Saliente-se que a média de estadia do turista é de 4 noites, constatando-se o regresso.

Consideramos o Concurso Grande Prémio Europeu Turismo e Ambiente da maior

relevância que poderá constituir uma sensibilização para o retorno aos valores autênticos e o relacionamento do Turismo com a Natureza que dignificam a genuinidade do produto Turismo em Espaço Rural, despertando outras regiões e destinos através da exemplificação do resultado conseguido.

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