Ponto Dos Concursos - Aula de Comunicação - 00

COMUNICAÇÃO 2014 – Curso Básico PROFESSORAS: CINTIA MORENO E JANAINA CARVALHO

Prof. Cintia Moreno e Janaina Carvalho www.pontodosconcursos.com.br 1

TJ-PA /2014 – Comunicação Social

Aula 0 – Apresentação do curso

Olá, pessoal!

Estamos aqui para apresentar a aula demonstrativa do curso de Comunicação

Social para o concurso do Tribunal de Justiça do Estado do Pará (TJ/PA).

O curso é voltado para os temas de comunicação cobrados neste edital, mas

atende, também, a diversos outros editais por tratar de temas comumente

cobrados – alguns deles de forma sistemática. Portanto, mesmo quem não vai

prestar este concurso mas está se preparando para outros, pode e deve fazer

o curso.

Com esta aula demonstrativa, nossa intenção é que você conheça a proposta

do curso e sua metodologia, daí faça sua avaliação e (torcemos!) venha

estudar conosco para enfrentar todas as oportunidades de concursos do

mercado.

Sabemos que quem se prepara para prestar concurso normalmente tem

dificuldade de encontrar material didático de algumas áreas específicas de

conhecimento que tenham conteúdo qualificado e objetivo, direcionado para

concursos. A área de Comunicação Social, mesmo depois de tanto tempo,

continua sendo umas daquelas que mais têm escassez de material, por isso,

nós procuraremos aqui aliar a teoria e a prática, aplicada diretamente às

provas. A idéia é fazermos um curso prático, que trabalhe conceitos e lhe

prepare para resolver a prova. Precisamos ser completos e objetivos.



Como será o desenvolvimento do estudo?

Vamos iniciar cada capítulo com um resumo teórico do assunto em voga, em

seguida questões comentadas de provas anteriores. Buscaremos sempre variar

as bancas para dar uma visão geral de como elas cobram os temas, no

entanto, esbarraremos sempre na disponibilidade de questões: como é sabido,

algumas bancas não têm atuação frequente em todos os tipos de prova, tendo

poucas questões disponíveis, como ESAF, por exemplo; outras as têm em

abundância, como Cespe, por exemplo. Mas, garantimos a variedade e visão

geral que permita enfrentar qualquer prova.

Ao longo de todo o curso, buscaremos, também, adotar uma linguagem direta,

acessível, embora saibamos estar lidando com profissionais que de uma forma

ou de outra se relacionam com esses termos no seu dia a dia, pois convivem

com a comunicação em seu cotidiano acadêmico e/ou profissional. Sabemos,

portanto, que este não é um curso de formação em Comunicação, e sim

apenas uma ferramenta objetiva para o sucesso nas provas. Em vista

disso, enriquecemos a abordagem teórica com esquemas, ilustrações e

recursos de apoio para facilitar sua apreensão dos conteúdos e a visão

pontual necessária para lidar com a prova.

O curso é semanal, composto por treze aulas expositivas, além desta aula

demonstrativa. As aulas serão postadas de acordo com o cronograma

divulgado no site do Ponto dos Concursos e vocês terão o fórum para um

contato direto conosco. Para quem não conhece, esclarecemos que o fórum

não funciona em sistema on-line ou de plantão, portanto, as questões

podem não ser respondidas todas de imediato, mas prometemos a maior

rapidez possível nas respostas. É importante entender que os fóruns estão

disponíveis para os temas das aulas, componentes do curso, outros

temas que não fazem parte do curso também não fazem parte dos fóruns.



Procuramos sempre trabalhar as aulas com certo equilíbrio na divisão e

ordenamento dos assuntos, mas, claro que algumas aulas podem ser mais

extensas ou conter mais assuntos que outras.

O conteúdo programático do curso é o seguinte:

• Comunicação: Teorias, conceitos e paradigmas da Comunicação Social.

• História da comunicação social no Brasil. História das Relações Públicas

no Brasil. Ética e legislação: código de ética do profissional de Relações

Públicas.

• Funções e o processo de Relações Públicas: práticas e enfoques.

Relações públicas no composto da comunicação. Fundamentação teórica

e científica das Relações Públicas. Relações Públicas nas organizações

privadas, públicas e confessionais. Interdisciplinaridade da área de

Relações Públicas.

• Comunicação Integrada. Comunicação organizacional e institucional.

Comunicação interna e externa e comunicação como ferramenta de

gestão. Comunicação dirigida. Comunicação em períodos de Crise e

Risco.

• Opinião pública: Conceito, teorias e técnicas de opinião pública.

Comportamento e responsabilidade social no exercício da profissão.

Comunicação Pública, governamental e política. Comunicação

governamental.

• Conhecimento de técnicas administrativas aplicadas às Relações Públicas.

Planejamento em comunicação institucional e identidade institucional.

Conhecimento quanto ao planejamento e implementação de mensagens

e campanhas de caráter informativo e educacional, inclusive quanto ao

uso dos meios e linguagem de comunicação social.

• Técnicas de redação.

• Instrumentos de comunicação organizacional, tais como house organ,

clipping, mailing, newsletter, folder etc.



• Teoria, planejamento e organização de eventos. Conceito e classificação

de eventos. Conhecimento de protocolo e cerimonial público e privado:

organização de mesas diretivas e dispositivos oficiais, ordem de

precedência, disposição de bandeiras e/ou outros símbolos oficiais,

coordenação da montagem, recepção e assessoramento. Conhecimento

da legislação vigente quanto aos símbolos nacionais e precedência.

• Marketing: noções básicas, marketing institucional, marketing de

relacionamento, endomarketing, marketing cultural e esportivo.

• Legislação em Comunicação Social: Lei de Imprensa e regulamentação

da profissão de jornalista.

O cronograma do curso, conforme divulgado na página do Ponto, prevê a

última para o dia 04/07. Portanto, o curso terminará com bastante

antecedência em relação à data da prova para que vocês tenham tempo

suficiente de estudo.

A data provável da prova é domingo, 10/08. Sendo assim, o fórum estará

aberto até o dia 08/08, a sexta-feira anterior à prova. Caso haja alteração na

data da prova (o que é muito pouco provável) que implique necessidade de

alteração em nosso cronograma, avisaremos com antecedência, sempre

buscando não prejudicar seus estudos.

Antes de finalizarmos e nos apresentarmos, uma última observação. É

importante que você saiba que esta aula demonstrativa não é uma aula

completa, como serão as aulas pra valer. Tentamos, aqui, pinçar partes

de algumas aulas para que você conheça a metodologia, a linguagem e

os recursos que usaremos. Nas aulas seguintes, os temas serão retomados

de forma mais bem estruturada, com início, meio e fim; as questões serão

mais desenvolvidas, complementadas. Costumamos trabalhar com uma

quantidade grande de questões. Isto é apenas uma degustação do que vem

por aí.

Bem, agora vamos nos apresentar para que você nos conheça melhor.



Somos duas profissionais de Comunicação que tivemos a alegria de nos

conhecer em curso de pós-graduação em Marketing Estratégico e desde lá

aliamos trabalho e amizade em doses saudáveis de desafio. Como este que

assumimos agora, com muito prazer! Vamos a cada uma:

Cíntia Moreno - graduada em Comunicação Social, com Habilitação em

Relações Públicas pela UNEB (Universidade do Estado da Bahia), pós-graduada

em Marketing Estratégico pelo CENID Business School/UNA-MG. Professora

universitária desde 2001, ministra disciplinas em cursos de Comunicação Social

– Jornalismo e Relações Públicas, da UNIBAHIA; desenvolve atividades de

consultoria em Comunicação e Marketing e foi aprovada no concurso

Petrobras/PSP-RH 02/2008, para o cargo Profissional de Comunicação Social

Júnior – Relações Públicas. No Ponto dos Concursos, ministrou vários cursos

para os concursos dos seguintes órgãos e entidades:

• 2010: MPU;

• 2011: Correios, Dataprev e EBC;

• 2012: Senado Federal;

• 2013: STN, MPU, e STF;

• 2014: FINEP, Fiocruz, Alepe e Câmara dos Deputados.

Janaina Carvalho - graduada em Comunicação Social, com Habilitação em

Relações Públicas pela UNIFACS (Universidade Salvador), pós-graduada em

Marketing Estratégico pelo CENID Business School/UNA-MG, com curso de

extensão em Comunicação Empresarial pela ESPM/ESAMC. Trabalha com

consultoria em Comunicação e Marketing e assessoria de comunicação e

produção em Projetos Culturais. Ex-concurseira, foi aprovada para o cargo de

analista judiciário nos concursos do TRF 1ª Região/2006 e MPU/2007, área de

Comunicação. É co-autora dos seguintes livros voltados a concursos públicos:

“Lei nº 8.112/90 Esquematizada” e “Constituição Federal Esquematizada –

volume 1”, pela Editora Ferreira; “Lei nº 8.666/93 Esquematizada”, “Lei de

Improbidade Administrativa Esquematizada”, “Lei do Processo Administrativo

Federal Esquematizada” e “Legislação Aplicada ao MPU Esquematizada”, pelo



selo V&M (Vicente Paulo & Marcelo Alexandrino), Editora Método. Assinou,

durante mais de um ano, um blog sobre concursos públicos no site do CERS e

escreve artigos para publicações diversas no mesmo tema desde 2008. No

Ponto dos Concursos, ministrou vários cursos para os concursos dos seguintes

órgãos e entidades:

• 2010: MPU;

• 2011: Correios, Dataprev e EBC;

• 2012: Senado Federal;

• 2013: STN, MPU, e STF;

• 2014: FINEP, Fiocruz, Alepe e Câmara dos Deputados.

Feitas as devidas apresentações, queremos dizer que esperamos que este

curso seja valioso para a sua preparação e lhe ajude em sua caminhada para o

sucesso. Conte conosco nas aulas e nos fóruns.

Bom estudo!

_________________________________________

Agora vamos a uma amostra do curso em si.

TJ-PA /2014 – Comunicação Social

1. Teoria do Jornalismo: Espiral do Silêncio

Esta hipótese percebe os meios de comunicação de massa como sendo um

instrumento de controle social, que coloca ideologias as quais aderir e indica

ideologias as quais condenar – por patrulhamento ideológico –, agindo da

mesma forma em relação às práticas sociais.



Neste clima de apreensão social, o instinto de sobrevivência faz com que as

pessoas adotem/manifestem a opinião e o comportamento da maioria da

população, numa tentativa de permanecer seguro e aglutinado. A experiência

de divergir sobre algo em meio a uma roda de pessoas sempre revela

escândalo ou desconforto ante a um posicionamento diverso, podendo gerar

até rejeição. A fim de evitar o confronto, quando não sabe se está em minoria

ou se faz parte de um grupo maior, o cidadão comum opta por não expor sua

opinião real, preferindo concordar com a opinião vigente. “Apenas quando tem

chance de se manifestar anonimamente – como no caso de eleições com o

voto secreto – esse indivíduo mostra a sua verdadeira opinião”. (TEMER;

NERY, p.94, 2009).

01) CFN (Comunicação Social) – Consulplan/2011: Na Teoria da

Comunicação, tal hipótese foi desenvolvida pela professora alemã,

Elisabeth Noelle-Neumann, com base na tese de que há entre os agentes

sociais, um certo medo de ficarem isolados em seus comportamentos,

atitudes de opiniões, por isso, utilizam a mídia como parâmetro para se

expressar por acreditar que apresenta a opinião dominante e uma

abordagem consonante de temas. Trata-se:

(A) Agenda Setting.

(B) Espiral do Silêncio.

(C) Teoria Crítica.

(D) Newsmaking.

(E) Gatekeeping.

Vamos analisar, resumidamente, cada uma das alternativas...

(A) A Agenda Setting ou Teoria do Agendamento não estudou a modificação

ou a formação da opinião das pessoas. E sim como a mídia pauta as discussões

sociais.

(C) Errado. A Teoria Crítica ou Escola de Frankfurt questiona sobre o

funcionamento da mídia e detecta a complexidade social; incluindo em seus



estudos formulações críticas sobre: política, ideologia, comportamentos sociais

e economia.

(D) Errado. O Newsmaking pesquisou o processo de feitura da notícia pelos

profissionais da imprensa, estabelecendo valores-notícia para determinar

acontecimentos com potencial de notícia.

(E) Errado. Gatekepping é a atividade do gatekeeper, que filtra o que será e o

que não será notícia. Como já dissemos acima – no item 1.3 – o gatekeeper

apresenta uma perspectiva das rotinas de produção da notícia, tendo como

objetivo compreender a seletividade informacional – ocorridas dentro e fora

das redações.

Por eliminação, temos a alternativa (B) como correta.

A Espiral do Silêncio é uma pesquisa desenvolvida por Elisabeth Noelle-

Neumann desde 1972, que busca refletir sobre a influência das mensagens

veiculadas pelos media na construção ou mudança da opinião pública. Para a

autora, o efeito da acumulação (vista na Agenda Setting) não apenas falaria

sobre o que pensar, mas poderia chegar ao nível de dizer o que pensar e até

mesmo definir o que dizer. Afirma ainda que a onipresença seria uma eficiente

modificadora e formadora da opinião sobre a realidade.

A base para estas conclusões foram estudos feitos de 1952 a 1976 sobre como

o povo alemão se percebia – anos após a propaganda nazista e todo o horror

provocado pelo exército comandado por Hitler. Estes estudos foram publicados

por Elisabeth Noelle-Neumann em seu livro “A Espiral do Silêncio – Opinião

Pública: nossa pele social”. Nos Estados Unidos a teoria da Espiral do Silêncio

foi publicada somente em 1984.

“Segundo essa hipótese, na sociedade de massa, o “instinto de

sobrevivência” faz com que o cidadão comum siga a opinião e o

comportamento do que pensa ser a maioria da população. Apenas

quando tem chance de se manifestar anonimamente - como no caso de



eleições com voto secreto -, esse indivíduo mostra suas verdadeiras

opiniões.” (TEMER; NERY, 2009, p.94)

PARA RELEMBRAR...

Vamos a uma questão sobre o assunto:

02) Correio (Jornalismo) Cespe/2011: Uma das descobertas da

teoria da espiral do silêncio foi a de que, em determinados contextos,

pode haver discrepância entre a opinião manifesta e a opinião latente. O

medo do isolamento explica o fato de uma pessoa ter certa convicção e

revelar outra publicamente. ( )

Correto. A hipótese investigada por Elisabeth Noelle-Neumann, fala sobre o

silêncio de minorias nas sociedades democráticas. Certo temor ou senso de

preservação destas minorias faz com que estas se calem diante do

desejo/resposta da maioria. Tais minorias se expressariam apenas em

possibilidade de anonimato.

No entanto, é importante saber que às vezes o comando não é da maioria,

mas de uma minoria ativa que impõe suas opiniões de forma tão forte que cala

a maioria, deixando-a acuada.

“Como não expõe suas opiniões, esse individuo ou grupo de pessoas

não perceber quando faz parte de um grupo maior (...) e tem seu



espaço tomado por minorias ativas ou agressivas, cujo discurso

acaba por tomar ares de totalidade hegemônica e a ser aceito como

‘verdadeira opinião pública’.” (TEMER; NERY, 2009, p.95)

Estudos revelam que alguns temas de interesse público são ignorados pela

mídia por conta do silêncio de minorias que se calam crendo que o assunto não

interessaria à maioria. E este silêncio termina por camuflar opiniões e a própria

realidade.

Este medo do isolamento social que faz com que o individuo se cale diante da

opinião dominante se chama clima de opinião; ele acontece quando há o

domínio de uma ideia, constrangendo os contrários que se calam e por não se

expressarem não são mensuráveis, catalogáveis.

Elisabeth Noelle-Neuman afirma que este silêncio – por constrangimento - vai

crescendo progressivamente em um aumento em espiral. Assim, o silêncio faz

com que alguns temas não façam parte da agenda da mídia (Teoria do

Agendamento) criando um círculo vicioso, uma espiral do silêncio.

Eis uma relação, por oposição, entre a Teoria do Agendamento, Agenda

Setting, e a Espiral do Silêncio. Se uma versa sobre o que as pessoas falam...

“Embora a imprensa na maior parte das vezes possa não ser bem

sucedida ao indicar às pessoas como pensar, é espantosamente

eficaz ao dizer aos seus leitores sobre o que pensar.” (McCOMBS;

SHAW, 1972 in TRAQUINA, 2000, p.49)

... a outra reflete sobre o que as pessoas calam.

“À medida que as pessoas calam, acabam, indiretamente, reforçando

as opiniões dos meios de Comunicação.” (Temer e Nery, 2010, p.95)



A Espiral do Silêncio estabelece conexões com a expressão da opinião pública e

interessa de perto a jornalistas (no sentido da formação das agendas pública e

da mídia) e a relações públicas (no sentido de catalogação de não-respostas

em pesquisas de opinião pública e formação de imagem).

2. Massa, público, elite e opinião pública

Massa - conjunto de elementos que se configura como uma coleção abstrata

de indivíduos, diversos em classe sócio-econômica, nível cultural, localização

geográfica, que recebe impressões e opiniões já formadas pelos meios de

comunicação de massa e que, portanto, não possui autonomia, nem

capacidade de resposta imediata.

Para ajudar a fixar...



Público - Agrupamento aglutinado em função de controvérsia sobre uma

questão de interesse comum.

• Gerador da opinião (política) e do gosto (estética);

• Tem o exercício do debate aberto, da intermediação entre a opinião

individual e a coletiva.

Para Wrigth Mills, num público:

I – Tantas pessoas expressam opinião quantas recebem;

II – Há possibilidade de resposta imediata;

III – Opinião de debate pode converter-se em ação;

IV – Relativa autonomia em relação às autoridades;

V – Interesses são expostos de modo racional.

Elite - Minoria organizada que exerce dominação legítima sobre a maioria não

organizada.

Opinião Pública – é a voz do bom senso; mescla princípios justos e

preconceitos; exercício da manifestação dos cidadãos; pode expressar

interesses privados; encarada com reservas como fator de nivelamento.

Encontrar um consenso para a conceituação de opinião pública é um desafio.

Mas, é comum encontrar apreciações da opinião pública tendo-a como a

sociedade.

A origem da expressão “opinião pública” está envolta

em mistério. Na literatura da Grécia e Roma antigas,

bem como ao longo da Idade Média, os filósofos tinha

inteira consciência da importância da opinião das

massas. A frase “vox populi, Vox Dei” data da última

parte da Idade Média. (CHILDS, 1967, p.44)



O senso comum se apropriou deste pensamento afirmando que a voz do povo

é a voz de Deus.

Habermas (1987) afirma que para o desenvolvimento de uma opinião pública

genuína é necessária a discussão pública e, para isto, a existência da Esfera

Pública – um ambiente discursivo e argumentativo para chegar a um consenso

– é condição sine qua non. Por isso, afirma que a Opinião Pública não existe

enquanto fenômeno popular; pelo menos, não em uma sociedade midiática – o

que de fato existe é uma opinião geral induzida pelos Meios de Comunicação

de Massa.

Para Necker, a Opinião Pública é:

I – Tribunal formado pelo público;

II – Conjunto de cidadãos esclarecidos, dispostos a exercer suas convicções de poder invisível;

III – Uma contra-elite em ascensão.

Para Bentham, a Opinião Pública é um instrumento de controle social.

Para Cândido Teobaldo, a Opinião Pública não é unânime, não representa

necessariamente a maioria, mas, sim, é constituída por diversas opiniões do

público, em contínuo processo de formação em busca do senso completo, sem

alcançá-lo.

____________________________________

Concluímos aqui nossa aula demonstrativa e esperamos que você tenha

gostado. Muito mais está por vir. Por enquanto, muito obrigada por sua

atenção e interesse. Encontraremo-nos em breve!

Abraço,

Cíntia e Janaina



REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DA AULA:

BERTRAND, Jean Claude. O arsenal da democracia : sistemas de responsabilização da mídia.

Trad. Maria Leonor Loureiro. Bauru – SP: Edusc 2002

DEFLEUR, Melvin L. e BALL-ROKEACH, Sandra. Teorias da comunicação de massa. Rio de

Janeiro: Jorge Zahar Editor, 1993.

HOHLFELDT, Antonio; MARTINO, Luiz C. e FRANÇA, Vera Veiga (org). Teorias da Comunicação:

conceitos, escolas e tendências. Petrópolis (RJ): Vozes, 2010.

KARKOTLI, Gilson; ARAGÃO, Sueli Duarte. Responsabilidade Social – Uma contribuição á

gestão transformadora das organizações. Ed. Vozes, 2004.

KOTLER, Philip e ROBERTO, Eduardo. Marketing Social: Estratégias para alterar o

comportamento público. Rio de Janeiro: Campus, 1992.

MATTELART, Armand; MATTELARD, Michelle, História das Teorias da Comunicação. São Paula:

Loyola, 1999.

PEREIRA, José Haroldo. Curso básico de teoria da comunicação, Rio de Janeiro: Quartet, 2009.

REGO, Francisco Gaudêncio Torquato do. Jornalismo Empresarial. São Paulo: Summus Editora,

1994.

TEMER, Ana Carolina Rocha Pessoa; NERY, Vanda Cunha Albieri. Para entender as teorias da

Comunicação. Uberlândia: EDUFU, 2009.

WOLF, Mauro. Teorias da Comunicação. Lisboa: Editorial Presença, 1994.

RELAÇÃO DAS QUESTÕES DESTA AULA:

01) CFN (Comunicação Social) – Consulplan/2011: Na Teoria da Comunicação, tal

hipótese foi desenvolvida pela professora alemã, Elisabeth Noelle-Neumann, com base na tese

de que há entre os agentes sociais, um certo medo de ficarem isolados em seus

comportamentos, atitudes de opiniões, por isso, utilizam a mídia como parâmetro para se

expressar por acreditar que apresenta a opinião dominante e uma abordagem consonante de

temas. Trata-se:

(A) Agenda Setting. (B) Espiral do Silêncio. (C) Teoria Crítica.

(D) Newsmaking. (E) Gatekeeping.

02) Correio (Jornalismo) Cespe/2011: Uma das descobertas da teoria da espiral do

silêncio foi a de que, em determinados contextos, pode haver discrepância entre a opinião

manifesta e a opinião latente. O medo do isolamento explica o fato de uma pessoa ter certa

convicção e revelar outra publicamente. ( )

GABARITO:

1. B 2. C

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