POP de Resgate Em Espaço Confinado

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POP Seção SALVAMENTO Página 1/13 Versão Modelo ANALÍTICO Assunto: RESGATE EM ESPAÇOS CONFINADOS PROCEDIMENTO OPERACIONAL PADRÃO Elaborado por: Cel BM Sobral Cel BM Pontes, Maj BM Henaut Emissão: 08/01/2013 Revisão: / / Aprovação: Ch EMG SECRETARIA DE ESTADO DE DEFESA CIVIL CORPO DE BOMBEIROS MILITAR DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO ESTADO MAIOR GERAL Resgate em Espaços Confinados 1. FINALIDADE 1.1. Estabelecer os requisitos mínimos para identificação de espaços confinados e o reconhecimento, avaliação, monitoramento e controle dos riscos existentes; 1.2. Garantir permanentemente a segurança e saúde dos bombeiros militares que interagem direta ou indiretamente nesses espaços; 1.3. Padronizar e minimizar a ocorrência de desvios na execução de tarefas fundamentais para o funcionamento correto do processo de atendimento de ocorrências emergenciais ENVOLVENDO ESPAÇOS CONFINADOS. 2. DISPOSIÇÕES GERAIS 2.1. Considerando que espaço confinado é qualquer área não projetada para ocupação contínua, que possua meios limitados de entrada e saída, cuja ventilação existente é insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficiência ou enriquecimento de oxigênio; 2.2. Considerando que resgate em espaço confinado (R.E.C.) é toda aquela operação que envolve a liberação de vítimas presas em tubos, canalizações, poços, tanques sépticos, eixos verticais, laterais, cavernas etc.; 2.3. Considerando os inúmeros acidentes ocorridos em todo o mundo com trabalhadores e bombeiros envolvendo trabalhos em espaços confinados; 2.4. Considerando que em 1985, a OSHA (Occupational Safety Health Administration - Administração de Segurança e Saúde Ocupacional dos Estados Unidos da América) desenvolveu um estudo que revelou que, das 173 mortes ocorridas naquele país em acidentes em espaços confinados, 67 foram devidas à deficiência de O 2 ; 2.5. Considerando a necessidade humana de suprir produtos e serviços para um número cada vez maior de pessoas provocou uma corrida à descoberta de novas tecnologias. Dentre elas, a sintetização e polimerização se destacam, possibilitando a produção de grande variedade de produtos químicos, em quantidades que permitam o atendimento das exigências de consumo; consequentemente, fica aumentado o espectro de possibilidades de acidentes dessa natureza; 2.6. Considerando que os acidentes envolvendo espaços confinados provocam inúmeras mortes, sequelas temporárias e permanentes; 2.7. E, finalmente, considerando que o atendimento realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar, com guarnições treinadas, funções específicas, materiais e equipamentos adequados, é de vital importância para minimizar as consequências junto às vítimas, bem como as guarnições empenhadas na ocorrência. 3. PROCEDIMENTOS A OSHA define espaço confinado como qualquer escavação, tubulação, tanque ou similar com mais de 5 metros de profundidade ou relação profundidade/largura = 5/1, observado o limite de ser menor que 50 m.

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    Con

    finad

    os

    1. FINALIDADE 1.1. Estabelecer os requisitos mnimos para identificao de espaos confinados e o reconhecimento, avaliao, monitoramento e controle dos riscos existentes; 1.2. Garantir permanentemente a segurana e sade dos bombeiros militares que interagem direta ou indiretamente nesses espaos; 1.3. Padronizar e minimizar a ocorrncia de desvios na execuo de tarefas fundamentais para o funcionamento correto do processo de atendimento de ocorrncias emergenciais ENVOLVENDO ESPAOS CONFINADOS. 2. DISPOSIES GERAIS 2.1. Considerando que espao confinado qualquer rea no projetada para ocupao contnua, que possua meios limitados de entrada e sada, cuja ventilao existente insuficiente para remover contaminantes ou onde possa existir a deficincia ou enriquecimento de oxignio; 2.2. Considerando que resgate em espao confinado (R.E.C.) toda aquela operao que envolve a liberao de vtimas presas em tubos, canalizaes, poos, tanques spticos, eixos verticais, laterais, cavernas etc.; 2.3. Considerando os inmeros acidentes ocorridos em todo o mundo com trabalhadores e bombeiros envolvendo trabalhos em espaos confinados; 2.4. Considerando que em 1985, a OSHA (Occupational Safety Health Administration - Administrao de Segurana e Sade Ocupacional dos Estados Unidos da Amrica) desenvolveu um estudo que revelou que, das 173 mortes ocorridas naquele pas em acidentes em espaos confinados, 67 foram devidas deficincia de O2; 2.5. Considerando a necessidade humana de suprir produtos e servios para um nmero cada vez maior de pessoas provocou uma corrida descoberta de novas tecnologias. Dentre elas, a sintetizao e polimerizao se destacam, possibilitando a produo de grande variedade de produtos qumicos, em quantidades que permitam o atendimento das exigncias de consumo; consequentemente, fica aumentado o espectro de possibilidades de acidentes dessa natureza; 2.6. Considerando que os acidentes envolvendo espaos confinados provocam inmeras mortes, sequelas temporrias e permanentes; 2.7. E, finalmente, considerando que o atendimento realizado pelo Corpo de Bombeiros Militar, com guarnies treinadas, funes especficas, materiais e equipamentos adequados, de vital importncia para minimizar as consequncias junto s vtimas, bem como as guarnies empenhadas na ocorrncia. 3. PROCEDIMENTOS A OSHA define espao confinado como qualquer escavao, tubulao, tanque ou similar com mais de 5 metros de profundidade ou relao profundidade/largura = 5/1, observado o limite de ser menor que 50 m.

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    3.1. REQUISITOS PARA OS BMS RESGATISTAS 3.1.1. Fsicos Possuir condicionamento fsico adequado; Boa flexibilidade articular; Bom alongamento muscular; Bom condicionamento cardiorrespiratrio; Boa capacidade vital. 3.1.2. Psicolgicos Possuir domnio sobre a claustrofobia; Possuir equilbrio emocional; Possuir resistncia ao estresse prolongado. 3.1.3. Tcnicos Possuir domnio no uso de equipamentos de: Proteo respiratria; Autnomo (EPRA); Enviada (EPRE); Equipamento de extricao; Equipamentos de salvamento em geral. 3.1.4. Condies de capacitao Segundo a recomendao da OSHA, as equipes de resgate devem ser qualificadas em procedimentos de salvamento e uso dos EPRs pelo menos uma vez ao ano; em locais onde haja risco de concentraes de gases inflamveis ou venenosos, deve ser previsto treinamento mensal. 3.2. MONITORAO Monitorar a atmosfera do eixo antes de entrar, usando as medidas para

    futuras comparaes;

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    Monitorar a atmosfera interna a cada metro de descida at chegar ao fundo e durante toda a operao;

    A monitorao deve incluir os seguintes testes: Porcentagem de combustvel, limites de explosividade (LIE/LSE) e toxidez; Porcentagem de O2 (< 19,5% = perigo); Porcentagem de CO (monxido de carbono); Porcentagem de H2S (gs sulfdrico).

    3.2.1. Exemplo de equipamento utilizado

    3.3. MATERIAIS UTILIZADOS 3.3.1. Suprimento de ar

    Equipamento de ar Mandado ventilador

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    3.3.2. Equipamentos de resgate

    Trip com sistema Kit de resgate Maca tipo SKED

    de trao (resgate horizontal e vertical)

    3.4. O Comandante do Socorro dever coletar o mximo de informaes possvel junto SsCO: as solicitaes para o atendimento dessa emergncia envolvem diversas causas e circunstncias, conforme os vrios tipos de riscos que podem ser classificados, como por exemplo fsicos, qumicos, biolgicos, ergonmicos e mecnicos. Visando dar agilidade e com isso proporcionar maiores chances de sobrevivncia e minimizar as consequncias das leses das vtimas, haver confirmao de socorro. Os dados que devero ser colhidos so aqueles que iro auxiliar o comandante da ocorrncia a fazer um planejamento ttico, solicitar meios adequados e prever riscos adicionais para aquele tipo de ocorrncia, dados estes alm daqueles que so padro de serem colhidos pelo SsCO, como local da ocorrncia, identificao do solicitante etc.; Os dados para esse tipo de ocorrncia so: Tipo de acidente: incndio ou exploso, pela presena de vapores e gases

    inflamveis, intoxicaes por substncias qumicas, infeces por agentes biolgicos, afogamentos (no interior de tanques), soterramentos, quedas, choques eltricos, outros;

    Quantidade de vtimas; Riscos potenciais para o atendimento da ocorrncia (produto perigoso). Durante o deslocamento, verificar se a ocorrncia envolve outras organizaes responsveis por determinadas aes complementares, como corte de energia eltrica, corte de alimentao de gs, policiamento etc., cabendo ao Cmt da Ocorrncia confirmar tal acionamento. 3.5. Reconhecimento e avaliao: Aps chegar ao local do evento, o Comandante do Socorro ou Chefe de Guarnio dever realizar uma inspeo minuciosa da situao, momento em que devero ser observados: Existncia, nmero, localizao e estado das vtimas; Condies atmosfricas do ambiente confinado, por meio de aparelhos de

    medio apropriados (medidor multigs), verificando se h condies Imediatamente Perigosas Vida e Sade IPVS, ou seja, atmosferas com concentrao de oxignio inferior a 19,5% ou superior a 23%, conforme ilustrao a seguir:

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    As vias de trfego, observando sua localizao e curvas prximas; Quando houver veculos de transporte de carga, a natureza da carga e a

    existncia de vazamentos ou perda da carga (produtos perigosos nos estados slido, lquido ou gasoso);

    A necessidade de colher informaes mais especficas sobre a situao, por meio de questionamentos com as pessoas que testemunharam o fato ou que foram envolvidas no evento.

    Importante: Caso o reconhecimento tenha que ser realizado no interior do espao confinado, faz-lo utilizando equipamento de proteo respiratria total, ou seja, mscara autnoma ou linhas de ar de um compressor com cada resgatista portando um cilindro com ar respirvel de fuga.

    De posse dessas informaes obtidas no reconhecimento, estabelecer o socorro, tendo como prioridade sempre o seguinte: O atendimento s vtimas dever ser de imediato, devendo verificar o estado geral

    em que elas se encontram, acalm-las e efetuar os socorros de urgncia; O Comandante de Socorro ou Chefe de Guarnio deve priorizar o

    atendimento e deslocamento das vtimas, atendendo inicialmente aquelas que

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    se apresentam em pior estado; relegar aquelas que, no momento, no apresentam quadro clnico alarmante; estancar hemorragias e proteger rgos vitais que se encontram expostos. A adoo de medidas de segurana que visem evitar o agravamento da situao ou o surgimento de outro acidente deve ser de carter urgente; so elas:

    3.6. Estacionamento de viaturas: Estacionar as viaturas empenhadas de forma a auxiliar o procedimento de

    isolamento do local; Devero ser deixados os sinais luminosos ligados, para maior sinalizao e

    proteo do local de ocorrncia. 3.7. Sinalizao do local: Sinalizao a forma de indicao ou advertncia quanto existncia de obstculos ou riscos. Podem ser utilizados cones ou placas de advertncia apropriadas. Na legislao vigente, os locais considerados espaos confinados, em especial em ambiente industrial, so identificados pela placa:

    3.8. Isolamento: Isolamento de rea a delimitao do espao de trabalho dos bombeiros e equipamentos em razo de emergncia ou de reas de risco temporrio. O isolamento poder ser feito pelo motorista da viatura, devendo ser utilizada a fita de isolamento, sendo amarrada em locais disponveis, como rvores, postes e, em ltimo caso, viaturas. O isolamento dever ter a distncia mnima de 10 metros para todos os lados, lembrando tambm que, onde tivermos um desencarcerador sendo operado, no podemos ter ningum a uma distncia menor de que 5 metros sem EPI. 3.9. Proteo contra incndio: Armar uma linha de preveno com esguicho de vazo regulvel (EVR), em carga (pressurizada) fechada com o corpo de bomba funcionando em regime de baixa rotao ou posicionar extintores nas proximidades do evento, protegendo de vazamentos de combustveis com espuma ou gua. No caso de incndio, simultaneamente ao combate s chamas, utilizando o esguicho regulvel na posio de jato neblinado, produzir uma cortina dgua entre o fogo e o acidentado e efetuar o salvamento.

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    3.10. Tcnicas de resgate: Providenciar a necessria renovao do ar, por meio de ventiladores e/ou

    exaustores e aplicao das tcnicas apropriadas, com base na ideia constante da ilustrao a seguir.

    Estabelecer os equipamentos necessrios operao, como trip, sistema de fora para iamento de carga e escadas, entre outros, baseado na ideia constante da seguinte ilustrao:

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    Proceder abordagem da ocorrncia, com base na ideia constante da ilustrao a seguir:

    Proceder abordagem da vtima, com base na ideia constante da ilustrao

    abaixo:

    Proceder retirada da vtima, com base na ideia constante da ilustrao

    abaixo:

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    Proceder ao direcionamento da vtima, com base na ideia constante da ilustrao abaixo:

    Proceder retirada da vtima, com base na ideia constante da ilustrao

    abaixo:

    Proceder retirada da vtima, com base na ideia constante da ilustrao

    seguinte.

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    3.11. SEGURANA NAS OPERAES Com a finalidade de evitar exposies acidentais a produtos IPVS, evite colocar

    qualquer parte do corpo no interior do espao confinado antes de efetuar as medies atmosfricas necessrias, seja para obter informaes, seja para estabelecer comunicaes sem a proteo prpria. Procure executar o seguinte procedimento:

    A vestimenta deve ser resistente ao fogo, a produtos txicos e abrasivos, no

    deve oferecer restries ao movimento. Usar proteo respiratria quando apresentarem-se nveis IPVS (Imediatamente

    Perigosos Vida e Sade); equipamentos devero ser colocados e estar em operao (pea facial e mangueira conectados) antes da penetrao no espao confinado. No admissvel a colocao da costela (backpack) e do cilindro abaixo do corpo do resgatista, podendo o peso de ambos afrouxar a pea facial, expondo-o a riscos. Se o resgatista no tiver espao suficiente para o EPRA, deve usar o EPRE; o resgatista no deve remover, em hiptese alguma, o EPR; deve ser mantido um sistema reserva de suprimento de ar; alm do Sistema de Ventilao Mecnica (SVM), deve ser enviada uma linha (EPRE) ou equipamento (EPRA).

    3.12. ALGUNS PROBLEMAS OPERACIONAIS (ATENO!) Incremento do pnico; Complicaes com linhas de ar EPRE/EPRA; Ruptura de cabos; Desabamento das paredes internas; Pequena rea para envio de outros resgatistas; Risco de descarga de gua ou substncias txicas para o interior do local. 3.13. RISCOS ASSOCIADOS As atmosferas combustveis podem incendiar-se ou explodir se uma fonte de

    ignio introduzida ou est presente; Gases inflamveis so considerados perigosos quando alcanam 10% do

    limite inferior de explosividade (LIE); Uma atmosfera enriquecida (> 23,5% de O2) aumenta o risco potencial de ignio;

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    Diferentes gases, mais pesados ou mais leves que o ar, podem criar um fenmeno de estratificao no espao confinado;

    Absoro ou adsoro de produtos qumicos por meio da parede do local pode criar uma atmosfera inflamvel;

    Ps podem se tornar explosivos sob certas condies. Geralmente os ps podem ser considerados explosivos quando a visibilidade reduzida a menos de 1,25 m, mas alguns materiais podem se tornar potencialmente perigosos antes que isso ocorra;

    A atmosfera de um espao confinado profundo pode conter asfixiantes e irritantes que podem causar doenas, mal-estar, ferimentos ou morte. Seus efeitos devem ser eliminados de imediato;

    A utilizao de fontes de iluminao pode causar violentas exploses. S devem ser usados sistemas eletrnicos ou de iluminao com certificado de aprovao pertinente;

    Em caso de desabamentos, desmoronamentos, deslizamentos ou ocorrncias similares, a utilizao de veculos pesados que possam originar sobrecargas no terreno ou equipamentos que causem vibraes que podem ser transmitidas pelo solo ou cursos dgua devem ser avaliados e eliminados sob pena de causarem desabamento das paredes do local;

    OS EFEITOS DA DEFICINCIA DE OXIGNIO COMO SABEMOS, O MNIMO PERMISSVEL PARA A RESPIRAO SEGURA GIRA EM TORNO DE 19,5% DE OXIGNIO. TEORES ABAIXO DESSE PODEM CAUSAR PROBLEMAS DE DESCOORDENAO (15 A 19%), RESPIRAO DIFCIL (12 A 14%), RESPIRAO BEM FRACA (10 A 12%), FALHAS MENTAIS, INCONSCINCIA, NUSEAS E VMITOS (8 A 10%), MORTE APS 8 MINUTOS (6 A 8%) E COMA EM 40 SEGUNDOS (4 A 6%). CONVM SALIENTAR QUE A PRESENA DE GASES CONSIDERADOS INERTES OU MESMO DE INFLAMVEIS CONSIDERADOS ASFIXIANTES SIMPLES, DESLOCAM O OXIGNIO E, POR CONSEGUINTE, TORNAM O AMBIENTE IMPRPRIO E MUITO PERIGOSO PARA A RESPIRAO. LOGO, ANTES DE ENTRAR NO INTERIOR DE ESPAOS CONFINADOS DEVEMOS MONITOR-LO E GARANTIR A

    PRESENA DE OXIGNIO EM CONCENTRAES NA FAIXA DE 19,5 E 22%.

    OS EFEITOS DO H2S: ESTE UM DOS PIORES AGENTES AMBIENTAIS AGRESSIVOS AO SER HUMANO, JUSTAMENTE PELO FATO DE QUE EM CONCENTRAES MDIAS E ALTAS, NOSSO SISTEMA OLFATIVO NO CONSEGUE DETECTAR A SUA PRESENA. EM CONCENTRAES SUPERIORES A 8,0 PPM (PARTES DO GS POR MILHES DE PARTES DE AR), QUE O SEU LIMITE DE TOLERNCIA, O GS SULFDRICO CAUSA:

    IRRITAES (50 A 100 PPM); PROBLEMAS RESPIRATRIOS (100 A 200 PPM); INCONSCINCIA (500 A 700 PPM); MORTE (ACIMA DE 700 PPM).

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    3.14. ENTREGA DO LOCAL Aps a operao realizada e as vtimas removidas, o local do acidente deve

    ser deixado em perfeita segurana.

    Nos acidentes que envolvem edificaes, estas devero ser vistoriadas quanto a riscos de desabamento.

    Anotar todos os dados necessrios para a confeco do relatrio e da documentao pertinente.

    Relacionar os objetos de valor em documento prprio, colhendo a assinatura da autoridade policial responsvel quando o CBMERJ for a primeira instituio a chegar ao local ou na inexistncia de outras organizaes.

    Se houver necessidade de preservar o local para percia, deve ser sinalizado e deixado sob a responsabilidade do policiamento que se encontrar no local.

    3.15. ANLISE E RESUMO No retorno Unidade sero feitas as avaliaes dos acertos e erros cometidos, discutindo as tcnicas e os meios empregados. 4. DEFINIES E ABREVIATURAS 4.1 Definies Tanques spticos Unidade cilndrica ou prismtica retangular de fluxo horizontal, para tratamento de esgotos por processos de sedimentao, flotao e digesto; Equipamento de Proteo Respiratria - equipamento que visa a proteo do usurio contra a inalao de ar contaminado ou de ar com deficincia de oxignio; Agentes Biolgicos microrganismos capazes de originar qualquer tipo de infeco, alergia ou toxicidade no corpo humano.

    OS EFEITOS DO MONXIDO DE CARBONO POR NO POSSUIR ODOR E COR, ESSE NOCIVO GS PODE PERMANECER POR MUITO TEMPO EM AMBIENTES CONFINADOS SEM QUE O SER HUMANO TOME PROVIDNCIAS DE VENTILAR OU EXAURIR O LOCAL E, CONSEQUENTEMENTE, EM CASO DE ENTRADA NESSES LOCAIS, PODEREMOS TER CONSEQUNCIAS DANOSAS AO HOMEM. EM CONCENTRAES SUPERIORES AO SEU LIMITE DE TOLERNCIA (CONCENTRAO ACIMA DA QUAL PODERO OCORRER DANOS SADE DO TRABALHADOR), QUE DE 39 PPM, O EXPOSTO PODE SENTIR:

    SIMPLES DOR DE CABEA (200 PPM); PALPITAO (1000 A 2000 PPM); INCONSCINCIA (2000 A 2500 PPM); MORTE (4000 PPM).

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    4.2 Abreviaturas CBMERJ - Corpo de Bombeiros Militar do Estado do Rio de Janeiro; EPR - Equipamento de Respirao Autnoma; OSHA (Ocupational Safety Health Administration - Administrao de Segurana E Sade Ocupacional dos Estados Unidos da Amrica); EPRA Equipamento de Proteo Respiratria Autnoma; EPRE Equipamento de Proteo Respiratria Enviada; LIE Limite Inferior de Explosividade; LSE Limite Superior de Explosividade; O2 Oxignio; H2S Sulfeto de Hidrognio (Gs Sulfdrico); CO Monxido de Carbono; SsCO Subseo de Controle Operacional; CMT Comandante; EPI Equipamento de Proteo Individual; M - Metro; PPM Partes por Milho; POP Procedimento Operacional Padro. 5. REFERNCIAS ARAJO, Srgio, Ten Cel BM RR. Palestra sobre resgate em espao confinado. Ministrio de Trabalho e Emprego (MTE). Norma Regulamentadora NR 33. Pesquisas na internet. 6. DISPOSIES FINAIS A presente NPO entrar em vigor a partir da data de sua publicao.