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FCI/PPGCInf: Disciplina: Tópicos Especiais em Organização da Informação por Lillian Álvares, D.Sc. Gentil Lucena, PhD. Ana Carneiro… M.Sc., Doutoranda Labcon - Laboratório de Conversas Período 2018/2 Brasília/DF Gestão Ontológica da Informação e do Conhecimento: uma abordagem conversacional por Universidade de Brasília Programa de Pós-graduação em Ciência da Informação

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FCI/PPGCInf:Disciplina: Tópicos Especiais em Organização da Informação

por

Lillian Álvares, D.Sc.Gentil Lucena, PhD.

Ana Carneiro… M.Sc., DoutorandaLabcon - Laboratório de Conversas

Período 2018/2Brasília/DF

Gestão Ontológica da Informação e do Conhecimento: uma abordagem

conversacionalpor

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Tópicos Especiais em Organização da Informação:

Gestão Ontológica da Informação e do ConhecimentoSemestre: 2/2018

Nosso 4º. Encontro (em 06/09/2018)

• Check in

• Relação entre CI x GOIC

• A dinâmica do Grupo (como estamos conversando?)

• O MOAR, na perspectiva de uma Observador Organizacional (o

coletivo),

– Que relação você vê entre o MOAR coletivo (organizacional) e o conteúdo

até agora apresentado? Que oportunidades e temas / possibilidades lhes

saltam à vista à luz do modelo MOAR?

• INTERVALO

• A variável EMOCIONAL na GOIC

• O enfoque SISTÊMICO no Ser/Fazer (na Vida) das Organizações

• As CONVERSAS como forma / possibilidades de mudança /

transformação na CULTURA ORGANIZACIONAL.

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Disciplina: Abordagem Conversacional da Gestão Ontológica da Informação e do Conhecimento

Turma Fone 16/ago 23/ago 30/ago

Antonio Augusto Nascimento identificação desafio insegurança

Cristina Ribeiro Pereira satisfação ---- ----

Fernanda R. Bertoldo identificação interesse leveza

Ingrid Martins alegria desafio ----

Jair Otharan Nunes dúvida ---- ----

Jean Carlos Borges oportunidade aprendizado gratidão

Kelly Catarina Ferrer Caldas ---- questionamento ânimo

Luiz Gustavo França Martins clareza clareza convicção

Marcelo S. Cunha regresso sede liberdade

Márcia Cristina Gomes Rocha gratidão ---- plenitude

Nuria Merched de Oliveira Guerreiro ---- recomeco liberdade

Paulo Augusto Leonelli satisfação inquitacao consciência

Ricardo Alexandre Araújo interesse questionamento mais humano

Ricardo Camelo surpresa ---- ----

Silvana Ribeiro nutrida renovacao ???

Thayana Rafaela Martins ---- reflexiva ousadia

Valéria Maria Lyra expectativa ----

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O FENÔMENO INDIVIDUAL

História pessoalProfissão

Modelos MentaisLinguagem

EmoçãoCorporalidade

Observador

ConversaEscreve

LêEstuda

Coordena

Ação

IdentidadeSatisfação

Realização PessoalRemuneração

Reconhecimento

Resultados

CONTEXTO ORGANIZACIONAL

Fonte: DIpLO, Módulo Gestão da Ação Executiva

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O FENÔMENO ORGANIZACIONAL

Conhecimentos

Experiências

Crenças

Paradigmas

Cultura

Pessoas

PropósitoMissão

Papéis (Atribuições)ProcessosFunçõesTarefas

Interação

Produtos, ServiçosQualidade, Sustentabilidade

e Universalidade Satisfação dos Clientes

Identidade

Resultados

Fonte: DIpLO, Módulo Gestão da Ação Executiva

CONTEXTO SÓCIO-POLÍTICO-ECONOMICO

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Valerio Brusamolin, 2011 (A inserção do discurso narrativo no ciclo informacional e seu impacto na aprendizagem organizacional - Tese de Doutorado - PPGCI)

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Tecnologia

Sistemas

Comunicação

Processos

Biblioteconomia

Ciência da Informação

……

O conceito de informação NÃO DEVE ser considerado isoladamente. Deve ser visto de forma relacionada com outros conceitos, como documentos e mídia.

Deveríamos perguntar a nos mesmo O QUE MAIS PRECISAMOS SABER SOBRE O CONCEITO DE INFORMAÇÃO a fim de contribuir para maior desenvolvimento da CI.

Rafael Capurro e Birger Hjorland (O conceito de informação)

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Uma distinção importante!

Informação comoOBJETO ou COISA

(ex.: bits)

Informação comoconceito SUBJETIVO,

SIGNO(dependente da interpretação de

um agente cognitivo)

Desloca a atenção dos atributos dascoisas para os MECANISMOS DELIBERAÇÃO para os quais aquelesatributos são relevantes

Questoes de interpretações sãodifíceis… normalmente se confunde

interpretação e abordagemindividualista.

O SIGNIFICADO é determinado no

contexto social e cultural

Rafael Capurro e Birger Hjorland (O conceito de informação)

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A medida que os Sistemas de Informação tornam-se MAIS GLOBAIS E INTERCONECTADOS, ainformação implícita pode ser perdida.

A Ciência da Informação DEVE SER MAIS RECEPTIVA aosimpactos sociais e culturais dos processos interpretativose às diferenças qualitativas entre diferentes contextos emídias. (DESAFIO da Ciência da Informação)

Logo…

Processos INTERPRETATIVOS comocondição sine qua non dosprocessos de INFORMAÇÃO.(tarefa multi e interdisciplinar)

Essa mudançasignifica…

Construção de redes é um processo deinterpretação. A construção de rede científica éuma atividade auto-reflexiva e pressupõe oesclarecimento de conceitos comuns,especialmente o conceito de INFORMAÇÃO.

Rafael Capurro e Birger Hjorland (O conceito de informação)

Informação é o “dado interpretado”, só pode ser definida em um cenário específico e

depende do OBSERVADOR.

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Durante parte da história humana, a grande maioria das interações sociais foi face a face. Osindivíduos relacionavam-se pela aproximação e pelo intercâmbio de formas simbólicasdentro de um ambiente compartilhado, no qual a informação conceituada como coisa,segundo Buckland (1991), caracteriza-se por ser uma força constitutiva na sociedade(CAPURRO; HJORLAND, 2007), cujo objetivo permanece sendo o conhecimento (LE COADIC,2004).

Para cada registro informacional existe uma "oferta de sentidos" (CAPURRO, 2003; LARA,2008), e os usuários leitores e consumidores selecionam a informação com base em seu própriomodelo mental, formação cultural, influência social, vivências históricas e ideologias. TudoDEPENDENTE da capacidade e habilidade de INTERPRETAÇÃO de cada indivíduo (CAPURRO;HJORLAND, 2007).

No campo da Ciência da Informação, o conceito “informação” é utilizado no sentido deCONHECIMENTO COMUNICADO. Esta perspectiva inclui conceitos de novidade e relevância erefere-se ao processo de TRANSFORMAÇÃO DO CONHECIMENTO e, particularmente, à suaseleção e interpretação em um contexto específico.

Nesta área, aparecem óbvias a superposição e a complementaridade de significadoentre informação e conhecimento (CAPURRO ; HJÖRLAND, 2003, p. 3).

Rafael Capurro e Birger Hjorland (O conceito de informação)

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A informação é “qualquercoisa”.

Michael K. Buckland, 1991 (Information as thing)

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De caráter prático• Coletar e organizar os registros do Mundo 3 De ordem teórica• Estudar as interações ç entre os Mundos 2 e 3.• Ao invés de apenas organizar documentos, a Ciência da Informação contribuiria

para a organização do conhecimento, e, consequentemente, para seu uso maiseficaz.

• Ao adotar a interação entre os Mundos 2 e 3, a Ciência da Informação reivindicaria um território que nenhuma outra disciplina havia reivindicado – ou mesmoocupado ‐ até então.

• Por isso, a Ciência da Informação é um campo mais amplo e distinto do mundo da Arquivologia, da Documentação e da Biblioteconomia, que ocupa o Mundo 1.

O conhecimento retorna ao ciclo como informação, quando registrado pormeio de alguma forma de representação ou linguagem.

Brookes, 1980 (The foundations of information science)

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• The foundations of information science. Part I. Philosophical aspects, propôs um campo de atuação para a Ciência daInformação a partir da ontologia e epistemologia de Karl Popper, que descreve nossa realidade em três mundos.

• A ontologia popperiana descreve a existência de três mundos:o O primeiro deles (Mundo 1) é o Mundo Físico, preenchido por matéria, energia e radiação. Tudo que é físico

pode ser inserido neste Mundo Um.o O segundo (Mundo 2) é o Mundo Psíquico, das emoções e dos processos psíquicos inconscientes.o O Mundo 3 é o Mundo do Conhecimento Objetivo, os produtos da mente humana registrado nos idiomas, nas

artes, nas ciências, nas tecnologias, em todos os artefatos que os seres humanos armazenaram ou espalharampor toda a terra

• O nicho da Ciência da Informação pode ser encontrado no Mundo 3 de Popper, o mundo do conhecimento objetivo.• Para o autor, os livros e outros objetos são entidades físicas, partes do Mundo 1 de Popper, utilizadas pelas pessoas

para armazenar conhecimento. Tal conhecimento tem uma existência como algo físico independente dos seuscriadores.

• É do conhecimento objetivo (Mundo 3 de Popper) que a Ciência da Informação deve ser ocupar.• Os cientistas da informação tem duas tarefas relevantes a cumprir. A primeira, de caráter prático, é coletar e organizar

os registros do Mundo 3.• Outra, de ordem teórica, é estudar as interações entre os Mundos 2 e 3. Ao descrever e explicar tais interações, a

Ciência da Informação contribuiria para a organização do conhecimento, ao invés de organizar apenas documentos.• Esta fórmula procura demonstrar a relação entre informação e conhecimento.• Para Brookes, é importante entender as interações entre as pessoas, a informação e o conhecimento.• O autor considera que, embora a coleta, a organização e o acesso às fontes de informação sejam essenciais para a

prática profissional nas bibliotecas, o foco da prática profissional deveria ser a transformação da informação emconhecimento pessoal.

• Por isso, argumenta que o mundo da Ciência da Informação (que se ocupa do conhecimento objetivo) deve ser vistocomo um mundo mais amplo que o mundo da documentação, biblioteconomia e arquivologia.

Brookes, 1980 (The foundations of information science)

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Valerio Brusamolin, 2011 (A inserção do discurso narrativo no ciclo informacional e seu impacto na aprendizagem organizacional - Tese de Doutorado - PPGCI)

Retornando...

(BRUSAMOLIN, 2011)

Popper descreve a realidade em três mundos:

1. O Mundo 1 (coisas que existem) é o Físico,

preenchido por matéria, energia e radiação..

2. O Mundo 2 (ideias) é o Psíquico, das emoções e

dos processos psíquicos inconscientes.

3. O Mundo 3 (ideias convertidos em objetos

físicos...documentos, rascunhos) é o Mundo do

Conhecimento Objetivo, os produtos da mente

humana registrado nos idiomas, nas artes, nas

ciências, nas tecnologias, em todos os

artefatos.

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A seleção das mensagens feita pelo receptor é orientada pelo seu modelo mental, que determina a informação que lhe faz sentido e esta informação não somente contribui para aumentar o entendimento

do indivíduo sobre o que está sendo comunicado, mas também reduz a sua incerteza sobre o assunto

informação [...] pode ser disseminada e mantida ao mesmo tempo, além de ser

ampliada com o seu uso

Determinar as necessidades informacionais implica emidentificar aquilo que o receptor potencial necessita paraSUPRIR SUAS INCERTEZAS E LACUNAS EXISTENTES EM SEUMODELO MENTAL. Nesse contexto, torna-se importanteobservar a estreita relação dessa etapa com os processoscognitivos, tanto por parte do receptor potencial, comodaquele que, no momento da execução da tarefa, apresenta-se como o receptor efetivo das informações sobre asnecessidades informacionais do outro.

A interpretação que fará da mensagem recebida, uma condição muito particular em relação à informação, possibilita entendimentos diversos, conforme a sua

experiência pessoal, contribuindo, dessa forma, para que a informação recebida se configure como uma

CONSTRUÇÃO CRIADA PELO RECEPTOR

A percepção do tipo de informação ocorre de acordo com o objetivo ao qual se propõe e ao contexto em que é utilizada, através do

uso de vocábulos associados, resultando em variações semânticas significativas

David Kaye, 1995 (A Natureza da Informação)

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O ser humano é rico e dá sentido às informações recebidas em relação a umadeterminada tarefa, experimentando consequentes emoções, e lidando com os limitesda mente e as incertezas e complicações de fontes de informação - tudo dentro umcontexto social ou de organização particular.

O conceito de informação é multifacetado, evasivo e perversa e, como um elementocentral em nossa estrutura profissional, exige uma grande quantidade de estudo maisaprofundado.

David Kaye, 1995 (A Natureza da Informação)

Resumindo...O conceito de informação realizada por profissionaisLIS escapou dos limites do objetivo, doconhecimento formalmente registrada, paraabranger INFORMAÇÃO COMO UMA CONSTRUÇÃOPSICOLÓGICA E SOCIAL, DEPENDE DECIRCUNSTÂNCIAS.

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PERSPECTIVAS COGNITIVAS E SOCIOLÓGICAS

As organizações desenvolvem suas próprias personalidades e culturas, e que estes influenciam muitas vezes ospensamentos e ações de seus membros.

No entanto, no processamento de informação última análise, quer em organizações formais ou não, é executada pelocérebro humano, embora num contexto social.

É, portanto, esclarecedor considerar o que as CIÊNCIAS COGNITIVAS E SOCIOLOGIA TÊM DE CONTRIBUIR para a nossatese.

Faz sensato examinar informações e processamento de informação a partir da perspectiva do ator humano que seesforça para fazer o sentido dos sinais (s) que recebe do ambiente.

DAÍ A IMPORTANCIA DA ENFASE NA PERCEPCAO DO USUARIO DA INFORMACAO.

Sensemaking é o processo de lidar com a diferença usando informações para

preenchê-lo

A informação não é, portanto, vista como um objeto a ser transmitido, mas como UMA CONSTRUÇÃO CRIADA PELO OBSERVADOR. A informação é percebida, não por um observador,

mas pelo ATOR NO PROCESSO.

O USO DA INFORMAÇÃO não é um estado, mas UM PROCESSO.

David Kaye, 1995 (A Natureza da Informação)

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A psicologia tem muito a dizer sobre a capacidade do indivíduo para fazer a varredura, reter eprocessar informações.

O ser humano TENTANDO FAZER SENTIDO DAS INFORMAÇÕES RECEBIDAS emrelação a uma determinada tarefa, experimentando consequentes emoções, e lidarcom os limites da mente e as incertezas e complicações de fontes de informação -tudo dentro um contexto social ou de organização particular.

O conceito de informação é multifacetado, evasivoe perverso e, como um elemento central em nossaestrutura profissional, exige uma grandequantidade de um estudo mais aprofundado.

David Kaye, 1995 (A Natureza da Informação)

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Assim como a Teoria Geral de Sistemas, a Teoria da Informação expandiu-se por muitas áreas e algumas de suasnoções básicas, como entropia, ruído e redundância, tiveram repercussão em diversos campos do conhecimento.

INFORMAÇÃO na Ciência da Informação, segundo Saracevic :

• INFORMAÇÃO está relacionada ao conceito de RELEVÂNCIA.

• Informação ≠ Informação Relevante.

• Informação relevante está relacionada a comunicação seletiva e orientação aos usuários.

• A efetividade da comunicação do conhecimento se dá na medida de sua transmissão de um arquivo ao outro,ocasionando mudanças.

• A informação é relevante à medida que gera mudanças.

A INFORMAÇÃO – ESTE OBSCURO OBJETO DE FAZER CIÊNCIA DA INFORMAÇÃO

A Ciência da Informação, ao lado da lógica e da filosofia, é uma disciplina essencial para os estudos e reflexões sobre relevância e, consequentemente, informação.

(Saracevic)

Lena Vania Ribeiro Pinheiro e José Mauro Matheus Loureiro, 1995 (Traçados e limites da Ciência da Informação)

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DIMENSÕES TECNOLÓGICA E SOCIAL DA CIÊNCIA DA INFORMAÇÃONa Ciência da Informação, a chamada sociedade da informação, idade da informação ou sociedade pós-industrial,também esta decorrente do “IMPERATIVO TECNOLÓGICO”, é fator determinante na sua evolução.

Para Saracevic:• Nos anos 50 e 60 os trabalhos de recuperação da informação culminaram:

o Na década de 70 com a emergência dos serviços on-line e▪ Nos anos 80 no crescimento e viabilidade internacional da indústria da informação.

A recuperação da informação:• Foi fundamental para o desenvolvimento de aplicações como: produtos, sistemas, redes, serviços etc.• Contribui para o desenvolvimento da própria Ciência da Informação.• Influenciou a indústria da informação.

A partir de 1980, a tecnologia é definitivamente INCORPORADA e ASSOCIADA à Ciência da Informação.

A Ciência da Informação TRANSCENDE o âmbito da recuperação da informação, embora esta

última seja ainda o seu núcleo.(Saracevic)

As novas tecnologias da informação estão definitivamente ATRELADAS à Ciência da Informação, na resolução de problemas.

(Saracevic)

Lena Vania Ribeiro Pinheiro e José Mauro Matheus Loureiro, 1995 (Traçados e limites da Ciência da Informação)

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• Ciência da Informação é interdisciplinar por natureza:o Os problemas de informação não podem ser abordados dentro de uma única área da

atividade científica. Por isso, torna-se necessário o desenvolvimento de abordagensteóricas e metodológicas que favoreçam a interdisciplinaridade e permitam orelacionamento da ciência da informação com outros campos científicos.

A ciência da informação tem uma forte dimensão social e humana, mas está acima e além da tecnologia.

Tefko Saracevic, 1995 (A natureza interdisciplinar da CI)

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A relação homem-tecnologia é o ponto fraco, a questão não resolvida filosófica, científica ou profissionalmente na CI.

Muitos dos conceitos acerca desses aspectos, humanos e comportamentais, que constituem a base sobre a qual são planejadas as aplicações tecnológicas, não funcionam mais.

Os objetivos, a filosofia e os conceitos determinantes para o equilíbrio homem-tecnologia precisam originar-se do seu lado humano

Em lugar da adaptação da tecnologia ao entendimento racional do comportamento humano frente à informação e ao ambiente informacional amplo, a situação foi revertida, criando mais o

exacerbamento do que solução para os problemas da explosão informacional.

O HUMANO NAS RELAÇÕES HOMEM-TECNOLOGIA

Tefko Saracevic, 1996 (CI: origem, evolução e relações. Perspectivas em CI)

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MUDANDO OS CRITÉRIOS DE EFICÁCIA

A noção de eficácia (por exemplo, a comunicação eficaz do conhecimento, o acesso eficiente aos recursos informacionais, a relevância e utilidade da informação, a qualidade da

informação...) tem sido uma preocupação central para CI.

Critérios da eficácia => derivam da perspectiva humana ou do comportamento informativo

Logo!Enquanto a tecnologia é usada abundantemente, a eficácia de seu uso é colocada estritamente em

termos humanos

Tefko Saracevic, 1996 (CI: origem, evolução e relações. Perspectivas em CI)

Independentemente do nome da atividade que trata das questões informacionais , o que importa é que OS PROBLEMAS SEJAM ENFOCADOS EM

TERMOS HUMANOS e não tecnológicos