POR QUE UMA VISÃO BÍBLICA DA CIÊNCIA.

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  • 8/14/2019 POR QUE UMA VISO BBLICA DA CINCIA.

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    SEMINRIO JMC REV. JOS MANOEL DA CONCEIOBACHARELADO EM TEOLOGIA.

    Jailson Jesus dos Santos

    POR QUE UMA VISO BBLICA DA CINCIA?

    Taylor B. Jones

    So Paulo - SP13 de Junho de 2008

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    Trabalho apresentado emcumprimento s exigncias dadisciplina de Filosofia Prof. Rev.Donizete Ladeia, 1Ano, do Curso de

    Bacharelado em Teologia.

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    e reflita de forma confivel toda a realidade.

    Filosoficamente, uma cosmoviso crist contm cinco blocos de crenas sobre:

    1. Deus (teologia);2. Realidade atual (metafsica);

    3. Conhecimento (epistemologia);4. tica (axiologia);5. Natureza humana (antropologia).

    A cincia, como componente da epistemologia, definida como:

    1. O estado do conhecimento.2. rea do conhecimento sistematizado como um objeto de estudo e algo que pode ser

    estudado ou aprendido.3. Conhecimento que abrange verdades gerais por intermdio de mtodos cientficos e

    conhecimento concernente ao mundo fsico e seus fenmenos, que cincia natural.

    A metodologia da cincia como apresentada pelo mtodo cientfico ser analisada aquicuidadosamente, de modo que, a natureza da verdade poder ser discutida, particularmenterelacionada cincia e autoridade atual, a Verdade da Palavra de Deus.

    Para Taylor B. Jones, importante observar que algumas reas do estudo cientfico somais confiveis que outras. Essas disciplinas, que permitem que a matria de estudo sejaanalisada, comprovada e apresentada como "cincias difceis", onde a palavra "difcil" denotaum nvel de confiana. s Exemplos de tais disciplinas incluem a fsica e a qumica. Disciplinasnas quais a reprodutibilidade da experincia difcil ou impossvel de se alcanar sodenominadas "cincias leves". A implicao, portanto, que os mtodos de uma so maisconfiveis que das outras.

    Todavia uma anlise mais profunda do desenvolvimento da filosofia da cincia estalm do escopo deste captulo. Em vez disso, cremos ser mais til considerar como a cinciafunciona em um sentido geral.

    O mtodo cientfico

    Na viso do autor, a tcnica geral para a aquisio, a avaliao e a compreenso da

    informao para um estudo cientfico chamada de "mtodo cientfico". O pensamento doscientistas no assim to diferente do pensamento dos no-Cientistas. Albert Einstein disse: "Acincia inteira nada mais que um refinamento dos pensamentos dirios".

    O mtodo cientfico usado por todos. O autor ilustra este fato da seguinte maneira:Um professor saia de seu escritrio e v que o pneu de seu carro est murcho. Isto

    chamado de observao. Aqui est o primeiro de dois componentes do mtodo cientfico. Aobservao.

    As observaes em si mesmas e de si mesmas so necessrias como ponto inicial ao

    mtodo cientfico, mas para ser til, a observao deve ser interpretada. possvel fazer umaobservao, mas interpretar mal seu significado.

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    Nesse ponto do processo, um "chute" cientfico, chamado de hiptese, que aexplicao inicial, sem comprovao, do por que ou como o evento observado e corretamenteinterpretado aconteceu. Aqui varias razes para a causa so levantadas. Essa formulao inicial,a hiptese, um reconhecimento explcito de um dos princpios fundamentais da cincia: causae efeito, ou seja, nada acontece sem motivo.

    Retirar o pneu e observ-lo mais atentamente e buscar por um furo em busca de umaresposta para as hipteses, chamado de experimentao . Os resultados da experimentaoproduzem mais observaes e fatos que podem concordar com uma hiptese correta, ou provarque a hiptese era falsa.

    A experimentao traz respostas para as hipteses. Esse nvel mais alto de credibilidade chamado de teoria ou de modelo. Uma teoria uma hiptese testada e deve ser consistentecom todos os dados experimentais existentes. Aqui algumas hipteses so descartadas porqueno se encaixa nos fatos.

    Quando uma hiptese experimentada e comprovada a teoria pode ser elevada

    categoria de lei. Algumas vezes, as teorias se tornam to amplamente aceitas que so adotadascomo "leis". Porm ocasionalmente, uma informao nova descoberta que fora os cientistasa enterrar uma teoria anteriormente confivel.

    O exemplo citado tipifica a lgica que caracteriza o mtodo cientfico. E esta mesmaabordagem que utilizada em toda a cincia para esclarecer os relacionamentos de causa-e-efeito nas respectivas disciplinas.

    Essa incapacidade de produzir verdade significa que? A cincia no pode produzir umacosmoviso correta que seja completa e totalmente confivel. de utilidade questionvel

    possuir uma cosmoviso que tenha de ser reescrita ou descartada luz de eventos futuros.Como saber, ento, se uma cosmoviso correta? Como testar uma cosmoviso?

    Encontrando uma cosmoviso correta.

    Para o autor, encontrando a cosmoviso correta comparando-a a verdade. Pode-seutilizar cincia ou, de outra forma, qualquer outra rea do conhecimento humano em parte ou

    por completo como modelo para a avaliao de uma cosmoviso. Todavia ela no pode serusada como uma bssola para definir com absoluta certeza que direo tomar em relao aosdesafios da vida.

    Uma cosmoviso, a despeito de ser relevante, nem sempre pode ser aplicada de formauniversal. O sistema americano de medidas de comprimento no pode ser adotado para omundo inteiro de forma bem-sucedida.

    Sendo assim para que uma cosmoviso venha a ser de utilidade universal, ela tem deestar em concordncia com o padro que descreve as coisas como elas so realmente. Umacosmoviso correta deve, necessariamente, coincidir com a realidade. O autor nos leva asseguintes questes: Qual o modelo que reflete o modo como s coisas realmente so? "O que a verdade"? O que existe que seja uma reflexo acurada e imutvel da maneira como as coisasrealmente so?

    O modelo confivel

    A nica coisa que completamente confivel como verdadeira a Palavra de Deus. Este

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    tem sido o princpio fundamental do cristianismo atravs dos sculos.

    Atualmente h uma quase universal aceitao da noo errnea de que a verdade aquela que cada um reconhece pessoalmente como sendo verdadeira. O que conhecemos comorelativismo.

    Todavia, o fato de que Deus o disse que o confirma. A confiana merecida e aautoridade do autor so a questo. Quando se estabelece que o autor seja irrepreensvel, ento aquesto foi decidida.

    Para Taylor B. Jones, muitos sustentam que a Bblia verdadeira somente quando lidacom questes que so espirituais, mas algo de menor confiabilidade em reas fora da esferaespiritual, ou seja, seculares. Uma dicotomia do sacro-secularsurgiu no passado, continua athoje.

    Uma tentativa de suprimir a distncia entre essas duas reas do conhecimento foi

    proposta por Arthur F. Holmes Afirmando que: "toda verdade e a verdade de Deus", em umtempo em que os estudos seculares, especialmente os das cincias, eram considerados menoseminentes que a teologia.

    Entretanto cremos que no se pode separar um tema sacro de um secular nas Escrituras,porque Deus no pode ser separado de Sua criao.

    Porm quando a Bblia se refere a um assunto cientfico ela o faz com certo nvelpretendido de preciso. Entretanto, no se pode pretender que a Bblia deva ser usada como umlivro-texto de cincias. Esse no nem nunca foi o propsito da Escritura.

    Em suma, busca por uma cosmoviso correta, separada de uma cristandade bblica, podenunca conseguir levar a uma metodologia confivel.

    Abordando as Escrituras

    Segundo o autor a viso cientfica da Bblia ter um enorme impacto em como umcientista atua. Geralmente, os cientistas abordam as Escrituras em uma de trs maneiras.Aqueles que ignoram as Escrituras so chamados tericos "Sem Livro". Os tericos "Dois

    Livros", usam uma mescla de Bblia com cincia. E, finalmente, os tericos "Livro de Regras"

    confiam completa e totalmente na Bblia como a nica fonte para a cincia.O papel que as Escrituras desempenham na cincia tem enorme influncia para o

    cientista. Todo cientista, consciente ou inconscientemente, toma decises baseado em suacosmoviso.

    A ABORDAGEM SEM LIVRO

    Um cientista que opta pela abordagem "Sem Livro" ignora completamente acontribuio que a Bblia pode fazer a sua rea cientfica. Tal cientista escolhe assumir que asEscrituras so tanto erradas quanto irrelevantes.

    Isso trouxe a idia de que a Bblia no tem nada a oferecer ao cientista com suasinvestigaes e assinalou o comeo da diviso dos caminhos entre a cincia e a cristandade.

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    Deste o caso de Galileu, passou-se a idia, que permanece at hoje, que a religio completamente inepta na compreenso da cincia e em oferecer subsdios confiveis para tal.

    A ABORDAGEM "DOIS LIVROS"

    Em anos recentes, uma nova perspectiva tem desfrutado uma crescente popularidade. a abordagem "Dois Livros", que tenta integrar duas reas supostamente equivalentes. defendida por cientistas que tm o cuidado de harmonizar sua compreenso da cincia com suacompreenso da Bblia. Para eles a cincia e a Bblia so dois livros, sendo fontes de verdade,que no podem ser mutuamente contraditrias.

    O autor levanta uma questo: o que acontece quando surgem contradies entre acincia e a Bblia, dentro desse sistema de "Dois Livros"? possvel buscar uma resposta,analisando esses quatro cenrios possveis:

    1. A cincia est errada, e a Bblia est correta.2. A cincia est errada, e a Bblia foi mal interpretada.3. A cincia est correta, e a Bblia est correta.4. A cincia est correta, e a Bblia est errada.

    Os tericos "Dois Livros" erram com mais freqncia quando diz que a cincia estcorreta, e a Bblia foi erroneamente interpretada e conseqentemente menor confivel que acincia, que por sua vez superior Bblia.

    Essa colocao da cincia acima das Escrituras tem implicaes grandes e danosas. Nesse modelo, a cincia determina a hermenutica e se torna a ferramenta usada parainterpretar a palavra de Deus. A cincia - ou seja, os princpios usados para interpretar osignificado da Bblia. A desvantagem de tal metodologia est no uso de tcnicas temporrias,sujeitas as mudanas a qualquer momento e no levar em conta o Soberano e eterno Criador douniverso. Este um problema insolvel para a abordagem "Dois Livros".

    A ABORDAGEM LIVRO NICO

    Finalmente, h o terico do "Livro nico". Esse indivduo um cientista que reconhecesincera e voluntariamente que a Bblia inequvoca, infalvel, confivel e suficiente. Ele aceitaas Escrituras como estando elevadas a uma posio de autoridade e confiabilidade que

    permanece acima de todas as outras reas do conhecimento que ela venha a interceptar. A basepara isso uma viso correta da elevao, magnificncia e glria do Autor divino. A visoexaltada ento corretamente relacionada Escritura, j que no se podem divorciar as

    palavras do Autor de Seu carter.

    Aqui o cientista olha para o universo reconhece que ele obra das mos do Deussoberano. O terico do "Livro nico" aceita alegremente que a chave para a compreenso detudo no algo que Deus seja obrigado a fornecer.

    Em resumo, o terico do "Livro nico" sempre usa a cincia como uma ferramenta que a sevar da Bblia e nunca senhora.

    Como concluso

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    O autor conclui que, ao tornar-se um terico do "Livro nico", o cientista cristoadquire a perspectiva da cincia que Deus planejou. Certamente, uma parte crucial dessa viso que a cincia pode ser de grande valor para a sociedade e pode contribuir para umacompreenso maravilhosa, correta e verdadeira do universo que, em troca, pode ser usada para

    benefcio de toda a humanidade.

    A adoo da cosmoviso, do "Livro nico" da cincia, reconstitui os passos errticos dacincia contempornea iniciada sculos atrs, e reiniciada para trilhar agora o caminhoharmonioso e compatvel com o das Escrituras. Essa compreenso, por si s, permite cinciareassumir seu lugar correto na epistemologia.

    CONCLUSO

    O relacionamento entre teologia e cincia sempre foi motivo de discrdia no decorre dahistria. H aqueles que dizem ser impossvel tal unio, por causa da incompatibilidade degneros (a abordagem sem livro). H inda outros que dizem que esse relacionamento at

    possvel, mas sempre estar em crise. (a abordagem "dois livros").E h os que defendem umrelacionamento possvel e estvel, quando a Bblia a autoridade maior (a abordagem livronico).

    Isso mostra que tanto no meio cristo, como no meio secular h uma indefinio quanto cosmoviso do assunto. O autor diz que nem todos tm uma cosmoviso correta com umarepresentao precisa da realidade. Embora haja muitas cosmovises, nem todas podem sercorretas. E que uma cosmoviso correta deve ser verdadeira, uma expresso da maneira comoas coisas realmente so.

    Taylor B. Jones, partindo dos pressupostos da teologia reformada e dentro de uma viso bblicista ,defende a ideia que necessrio se ter uma cosmoviso bblica da cincia, e partindo da analise dosmtodos cintificos mostra que a cincia ltil em algumas questes universais, mas cincias humanasso verdades humanas e em desenvolvimento e assim seus princpios e mtodos so falveis,logo ela deve ser uma ferramenta para a teologia , sempre como serva e nunca como senhora , sempresubmissa e nunca no mesmo grau de autoridade.

    Segundo o autor o melhor mtodo a ser usado pelos cientistas do "Livronico", com cientista cristo adquire a perspectiva da cincia que Deus planejou. Certamente,uma parte crucial dessa viso que a cincia pode ser de grande valor para a sociedade e podecontribuir para uma compreenso maravilhosa, correta e verdadeira do universo que, em troca,

    pode ser usada para benefcio de toda a humanidade.Todavia para isso necessrio que ele observe o que afirma o telogo Hans Schwarz,

    num ensaio para a DW-WORLD. "Os cientistas tm que admitir que necessitam de uma f,para reconhecer relaes fora do mundo observvel"

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