Portfolio 2011 IELTXU MARTINEZ ORTUETA
Transcript of Portfolio 2011 IELTXU MARTINEZ ORTUETA
i e l t x u M a r t i n e z o r t u e t aP O R T F O L I O
+ trabalhou com José renato Maia no estudio zrMaia na arte e diagramação das revistas lelis Blanc e renner (2010/11)
+ trabalhou com Ciro Girard na agência Satelite comunicação (2008/2009)
+ Faz a programação visual do Grupo Folias (SP) e já fez trabalhos para os grupos teatro xirê (rJ), as Graças (SP), Coletivo Bruto (SP) e o portal ataria
Projetos gráficos:- Caderno do Folias nº 13- Boletim mensal do grupo Folias- revista e folders do aHJB (arquivo Histórico Judaico Brasileiro)- Projetos para editais dos grupos teatrais: Coletivo Bruto, Folias, as Graças e Kapota mas não Breka- Folders para a PuC/SP
ieltxu Martinez ortuetaBilbao, Pais Basco, espanha (1977)Formado como historiador da arte e ator. Curso de design gráfico no SenaC/SP
revista leliS BlanC nº 27, 28, 29, 30revista renner inVerno 2011
o que está AQUI é o que SOBROU
APRESENTAÇÃO DO PROJETO
OBJETIVOS
JUSTIFICATIVA
PLANO DE TRABALHO
CONTRAPARTIDAS
ORÇAMENTO
ORÇAMENTO EM ETAPAS
FICHA TÉCNICA
HISTÓRICO DO COLETIVO BRUTO
CURRÍCULOS DO NÚCLEO ARTÍSTICO
CURRÍCULO INTEGRANTES DO PROJETO
CURRÍCULO DO PROPONENTE
MATERIAL COMPROBATÓRIO DO NÚCLEO ARTÍSTICO E DOS INTEGRANTES
sumário
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apresentacão do projeto
atual pesquisa do Coletivo Bruto, O Que Está Aqui É O Que Sobrou, dá
continuidade a uma linha mais ampla de pesquisa, que se iniciou com o processo de montagem de nosso primeiro espetáculo, Guerra Cega Simplex Feche os Olhos e Voe ou Guerra Malvada (2008), de Fritz Kater (premiado dramaturgo e encenador contemporâneo alemão), e Pernille Sonne. Tratava-se então de pesqui-sar formas de tratamento estético da guerra, enquanto fenômeno-limite que concentra e catalisa significações dispersas nas relações de conflito e dominação que estruturam as socie-dades modernas e contemporâneas. Questões levantadas no curso desse processo estimularam, durante nossa residência artística Guerra Total ou À Perder de Vista (TUSP – Teatro da USP / 2009), investigações sobre o conceito de Guerra Total (conflito de alcance ilimitado, com mobilização extrema de recursos humanos, mer-cadológicos, industriais, políticos,
agrícolas, militares, naturais e tec-nológicos). O texto de Kater/Sonne, Guerra Cega Simplex, é claramente inspirado na obra de Heiner Mül-ler e contém inúmeras referências a ela, o que nos levou naturalmente ao estudo da peça incompleta de Brecht O Declínio do Egoísta Johann Fatzer, postumamente organizada e editada por Müller. Destacamos, no Fatzer, alguns temas, lá presentes no contexto da Primeira Guerra Mundial (o estado de suspensão política, temporal e territorial; a convivência e o egoísmo), para cri-armos a estrutura dramatúrgica que resultou dessa etapa da pesquisa.
Em 2010, durante a circulação com o espetáculo Guerra Cega Sim-plex, realizada graças ao Prêmio de Teatro Myriam Muniz - Funarte, iniciamos uma abordagem dos temas acima em encontros para trocas de experiências com outros coletivos, a saber: Os Dezequilibrados (RJ), Bagaceira (CE), Clowns de Shake-speare (RN) e 4 com Palito (MG). Ainda em 2010, o Coletivo Bruto foi
aSINOPSE FATZERDurante a primeira Guerra Mundial, quatro homens abandonam seu tanque, deserdam a guerra liderados por Fatzer e se escondem num porão. A partir de então devem lutar juntos por sua sobrevivência passando a depender de Fatzer, o mais habilidoso entre eles. Fatzer porém, só atente às suas própria vontades. O grupo então decide executar o egoísta Fatzer.
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projeto gráficopara o ColetiVo Bruto2010
o que esta aqui e o que sobrou
o que esta aqui e o que sobrou
o que esta aqui e o que sobrou
o que esta aqui e o que sobrou
o que esta aqui e o que sobrou
o que esta aqui e o que sobrou
o que esta aqui e o que sobrou
o que esta aqui e o que sobrou
o que esta aqui e o que sobrou
o que esta aqui e o que sobrou
o que esta aqui e o que sobrou
o que esta aqui e o que sobrou
o que esta aqui e o que sobrou
o que esta aqui e o que sobrou
o que esta aqui e o que sobrou
o que esta aqui e o que sobrou
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o que esta aqui e o que sobrou
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Indice
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19 continuacao
O espetáculo visa a um público adulto. Nessa faixa de público, serão alvos privilegiados profi ssionais, estudantes universitários e professores, especialmente os vinculados às áreas de Humanidades (artes, fi losofi a, ciências sociais, pedagogia, direito, letras) - público que se tem mostrado receptivo às propostas estéticas do Coletivo.
Buscaremos parcerias com organizações como centros estudantis de universidades, escolas de artes cênicas, programas institucionais de formação teatral, sindicatos e associações profi ssionais, que se disponham a colaborar na divulgação do espetáculo.
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7Quatro homens (Anarquista, Pragmático, Estrangeiro, que nem sabe em que luta está, e Velho, cansado de tanta luta, frágil), uma mulher (apenas mulher, talvez maravilha), uma boneca infl ável (Virgínia*) e um jaboti (Perpétua Histœrica) esperam em um espaço indefi nido, em um entre espaço, suspenso entre dois lugares, dois tempos. Há uma expectativa de que algo aconteça. Esse
lugar é entrecortado por três histórias: a história de quatro desertores que esperam uma revolução para salvar suas vidas, a de uma cidade fantasma e a de um homem que procura uma batalha a ser travada no meio da fl oresta densa.
Na cena, vemos o esforço do estar junto; a elaboração de um desejo por estar só; o confronto com os conceitos de propriedade, liberdade, representação e democracia. Todos esgarçados diante da inviabilidade do confronto, da onipresença do lugar-comum, da perda da história e de uma perversão da aparente estabilidade e bem estar.
PUblico alvo
Sinopse do espetAculo
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É uma produtora voltada para o mercado da arte e cultura. Com sede em São Paulo a produtora tem realizado diversos projetos e eventos visando a ampliação e diversifi cação de público, ações educativas e artísticas. A empresa é formada por duas sócias, Maria Fernanda Coelho e Patrícia Braga Alves que foram co-responsáveis pela internacionalização do Festival Internacional de Londrina. Com a experiência adquirida, em várias áreas que se complementam se aliaram a outros parceiros com o intuito de contribuir e estimular o intercâmbio entre as mais diversas formas de expressão da criação artística.
É formada em Cinema pela FAAP e em Dança pela Universidade Anhembi Morumbi. Realizou videos e fi lmes premiados e exibidos nacional e internacionalmente. Atua como criadora, intérprete e diretora em diversos trabalhos em artes cênicas. Junto às companhias nas quais participa ou participou já foi contemplada com edital Novos Coreógrafos/ Novas Criações, Programa Municipal de Fomento à Dança, Programa de Ação Cultural, Prêmio Funarte Klauss Vianna, entre outros. Co-fundou o Núcleo Cinematográfi co de Dança com Maristela Estrela, onde, desde 2002, pesquisa a relação entre dança e cinema.
Profi ssional multimídia formada pela Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da Universidade de São Paulo (FAU-USP). Pesquisa e desenvolve conteúdo em diferentes linguagens visuais, em movimento ou estáticas: vídeo, live video, design gráfi co, vídeo-cenografi a e fotografi a. Cria conteúdo para música, teatro, dança, editoriais, eventos, cinema, publicidade e, às vezes, por nenhum motivo específi co. Trabalha e vive em São Paulo.
É atriz, diretora, produtora. Em 1981 integra o Grupo Proteu dirigido por Nitis Jacon. Foi chefe da Divisão de Artes Cênicas da Casa de Cultura da Universidade Estadual de Londrina, membro da Comissão Organizadora do Festival Internacional de Londrina, sendo um dos membros do grupo fundador, trabalhou no evento por cerca de 20 anos. Atriz convidada do Seminário Pontes Sobre o Vento, coordenado por Iben Nagel Rasmussen. Dirigiu durante oito anos o Grupo da Terceira Idade do SESC Londrina. Foi membro da comissão de criação do Curso de Artes Cênicas da UEL. Em 2002 implementa o Programa Rede da Cidadania/Prefeitura Municipal de Londrina. Em 2005 cria em Antuérpia Bélgica)o grupo Noisette. Participa como atriz do projeto Gênesis, com imigrantes de diversos países. Em 2008 retorna a São Paulo, atuando na área de produção cultural. Coordenadora de produção da programação de lançamento da SP Escola de Teatro e da sua semana de integração. É a produtora executiva do espetáculo “Kastelo” e diretora de produção da intervenção cênica “Mauísmo, Teatro da Vertigem. É sócia-fundadora da Palipalan Arte e Cultura participando de todos os projetos desenvolvidos pela mesma.
Palipalan Arte e Cultura Mariana Sucupira - REGISTRO EM VIDEO/foto -
Anna Turra - PESQUISA AUODIOVISUAL -
Maria Fernanda Coelho - produtora -
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projeto gráficopara o ColetiVo Bruto2011
Raízes do Brasil
projeto gráficoMoStra HoMeM CorDialGrupo Folias (São Paulo)2011
criaçãoBoletiM mensaldo Galpão do Folias 2011
# Dossiê Êxodos # Furacão sobre Cuba, uma reportagem sobre a passagem de Orestéia - O Canto do Bode no XIII Festival Internacional de Teatro de La Havana
# Teatro e Sociedade do Espetáculo # Teatro e Formação #
segundo semestre de 2009
Caderno do Folias
“Não pode pedir licença para invadir! Temos licença poética! Tem que invadir e pronto! É a hora da vingança poética. É sempre em frente. Eu avisei que o navio estava chegando. Agora eles vão ver quem sou. eu ”
[ Êxodos – o eclipse da terra ]
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2009
CAPAS CADERNO FOLIAS.indd 1 6/1/10 3:07:35 PM
Eles são indivíduos muito fortes e com potencial para tudo. As camareiras do hotel sempre estavam deitadas nos sofás dos andares no horário de folga. Não se sentem menores ou menos, estão apenas trabalhando. E em todo lugar é assim. Lá existe rico, classe média, pobre, mas todos têm a mesma educação, saúde e comida. Todos têm a mesma oportunidade. No festival trabalhávamos com físicos, engenheiros, médicos que estavam ali para tentar ganhar um pouco mais de grana. O festival acontecia bem, muita gente trabalhando firme, mas com muito pouco recurso. (Bruna Bressani)
DIÁRIO DE VIAGEM/La havana
Desta viagem saiu outra pessoa, dentro da mesma pessoa; eu teria o mundo para falar destes 10 dias e com certeza faltaria espaço para tanto. (Bira Nogueira)
La Catedral, fotos, Museu da Revolução, tanque de guerra, Capitólio (gigante); charuto cubano, visita a uma escola primária, disciplina, muitos policiais pelas ruas, 60, 70, 80% dos cubanos são da segurança??? (Osmar Guerra)
Uma força que cala!!Uma força que fascina!!! O ser humano elevado em seu mais profundo, a eterna força de lutar contra o Rei. Hoje minha vida é lutar contra o Rei, qualquer rei.O cheiro da REVOLUÇÃO não sai da alma. Orestéia nunca foi tão verdadeira como em Cuba, senti tudo de todos, a luta pela vitória, “o regresso a Tróia”. Um combatente diria “A mais linda batalha”! Que vitória!! (Bira Nogueira)
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Caderno do Folias #13 Segundo semestre de 2009 .....................................
Eles são indivíduos muito fortes e com potencial para tudo. As camareiras do hotel sempre estavam deitadas nos sofás dos andares no horário de folga. Não se sentem menores ou menos, estão apenas trabalhando. E em todo lugar é assim. Lá existe rico, classe média, pobre, mas todos têm a mesma educação, saúde e comida. Todos têm a mesma oportunidade. No festival trabalhávamos com físicos, engenheiros, médicos que estavam ali para tentar ganhar um pouco mais de grana. O festival acontecia bem, muita gente trabalhando firme, mas com muito pouco recurso. (Bruna Bressani)
DIÁRIO DE VIAGEM/La havanaTrece Festival de Teatro de La Habana.Nosso anjo chama-se Reinaldo.Que interessante! (Osmar Guerra)
Desta viagem saiu outra pessoa, dentro da mesma pessoa; eu teria o mundo para falar destes 10 dias e com certeza faltaria espaço para tanto. (Bira Nogueira)
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Caderno do Folias #13 Segundo semestre de 2009 .....................................
QUANDO QUEM OLHA A CENA É O OLHO DE DENTRO Entrevista com os atores do Êxodos, o eclipse da terra
REFLEXÕES LIVRES A PARTIR DO PROCESSO DE ÊXODOS
*Um processo como esse, que tem a proposta de radicalizar a participação do ator na criação do espetáculo, é melhor que os outros processos já vividos pelo grupo? Em que sentidos?
Patrícia: Nem melhor, nem pior, é diferente. Como, aliás, é todo processo. No Folias a participação do ator e de todo artista, no palco ou não, que acompanha o trabalho, sempre foi grande. No Folias Fellinianas, por exemplo, a participação do ator determinou o caminho do texto a partir das improvisações, mas tendo como guia um roteiro inicial. Em Babilônia também, o espetáculo tem muuuiiito da equipe que se envolveu no trabalho. Mesmo Otelo, que na adaptação e tradução teve participação de toda a equipe. Neste caso específi co do Êxodos, a radicalização proposta está além, na medida em que para cada ator é um trabalho autoral (relativo a ele). E se difere também dos outros processos porque trabalhamos sem nenhuma guia até um certo ponto do trabalho. Só tínhamos a temática, que foi se defi nindo, se desenhando mais a partir do trabalho, a partir do que cada ator apresentava; e daí a possibilidade de um roteiro, de uma estrutura. No Êxodos, a palavra escrita, em sua
totalidade, é do ator (mesmo nos casos de “plágio”) para seu personagem e de outros companheiros. Voltando diretamente à pergunta: nem melhor nem pior, mas mais difícil. Por tudo que já foi dito. A exposição aqui não é a do ator que “interpreta” ou “representa”, a exposição é do pensamento. Quero ressaltar que, para mim, direção e dramaturgia foram e são equipe criativa.
Joana: Eu não acredito que dê para qualifi car em melhor ou pior. Cada processo exige da gente de uma maneira diferente, e dentro destas características existem aspectos melhores e piores. Eu acho que o grupo já tem uma característica de trabalho coletivo; então, todos os processos vivenciados por nós são muito nossos; é muito raro alguém chegar impondo alguma coisa. É uma metodologia de trabalho do Marco (o diretor).
Val: Eu sinto em todos os nossos processos que a liberdade e o espaço pra criação do ator é total. Mesmo quando se trata de uma dramaturgia pronta (e ela nunca vem), o ator é um co-autor da personagem, ele interfere, acrescenta, subtrai... Então, acredito que com este trabalho, o Êxodos, estamos focando e formalizando a participação desse criador, o ator que gera a dramaturgia; é um processo que vem sendo construído há tempos. Um bom exemplo foi a tradução do Otelo feita pela Maria Silvia Betti, que foi feita com participação e intervenção dos atores. Parte do elenco participava, opinando, interferindo, dando uma embocadura ao texto que ia sendo traduzido.
Flávia: Apesar de ser recente minha participação no grupo Folias, acho importantíssima a radicalização da participação do ator na criação do espetáculo para o próprio desenvolvimento da linguagem do teatro enquanto Arte. Acho que nós, atores, precisamos sair de um certo lugar de conforto e criar um corpo de ação mais potente como artistas. Falo como atriz de uma nova geração, que sinto muito frágil em alguns aspectos.
Danilo: Sinceramente, não acho que seja melhor ou pior do que os outros processos do grupo. Estamos vivendo isso tudo hoje porque assim queríamos que fosse... A
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Caderno do Folias #13 Segundo semestre de 2009 .....................................
Folias d´arte recebeu o PREMIO VILLANUEVA DE LA CRITICA TEATRAL CUBANA a os melhores espetáculos estrangeiros junto aos grupos Máximo Gorki (Alemanha), Teatro en el Blanco (Chile), Teatro
Estatal de Turquía e Mini Teater-Novo Kazaliste de Eslovenia/Croacia
“ Por su desenfadada y renovadora mirada a un mito-madre de toda la tradición escénica occidental, asumido desde la identidad y los acentos de su propia cultura, mediante un montaje que traduce a nuestra contemporaneidad rostros y temas imprescindibles.”
criação do projeto gráficoCaDerno Do FoliaS nº 132010
“MIRAR ADELANTE” CENAS COTIDIANAS NUMA SOCIEDADE ADMINISTRADA
FEVEREIRO DE 2010 - PRIMEIRA ETAPA
....“Em situações de angústia, o melhor é acalmar o espírito e refletir sobre a prática”
Neste caminho acreditamos, e talvez por isso tenhamos sempre nos dedicado ao fomento de ações que estimulem a reflexão.
Desde 2001 planejamos seminários, debates, encontros além de uma Mostra anual. Compreendendo a necessidade de suporte teórico e de referenciais. Não só para a criação artística, mas também para a formação de Público.
Entendemos que o sentido deste grupo e espaço está ligado à socialização das investigações e reflexões. Democratizando as ferramentas de trabalho e vivências em oficinas abertas, criando condições para que todos possam desenvolver suas potencialidades e não apenas possibilitando o acesso ao que é produzido.
Entendemos que o papel que nos cabe nesse panorama é o próprio teatro, por suas várias interfaces. Um grupo que entende, pela sua própria história, a vocação de provocar artisticamente, fustigar as bases estabelecidas do conhecimento (internamente inclusive) e funcionar como usina de criação e pensamento. E, a partir desta constatação, trocar com o mundo)...”
Trecho retirado do projeto candidato no ano de 2009 – Êxodos – O Homem Cordial
ÍNDICE
I. DADOS CADASTRAIS pág. 04
II. TEXTO INTRODUTÓRIO pág. 05
III. OBJETIVOS pág. 06 a 08 IV. JUSTIFICATIVA pág.09 e 10
V. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES pág.11 a 19
V1 - Do estudo e socialização da dramaturgiaV2 - Da metodologia do trabalhoV3- Da manutenção do Galpão do FoliasV4- SeminárioV5 - Conversas FolianescasV6 - Cadernos do FoliasV7 - RepertórioV8 - Novos ProjetosV9- E Ainda...
VI. PLANO DE TRABALHO pág. 20 e 21
VII. ORÇAMENTO pág. 22 a 24
VIII. CRONOGRAMA FÍSICOFINANCIERO pág.25 a 27 IX. CURRÍCULO DO GRUPO pág.28 a 32
X. CURRÍCULOS DO NÚCLEO RESPONSÁVEL PELO PROJETO pág.32 a 46
XI.FICHA TÉCNICA pág.47
XII. ANEXOS pág.48
projeto gráficopara o Grupo Folias (SP)2009
MIRAR ADELANTE
ANA CINTRA 213O mundo é o que se vê de onde se está
JULHO DE 2010
“Descolonizar é olhar o mundo com os próprios olhos,Pensá-lo de um ponto de vista prático.O centro do mundo está em todo lugar,O mundo é o que se vê de onde se está”
[ Milton Santos ]
ÍNDICE
I. DADOS CADASTRAIS pág. 04
II. DADOS HISTÓRICOS pág. 05
III. INTRODUÇÃO pág. 06 IV. OBJETIVOS pág.07 a 10V.JUSTIFICATIVAS pág.11 a 13
VI. ALGUMAS CONSIDERAÇÕES pág.14 a 16
V1 - Manutenção do GalpãoV2 - Mostra do FoliasV3 - Conversas FolianescasV4- Cadernos do FoliasV5 - Manutenção do repertórioV6 - Praticável do FoliasV7 - Seminário interno
VI. NOVAS AÇÕES pág.17 a 18 VII.1 - Para quem Viveu ContarVII.2 - Música Folianesca
VII.3- E AINDA... pág.19 a 22
VIII. PLANO DE TRABALHO pág.24 e 25 IX. ORÇAMENTO pág.26 a 28
X. CRONOGRAMA FÍSICOFINANCIERO pág.29 a 31
XI. CURRÍCULO DO GRUPO pág.32 a 36 XII. CURRÍCULOS DO NÚCLEO RESPONSÁVEL PELO PROJETO pág.37 e 50 XII.FICHA TÉCNICA pág. 51 XIV. ANEXOS pág. 52
Para Milton Santos o território usado se constitui em umacategoria essencial para a elaboração sobre o futuro. O uso do território se dá pela dinâmica dos lugares. O lugar é proposto por ele como sendo o espaço do acontecer solidário. Estas solidariedades definem usos e geram valores de múltiplas naturezas: culturais, antropológicos,econômicos, sociais, financeiros, para citar alguns. Mas as solidariedades pressupõem coexistências, logo pressupõem o espaço geográfico.(...)
Aqui está! Encalhado diante da igreja, bem embaixo do Minhocão, noventa e sete vezes maior que o continente. Com o nome gravado em letras de ferro, ECLIPSE DA TERRA, e ainda jorrando pelos seus flancos as águas antigas e lânguidas dos mares da morte. Mas onde chegamos? Em que (E)estado? Que alternativas agora temos? O que vislumbramos?
Para responder a essas perguntas é necessário sair do Navio e pisar, “explorar”, re- conhecer o território onde encalhamos.
Como o Galpão está impregnado de memórias, entendidas não como lembranças e sim como identidade construída ao longo dos anos, este trecho da rua Ana Cintra também o está.O dialogo entre a cena e a rua (vivenciado ocasionalmente nos espetáculos citados) em sua potência avassaladora, em suas cenas cotidianas torna-se o fundamento de nossa pesquisa.
Que tipo de indivíduos habitam este trecho da rua? Quais são as memórias e narrativas identitárias que impregnam as paredes do navio encalhado e seus tripulantes? E a de seus vizinhos? Os estabelecimentos comerciais, a diminuta loja de frutas, o Juvial Bar, que como uma foto/fixa aparece sempre que as portas do Galpão se abrem?
Ainda a possibilidade de dialogo com os símbolos fincados nas imediações como exemplo a própria existência do Minhocão como muro que divide o centro da cidade propiciando que Ana Cintra ( rua que leva o nome da mulher do Barão de Campinas) seja a prima pobre da Bela Cintra, ou, numa outra visão ficcional a elaboração do que seria desse trecho da rua se a então, maior obra em concreto armado da América latina, não tivesse sido construída em 1969/70?
Sob este prisma, propomos artisticamente o mergulho incondicional, como um super objetivo, nesta terra em que aportamos para “mirar adelante”. Vivenciando através da realidade que conhecemos, a que vemos, como a vemos, entendendo que não somos observadores externos, e a partir disso desenvolver um trabalho com as várias possibilidades do mirar.
O resultado a que se chegou em Êxodos, o eclipse da terra é o chão em que vamos pisar – obriga-nos a olhar para trás para entendermos o presente e sonhar, esteticamente, filosoficamente, poeticamente, formalmente e estruturalmente, com alternativas para o futuro.
Se o teatro livre não se permitir sonhar, quem poderá fazê-lo?
projeto gráficopara o Grupo Folias (SP)2010
apoios
AGRADECIMENTOS Lucienne Guedes, Iná Camargo Costa, Carolina Bianchi, Carlos Francisco, Ana Paula Gomes, Jailton Bomfim, Jairo Luiz Teles, Jose Roberto da Silva Aguiar, Ricardo Sergio de Thomaz, Tania Lobo Ferreira Moraes, Jorge Soares, Bruna Bressani, Helder Mariani, Lu Brites, Cia São Jorge de Variedades, Serviço
Funerário do Município de São Paulo e Bira Nogueira pela idéia.
dócil
Local Galpão do FoliasRua Ana Cintra 213
Santa Cecília São PauloINFO e RESERVAS>>33612223
Direção Pedro Mantovani Atuação Dagoberto Feliz Patrícia Gifford
Músico Demian Pinto Dramaturgia Dagoberto Feliz / Pedro Mantovani
a partir da novela A Dócil, de Dostoievski
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“...Trata-se de um hipocondríaco inveterado.[...] Ao mesmo tempo em que se justifica e culpa a mulher, deixa-se levar por explicações esquisitas: há nisso tanto rudeza de pensamento e de coração como um sentimento profundo. Ao poucos ele consegue esclarecer para si o ocorrido e “concentrar os pensamentos num ponto”. Por fim, evoca uma série de recordações que inevitavelmente o levam à verdade; a verdade inevitavelmente eleva seu espírito e seu coração. No fim, até o tom da narrativa se modifica, se o compararmos ao início desordenado. A verdade revela-se ao infeliz de modo bastante claro e preciso, ao menos para ele.” Prefácio para Dócil, escrito por Dostoievski
FICHA TÉCNICA Direção............................................................. Pedro MantovaniAtuação....................................Dagoberto Feliz e Patrícia GiffordMúsico...................................................................Demian PintoDramaturgia..............................Dagoberto Feliz/Pedro Mantovani .....................................a partir da novela A Dócil, de DostoievskiCenário....................................Pedro Mantovani/Dagoberto Feliz/ .....................................................Patrícia Gifford/Bira NogueiraCenotécnica...........................................................Bira NogueiraIluminação..............................................................Aline SantiniAssistência de iluminação....Felipe Scalzaretto e Patrícia ZalewskaFigurinos............Marcela Donato/Patrícia Gifford/Dagoberto FelizEquipe técnica/estágiarios...........Felipe Scalzaretto/Marita Prado/ ......................Miguel Mendes/Patrícia Zalewska/Viviane Corbani/ ........Natalia Quiroga/Junior Docini/Ivan Zancan/Victor Merseguel Programação visual.................................Ieltxu Martinez OrtuetaFotos divulgação.....................................................Joana MatteiProdução......................Patricia Barros e Osmar Germano GuerraRealização.........................................................................Folias
SOBRE A ENCENAÇÃO
Esta encenação é integrante de um conjunto de encenações em torno do tema cordialidade. Cada integrante ou colaborador do grupo se debruçaria sobre o tema, na procura de um texto ou forma cênica que considerasse pertinente para tratar da questão. Nossa opção foi a escolha do material a Dócil, de Dostoievski, como ponto de partida. Desvio, já que o nosso tema é tão brasileiro? Longe disso: nesse texto, produzido em um país periférico como o nosso, encontramos as marcas de uma relação social que infelizmente persiste entre nós: a relação de favor. Relação que é solo fértil para o ‘horror às distâncias’ característico do cordial, para o ressentimento e as diversas formas de relações supressivas tão difíceis de nomear mas tão presentes entre nós.
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programação visualespetáculoa DÓCilFolias (São Paulo) 2010
Espaço dos Satyros Dois – Praça Franklin Roosevelt, 134
Reservas: 3361.2223/ 3258.6345
MEDEIA T e x t o M e d E i a P o p d e R e i n a l d o M a i a
D i r e c a o D a g o b e r t o F e l i z
a mulher-ferasempre
Sextas-feiras as 23h59
04 de junho a 30 de julho
nunzio
MEDEIA... a mulher violenta... violentIssima...
MEDEIA... a assassina...
MEDEIA....a traidora de sua pAtria...
MEDEIA... a que controla o sobrenatural...
MEDEIA... a atormentada.
T e x t o M e d E i a P o p d e R e i n a l d o M a i aD i r e c a o
D a g o b e r t o F e l i z
V E N H A M T O D O S ! ! !
M E D E I A a m u l h e r - f e r a
FOLIAS apresenta
MARCADOR MEDEIA.indd 1 9/22/09 1:51:47 PM
M E D E I A a m u l h e r - f e r a
MEDEIA... a mulher violenta... violentIssima...
MEDEIA... a assassina...
MEDEIA....a traidora de sua pAtria...
MEDEIA... a que controla o sobrenatural...
MEDEIA... a atormentada.
T e x t o M e d E i a P o p d e R e i n a l d o M a i aD i r e c a o
D a g o b e r t o F e l i z
V E N H A M T O D O S ! ! !
FOLIAS apresenta
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VENHAM TODOS!!!Quem vai querer? Você, cidadão honrado! Você, homem comum! Não perca a oportunidade de ver esse monstro.Agora sim domesticado... Enjaulado...Finalmente controlado. Toda a potência dessa fera emergindo em um só espetáculo.
MAS VOCÊ TERÁ AINDA MAIS.
* a possibilidade de realização de alguns de seus fetiches mais íntimos.* o momento único de materialização dos seus desejos mais secretos. * a vivência de superar os seus obstáculos. * por à prova a sua capacidade de superação de limites. *a visualização de um outro ser humano também superando seus limites.
ATRAÇÕES PREVISTAS <Beije seu ídolo>< Tortura assistida><Malba-Tahan, o homem que calcula>>>>entre tantas outras...
CONCEPÇÃO CÊNICA
Assim é esta MEDÉIA. Com o texto MEDÉIA POP de Reinaldo Maia propomos que esta mulher, este mito, seja realmente transformado em mais um SHOW. Desses que nós, cidadãos conscientes, paramos para apreciar. Ou será que somos obrigados a presenciar? Ou será que gostamos de ver? Claro que MEDÉIA -a Mulher-Fera deverá ser servida como prato principal.Outras entradas serão servidas para que o público presente possa se deliciar com quitutes variados. Para todos os gostos.
Afinal...Devemos preparar o nosso paladar para apreciar com mais clareza o que o mundo atual nos reserva!
LEMBRETE IMPORTANTE
Alguns ingressos estarão reservados apenas a alguns poucos. Àqueles que, de alguma forma, fizerem por merecer essa distinção. Pois, afinal, não somos todos iguais. Uns têm mais privilégios que os outros... ...conseguidos por uma sutil influência ou, em alguns casos, violentamente. Assim é a vida! Ache você este conceito justo...ou injusto...
O FOLIAS/ EXODO- O HOMEM CORDIAL/ NUNZIO
O Projeto do Folias Êxodo Homem Cordial - aponta para dois caminhos: Um que diz respeito a um eixo temático - que tem como centro o indivíduo, o órfão do processo de exaustão das estruturas sociais, notadamente a organização política do Estado. O indivíduo como potência é, paradoxalmente, o “homem cordial”; E outro que diz respeito ao eixo formal – privilegiando nessa etapa do trabalho a reflexão, o estudo, o esmiuçamento dos processos de ESCRITA CÊNICA, tendo pois como vetor a encenação.
A dramaturgia, a interpretação, voltam-se para a tentativa de compreensão dos procedimentos de encenação, além das atividades de reflexão propostas pelo Grupoassim, os seminários e os trabalhos de socialização de experiência, aos modos do já feito, por exemplo, no
Querô, do ponto de vista da interpretação, voltam-se para a “Escritura Cênica”.
No que diz respeito especificamente à cena em si o FOLIAS se dedicará a criar núcleos de trabalho em número de não menos que quatro e não mais que sete, cada um desses trabalhos resultando em uma encenação a ser proposta considerando a potência do indivíduo com seu “homem cordial” como temática e forma – modo de produção. A investigação passa a ser a do indivíduo plantado em terra estranha, mesmo que seja a sua. Do ponto de vista do cidadão, a compreensão da condição de individuo desterritorializado, exilado, e a atitude de escolha ante o caminho (em tese) de mão única: seguir adiante “na cordialidade” conformadora desta “aldeia global” ou recriar simbolicamente seu território, buscando caminhos alternativos, ainda que marginais.Um faz o outro a maneira da celebre frase de Churchill primeiro fazemos nossas casas, depois elas nos fazem... a idéia de tribo, povo, nação e depois de estado nacional decorre dessa relação tornada profunda.”
Nunzio, com direção de Danilo Grangheia foi o primeiro trabalho a estrear a partir dos núcleos de investigação criados para o estudo da Escritura Cênica e do Homem Cordial. Agora estréia Medeia de Reinaldo Maia e direção de Dagoberto Feliz
Como suporte teórico para este estudo da Escritura Cênica o Folias coloca em discussão a Cordialidade Brasileira num seminário, a partir de 25 de agosto,
com convidados como o professor Francisco de Oliveira, Paulo Arantes, José Antonio Pasta e Valmir Santos e José Fernando, já em andamento.
FICHA TÉCNICA TEXTO>> MEDÉIA POP de Reinaldo Maia DIREÇÃO >>Dagoberto FelizASSISTÊNCIA DE DIREÇÃO>> Rodrigo ScarpelliCENOGRAFIA>>Bira Nogueira e Flávio TolezaniADEREÇOS>>Marcela DonatoFIGURINOS>>Daniel Infantini ILUMINAÇÃO>>Túlio PezoniMÚSICA>>Diogo Maia PROGRAMAÇÃO VISUAL >>Ieltxu Martinez OrtuetaFOTOS>>Joana MatteiBILHETERIA>>Marcellus BeghellePORTARIA>>Eno Nepomuceno (Carioca) REALIZAÇÃO>>FOLIAS
ELENCO MEDÉIA Adriano MerliniJerônimo MartinsMelany KernPaloma Galasso Rafael Tosta Regina PereiraSuzana Aragão
ELENCO NÚMEROS VARIADOSDébora Lobo Junior DociniLui SeixasMarcellus BeghelleThiago Bugallo Adonai BezerraMirela Lima
Realização Apoio
AGRADECIMENTOS Otavia Donasci, Fabiano Augusto, Evandro Dupim
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programação visualdo espetáculoMeDÉia -a mulher fera-Grupo Folias (São Paulo)2009
nunziode Spiro Scimone
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APRESENTAÇÃO DOS MISERÁVEIS
21APRESENTAÇÃO DE ZÉ, O GUIA TURÍSTICO
3MEMÓRIAS DOS MISERÁVEIS
REENCONTRO DOS MISERÁVEIS
10LEMBRANÇAS ANCESTRAIS DOS MISERÁVEIS
11
A 2A ABOLIÇÃO (CONSIDERAÇÕES SOBRE O BURRO RACIONAL)
13
DISCURSO DO SENADOR. A INAUGURAÇÃO DA ESTÁTUA
16
O PENSAMENTO DE EUGÊNIA
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4A REVOLTA DE MARIA
14A LUTA
18A DESPEDIDA DE ZÉ
*EPÍLOGO. PROCÓPIO, BIBIANA
E A ESTÁTUA
8TEMPORAL. A VOLTA DOS MISERÁVEIS
9REUNIÃO DOS DEUSES
12MISERÁVEIS PERCEBEM SEU VALOR
15A MULHER SEM CABEÇA
1 “Eu serei o seu guia por essas estranhas terras de Bruzungangas. Sou considerado aqui por quem entende do assunto como o mais preparado guia deste pedaço, pois sou conhecedor dos lugares do passado, frequentador dos mistérios do presente e visionário dos amanhãs.”
2 “O terra sina de pobre “
3 “(...)Os ninguéns: os filhos de ninguém, os dono de nada.” Trecho do texto Os ninguéns de Eduardo Galeano
4 “ Cê num come do lixo que nem rato? Cê num dorme na rua? Se ele num é vida nóis é o quê? Nóis também somo rato.”
5 “ Maria! Arreda dessa solidão Maria! Sem união não tem futuro não. Precisa de força! E pra mudar as coisa daqui não adianta só gente não! Cê precisa de mais ajuda!”
6 “Poxa, e cêis ainda falando mal do sujeito! Bora Maria! Tem um lugar novo pra nóis morar!”
7 “Há mais de quatrocentos anos ocupamos essas terras. Não havia ninguém quando chegamos. Minha família construiu esta cidade com as próprias mãos. Sonhavam com um país novo. O país do futuro!”“Nós nem cremos que escravos outrora, tenha havido em tão nobre país. Os que vivem em Bruzundangas, acham irmãos não tiranos hostis.” Adaptação de trecho do Hino da Proclamação da República.
8 “Levantei o meu barraco na encosta do morro veio o temporal”
9 “Bibiana, descansa no teu sentir. Lembra Bibiana. Lembra... Nunca é longe o lugar de onde nos chega um grito de apelo. O sofrimento atingiu também a nós. O vosso luto é o nosso luto.“ Citado de Mia Couto
10 “No pomar da vidanada nasce a toaOnde tem laranja podreTambém tem laranja boa” Trecho de música Pomar da Vida de Carlão do Peruche
11 “ Meu neto, é tua chama que vai ardê, aprendendo que teu caminho é com os teus. Agora deixa de conversê que nóis ainda tem serviço de cutelo. “
12 “Somos livres escambeirosDa labuta a céu aberto”
13 “Agora imagina se todo mundo que tá na nossa situação de um dia pro outro deixa de ser burro racional e passa a ser irracional? A gente não ia mais ser convencido de que precisa ter medo da polícia, de Deus, dos donos de tudo. A gente não ia mais ter medo!” Inspirado em trecho do romance italiano Fontamara de Ignazio Silone.
“Sob a sombra de minha espada eu declaro proclamada a nossa segunda abolição” Inspirado em discurso do Coronel Manoel Rabelo, interventor federal de Getúlio Vargas em São Paulo, contra quem a elite paulistana organizou a festejada e fracassada (contra) Revolução de 32.
14 “Ao entardecer, quando caíram seus últimos defensores, que todos morreram. Eram quatro apenas: um velho, dois homens feitos e uma criança, na frente dos quais rugiam raivosamente cinco mil soldados.” Trecho de Os sertões de Euclides da Cunha.
15 “Sou da tradição de homens sem cabeça. Sem cabeça ficou Zumbi, Conselheiro, Lampião.”
16 “A inauguração desta estátua marcará para nós o nascimento de uma nova era, sem espaço para ressentimentos e insurreições suicídas. “
17 “Se os nossos corações se estrangulam nas grades onde morre a liberdade e se fatigam Neste dia cresceram sempre rosas” Trecho da poesia Para enfeitar os seus cabelos de Agostinho Neto.
18 “Nosso passeio termina aqui, mas não a estrada. Nosso universo é aberto como o mar e o deserto. Existirá um futuro. Creio. Penso se será uma promessa, uma curva ou um caminho. “
*“Só tô pedindo pra você acolher melhor a santa! Ela fica aí de pé, sem comida, com essas roupa estranha, sem poder fumar! Se é pra tratar assim é melhor nem rezar. “
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Quando ouvi o seu silêncioO horizonte tava escuroOs passarinhos tavam mudosE o riso tava mortoE as portas se fecharamSem festa, samba, serestaAs janelas não se abriram Quando ouvi o seu silêncio
Quando ouvi o seu silêncioMuitos passos se perderamMuitos peitos sem compasso Serenos bateram sem vidaNão ouve grito ou palavraSó choro, gesto, gemidoDo vazio fez-se ecoQuando ouvi o seu silêncio.
ELENCOALEX ROCHA ( Zé )CAMILA URBANO (Maria Escolástica)(Yansã/Nanã)CARLOS GAUCHO (Senador) (Operário)MONICA SIMÕES (Eugênia ) (Produtora) (Ossaim/Oxossi)REGGIS SILVA (Procópio) (Patrão ) (Fotografo) (Ogum/Xangô)RENATA ROSA (Bibiana) (Faxineira) (Yemanjá/Oxum)
AGRADECIMENTOS Nilma Azevedo, Augusto Rodrigues, Fabiana Guimarães, Airton Dantas, Nani de Oliveira, Patricia Barros, Marco Antonio Rodrigues, Pedro Mendonça, Marcela Donato, Germano Guerra.
teatro de rua folias sao pauloalgo de negro
Temporal (Selito SD)
Levantei o meu barracona encosta do morroveio o temporallevou tudo morro abaixoe cuspindo barrogritei por socorrosob o temporal
Eta vidinha danadaessa da gente que é pobresofrida, desamparadasem ouro, prata e nem cobre
Sem guarida e sem moradavai se virando como podesem guarida e sem moradavai se virando como pode
Levantei o meu barracono vale, eu saí do morroveio o temporalencheu, transbordou o riachoe cuspindo barrogritei por socorrosob o temporal
Eta vida desgraçadada gente que nada temsofrida, desamparadasem um mísero vintém
Sem guarida e sem moradasó conta com deusmais ninguém
Embusteiros (Carlos Francisco/Selito SD)
Somos livres escambeiros da labuta a céu aberto outros somos embusteiros esmolando seu afetomenos somos trambiqueiros que os políticos, decerto
iô, iô,iô,iôôô... iô, iô,iô,iôôô... Jtá não temos neste ofício lastro de fornecedoresentão é do desperdício esvaído dos senhoresque alquimiamos lixotransmutando em bel valores
iô, iô,iô,iôôô... iô, iô,iô,iôôô...
Tudo: latas, pets, víciose artimanha em dinheiropouco, em verdade, pífio que não supre pormenoresvamos nós no sacrifícioporos vertendo suores
iô, iô,iô,iôôô... iô, iô,iô,iôôô... Ira, trazemos do íntimoe ela supera os temoressentimentos estes ínfimosante o ódio aos senhoresvamos tombar-lhes ao ritmo dos tons de nossos tambores iô, iô,iô,iôôô... iô, iô,iô,iôôô...
Todos por todos (Selito SD / Fabio Goulart)
Somos Ketu, Efan, IjexáXambá, Oyó e Nagô EgbáSomos Fanti, Ashanti, EwéMina, Mandinga, Fon e Haussá
Somos Congo, Umbundo, AngolaBenguela, Cabinda, Cassange, Macua,Inkices nós somos, somos OrixásTambém somos VodunsSomos todos por todosporque todos nós somos um.
Terra (Thiago Mendonca / Carlos Francisco)
“O terra sina de pobreO terra sina de pobreQuanto mais a roda gira Mais um muro o rico sobeQuanto mais a roda gira Mais um muro o rico sobe”
a mÚsica
Quando ouvi o seu silencio (Thiago Mendonca / Selito SD)
ficha TÉcnicaDireção I Carlos Francisco I Dramaturgia I Thiago Mendonça I Direção Musical I Selito SD I Assistência de Direção I Thiago Mendonça I Dança e Movimentos I Katia Naiane I Adereços I Bira Nogueira e Leide de Castro I Cenografia I Bira Nogueira I Assistência de Cenografia I Leide de Castro I Preparação Vocal I Mateus Sigali I Figurinos I Leide de Castro I Costureira I Mariluce Costa da Silva I Máscara Neutra I Tatiana Freire I Projeto Gráfico I Ieltxu Martinez Ortueta I Instrumentos I Carlos Francisco I Produção I Debora Lôbo I Estagiária I Priscila Jorge I Realização I Folias I
[email protected] [11] 3361.2223
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Quando ouvi o seu silêncioO horizonte tava escuroOs passarinhos tavam mudosE o riso tava mortoE as portas se fecharamSem festa, samba, serestaAs janelas não se abriram Quando ouvi o seu silêncio
Quando ouvi o seu silêncioMuitos passos se perderamMuitos peitos sem compasso Serenos bateram sem vidaNão ouve grito ou palavraSó choro, gesto, gemidoDo vazio fez-se ecoQuando ouvi o seu silêncio.
ELENCOALEX ROCHA ( Zé )CAMILA URBANO (Maria Escolástica)(Yansã/Nanã)CARLOS GAUCHO (Senador) (Operário)MONICA SIMÕES (Eugênia ) (Produtora) (Ossaim/Oxossi)REGGIS SILVA (Procópio) (Patrão ) (Fotografo) (Ogum/Xangô)RENATA ROSA (Bibiana) (Faxineira) (Yemanjá/Oxum)
AGRADECIMENTOS Nilma Azevedo, Augusto Rodrigues, Fabiana Guimarães, Airton Dantas, Nani de Oliveira, Patricia Barros, Marco Antonio Rodrigues, Pedro Mendonça, Marcela Donato, Germano Guerra.
teatro de rua folias sao pauloalgo de negro
Temporal (Selito SD)
Levantei o meu barracona encosta do morroveio o temporallevou tudo morro abaixoe cuspindo barrogritei por socorrosob o temporal
Eta vidinha danadaessa da gente que é pobresofrida, desamparadasem ouro, prata e nem cobre
Sem guarida e sem moradavai se virando como podesem guarida e sem moradavai se virando como pode
Levantei o meu barracono vale, eu saí do morroveio o temporalencheu, transbordou o riachoe cuspindo barrogritei por socorrosob o temporal
Eta vida desgraçadada gente que nada temsofrida, desamparadasem um mísero vintém
Sem guarida e sem moradasó conta com deusmais ninguém
Embusteiros (Carlos Francisco/Selito SD)
Somos livres escambeiros da labuta a céu aberto outros somos embusteiros esmolando seu afetomenos somos trambiqueiros que os políticos, decerto
iô, iô,iô,iôôô... iô, iô,iô,iôôô... Jtá não temos neste ofício lastro de fornecedoresentão é do desperdício esvaído dos senhoresque alquimiamos lixotransmutando em bel valores
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Tudo: latas, pets, víciose artimanha em dinheiropouco, em verdade, pífio que não supre pormenoresvamos nós no sacrifícioporos vertendo suores
iô, iô,iô,iôôô... iô, iô,iô,iôôô... Ira, trazemos do íntimoe ela supera os temoressentimentos estes ínfimosante o ódio aos senhoresvamos tombar-lhes ao ritmo dos tons de nossos tambores iô, iô,iô,iôôô... iô, iô,iô,iôôô...
Todos por todos (Selito SD / Fabio Goulart)
Somos Ketu, Efan, IjexáXambá, Oyó e Nagô EgbáSomos Fanti, Ashanti, EwéMina, Mandinga, Fon e Haussá
Somos Congo, Umbundo, AngolaBenguela, Cabinda, Cassange, Macua,Inkices nós somos, somos OrixásTambém somos VodunsSomos todos por todosporque todos nós somos um.
Terra (Thiago Mendonca / Carlos Francisco)
“O terra sina de pobreO terra sina de pobreQuanto mais a roda gira Mais um muro o rico sobeQuanto mais a roda gira Mais um muro o rico sobe”
a mÚsica
Quando ouvi o seu silencio (Thiago Mendonca / Selito SD)
ficha TÉcnicaDireção I Carlos Francisco I Dramaturgia I Thiago Mendonça I Direção Musical I Selito SD I Assistência de Direção I Thiago Mendonça I Dança e Movimentos I Katia Naiane I Adereços I Bira Nogueira e Leide de Castro I Cenografia I Bira Nogueira I Assistência de Cenografia I Leide de Castro I Preparação Vocal I Mateus Sigali I Figurinos I Leide de Castro I Costureira I Mariluce Costa da Silva I Máscara Neutra I Tatiana Freire I Projeto Gráfico I Ieltxu Martinez Ortueta I Instrumentos I Carlos Francisco I Produção I Debora Lôbo I Estagiária I Priscila Jorge I Realização I Folias I
[email protected] [11] 3361.2223
ALGO NEGRO 4.indd 1 8/9/10 12:43:17 AM
programação visualespetáculoalGo De neGroFolias (São Paulo)2010
de william shakespeare direção Val Pirestradução e adaptação de Fábio Brandi Torres
medidapor
medidaestreia 01 JUNHO
QUINTA a SáBADO as 21:00 e DOMINGOS as 20:00 Galpão do Folias rua Ana Cintra 213 Sta Cecilia Informaçoes e reservas: 11- 3361.2223
SOBRE A TRADUÇÃOSOBRE O PROJETO O FOLIAS/ EXODO - O HOMEM CORDIAL
Em nome do “bem comum”, do “politicamente
correto”, leis são criadas e impostas, nos dando
uma sensação de civilidade, de liberdade.
Impedindo-nos de pensar.
“Para os amigos tudo. Para os inimigos a Lei”
“O Estado não tem mais realidade do que os deuses e os diabos. São apenas reflexos, criações do espírito
humano, pois o homem, o indivíduo é a única realidade. O Estado é só a sombra do Homem, a sombra do seu obscurantismo, de sua ignorância e de seu medo.”
Emma Goldman (1869-1940)
“Em nome da liberdade se chega ao Fascismo”
medidapormedida
Agradecimentos
FICHA TÉCNICA
apoios
d i r eção V a l P i r e s + t r a d ução e a d a p t a çã o d e F á b i o B r a n d i T o r r e s
de william shakespeare
ELENCO
F o l i a s a p r e s e n t a
direção Val Pires tradução e adaptação de Fábio Brandi Torres
de william shakespeare
medidapormedida
programação visualdo espetáculoMeDiDa Por MeDiDaGrupo Folias (São Paulo)2010
TEATRO XIRÊTEMPORADA CAIXA CULTURAL M A R Ç O / 2 0 0 9
CIRANDA19 a 22 de marçoQUANDO CRESCER, EU QUERO SER...26 a 29 de março
quintas e sextas às 14:00 hsábados e domingos às 16:00 hInformações e agendamentos: [email protected]
WORKSHOPO Corpo e a Construção da Cena28 e 29 de marçoInformações e inscrições:[email protected]
DANÇA-TEATRO PARA CRIANÇASC A I X A C U L T U R A L a v e n i d a a l m i r a n t e b a r r o s o , n º 2 5 . c e n t r o
apresenta
Jujuba de Morango está em busca de sua realização: tornar-se uma primeira bailarina.
Para isso faz tudo o que entende ser necessário: busca o melhor espaço, carrega consigo
todo o aparato necessário e trabalha muito cumprindo exaustivas e intermináveis horas
de ensaios, certa de que para alcançar seu objetivo terá que seguir exatamente o mesmo
caminho feito pela bailarina que tem como ídolo.
O público torna-se cúmplice, e quem sabe
torcedor, da personagem em todas as suas
pequenas experiências e acompanha com ela
o desenvolvimento de seus aprendizados e
das angústias que serão reveladas ao longo
de sua trajetória.
Quando Crescer, Eu Quero Ser...
é um espetáculo de dança-teatro para
crianças que faz uma crítica divertida e, em
conseqüência, um alerta para os caminhos
que costumamos traçar em busca de nossas
idealizações.
Duração: 50 minutosEste projeto foi contemplado pelo Prêmio Funarte Klauss Vianna de Dança/2006, com patrocínio da Petrobras,
e pelo Prêmio Angélica Daher de Fomento ao Teatro/2006, com patrocínio da Prefeitura de Angra dos Reis.
FICHA TÉCNICA
DIREÇÃO E CONCEPÇÃO: Andrea EliasELENCO: Andrea Elias E Tiago QuitesPESQUISA: Andrea Elias E Jefferson BarbosaILUMINAÇÃO: Djalma Amaral
CENÁRIO E FIGURINO: Joana Lavallé e Gabriela Bardy
CIRANDA não compreende um enredo narrativo-descritivo ou mesmo diálogos usuais entre os personagens. Trata-se de um espetáculo de dança-teatro para o público infantil, cuja temática refere-se ao prazer do encontro da criança com seus desafios pessoais. Inicialmente, em cena, apenas um baú que, como uma cartola de mágico, transforma ilusão em realidade.
Antes mesmo de acordar, a menina Telé encontra seu amigo Deco, e as duas crianças começam a despertar para o dia e para as possibilidades de descoberta durante suas brincadeiras. A comunicação faz-se, exclusivamente, através do movimento.
É nesse âmbito que a criança se identifica com as personagens. A espontaneidade das ações encontra reverberação imediata na platéia; neste momento, apesar de não estarem em cena, as crianças tornam-se elemento de suma importância para o jogo, o que provoca nelas liberdade no caminho da expressão de suas emoções, criatividade, sensibilidade.
Duração: 45 minutos.
QUANDO CRESCER , EU QUERO SER . . .
CIRANDA
FICHA TÉCNICA
DIREÇÃO ARTÍSTICA: Andrea Elias DRAMATURGIA: Sérgio MachadoCONCEPÇÃO E PERFORMANCE: Andrea EliasCOLABORAÇÃO E DIREÇÃO DE MOVIMENTO: Paulo MarquesPREPARAÇÃO CORPORAL: Tânia CastilhoCENÁRIO, FIGURINOS E ADEREÇOS: Joana LavalléTRILHA SONORA ORIGINAL: PC CastilhoILUMINAÇÃO: Djalma AmaralCENOTÉCNICO: Antônio DomingosCOSTUREIRA: VillanyDESIGNER DA MALA E OBJETOS DE CENA: Rogério CheremPRODUÇÃO EXECUTIVA: Morena Paiva
Patrocínio:Promoção:Realização:
Apoios:
apresenta
DANÇA-TEATRO PARA CRIANÇASC A I X A C u l t u r a l A v e n i d a A l m i r a n t e B a r r o s o , n º 2 5 . C e n t r o
apresenta
C IRANDA 19 a 22 de março
QUANDO CRESCER, EU QUERO SER...
26 a 29 de março
quintas e sextas às 14:00 hsábados e domingos às 16:00 h
Agendamentos: [email protected]
WORKSHOPO Corpo e a Construção da Cena
28 e 29 de marçoInformações e inscrições: [email protected]
TEMPORADA CAIXA Cultural M A R Ç O / 2 0 0 9
TEATRO XIRÊ
ANUNCIO 91x70.indd 1 3/12/09 9:56:04 AM
programação visualpara o grupo teatro xirÊ(rio de Janeiro) 2008
I virada de futebol-society
Sábado 12 Dezembro/09 22:00-06 :00SãO PAULO/ Pompéia
Infos e Inscriçao até 28 Novembro: www.virada-futebol.com.brTel : 8220 0088 / 9498 9444
: « Troca uma balada por umas peladas »
I virada de futebol-society
Sábado 12 Dezembro 22:00 - 06 :00SÃO PAULO/Pompéia
Infos e Inscriçao até 28 Novembro: www.virada-futebol.com.br Tel : 8220 0088 / 9498 9444
projeto gráficopara ai ViraDa deFuteBol-SoCietY2009
projeto gráfico para o aHJBarquivo Histórico Judaico-brasileiro2008
CURSOS DE EDUCAÇÃO CONTINUADA COGEAE/PUC-SP PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
INFORMAÇÕES GERAIS
PUC-SP, UMA UNIVERSIDADE COMPLETA:GRADUAÇÃO, PÓS-GRADUAÇÃO STRICTO E LATO SENSU E EXTENSÃO
GESTÃO
CURSOS DE EDUCAÇÃO
CONTINUADA COGEAE/PUC-SP
PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU
COGEAE - COORDENADORIA GERAL DE ESPECIALIZAÇÃO, APERFEIÇOAMENTO E EXTENSÃO
estudosprojetos gráficosfolderspara a PuC/SP2008
projeto gráfico para n-idéiasagência decomunicação2008
projeto gráfico aprovado para a corrida de aventuraeCoMotion 2008
WATER WAY OF LIVING
WATER WAY OF LIVING
WATER WAY OF LIVING
WATER WAY OF LIVING
WATER WAY OF LIVING
WATER WAY OF LIVING
WATER WAY OF LIVING
WATER WAY OF LIVING
WATER WAY OF LIVING
projeto gráfico SPeeDo2008
C O M U N I C A Ç Ã OE N T R E T E N I M E N T O
C O M U N I C A Ç Ã O
E N T R E T E N I M E N T O
C O M U N I C A Ç Ã O
E N T R E T E N I M E N T O
C O M U N I C A Ç Ã O
E N T R E T E N I M E N T O
loGoSparaleD (agência de eventos)trÂnSito (produra cultural) rJataria (plataforma artística)Pais Basco (espanha)