Portfólio Digital Nível 1

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Em 1976 iniciamos nossas atividades ofe- recendo serviços de tradução, aos clientes que precocemente despertavam para as van- tagens da Globalização. No início dos anos 90 em contato direto com as matrizes no ex- terior de grandes companhias que começaram a demonstrar interesse em implantar seus ne- gócios no Brasil, crescemos exponencialmen- te, executando contratos de dimensões inédi- tas na área de traduções no país. Foi também na mesma época que importamos a inovadora tecnologia de Localização de softwares e sites, antecipando a nossos clientes a populariza- ção da Internet e suas inúmeras oportunidades mercadológicas. Consolidando nossa habilidade de atender às mais diferentes áreas técnicas, desenvol- vemos uma capacidade produtiva para traduzir 8 milhões de palavras ou 40 mil laudas por mês, sem deixar de observar padrões de qualidade de nível internacional. Nossa História Procuramos fazer da renovação de conhecimento e da especialização a meta mais constante de nossa equipe, integrada por tradutores nativos, técnicos, linguistas, gerentes de projeto e desenvol- vedores de soluções em TI para localização de softwares e sites, antecipando a nossos clientes a popularização da Internet e suas inúmeras oportunidades mercadológicas. Nossa Equipe Com foco no domínio de terminologia técnica nas mais diversas áreas, a All Tasks mantém um trabalho de indexação de fontes de pesqui- sas disponíveis em nível mundial, e uma vas- ta biblioteca de dicionários, glossários e livros técnicos que dão suporte a sua equipe nos cuidados com a tradução dos textos técnicos e científicos que executa. Alicerçada em mais de três décadas de atuação, a contribuição dos serviços prestados pela All Tasks pode ser observada em todos os setores de desenvol- vimento de nosso país: telecomunicações, si- derurgia, indústrias automotiva, farmacêutica e química, tecnologia da informação, energia e mineração, turísmo, áreas médica, jurídica e muitas outras. Traduções Técnicas fone: (11) 5908-8300 www.alltasks.com.br

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Fundada em 1976, a All Tasks é pioneira em localização de softwares e sites no Brasil e líder de mercado de serviços multilíngues em toda a América do Sul. Sua expertise no segmento a habilita a oferecer traduções em mais de 30 idiomas. Mais de 3.000 clientes de diversos setores já comprovaram a excelência do atendimento da empresa, que investe continuamente em inovação, infraestrutura e qualificação de seus profissionais.

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Em 1976 iniciamos nossas atividades ofe-recendo serviços de tradução, aos clientes que precocemente despertavam para as van-tagens da Globalização. No início dos anos 90 em contato direto com as matrizes no ex-terior de grandes companhias que começaram a demonstrar interesse em implantar seus ne-gócios no Brasil, crescemos exponencialmen-te, executando contratos de dimensões inédi-tas na área de traduções no país. Foi também na mesma época que importamos a inovadora

tecnologia de Localização de softwares e sites, antecipando a nossos clientes a populariza-ção da Internet e suas inúmeras oportunidades mercadológicas.

Consolidando nossa habilidade de atender às mais diferentes áreas técnicas, desenvol-vemos uma capacidade produtiva para traduzir 8 milhões de palavras ou 40 mil laudas por mês, sem deixar de observar padrões de qualidade de nível internacional.

Nossa História

Procuramos fazer da renovação de conhecimento e da especialização a meta mais constante de nossa equipe, integrada por tradutores nativos, técnicos, linguistas, gerentes de projeto e desenvol-vedores de soluções em TI para localização de softwares e sites, antecipando a nossos clientes a popularização da Internet e suas inúmeras oportunidades mercadológicas.

Nossa Equipe

Com foco no domínio de terminologia técnica nas mais diversas áreas, a All Tasks mantém um trabalho de indexação de fontes de pesqui-sas disponíveis em nível mundial, e uma vas-ta biblioteca de dicionários, glossários e livros técnicos que dão suporte a sua equipe nos cuidados com a tradução dos textos técnicos e científi cos que executa. Alicerçada em mais

de três décadas de atuação, a contribuição dos serviços prestados pela All Tasks pode ser observada em todos os setores de desenvol- vimento de nosso país: telecomunicações, si-derurgia, indústrias automotiva, farmacêutica e química, tecnologia da informação, energia e mineração, turísmo, áreas médica, jurídica e muitas outras.

Traduções Técnicas

fone: (11) 5908-8300www.alltasks.com.br

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Existem hoje aproximadamente 246 países, 6912 idiomas, 147 moedas, 24 fusos horários e 10 calendários diferentes, fatores que represen-tam enormes desafi os à Globalização, e para tornar esta realidade ainda mais complexa a Internet colocou tudo isso a uma distância de apenas um clique. Nesse novo mundo, cujas fronteiras são estabelecidas apenas pelos idio-mas, surgem os serviços de Localização como passaporte salvador.

A Localização é um processo que adapta qualquer produto para ser comercializado em quantos mercados se puder desejar, conside-rando, além dos aspectos linguísticos, os re-lacionados a cultura, legislação, regulamenta-

ção, religião, costumes, sistemas de pesos e medidas, diferenças de símbolos e das cores enquanto transmitindo signifi cados específi cos, entre outros tantos fatores.

Somos pioneiros na oferta desse tipo de tra-balho no Brasil e investimos constantemente em tecnologia, principalmente nas chamadas ferra-mentas CAT, (Computer Assisted Translation) que são softwares de tecnologia da linguagem muito importantes como suporte à tradução hu-mana, principalmente no sentido de manter a padronização da terminologia, a agilização dos trabalhos com os consequentes ganhos de efi -ciência nos prazos de execução e as tão alme-jadas reduções de custo.

Localização de software e Sites na Web

Idiomas

Comprometidos com nosso papel de for-madores de opinião no setor do qual participa-mos, e visando cooperar com os esforços de capacitar para a Globalização no país, promo- vemos workshops e cursos que apresentamos constantemente às empresas-clientes, aos cen- tros de tecnologia e às universidades brasilei-ras. Ainda como parte destes esforços tam- bém editamos e distribuímos uma newsletter, que tem por objetivo trazer visões atualizadas sobre os últimos acontecimentos no setor em nível internacional.

Com o intuito de tornar cada vez mais ampla a divulgação dessas ideias e assim cooperar com a formação e especialização do setor, tan-to no mundo corporativo como no acadêmico, mantemos uma assessoria de imprensa que permanece em contato contínuo com a mídia brasileira, alimentando-a com toda informação que gere esclarecimentos sobre o setor de ser-viços multilíngues, a Globalização, o multicultu-ralismo, a diversidade linguística e as atividades da própria All Tasks.

Relação com o mercado

� Alemão� Árabe� Búlgaro� Catalão� Coreano� Croata� Dinamarquês

� Espanhol� Estoniano� Farsi� Finlandês� Francês� Grego� Hebraico

� Holandês� Húngaro� Indonésio� Inglês� Italiano� Japonês� Javanês

� Latim� Letão� Lituano� Macedônio� Mandarim� Norueguês� Polonês

� Português� Romeno� Russo� Sueco� Tcheco� Turcoentre outros

fone: (11) 5908-8300www.alltasks.com.br

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All Tasks Traduções Técnicas Ltda. - Rua Dona Teresa Margarida, 56 - Vila Mariana - São Paulo - SPFone: (11) 5908-8300 - FAX: (11) 5908-8308

E-mail: [email protected] - website: www.alltasks.com.br

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É com o objetivo de melhor informar o usuário dos serviços multilíngues que mantemos uma assessoria de imprensa para atualizar a mídia sobre os assuntos relacionados ao mer-cado.

Veja onde já fomos notícia:

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O canal de comunicação da All Tasks

VERSÕESEM INGLÊS E ESPANHOL

DISPONÍVEIS NO SITEwww.traduziremnoticias.com.brAno IV – Retrospectiva

Em janeiro de 2009, a imprensa brasileira publicou pela primeira vez uma notícia de destaque sobre o setor de ser-viços multilíngues. O enfoque da matéria recaiu sobre os aplicativos utilizados no trabalho de tradução e, conforme antecipamos em nosso site, estamos trazendo para você uma série de artigos que esclarecerão melhor o assunto.

Para iniciar, vamos falar sobre uma dúvida que há al-gum tempo vem pairando no ar: tradução automática é uma Ferramenta CAT (do inglês Computer-Aided Translation)? Não. Ferramenta CAT e tradução automática ocupam-se de objetivos diferentes, mas por constituírem um assunto rela-tivamente novo no âmbito dos serviços multilíngues, ainda é comum que o usuário ou cliente não consiga fazer a correta distinção entre elas. Afinar a percepção em relação a isso pode fazer enorme diferença nos mais diversos momentos de abordar o assunto tradução, seja de que ângulo for.

As Ferramentas CAT são softwares desenvolvidos es-pecialmente para dar suporte à tradução humana, aceitan-do o fato de ser impensável o papel do tradutor para o âm-bito da máquina. Por outro lado, na tradução automática, popularizada por alguns sites, como o Google e o Babel Fish, o trabalho é feito sem a interferência intelectual do

LANGUAGE TECHNOLOGIES

Importantes diferenças entre os softwares de suporte à tradução e a tradução automática

homem, tendo mais dificuldade em considerar diferenças semânticas e gramaticais inerentes a todos os idiomas e, consequentemente, gerando textos de qualidade inferior aos produzidos pelo homem.

Reconhecendo suas limitações, as Ferramentas CAT restringem-se a sugerir ao tradutor padrões terminológicos resgatados de bancos de dados compostos por traduções humanas anteriores, além de aproveitar as frases repetiti-vas. A proposta dessas ferramentas é auxiliar e não subs-tituir o homem, não ambicionando assim, superações im-possíveis.

É o tradutor, com o seu conhecimento dos idiomas en-volvidos, da cultura que os expressa e da área técnica de sua especialização, que deverá optar entre as alternativas sugeridas pela máquina, muitas vezes fazendo ainda certos ajustes à melhor opção.

Considerando o expressivo aumento da demanda pe-los serviços multilíngues em todos os setores da economia em nível internacional, o advento das Ferramentas CAT não poderia ter ocorrido em momento mais oportuno. Há discus-sões, inclusive, antecipando uma provável integração entre elas e a tradução automática.

Ocorrendo ou não essa integração, é preciso lembrar o quanto é importante para o profissional de tradução fazer uso cada vez mais amplo desses recursos disponibilizados pela tecnologia, garantindo aos seus clientes ganhos de qualidade e tempo, com a consequente redução de custos.

- LANGUAGE TECHNOLOGIESl Importantes diferenças entre os softwares de

suporte à tradução e a tradução automática

- LINGUÍSTICAl As Contribuições da Linguística de Corpus

para a Tecnologia da Linguagem

- MERCADO l Nove entre dez empresas preferem comprar

softwares localizados

- TECNOLOGIA l Quem fará a tradução do futuro: o homem ou a máquina?

- TRADUÇÃO TÉCNICA l Mitos sobre a tradução técnica

NESTA EDIÇÃO

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Nove entre dez empresas preferem comprar soft wares localizados

MERCADO

Agora está provado: localizar um software ou site garante mesmo a realização de negócios internacionais em larga escala. Estudo realizado pelo site de consultoria Common Sense Advisory (www.commonsenseadvisory.com) mostrou que nove entre dez empresas irão preferir comprar produtos no mercado internacional se eles es-tiverem adaptados às necessidades e ao idioma de seu mercado local.

Para comparar a receptividade de comerciantes com relação a compra de produtos localizados e produtos não-localizados, foram entrevistados 351 clientes internacio-nais de produtos de software, distribuídos em oito países: Brasil, China, França, Alemanha, Japão, Rússia, Espanha e Suécia.

Os resultados foram surpreendentes. Para se ter uma ideia, um entre seis compradores nunca irá considerar a compra de um software não-localizado! Segundo a pesqui-sa, mesmo as pessoas fl uentes na língua inglesa, idioma geralmente utilizado para realização de negócios globais, preferem adquirir produtos que atendam às exigências de seus mercados locais. “Esses dados mostram claramen-te que até quando as pessoas falam inglês fl uentemente, elas ainda preferem produtos em seu idioma, pois querem

aprender a respeito desses produtos em suas próprias línguas e uti-lizar produtos complexos adaptados ao seu ambiente cultural e de negócios”, explica o chefe de pesquisa da Common Sense, Donald A. DePalma.

Entre outros dados revelados pela pesquisa, para quatro entre cin-co compradores, o fato de terem acesso às informações traduzidas e aos softwares localizados in-fl uencia bastante suas intenções de compra, sendo que mais de 80% dos entrevistados pratica-mente desconsideram o produto que não disponibiliza as informações devidamente traduzidas.

Os fabricantes de software precisam estar atentos à nova reali-dade que se apresenta com o mundo globalizado, percebendo que a fl uência apenas no inglês já não é sufi ciente para garantir a realização de negócios. Devemos aguçar nossa percepção para a incontestável conclusão de que os idiomas são hoje as verdadeiras fronteiras para a lucratividade, fazendo da Localização o único visto que possibili-ta superá-las, garantindo a realização de transações comerciais em qualquer país do mundo.

LINGUÍSTICA

As Contribuições da Linguísti ca de Corpus para a Tecnologia da Linguagem

O mercado de serviços multilín-gues tem recebido uma série de novi-dades por meio da Linguística Compu-tacional (ou Processamento de Língua Natural), uma área multidisciplinar que envolve Inteligência Artifi cial, Informá-tica e Linguística, utilizando processos computacionais para a manipulação da linguagem humana. Pesquisas têm fornecido aplicativos importantes para o trabalho dos tradutores, como ferra-mentas de busca, corretores ortográfi -cos, reconhecimento de voz, além dos sistemas de memória e traduções au-tomáticas.

A Linguística de Corpus, campo de estudo da Linguística Computacional, também exerce grande infl uência na tradução, inclusive na automática. Tra-ta-se de uma área que estuda a língua em uso, ou seja, investiga a linguagem por meio da observação de grandes quantidades de dados autênticos, con-tidos no corpus. Para isso, faz amplo uso de ferramentas computacionais para organizar, extrair e interpretar as informações do corpus. A Linguística

de Corpus considera a linguagem, en-quanto sistema probabilístico. Ou seja, existem muitas possibilidades de ex-pressão na língua, mas nem todas são utilizadas com a mesma frequência, pois algumas são convencionalizadas pelo uso.

As descobertas da Linguística de Corpus têm contribuído para a tradu-ção convencional e automática de di-versas formas. Ao conhecer e empre-gar os padrões mais usados de uma língua, o resultado é uma tradução mais natural e fi el ao idioma nativo.

Além disso, a maioria dos sistemas automáticos utiliza um sistema basea-do em corpus formado por textos bilín-gues (original e traduzido).

A cada avanço tecnológico sur-gem rumores sobre o fim da profissão de tradutor. Entretanto, contrarian-do as previsões, o trabalho humano continua sendo indispensável. Isso porque os sistemas de tradução au-tomática são capazes de fornecer um rascunho e não um texto finalizado, coerente e conciso. O tradutor atua, portanto, como um validador da tra-dução, um consultor técnico e ter-minológico, auxiliando também, no aperfeiçoamento do sistema automá-tico. Além disso, textos literários, que requerem mais liberdade tradutória, e jurídicos, que precisam de mais rigor na interpretação, são modalidades que não podem ser atendidas pelo sistema automático. A tecnologia não deve ser considerada substituta do trabalho humano, mas sim uma ferra-menta de auxílio para agilizar e facili-tar as traduções.

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TECNOLOGIA

Quem fará a tradução do futuro: o homem ou a máquina?

A tecnologia consegue abranger todas as particularidades da lin-guagem, inclusive aquelas que remetem à origemda semiótica?

Trata-se de uma questão relaciona-da à origem da semiótica, ciência que trata a linguagem como um produto so-cial, cuja unidade mínima de comunica-ção, o signo (a palavra), é dotada de um significado (o conceito/função) e de um significante (a parte material). Assim, segundo a semiótica, as palavras fazem parte de um código e, por isso, refletem costumes, superstições, crenças religio-sas ou, apenas, a cultura material da comunidade que fala um determinado idioma.

“Embora os tradutores automáticos possam, mesmo que de forma ineficiente auxiliar na tradução de textos, isso não significa que a tecnologia tenha a possi-bilidade de substituir a tradução huma-na”, garante Lincoln Fernandes, espe-cialista em Língua Inglesa e Linguística Aplicada e professor de Estudos da Tra-dução da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina). “É possível utilizá-los como forma de conseguir uma tradução rápida, mas confiar neles cegamente é um risco que os precavidos não correm. Afinal, no melhor dos casos a revisão hu-mana sempre será necessária para corri-gir expressões, desvendar ambiguidades sintáticas e léxicas ou rever contextos”, explica.

Portanto, uma boa tradução, escrita ou falada, requer a capacidade exclusi-vamente intelectual de identificar nuan-ces e aspectos fonéticos, sintáticos e semânticos. “A lógica humana interpreta, cria e identifica elementos contraditórios e ilógicos e consegue dar significado a tudo. Uma máquina, mesmo a mais so-fisticada, ainda não pode compreender as sutilezas das figuras de linguagem, ou dos significados apenas pelo contexto.”

Além disso, diferentemente de ou-tras formas de conhecimento, a lingua-gem humana apresenta um aspecto paradoxal: embora seja um sistema de regras, unidades e valores utilizados por uma comunidade e, como tal, apresen-ta um caráter fixo e estável, ela evolui, adquire e elimina elementos e regras. “Qualquer acontecimento influencia a língua, afetando a estrutura gramatical e

fonológica”, informou o linguista francês, André Martinet, no livro “Linguística e Sig-nificação”.

No caso de neologismos, por exem-plo, que tratam da criação de uma pala-vra ou expressão nova ou da atribuição de um novo sentido para uma palavra já existente, alguns idiomas não possuem estrutura para aceitar esse tipo de fe-nômeno. “Algumas sociedades reagem desfavoravelmente diante da introdução de termos estrangeiros e preferem recor-rer ao dicionário e combinar elementos que resolvam a questão”, explicou Mar-tinet. “A estrutura do modelo linguístico chinês, por exemplo, é tal que uma pa-lavra polissílaba estrangeira não pode substituir outra. Os chineses têm o costu-me de interpretar e dar um sentido a cada sílaba, coisa evidentemente impossível numa palavra como eletricidade. O jeito é substituir o termo estrangeiro por uma combinação construída com elementos locais.

O exemplo, evidentemente, serve para qualquer idioma. Em português, a palavra saudade não possui correspon-dente em inglês. Os guaranis não co-nheciam o beijo como costume social e para denominar esse novo conceito fo-ram utilizados o verbo hetû (cheirar); e o substantivo yurumboyá (boca pequena), que criou a nova palavra: yeyurumboyá. E por aí vai. “Em outras palavras, tecno-logia ajuda, mas não substitui a comple-xidade do pensamento e da linguagem humana – não, ainda.”

Computadores de última geração, acesso ilimitado à Internet e ferramentas modernas de captação de voz e imagem suscitam polêmicas com relação ao futu-ro de objetos, como livros, jornais, apa-relhos de televisão, entre outros, assim como levantam uma série de questio-namentos sobre o destino da tradução – que eventualmente cogitam, poderia estar ameaçada de extinção por conta do sucesso dos tradutores automático.

Tradução automática: as origens

Criada no início dos anos 1940 pelo inglês Andrew Booth e pelo norte-ame-ricano Warren Weaver, como forma de conseguir informações estratégicas sobre as posições militares soviéticas durante a Segunda Guerra Mundial, a Tradução Au-tomática foi a primeira aplicação compu-tacional não numérica implementada na

área de Ciências da Computação. À épo-ca, a calculadora científica possuía dados suficientes para realizar tradução palavra por palavra, mas não considerava ques-tões sintáticas ou de ordem lexical.

As grandes possibilidades alavanca-das pela empreitada encheram os cien-tistas de entusiasmo. Para eles, bastaria acrescentar algumas descrições grama-ticais e outras tantas palavras para que o mecanismo chegasse à perfeição. A suposição se mostrou equivocada e um tanto ingênua e os tradutores automáti-cos só voltaram a ganhar o interesse dos estudiosos nos anos 1980, com o fortale-cimento da informática e o processamen-to informatizado de línguas com base em diferentes gramáticas.

Hoje, o Google Translator é o tradu-tor automático mais utilizado em todo o mundo. Capaz de traduzir qualquer tex-to para 52 idiomas, o Google possui um banco de dados vasto, alimentado e atu-alizado pelos seus inúmeros usuários e há estudos prevendo a inclusão de regras gramaticais com o objetivo de torná-lo ainda mais fluente.

Qualitativamente, entretanto, a tra-dução automática para os seis principais idiomas ocidentais: alemão, francês, es-panhol, português, inglês e italiano, ain-da é limitada a 35% de eficiência, dentro da escala Bleu. O resultado da tradução automática hoje permite a compreensão geral do texto, mas erros óbvios de in-terpretação atrapalham a velocidade de leitura. A meta dos desenvolvedores des-sa ferramenta é atingir o grau de 65% de satisfação.

O debate sobre a tecnologia a serviço da tradução não é novo. E talvez perdure ainda por muitos anos por uma questão de que a tecnologia não consegue de-senvolver mecanismos que possibilitem considerar todas as peculiaridades da lin-guagem efetivamente para obter-se uma boa tradução, sobretudo uma boa tradu-ção técnica.

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TRADUZIR EM NOTÍCIAS 4

TRADUZIR EM NOTÍCIAS é uma publicação periódica da All Tasks Traduções Técnicas Ltda.Responsável: Arianna Ortolani

Rua Dona Teresa Margarida, 56 - Vila Mariana - São Paulo - SP - CEP 04037-040Fone: (11) 5908-8300 - Fax: (11) 5908-8308

E-mail: [email protected] - website: www.alltasks.com.br

Mitos sobre a tradução técnica

TRADUÇÃO TÉCNICA

A All Tasks tornou-se líder do mercado latino-americano de serviços multilíngues dedicando-se à tradução técnica desde a sua fundação em 1976. Esse direcionamento é justifi cado pela imensidão de informações técnicas compartilhadas pelas corporações em meio à era da comunicação e da globaliza-ção. Apesar de sua inquestionável relevância no mercado, no âmbito acadêmico da Tradução poucos têm sido os estudos dedicados à compreensão dos mecanismos dessa área.

Na realidade, muitos são os mitos que envolvem essa prática, como discute o teórico Jody Byrne (2006) em seu li-vro Technical Translation: Usability Strategies for Translating Technical Documentation.

Conheça os pontos que são tratados equivocadamente:

A tradução técnica resume-se ao vocabulário técnico.

É indiscutível que o tradutor deva conhecer o vocabulário técnico da área em que está traduzindo. No entanto, isso leva alguns a afi rmarem que, com um bom dicionário, qualquer um pode traduzir um texto. Porém, estudos demonstram que o vocabulário técnico representa apenas 5 a 10% da tradução técnica. Na realidade, um fator determinante para a qualidade da tradução é o domínio da redação. Ou seja, é preciso “sa-ber escrever”, de maneira clara e precisa, além de conhecer as convenções linguísticas e tipologia textual do idioma-alvo.

Além disso, o tradutor lida com uma terminologia instável e irregular. Isso porque, na maioria dos casos, a documenta-ção técnica leva anos para ser escrita, sendo redigida e com-pilada em diferentes países, por diversos autores e ao longo dos diferentes estágios de desenvolvimento de um setor. O tradutor, por sua vez, precisa identifi car e saber lidar com essa variação que os dicionários não acompanham. Assim, a tradução técnica presta uma grande colaboração para o es-tabelecimento e padronização da terminologia de um setor.

Na tradução técnica, o estilo não importa.

A forma de escrever, a clareza, a escolha do vocabulário e a estrutura das sentenças são cruciais para a qualidade da tradução literária e da técnica. Esse fato pode ser veri-fi cado nos resultados de testes de tradução: a maior parte das reprovações não decorre dos erros de termos específi -cos, mas de problemas de estilo, isto é, reprovam os textos mal-escritos.

O tradutor precisa ter um bom estilo de redação, aliado ao conhecimento técnico geral da área, também para lidar com textos originais mal-escritos, fato bastante recorrente.

Nesses casos, o profi ssional mais qualifi cado não reproduz os problemas do original, mas melhora o estilo, assegurando o sentido pretendido. Como resultado obtém-se, portanto, um texto traduzido muitas vezes mais bem escrito que o original.

A tradução técnica não requer criatividade.

Traduzir não é um mero processo de transferência por reprodução, mas sim uma adequação linguística para a cul-tura que o texto se destina. Esse processo requer do tradutor técnico boa dose de criatividade para saber optar pela melhor estratégia de tradução, solucionar casos de inequivalência (quando um termo existe em uma língua e não em outra) e saber lidar com questões culturais.

Para traduzir textos técnicos é preciso ter especialização.

Nenhum tradutor é capaz de dominar todas as áreas téc-nicas. No entanto, é possível ter um bom conhecimento de um grupo de áreas técnicas que possuam terminologia de certa forma interligada, como por exemplo: Eletrônica, Tele-comunicações e Informática. Esse conhecimento, aliado à forte habilidade de pesquisa e domínio da escrita, pode ga-rantir uma boa tradução não só para a área técnica que o tradutor é especializado, mas também para algumas áreas próximas.

Em suma, esses mitos mostram que a complexidade da tradução técnica é frequentemente simplifi cada e reduzida. Na prática, tal crença justifi ca o fato de algumas empresas preferirem contratar um engenheiro para traduzir um manual técnico a um tradutor profi ssional, desconhecendo o fato de que o sucesso de uma tradução vai além da transferência de termos entre os idiomas.

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