Portfolio @ País Positivo #36

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ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO JORNAL ‘PÚBLICO’ Maio - ’10 - Nº36 ALTA VELOCIDADE: TGV TURISMO PLURICOSMÉTICA VISITA DE PAPA BENTO XVI EM DESTAQUE ACÇÃO SOCIAL: “A PMO – PROJECTS É A ÚNICA EMPRESA PORTUGUESA ACREDITADA PELA NATO PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA EM GESTÃO DE PROJECTOS” Afirma Alexandre Rodrigues, Executive Partner da PMO Projects (ver páginas 30 a 32)

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Maio - ’10 - Nº36ALTA VELOCIDADE: TGV TURISMOPLURICOSMÉTICA

VISITA DE PAPA BENTO XVI EM DESTAQUE

ACÇÃO SOCIAL:

“A PMO – PROJECTS É A ÚNICA EMPRESA PORTUGUESA ACREDITADA PELA NATO PARA PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS DE CONSULTORIA EM GESTÃO DE PROJECTOS”Afirma Alexandre Rodrigues, Executive Partner da PMO Projects (ver páginas 30 a 32)

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A MISSÃO DO DESENVOLVIMENTO SOLIDÁRIOCENTRO SOCIAL PAROQUIAL DO CAMPO GRANDE

O

“faz parte da vasta

Acção Social de uma paróquia que não se esgota neste equipamento”,

“a Acção Social, vai além da IPSS. Temos um Roupeiro, que é uma importante plataforma de distribuição de roupa, porque somos uma paróquia que capta muito para muitos lugares de Portugal, mas tam-bém para Cabo Verde e Moçambique, por exemplo, para além de concertar esforços com o Banco Alimentar para distribuição de géneros a famílias ca-renciadas”.

“conjugação da necessidade com a oportunidade”,

O PODER DA UNIÃO

“gera inúmeras complementaridades, porque há um enriquecimento mútuo, tanto da paró-quia religiosa que se abre ao mundo, como da paróquia social que se abre a uma dinâmica cristã que é a razão de existir da Igreja”

“uma abertura extraordinária das pessoas que têm de gerir os sectores e as va-lências para perceberem que cada vo-luntário pode ser uma riqueza se for bem enquadrado, porque traz diversi-dade, frescura e novidade à acção que já se pratica”.

“Somos uma paróquia supra-geográfica, não esco-lhemos as pessoas que frequentam a paróquia em função do limite geográ-fico e temos, inclusivamente, pesso-as que vêm até nós de zonas fora de Lisboa. A freguesia do Campo Grande é bastante heterogénea. Temos dois bairros sociais, um em cada extremo, com realidades bastante problemáti-cas e que exigem de nós técnicos do Centro Social um olhar bastante aber-

to e inovador”,

“é através dos voluntários que conseguimos fazer muito do nosso trabalho.”

“A NÍVEL PEDAGÓGICONÃO É BOM CRIAR GUETOS”

“Abrangemos a faixa etária dos qua-tro meses até ao ingresso no 1.º ciclo e temos as duas valências divididas, o que não é o ideal, mas o espaço físico assim o exige. Como paróquia supra-geográfica, tentamos dar resposta a crianças cujos pais, ou encarregados de educação, morem na freguesia ou se desloquem a esta para trabalhar, assim como tenham outros filhos a frequentar outras valências do Centro Social”, “outros critérios de admissão, e tendo em conta os va-lores da instituição, são o de integrar crianças de risco, assim como crianças portadoras de deficiência comprova-da, sempre que os nossos recursos hu-manos assim o permitam. É de referir que, ao integrar crianças com certas especificidades a nível social, econó-mico e cultural se tornam pertinentes as parcerias com outras entidades, tais como a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, a Ajuda de Mãe e o Hospital de Santa Maria, entre outras”,“Penso que é importante ressalvar que a Creche tem tido, desde sempre, financiamento da Segurança Social para 40 crianças, mas que o Jardim de Infância, para 60 crianças, traba-lha sem suporte, sem rede”,

“uma boa vontade em gerir as matérias orça-

Fundado em 1996 para dar resposta às necessidades sociais da comunidade local, o Centro Social Paroquial do Campo Grande assume-se hoje como uma autêntica plataforma de serviços sociais que abre as portas para a cidade e para o mundo. Juntámos sete responsáveis da instituição à mesa para conhecermos de perto a acção que tem vindo a ser desenvolvida ao longo dos anos.

Carlos Presas, Helena Presas, Padre Vítor Feytor Pinto, Ana Oliveira, Ana Cristina Cascais e Hugo Caixaria

ACÇÃO SOCIAL

A visita de Bento XVI, realizada entre os dias 11 e 14 de Maio, está a gerar um movimento de fé ímpar. E haverá forma mais pura de fé do que a soli-dariedade? A Acção Social assume hoje um papel fundamental na nossa

sociedade. Conheça aqui, alguns dos melhores exemplos nacionais.

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4INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO | PAÍS POSITIVO 4ACÇÃO SOCIAL | PAÍS POSITIVO

mentais, uma vez que a política de mensalidades assenta numa tabela que tem por base o valor per capitado agregado familiar. No sentido de incrementar a flexibilidade no âm-bito da justiça social foi estabelecido um rácio de integração de dois terços de crianças desfavorecidas, sendo o restante composto por crianças com maior poder económico, porque en-tendemos que a nível pedagógico não é bom criar guetos”.

“numa altura em que muitos pais estão demissioná-rios do seu papel de educadores e das prioridades que devem assumir em relação aos seus filhos. Tentamos, par-tindo da família, transmitir às nossas crianças saberes abrangentes, no âm-bito do desenvolvimento global, cen-trados nas áreas cognitiva, emocional e motora, mas onde se distingue o fac-to de, ao estarmos integrados numa paróquia religiosa, trabalharmos a área espirituai, através do «Despertar da Fé», “onde pontua Helena Presas”, não querendo isto no entanto dizer que os meninos tenham de vir a ser católicos. É um convite que fazemos”.

OS JOVENS E A COMUNIDADE

“a área dos sociopedagógicos surgiu como tal há cerca de dois anos, porque até essa data estávamos divididos em duas va-lências diferentes – a área das crian-ças do 1.º Ciclo e a área da juventude. Reunimos as duas valências porque fazia sentido prestarmos um acom-panhamento contínuo desde o Jardim de Infância e 1.º Ciclo, passando pelos ciclos seguintes. Hoje em dia integra-mos jovens que inclusivamente já an-dam na faculdade”.

“Uma série de voluntários da

Paróquia iam buscar os meninos às barracas e, a pretexto de lhes dar o pe-queno-almoço, levavam-nos à escola. Foi assim que começou o apoio dado às crianças do 1.º Ciclo. Depois, quan-do se construiu o prédio, sentiu-se ne-cessidade de dar continuidade ao pro-jecto, institucionalizá-lo com pessoas que percebessem da matéria para dar uma resposta qualitativa”,

“esta foi uma área que se foi reestruturando para ir respon-dendo às necessidades que ia identi-ficando no terreno”,

“Tentamos muito dinamizar uma rede social, para que possamos rentabili-zar os recursos de cada entidade, o que se traduz, por exemplo, em acções de sensibilização nas escolas e nas reuniões de sinalização de casos, de-senvolvidas com os diferentes parcei-ros da comunidade, nomeadamente a Santa Casa da Misericórdia de Lisboa e as próprias entidades escolares, sen-do sinalizadas crianças e jovens para acompanhamento no Centro Social”,

“na sua maioria têm trajectórias de vida diferenciadas”,

“focamos muito o aspec-to do projecto de vida, definindo com eles objectivos que passam pela área escolar, mas também pelas áreas pes-soais e sociais”.

“No Bairro das Murtas tra-balhamos com um grupo de crianças e jovens de etnia cigana, cujo projecto chamado «O Reino da Imaginação» surgiu de uma reunião de parceiros, nos quais se encontrava Gebalis, em-presa pública que faz a gestão dos bairros municipais de Lisboa. No Bair-ro das Fonsecas, para além de estar-mos muito presentes na escola com o CAF – Componente de Apoio à Família, temos um Clube de Jovens que ainda é muito recente, mas está a crescer. Este ano temos mais jovens, numa faixa que vai dos 10 aos 14 anos”.

“se em muitos lugares do país, por via do alargamen-to dos horários escolares, os ATL fo-

ram obrigados a repensar a sua estra-tégia, o que criou uma crise relacional entre escolas e paróquias, connosco criou uma dinâmica de descoberta de novas formas de trabalho”

“SOMOSE FAZEMOS COMUNIDADE”

“Temos um desafio que é acolher a pessoa, respeitar o seu pedido, avaliar e se não tivermos capacidade de apoiar, fazermos o en-caminhamento dessa pessoa para outra instituição”,

“conjugar as necessidades com as oportunidades. Um bom exemplo que eu posso encontrar, embora se si-tue fora da área sénior, é um projecto recente chamado «Siga esta estrela» que tenta conjugar as necessidades provenientes de atendimentos sociais que se vão fazendo à comunidade, ao nível da área alimentar, vestuário ou necessidade de pagamentos pecuni-ários. Somos e fazemos comunidade, porque somos uma paróquia muito dinâmica”.

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“sobretudo o Hospital de Santa Maria que nos encaminha semanalmente pelo menos cinco utentes. É um circuito de comunicação bastante trabalhado”.

“infelizmente não tiveram oportunidade de aceder ao ensino e que neste momento querem aprender a ler”.

VALORES DE FUTURO

“como o cimento que faz com que toda esta construção esteja em pé e vá crescendo”.

“O Desenvolvimento integral da Pessoa Humana, à luz dos princípios cristãos, garantindo um espírito de comunidade e desenvolvendo a dig-nidade de cada um, mas sempre com uma opção preferencial pelos mais pobres”

“o Centro Social é um dos elementos muito importan-tes de uma comunidade paroquial, porque normalmente uma paróquia tem três valências - a da Palavra, a da Liturgia / Celebração e a vertente social de apoio aos mais desfavore-cidos. Eu não posso dizer que estou numa comunidade quando dispenso qualquer uma destas áreas. Quem está a trabalhar na área social, tem sensibilidade para a escuta da pala-vra. Quem está na escuta da palavra, por exemplo na catequese e grupos de jovens, não pode esquecer que há uma liturgia, que há uma celebração. Por sua vez, quem está na celebração não pode prescindir da área social, porque num mundo que não é muito cristão, ela garante a visibilidade da própria comunidade paroquial”.

“trabalho espan-toso”

“a verdade como funda-mento, a justiça como regra, a liber-dade como dinâmica e o amor como clima normal de acção”.

“Precisávamos de ter conhecimento da realidade da zona e contámos com a parceria da Universidade Lusófona através de investigadores e jovens estudantes, naquele que foi um trabalho fantás-tico”

UM OLHARSOBRE A ACÇÃO SOCIAL

“a acção social em Portugal é uma ur-gência e precisa de ser renovada ur-gentemente”

“A tenta-ção de resposta tem sido a tentação as-sistencialista, subsidiária, mas temos de fazer uma conversão, porque caso contrário iremos ter um país cada vez mais pobre. O grande passo seria pas-sar do assistencialismo, traduzido nos subsídios sociais, por exemplo, para a promoção responsável e integral do ser humano. O mais grave é que o pobre é que tem muitas vezes a men-

talidade assistencialista, porque não lhe interessa entrar numa perspec-tiva nova”, “há aqui uma mudança de fundo que é exigida e só é possível com aquilo a que eu chamaria uma atitude organi-zada de desenvolvimento sustentado e solidário. Penso que todos aqueles que têm responsabilidades políticas, sociais, autárquicas, sindicais, entre outras, têm que ter coragem de se sentar calmamente à mesa e de ver como é que de mãos dadas, sem lutas, vão promover a comunidade humana, a sociedade, para que rapidamente deixe de ser de características assis-tencialistas e assuma características promotoras”,

O CENTRO SOCIAL PAROQUIAL DO CAMPO GRANDE POR DENTRO…

:: Creche (48 vagas) e Jardim de Infância (60 vagas) | Dra. Ana Cristina Cascais Equipa técnica: 17 funcionários:: Área de Intervenção Sociopedagógica | Ana Oliveira & Ana Isabel CarlosCAF – Componente de Apoio à Família: 189 CriançasAEC – Actividades de Enriquecimento Curri-cular: 198 Crianças Clube Júnior e Clube de Jovens: 155 PessoasFormação Parental: 50 FamíliasTotal (Crianças e Jovens): 344Equipa Técnica: 39 pessoas e cerca de 15 voluntários:: Área Sénior (Hugo Caixaria) :: Atendimento Social (Graça Palla) Factos e Números70 Funcionários800 Utentes400 Voluntários Efectivos na Paróquia, dos quais 100 no Centro Social.Orçamento Anual: 1,3 M€ (Financiado em cerca de 40 por cento pela Segurança So-cial e outros organismos públicos, sendo que o restante é de captação própria)

Voluntários em acção no Roupeiro do Centro Social Paroquial do Campo Grande

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20INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO | PAÍS POSITIVO 20ACÇÃO SOCIAL | PAÍS POSITIVO

Herdeira de um percurso singular, marcado por 130 anos de História, a Associação de Beneficência Popular de Gouveia é, na visão do seu presidente, Luís Carrilho, um “pólo de desenvolvimento local” que, norteado pelos valores seculares do humanismo e da excelência, projecta uma imagem de dinamismo, qualidade e sustentabilidade da Beira Interior para todo o país.

A FORÇA DA REINVENÇÃO CONSTANTEABPG – ASSOCIAÇÃO DE BENEFICÊNCIA POPULAR DE GOUVEIA

UM POUCO DE HISTÓRIA

O VIRAR DA PÁGINA

“a associação preparou de imediato os projectos necessários à reconversão daquele espaço, agora dedicados e enquadrados na nova le-gislação que criou a Rede Nacional de Cuidados Continuados Integrados”

REFERÊNCIA NA REABILITAÇÃO

“É um equipamento com uma forte procura, que recebe diariamente entre 220 a 230 doentes, em regime de ambulatório e presta serviços que são reconhecidos pela sua qualidade e grande eficácia”

“uma vasta equipa que tem de funcio-nar numa interligação perfeita para se criarem as sinergias necessárias para produzir o efeito final que é o deside-rato desta clínica - a recuperação do doente que nos procura”,

UMA EQUIPA DE VISIONÁRIOS

Luís Carrilho, Presidente

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“é uma questão de convicção profunda” a sua ideia de que as instituições como a ABPG “podem dar um contributo mui-to forte na questão do desenvolvimen-to local. E tão mais forte quanto mais deprimidas são as regiões, porque não há outra alternativa de emprego. Em zonas como esta de Gouveia, onde a actividade privada é praticamente inexistente ou muito fraca, é de fac-to importante que a sociedade civil, através destas organizações, faça um esforço suplementar para criar este tipo de desenvolvimento, para criar estruturas que desenvolvam o empre-go de qualidade sustentável”.

ECONOMIA SOCIAL, TERCEIRO SECTOR E RESPONSABILIDADE SOCIAL

“A finalidade de qualquer organização é servir o Ho-mem na sua plenitude”,

“muitas vezes o aspecto económi-co não é determinante. É fundamental observá-lo para que as organizações subsistam e tenham equilíbrio para poder avançar, mas a qualidade e as preocupações com a humanização e com a exigência da qualidade e com a centralidade do Homem, às vezes não

A ABPG POR DENTRO… | 180 Colaboradores

Primeira e Segunda Infância | Creche, Jardim de Infância, ATLIdosos | Casa de Repouso S. Julião, Lar Rio Torto, Lar Cativelos, Centro de Dia de Rio Torto, Centro de Dia de CativelosPopulação Portadora de Deficiência | Núcleo de Reabilitação Profissional, Lar Residencial, Centro de Actividades Ocupacionais, Lar de ApoioSaúde | Clínica de Medicina Física e Reabilitação, Unidade de Cuidados Continuados de Média Duração e Reabilitação, Unidade de CuidadosContinuados de Longa DuraçãoLazer | Parque Senhora dos VerdesComunicação | Jornal “Notícias de Gouveia”

se compadece com uma visão muito matemá-tica da realida-de.”

“para as instituições se projectarem, é pre-ciso alguém que as pense diariamen-te, a todo o momento, para que elas possam criar. As oportunidades não

surgem todos os dias, logo têm de ser pensadas, imaginadas. É preciso um trabalho constante de procura e de concepção de novas metas.”

REFERENCIAIS DE QUALIDADE

“não é uma noção estática, é uma noção dinâmica”, segundo o seu presiden-te, que confirma: “todas as nossas actividades estão certificadas pelo Instituto Português da Qualidade, com base num sistema de gestão da qualidade devidamente certificado

que detemos”.

“Estamos neste momento a trabalhar para certificar a última actividade que é a dos Cuidados Con-tinuados. Esperamos no fim do ano ter o sistema de gestão da qualidade devidamente implementado e certi-ficado”,

PROJECTOS DE FUTURO

“um total que Gou-veia nunca teve”,

“Temos a preocupação de fazer uma Medicina em termos sociais e não numa base privada e lucrativa. A nossa aposta passa por fazer os investimentos, con-seguir os profissionais, mas depois contratualizar esses serviços com o Estado, para complementar a acção do mesmo e não para ter aqui clínica privada, que nunca foi, nem é, a nossa ideia”,

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24INDÚSTRIA DE MOBILIÁRIO | PAÍS POSITIVO 24ACÇÃO SOCIAL | PAÍS POSITIVO

Tudo começou por volta de 1980 quando o Padre Joaquim Sequeira, pouco tempo depois de ter chegado à paróquia de Vila Nova de Tazem,teve conhecimento de que um casal de benfeitores, do qual a D. Maria Amélia era então a cônjuge sobreviva, havia pensado em doar a sua residência para apoio às crianças da freguesia. À época, como a Casa do Povo já se dedicava a essa valência, a vocação do serviço social aca-bou por ser dirigida para a população idosa e a casa acabaria por ser doada à paróquia com essa finalidade. “A escritura e os estatutos foram redigidos em 1982, no ano seguinte a instituição foi oficialmente registada e em 1986 teve lugar a inauguração, embora só no ano de 1988 é que tenha começado a funcionar como lar”, evoca o Padre Joaquim Sequeira.

A DESCOBERTA DO SERVIÇO AO PRÓXIMOCENTRO SOCIAL E PAROQUIAL “NOSSA SENHORA DA ASSUNÇÃO” - VILA NOVA DE TAZEM

N “Sou defensor da ideia de que as pessoas devem estar no seu am-biente”, “tirá-las de casa leva à desvinculação afectiva”.

“Não é fácil conjugar em pleno os interesses das pessoas, mas temos um animador so-cial que vai realizando um conjunto de actividades que vão desde a leitura e visualização de filmes, à realização de jogos e torneios, passando pelo canto, leitura e passeios”,

“Nossa Senhora da Assun-ção” de Vila Nova de Tazem, o padre Joaquim Sequeira reconhece que “a vida vai sempre desafiando, porque a cada dia nos apresenta novos pro-blemas que são autênticos desafios”,

“Temos um pro-jecto praticamente pronto para um novo lar a construir no Passal, em Vila Nova de Tazem, se tivermos uma boa comparticipação do Estado”,

“devia apoiar muito mais as Instituições Particu-lares de Solidariedade Social, tendo em conta as suas dificuldades”.

“um apelo a que as pessoas descu-bram, cada vez mais, a possibilidade que têm de servir o próximo, de aju-dar, de fazer bem e de pôr a render talentos que têm. É a questão do vo-luntariado, de que tanto se fala e que ganha força na descoberta do senti-do do serviço aos outros.”

Padre Joaquim Sequeira ao centro com funcionários e utentes do Centro Social

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À primeira vista, José Carlos de Oliveira podia ser mais um cidadão a encabeçar o rol do desemprego no fustigado interior do país, quando perdeu o seu posto de trabalho, em 2005, tinha então 40 anos. Depois de ter traçado a melhor rota a seguir, este empreendedor provou que os ideais em que acreditava não eram impossíveis de concretizar. A vocação estava lá, seguiu-se a formação técnica em geriatria e o projecto final salta à vista, como um dos melhores equipamentos sociais da Beira Interior.

UMA HISTÓRIA DE EMPREENDORISMO SOCIALA CASA DOS MEUS AVÓS – RESIDÊNCIA GERIÁTRICA | VILA CHÃ (SEIA)

E

“a génese do projecto d’ A Casa dos Meus Avós assenta na idealização de um ambiente familiar, que assegure todo o tipo de cuidados personalizados, onde as pessoas se sintam bem e sejam tratadas com dignidade, respeito e humanismo.”

“um inves-timento demasiado elevado”, A forma-

ção permitiu-me ter uma ideia precisa de como o edifício teria de ser concebido, de

forma a ser um espaço agradável, funcio-nal e prático. Desejámos um projecto com muita luz, área de jardim, espaços privados exclusivos e bons espaços comuns para fo-mentar o convívio entre os nossos clientes”,

“um trabalho bas-tante difícil, mas desafiante”

“Se garantir a minha continuidade, é óptimo”,

“Esta filo-sofia que ditará o relacionamento futuro dos nossos utentes com a instituição que os acolhe baseia-se no conceito de que esta é a nossa casa, no princípio da privacidade e do respeito mútuo. O espaço é aberto e não pretendemos, por exemplo, que o horário de visitas seja rígido. Os familiares podem, inclusivamente, tomar as refeições com os utentes. Qualquer esforço para aumentar o contacto afectivo deve ser considerado para facilitar a integração das pessoas”,

“em primeira instância é preciso reabilitar as pessoas, incentivando-as a progredir e fazendo-as sentir válidas, sabendo que no futuro as actividades têm de ser per-sonalizadas, com base no conhecimento dos seus interesses”.

“queira empreender e deseje que o país avance, seja optimista mas realista, com base na solidariedade e no respeito, acreditando sempre nas suas potenciali-dades.”