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Portfolio académico de arquitectura

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inês vieira da costa pires15.04.1986Porto, Portugal

contacto+351 [email protected]

webfóliowww.inescostapires.com

experiência profissional2010 | estudo preliminar de um projecto de reabilitação para casa de férias2009 fevereiro a 2010 janeiro | colaboração gabinete arq. António Moreira Santos2009 junho | estudo de levantamento Escola Clara de Resende, gabinete arq. Carlos Prata2007 setembro | estágio de um mês, empresa FASE engenharia e arquitectura2003 julho | estágio de um mês, gabinete arq. Bernardo Távora

educação2010 | conclusão do mestrado integrado em arquitectura, tese de mestrado:‘A Garagem no edifício de Habitação Colectiva’ professor orientador: Arq. Luís Soares Carneiro 2006 a 2010 | Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto2004 a 2006 | Departamento de Arquitectura da Universidade de Coimbra2004 | conclusão do 12º ano do Ensino Superior no Externato Ribadouro, Porto

concursos e workshops2010 março | ‘Tokyo fashion museum’ promovido por arquitectum.com 2010 janeiro | Workshop ‘Manobras’ promovido por FAUP2009 abril | ‘Bar Temporário’, Queima Fitas promovido por AEFAUP, menção honrosa1995 a 1998 | curso livre de pintura a óleo

aptidões informáticasarchiCAD, autoCADartlantis, sketch up 3D, 3ds MAXphotoshop, inDesign, illustratorMS Officemacintosh OS X, windows XP

aptidões linguísticaslíngua materna: português

inglêsNível FCE,1996 a 2003 curso no Oporto British Council, Porto

espanholNível A2, 2009/2010 curso na Faculdade Letras, Universidade do Porto

duas habitações, coimbraprojecto académico I 2004/05 Darq

O projecto consiste no desenvolvimento de um edifício de habitação (T3+T1) complementado com um espaço comercial no piso térreo. O terreno encontra no seu lado direito uma malha consolidada de edifícios de habitação de baixa densidade, e no seu lado esquerdo um espaço público frente a uma pavilhão desportivo. Neste sentido, o espaço comercial é desenvolvido para o espaço público, enquanto que as entradas para os dois apartamentos se viram para a rua principal. O conceito desenvolve-se a partir de uma fragmentação do edifício, em que os dois apartamentos se vão complementando e dividindo entre os três pisos. O T3 organizado entre o primeiro e segundo piso revela um carácter mais intimo enquanto que o T1, mais exposto, traduz-se numa relação mais franca com a envolvente.

piso térreo primeiro piso segundo piso

corte transversal

alçado frontal

Partindo da requalificação de um edifício em Montemor-o-velho, a proposta tem como intenção a criação de um espaço para um pequeno teatro e respectivas instalações para os actores. Sendo necessário a ampliação do edifício existente foram desenvolvidos dois volumes laterais que ajudam a equilibrar a diferença de cotas entre a fachada posterior e anterior. Não se impondo no terreno, os dois volumes respeitam o edifício principal, mantendo a sua relação com a envolvente, principalmente ao nível da cota superior onde a entrada pelo edifício é mantida como a principal. Todo o conjunto é centrado à volta do logradouro, para onde se viram as actividades principais, surgindo como espaço intimista de ligação entre os três volumes.

teatro, montemor-o-velhoprojecto académico II 2005/06 Darq

corte transversal

alçado frontal

habitação colectiva, portoprojecto académico III 2006/07 Faup

Integrado num conjunto que encerra um terreno abandonado na Rotunda da Boavista, o edifício é desenhado em continuidade com a malha urbana, delimitando o encontro entre a Avenida de França e a praça aberta para a estação de Metro. O programa de habitação é complementado com espaços de comércio no piso térreo, permitindo uma permeabilidade da vivência diária da Rotunda da Boavista para estas ruas envolventes.

Com tipologia T2 e T3, o edifício é desenvolvido com acesso do tipo ‘esquerdo/direito’ em que cada fogo é organizado segundo um eixo longitudinal, separando os espaços mais privados dos mais públicos. Neste sentido, a fachada principal anuncia uma abertura mais franca para o interior do edifício, através das amplas varandas, contrastando com a fachada posterior com um carácter mais encerrado, denunciando as zonas mais intimas de cada apartamento.

planta de implantação

86.66

87.89

87.49

89.73

89.8289.35

87.92

88.43

86.20

86.01

86.32

85.62

83.33

85.84

FRANÇADEAVENIDA

VANZELER

ES

OUTUBRO

DE

CINCO

DE

RUA

89.45

89.65

90.20

90.05

89.73

90.00

88

86.40

86.37

89.15

88

86.15

86.17

86.34

86.37

86.63

89.40

86.71

87 87.5 8988.5

87

86.79

87

88

89.15

88

89.5

planta do piso tipo

alçado frontal

planta do módulo T2/T3 corte transversal

87.89

87.49

86.20

86.37

planta de implantação

É proposta a criação de um Museu para a Cidade de Matosinhos, numa zona de antigas fábricas que se encontra em expansão e requalificação urbana. Conformando lateralmente o quarteirão, o museu culmina num espaço aberto que anuncia a sua entrada, quebrando o ritmo da malha consolidada da rua principal. O terreno, rematado por um edifício de habitação abre-se para a cidade num vasto espaço público possibilitando a sua utilização como local de passagem ou de pausa. A área de jardim marca a memória de uma diagonal, antiga linha ferroviária, e ajuda a criar uma fronteira entre as ‘traseiras’ do museu e a praça.

museu para a cidade, matosinhosprojecto académico IV 2007/08 Faup

alçado nascente de implantação

R

Ch.

7.6

7.67.8

7.9

8.1

8.1

8.1

8.3

8.6

8.6

8.7

8.7

8.9

9.5

9.7

9.7

9.8

9.8

9.8

10.7

10.8

10.8

8.4

7.7

8.6

9.3

9.3

8.9

9.1

10.1

10.1

9.1

8.4

8.4

7.8

8.1

9.8

11.3

10.3

10.110.7

9.2

R

R

R

JOAO I

JOAO I

RUADOM

CUNHACUNHA

RUA

DEE

12.1

DE

SOUSA

AROSO

RUA

AROSO

ALBUQUERQUE

DE DEMOUSINHO

8.8

BRITO

12.2

11.4

9.9

9.6

10.1

9.38.5

8.5

8.3

CAPELORUACAPELO BRITO DE

FRIGORIFICOS DE

MATOSINHOS

R

13.6

9.8

12.411.9

11.6

RUADEBRITO

7.2

7.57.5

7.5

7.5

7.5

7.5

7.7

7.9

7.9

9.6

9.2

10.9

11.5

9.2

7.5

7.9

7.6

8.4

8.9

10.2

11.1

7.9

8.4

10.2

8.1

10.1

13.6

14.7

12.2

7.2

9.8

11.1

14.7

13.6

12.6

12.4

12.3

9.8

CAPELO

ZONA

ALTERADA

9.8

9.6

7.9

7.9

7.5

7.5

12.2

10.1

10.8

10.3

CUNHARUA

E BRITO

RUA JOAO I

DOM

MATOS

DE

12.4

15.5

15.9

15.5

15.4

14.9

13.2

12.2

13.5

14.8

14.7

13.5

13.5

GUARDA

11.1 10.212.113.6 9.8 9.7 9.9 10.7 10.2

O museu assume-se como um único volume em que a cobertura inclinada permite uma sensação de continuidade até ao piso superior, criando no interior variadas sensações espaciais, dependendo das diferentes alturas. Com um carácter introvertido e intimista, o museu abre-se para um pátio central à volta do qual se desenvolve o percurso expositivo, assim como o café, a livraria e o auditório, permitindo uma forte continuidade visual e espacial entre todos os programas de cariz público.

planta do segundo piso

corte transversal

corte longitudinal

alçado norte

planta do primeiro piso

8,3

5,0

5,8

central técnicaárea|250m2

pé direito livre|5m

IS/vestiáriosárea|25m2

pé direito livre|4m

sala de pessoalárea|27m2

pé direito livre|4m

secretariaárea|20m2

pé direito livre|4m

ISárea|25m2

pé direito livre|4m

ISárea|20m2

pé direito livre|4m

workshopsárea|70m2

pé direito livre|4m

apoioárea|23m2

pé direito livre|4m

trabalhos de grupoárea|90m2

pé direito livre|4m

informáticaárea|45m2

pé direito livre|4m

secretariaárea|24m2

pé direito livre|4m

produtoresárea|20m2

pé direito livre|4m

produtoresárea|20m2

pé direito livre|4m

administraçãoárea|20m2

pé direito livre|4m

administraçãoárea|28m2

pé direito livre|4m

conservadoresárea|20m2

pé direito livre|4m

sala reuniõesárea|40m2

pé direito livre|4m

conservadoresárea|24m2

pé direito livre|4m

projecto urbano, portoprojecto académico V 2008/09 Faup

O projecto propõe a criação de um percurso pedonal desde a Alameda Eça Queirós até ao equipamento desportivo ‘Monte Aventino’, pontuado por elementos como campos de jogos, capazes de dinamizar estes espaços urbanos utilizados maioritariamente por crianças.

Na praça Velásquez, a introdução de um edifício de escritórios remata este percurso e, ao nível do piso térreo, relaciona-se com o jardim através de um café num momento mais calmo e intimista. O edifício mais baixo de comércio, complementa a praça, relacionando-a com a Avenida Fernão Magalhães a uma escala mais reduzida, e funciona como peça remate ao conjunto de habitações unifamiliares. O jardim, agora recuperado e com uma área mais reduzida, surge como espaço de atravessamento da praça, mas principalmente como espaço de utilização diária, com um percurso interno mais intimista e resguardado do caos viário da Avenida Fernão Magalhães.

planta de implantação

perfil longitudinal de implantação

a

a

TAXIS

a

a

TAXIS

praça velasquez

perfil pela praça velasquez

novos pontos de interesse

bar temporário aefaup, portoconcurso promovido por aefaup 2009 - menção honrosacolaboração com: Catarina Freitas Machado, Inês Lencastre e Vera Martinho

O concurso foi criado para projectar um bar temporário para a Associação de estudantes da FAUP, a ser construído no recinto da ‘Queima das Fitas’, conhecida festa de estudantes que se realiza todos os anos, durante uma semana à noite. Num ambiente em que existem muitos outros bares, todos com a mesma estrutura e dimensões, importava tentar criar uma forma de destaque através do material e da iluminação.

Tomamos como ponto de partida e referência o texto de Ítalo Calvino sobre Ersília (Cidades Invisíveis 1974), assim como o movimento do ‘Tubismo’, desenvolvido pelo pintor francês Fernand Léger que, enfatizava as formas tubulares/cilíndricas numa tentativa de particularizar e decompor a forma. Assim, a proposta desenvolve uma forma orgânica onde a utilização do tubo corrugado permite a criação de nichos onde se podem pousar os copos ou garrafas ou onde um corpo encostado ou sentado surge envolvido pela estrutura.Desmaterializando e retirando aos tubos o seu carácter quase industrial, introduz-se luz no interior de alguns, escolha apenas aparentemente aleatória, conseguindo uma iluminação controlada no interior. Metaforicamente poderia ser pensado como veia, imagem que nos remete para o uso deste material enquanto condutor e contentor de uma outra matéria ou não-matéria, mantendo assim alguma da sua função original.

fash

ion

mus

eum

tokyo fashion museumconcurso promovido por arquitectum.com 2010

colaboração com: Cassandra Carvas, Catarina Ribeiro, Francisco Castelo Branco e Tiago Atalaia

Para este concurso de ideias é pedido um Museu de Moda, numa das ruas de Tóquio com mais lojas de moda internacional, como a loja da Prada. O conceito passa por tentar entender o que é a ‘moda’ e como tal o que poderia representar este museu, mais do que uma simples exposição de peças de roupa.Partindo da ideia de que a moda passa por um ciclo vicioso entre a ‘haute-couture’ da passarela e os estilos criados individualmente por pessoas comuns que vestem e passeiam as roupas na cidade, chegamos à conclusão de que a própria rua é um museu de moda. Assim, o edifício é uma ‘rua vertical’ onde as pessoas andam em rampas como numa passarela de um desfile de moda. Ao longo do percurso as peças, mais do que simplesmente expostas, podem ser experienciadas de uma forma inovadora. Cada um pode ver-se vestido com as diferentes roupas reflectidas em espelhos, sentindo as várias décadas e fazendo parte de cada uma. Ao mesmo tempo, as pessoas que vão atravessando esta ‘rua-passarela’, entre as salas das diferentes épocas, demonstram também a moda contemporânea.

a garagem na habitação colectivadissertação de mestrado integrado 2009/10 Faup

A garagem é um espaço criado para o automóvel. Associada à habitação, ganha uma nova dimensão, capaz de ultrapassar a função primária de armazenamento.

Esta dissertação tem como ponto de partida o entendimento da garagem em Portugal. Normalmente construída num piso subterrâneo, completamente encerrada e sem relação com o resto do edifício, acaba por ser um espaço pouco apropriado às manobras de circulação viária e principalmente à mobilidade pedonal, esquecendo-nos que é destinado tanto aos automóveis como aos peões. A constante desvalorização a nível estético e espacial, conferem ao morador um sentimento de insegurança e desconforto que o compele a passar por este espaço o mais rapidamente possível.

No inicio do século XX, com o automóvel conduzido por um ‘chauffeur’, a garagem foi introduzida no edifício de habitação colectiva como um espaço de serviço. Com o progressivo aumento da utilização deste meio de transporte, transformou-se numa entrada e num espaço comum para os moradores. É o lugar onde saímos do nosso automóvel, deixando para trás a ‘confusão’ da cidade, iniciando o percurso até à privacidade no nosso apartamento. Deixando de lado o conceito de garagem subterrânea, parte-se à (re)descoberta de outros modos de projectar este espaço. Elevada nos primeiros pisos ou na cobertura, aberta ou encerrada, dentro ou fora do espaço privado de cada habitação, a garagem pode assumir várias características que, são aqui analisadas de forma a perceber os efeitos que produzem no edifício, ao nível da sua organização interna e da expressão para o exterior.

Com esta análise foi “aberto um caminho” para um diferente entendimento da garagem, reavaliando a sua posição dentro do edifício de habitação colectiva. Independentemente da sua posição, a existir, deve ser pensada de forma assumida, projectando o edifício como um todo e não como uma associação de partes isoladas e encerradas entre si, reforçando deste modo as características que lhe conferem o carácter de colectividade. Do mesmo modo, a ideia de entrada única deveria ser mantida de forma a aumentar esta colectividade. Assim, entendendo a garagem como um espaço secundário é necessário assumi-la como um anexo e não como uma entrada. Eliminando a ligação directa entre a garagem e os pisos de habitação, o átrio apresenta-se como única entrada e ponto de distribuição, e nesse sentido o valor da garagem pode ser mantido como mínimo.

Mas pelo contrário, quando se assume a garagem como um espaço importante dentro do edifício é necessário reforçar o seu carácter de entrada e repensar a função do átrio. Neste sentido talvez a solução possa passar por separar as funções que o átrio representa. Deste modo a garagem passaria a assumir-se como o espaço de entrada comum a todas as mobilidades. É o espaço de transição entre a cidade e o interior do edifício. O átrio, inserido no interior da garagem, perde a função de entrada mas ganha importância enquanto espaço de recepção e distribuição para o resto do edifício, estabelecendo uma ligação a uma escala mais reduzida e apropriada, entre a garagem e os pisos de habitação. A garagem assume-se como um espaço neutro de extensão da cidade e extensão do edifício, representando uma entrada mais democrática e adequada a todas as formas de mobilidade num espaço colectivo de encontro entre os moradores. Deste modo são criados diferentes momentos de entrada, com uma escala apropriada a cada um, mas relacionados entre si e com o resto do edifício.

Contudo para que estes modelos se desenvolvam é necessário pôr em causa a garagem enquanto espaço subterrâneo e encerrado. Da mesma forma que no inicio do século XX talvez fosse impensável aumentar o custo do edifício de habitação, para introduzir uma garagem, esta acabou por encontrar o seu espaço no interior do mesmo. Talvez seja o momento de repensar a garagem como um espaço capaz de valorizar o edifício de habitação colectiva e introduzir uma nova dinâmica entre a cidade e o edifício no momento de transição entre o mundo público da cidade e o espaço privado de cada habitação.