Portfolio @ Revista da Qualidade #34

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ARBITRAGEM E MEDIAÇÃO EM PORTUGAL SECTOR VITIVINÍCOLA EM DESTAQUE DEZEMBRO ‘11 | EDIÇÃO 34 ESTE SUPLEMENTO FAZ PARTE INTEGRANTE DO SEMANÁRIO ‘SOL’ Ser Referência no Mundo da Lusofonia LUÍS CERVANTES GRUPO SABSEG SEGUROS

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LUÍS CERVANTES GRUPO SABSEG SEGUROS

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>> RQ34 // ARBITRAGEM E MEDIAÇÃO EM PORTUGAL

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Nascida há dois anos pela mão de pessoas que, na altura, estavam de alguma forma já sensibilizadas para o problema do endividamento, a Apoiare está presente em Lisboa e no Porto e tem pautado a sua actividade (em grande parte realizada em regime de voluntariado) pelo apoio informativo, jurídico e psicológico a devedores, registando uma média de 300 pedidos de ajuda por mês. Vanda Jacob, directora-geral, e Luísa Rodrigues, responsável pelo Departamento de Formação, são as nossas entrevistadas.

Tintas 2000, S.A

SOLUCIONANDO CRISES FINANCEIRAS PESSOAIS

Apoiare – Associação Portuguesa para Observação, Investigação e Apoio na Reeducação em Matéria de Endividamento

Ao longo da vida, as pessoas pas-sam por circunstâncias finan-ceiras diversas, que as levam a

não saber responder da forma mais adequada em caso de endividamen-to. Se há factos que resultam da falta de planeamento, como o estabeleci-mento de um orçamento familiar e a definição de um limite responsável de crédito, outros existem decorren-tes de imprevistos, como a doença e o desemprego. Em qualquer dos casos, é aqui que entra em acção a Apoiare. “Conscientes da nossa mis-são mas reconhecendo a dificuldade em ajudar determinadas pessoas que recorrem aos nossos serviços, conse-guimos, pelo menos, impulsioná-las para a resolução de alguns problemas que nos apresentam. Em dois anos de actividade, temos cerca de 850 associados efectivos”, afirma Vanda Jacob, esclarecendo que as situações de endividamento seguem um padrão de resolução conforme a sua profun-didade. “Se nos defrontamos com rendimentos tão baixos, ao nível do Salário Mínimo Nacional, que não é penhorável, nada acontece aos deve-dores. Mas, na sua grande maioria, as pessoas que nos contactam são pesso-as de bem, que querem honrar os seus compromissos. Neste caso, e sempre que possível, tentamos a renegocia-ção. De uma forma geral, podemos negociar directamente com os cre-dores a redução das prestações, para que o cumprimento se possa verificar; acordar créditos consolidados, ou, em último caso, encaminhar as pessoas para a via judicial, para que se possa decretar a sua insolvência”, aponta a directora-geral.

Como funciona o Apoio Directo?

Quem chega pela primeira vez à Apoiare é encaminhado para uma primeira consulta de pré-diagnóstico, gratuita, que visa conhecer o seu perfil financeiro e psico-social. A Apoiare disponibiliza um aconselhamento

permanente, integrado e isento de custos a todos os associados. A quo-ta anual de 35 euros permite aceder a uma série de serviços, como a análise do Orçamento Familiar, a avaliação do nível de Endividamento, a defini-ção do Plano de Recuperação Econó-mico-Social (PRES), a Negociação com Credores e o apoio à elaboração do processo Judicial ou de renegocia-ção de condições de crédito. Numa perspectiva complementar, é proposta a possibilidade de os associados recor-rerem, se necessário, a consultas de Psicologia, pagas mediante as possibi-lidades de cada um, bem como a Gru-pos de Ajuda Mútua, que permitem a partilha de experiências.A sensibilidade no tratamento das questões de endividamento é funda-mental na boa condução do processo, desde a primeira hora, tanto presen-cialmente, como por telefone, na base da personalização do atendimento. Vanda Jacob revela que “muitas pes-soas contraíram créditos ao consumo para socorrer, no curto prazo, a sua vida pessoal e profissional, mas de-

pois não conseguiram honrar os com-promissos” e que “é muito difícil gerir processos enquanto o incumprimento não se verifica de facto, uma vez que os próprios credores não aceitam fazê--lo, o que é contraproducente na forma de evitar o problema”, lamenta. “As pessoas quando aqui chegam já vêm muito traumatizadas”, refere Luísa Rodrigues, ciente de que, além dos de-vedores por créditos próprios, também “um número alargado de fiadores foi arrastado para situações de endivida-mento, devido ao incumprimento do plano de pagamentos por parte dos respectivos titulares de créditos”. Con-siderando ainda que, em certos casos, o devedor não é o único responsável pela dívida, Vanda Jacob defende que “o credor tem de ser mais responsabi-lizado, nomeadamente no aspecto da definição da taxa de esforço, ou seja, do montante máximo de crédito ajus-tado à capacidade de cumprimento de um indivíduo”. A vertente pedagógi-ca, presente desde a base até ao cume da cadeia de responsabilidade social da Apoiare, é muito importante na

promoção das suas actividades. “Es-tamos a tentar implementar um pla-no de formação mais divulgado, que inclua acções formativas, workshops; e conferências em matéria de endivi-damento e literacia financeira, para além da formação interna aos nossos associados”, revela a responsável do Departamento de Formação, Luísa Rodrigues. “Já estamos a oferecer gra-tuitamente a formação a autarquias e escolas”, afirma, reiterando que “estes conteúdos formativos são tão perti-nentes que é preciso, urgentemente, dotar as pessoas de ferramentas para saber lidar com potenciais situações de endividamento”.

Luísa Rodrigues e Vanda Jacob

[email protected] [email protected] www.endividamento.pt217268684925963369

Contactos da APOIARE

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Fundada em 2004, na cidade do Porto, por Carlos Gomes, nosso entrevistado, a Pergopi opera em toda a linha da averiguação de sinistros, ao nível da investigação e peritagens. Indissociavelmente ligadas ao sector segurador, onde nasceram e que as moldaram durante décadas, estas actividades exigem hoje, talvez mais do que nunca, uma harmonização de procedimentos e forma de estar dos seus agentes, aspectos que Carlos Gomes defende, movido por um espírito crítico patente ao longo de toda a conversa.

Tintas 2000, S.A

NAS ROTAS DA INVESTIGAÇÃO CONSTANTE

Pergopi – Averiguação de Sinistros e Peritagem

Carlos Gomes trabalhava no departamento de gestão de sinistros de uma compa-

nhia de seguros desde 1995, onde despertou para o aprofundamento das ocorrências que lhe chegavam às mãos todos os dias. Em 2004 surgiu a oportunidade e a ideia de formar um projecto na área das averiguações e peritagens, tendo estabelecido as bases da Pergopi. A empresa exerce a actividade de ave-riguação de sinistros automóveis e de acidentes de trabalho, realizan-do, numa perspectiva complemen-tar, as peritagens que se revelarem necessárias à investigação. Consciente de que a imagem dos peritos se tem vindo a degradar, genericamente, desde os anos 80, motivada pela falta da desejável profissionalização técnica por par-te de uma expressiva franja de pro-fissionais ligados à área em causa, muitos dos quais “quadros” das Seguradoras, Carlos Gomes aposta na formação e na especialização profissional como ferramentas para a mudança. Neste sentido, não só ele, mas todos os colaboradores da Pergopi são detentores de um conjunto estruturado de distinções e de certificados, decorrentes de avaliação em cursos de formação e especialização que têm frequenta-do ao longo dos últimos anos, não só em Portugal, mas também no estrangeiro. “Muitas vezes, as com-

panhias de seguros não chegam a reconhecer o nosso empenho, mas o que nos move é acreditar que um dia, o aperfeiçoamento, o conhe-cimento e a distinção marquem a diferença”, afirma, acreditando que “as próprias seguradoras vão ser obrigadas a reconhecer que existem pessoas com competên-cias, porque há iniciativas de lou-var protagonizadas pela Câmara Nacional de Peritos e pela APTAR - Associação Portuguesa de Peritos e Técnicos de Acidentologia Rodo-viária, em prol da credibilização do sector, ao invés de uma apatia que se verificava até então”.O nosso entrevistado defende que a afirmação dos peritos se deve pautar pelo rigor, pela técnica, pelo conhecimento e pelo enquadra-mento legal, à luz de uma serieda-de percebida por todos os agentes envolvidos, devido às grandes mu-danças que têm sido operadas no sector segurador, motivadas pelas normativas legislativas europeias. “Não me parece lógico, na minha modesta opinião, que, assistindo-se a este aumento de exigência que a classe não procure caminhar sobre solo sólido e rigoroso. O que assis-timos muitas vezes é a uma expres-siva quantidade de profissionais do ramo das peritagens que não se encontram minimamente familiari-zados com a questão dos seguros”, atesta, apontando um caminho

para a profissionalização: “Enten-do que seria razoável e necessário que qualquer pessoa que quisesse intervir no mundo da sinistralida-de devia passar primeiramente por um curso de mediação de seguros (ramo vida e não vida), seguido de uma acção formativa específica e intensiva em acidentologia, por exemplo. Na óptica da aproxima-ção à realidade profissional, devia ter a oportunidade de cumprir um período experimental numa entida-de ou empresa dedicada ao ramo, sujeitando-se, ciclicamente, a reci-clagens de conhecimento. A forma-ção contínua é fundamental e em Portugal esta realidade está muito atrás da média europeia”.Apontando que no terreno dos aci-dentes, existem pontos críticos que levam ao insucesso dos processos, nomeadamente ao nível dos ves-tígios e das ilustrações rigorosas do momento pós colisão (posição final dos veículos envolvidos), Carlos Gomes congratula-se pelas

melhorias que têm sido implemen-tadas pelos diversos agentes, nome-adamente técnicos e autoridades, mas preconiza que ainda há um longo caminho a percorrer. “No futuro queremos solidificar o nos-so projecto, tendo bem presente a vertente da formação contínua e a da crescente participação em ac-ções de formação protagonizadas pelos organismos representativas do sector, que louvo e incito a fazer a ponte com as entidades governa-tivas”, declara Carlos Gomes, à luz do aperfeiçoamento do conheci-mento, da capacidade de resposta e da qualidade do serviço prestado. “Ciente da especificidade da nos-sa área, considero fundamental o respeito pela integridade, porque ou nos movemos com profissiona-lismo, dedicação e empenho, ou vamos ter dias muito difíceis”, afir-ma, lançando um desejo a finalizar: “Deixo uma mensagem ao mundo segurador para que desperte para a verdadeira realidade da sinistra-lidade, que aposte e contribua de forma construtiva para o aperfei-çoamento e profissionalização da área da sinistralidade. Gostaria de ver as seguradoras mais permeá-veis, sensíveis e atentas ao rigor, privilegiando a verdadeira com-petência, em detrimento de uma perspectiva meramente comercial e particularmente promíscua em determinados pontos”.

Carlos Gomes, Fundador da Pergopi

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>> RQ34 // ARBITRAGEM E MEDIAÇÃO EM PORTUGAL

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Criado em Abril de 2011 com o objectivo de implementar nos Países Africanos de Língua O� cial Portuguesa (PALOP) uma ferramenta que possibilitasse gerar um clima de maior con� ança nos negócios multilaterais, o Instituto de Mediação e Arbitragem Internacional (ILMAI), assume-se como «a estratégia pací� ca na solução de con� itos», um desígnio que Fernando Tonim, presidente, pretende ver corporizado até 2013 num futuro tribunal arbitral de Língua Portuguesa.

Tintas 2000, S.A

AFIRMAR UMA JUSTIÇA COMPLEMENTAR E DE PAZ EM LÍNGUA PORTUGUESA

ILMAI – Instituto de Mediação e Arbitragem Internacional

É na base do sonho de criar uma rede de centros de mediação e arbitragem na comunidade lu-

sófona, como sustentáculo do inves-timento internacional qualificado, que o ILMAI tem orientado uma po-

lítica estratégica de formação de qua-dros técnicos certificados. “Se, por um lado, a União de Advogados de Língua Portuguesa (UALP) revelou uma grande sensibilidade ao avanço do projecto, por outro, é de louvar

que a mediação seja um processo na-tural em África”, considera Fernando Tonim, na base do conceito de comu-nidade que ainda subsiste nas popula-ções locais, ao invés de uma perspec-tiva mais individualizada que impera na Europa e no Novo Mundo. O primeiro curso de mediação e ar-bitragem decorreu em Lisboa, entre os passados dias 10 e 14 de Outubro de 2011, no Instituto Superior de Ciências Sociais e Políticas (ISCSP), tendo reunido 18 formandos de An-gola, Cabo Verde, Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe. A desejada criação da bolsa de mediadores e árbitros com homologação interna-cional deu aqui os primeiros passos, na medida em que o ILMAI estabele-ceu um protocolo com uma entidade de referência neste sector, a Florida International University (FIU), que ministrou a formação certificada. “Demos o pontapé de saída para um projecto ambicioso de capacitação dos quadros superiores, judiciários e empresariais, na perspectiva de dis-seminar em todo o espaço lusófono africano as bases da criação de um Tribunal Arbitral da Comunidade de Países de Língua Portuguesa”, pers-pectiva Fernando Tonim, revelando que “este desejo vai ao encontro de uma justiça mais célere e eficaz, que possa oferecer aos investidores um meio alternativo de dirimir conflitos”. O presidente do ILMAI espera for-mar todos os anos cerca de 75 novos profissionais, ao abrigo do programa de formação assumido com a FIU, quer em regime presencial, em Mia-mi ou nos PALOP, quer à distância, via ‘e-learning’, um projecto que se poderão vir a juntar Macau e Timor-Leste. A próxima acção de formação terá lugar em Cabo Verde, país deten-tor de um tribunal arbitral piloto – o Centro de Mediação e Arbitragem da Câmara de Comércio e Indústria de Barlavento, na cidade de Mindelo, lo-calizada na ilha de São Vicente. Cabo

Verde é, nomeadamente, membro do Centro de Arbitragem do Atlântico, na sequência de contactos qualifica-dos com o Brasil, que tem aportado ‘know-how’ ao projecto da entidade, vista como um exemplo de boas prá-ticas. Na qualidade de representante dos PALOP junto da UIA - Union Internationale des Avocats, sedeada em Paris, Fernando Tonim, anuncia o desejo de organizar anualmente seminários e ‘workshops’ formativos no espaço lusófono africano, à seme-lhança do que ocorreu a 6 e 7 Maio de 2011, em Luanda, subordinado ao tema «Investimento em África - Qua-dro Legal e Institucional - Desafios e Constrangimentos».Consciente das dificuldades e dos desafios que se colocam à materiali-zação do desejado Tribunal Arbitral da CPLP, capaz de concorrer com as grandes referências mundiais da mediação e arbitragem, onerosas e centradas em Paris, Londres, Nova Iorque e Hong Kong, Fernando To-nim considera que há abertura dos governos dos países lusófonos e da iniciativa privada, que vê neste desíg-nio uma mais-valia para a afirmação da Língua Portuguesa. As ordens dos advogados do espaço lusófono afri-cano são, em igual medida, parceiras importantes, juntamente com as câmaras de comércio e indústria, as universidades e a magistratura, atesta Fernando Tonim, perspec-tivando que os empresários sejam “os melhores embaixadores deste desígnio de procurar uma justiça de paz que passa pela harmonização das leis de arbitragem nos países lusófonos, na aposta contínua em formação, que vai estar em evidên-cia no ano de 2012, e numa base de consenso alargado que, muitas vezes, se pauta mais pela vertente institucio-nal, do que pela questão financeira, rumo a uma justiça mais célere, efi-caz e alternativa aos tribunais tradi-cionais”.

Fernando Tonim, Presidente do ILMAI

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>>RQ34 // ACTUALIDADE | INTERNACIONALIZAÇÃO

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Pioneira da sinalização dinâmica em Portugal, com provas dadas na redução de acidentes rodoviários, a Habidom mantém, desde a sua sede em Lavra, no concelho de Matosinhos, uma e� ciente rede de parcerias com os maiores players mundiais do sector o que potencia, em escala, a criação de produtos e serviços com assinatura própria. O certi� cado de ID+I que detém, comprova a Gestão da Investigação, Desenvolvimento e Inovação, distinguindo-a como uma das 44 empresas com este tipo de atestação a operar em Portugal.

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NA VANGUARDA DA PREVENÇÃO RODOVIÁRIAHabidom

Estendendo a sua influência desde a gestão de trânsito local até às grandes obras de enge-

nharia, que necessitem de sinaliza-ção dinâmica, a Habidom tem como grandes referências do seu portfolio a iluminação dos corredores da Via Verde, de Norte a Sul de Portugal, a sinalização vertical com LED (dí-odos emissores de luz) activada por radar e o balizamento, ao eixo da via, ou seja, a divisão entre as faixas de rodagem, recorrendo a soluções como balizas rebatíveis e dispositi-vos luminosos, que funcionam, na sua maior parte, através de energias alternativas, como a solar. De entre as inúmeras obras que se somam em Portugal e no estrangeiro, a intervenção no IP4 é vista por Rui Castro, sócio-gerente da Habidom, como “uma grande referência”, já

que, quer ao nível da aplicação de balizas ao eixo da via, bem como no que respeita aos sinalizadores de gelo e demais sistemas de controlo de tráfego, “permitiu a redução da velocidade em 30 por cento nalguns pontos críticos”, assim como uma diminuição drástica, da ordem dos 90 por cento, nos choques frontais. Cada vez mais nos mercados ex-ternos, a Habidom “está vocacio-nada para novos desafios e novas tecnologias”, preconiza Rui Castro, um desígnio para o qual conta com investigadores que estão constante-mente “a produzir e a testar soluções

revestidas de eficiência, fiabilidade e resistência”. Focalizada em Angola, desde há três anos, país onde estabe-leceu uma parceria com um grupo empresarial local, Grupo Vanoldi, foi a Habidom a empresa elegida para a instalação da iluminação pú-blica solar com a nova tecnologia de mega-LED, na Ponte sobre o Rio Girau, na Província de Namibe, há dois anos, e mais recentemente, na nova ponte sobre o Rio Kwanza, que, com os seus 1600 metros de comprimento materializa uma das maiores obras de engenharia opera-das em território angolano.

Rui Castro

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>> RQ34 // ACTUALIDADE | CONSULTORIA E FORMAÇÃO

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Criado em 1990, em Lisboa, pelo Sindicato dos Trabalhadores da Actividade Seguradora, o INETESE tem dimensionado a sua oferta forma-tiva não só no âmbito das Finanças, Banca e Seguros, que corporiza a sua principal vocação, mas também noutras áreas pro� ssionais de reconhecido interesse. O INETESE está presente em nove pólos, de Norte a Sul de Portugal e Regiões Autónomas, apresentando um porte-fólio estruturado de cursos de natureza quali� cante de nível II, IV e V, equivalentes ao 9.º e 12.º ano de escolaridade e ao pós-secundário, como nos revela Puri� cação Alves, coordenadora do pólo de Lisboa.

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CONSTRUINDO PERCURSOS FORMATIVOS COM BASE NA INOVAÇÃO

“O INETESE, enquanto escola profissional, a maior do país, com

mais de 800 alunos que frequen-tam a totalidade dos seus cursos, dispõe de uma oferta formativa diversificada, muito centrada na actividade bancária e seguradora e constituída por cursos de nível 4 de qualificação profissional, equivalentes ao 12.º ano de es-colaridade”, começa por afirmar Purificação Alves, sublinhando que o curso de Técnico de Ban-ca e Seguros constitui “a grande referência da instituição”. Numa perspectiva mais avançada, o Cur-so de Especialização Tecnológica (CET) de Banca Seguros, pós-se-cundário, que confere o nível V de qualificação profissional, garante equivalências a conteúdos curri-

culares de licenciaturas afins, em caso de prosseguimento de estu-dos. “Baseados em protocolos de cooperação assinados com o ensi-no superior universitário e politéc-nico, os CET, com a duração de 1500 horas lectivas, das quais 500 de Formação em Contexto de Tra-balho, têm apostado em vertentes inovadoras, uma marca sempre patente no INETESE” e registam, segundo Purificação Alves, uma grande procura, por parte, inclusi-vamente, de profissionais do sec-tor de actividade e por detentores de cursos de formação superior. A aposta na empregabilidade é um desígnio do INETESE, que tem pautado a sua intervenção na aproximação dos alunos e formandos às empresas, tanto na óptica de assegurar estágios, como

INETESE – Associação para o Ensino e Formação

de intentar esforços no sentido de garantir uma eventual colocação após a conclusão dos mesmos. Purificação Alves revela que os formadores do INETESE nos domínios curriculares técnicos são profissionais do sector bancá-rio e segurador, com experiência comprovada nas empresas, no sentido de incrementar apren-dizagens ajustadas ao contexto real de trabalho. “Desenvolve-mos um trabalho muito grande com as estruturas corporativas, com competências em recursos humanos e formação, no sentido de protocolar as perspectivas de carreira, assentes numa emprega-bilidade sempre próxima dos cem por cento”, afirma a coordenado-ra, ciente de que o crescimento do INETESE se tem sustentado no

relacionamento institucional com os organismos da tutela e com as empresas afins à nossa oferta formativa, nomeadamente segu-radoras, mediadoras, corretoras e bancos. No intuito de dar a conhe-cer as boas práticas de diferentes iniciativas corporativas e institu-cionais, o INETESE perspectiva a realização de um ciclo de con-ferências e ‘workshops’ em Abril do próximo ano, durante três dias, uma iniciativa de cruzamento de experiências que se junta ao gran-de projecto de formação de acti-vos, incrementado sob a forma de academias empresariais, junto do Millenium BCP, do Finibanco e do SAMS, entre outras entidades do sector financeiro e segurador.

Puri� cação Alves, Coordenadora do Pólo de Lisboa do INETESE A oferta forma-tiva do INETESECursos de Nível II (Equivalência ao 9.º Ano):: Curso de Educação e Formação de Operador de Informática

Cursos de Nível IV (Equivalência ao 12.º Ano):: Curso de Educação e Formação em Banca e Seguros:: Cursos Técnicos: Apoio à Gestão – Reactivar | Audiovisuais | Banca e Seguros | Biblioteca, Arquivo e Documentação | Gestão | Market-ing | Secretariado | Contabilidade | Serviços Jurídicos | Vendas

Cursos de Nível V (Equivalência ao Pós-Secundário):: Cursos de Especialização Tec-nológica: Gestão, Contabilidade e Fiscalidade | Banca e Seguros

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>>RQ34 // ACTUALIDADE | LOGÍSTICA

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Detentora de uma experiência consolidada no sector da logística, fruto de uma adaptação constante a novos clientes e distintas realidades de negócio, a S-LOG é aqui retratada por Miguel Félix António, director-geral da empresa.

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ACRESCENTANDO VALOR ÀS OPERAÇÕES LOGÍSTICASS-LOG – Serviços e Logística, S.A.

Qual é a génese da S-LOG e de que forma é que tem estruturado o seu crescimento, à luz da missão e valores que a norteiam? A empresa que foi criada em 1972 com a designação de Entreposto In-dustrial adoptando a actual designa-ção em 2005, reposicionou-se nessa altura como operador logístico di-reccionando a sua actividade para fora do Grupo Entreposto, entidade de que faz parte. Temos procurado diversificar a carteira de clientes. Nos últimos dois anos, entrámos em pequenas e médias empresas, de distintos sectores de actividade. A S-LOG pratica a flexibilidade e adap-tabilidade às necessidades dos seus clientes, o que só é possível porque somos um operador que tem uma política de portas abertas, não ape-nas uma vez no ano, mas durante todo o tempo.

Gostaria de destacar as soluções co-merciais apresentadas pela S-LOG, bem como alguns factos e números que sejam evocativos da sua activida-de no ramo logístico?A empresa presta serviços de logís-tica de viaturas e faz a logística in-tegrada dos mais variados produtos. Neste sector, da logística integrada, destaco que asseguramos a recep-ção, armazenamento e distribuição de todo o tipo de produtos, excep-tuando os que necessitem de frio. A empresa dispõe de uma área total de 115 mil metros quadrados, arma-zéns de 25 mil metros quadrados com pé direito até 12 metros e oito cais de acostagem. Em 2010 fizemos 300 mil movimentos – 20.000.000 de unidades.

Como é que caracteriza o posicio-namento da S-LOG, em termos de serviços prestados e da a� rmação de uma política concertada na área da qualidade, ambiente e solidez das operações?A tripla certificação que obtivemos rege-se por normas diferentes, con-soante falemos de Qualidade, Am-

biente ou de Segurança e Saúde do Trabalho. Em relação à Qualidade, a focalização está muito centrada no cliente e no modo de desenvol-vimento da actividade, no objectivo permanente da melhoria contínua do serviço prestado. No que respeita ao Ambiente, trata-se de um sector muito importante, dado que exige o cumprimento das regras ambientais, algo de fundamental para uma acti-vidade empresarial, em particular a logística. Com esta certificação con-seguimos que o impacto ambiental que a nossa actividade produz seja mais reduzido e que sejam minimi-zados os danos ao ambiente. A Se-gurança e Saúde do Trabalho é uma área que está mais focalizada nos interesses e preocupações dos cola-boradores, atenuando o impacto do risco associado ao desenvolvimento da sua actividade.

Que projectos é que se perspectivam no futuro da S-LOG, nomeadamente no que respeita à diversi� cação de serviços, à internacionalização e a ou-tras áreas estruturantes?Somos um operador vocacionado para operações de picking e distri-buição intensivas e operações de valor acrescentado, em formato de logística de contrato e/ou logística In-house, o que procuraremos re-forçar. Adoptámos uma estratégia de desenvolvimento de negócio, que nos levou a alargar o âmbito da nossa actuação a vários clientes, em diferentes sectores de actividade, com quem desenhámos modelos e soluções de gestão ajustados às características específicas dos seus negócios, tendo como objectivo úl-timo contribuir para o reforço da sua posição competitiva. Mais do que prestadores de serviços somos parceiros que acrescentam valor ao negócio de quem nos procura.

A � nalizar, deseja endereçar uma mensagem � nal aos nossos leitores?Na actual fase da vida nacional gos-tava de incentivar as pessoas e as

empresas para que nas suas vidas e nos seus negócios façam por deter mais competências e qualificações. Que sejam capazes de romper o cerco que aparentemente as inibe de

serem agentes de mudança. Que ca-minhem no sentido de ser melhores pessoas e melhores empresas, que assentem a sua actuação na integri-dade e em valores sólidos.

Miguel Félix António, Director-Geral da S-LOG

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>> RQ34 // VINHOS, LICORES, AGUARDENTES E ESPUMANTES

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Há quase 60 anos, numa terra abençoada para a produção de vinhos, a Adega Cooperativa de Favaios tem vindo a brindar os seus segui-dores, com Moscatéis de excelência, como o incontornável Favaíto, aos quais se junta uma bem estruturada oferta no campo dos vinhos de mesa, do Porto e espumantes, que � camos a conhecer nesta entrevista através de Mário Monteiro, presidente da direcção.

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UMA HOMENAGEM À TRADIÇÃO DE BEM-FAZER

Adega Cooperativa de Favaios

Conhecidos de Norte a Sul do país, os Moscatéis de Favaios, terra cuja História se perde no

tempo, fazem as delícias de quantos o tomam como aperitivo ou sobremesa, evocando a doçura do sabor e a suavi-dade do aroma. “Temos orgulho em produzir um Moscatel de grande quali-dade, considerado internacionalmente um dos melhores do mundo, o ex-líbris de Favaios”, evoca Mário Monteiro, acrescentando, por outro lado, que “a Adega Cooperativa de Favaios está a apostar, também, no lançamento de novos produtos, como um Colheita Tardia”. “Continuamos a evidenciar os Mosca-téis Reserva e 10 Anos e outras edições mais antigas, como as colheitas de excepcional qualidade, corporizadas nos lotes de 1989, 1980 e 1975”. A inovação constante está patente no

Um Olhar sobre a gama de vinhosMOSCATÉIS:: Adega de Favaios :: Favaíto:: Adega de Favaios Reserva:: Adega de Favaios 10 Anos (Medalha de Ouro e considerado um dos melhores do mundo no concurso Muscats du Monde 2011):: Adega de Favaios | Colheitas (1989, 1980 e 1975)

VINHOS :: Foral da Vinha (DOC Douro | Branco e Tinto):: Encostas de Favaios:: Casa Velha DOC Douro / Branco e tinto (apenas entra no mercado em anos excepcionais pela sua elevadíssima qualidade):: Colheita Tardia - Favaios

VINHO DO PORTO:: Porto Monge 10 Anos | :: Porto Monge Tawny, Ruby e White

ESPUMANTEAdega de Favaios (Meio-Seco | Bruto)

Pode comprar os nossos produtos nas Lojas da Adega em Mirande-la, Braga, Maia e Favaios.

reconhecimento que “o Moscatel mais conhecido no país”, o Favaíto, tem tido junto dos consumidores, fruto de uma presença constante no mercado, baseada numa imagem de irreverência e juventude. “Estamos a trabalhar no lançamento de uma nova imagem, do Espumante Adega de Favaios de grande qualidade, tendo no ano passado ganhado a Me-dalha de Ouro no Concurso Nacional de Vinhos”, anuncia o presidente da direcção.A Adega Cooperativa de Favaios escoa uma grande parte da sua produção no mercado nacional, que absorve 70 por cento da produção, mas a aposta no mercado internacional é fundamental. “Temos uma fatia razoável de expor-tações, que ronda os 15 por cento, na base de um investimento continuado nos mercados externos. Estamos pre-sentes em muitos países e sabemos que esse é o caminho a seguir.Destaco os mercados como a Suíça, Luxemburgo, França e Bélgica, paí-ses onde há uma grande presença de

Mário Monteiro, Presidente da Direcção

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>>RQ34 // VINHOS, LICORES, AGUARDENTES E ESPUMANTES

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Visitando a Enoteca Douro, Quinta daAvessada e prova de vinhos na Adega de FavaiosA Enoteca Douro é um espaço onde é proposta uma viagem lúdica e in-teractiva pelos tempos, de modo a retratar de uma forma única a história, modo de vida, usos e costumes, que estas terras encerram. Ao longo da visita o participante pode vivenciar memórias fotográ� cas e representa-ções etnográ� cas dos vários processos vinícolas, que ilustram os métodos tradicionais utilizados para a produção dos seus néctares, assim como efectuar uma visita à Adega de Favaios com prova incluída dos Moscatéis.A Enoteca Douro constitui um museu interactivo alusivo à história e cultura da vinha e do vinho na Região do Alto Douro. Situada em pleno coração da Região Demarcada do Douro, em Favaios, pretende conjugar, num espaço ancestral, os melhores produtos e seus produtores, para proporcionar uma experiência única. É um espaço repleto de actividades promocionais, que irão surpreender o visitante.Trata-se da primeira Enoteca Interactiva da Europa, uma vez que está dota-da de um so� sticado sistema de multimédia e audiovisuais que, conjugado com o movimento das diferentes representações etnográ� cas existentes ao longo da visita, transporta o visitante para uma época ancestral.

Contactos para visitas: Luís de Barros ([email protected])

portugueses, mas também estamos presentes no Brasil, Angola e Estados Unidos, três mercados que queremos aprofundar, bem como o Canadá”. Consciente de que a Adega Cooperati-va de Favaios se sustenta, por um lado, na excelente qualidade dos seus vinhos,

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e, por outro, no reconhecimento das marcas que detém, Mário Monteiro explica que “o Moscatel do Planalto de Favaios difere dos demais mosca-téis do Douro, porque este ‘terroir’, ou seja, o solo e o clima, é mais propício ao desenvolvimento das vinhas, do que o proporcionado nas encostas de so-calcos que compõem a maior parte da paisagem duriense. Este cenário está a ser posto em evidência na produção de vinhos brancos de excelente qualida-de”. O nosso entrevistado revela que, na produção dos melhores vinhos, há

a preocupação de investir os maiores cuidados: “Existe um acompanha-mento permanente das vinhas ao lon-go do ano, por parte de um engenhei-ro agrícola, o que permite gerir com toda a eficácia a produção, a colheita e o acondicionamento/transporte das

uvas até à adega”. O investimento realizado em 2005 no novo centro de vinificação “constituiu a aposta no que de melhor existia em termos tecnoló-gicos”, numa base evolutiva de exce-lência que tem permitido a afirmação dos vinhos da Adega Cooperativa de Favaios em Portugal e além-fronteiras. Questionado sobre a vindima de 2011, Mário Monteiro é peremptório: “foi muito boa”, explicando que “embora tenha registado menor quantidade de uvas, afigura uma grande qualidade em potencial”.