PORTIFÓLIO

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 PORTFÓLIO TEMA: ESTUDO DA SEMÂNTICA APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO SUMÁRIO 1. HISTÓRIA DA SEMÂNTICA COMO DISCIPLINA DA LINGUÍSTICA O estudo da semântica é fruto de uma historia que passa a ter evidência a partir do século XIX, como várias outras ciências que nascem nesse periodo, as reflexões sobre linguagem começam a se firmar com as contribuições de alguns linguístas e os estudos de Saussure e Chomsky. E como subteoria da linguagem humana, a Semântica Linguística, investiga as propriedades do siginificado, que segundo a doutora Ana Maria Ibaños(in: Pereira Gomes, 2003) tem suas tradições na filosofia antiga desde diálogos de Platão, passando por Greimas ou Ducrot na escola européia, ou ainda, na ameicana com Jackendoff e Larson, até chegar em Bréal na sua versão contemporânea, além das contribuição de outros teóricos não menos importantes. Como estudo do significado, a semântica enfrenta problemas quanto a definição de seu objeto de estudo, e que até então, não tem sido uma tarefa simples, por que não há consenso, entre semanticistas e filósofos, quanto a definição de conceito do significado, que segundo Roberta Oliveira (s/d) a dificuldade da definição esta no fato de que ele é usado para descrever situações de fala muito diferentes ”,( retomaremos essa discussão mais adiante). Desta forma vem se constituindo a semântica, como uma novíssima disciplina de lingüística. Gomes (2003) diz que: ...as questões relativas a significações tem sido motivo de cognições e estiveram sempre no centro das atenções de filósofos, pensadores e estudiosos da linguagem, embora, somente em meados do século XIX, com a diversificação do saber humano e a tendên cia de tornar autônomo a ciência da linguag em, tenha se postulado uma ciência do significado. Inic iam-se, pois, tentativas de tratamento sistemático da significação em termos estritamente lingüísticos e numa perspectiva empírico-descritiva. Historicamente a semântica vem evoluindo da linguística trilhando caminhos que é resultado de muitos debates, onde se tornou heterogêneo o conceito de significado, estabelecendo “relações entre significado/realidade/pensamento no nível

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PORTFÓLIO

TEMA: ESTUDO DA SEMÂNTICA

APRESENTAÇÃO

INTRODUÇÃO

SUMÁRIO

1. HISTÓRIA DA SEMÂNTICA COMO DISCIPLINA DA LINGUÍSTICA

O estudo da semântica é fruto de uma historia que passa a ter evidência a partir

do século XIX, como várias outras ciências que nascem nesse periodo, as reflexões

sobre linguagem começam a se firmar com as contribuições de alguns linguístas e os

estudos de Saussure e Chomsky. E como subteoria da linguagem humana, a Semântica

Linguística, investiga as propriedades do siginificado, que segundo a doutora Ana Maria

Ibaños(in: Pereira Gomes, 2003) tem suas tradições na filosofia antiga desde diálogos

de Platão, passando por Greimas ou Ducrot na escola européia, ou ainda, na ameicana

com Jackendoff e Larson, até chegar em Bréal na sua versão contemporânea, além das

contribuição de outros teóricos não menos importantes.

Como estudo do significado, a semântica enfrenta problemas quanto a definição

de seu objeto de estudo, e que até então, não tem sido uma tarefa simples, por que não

há consenso, entre semanticistas e filósofos, quanto a definição de conceito do

significado, que segundo Roberta Oliveira (s/d) a dificuldade da definição “esta no fato

de que ele é usado para descrever situações de fala muito diferentes”,( retomaremos essa

discussão mais adiante). Desta forma vem se constituindo a semântica, como uma

novíssima disciplina de lingüística. Gomes (2003) diz que:

...as questões relativas a significações tem sido motivo de cognições eestiveram sempre no centro das atenções de filósofos, pensadores e

estudiosos da linguagem, embora, somente em meados do século XIX, com a

diversificação do saber humano e a tendência de tornar autônomo a ciência

da linguagem, tenha se postulado uma ciência do significado. Iniciam-se,

pois, tentativas de tratamento sistemático da significação em termos

estritamente lingüísticos e numa perspectiva empírico-descritiva.

Historicamente a semântica vem evoluindo da linguística trilhando caminhos

que é resultado de muitos debates, onde se tornou heterogêneo o conceito designificado, estabelecendo “relações entre significado/realidade/pensamento no nível

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lógico/filosófico/psicológico para além do linguístico”( ibidem, p.24) entendendo-se

que a linguagem é significação, e que hoje vem ampliando-se do nível lexical para o

pragmático; e daí para a interação de significados no plano sintagmático; à analise de

enunciação.

Mas, como entender melhor o significado de termo semântico? Para a autora,

este termo foi criado no século XIX, e étimologicamente, temos sua derivação,segundo,

Barros 2003:

...o radical grego “sem”, radical rico de cognação nessa língua, a exemplo de

“sema”, igual a sinal, distintivo,, marca; “semaino”, assinalo, marco, faço

(dou) senha, indico, conjeturo; “semantor ”, indicador, significador,

mensageiro, guia; “semasia”, sinal, marca; “semion” sinal distintivo, marca. 

Como firma, foi Bréal em “ Essai de sémantique” de 1897 que utilizou esse termo por

fazer analogias com forma gregas clássicas que designa nomes a outras ciencias, mas

não foi aprimeira vês que foi utilizado. Em português foi usado por Manuel Pacheco

em 1903, mas foi Béal que propôs como nova ciência da significação. 

O estudo da semântica parte de trabalhos tradicionais quando a linguagem era

vista como repertório de palavras numa relação de nome/coisa, sem ter certeza se os

nomes vinham de formas naturais ou das relações sociais, sendo que a maioria desses

trabalhos preocupam-se apenas com os aspectos específicos da língua, porém, em outro

momento, numa redefinição contextual, a semântica tradicional é despertada, com a

idéia de que o significado estaria cerceado por diferentes contexto.

Segundo a autora(ibidem)

A caracterização e a classificação das mudanças de sentido foi o objeto da

semantica até o começo do século XX. Os critérios básicos para essa

formulação foram herdados da retórica clássica. Comprovasse, então, o

sentido das palavras antes e depois de constatar-se uma modificação de

significado. [...] Na década de 20, três tipos de causas foram apontadas:

históricas, sociais e lingusticas. A linguagem como entidade histórica,

instrumento de comunicação e de expressão cultural, sofre alterações pela

influência das mudanças históricas e culturais das comunidades. As

mudanças se fariam, também, pelo esforço de ajustes entre

“expreções/pensamentos” e por associações de semelhanças ou contigüidade

entre forma/sentido das palavras.

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A partir daí, varias correntes na área da lingüística começam a pulular e uma

delas, ou a primeira, esta voltada para analise e determinação da estrutura dessa

relações, que são os estruturalistas, e mais recentemente os estudos de Lyons(1977) e

Schaf(1962) fomentam, ainda mais, o estudo das significações principalmente com as

concepções de Saussure e as contribuições de Hjelmslev e Greimas que são

fundamentais para a fundamentação da semântica estruturalista. O curto tempo, a partir

do estruturalismo, foi generoso para o surgimento de outras correntes, como o

fundamentado pelas concepções gerativistas de Chomsky e as contribuições de Katz e

Fodor, Lakoff e jackendoff despontando com a semântica cognitiva; a lógica formal e as

contribuições de Tarski e Davisson para a semântica formal; chegando à contribuição de

Ducrot em 1973 para a semântica argumentativa.

Desta forma, compreendo que a semântica vem trilando o caminho da

lingüística com uma proposta de estudar o significado no âmago da língua apontando

para as relações entre forma e sentido, as relações entre as palavras e suas funções e

quais as relações entre significado e mundo. Porém, acredito que muito, deve ser feito

pelo entendimento histórico da semântica, deve-se fazer um estudo mais minucioso

nessa área, afim de que se possa ter um maior esclarecimento quanto a origem da

semântica.

OBJETO DA SEMÂNTICA

As teorias semanticas objetiva dar sustentação aos estudos de língua portuguesa no

curso de graduação em Letras que num sentido mais restrito objetiva estudar o

significado das palavras. E por issso ela tem se tornado o objeto de contradição para

muitos teóricos que a creditam que a lingüística semântica apresenta um objeto

homogêneo que trabalha os conceitos abstratos, porém em acalouradas discusoes, abriu-

se espaço para outros caminhos que busque esplica as significçãoes das palavras com

práticas e pressupostos teóricos que apontem para as propriedades imprecisas e

heterogêneas, por isso, que segundo Gomes, “formas de palavras e formas de sentença

tem sido objetos cujas interpretação são fornecidas por teorias semânticas. E esses

objetos semânticos são de vários tipos onde o objeto será discutido por corentes ou

modelos

Gomes, afirma que a semântica tradicional

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Tratar do objto de semântica é uma tarefa que nos faz- buscar alguns teórico como a

Cançado (2003) que aponta a semântica como uma disciplina que

“pode ser pensada como a aplicação de aspesos da interpretação que dependem

exclussivamente do sistema da língua e não de como as pessoas a colocam em uso; em

outros termos podemos dizer que a semântica lida com a interpretação dês expressões

lingüísticas, com o que permanece constante quando uma certa expresão e

proferida”(p.17).

Acredita-se que, para isso, e necessrio que o ouvinte ou o leitor desenvolva habilidades

de interação com o contexto para que haja entendimento de enunciados, onde a

pragmática se encarrega dessa questão, onde os usos situados da língua trabalhan os

efeitos e as intenções. A autora nos fala que dentro do objeto da semântica não

poderemos estuda-la apenas como um sistema abstrato, mas sim como um sistema de

interação dentro de um processso de comunicação e expressão dos pensamentos

humanos

Três assuntos são destacados pela Cançado no que diz respeito ao objeto de estudo da

semântica: a compossicionalidade e a expressividade lingüística;as propriedades

semânticas; referência e representação.

A compossicionalidade e a expressividade mostra que (p.19) “todas as línguas

dependem de palavras e de sentenças dotadas de significados: cada palavra ou cada

sentença esta convencionalmente associado a pelo menos um significado. Desse modo,

uma teoria semântica deve, em relação a qualquer língua, ser capaz de atribuir a cadapalavra e a cada sentença o significado (ou significados) que lhe(s) é (são) associado(s)

nessa língua [...] Portanto, uma teoria semântica deve não só apreeender a natureza

exata da relaçao entre o significado de palavras e o significado de sentenças, mas deve

ser capaz de enunciar de que modo essa relação dependem das ordens das palvras ou de

outros aspectos da estrutura gramatical da centença” 

As propriedades semânticas( p.20) “os falantes nativos de uma língua te algumas

intuições sobre as proprieddes de sentenças e de palavras e a maneira como essas

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palvras se relacionan. [...] Portanto, uma outra tarefa das semântica deve ser caracterizar

e explicar essas relações sistemáticas entre palavras e entre sentenças de uma lngua que

o falate é capaz de fazer

E a referência como representação “diz respeito à natureza do significado. Existe uma

divisão quanto a essa questão: para alguns lingüistas, o significado eé associado a uma

noção de referencia, ou seja, da ligação entre as expressões lingüísticas e o mundo; para

outros, o significado esta associado a representação mental [...]portanto,um ponto

importante aser analisado por uma teoria lingüística é a relação entre lingua e mundo.

Pore

Na corrente estruturalista, apontada como uma fase problemática quanto a teoria e ométodo da sgnificaão, eles buscam analisar as estrutura das relações que se dividem

basicamente em dois tipos, que segundo Barros(p. 35):

“a língua vista como um sistema de signos, constituídos pela relação forma

significante/sentido, ou seja, constituído pela relação forma

significante/sentido, ou seja, expressão e conteúdo. Nessa linha temos o

esttudo de Saussure, Hjelmslev, Greimas entre outros. De outro lado temos a

interpretação da significação com base na relação linguagem/realidde

lingüística e realidae não-linguistica:o sentido de uma forma e seu uso.

Considera-se o significado em função o referente”. 

Neste período os estudos do signo e como fator psíquico, a ideia de

significado/significante, a contrução da língua apartir do pensamento e som noções de

valor e significado, e a ideia de relações são de grande importância para a semantica

estrutural, porem não ficou imune as criticas, pois sua proposta de adicotomia entre

língua/fala e o fato de colocar a lingua e não o individuo como objeto da lisguistia, faz

com que haja uma critica muito ferrenha as sua teorias, com a contra proposta de que o

sujeito e heterogenidade são fatotres importantes para a linguistica e que não devem ser

excluídos. De acordo om Luciano Oliveira(2008)

“a causa de toda acrítica a Saussure foi o fato de ele descartar de forma caegorica algo

que é tão obvio e igualmente inegável:o papel do indivíduo no uso da linguagem, o qual

é responsável direto pela heterogenidade lingüística. Mesmo admitindo o papel do

sujeito no ato lingustico ao afirmar que a fala é submisa ao falante, saussere separou o

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individuo da língua, recebida de forma passiva por ser um fato social exterior ao

individuo, na visão do mestre suíço” 

Isso poderemos o bservar quando buscamos a noção de sinonímia, como fenômeno

semântico, que é vista pelo estruturalista apenas no sentido conceitual sem que hajamudanças nocionais ou expressivas durante uma substituição. Desta forma, foi criando-

se uma tendência radical pelos semanticistas estruturalistas principalmente por

Hjelmslev que continua os projetos de Saussure e que passa a rejeitar a interferência de

qualquer outra ciência que tinha a língua como um estrutura única e singular, sem falar

de greimas que adota a estão de oposição da língua, e que siginignificao e significante

stabelecen-se por relações rciprocas. Sendo que ambos fazem parte de uma mesma

vertente teórica, principalmente quando dizem que o conceito de relaç~~ao é central noestruturalismo, onde os objetos de lingüística são fundados nas relações que para

Hjelmslev tem duas naturezas.

Desta forma veremos surgir novas concepções, e então teremos gramática gerativo-

transformacional que é orientada por Chomsky