Portugal - Recursos hídricos Apresentação parte 1
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Victor Veiga
A ÁGUAA ÁGUA
Victor Veiga
ÁGUA
Porque é que a água é importante?
Quase tudo o que fazemos necessita de água, a maior parte das nossas actividades diárias utiliza água, logo ela assume um papel preponderante na nossa vida.
Victor Veiga
ÁGUA
Porque é que a água é importante?
A maior parte da superfície do planeta é formada por água.70%- água30% superfície continental
Victor Veiga
ÁGUA
- 97,4%- águas dos oceanos- 2,6%- água doce: Atmosfera, Glaciares, Águas subterrâneas, Lagos, cursos de água, …
- Só 0,014% é água disponível para o consumo.
Victor Veiga
ÁGUA
Além disso…
A água tem repartição espacial e temporal irregular:• Áreas com excesso de água durante determinados períodos;• Áreas com falta de água durante determinados períodos.
É o caso de Portugal…Em consequência de uma desigual repartição da precipitação média anual.
Victor Veiga
ÁGUA
PORTUGALÁreas mais húmidas - registam valores de precipitação média anual mais elevados:
Norte Litoral e áreas montanhosas : a precipitação média anual chega a atingir valores superiores a 3000 mm. O relevo mais acidentado, dominado pelas cordilheiras montanhosas do Minho, pela Cordilheira Central e pelos relevos que se estendem para Sudoeste, promovem valores de precipitação elevados, o que explica, por exemplo, que as regiões entre os rios Lima e Cávado sejam muito pluviosas, sobretudo as voltadas para o oceano Atlântico.
Victor Veiga
ÁGUA
PORTUGALÁreas mais secas - registam os menores quantitativos pluviométricos:
Sul do Tejo: a precipitação média anual atinge valores inferiores a 800 mm, que decrescem para Sul e para o interior. A região do Guadiana (Bacia do Guadiana) chega a registar, em algumas áreas, valores médios anuais inferiores a 450 mm, sendo, juntamente com o vale superior do Douro (Bacia do rio Douro), a região mais seca do território.
Victor Veiga
ÁGUA
DISPONIBILIDADE HÍDRICA- Quantidade de água disponível
Disponibil idade hídrica está dependente:- Dos elementos do clima especialmente a precipitação.
Precipitação – elemento fundamental na definição das características dos recursos hídricos, bem como da sua gestão, devido, por exemplo, ao desfasamento nas disponibilidades hídricas/consumo
Victor Veiga
ÁGUA
DISPONIBILIDADE HÍDRICAOnde é que existe água doce:• rios,• lagos,• subsolo até 800 m,• solo sob a forma de humidade,• vapor de água.
Victor Veiga
ÁGUA
OS RECURSOS HÍDRICOS PODEM SER CLASSIFICADOS EM:- SuperficiaisAs águas interiores que não são subterrâneas e incluem a água dos rios, dos lagos, das lagoas e dos reservatórios de água artificiais, como albufeiras de barragem, represas, etc.;
- SubterrâneosQue se encontram abaixo da superfície do solo, ou seja, a água de nascente e a extraída das minas, dos furos e poços.
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ÁGUA
Então, a avaliação dos recursos hídricos, potencialmente disponíveis numa região, são:
- As bacias hidrográficas, nos recursos superficiais;- Os sistemas aquíferos, nos recursos subterrâneos.
Victor Veiga
ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS
RIOCurso de água permanente, que corre por um leito definido em direcção a outro rio, lago ou mar.REDE HIDROGRÁFICA Conjunto formado por um curso de água principal e pelos seus tributários (afluentes e subafluentes).BACIA HIDROGRÁFICASuperfície drenada por uma rede hidrográfica.AFLUENTEÉ um curso de água que desagua num outro mais importante.
Victor Veiga
ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS
CAUDAL DE UM RIOÉ a quantidade de água que passa por uma determinada secção do rio por unidade de tempo. Expressa-se em m3/s.
REGIMECorresponde à variação do caudal do rio ao longo do ano.
Victor Veiga
ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAISA elevada densidade de linhas de água que constituem o território nacional origina uma interligação de cursos de água, que acaba por definir uma rede complexa e hierarquizada, cujo padrão depende• da natureza da rocha • da estrutura geológica
Victor Veiga
ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAISNa rede hidrográfica nacional,
dos cerca de 2439 rios, destacam-se:• os rios internacionais ou
luso-espanhóis, Minho, Lima, Douro, Tejo e Guadiana, que nascem em Espanha e desaguam no oceano Atlântico;• os rios exclusivamente
nacionais, que nascem em território nacional, como o Vouga, o Mondego e o Sado.
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ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAISO relevo e o clima promovem o contraste existente entre as redes hidrográficas do Norte e as do SulNo Norte • mais densa• rios de maior declive e caudal vales mais estreitos e profundos• devido: maiores valores de precipitação e ao relevo mais acidentado.
Victor Veiga
ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAISNo sul, pelas razões inversas:• menor densidade;• o caudal menor e mais irregular.
A rede hidrográfica de Portugal continental acompanha a inclinação geral da topografia da Península Ibérica – E-O, NE-SO e NNE-SSO.O rio Sado e o rio Guadiana são uma excepção, pois escoam de Sul para Norte e de Norte para Sul, respectivamente.
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ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAISA generalidade dos rios portugueses tem um regime irregular. Normalmente, verificam-se caudais muito baixos durante a época de Verão e elevados nas estações do ano com maiores níveis de precipitação (Outono e Inverno).
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ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS
O perfi l longitudinal e transversal dos rios
Victor Veiga
ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS
O perfi l longitudinal e transversal dos rios
Perfi l longitudinalLinha que une os pontos do fundo do leito do rio, desde a nascente à foz.
Perfi l transversalLinha que resulta a partir da intersecção de um plano vertical com o vale, perpendicularmente à direcção deste, num determinado ponto. É normalmente designado de vale.
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ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS
O perfi l longitudinal e transversal dos rios
Vale Forma definida pela convergência de duas vertentes.
Leito
Espaço que pode ser ocupado pelas águas.Leito de CheiaÉ quando as águas do rio transbordam o seu leito normal
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ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS
O perfi l longitudinal e transversal dos rios
Entre a nascente e a foz os rios vão variar o seu aspecto em consequência da alteração de um conjunto de factores, o que reflecte a sua capacidade erosiva
Erosão FluvialConsiste na acção rápida de desgaste, transporte e acumulação exercida pelos rios.
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ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS
O perfi l longitudinal e transversal dos rios
• a MONTANTE (CURSO SUPERIOR), domina o desgaste, pois a altitude e o declive são mais elevados, o que traduz uma maior capacidade erosiva e o intenso arranque de materiais, devido à maior velocidade de escoamento das águas;
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O perfi l longitudinal e transversal dos rios
ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS
• na SECÇÃO INTERMÉDIA (CURSO MÉDIO) , domina o transporte pelas águas fluviais, onde os materiais mais pesados acabam por ser depositados ao longo do percurso, à medida que o declive se torna menos acentuado. Mas o desgaste das vertentes do vale ainda é elevado;
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O perfi l longitudinal e transversal dos rios
ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS
• a JUSANTE (CURSO INFERIOR), domina a acumulação, devido ao fraco declive e ao predomínio de áreas mais planas e de baixa altitude, que provocam uma diminuição das acções de desgaste e de transporte dos sedimentos.
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O perfi l longitudinal e transversal dos rios
ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS
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O perfi l longitudinal e transversal dos rios
ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS
1º CURSO SUPERIOR1º CURSO SUPERIOR Os rios correm por regiões elevadas e montanhosas,
onde o declive é acentuado e a força da água muito significativa.
Como consequência a acção predominante é o desgaste do fundo do leito, o que faz com que o vale de aprofunde, se estreite e tenha vertentes abruptas.
- VALE EM “V” FECHADO OU EM GARGANTA.- FASE DA JUVENTUDE
Victor Veiga
O perfi l longitudinal e transversal dos rios
ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS
2º CURSOS INTERMÉDIO2º CURSOS INTERMÉDIO O declive é mais suave e as irregularidades do leito são cada
vez menores. Assim, a velocidade das águas abranda, o que faz com que o
desgaste não seja tão elevado. Por outro lado, o volume de água vai aumentar, ou seja o
caudal, o que vai permitir um maior desgaste das margens dos rios.
Predominam as acções de transporte e de desgaste lateral do rio.
- VALES EM V ABERTO- FASE DA MATURIDADE
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O perfi l longitudinal e transversal dos rios
ÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS
3º CURSO INFERIOR3º CURSO INFERIOR O rio corre em áreas mais ou menos planas, de fraco declive, onde a
velocidade das suas águas é reduzida. Nesta fase, o rio tem fraca capacidade de desgaste e de transporte. Predomina nesta secção a sedimentação dos materiais que dão
origem a planícies aluviais ou sedimentares (Ex: Mondego Tejo e Sado.
Nesta secção o vale é bastante largo e baixo, normalmente com sedimentos depositados no fundo. O traçado do rio é geralmente sinuoso, descrevendo muitas curvas, às quais se dá o nome de meandros.
- VALE EM U OU EM CALEIRA ALUVIAL- FASE DA MATURIDADE
Victor Veiga
O perfi l longitudinal e transversal dos riosÁGUA - AS ÁGUAS SUPERFICIAIS
EM PORTUGAL CONTINENTAL:• a Norte do Tejo, dado o carácter acidentado do relevo, o perfil longitudinal é muito irregular, o que leva ao predomínio de vales encaixados, declivosos e profundos ("V"), o que favorece o aproveitamento hidroeléctico. Para jusante, o leito torna-se mais regular e os vales vão-se tornando mais largos ("U"). No litoral, junto à foz, o vale é largo, o declive do seu leito é muito fraco e as suas margens são baixas, o que favorece as inundações.• a Sul do Tejo, o perfil longitudinal dos rios é mais regular, devido ao relevo menos acidentado e ao predomínio das planícies muito próximos do perfil de equilíbrio.• A rede hidrográfica dos rios exclusivamente nacionais caracteriza-se por rios de leito irregular, pequenos e de fraco caudal.