Portugues
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Índice
Introdução......................................................................................................................3
Variação frásica em estrutura de coordenação entre o Português Europeu (PE) e o
Português Moçambicano (PM)......................................................................................4
Coordenação e a conjunção de frases para orações por meio, ou não da conjugação
coordenativa ou da locução conjuncional coordenativa................................................4
Classificação das frases ou orações coordenadas..........................................................4
Frases ou orações coordenadas copulativas...................................................................4
Frases coordenadas adversativas...................................................................................4
Frase coordenada disjuntiva...........................................................................................5
Orações coordenadas conclusivas..................................................................................5
Conclusão.......................................................................................................................6
Bibliografia....................................................................................................................7
Introdução
O presente trabalho é sobre a variação frásica em estrutura de coordenação entre o
Português Europeu (PE) e o Português Moçambicano (PM) mais concretamente a
coordenação e a conjunção de frases para orações por meio, ou não da conjugação
coordenativa ou da locução conjuncional coordenativa. São objectivos desse trabalho,
determinar as tendências da realização frásica por falantes do PM comparando-as com
as regras do PE; sistematizar os casos que ocorrem com regularidade no PM em
estrutura de coordenação destas duas variedades linguísticas. Com este trabalho
pretende-se trazer alguns factores que condicionam a ocorrência deste fenómeno tendo
em conta que Moçambique é um país multilingue e multicultural bem como as línguas
que interferem no PM como língua padrão. O PM, tal como afirmam os linguistas
moçambicanos, é um Português com marcas de interferências linguísticas das línguas
bantu para o Português padrão de acordo com as normas do PE. A metodologia usada
foi a pesquisa bibliográfica.
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Variação frásica em estrutura de coordenação entre o Português Europeu (PE) e o Português Moçambicano (PM)
A variedade moçambicana do Português está a emergir num contexto multilingue, onde
a maior parte das línguas maternas (L1) dos falantes pertencem à família Bantu
(Gonçalves, 2010:13). Apesar disto, o Português de Moçambique é oficialmente
regulado pela norma europeia adaptada à realidade deste país. O Português falado em
Moçambique possui uma variabilidade de regras e traços gramaticais específicos da sua
gramática, maior do que aquela que se verifica em línguas adquiridas como L1
Coordenação e a conjunção de frases para orações por meio, ou não da
conjugação coordenativa ou da locução conjuncional coordenativa.
A independência entre as frases ou orações coordenadas é elevada, por vezes quase
autónoma. Tento em conta com a variação frásica da estrutura coordenada do PE e PM,
procura-se estabelecer uma relação entre a variante em formação do PM a variante da
norma padrão PE. Com procedimento de análise recorre-se essencialmente a informação
fornecida. PINTO (2008:156).
Classificação das frases ou orações coordenadas
As frases coordenas classificam-se de acordo com a conjunção ou locução coordenativa
expressa ou subentendida que as liga.
Frases ou orações coordenadas copulativas
Existe entre estas frases uma relação de adição o que se diz uma frase é completiva com
o que se diz na outra.
Exemplo:
Ele entrou na sala e saudou os pais. (PE)
Ele entrou a sala saudou os pais. (PM)
Frases coordenadas adversativas
Existe entre estas frases uma relação de contrastes, de posição o que se diz numa frase
não é completiva o que se diz na outra.
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Exemplo:
Ele entrou ala mas não saudou os pais. (PE)
Ele entrou na sala mas nem saudou os pais. (PM)
Frase coordenada disjuntiva
Aquilo que se diz numa frase é uma situação de alternativa, de posição ou de exclusão
relativamente a situação apresentada na outra.
Exemplo:
Os meninos conversariam com ele ou continuariam a ver televisão. (PE)
Os meninos iam conversar com ele ou estariam a assistir televisão. (PM)
Orações coordenadas conclusivas
Aquilo que se diz numa frase é a conclusão lógica da situação apresentada na outra.
Por exemplo:
Tinha saudades dos pais, portanto foi visita-los. (PE)
Tinha saudades dos pais, por isso foi visitar. (PM)
Há estruturas gramaticais em que pouca gente se equivoca simplesmente porque não as
usa. Evitam uma estrutura usando alternativas mais simples. CUNHA, C., e CINTRA,
L. (1984) citado por Gonçalves (1998) confirma, “É assim que muitos dispensam a
construção de orações concessivas porque apelam às adversativas para falar a mesma
coisa”. Em vez de “embora ela fosse bonita, não tinha namorado” preferem “Ela era
bonita, mas não tinha namorado”
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Conclusão
Neste trabalho abordou-se o assunto sobre variação frásica em estrutura de coordenação
entre o Português Europeu (PE) e o Português Moçambicano (PM). Tendo em vista os
aspectos observados, conclui-se que a caracterização da variedade linguística aqui
apresentada teve como objectivo fundamental descrever as propriedades da variação
frásica entre o PE e o PM. Assim, dentre as numerosas alterações que podem detectar-se
no discurso produzido nesta língua foram seleccionados aquela que apresentam carácter
mais estável como: frases ou orações coordenadas copulativas, frases coordenadas
adversativas, frase coordenada disjuntiva e orações coordenadas conclusivas. Tratando-
se de uma visão panorâmica, foram deixados de lado alguns fenómenos que apresentam
ainda carácter disperso. A sua não inclusão nesta descrição, contudo, não significa que
eles não venham a constituir áreas de relevo no processo de diferenciação do PM
relativamente ao PE. GONÇALVES (1998: 88). Este trabalho foi muito importante para
o aprofundamento deste tema, por ter permitido desenvolver competências de
investigação, selecção, organização e comunicação da informação.
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BibliografiaGONÇALVES, Perpétua. Mudanças do Português em Moçambique. Maputo, 1998.
PINTO, Castro at all. Gramática do Português Moderno. Lisboa, 2008.
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