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MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZNIA

PROJETO POLTICO-PEDAGGICO DO CURSO DE GRADUAO DE LICENCIATURA EM COMPUTAO

Belm-Pa Outubro-2009

SERVIO PBLICO FEDERAL MINISTRIO DA EDUCAO UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZNIA Av. Presidente Tancredo Neves, 2501 Terra Firme - Belm Par Caixa Postal: 917 CEP 66.077-530

Fone-Fax: (91) 3210-5104

http//www.ufra.edu.br

REITORIA

REITOR: Prof. Sueo Numazawa VICE-REITOR: Prof. Paulo de Jesus Santos

PR-REITORIAS

PR-REITOR DE ENSINO (PROEN): Orlando Tadeu Lima de Souza PR-REITOR DE EXTENSO (PROEX): Raimundo Nelson Souza da Silva PR-REITOR DE PESQUISA (PROPED): Izildinha de Souza Miranda PR-REITOR DE PLANEJAMENTO (PROPLAD): Kedson Raul de Souza Lima

INSTITUTOS TEMTICOS

INSTITUTO CIEBERESPACIAL (ICIBE): Merilene do Socorro Silva Costa INSTITUTO DA SADE E PRODUO ANIMAL (ISP): Djacy Barbosa Ribeiro INSTITUTO DE CINCIAS AGRRIAS (ICA): Manoel Sebastio Pereira de Carvalho INSTITUTO SOCIAL E RECUSOS HDRICOS (ISARH): Marcel do Nascimento Botelho

COORDENADORIA DO CURSO DE LICENCIATURA EM COMPUTAO

COORDENADOR: Paulo Roberto de Carvalho SUB-COORDENADORA: Andra Silva Miranda

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COORDENAO DO PROJETO POLTICO-PEDAGGICO DO CURSO DE GRADUAO DE LICENCIATURA EM COMPUTAO

DOCENTES: Andra Silva Miranda Janae Gonalves Martins Joo Santana Ferreira de Santanna Filho Paulo Roberto de Carvalho Tatiana do Socorro Pacheco

TCNOS-ADMINISTRATIVOS: Jos Welinton de Oliveira Arajo Heden Clazyo Dias Gonalves Inaiara ris dos Santos Leonardo Hirokazu de Souza Hamada

DISCENTES: Igor Bruno Luiz Gadelha Gleisson Fenades Santos Joel da Costa Lobato Junior Rbia Soraia Barata Monteiro

TRAMITAO Aprovado pelo Colegiado de Curso: Reunio 01/2009 de 05 de outubro de 2009.

Aprovado pela Pr-Reitoria de Ensino:

Aprovado pelo CONSEP:

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SUMRIO

I. APRESENTAO ............................................................................................................................................ 6 II. INTRODUO ................................................................................................................................................ 6 III. DADOS DA INSTITUIO.......................................................................................................................... 9 III.1 HISTRICO DA UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZNIA.......................................... 9 III.2 MISSO INSTITUCIONAL ..................................................................................................................... 10 III.3 VISO INSTITUCIONAL ........................................................................................................................ 10 IV. JUSTIFICATIVA DO PROJETO POLTICO PEDAGGICO ............................................................ 11 V. PRINCPIOS NORTEADORES DO PROJETO POLTICO PEDAGGICO....................................... 14 V.1 PRINCPIOS CURRICULARES DO CURSO.......................................................................................... 14 V.1.1 INTERDISCIPLINARIDADE ................................................................................................................. 14 V.1.2 FLEXIBILIDADE CURRICULAR ......................................................................................................... 15 V.1.3 A TICA COMO TEMA TRANSVERSAL ........................................................................................... 16 V.1.4 COMPREENSO DA DIVERSIDADE CULTURAL E PLURALIDADE DOS INDIVDUOS...... 17 V.1.5 SLIDA PREPARAO DO PROFISSIONAL PARA O EXERCCIO DA PRTICA DO TRABALHO, DA CIDADANIA E DA VIDA CULTURAL ........................................................................... 17 V.1.6 COMPREENSO DA GRADUAO COMO ETAPA INICIAL NO PROCESSO DE FORMAO CONTINUADA, A SER CONSOLIDADO ATRAVS DO ENSINO, DA PESQUISA E DA EXTENSO......................................................................................................................................................... 18 V.1.7 CAPACIDADE PROFISSIONAL E AVALIAO PERMANENTE ................................................ 18 V.2 PRINCPIOS METODOLGICOS DO CURSO ..................................................................................... 19 VI. CONCEPO PEDAGCICA DE EDUCAO .................................................................................... 20 VII. MISSO DO CURSO DE LICENCIATURA EM COMPUTAO .................................................... 21 VII.1 OBJETIVOS GERAIS.............................................................................................................................. 21 VII.2 OBJETIVOS ESPECFICOS................................................................................................................... 21 VIII. PERFIL DO PROFISSIONAL A SER FORMADO PELO CURSO.................................................... 21 VIII.1 COMPETNCIAS................................................................................................................................... 22 VIII.1.2 COMPETNCIAS REFERENTES COMPREENSO DO PAPEL SOCIAL DA ESCOLA ... 23 VIII.1.3 COMPETNCIAS REFERENTES AO DOMNIO DOS CONTEDOS A SEREM SOCIALIZADOS, AOS SEUS SIGNIFICADOS EM DIFERENTES CONTEXTOS E SUA ARTICULAO INTERDISCIPLINAR ......................................................................................................... 23 VIII.1.4 COMPETNCIAS REFERENTES AO DOMNIO DO CONHECIMENTO PEDAGGICO ... 24 VIII.1.5 COMPETNCIAS REFERENTES AO CONHECIMENTO DE PROCESSOS DE INVESTIGAO QUE POSSIBILITEM O APERFEIOAMENTO DA PRTICA PEDAGGICA.... 24 VIII.1.6 COMPETNCIAS REFERENTES AO GERENCIAMENTO DO PRPRIO DESENVOLVIMENTO PROFISSIONAL....................................................................................................... 25 IX. MATRIZ CURRICULAR ............................................................................................................................ 25 IX.1 CICLO DE FORMAO BSICA .......................................................................................................... 29 1 SEMESTRE..................................................................................................................................................... 29

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2 SEMESTRE..................................................................................................................................................... 29 IX.2 CICLO DE FORMAO TECNOLGICA-PROFISSIONAL............................................................ 30 3 SEMESTRE..................................................................................................................................................... 30 4 SEMESTRE..................................................................................................................................................... 31 5 SEMESTRE..................................................................................................................................................... 31 6 SEMESTRE..................................................................................................................................................... 32 IX.3 CICLO DE SEDIMENTAO PROFISSIONAL .................................................................................. 33 7 SEMESTRE..................................................................................................................................................... 33 8 SEMESTRE..................................................................................................................................................... 33 X. EMENTAS DOS CONTEDOS ................................................................................................................... 35 X.1 CICLO DE FORMAO BSICA............................................................................................................ 35 X.2 CICLO DE FORMAO TECNOLGICA-PROFISSIONAL ............................................................. 40 X.3 CICLO DE SEDIMENTAO PROFISSIONAL.................................................................................... 50 X.4 EMENTAS DOS CONTEDOS ELETIVOS............................................................................................ 53 X.4.1 COMPUTAO EDUCACIONAL......................................................................................................... 53 X.4.2 REDES DE COMPUTADORES .............................................................................................................. 55 X.4.3 REA DE SISTEMAS .............................................................................................................................. 56 XI. ARTICULAO ENSINO, PESQUISA E EXTENSO.......................................................................... 57 XI.1 ATIVIDADES DE PESQUISA .................................................................................................................. 57 XI.2 ATIVIDADES DE EXTENSO ................................................................................................................ 60 XII. PRTICAS INOVADORAS ...................................................................................................................... 61 XII.1 ESTGIO SUPERVISIONADO.............................................................................................................. 61 XII.2 TRABALHO DE CONCLUSO DE CURSO........................................................................................ 62 XII.3 PRTICA PEDAGGICA I E II ............................................................................................................ 63 XII.4 SEMINRIO INTEGRADO .................................................................................................................... 63 XIII. ATIVIDADES DE COMPLEMENTAO DO CURRCULO ........................................................... 64 XIV. CORPO DOCENTE................................................................................................................................... 65 XV. PROCESSO DE AVALIAO.................................................................................................................. 65 XV.1 MECANISMOS E INSTRUMENTOS DE AVALIAO .................................................................... 65 XV.2 AVALIAO DA APRENDIZAGEM ONLINE.................................................................................... 67 XVI. INFRA-ESTRUTURA ............................................................................................................................... 69 XVII. COORDENADORIA DE CURSO .......................................................................................................... 69 XVII.1 COORDENAO E SUB-COORDENAO .................................................................................... 70 XVII.2 COLEGIADO DE CURSO.................................................................................................................... 70 REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS .............................................................................................................. 70

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I. APRESENTAO Este documento tem por objetivo apresentar as propostas de ao pedaggica para o curso de Graduao em Licenciatura em Computao a ser oferecido pela Universidade Federal Rural da Amaznia (UFRA), no municpio sede da instituio em Belm do Par. Busca-se apresentar um projeto pedaggico de curso que auxilie na melhoria da qualidade de ensino. Nesta direo, o curso em Licenciatura em Computao contribui para a formao de profissionais que atendam as demandas scio-educacionais do contexto atual da regio Norte, em especial do Estado do Par. Considera-se na proposta apresentada que o conhecimento e a informao se caracterizam como fatores essenciais e, entendendo o papel da Educao Superior na construo e socializao de conhecimentos e informaes, atravs da formao de profissionais tecnicamente qualificados e politicamente interessados na obteno de uma viso crtica das tendncias sociais e de mercado e na valorizao de princpios ticos e humansticos que so fundamentais para o crescimento do nosso estado e da educao como um todo. Desta forma, cumpre-se este projeto duas importantes tarefas: 1) apontar suas finalidades, materializadas em seus objetivos educativos; 2) apresentar uma proposta curricular em que contenha as possibilidades de concretizao dessas finalidades. A maneira como este documento foi organizado segue as orientaes do Projeto Pedaggico Institucional/UFRA. O Projeto Poltico-Pedaggico do Curso de Graduao em Licenciatura em Computao imprime, ainda, direo com especificidades e singularidades, apresentando de forma clara o funcionamento do curso, determinando suas prioridades e estabelecendo estratgias para o cumprimento do objetivo que a educao. II. INTRODUO Vivemos numa sociedade em constantes transformaes, uma sociedade marcada pelo dinamismo das relaes polticas, econmicas e sociais. A reestruturao dos processos produtivos, provocada pelos avanos cientficos e tecnolgicos e pela desenfreada concorrncia estabelecida entre agentes econmicos, exige conhecimentos sempre renovados. Governos, organismos nacionais e internacionais, instituies governamentais e privadas esto redirecionando sua ateno para a definio e implantao de polticas adaptadas s exigncias impostas pelo re-ordenamento econmico mundial s reas de sade, educao, trabalho, administrao pblica e privada, entre outros setores da vida humana. Esto tambm reconhecendo a importncia estratgica da educao e das tecnologias de 6

informao e comunicao para o desenvolvimento humano, principalmente como instrumento modificador de relacionamentos, de produo e distribuio de conhecimentos. Nesse contexto, novos desafios so postos educao. A dinmica deste incio de sculo prope a ela um conjunto de exigncias, a fim de que faa frente s necessidades da cidadania moderna, da revoluo das novas tecnologias de informao e comunicao, e da nova tica nas relaes sociais. compreensvel, portanto, que a educao volte a ocupar o lugar de destaque nas estratgias de desenvolvimento dos pases, tanto em funo do impacto tecnolgico sobre a organizao do trabalho, quanto em decorrncia da rpida disseminao da informao que implica novas formas de relacionamento no mbito econmico e social. A educao e a computao passam a ser ento, nas sociedades modernas, o diferencial entre grupos, organizaes e pases. Assim, o conhecimento, apoiado na capacidade de selecionar e processar informaes, na criatividade e na iniciativa para propor novas respostas aos problemas, bem como na capacidade de problematizar, primordial para o desenvolvimento e para a modernidade. Nesse sentido, as tecnologias atualmente disponveis propiciam novas formas de encontro e interao, fundamentais no processo pedaggico que introduz novas alternativas e possibilidades de estmulo constituio de competncias e habilidades e a construo de conhecimentos importantes no processo educativo. Passa-se a exigir uma viso mais dinmica de educao, que contribua para a formao de habilidades cognitivas, as quais permitam s pessoas aprender a aprender, e para a construo de competncias sociais, que desenvolvam condies de flexibilidade e autonomia de pensamento e ao, capacidade de trabalho cooperativo e possibilidade de contnua adaptao a situaes novas, na perspectiva do aprender a ser, a viver e a conviver. sobre o sistema de ensino, e, portanto sobre a escola (aqui includa a Universidade), que repousa a responsabilidade formal pelo cumprimento da agenda proposta educao em cada pas e em cada Estado. atravs de seu sistema escolar que cada sociedade busca organizar o conhecimento j produzido, ampli-lo para atender as novas demandas e torn-las acessvel ao maior nmero de pessoas. A qualificao do professor um dos fatores fundamentais para que um pas possa cumprir esse papel proposto ao sistema escolar. o professor o agente do processo educativo formal e sobre ele colocam-se tanto a responsabilidade, quanto as expectativas de um trabalho, que responda ao dinamismo das necessidades de formao dos cidados requerido para o desenvolvimento de uma nao. 7

Neste documento apresenta-se o Projeto Poltico-pedaggico do Curso de Graduao em Licenciatura em Computao, a ser oferecido pela Universidade Federal Rural da Amaznia - UFRA, no municpio sede da instituio, em Belm do Par. O curso foi desenvolvido baseado nas Diretrizes Curriculares de cursos da rea de computao e informtica da secretaria de Educao Superior, elaborado pela comisso de Ensino de Computao e Informtica CEEInf, nas resolues CNE/CP 01/2002 e CNE/CP 02/2002 1, na Lei de Diretrizes e Bases da Educao (Lei 9394/96), no decreto n5626/2005 2, e no Projeto pedaggico institucional da UFRA. Vale ressaltar que curso de Graduao em Licenciatura em Computao objetiva a formao de educadores para a disseminao da informtica na sociedade em geral, a partir da insero desse conhecimento nos currculos regulares do ensino bsico (fundamental - 2

ciclo e mdio) e superior (graduao e ps-graduao) da rede de ensino pblico e privado,dos rgos governamentais, alm dos setores de treinamento das organizaes em geral. O desenho curricular do curso integrado por contedos que abordam a capacidade de anlise e interveno em situaes de ensino e aprendizagem; bem como a pesquisa e o desenvolvimento no campo interdisciplinar de aplicao da cincia computacional e da educao. Assim, o ponto de partida para o desenvolvimento deste curso ser a reflexo e a construo de conhecimentos sobre as competncias que abrangem as vrias dimenses do papel da informtica e do educador nas Instituies de ensino, nos rgos governamentais e na sociedade. Nesta perspectiva, o curso possui uma abordagem metodolgica que enfatiza a integrao da teoria e da prtica, por meio de projetos e atividades comuns articulados entre contedos e campos de estgio. Este curso objetiva suprir a necessidade do mercado de trabalho por professores na rea de computao com condies de desenvolver projetos educacionais com tecnologias de informao e comunicao e metodologias especficas, oferecendo meios, orientaes e recursos pedaggicos e tecnolgicos necessrios a esses profissionais para que possam contribuir efetivamente na incluso digital e social dos cidados, dando condies e conhecimentos para que essas pessoas participem ativamente do processo educativo, em igualdade de condies.

1 As respectivas resolues do Conselho Nacional de Educao/Conselho Pleno instituem as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Formao de Professores da Educao Bsica, em nvel superior, curso de licenciatura, de graduao plena e, a durao da carga horria dos cursos de licenciatura, de graduao plena, de formao de professores da educao bsica em nvel superior. 2 O captulo II do referido decreto trata da incluso da LIBRAS como disciplina curricular. O art. 3 informa que: A Libras deve ser inserida como disciplina curricular obrigatria nos cursos de formao de professores para o exerccio do magistrio em nvel mdio e superior.

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O Licenciado em Computao poder exercer no mercado de trabalho as seguintes atividades profissionais: Elaborao de pareceres, relatrios, planos, projetos, anlise e avaliaes, em que se exijam a aplicao de conhecimentos inerentes rea de computao aplicada educao; Pesquisas, estudos, anlises, interpretao, planejamento, implantao, coordenao e gerncia de projetos nos campos da computao e da educao bem como outras reas as quais estas se desdobrem ou com os quais sejam conexos; Exerccio de funes e cargos de professor ou gerente de projetos que envolvam a rea de computao aplicada educao; Assessoramento e consultoria em instituies coorporativas ou instituies de ensino pblicas ou privadas, cujas atribuies envolvam, principalmente, a aplicao de conhecimentos inerentes a computao aplicada aos processos de ensinoaprendizagem; O magistrio em contedos tcnicos do campo da computao ou de informtica aplicada educao; III. DADOS DA INSTITUIO III.1 Histrico da Universidade Federal Rural da Amaznia O Ensino de Cincias Agrrias no Par teve o incio no ano de 1918 quando foi criada a Escola de Agronomia do Par, nos termos da Lei Orgnica do Centro Propagador das Cincias e de acordo com o Decreto Federal n 8319 de 20 de outubro de 1910, objetivando a educao profissional aplicada agricultura, zootecnia, veterinria e s indstrias rurais. Com o encerramento das atividades da Escola de Agronomia do Par, em 1943, surgiu a Escola de Agronomia da Amaznia (EAA), anexa ao Instituto Amaznico do Norte (IAN), criada pelo Decreto-Lei n 8290, de 5 de dezembro de 1945, publicado em 07/12/1945. A instalao e o efetivo exerccio ocorreram em 17 de abril de 1951. Em 08 de maro de 1972 foi transformada na Faculdade de Cincias Agrrias do Par (FCAP). Durante os 21 anos de atividades, a EAA formou 451 Engenheiros Agrnomos, e manteve as caractersticas de escola regional, formando profissionais aptos a atuar principalmente na Regio Norte, bem como recebeu estudantes e formou tcnicos de outros pases sul-americanos com rea amaznica, tendo sido conhecida como uma das principais escolas de agronomia do trpico.

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Em 1971 foi criado o Curso de Engenharia Florestal, reconhecido pelo Decreto n 80.030, de 27 de julho de 1977. Aps a transformao em 1973, foi criado o Curso de Medicina Veterinria, autorizado pelo Decreto n 82.537, de 01 de novembro de 1978. A implantao de Cursos de Mestrado ocorreu em 1983 e a autorizao de Cursos de Mestrado em Agropecuria Tropical e Recursos Hdricos - rea de Concentrao: Manejo de Solos Tropicais (Resoluo 20/84, de 28/06/1984 Conselho Departamental da FCAP). Criada em substituio Faculdade de Cincias Agrrias do Par FCAP, a UFRA instituda pela Lei n 10.611, DE 23/12/2002, tem como misso formar profissionais de nvel superior, desenvolver e compartilhar cultura tcnico-cientfica atravs da pesquisa e extenso, oferecer servios comunidade e contribuir para o desenvolvimento econmico, social e ambiental da Amaznia. dotado de autonomia didtico-cientfica, administrativa e de gesto financeira e patrimonial, de acordo com a legislao vigente (Art. 1 - Estatuto da UFRA, Belm PA, 2003). Oferece atualmente 07 cursos de graduao distribudos em campi na sede Belm e municpios do interior do Estado do Par: Santarm Engenharia Florestal, Parauapebas Zootecnia, Capito Poo Agronomia, e em Belm: Agronomia, Engenharia Florestal, Medicina Veterinria, Engenharia de Pesca, Zootecnia, Bacharelado em Informtica Agrria e Licenciatura em Computao, alm de cursos de Mestrado e Doutorado nas reas de Biologia Vegetal, Solos e Manejo Florestal. A UFRA a mais antiga Instituio de ensino superior em cincias agrrias da Amaznia, e atualmente tem como objetivo formar profissionais qualificados na rea, bem como promover conhecimento atravs de ensino, pesquisa e extenso. tambm hoje, a Instituio de Ensino Superior com maior IQCD (ndice de Qualificao do Corpo Docente), em toda Amaznia Legal. III.2 Misso Institucional Contribuir com o desenvolvimento sustentvel da Amaznia, formando profissionais de excelncia, desenvolvendo e compartilhando conhecimentos tcnicos, cientficos e culturais, oferecendo servios sociedade por meio do ensino, da pesquisa e da extenso. III.3 Viso Institucional UFRA reconhecida como centro de excelncia em Ensino, Cincia e Tecnologia e como agente de desenvolvimento, em benefcio do meio ambiente, das comunidades em geral e dos setores produtivos da Amaznia. 10

IV. JUSTIFICATIVA DO PROJETO POLTICO PEDAGGICO Os avanos tecnolgicos e o uso de computadores no processo educativo vm crescendo a cada ano. Consequentemente, esta nova ferramenta de ensino e aprendizagem leva a uma reflexo sobre novas formas de ensinar e aprender usando o computador. A Computao ou Informtica, entendida como o corpo de conhecimentos a respeito de computadores, sistemas de computao e suas aplicaes, engloba aspectos tericos, experimentais, de modelagem e de projeto. Os cursos desta rea tm a computao como rea-fim (ou de especialidade), ou como rea-meio (de atuao multidisciplinar). Apresenta como princpio de investigao a resoluo de problemas humanos, cada vez mais complexos e inter-relacionados com outras reas, que tem determinado avanos e transformaes da sociedade. A tecnologia produzida pelas cincias transforma a sociedade, mas tambm, a sociedade tecnificada transforma a prpria cincia. Assim, a cincia intrinsicamente histrica, sociolgica e complexa. essa complexidade especfica que preciso reconhecer. A computao, como uma cincia, , portanto, inseparvel de seu contexto histrico e social. Considerando o atual cenrio para a implantao de informtica nas instituies de ensino de todo o pas que est baseado na poltica de governo de incluso digital e no PAC (Programa de Acelerao do Crescimento) da educao. As agncias de notcias do governo divulgaram que at 2010 o governo pretende instalar laboratrios de informtica em todas as 130 mil instituies de ensino pblico do pas, um investimento avaliado em R$ 650 milhes. As primeiras escolas beneficiadas sero as do ensino mdio. Todas vo ter pelo menos um laboratrio de informtica, o que equivale a 15.700 escolas desse nvel em todo o pas. A informatizao das escolas pblicas tambm uma das metas previstas no Programa Nacional de Informtica na Educao (Proinfo), que existe desde 1997. A previso que at o ano de 2010 todas as escolas de ensino mdio e fundamental j estaro equipadas com laboratrios de informtica. [...] O governo est investindo em trs pilares: o da infraestrutura, o da capacitao continuada de todos os gestores educacionais e professores, e na criao de contedos livres para que os professores possam utilizar sem ter que gastar dinheiro para isso, explicou Jos Guilherme Ribeiro, gerente do Proinfo. Entretanto, a grande maioria dos profissionais da educao, principalmente aqueles que trabalham em sala de aula regular, no tem prtica e nem conhecimento de tecnologias, estratgias metodolgicas e tcnicas de ensino e aprendizagem aplicadas em ambientes informatizados.

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Apesar dos sistemas de ensino oferecerem cursos de capacitao para professores que atuam nos laboratrios de informtica, estes profissionais no tem uma formao especfica em computao. Desta forma, os laboratrios de informtica das escolas so subutilizados ou ainda utilizados para outros fins que no os da educao. Portanto, a formao de professores no campo da computao essencial para que o profissional possa lidar com as peculiaridades desta atividade profissional. No somente as estratgias metodolgicas, as metodologias especficas, mas tambm os aspectos relacionados s escolhas de tecnologias que atendam as necessidades educacionais dos alunos, inclusive aqueles que apresentam algum tipo de necessidade educativa especial, so competncias que professores precisam adquirir para que as instituies de ensino promovam a incluso digital e social dos cidados na sociedade. Atualmente, vivemos em uma sociedade em que a utilizao da tecnologia uma necessidade essencial e uma realidade em grande parte das instituies de ensino, sendo a sua utilizao uma das variantes que influencia na incluso social. No entanto, nem sempre os fundamentos de acessibilidade, usabilidade e estilo de aprendizagem dos alunos-usurios so considerados na escolha e no uso de tais tecnologias. Desta forma, avessa incluso, a tecnologia pode ser uma varivel que promova a excluso social dos sujeitos. Nesta perspectiva, o curso de Graduao em Licenciatura em Computao vem corroborar tambm com o Programa Nacional de Formao de Gestores e Educadores: Direito Diversidade. Este programa uma iniciativa do governo Federal que visa aumentar a incluso de alunos com necessidades educativas especiais nas instituies de ensino. Alm das aes do governo federal, existem iniciativas neste sentido do prprio governo estadual. No ano de 2007, no II Frum Paraense de Incluso Digital, organizado pela SUCESSU, o ento secretrio de educao do governo do estado, Prof. Mrio Cardoso, revelou que o governo estadual possui vrios projetos na rea de informtica na educao e incluso digital, com a implantao de at 400 novos laboratrios implantados em escolas de ensino mdio em todo o Estado do Par. Alm disso, um recente acordo feito com a Eletronorte para o uso de sua rede de fibra ptica (Projeto Navega Par) promover a conectividade em vrias cidades do estado. Outra iniciativa do governo, atravs da SEDUC (Secretaria de Estado de Educao), a utilizao de sua grande rede de antenas de comunicao para conectar, via rdio, instituies de ensino que estejam fora da rede regular de conexo internet. Apesar de todo este cenrio promissor, o secretrio de estado se mostrou apreensivo, pois no existe mo de obra especializada para lidar com a informtica na educao, pelo

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simples fato que nenhuma instituio de ensino oferecia, naquele momento, tal curso de graduao no Estado do Par. A necessidade de insero da informtica no ensino bsico (fundamental e mdio) e profissional justificada, entre outros aspectos, pela insuficincia de programas de capacitao tecnolgica da sociedade brasileira que atenda a demanda do mercado atual e futuro. A formao de professores para essa nova realidade tambm fundamental e crtica. A carncia de profissionais com este perfil dificulta a utilizao da informtica na educao nas instituies de ensino e o desenvolvimento de tecnologias e metodologias especficas para a utilizao do computador como uma ferramenta didtico-pedaggica. A forte demanda da sociedade por profissionais qualificados em educao computacional vem ao encontro do processo de expanso universitria da UFRA, atravs da criao de novos cursos e a consolidao de seu processo de interiorizao, podendo contribuir significativamente para a incluso digital da populao amaznica. Pois, na regio Norte alm da UFRA, somente a Universidade do Estado do Amazonas (UEA) oferta este curso, fato que refora a necessidade de sua criao. Isto confirmado, pela significativa demanda no primeiro processo seletivo realizado pela UFRA em 2009 para o curso de Licenciatura em Computao, em que foram inscritos 216 candidatos da rede de ensino pblica e 216 candidatos da rede de ensino particular, para as 50 vagas ofertadas, perfazendo um total de 8,64 candidatos para cada vaga ofertada para alunos provenientes das respectivas redes de ensino 3. Diante deste cenrio, considerando os aspectos sociais, o curso de Licenciatura em Computao atende os seguintes aspectos: Atendimento demanda do mercado de trabalho da regio norte, principalmente do estado do Par, sem excluir as demais regies do pas; Atendimento demanda de formao tcnica-cientfica mais ampla do profissional; Formao de um profissional com maior competncia no apenas nas reas de tecnologia e educao, mas tambm nas reas conceitual e humana. O curso de Graduao em Licenciatura em Computao tambm atende os seguintes aspectos Institucionais: Prov oportunidades para integrao com outros cursos de graduao e unidades da UFRA e at mesmo de outras Instituies de Ensino, nas atividades de ensino, pesquisa e extenso;

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Fonte: http//:www.ufra.edu.br/concursos/edital19/2008/documentos/demanda-vestibular2009

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Contribui com recursos humanos e conhecimentos para a administrao institucional e outras entidades e rgos de apoio; Compe, juntamente com os outros cursos, a estrutura de ensino, pesquisa e extenso da UFRA, contribuindo para a sua concepo como universidade, sua manuteno, e seu potencial de desenvolvimento.

V. PRINCPIOS NORTEADORES DO PROJETO POLTICO PEDAGGICO V.1 Princpios Curriculares do Curso Os princpios curriculares do curso reforam os princpios curriculares apontados pela Universidade Federal Rural da Amaznia em seu Projeto Pedaggico Institucional, e que fundamentam os projetos pedaggicos dos cursos desta instituio. Neste sentido, o processo de desenvolvimento curricular ser construdo mediante a observao dos seguintes princpios: V.1.1 Interdisciplinaridade A interdisciplinaridade como princpio didtico - (interpretao da realidade tendo em vista a multiplicidade de leituras, modelo internacional de conhecimento que consiste na observao dos fatos e fenmenos sob vrios olhares. Para contemplar esse princpio, a estrutura curricular est formatada em Eixos Temticos Disciplinares) O curso de Licenciatura em Computao abarca conhecimentos de diversos campos do saber como: a Matemtica, Educao, Informtica, dentre outros, o que exige uma postura inovadora quanto ao processo de produo e construo do conhecimento. Neste sentido, a interdisciplinaridade se apresenta como instrumento precpuo para a promoo de uma formao integrada e em sintonia com a realidade social que, cada vez mais exige uma formao cidad crtica e reflexiva. O desafio que a interdisciplinaridade impe para o curso est na construo de novas posturas diante do conhecimento. Pois, a sua premissa maior est no desenvolvimento de um trabalho coletivo, em cooperao, um trabalho articulado entre as diferentes reas que compem o currculo do curso. Portanto, o desenvolvimento do trabalho interdisciplinar suscita a ruptura com posturas individuais e fragmentadas que isolam e compartimentalizam os conhecimentos, desprezando toda a riqueza e complexidade que possui o trabalho relacional. Para Morin (2002), a interdisciplinaridade troca, cooperao, pois, o conhecimento um movimento articulado de saberes, relacional. Desta forma, para que a prtica 14

interdisciplinar acontea o trabalho deve ser integrado, em intercmbio com os diversos campos do saber que envolve a formao em questo, e a postura dos docentes do curso deve ser a de abertura ao dilogo, ao intercmbio, ao trabalho em conjunto, j que a formao do licenciado em computao requer uma formao interdisciplinar, por isso, todos devem se dispor a trabalhar em cooperao. Compreendemos que uma das tarefas da interdisciplinaridade est no conhecimento da realidade numa perspectiva relacional. Este trabalho pode ser desenvolvido por meio da pesquisa e problematizao da realidade scio-educacional, para que assim se estabelea o dilogo entre os contedos-partes dos eixos-temticos desenhados na Matriz Curricular do curso. Evitar a separao do saber em disciplinas que rejeitam as ligaes com o seu meio, o desafio de todos que compem o curso de Licenciatura. A especializao se insere num setor conceitual abstrato que o da disciplina compartimentada cuja fronteira rompe arbitrariamente a sistemicidade (a relao de uma parte com o todo) e a

multidimensionalidade dos fenmenos. Tendo em vista estes conceitos, o curso de Licenciatura em Computao, que possui caractersticas de interao entre vrios contedos, deve buscar em sua base de ensinar o conhecimento permanente, ou seja, contextualizar, globalizar os campos do seu saber. V.1.2 Flexibilidade Curricular A flexibilidade na estrutura curricular - (compreenso de que o curso um percurso que dever ser construdo considerando os saberes e contedos da vivncia e experincia do aluno na busca ativa pelo conhecimento); O aluno do curso de Licenciatura em Computao considerado sujeito ativo do seu conhecimento, da sua educao, e a flexibilizao do currculo, refora esta concepo, quando propicia ao aluno a possibilidade de escolha por disciplinas que contemplem seu campo de interesse profissional, contribuindo para uma slida formao. A flexibilizao permite tambm que, cursos como os de licenciatura possam acompanhar e expressar em seus currculos as permanentes transformaes econmicas, polticas, sociais, culturais, tecnolgicas e informacionais da contemporaneidade. A flexibilidade rompe com a rigidez dos currculos tradicionais, que eram desenhados sem a possibilidade de proporcionar ao aluno o direito de escolher que percurso ir seguir na sua formao inicial e na continuada.

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A flexibilidade pode ser evidenciada no currculo, no ciclo de formao complementar obrigatrio, no ciclo complementar optativo e com as atividades independentes, o que permite ao aluno construir seu itinerrio formativo ao ter opes concretas de aprimoramento e/ou aprofundamentos de estudos nas reas de seu interesse. V.1.3 A tica como tema transversal A tica como tema transversal (considerada como eixo norteador do currculo, como eixo transversal, estimulando o eterno pensar, refletir, construir. importante a problematizao dos valores morais no contexto institucional para a adoo do conjunto de princpio e padres de conduta tica e superao de uma tica individualista e competitiva com vistas construo de uma sociedade cada vez mais humana); Eleger a tica como tema transversal, significa nos termos de Guiraldelli (1997), a necessidade de uma [...] reorientao tico-valorativa da sociedade [...], pois, atualmente nos deparamos com questes que precisam ser problematizadas e refletidas na Universidade com os futuros profissionais da educao, devendo ser estendidas s escolas de ensino fundamental e mdio. A educao tem o papel tambm de intervir na realidade, de suscitar nos sujeitos do processo educativo a anlise e reflexo quanto as questes sociais e, para isso, o tema tica deve percorrer todos os campos do currculo, por estar atrelada ao campo das relaes entre os sujeitos, dos valores e normas em que estas relaes esto envoltas. Uma Universidade que comprometida com a formao humanstica, precisa refletir nos seus espaos sobre as condutas humanas, sobre justia social, sobre os valores de igualdade e equidade, enfim, precisa segundo Morin (2005, p.20), desenvolver nos sujeitos o [...] o princpio de incluso que lhe permite incluir o seu eu num NS (casal, famlia, ptria, partido) e, consequentemente, incluir em si esse NS, incluindo o NS no centro do seu mundo [...]. O referido autor enfatiza que, a crise nos fundamentos da tica se situa na crise das verdades e certezas construdas na modernidade, como por exemplo, o enfraquecimento do princpio altrusta, princpio este que conduz ao coletivo, quilo que comunitrio, causando um distanciamento do sujeito da realidade social, do seu pertencimento a essa realidade. Compactuamos com Morin (2005), na defesa de uma religao tica, religao do sujeito com a sociedade, com a vida em comunidade, religao com a sua espcie. Portanto, o desafio est na formao de professores para a compreenso da complexidade do mundo em que vivemos, da complexidade tica que nos situamos, num mundo plural e antagnico; o 16

desafio est na construo de valores e atitudes que considere o contexto histrico, social e cultural da contemporaneidade, em que aspectos como responsabilidade social, fraternidade, equidade, pluralidade cultural, dentre outros, devem se fazer presente na problematizao da realidade. V.1.4 Compreenso da diversidade cultural e pluralidade dos indivduos Aceitar a dimenso singular do homem e sua multiplicidade interior. Este um dos desafios colocados aos profissionais da educao neste milnio. A formao de educadores neste milnio est situada num contexto histrico-cultural, do mltiplo, do plural, da diversidade de referncias culturais que, a globalizao e os meios informacionais colocam em contato com os sujeitos, influenciando em suas subjetividades e identidades. O elemento fundamental deste princpio no curso de licenciatura est na compreenso de que a escola por meio de seus professores deve trabalhar em prol do respeito diversidade e da valorizao das diferenas. Isto implica a construo de uma tica nas relaes para a diversidade cultural e para a pluralidade dos indivduos. O reconhecimento e a valorizao da riqueza cultural do pas, que expressa nos diversos modos de vida da populao e nos mltiplos espaos regionais, uma tarefa do profissional da educao que deve atuar contra discriminaes, pela cidadania, pela abertura ao outro, aos diversos outros sociais, principalmente aos que foram historicamente discriminados e secundarizados em sua importncia na construo histrica, social e cultural do Pas. V.1.5 Slida preparao do profissional para o exerccio da prtica do trabalho, da cidadania e da vida cultural A formao do licenciado em computao foi desenhada com o intuito de preparar o futuro profissional para que alm das competncias tcnico-cientficas, este sujeito tambm desenvolva a capacidade de atuar ativamente na sua realidade, ou seja, um sujeito com formao para o exerccio profissional cidado, aquele que possui competncias sociais para o trabalho, e que atue como um ator social, um sujeito engajado com os problemas de sua realidade scio-cultural. O trabalhador da educao que ora nos propomos formar considerado como sujeito scio-histrico, que ao se relacionar com o mundo, com a sociedade, com a histria, transformado e transformador da sua realidade, pois, no somente um integrante do mercado de trabalho, mas um sujeito que vive, reflete, analisa e se

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situa na complexidade que a contemporaneidade, que problematiza situaes, que dialoga com os contextos concretos que se apresentam na vida profissional. V.1.6 Compreenso da graduao como etapa inicial no processo de formao continuada, a ser consolidado atravs do ensino, da pesquisa e da extenso Uma slida formao inicial, com experincias no ensino, na pesquisa e na extenso, com um percurso acadmico contendo a flexibilizao curricular, tem em vista a formao continuada do profissional da educao. Pois, consideramos que a formao do educador constante, um processo permanente, em que a graduao a etapa inicial deste processo e o professor deve compreender que, para acompanhar os crescentes avanos na cincia, na tecnologia, nas pesquisas educacionais, precisa continuar na busca pelo conhecimento, enfim, deve continuar aprendendo e exercendo na vida profissional a ao-reflexo-ao. A formao continuada aponta para a necessidade da permanente insero do profissional no seu campo do saber, para o aperfeioamento das atividades que desenvolve, para a pesquisa e reflexes de assuntos que a prtica docente lhe apresenta. Este princpio garantido com a integrao entre Universidade e as escolas de ensino bsico, durante o processo de formao inicial dos alunos da licenciatura, por meio de atividades como os estgios supervisionados, os projetos de iniciao cientfica, as prticas pedaggicas, bem como, com a continuidade da formao, com a oferta de cursos de psgraduao Lato Sensu e Stricto Sensu, atividades estas que so inerentes universidade e que reforam a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso. V.1.7 Capacidade Profissional e Avaliao Permanente Este princpio enfatiza a importncia da formao continuada, para a atualizao dos profissionais quanto ao acompanhamento e operacionalizao do currculo e das situaes de aprendizagem dos estudantes. Muito embora os cursos de graduao tenham por funo precpua a formao profissionalizante, o incentivo a pesquisa e a formao do pensamento reflexivo, o que deve caracterizar o seu nvel superior o compromisso com a construo do conhecimento e no apenas a sua transmisso. O domnio do conhecimento condio indispensvel, mas no suficiente, posto que o que d maior sentido e adequabilidade o aprender a lidar criativamente com o mesmo, buscando o seu avano. Por isso, os profissionais devem estar em constante aperfeioamento, tendo em vista que o processo de formao continuada

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permite a progressiva atualizao e reflexo sobre a prtica docente e sobre o andamento do curso. Aprender a aprender condio necessria para que o profissional possa assimilar constantemente as novas metodologias educacionais e tecnologias de sistemas de produo de bens e servios. Para tanto, o compromisso construtivo deve estar presente em todas as atividades curriculares, bem como a compreenso de que o projeto pedaggico do curso um documento aberto, passvel de mudanas, a partir da prtica da avaliao reflexiva sobre o andamento do curso. V.2 Princpios Metodolgicos do Curso A proposta metodolgica do Curso de Licenciatura em Computao consiste em reavaliar sucessos e fracassos, analisando-os sob a luz de poderem apontar novas perspectivas, de modo re-enquadrar a experincia adquirida num contnuo aprendizado. No poder ser de outra forma com as mudanas com que nos deparamos, com a velocidade que o mundo atingiu. Desta forma, todo o medo se extingue e toda experincia como uma nova porta que pode nos levar motivao do continuar e auto-estima que nos sustenta. Entendemos que a metodologia , sobretudo, um conjunto de convices pedaggicas, norteadoras das aes didticas, em determinado campo do conhecimento humano. Com base nestes pressupostos, foram definidos os seguintes princpios metodolgicos para o curso de Graduao em Licenciatura em Computao: Constante relao entre teoria e prtica (a teoria a prtica sistematizada, tem na prtica seu sentido e a ela deve voltar para continuar seu caminho na construo do conhecimento, ou seja, o processo ensino-aprendizagem se efetua na dinmica aoreflexo-ao); Construo/reconstruo do conhecimento estratgia bsica para o ensino (as situaes de ensino-aprendizagem devem ser direcionadas gnese do conhecimento); O currculo precisa estar intimamente relacionado realidade de vida do aluno e a realidade social (a relao com a vida, com a sociedade acontece na problematizao, integrando os diferentes saberes que compem o currculo do curso); A pesquisa, enquanto a linha de pensamento e de ao estratgia indissocivel do ensino (da formao de professores com capacidade de investigao reflexiva e no meros repetidores de informaes desconexas);

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Contato permanente com a realidade escolar (desde o incio do currculo universitrio deve-se propiciar o desenvolvimento de experincias pedaggicas, dando condies para que sejam incorporadas situaes prticas e reflexes sobre a Educao) O curso de Licenciatura em Computao, ora apresentado, ir valorizar mecanismos

capazes de desenvolver no aluno a cultura investigativa, metodolgica e a postura proativa que lhe permite avanar frente ao desconhecido. Diante de tais mecanismos explicita-se, ainda aqui, a integrao do ensino com a pesquisa; projetos em parceria da UFRA com empresas e rgos governamentais, os programas de iniciao cientfica e os programas especficos de aprimoramento discente (como os grupos PETs da CAPES), dentre outros. VI. CONCEPO PEDAGCICA DE EDUCAO No mundo atual os contextos, econmico, social, poltico, cultural e cientficotecnolgico, direcionam um olhar para novos paradigmas, exigindo uma reflexo crtica sobre as prticas educacionais e sobre os modelos que as fundamentam. Vivemos na sociedade do conhecimento, em que devemos buscar a superao da distino entre as cincias naturais e as cincias sociais, pois elas no so isoladas e desconectadas. O docente dever ter em mente que essa nova concepo de sociedade do conhecimento est centrada no aluno e na aprendizagem. Para tanto, o ensino, para ter sucesso e preparar o futuro profissional deve reverter-se numa aprendizagem significativa para o aluno e para o professor. A concepo pedaggica do curso de graduao em Licenciatura em Computao prope-se alicerar pressupostos que venham a atender as exigncias da sociedade do conhecimento num paradigma emergente, na qual o docente ter que reconstruir sua prtica pedaggica com uma viso crtica. Enfatiza-se que no se trata de oferecer um modelo prescritivo, mas de abrir caminhos para a concepo de um novo papel de professor e aluno. O entendimento da mudana dos paradigmas torna-se imprescindvel na reflexo do docente sobre sua ao pedaggica em sala de aula, tal atitude refletir conseqentemente de forma positiva no aluno. Acredita-se que formar organizar contextos de aprendizagem exigentes e estimulantes, isto , ambientes formativos que favoream o cultivo de atitudes saudveis e o desabrochar das capacidades que lhes permitem viver em sociedade, ou seja, nela conviver e intervir em interao com os outros cidados. Habituados a refletir tero motivaes para continuar a aprender e para investigar, reconhecero a importncia das dimenses afetivas e

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cognitivas do ser humano, reagiro melhor em face da mudana e do risco que caracteriza uma sociedade em profunda transformao. A concepo pedaggica do curso busca atender as novas expectativas para a construo e produo do conhecimento. Assim, prope para atuao do professor, uma aliana entre a abordagem progressista, a viso holstica e o ensino com pesquisa e extenso. VII. MISSO DO CURSO DE LICENCIATURA EM COMPUTAO VII.1 Objetivos Gerais Propiciar uma formao interdisciplinar slida e abrangente de profissionais da educao, com base nas reas de computao e educao, para atuarem no ensino bsico e superior, enfatizando aspectos cientficos, tcnicos, pedaggicos e sociais, permitindo-os prover o conhecimento cientfico- tecnolgico da computao aplicado a educao. VII.2 Objetivos Especficos Formar profissionais com carter interdisciplinar, que possuam uma slida formao terica aliada prtica, permitindo-os prover o conhecimento cientfico-tecnolgico da computao aplicado a educao; Possibilitar a formao interdisciplinar em consonncia com o modelo pedaggico da UFRA; Formar profissionais capazes de usar e projetar tecnologias de informao e comunicao e metodologias de ensino adequadas s necessidades da sociedade, possibilitando que a regio norte do pas seja inserida no mercado de produo de tecnologias educacionais. Disponibilizar para o mercado (instituies de ensino, empresas de desenvolvimento de softwares e rgos do governo), profissionais que sejam capazes de conduzir processos de ensino/aprendizagem e desenvolvimento de projetos de softwares educacionais, tendo as tecnologias de informao e comunicao como uma ferramenta didtico-pedaggica. VIII. PERFIL DO PROFISSIONAL A SER FORMADO PELO CURSO O licenciado em computao um profissional que incorpora competncias, saberes e habilidades de criatividade e inovao, de cooperao e de trabalho em equipe, de gesto e tomada de decises, de aquisio e produo de conhecimentos, de expresso e comunicao, no sendo somente reprodutor de tecnologias e conhecimentos j estabelecidos. 21

Trata-se de um profissional capaz de: Atuar na docncia visando aprendizagem do aluno e compreender a prtica pedaggica como um processo de investigao, de desenvolvimento e de aprimoramento contnuo; Adotar o computador como uma ferramenta criativa aos mtodos e tcnicas de aprendizagem; Utilizar o computador como uma ferramenta no processo ensino-aprendizagem, estabelecendo relaes entre as reas do conhecimento e o contexto social que atua; Desempenhar um papel transformador da realidade de forma a contribuir para o desenvolvimento da cincia por meio da tecnologia e da educao; Promover a formao de cidados para uma sociedade fundada no conhecimento, no trabalho e na necessria reflexo sobre valores ticos, de justia e de incluso social. O egresso do Curso de Graduao em Licenciatura em Computao um profissional que detm uma formao favorecida pela utilizao da computao, com slida e ampla qualificao cientfica e pedaggica, capacitado a acompanhar a evoluo das novas tecnologias na rea de computao e informtica educacional. O profissional formado estar apto a especificar, utilizar e avaliar softwares educacionais e desenvolver metodologias especficas para utilizao dos mesmos. Poder prestar consultoria no mbito da informtica educativa; atuar junto ao setor de recursos humanos de grandes empresas no treinamento e qualificao de funcionrios e preparar materiais de uso educacional utilizando os recursos da computao e informtica. VIII.1 Competncias O desenvolvimento de competncias processual e a formao inicial , apenas, a primeira etapa do desenvolvimento profissional permanente. A perspectiva de

desenvolvimento de competncias exige a compreenso de que o seu trajeto de construo se estende ao processo de formao continuada, sendo, portanto, um instrumento norteador do desenvolvimento profissional permanente. Os egressos de cursos de Graduao em Licenciatura em Computao devem desenvolver competncias e habilidades para:

VIII.1.1 Competncias referentes ao comprometimento com os valores inspiradores da sociedade democrtica

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Reconhecer o dilogo, a participao, a pluralidade de vozes nos diversos contextos educativos, como elemento fundamental nos processos democrticos e para o exerccio da cidadania; Compreender a incluso social, as diferenas sociais, culturais, tnicas, para contribuir na construo de atitudes de respeito s diferenas na escola e no todo social; Ampliar os espaos de participao democrtica por meio de uma prtica pedaggica dialgica; Utilizar os conhecimentos de seu campo profissional para uma formao para cidadania crtica e participativa dos alunos; Propiciar uma educao aos alunos que os conhecimentos tcnico-cientficos de seu campo do saber sejam trabalhados em articulao com os problemas sociais, polticos, econmicos e culturais da sociedade; VIII.1.2 Competncias referentes compreenso do papel social da escola Compreender que tanto a educao como a tecnologia so atos polticos, portanto, comprometidos com a compreenso, interveno e transformao da realidade social; Transmitir o conhecimento histrico-cultural da humanidade de forma crtica e reflexiva; Contribuir para o processo de participao de todos os atores escolares na organizao do trabalho pedaggico enfatizando os princpios da gesto democrtica; Dialogar com a diversidade, com as diferenas, com a pluralidade de idias e concepes; Contribuir com o acesso e permanncia dos alunos no espao escolar na busca dos conhecimentos cientficos historicamente construdos. VIII.1.3 Competncias referentes ao domnio dos contedos a serem socializados, aos seus significados em diferentes contextos e sua articulao interdisciplinar Aprender a planejar e construir projetos de tecnologias voltadas para educao e metodologias especficas, a partir da aquisio do conhecimento em termos de conceitos, procedimentos e atitudes; Promover o uso da tecnologia de forma que a aprendizagem seja criativa, autnoma, colaborativa e de comunicao e expresso, como princpios indissociveis da prtica educativa; Compreender processos educativos, de forma a estabelecer relaes e integrar as reas 23

de computao e educao, de maneira interdisciplinar, com o intuito de redirecionar as aes no ensino e aprendizagem; Compreender os processos de desenvolvimento, projeo e aquisio de softwares educacionais de forma a estabelecer relao entre o projeto poltico-pedaggico da instituio de ensino, as polticas pblicas e o perfil dos potenciais usurios; Desenvolver o uso educacional efetivo das ferramentas computacionais, de maneira integrada a problemas em outros domnios de conhecimentos. VIII.1.4 Competncias referentes ao domnio do conhecimento pedaggico Atuar como agente de processos e vivncias educativas utilizando as tecnologias de informao e comunicao como uma ferramenta didticopedaggica, articulando os contedos com as didticas especficas, a partir do princpio metodolgico de ao-reflexoao para o desenvolvimento de competncias, na busca de soluo de problemas da sociedade humana, global e planetria; Contribuir para a aprendizagem empreendedora, na perspectiva de valorizao dos indivduos, de suas capacidades, de suas relaes sociais e ticas, num processo de transformao de si prprio e de seu espao social, de maneira a favorecer as mudanas nos paradigmas comportamentais e de atitudes nos contextos educacionais e de desenvolvimento pessoal e profissional. Utilizao de metodologias e tecnologias adequadas para aplicao em turmas que tenham alunos com necessidades educativas especiais. Compreender o ato pedaggico como um processo interativo de reconstruo do conhecimento; Atuao docente tendo em vista as relaes estabelecidas, os contextos que se apresentam e os sujeitos envolvidos no processo de aprendizagem. VIII.1.5 Competncias referentes ao conhecimento de processos de investigao que possibilitem o aperfeioamento da prtica pedaggica Dialogar com a sua prtica, perceb-la como um espao para a pesquisa, a reflexo, tendo em vista a problematizao das situaes vivenciadas, para o seu aperfeioamento profissional; A compreenso dos fundamentos da cincia da computao e das tecnologias bsicas associadas educao, suas aplicaes e seus impactos sociais; O reconhecimento e identificao de problemas que possam ser tratados com o suporte 24

computacional de maneira interdisciplinar; Investigao e desenvolvimento de conhecimentos nas reas de computao e de educao de maneira interdisciplinar; Analisar fatos, e conceitos; estabelecer relaes e gerar idias no campo da educao e da computao justificando-as atravs do desenvolvimento de projetos e metodologias especficas; VIII.1.6 Competncias referentes ao gerenciamento do prprio desenvolvimento profissional Aprender a enfrentar os dilemas ticos da profisso de Educador, analisando um conjunto de situaes complexas, prticas e problemas profissionais e fortalecendo trabalho em equipe; Entender a necessidade de uma formao continuada; saber explicitar as prprias prticas e buscar um programa de formao em grupo. Desenvolver uma postura investigativa, com o intuito de assumir o compromisso de prosseguir com a sua formao; Compromisso tico na elaborao de projetos pessoais e profissionais; Refletir, avaliar e registrar a sua atuao profissional, tendo em vista o aprimoramento da sua prtica educativa. IX. MATRIZ CURRICULAR A estrutura curricular do curso foi desenhada tendo em vista as peculiaridades locais e regionais e a caracterizao do projeto institucional com identidade prpria. Tambm em sua organizao curricular foram considerados os princpios pedaggicos da interdisciplinaridade, da flexibilidade curricular e a indissociabilidade entre ensino, pesquisa e extenso. No currculo do curso foi adotado o sistema de ciclos de formao e eixos temticos. Eles foram criados para agrupar contedos que possam ser tratados em conjunto de modo que o objetivo dos eixos temticos dar uma viso mais completa ao discente de como contedos diferentes podem se complementar e interagir proporcionando uma viso mais abrangente acerca da funo e da importncia de cada contedo na construo do conhecimento e contribuindo para que acontea a interdisciplinaridade. Neste curso as disciplinas foram substitudas por contedos-partes de um determinado eixo temtico. A caracterstica de agrupar diversos saberes sobre questes de seu interesse

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permite que se faa a transposio dos seus resultados de modo inovador e contributivo na criao da relao de novas realidades. A interdisciplinaridade complementa a aproximao disciplinar, ela faz surgir da confrontao das ementas e dos eixos temticos que se articulam entre si. importante lembrar que esse dilogo entre disciplinas/contedo/eixo temtico no se restringe a um determinado tipo de cincias, a viso interdisciplinar deliberantemente aberta neste curso, na medida em que ela ultrapassa o domnio das cincias exatas pelo seu dilogo e a sua reconciliao com diferentes reas do conhecimento. Todos os estgios curriculares para o curso estaro sob orientao docente, com apresentao de trabalhos na forma de seminrio ou pster, em evento com periodicidade semestral. Concomitantemente, o discente produzir relatrios especficos de estgio com estruturas previamente definidas nas normas da UFRA para o Estgio Supervisionado (Anexo II). A carga horria de Prtica Pedaggica ser desenvolvida em 400 horas, estas sero ofertadas em 02 disciplinas denominadas prtica pedaggica I e II, com 68 horas/aula cada disciplina, e o restante da carga-horria foram distribudos entre 09 contedos-partes, que foram analisados e selecionados pelo corpo docente, que so os descritos abaixo: Didtica para o ensino da Computao: (30 h) Interao Humano-computador: (30h) Arquitetura de Computadores: (30h) Redes de Computadores: (30h) Fundamentos de Educao a Distncia: (27h) Fundamentos da Informtica na Educao: (27h) Acessibilidade Digital: (30h) Banco de Dados: (30h) Educao Regular, Especial e Inclusiva: (30h) A opo por este tipo de distribuio da carga-horria destinada prtica pedaggica est na compreenso que desta forma, a prtica pedaggica alm de fortalecer a interao teoriaprtica, acontea de forma integrada aos contedos-partes, em que coloquem o aluno em situao de reflexo e anlise da realidade educacional. O curso est organizado em 03 ciclos de formao, os contedos afins so organizados em eixos temticos como apresentado abaixo: 1 ciclo - Ciclo de Formao Bsica: corresponde ao primeiro e segundo semestres do curso tendo como objetivo desenvolver os fundamentos dos contedos para a 26

construo de uma linguagem comum atravs de atividades que trabalhem a comunicao, criticidade, lgica, criatividade e habilidades formativas. 2 ciclo - Ciclo de Formao Tecnolgica-Profissional: se desenvolve do terceiro ao sexto semestre visando possibilitar ao estudante o contato com os problemas reais para integrar aspectos tericos e prticos da atividade profissional atravs de atividades de baixa, mdia e alta complexidade, explorando contedos bsicos e profissionais do curso. 3 ciclo - Ciclo de Sedimentao Profissional: corresponde aos ltimos semestres do curso (stimo e oitavo) e se caracteriza por atividades que completem a formao profissional com a defesa do Trabalho de Concluso de Curso. A flexibilizao curricular se apresenta de maneira vertical e horizontal. A flexibilizao vertical, est dividida nos trs ciclos de formao apresentados no currculo do curso, e que so apontadas segundo Augustin (2005) como aquela organizao do currculo obrigatrio, semestral ou anual. No ciclo de sedimentao profissional so encontrados os contedos complementares obrigatrios e os contedos eletivos como formas de flexibilizao. permitido ao aluno a escolha de quatro contedos eletivos ao longo do curso, permitindo uma flexibilizao da formao do egresso, dois contedos sero ofertadas no 7 semestre e outros dois no 8 semestre, o discente dever escolher livremente que contedos pretende cursar orientado por um tutor e ou orientador de TCC. Todos os contedos possuem carga horria de 68 horas, caso o contedo pretendido pelo aluno no feche uma turma o aluno deve escolher outro contedo com turma j formada. Os contedos eletivos so contabilizados para efeito de integralizao curricular, ou seja, estes contedos so contabilizados em seu histrico escolar. A flexibilizao horizontal est expressa nas atividades consideradas de carter independente por serem de livre escolha dos alunos, tais como: as atividades de iniciao cientfica, monitorias, projetos de extenso, dentre outras. Tais atividades tambm visam a integralizao curricular, ou seja, as atividades acadmicas desenvolvidas pelos alunos durante o curso podem ser contabilizadas em seu histrico escolar. Neste sentido, o currculo do curso est comprometido com o incentivo formao continuada, com o interesse individual dos alunos em ampliarem a sua formao em seu campo de interesse profissional e com a compreenso da importncia de todas as experincias acadmico-cientfico-culturais que os alunos adquirirem durante a sua formao.

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Vale ressaltar que podero tambm ser includos contedos especiais, configuradas numa determinada carga horria, sem prvia designao de contedo, a fim de atender a determinados temas da atualidade, por solicitao dos alunos como o caso do contedo Tpicos Especiais. Tais contedos no podem representar mais que 10% da carga horria total do curso. O nmero de disciplinas, bem como a sua carga horria est em consonncia com a legislao vigente do MEC. Por exemplo, o decreto 5.626/2005 elucida no captulo II, em seu art. 3 que: A LIBRAS deve ser inserida como disciplina curricular obrigatria nos cursos de formao de professores para o exerccio do magistrio, em nvel mdio e superior. Para obteno do grau de Licenciado Pleno em Computao o aluno dever ter cursado integralmente os trs ciclos de formao do curso e, obtido simultaneamente, frequncia mnima de 75% e mdia final igual ou superior a 6,0 (seis) nos respectivos contedos de cada eixo temtico. A estrutura curricular a seguir foi implantada a partir do primeiro semestre letivo de 2009: Habilitao: Licenciatura em Computao. Modalidade: Licenciatura. Titulao: Licenciado Pleno em Computao. Nmero de vagas: 50 Regime da Matrcula: Semestral Regime do curso: Seriado Turno de funcionamento: Noturno Tempo mnimo para concluso do curso: 04 anos Carga horria: 3717 horas Formao do ciclo bsico: 640 horas/aula. Formao do ciclo profissional: 1660 horas/aula. Formao do ciclo de sedimentao: 340 horas/aula.

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Estgios supervisionados: 400 horas/atividade. Atividades independentes: 200 horas/atividade. Contedos eletivos: 272 horas/aula. Trabalho de concluso de curso: 205 horas/atividade. Carga horria total do curso: 3717 horas. Abaixo so apresentados cada um dos trs Ciclos de Formao com seus respectivos Eixos Temticos e Contedos: IX.1 Ciclo de Formao Bsica

1 SemestreEixos Temticos Contedos Clculo Diferencial e Integral Matemtica Discreta Computadores e Sociedade Informtica Instrumental I Introduo Computao 68 Comunicao Organizacional e Tcnica Metodologia Cientfica Profa. MSc. Decola F. de Souza; 34 Profa. MSc. Isadora C. Branco Sampaio; 68 Profa. MSc. Tatiana do Socorro Pacheco. C.H. Total 340 C.H. 68 Docentes dos Eixos Prof. Dr. Jos Felipe Souza de Almeida Prof. Dr. Paulo Roberto de Carvalho; Prof. Ms. Pedro S. da Silva Campos. 68 Prof. MSc Jorge Antnio M. de Souza; 34 Profa. MSc. Decola F. de Souza; Prof. MSc. Walmir Oliveira Couto

Instrumentalizao I

Formao Humanstica I

2 SemestreEixo Temticos Instrumentalizao II Contedos Fsica Computacional C.H. 68 Docentes dos Eixos Prof. Dr. Antonio Vinicius C. Barbosa; Prof. Dr. Jos Felipe S. de Almeida;

Estatstica Aplicada Algoritmos e Informtica Instrumental II Programao Sistemas Operacionais Formao Humanstica II tica Sociologia das Organizaes C.H. Total

68

Prof. Msc. Pedro S. da Silva Campos.

68

Prof. MSc Joo F. de Santanna; Prof. Msc. Klissiomara Lopes Dias;

68 34 34 340

Prof. MSc. Walmir Oliveira Couto. Profa. MSc. Isadora C. B. Sampaio; Prof. MSc. Tatiana do S. Pacheco. Prof. MSc. Maria Rohane de Lima

IX.2 Ciclo de Formao Tecnolgica-Profissional

3 SemestreEixos Temticos Contedos Linguagem de Programao Orientada a Programao e Sistemas I Objetos Teoria Geral dos Sistemas Estrutura de Dados Arquitetura de Arquitetura e Redes de Computadores Computadores Redes de Computadores C.H. Total 68 68 Prof. MSc. Jorge Antnio M. de Souza; Prof. MSc. Hlio S. da Silva Campos; 68 340 Prof. MSc. Walmir Oliveira Couto. 68 C.H. Docentes dos Eixos

68

Prof. MSc. Joo F. de Santanna Filho; Prof. MSc Jorge A. Moraes de Souza; Prof. Msc. Klissiomara Lopes Dias.

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4 SemestreEixos Temticos Contedos Fundamentos da Informtica na Educao Acessibilidade Digital Didtica para o Ensino de Computao Psicologia da Teoria da Educao I educao Fundamentos Filosficos e Histricos da Educao Estgio Curricular Supervisionado I Profa. MSc. Decola Fernandes de 100 Souza; 68 68 68 Tcnico Educacional Heden Clazyo Dias Gonalves; Profa. MSc. Tatiana do S. Pacheco; Profa. MSc. Maria Rohane de Lima. 68 C.H. 68 Docentes dos Eixos Profa. Dra. Andra da Silva Miranda; Prof. Dra. Janae Gonalves Martins; Profa. MSc. Tatiana do S. Pacheco.

Computao Educacional I

C.H. Total

440

5 SemestreEixos Temticos Contedos Anlise e Projetos Orientados a Programao e Sistemas II Objeto Sistemas de Informao e Sistemas de 68 68 C.H. Docentes dos Eixos Profa. Dra. Andra da Silva Miranda; Prof. Msc. Klissiomara Lopes Dias; Prof. MSc. Walmir Oliveira Couto.

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Conhecimento Engenharia de Software Educacional Sistemas Multimdia Interao HumanoComputador Sistemas Multimdia Estgio Curricular Supervisionado II C.H. Total 68 68 68 Profa. Dra. Andra da Silva Miranda; Profa. MSc. Decola F. de Souza; Prof. Msc. Klissiomara Lopes Dias.

100 440

Profa. MSc. Decola F. de Souza.

6 SemestreEixos Temticos Contedos Banco de Dados Gerencia Programao Sistemas III e Projetos Desenvolvimento de Sistemas 34 de C.H. 68 34 Docentes dos Eixos

Prof. MSc. Joo F. de Santanna Filho ;Prof. Msc. Klissiomara Lopes Dias; Prof. MSc. Walmir Oliveira Couto.

Baseados na WEB Avaliao Planejamento Educacional Teoria da Educao II Estrutura e 68 e 68 Tcnico Educacional Heden C. Dias Gonalves; Profa. MSc. Tatiana do S. Pacheco; Profa. MSc. Maria Rohane de Lima.

Funcionamento da Educao Brasileira Pratica Pedaggica I

68

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Estgio Curricular Supervisionado III C.H. Total

100 440

Profa. MSc. Decola F. de Souza.

IX.3 Ciclo de Sedimentao Profissional

7 SemestreEixos Temticos Contedos Tpicos Especiais em Computao Educacional Computao Educacional II Fundamentos da Educao a Distncia Pratica Pedaggica II Eletiva I Eletiva II Trabalho de Concluso de Curso Estgio Curricular Supervisionado IV C.H. Total 100 474 34 68 68 68 Profa. MSc. Decola Fernandes de Souza; 68 C.H. 68 Profa. Dra. Andra da Silva Miranda; Prof. Dra. Janae Gonalves Martins; Profa. MSc. Tatiana do Socorro Pacheco. Docentes dos Eixos

8 SemestreEixos Temticos Teoria da Educao III Contedos C.H. Docentes dos Eixos Educao Regular, Tcnico Educacional Heden Clazyo Especial e Inclusiva 68 Dias Gonalves; Profa. MSc. Tatiana do Socorro 33

LIBRAS Eletiva III Eletiva IV Trabalho Concluso Curso C.H. Total de de

68 68 68

Pacheco; Profa. MSc. Maria Rohane de Lima.

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X. EMENTAS DOS CONTEDOS X.1 Ciclo de Formao Bsica 1 Semestre Eixo Temtico: Instrumentalizao I Contedo: Clculo Diferencial e Integral Objetivo: Apresentar noes bsicas sobre Limites, Derivadas e Integrais de algumas funes para prover uma formao matemtica necessria ao raciocnio e desenvolvimento da modelagem computacional. Ementa: Funes reais elementares com uma varivel: polinomiais; racionais; exponenciais; logartmicas e trigonomtricas. Limites e Continuidade. Derivao ordinria. Integrao indefinida e definida. Bibliografia bsica: FERREIRA, R. S. Matemtica Aplicada s Cincias Agrrias Anlise de Dados e Modelos. Ed. UFV, 1999. LEITHOLD, L. Clculo com Geometria Analtica. V.1 e V.2. So Paulo: Harbra, 1994. VILA, G. Clculo 1: funes de uma varivel. LTC, 2000 Bibliografia complementar: IEZZI, G. Fundamentos da Matemtica Elementar. V.1 e V.8. So Paulo: Atual, 1993. VILA, G. Introduo ao Clculo. LTC, 1998. Contedo: Matemtica Discreta Objetivo: Apresentar noes bsicas sobre matrizes, conjuntos, relaes, funes, induo e recurso visando dar a base para a compreenso de conceitos de estruturas de dados, bem como, para dar suporte na construo de algoritmos em seus diferentes nveis de complexidade. Ementa: lgebra Booleana, Lgica Matemtica, Conjuntos. lgebra de Conjuntos. Relaes. Funes. Estruturas Algbricas. Teoria dos Grafos. Bibliografia bsica: GERSTING, Judith L. Fundamentos Matemticos para a Cincia da Computao. Rio de Janeiro. LTC, 2001. SZWARCFITER. Grafos e Algoritmos computacionais. Rio de Janeiro. Campus,1984. IEZZI, G. Fundamentos da Matemtica Elementar. V.1 e V.4. So Paulo: Atual, 1993. Bibliografia complementar ABE, J. M.; PAPAVERO, N. Teoria Intuitiva dos conjuntos. McGraw Hill, So Paulo, 1997. ALENCAR F., E. de. Iniciao Lgica Matemtica. So Paulo: Nobel, 1995. Eixo Temtico: Informtica Instrumental I Contedo: Introduo Computao Objetivo: Introduzir uma viso geral sobre conceitos e reas importantes da computao.

Apresentar conceitos bsicos de sistemas e seus componentes, introduzir de forma preliminar os paradigmas de linguagens de programao apresentando e despertando o interesse sobre as principais reas da computao. Ementa: Noes de utilizao do computador; Apresentao sobre conceitos bsicos de sistemas; Componentes de um Sistema, diferenciao de Portes de Equipamentos; Aplicaes de grande, mdio e pequeno porte; Modos de Operao (Lote e Interativa), Mono-usurio, MutiIusurio; Apresentao dos Paradigmas de Linguagens de Programao; Conceito de tipos e Nveis de Sistemas; Apresentao das principais reas da computao (Banco de Dados, Redes e Comunicao de Dados, Sistemas de Informao e Introduo Engenharia de Software) Apresentao de um Ambiente de Rede Local; Internet e World Wide Web Bibliografia Bsica JOHNSON, J. A.; CAPRON, H. L. Introduo Informtica.So Paulo: Prentice-Hall, 2004 GUIMARES A. de M.; LAGES, N. A. de C. Introduo Cincia da Computao. Rio de Janeiro: LTC, 1998. MEIRELLES, F. de S.. Informtica: novas aplicaes com microcomputadores. 2ed. Atual. E ampl. So Paulo: Makron, 1994. Bibliografia Complementar STAIR, R. M; REYNOLDS, G. W. Princpios de sistemas de informao: uma abordagem gerencial. Rio de Janeiro: LTC, 2002. Contedo: Computadores e Sociedade Objetivo: O objetivo do contedo informar e despertar uma conscincia crtica e responsvel sobre os diversos aspectos associados aos impactos da informtica na sociedade, analisando as suas influncias do ponto de vista scio-econmico e poltico EMENTA: Cincia, Tecnologia e Sociedade. A Sociedade da Informao no Brasil e no Mundo. Tecnologias para Computao Social , Aplicaes Sociais da Computao: Educao, Medicina, Governo Eletrnico, etc. Software Proprietrio x Software Livre. Segurana e privacidade. Propriedade intelectual. Acesso no-autorizado. Evoluo Social e a Singularidade Tecnolgica. Bibliografia Bsica VALLEJO, A.C.M. Sociedade da Informao, Educao Digital e Incluso. Florianpolis: Insular, 2008 MASIERO, P. tica em Computao. So Paulo: Editora EDUSP, 2000. 224p. NORTON P. Introduo Informtica. So Paulo: Makron, 1997 Bibliografia Complementar: CASTELLS, M. Sociedade em Rede. Rio de Janeiro: PAZ E TERRA, 2007. Eixo Temtico: Formao Humanstica I Contedo: Metodologia Cientfica Objetivo: Apresentar o mtodo cientfico. Desenvolver um projeto de iniciao a pesquisa aplicando tcnicas formais de pesquisa com orientao do professoro no apoio ao desenvolvimento do trabalho referente ao contedo objeto da pesquisa. Ementa: Estudo do conhecimento cientfico, sua conceituao, caractersticas, objeto e mtodo; 36

suas relaes com teoria e fato e articulao com a pesquisa. Orientao e crtica ao planejamento, elaborao e realizao de Projeto de pesquisa acompanhado pelo professor do contedo e com orientao dos professores dos respectivos contedos originrios e motivadores da pesquisa. Bibliografia bsica LEHFELD, N. A. de S.; BARROS, A. J. P. de. Fundamentos de Metodologia Cientfica: Um guia para a Iniciao Cientfica. 2a. Ed. So Paulo: Makron, 2000. ANDRADE, M. M. de. Introduo Metodologia do Trabalho Cientfico. So Paulo: Atlas, 6a edio, 2003. CERVO, A. L., BERVIAN, P. A. Metodologia Cientfica. 4 ed. So Paulo: Markron, 1996. Bibliografia complementar: LAKATOS, E. M.; MARCONI, Marina de Andrade. Fundamentos de Metodologia Cientfica. 3.ed. So Paulo: Atlas, 1991. Contedo: Comunicao Organizacional e Tcnica Objetivo: Apresentar ao aluno o funcionamento do fluxo de informaes nas empresas bem como exercitar tcnicas de comunicao escrita e oral e Introduzir prticas de desenvolvimento de documentos empresariais. Ementa: Sistema de funcionamento da comunicao; A comunicao nas organizaes: Barreiras, Redes e fluxos comunicativos; Os meios de comunicao nas organizaes. Comunicao administrativa; Comunicao Interna; Comunicao mercadolgica. Mtodos e tcnicas de espresso oral e escrita. Bibliografia bsica ANDRADE, M. M.; HENRIQUES A. Lngua Portuguesa: Noes Bsicas para Cursos Superiores. So Paulo: ATLAS, 1999. CADORE, L. Curso Prtico de Portugus. So Paulo: tica, 1999 PIMENTA, M. A. Comunicao Empresarial. Campinas: Alnea, 2004. Bibliografia complementar FIORIN, J. L.; SAVIOLI, F. P.. Lies de Texto: leitura e redao. So Paulo: tica, 1999. 2 Semestre Eixo Temtico: Instrumentalizao II Contedo: Fisica Computacional Objetivo: Apresentar noes bsicas de alguns conceitos fundamentais da Fsica para prover a formao necessria ao raciocnio didtico na soluo de algumas situaes-problemas de Fsica na educao. Ementa: Conceitos fundamentais de: Mecnica: slidos e fluidos; Ondulatria: acstica e tica; Termodinmica; Eletromagnetismo: eletricidade e magnetismo. Utilizao de um aplicativo matemtico na modelagem computacional. Bibliografia bsica HEWITT, P. G. Fsica Conceitual. 9a Ed., Bookman, 2002. OKUNO, E.; CALDAS, I. L.; CHOW C. Fsica para Cincias Biolgicas e Biomdicas. Harbra, 1982. 37

HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; WALKER, J. Fundamentos de Fsica Vol. 1; 2; 3 e 4. 7 Ed., LTC, 2006. Bibliografia complementar: TIPLER, P. A.; MOSCA, G. P. Fsica para Cientistas e Engenheiros. Vol. 1 e 2, 5a Ed., LTC, 2006. Contedo: Estatstica Aplicada Objetivo : Apresentar os conceitos de probabilidade e estatstica, com o objetivo de desenvolver a base terica para anlise e interpretao de resultados de anlise de desempenho de sistemas. Ementa: Histrico. Conceitos. Probabilidade. Estatstica. Populao e Amostra. Variveis aleatrias. Funo de densidade de probabilidade. Funo de distribuio acumulada. Distribuio Discreta. Distribuies Contnuas. Correlao e Regresso. Teste de Hiptese. Bibliografia bsica SPIEGEL. M. Probabilidade e Estatstica. So Paulo. Bookman. 2004. FREUND, J. E.; SIMON, G. A. Estatstica aplicada. Porto Alegre: Bookman, 2000 DONAIRE, D. ; MARTINS, G. A. Princpios de Estatstica. Atlas, 1990. Bibliografia complementar: DONAIRE, D. ; MARTINS, G. A. Princpios de Estatstica. Atlas, 1990. TOLEDO, G. L. Estatstica Bsica. So Paulo: Atlas, 1985. Eixo Temtico: Informtica Instrumental II Contedo: Algoritmos e programao Objetivo: Apresentar ao aluno a estrutura e a funcionalidade de uma linguagem de programao utilizando formas de representaes de problemas com construes de algortmos e programas. Introduzir componentes bsicos de um programa utilizando uma linguagem imperativa (linguagem C) e desenvovlver a habilidade de programao utilizando de forma bsica, elementos, variavis, operadores, laos de repetio, expresses e tipos estruturados de dados. Ementa: Introduo a algoritmos e programas: Conceitualizao das formas de representao; Elementos bsicos variveis e constantes. Operadores e Expresses: Operao de atribuio; Operadores e expresses relacionais e lgicas. Entrada e sada de dados por teclado e vdeo. Comandos de Controle: Uso de estruturas de deciso em algoritmos; Uso de estruturas de repetio em algoritmos. tipos Estruturados de Dados: Vetores unidimensionais e multidimensionais; Desenvolvimento de algoritmos. Apresentao de uma Linguagem de Programao (linguagem C). Componentes Bsicos de um Programa na Linguagem C. Desenvolvimento e Programao na linguagem C. Modularizao. Depurao de programas. Bibliografia bsica MANZANO J. A. N. G.; OLIVEIRA J. F. O. Algoritmos: lgica para desenvolvimento de programao de computadores. 14.ed. So Paulo: rica, 2002. KERNINGHAN, B. W.; RITCHIE, D. C A Linguagem de Programao. Rio de Janeiro: Campus, 2003. ZIVIANI, Nvio. Projeto de Algoritmos: com implementaes em Pascal e C. 4.ed. So 38

Paulo: Pioneira. 1999. Bibliografia complementar: SEBESTA, ROBERT W. Conceitos de Linguagem de Programao. Porto Alegre: Bookman. 2003. Contedo: Sistemas Operacionais Objetivo : Apresentar conceitos sobre Sistemas Operacionais que permitam um conhecimento sobre as diferentes estruturas e tratamento e modelagem dos processos associados. Apresentar e discutir questes de implementao de processos e a comunicao entre eles. Discusso atravs de estudo de casos. Ementa: Conceitos e Geraes dos Sistemas Operacionais. Estrutura dos Sistemas Operacionais. Processos. Concorrncia. Sistemas de Arquivos. Gerenciamento de Armazenamento Virtual. Gerncia de Processos. Gerncia de Memria. Gerncia de E/S. Interfaces. Estudo de Casos: Unix/Linux, Windows. Bibliografia bsica: TANENBAUM, A.; WOODHULL, A. S. Sistemas Operacionais. Bookman, 2000. TANENBAUM, A. S. Sistemas operacionais modernos. So Paulo: Prentice-Hall, 2003. BACH M. J. The Design of the UNIX Operating Systems. Prenticce Hall, 1986. Bibliografia complementar: STEVENS W. R. UNIX Network Programming. Prentice-Hall, 1998.

Eixo Temtico: Formao Humanstica II Contedo: Sociologia Objetivo: Capacitar o futuro profissional para anlise das situaes grupais e organizacionais de forma crtica e criativa. Facilitar seu processo de reflexo e de tomada de deciso, fornecendo-lhe instrumental terico, baseado em conhecimento cientfico. Desenvolver a capacidade de em grupo por meio do conhecimento dos processos que orientam as relaes interpessoais. Facilitar a formao de uma viso estratgica organizacional com base na relao homem x empresa. Ementa: Conceitos bsicos de sociologia geral; A evoluo sociolgica do homem e do trabalho; Conceitos bsicos da sociologia do trabalho; Marx e as relaes entre capital e trabalho; Burocracia; Estudo cientfico da organizao do trabalho; A nova ordem mundial: aspectos sociolgicos; Teorias administrativas; Cincia, comportamento e recursos humanos nas organizaes; Cultura organizacional; Reestruturao produtiva e a sociedade em rede. Bibliografia bsica OLIVEIRA, S. L. Sociologia das organizaes: uma anlise do homem e das empresas no ambiente corporativo. Ed: Thomson Learning, 2002. DIAS, R. Sociologia das organizaes, ed:Atlas 2008. MOTTA, F. C. P. e CALDAS, M. P. Cultura Organizacional e Cultura Brasileira. So Paulo: Atlas,1997. Bibliografia complementar: 39

DE MASI, D. O futuro do trabalho. Rio de Janeiro: Jos Olympio, 1999.

Contedo: tica Objetivo: Este contedo tem por objetivo introduzir os conceitos fundamentais e levar a reflexo da tica em Informtica e na pesquisa. Ementa: Fundamentos de tica. tica Aplicada Informtica. tica nas empresas. O contexto social da cincia. Valores em cincia. Conflitos de interesse. Informao publicada e no publicada. Atribuio de crdito. Critrios de autoria. Dupla-publicao. Plgio. Erro e negligncia em cincia. M conduta em cincia. Respondendo violaes de princpios ticos Bibliografia bsica DINIZ, D.; GUILHEM, D. O que tica em Pesquisa. Editora: BRASILIENSE, 2008 MASIERO , P. C. tica em computao. ed: EDUSP , So Paulo. 2000 EL-GUINDY, M. Metodologia e tica na pesquisa cientfica. Bibliografia complementar Ed. SANTOS, So Paulo,2004

X.2 Ciclo de Formao Tecnolgica-Profissional 3 Semestre Eixo Temtico: Programao e Sistemas I Contedo: Linguagem de Programao Orientada a Objetos Objetivo: Aprofundar e ampliar os conceitos sobre programao familiarizando o aluno com uma segunda linguagem de programao com grande poder de expreso e recursos. Estudar os conceitos sobre o paradigma orientado a Objetos bem como conhecer noes avanadas de programao. Ementa: Conceito e estudo do paradigma imperativo procedural e orientado a objetos. A Linguagem Java. Noes Bsicas sobre Java. Programao Orientada a objeto em Java. Escopo e visibilidade de variveis. Mtodos e Classes, Herana e polimorfismo. Tratamento de excees Manipulao de arquivos. Tcnicas de Desenvolvimento de Programas: Projeto Prtico de Programao. Bibliografia Bsica MANZANO J. A. N. G.; OLIVEIRA J. F. O. Algoritmos: lgica para desenvolvimento de programao de computadores. 14.ed. So Paulo: rica, 2002. DEITEL, H. M. & DEITEL, P. J. Java como Programar. Porto Alegre: Bookman, 2001. KERNINGHAN, B. W. Prtica da programao. Rio de Janeiro: Campus, 2000. Bibliografia Complementar: KERNINGHAN, B. W.; RITCHIE, D. C A Linguagem de Programao. Rio de Janeiro: Campus, 2003. 40

Contedo: Teoria Geral dos Sistemas Objetivo: Este curso deve capacitar o aluno a aplicar os fundamentos do pensamento sistmico na resoluo de problemas, compreenso das organizaes e atuao na rea de sistemas de informao e sistemas de conhecimento. Ementa: A origem e o conceito da Teoria Geral de Sistemas. O conceito de sistema. Componentes genricos de um sistema. As relaes entre sistema e ambiente.Hierarquia de sistemas. Classificaes dos sistemas. Princpios gerais dos sistemas. O pensamento sistmico aplicado na resoluo de problemas. O pensamento sistmico aplicado s organizaes.. Bibliografia Bsica: AUDY, J. L. N. Sistemas de Informao: Planejamento e Alinhamento Estratgico nas Organizaes. Porto Alegre, Bookman, 2003. BERTALANFFY, L. Teoria geral dos sistemas. 2. Ed., Petrpolis, Vozes, 1975. JOHNSON, S. Emergncia: A Dinmica de Rede em Formigas, Crebros, Cidades e Softwares. Rio de Janeiro, Jorge Zahar Editor, 2003. Bibliografia Complementar: SENGE, P. A Quinta disciplina: teoria e prtica da organizao de aprendizagem, So Paulo, Best-Seller, 1990. Contedo: Estrutura de Dados Objetivo: Apresentar o conceito de tipos primitivos e estruturados de dados. Desenvolver algoritmos que representem os procedimentos de manipulao e operaes sobre estruturas e tipos de dados. Ementa: Tipos de Dados Primitivos e Estruturados. Conceitos: Tipos Abstratos de Dados. Listas. Pilhas. Filas. rvores Binrias. Grafos. Bibliografia Bsica DROSDEK, A. Estrutura de dados e algoritmos em C++. So Paulo: Pioneira, 2002 VELOSO, P. A. S.. Estrutura de Dados. 15. ed. Rio de Janeiro: Campus, 1999. SZWARCFITER, J. L.; MARKEZON, L. Estruturas de Dados e seus Algoritmos. 2.ed. Rio de Janeiro: LTC, 1994. Bibliografia complementar: WIRTH, N. Algoritmos e Estrutura de Dados. Rio de Janeiro: Prentice-Hall, 1989.

Eixo Temtico: Arquitetura e Redes de Computadores Contedo: Redes de Computadores Objetivo : Apresentar uma viso conceitual e abrangente da rea de redes de computadores. O contedo parte dos conceitos bsicos evolui para tpicos mais importantes como protocolos de redes e estudos de casos aplicveis corporativamente. O contedo est dividido em duas partes: na primeira o aluno ser exposto aos conceitos bsicos de redes e a segunda parte aborda as tecnologias de redes locais, de longa distncia e sem fio com enfoque no aspecto prtico de utilizao das tecnologias de rede em projetos de redes e na implantao e operao de sistemas. 41

Ementa: Comunicao de dados questes de projeto: Conceitos. Cdigos. Caractersticas da transmisso. Modulao. Multiplexao. Deteco e correo de erros. Conceitos bsicos de redes: modelo de rede, camada de rede, protocolo, servios, arquitetura; noes de endereamento; tipos de rede: locais, de longa distncia e metropolitanas; funcionalidade especfica das camadas do software de redes: nveis (1 a 7 modelo ISO e 1 a 5 modelo TCP/IP); principais solues tecnolgicas para a camada fsica; principais tecnologias de redes locais (LAN) e de redes de longa distncia (WAN); princpios de roteamento; principais equipamentos de interconexo de redes - repetidores, pontes, roteadores e comportas;. Tecnologias de acesso; Padronizao IEEE; tecnologia Ethernet e suas variantes (10base5, 10baseT, 100baseT, 1000baseT outras); tecnologias de comutao de quadros - switching; tecnologia Frame Relay; tecnologia X.25 ; tecnologia de redes sem fio ; Bibliografia Bsica: TANENBAUM, A. S. Redes de Computadores. 4. Ed. Campus, 2003. SOARES, L. F. G. Redes de Computadores: das LANs, MANs e WANs as Redes ATM. Campus, 1999. COMER, D. Redes de Computadores e Internet. Campus, 2000. Bibliografia complementar: TITTEL, E. Redes de Computadores. Coleo Schaum. Bookman, 2003. Contedo: Arquitetura de Computadores Objetivo: Prover o conhecimento bsico de hardware e software para permitir entender as implicaes da arquitetura de computadores em ambientes corporativos. O aluno dever ter ao final do contedo, uma viso abrangente da rea de arquitetura de computadores e de diferentes configuraes de computadores para um nico usurio, para um ambiente centralizado e para um ambiente de rede. Ementa: Representao de dados: sistemas de numerao, aritmtica binria e decimal, representao de nmeros em ponto fixo e ponto flutuante, representao de caracteres, elementos bsicos de hardware e estudo da organizao, fluxo de dados e execuo de instrues em uma mquina simples. Elementos da arquitetura e organizao de computadores: organizao bsica da UCP e variaes; sistemas de entrada e sada; estruturas de memria. Linguagem de mquina. Modos de endereamento, formatos de instruo, conjunto de registradores, interrupes, DMA. Introduo a arquiteturas para processamento paralelo. Noes de estrutura de software: linguagem assembly, linguagens de programao, compiladores e interpretadores e sistemas operacionais. Bibliografia Bsica: WEBER, R. Fundamentos de Arquitetura de Computadores. Ed. Sagra-Luzzatto. 3 ed. 2004. TANENBAUM, A. S. Organizao Estruturada de Computadores. 4. ed.. Rio de Janeiro: Prentice-Hall, 2001. NORTON, P. Desvendando o PC e PS/2. Rio de Janeiro: Campus, 1997. Bibliografia complementar: NORTON, P. Desvendando o Perifricos e Extenses. Rio de Janeiro: Campus, 1997

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4 Semestre Eixo Temtico: Computao Educacional Contedo: Fundamentos da Informtica na Educao Objetivo: Capacitar o aluno a intervir e transformar seu ambiente de trabalho as Instituies de ensino usando tecnologias necessrias para o desenvolvimento das aes pedaggicas Ementa: Abordagens educativas e sociolgicas da tecnologia da informtica. Histrico da informtica na educao brasileira. A informtica na construo do conhecimento. O computador no contexto escolar. Fundamentos terico-metodolgicos implcitos nos diferentes ambientes de aprendizagem apoiados por computador. O hipertexto, a multimdia e a educao. A formao do profissional docente para a sociedade informatizada. Evoluo e tendncias da informtica na educao. Teorias pedaggicas (construtivismo, instrucionismo entre outras). Anlise e classificao de softwares educacionais. Teorias e tecnologias da cooperao, estratgias pedaggicas cognitivas e afetivas em ambientes computacionais de aprendizagem. Tecnologias da Informao e Comunicao aplicadas Educao. Informtica na educao especial. Biblioteca Bsica FAGUNDES, L. SATO, L. MAADA, D. Aprendizes do futuro: as inovaes j comearam. Coleo informtica para a mudana na educao Distncia. MEC, MCT, 1999. MORAES, Maria Cndido. O paradigma Educacional Emergente. 9. ed. So Paulo: Campinas: Papirus, 2003. JONASSEM, D. O. O uso das tecnologias da informao na educao a distncia e a aprendizagem construtivista. Biblioteca Complementar LEVY, P. Cibercultura, So Paulo. Editora 34. 1999 Contedo: Acessibilidade Digital Objetivo: Conhecer as tecnologias especficas e formas de desenvolvimento e utilizao da alta e baixa tecnologia que garantam o acesso irrestrito de pessoas com deficincia nas instituies de ensino. Ementa: Conceituao, princpios, legislao, recomendaes e normas da acessibilidade; Tecnologias assistivas (conceito, tipos, classificao,