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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO CARLOS
CENTRO DE CINCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE FSICA
COORDENAO DO CURSO DE BACHARELADO EM
ENGENHARIA FSICA
PROJETO PEDAGGICO DO CURSO DE BACHARELADO EM
ENGENHARIA FSICA
SO CARLOS/1999
ATUALIZADO EM 14 DE NOVEMBRO/2013
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UNIVERSIDADE FEDERAL DE SO CARLOS
CENTRO DE CINCIAS EXATAS E DE TECNOLOGIA
Reitor da UFSCar Prof. Dr. Targino de Arajo Filho
Vice-Reitor Prof. Dr. Adilson J. Aparecido de Oliveira
Pr-Reitora de Graduao Prof Dr Claudia Raimundo Reyes
Pr-Reitora de Ps-Graduao Prof Dr. Dbora Cristina Morato Pinto
Pr-Reitor de Administrao Prof. Dr. Nocles Alves Pereira
Pr-Reitor de Extenso Prof Dr Claudia Maria Simes Martinez
Pr-Reitor de Pesquisa Prof Dr Heloisa Sobreiro S. de Arajo
Pr-Reitor de Gesto de Pessoas Prof. Dr. Mauro Rocha Cortez
Pr-Reitora de Assuntos Comunitrios Geraldo Costa Dias Jnior
e Estudantis
Diretor do CCET Prof. Dr. Paulo A. Silvani Caetano
Vice-Diretora do CCET Prof Dr Sheyla Mara Baptista Serra
COMISSO DE ELABORAO DO PROJETO PEDAGGICO DO
CURSO DE ENGENHARIA FSICA
Presidente
Prof. Dr. Claudio Antonio Cardoso
Membros
Prof. Dr. Ariano De Giovanni Rodrigues
Prof. Dr. Walter Libardi
Prof. Dr. Mariano Eduardo Moreno
Prof. Dr. Fernando Manuel Arajo Moreira
Prof. Dr. Jos Marques Pvoa
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No basta ensinar ao homem uma especialidade,
porque assim, poder tornar-se uma maquina til,
mas no, uma personalidade harmoniosamente
desenvolvida.
necessrio que o estudante adquira uma
compreenso dos valores ticos, um sentimento
daquilo que belo e do que moralmente correto.
Sem cultura moral no h soluo, para os grandes
problemas humanos.
Albert Einstein
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SUMRIO
1. IDENTIFICAO.....................................................................................................6
1.1 Dados da Criao....................................................................................................6
1.2 Dados de Identificao............................................................................................6
2. REFERENCIAIS PARA ELABORAO DO PROJETO PEDAGGICO......7
2.1 O Progresso Tecnolgico na Sociedade Atual .....................................................7
2.2 O Impacto das Transformaes da Sociedade no Mundo do Trabalho, nas
Profisses e nos Processos de Formao de Profissionais ...........................................8
2.3 A Formao do Engenheiro no Novo Contexto....................................................8
2.4 O Engenheiro Fsico e seu Campo de Atuao ao Redor do Mundo................10
2.5 A Justificativa da Criao do Curso de Engenharia Fsica na UFSCar...........12
3. SISTEMTICA DE AVALIAO DO PROJETO DO CURSO.......................14
3.1 Adequao Curricular............................................................................................15
4. PERFIL DO PROFISSIONAL A SER FORMADO..............................................17
4.1 Competncias e Habilidades.................................................................................17
5. OBJETIVO DO CURSO..........................................................................................20
5.1 Objetivos Especficos.............................................................................................20
6. ORGANIZAO CURRICULAR..........................................................................21
6.1 Ncleo de Contedos Bsicos................................................................................22
6.2 Ncleo de Contedos Profissionalizantes............................................................24
6. 3 Ncleo de Formao Especfica...........................................................................27
6.4. Ncleo de Formao Complementar..................................................................29
6.4.1 Disciplinas Convnio........................................................................................31
6.5 Temticas Educao Ambiental, Direitos Humanos e Histria e Cultura Afro-Brasileira e Indgena............................................................................................34
7. ESTGIO CURRICULAR.......................................................................................38
8. TRABALHO FINAL DE CURSO...........................................................................47
9. ATIVIDADES COMPLEMENTARES...................................................................50
10. REPRESENTAO GRFICA DE UM PERFIL DE FORMAO..............53
11. MATRIZ CURRICULAR......................................................................................54
11.1 Dados de Integralizao Curricular..................................................................57
12. TRATAMENTO METODOLGICO..................................................................58
12.1 Formas de Articulao entre as Atividades Curriculares/Disciplinas............59
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12.2 Articulao Ensino, Pesquisa e Extenso..........................................................60
12.2.1 Atividades de Ensino......................................................................................61
12.2.2 Atividades de Pesquisa...................................................................................61
12.2.3 Atividades de Extenso..................................................................................63
13. FORMAS DA AVALIAO DA APRENDIZAGEM........................................64
14. NCLEO DOCENTE ESTRUTURANTE...........................................................67
15. COMPOSIO E FUNCIONAMENTO DO CONSELHO DE CURSO..........68
16. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS..................................................................69
ANEXO 1 EMENTAS DAS ATIVIDADES CURRICULARES/DISCIPLINAS... 73
ANEXO 2 CORPO DOCENTE, CORPO TCNICO-ADMINISTRATIVO E
INFRA-ESTRUTURA NECESSRIOS PARA O FUNCIONAMENTO DO
CURSO.........................................................................................................................126
ANEXO 3 O CURSO DE ENGENHARIA FSICA: BREVE HISTRICO.......135
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1. IDENTIFICAO
1.1 Dados da Criao
Os dispositivos legais de autorizao do funcionamento da Universidade Federal
de So Carlos, da implantao do campus de So Carlos e da criao do curso de
Bacharelado em Engenharia Fsica esto relacionados a seguir:
Lei n 3.835, de 13/12/60. Federaliza a Universidade da Paraba e cria a Universidade Federal de So Paulo, com sede em So Carlos.
Lei n 4759, de 20/08/65. Dispe sobre a denominao das Universidades Federais com sede em municpios no interior dos Estados.
Decreto n 62.758, de 22/05/68. Institui a Fundao Universidade Federal de So Carlos.
O curso de Bacharelado em Engenharia Fsica foi criado em 20 de outubro de 1999, atravs da Portaria GR n 767/99.
O reconhecimento do curso de Bacharelado em Engenharia Fsica foi feita atravs da Portaria de Reconhecimento MEC n 1.088, de 14 de
dezembro de 2006.
1.2 Dados de Identificao
Centro da UFSCar: Centro de Cincias Exatas e de Tecnologia (CCET)
Denominao: Curso de Bacharelado em Engenharia Fsica
Profissional formado: Bacharel em Engenharia Fsica
Nmero de vagas: 40 (quarenta)
Turno de funcionamento: integral diurno
Regime Acadmico: semestral
Perodo de Integralizao Curricular (mnimo e mximo): 5 (cinco) anos e 9 (nove)
anos, respectivamente.
Total de crditos: 280
Carga Horria total: 4.200 horas
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2. REFERENCIAIS PARA ELABORAO DO PROJETO PEDAGGICO
Este documento se constitui no Projeto Pedaggico do curso de Bacharelado em
Engenharia Fsica da Universidade Federal de So Carlos (UFSCar) e apresenta uma
nova proposta de formao de profissionais de engenharia. Trata-se de uma resposta aos
desafios que o progresso tecnolgico impe sociedade e s instituies de ensino
superior, mas respeitando as Diretrizes Curriculares Nacionais para cursos de graduao
em Engenharia, alm de estar em consonncia com os princpios, diretrizes gerais e
especficas contidos no Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da Universidade.
2.1 O Progresso Tecnolgico na Sociedade Atual
A sociedade em que hoje vivemos, passa por profundas transformaes sociais
econmicas e culturais. Assiste-se a um grande progresso tecnolgico; vive-se a
globalizao; amplia-se a urbanizao; implantam-se novas concepes de limites,
distncias e tempo. Assim, a Maior complexidade, maior diversidade, desigualdade e
ritmo de transformao extremamente rpido (DOWBOR, 1996), constituem o
panorama geral.
O progresso tecnolgico est revolucionando todas as reas, especialmente as
que lidam com conhecimento, como por exemplo: telecomunicaes - tem sido possvel
a transmisso de textos, imagens, sons, em grandes volumes e com grande rapidez;
biotecnologia - constitui-se em uma das foras principais de transformao da
agricultura, indstria farmacutica e outros setores; novas formas de energia;
desenvolvimento de novos materiais, que tem permitido, por sua vez, novos avanos na
eletrnica, na informtica, nas telecomunicaes e assim por diante (DOWBOR, op.
cit.); finalmente vale a pena mencionar o enorme campo que se abre em praticamente
todas as reas de cincia e tecnologia a partir da nanotecnologia.
A Fsica est profundamente envolvida nesse progresso tecnolgico. Ela teve no
Sculo XX um extraordinrio desenvolvimento, dando origem s diversas disciplinas
que constituem a chamada Fsica Contempornea: Relatividade, Mecnica Quntica,
Fsica Atmica e Molecular, Fsica Nuclear, Fsica da Matria Condensada, etc.
Contudo, quase s a partir da segunda metade do sculo XX que foram feitas as
principais descobertas e invenes que resultaram nas aplicaes destas cincias: o
laser, o transistor, o uso da energia nuclear, a microeletrnica, as aplicaes de
radioistopo etc. de se esperar que, nos anos vindouros, estas aplicaes se expandam
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e que novas descobertas deem origem a novas tecnologias. Apesar do extraordinrio
desenvolvimento j ocorrido e, que vem ocorrendo, o que ainda est por vir, com
certeza ser mais importante. De fato, o desenvolvimento da nanotecnologia e da
biotecnologia impressionante. Assim, essa era da nanotecnologia promete ser mais
intensa tecnolgica e economicamente do que a era da microeletrnica, baseada em
dispositivos semicondutores.
2.2 O Impacto das Transformaes da Sociedade no Mundo do Trabalho, nas Profisses e nos Processos de Formao de Profissionais
Na sociedade atual, o conhecimento desempenha um papel muito importante:
produzido, difundido e absorvido numa rapidez extraordinria e pode ser armazenado
em volumes fantsticos. Por esta razo, fala-se em sociedade da informao.
O mundo do trabalho reestrutura-se nesse contexto geral da sociedade.
Desloca-se o foco de explorao, da componente muscular para a intelectual. Atividades
cada vez mais complexas so desenvolvidas. A produtividade passa a vincular-se
produo de novos conhecimentos cientficos e tcnicos, introduo de inovaes,
aplicao prtica de conhecimentos. Torna-se cada vez mais fluida a noo de rea
especializada de conhecimentos. A organizao do trabalho se flexibiliza e se d de
forma sistmica, e outras formas se estabelecem. O direcionamento do trabalho de
muitos profissionais, entre os quais os engenheiros, se d para o setor tercirio. Alteram-
se as profisses e os processos de formao de profissionais. Novas competncias
passam a serem exigidas dos profissionais, algumas at desprezadas h pouco tempo
atrs. BRUNO (1996) classifica em trs tipos essas competncias: as de educabilidade,
relacionadas ao aprender a aprender; as relacionais, vinculadas ao aprender a
conviver e, as tcnicas bsicas, relacionadas aprender a fazer.
2.3 A Formao do Engenheiro no Novo Contexto
A cincia no momento atual no s um bem cultural, mas a base do
desenvolvimento econmico. A moderna tecnologia apoia-se no conhecimento
cientfico. Alm disso, vale ressaltar que a transformao do conhecimento em
tecnologia, se d numa velocidade fantstica. Um percentual aproximado de 80% dos
bens de consumo que so hoje utilizados, foram criados e/ou produzidos aps a Segunda
Guerra Mundial. Se a dinmica atual no for modificada, estima-se que 50% dos bens e
servios a serem usados daqui a 10 anos esto por ser inventados. O engenheirar,
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transformar o conhecimento em novos processos e produtos, assume um papel
importantssimo neste contexto.
No que diz respeito qualidade dos cursos de engenharia do Brasil, um relatrio
apresentado por uma comisso criada pelo Ministrio de Estado da Cincia e
Tecnologia, com o objetivo de propor linhas de pesquisa ou projetos estratgicos para o
desenvolvimento da Fsica brasileira (agosto 2002), traz comentrios sobre alguns
aspectos da engenharia no Brasil (p. 39)1 , transcrita a seguir:
A Engenharia no Brasil atingiu alto nvel em vrios campos,
como, por exemplo, as Engenharias Civil, Eltrica, Eletrnica,
Materiais, Mecnica e Qumica. A Engenharia Civil brasileira,
est entre as mais avanadas.
Na tecnologia do concreto armado, o Brasil se situa entre os
pases de vanguarda, o que permite s vezes solues
arrojadas. A Engenharia Mecnica tambm das mais
adiantadas, com sucessos que chamam a ateno do resto do
mundo, por exemplo, nas construes para explorao do
petrleo em guas profundas e na indstria aeronutica.
Em Engenharia Eletrnica h formao de profissionais
competentes que operam em diversas reas, desde controle
industrial at telecomunicaes.
Alm de formar bons profissionais nesses setores, tem-se
necessidade de um novo tipo de engenheiro com formao
cientfica slida, que possa atuar em novas reas, educado em
um ambiente de estimulante pesquisa cientfica e tecnolgica
(...)
As discusses sobre a formao do engenheiro adequado sociedade atual
multiplicam-se em congressos e seminrios, no s no Brasil, mas em todo o mundo.
As preocupaes que vo alm da necessidade de formao tcnico-cientfica
slida, supramencionada, no diferem para o engenheiro, daquelas que vm sendo
levantadas para outros profissionais e que so destacadas no documento Perfil do
profissional a ser formado na UFSCar (Parecer CEPE n 776/2001).
Um novo engenheiro precisa ser formado para enfrentar uma sociedade
cambiante do ponto de vista cientfico-tecnolgico, mas tambm em outros aspectos.
Ele necessariamente ter que ter uma slida base em cincias, matemtica e informtica.
1 Relatrio apresentado ao Ministrio de Estado da Cincia e Tecnologia sobre alguns aspectos da Fsica brasileira,
agosto de 2002, disponvel em http://www.cbpf.br/pdf/RelatorioMCT.pdf e tambm em
http://www.mct.gov.br/publi/fisica_brasil.pdf
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Ter que se preparar para aprender de forma autnoma, a partir das mais diferentes
fontes de informao, selecionando-as por critrio de relevncia, rigor e tica. Ter que
dominar o processo de produo e divulgao de novos conhecimentos, tecnologias,
servios e produtos. Precisar ter viso de realidade, preparo para enfrentar o
desconhecido, capacidade de produzir/criar, facilidade para interagir com outras
pessoas/reas, sensibilidade para a questo ambiental e o exerccio da cidadania.
2.4 O Engenheiro Fsico e seu Campo de Atuao ao redor do mundo
Hoje, muitas universidades renomadas ao redor do mundo, so responsveis pela
formao de engenheiros fsicos. Esse o caso de universidades nos Estados Unidos da
Amrica (Virginia, Wisconsin, Cornell, Stanford, Missouri, Maryland, etc.), assim
como de Mxico (UNAM), Colmbia (UNC, EAFITT), Portugal (Coimbra, Aveiro,
etc.), Frana (Grenoble), Rssia, Canad e Japo. Os profissionais formados por essas
instituies tem uma caracterstica em comum: formao inter e multidisciplinar.
O Engenheiro Fsico um profissional atuante no domnio da Engenharia e da
Tecnologia Fsica, particularmente em reas de grande impacto tecnolgico.
Ele preparado para lidar com os problemas de fsica nas diversas reas da
tecnologia moderna, podendo trabalhar, por exemplo, com ptica (lasers,
comunicaes por fibra ptica, optoeletrnica, fotnica), acstica, geofsica, criogenia,
cincia dos materiais, entre outras. Quanto sua atuao nas reas dos materiais, essa
profisso se diferencia daquela do Engenheiro de Materiais, em sua abrangncia nos
aspectos mais bsicos dessa cincia, envolvendo sofisticados conceitos das mecnicas
quntica e estatstica e da fsica do estado slido, para solucionar problemas que a
tecnologia moderna demanda. Com a evoluo tecnolgica, aparecem problemas cada
vez mais complexos e interdisciplinares, que tem exigido dos engenheiros um constante
aprendizado.
Atualmente, os Engenheiros Fsicos so encontrados no mundo trabalhando, por
exemplo, em eletrnica do estado slido, fontes alternativas de energia, na constante
miniaturizao de componentes, no projeto e implementao de novos elementos em
eletrnica do estado slido, utilizados no desenvolvimento de sondas para a explorao,
biotecnologia e diagnstico mdico, entre outras reas. Engenheiros Fsicos
desenvolvem clulas solares, novas tcnicas de transmisso de informao e
dispositivos. Esto diretamente relacionados com projetos de desenvolvimento nas
indstrias qumica e petroqumica, projetando e testando novos produtos, ou
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desenvolvendo sofisticados dispositivos que utilizam a cincia e a tecnologia das
cermicas magnticas, piezoeltricas ou supercondutoras de alta temperatura crtica.
Engenheiros Fsicos tambm tm desenvolvido e aplicado dispositivos baseados na
utilizao de lasers, tanto em cincia pura, quanto em tecnologia e/ou medicina,
atravs de projetos de instrumentao ptica ou desenvolvimento de projetos ligados a
tcnicas de imagem aplicadas medicina e/ou biotecnologia. Em muitos lugares, na
universidade ou na indstria, onde so desenvolvidos projetos de cincia e de tecnologia
avanada, existem Engenheiros Fsicos participando ativamente de todo o processo.
Em nosso meio (no Brasil) temos ainda poucos Engenheiros Fsicos, alguns
formados no exterior e outros formados na UFSCar, sendo que os primeiros concluram
o curso em 2004.
Como o campo potencial de trabalho do Engenheiro Fsico muito abrangente,
englobando atividades relacionadas com produo e/ou com pesquisa e
desenvolvimento (P&D), certamente traro com seu desempenho uma contribuio
social muito significativa. Podero atuar em organizaes que utilizam e/ou
desenvolvam atividades cuja aplicao de conceitos estudados pela Fsica Clssica e/ou
Contempornea sejam importantes, tais como empresas tecnologicamente
desenvolvidas, laboratrios de metrologia e controle de qualidade, institutos de pesquisa
cientfica e tecnolgica, includas a as micro e pequenas empresas de cunho
tecnolgico, bastante importantes na regio de So Carlos. Instituies como hospitais e
clnicas que trabalhem com equipamentos de alta tecnologia (Ressonncia Nuclear
Magntica (RNM), Tomografia Computadorizada, Ultra-sonografia etc), tambm
constituiro um excelente campo de trabalho para esse profissional a ser formado pela
UFSCar. A sua formao em reas clssicas como ultrassom, raios-x e criogenia, ser,
sem dvida, muito requisitada por essas instituies. Com o avano tecnolgico, novas
alternativas e campos de atuao devero surgir no futuro.
Dentre os profissionais formados na UFSCar podemos destacar engenheiros
fsicos contratados em empresas como IBM, 3M, Natura, Siemens, Johnson & Johnson,
GM, Itau, Embraer, Petrobrs, Claro, Citrosuco, Caterpillar, etc. Ainda, h estudantes de
engenharia fsica em instituies de P&D tais como Embrapa, CNPEM, CPqD, e
tambm em programas de ps graduao de universidades brasileiras, americanas e
europias. Assim, a ampla variedade de empresas onde tm-se colocados os nossos
engenheiros, atesta o enorme potencial da sua formao multidisciplinar e a boa
aceitao dos Engenheiros Fsicos formados na UFSCar.
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2.5 Justificativa da Criao do Curso de Bacharelado em Engenharia Fsica da
UFSCar
O Departamento de Fsica da UFSCar, desde sua criao, tem buscado contribuir
para a formao de profissionais nesta Universidade. A partir de meados da dcada de
90 do sculo passado, com as discusses que ocorriam em todo o pas, passou a se
preocupar com a formao do engenheiro para atuar na sociedade atual e futura, em
particular no Brasil. Participou-se da primeira fase do Projeto REENGE, entre os anos
de 1996-98. Tambm, o DF/UFSCar envolveu-se nas discusses sobre esse tema que se
intensificaram tanto nesta Universidade quanto no resto do Brasil. Por outro lado, este
Departamento tambm enviou docentes para participar de congressos sobre ensino de
Engenharia, com a expectativa de conhecer melhor o que vinha sendo feito a esse
respeito no Brasil e no mundo, assim como colaborou ativamente com a reestruturao
dos vrios Cursos de Engenharia da UFSCar.
A proposta e idealizao do Curso de Bacharelado em Engenharia Fsica da
UFSCar, partiu da Chefia do Departamento de Fsica (DF/UFSCar) que assumiu o seu
mandato para o binio 1999-2001. A semente da idia de criao desse curso, que viria
a ser pioneiro no Brasil, ocorreu em 1996 atravs do contato direto com engenheiros
fsicos que desempenhavam tarefas no Center for Superconductivity Research (CSR) da
Universidade de Maryland, em College Park (EUA). Esses engenheiros tinham sido
formados em universidades americanas de renome (Virginia e Cornell) e mostraram,
nessa oportunidade, uma formao de excelncia tanto bsica quanto aplicada. Dessa
maneira, a proposta da Chefia do DF/UFSCar veio ao encontro da discusso do
momento relacionada com a atuao dos engenheiros e os cursos de engenharia do
Brasil. Essa proposta aconteceu paralelamente com o incio das Teleconferncias
Engenheiro 2001, que foram organizadas pela Fundao Vanzolini, Escola Politcnica
e Universidade de So Paulo - USP/SP, com apoio da FINEP numa iniciativa conjunta
do MCT e do MEC, realizadas em 1997-1998. Nessas Teleconferncias foi amplamente
discutida a formao que a sociedade espera do futuro profissional de engenharia.
Numa dessas conferncias, discorrendo sobre as transformaes radicais pelas
quais deve passar a formao do engenheiro, PIRR LONGO (op. cit.) defendeu que
ele (esse profissional) ... no pode ser mais um especialista e nem um politcnico, deve
aprender a aprender, deve ter um embasamento muito forte em cincias e matemtica;
deve evitar a compartimentalizao do saber, (...) etc.
Essa afirmao nos forneceu os primeiros contornos do profissional desejado, e
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est em grande acordo com o perfil do engenheiro fsico formado no exterior.
De fato, durante o ano de 1999, foram feitas intensas pesquisas sobre os cursos
de Engenharia Fsica existentes no mundo, atravs de pessoas que conheciam alguns
deles e, tambm, atravs da Internet. Assim, logo no incio dessa pesquisa das grades de
outros cursos, constatou-se que essa formao parecia ser realmente aquela desejada
para o tipo de profissional da rea de engenharia discutido nas Teleconferncias, e
que frequentemente foi chamado de engenheiro do futuro. A anlise das estruturas
curriculares destes cursos mostrou que a formao extensiva e profunda em cincias e
matemtica era o ponto comum a todos os programas, que posteriormente se
diferenciavam por dar nfases diferentes aos seus egressos: aeroespacial,
nanotecnologia, energia, etc. Percebeu-se que havia, de fato, condies de implantar
esse curso na Universidade Federal de So Carlos, devido, principalmente, a algumas de
suas peculiaridades, tais como: a grande tradio em pesquisa, o corpo docente
altamente qualificado, alm da estrutura administrativa. Assim como nos cursos
estrangeiros, o curso da UFSCar focou a formao bsica e definiu como formaes
mais especficas que poderamos fornecer aos nossos egressos, as reas de materiais
avanados e automao e controle.
Seguiram-se consultas a todos os departamentos da UFSCar que poderiam
envolver-se com o Curso de Bacharelado em Engenharia Fsica, procurando colher
sugestes, a fim de montar um projeto pedaggico e pesquisar, que tipo de disciplinas
poderiam ser ministradas para esse curso, dentro do proposto. Um rol de disciplinas que
parecia atender as expectativas foi selecionado; muitas foram (ou ainda sero) criadas
especialmente para o curso. No segundo semestre de 1999, foi elaborado o Projeto
Pedaggico que, depois de amplamente discutido, foi aprovado, por unanimidade, em
todas as instncias da UFSCar (a saber: CD/DF, CID/CCET, CaG, CEPe e ConsUni), a
tempo de ser includo no processo seletivo do ano 2000.
A primeira turma de alunos ingressou no curso em 2000, cujos primeiros
formandos integralizaram o curso em 5 anos, ou seja, em 2004. Apesar das dificuldades
decorrentes do desconhecimento deste novo profissional, at ento inexistente no Brasil,
os alunos desse curso tem sempre conseguido estgios em boas empresas e a grande
maioria tem sido contratada antes mesmo da formatura. O bom desempenho dos
egressos do curso vem abrindo novas oportunidades para as novas geraes de alunos,
ao ponto de j haver empresas que vem atrs de estagirios especificamente do curso de
Bacharelado em Engenharia Fsica.
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3. SISTEMA DE AVALIAO DO PROJETO DO CURSO
A avaliao dos cursos de graduao da UFSCar uma preocupao presente na
Instituio e considerada de fundamental importncia para o aperfeioamento dos
projetos pedaggicos dos cursos e a melhoria dos processos de ensino e aprendizagem.
Desde a publicao da Lei 10.861 de 14 de abril de 2004, que instituiu o Sistema de
Avaliao da Educao Superior (SINAES), a Comisso Prpria de Avaliao/UFSCar
tem coordenado os processos internos de auto-avaliao institucional, nos moldes
propostos pela atual legislao, e contribudo com os processos de avaliao dos cursos.
O sistema de avaliao dos cursos de graduao da UFSCar, implantado em
2011, foi concebido pelo Pr-Reitoria de Graduao (ProGrad) em colaborao com a
Comisso Prpria de Avaliao (CPA) com base em experincias institucionais
anteriores, quais sejam: o Programa de Avaliao Institucional das Universidades
Brasileiras (PAIUB) e o Programa de Consolidao das Licenciaturas
(PRODOCNCIA). O PAIUB, iniciado em 1994, realizou uma ampla avaliao de
todos os cursos de graduao da UFSCar existentes at aquele momento e o projeto
PRODOCNCIA/UFSCar, desenvolvido entre os anos de 2007 e 2008, realizou uma
avaliao dos cursos de licenciatura dos campi de So Carlos e de Sorocaba.
A avaliao dos cursos de graduao feita atualmente por meio de formulrios
de avaliao, os quais so respondidos pelos docentes da rea majoritria de cada curso,
pelos discentes e, eventualmente, pelos tcnico-administrativos e egressos. Esses
formulrios abordam questes sobre as dimenses do Perfil Profissional a ser formado
pela UFSCar; da formao recebida nos cursos; do estgio supervisionado; da
participao em pesquisa, extenso e outras atividades; das condies didtico-
pedaggicas dos professores; do trabalho das coordenaes de curso; do grau de
satisfao com o curso realizado; das condies e servios proporcionados pela
UFSCar; e das condies de trabalho para docentes e tcnico-administrativos.
A ProGrad, juntamente com a CPA, so responsveis pela concepo dos
instrumentos de avaliao, bem como pela seleo anual dos cursos a serem avaliados,
pela aplicao do instrumento, pela compilao dos dados e encaminhamento dos
resultados s respectivas coordenaes de curso. A operacionalizao desse processo
ocorre por meio da plataforma eletrnica Sistema de Avaliao Online (SAO),
desenvolvida pelo Centro de Estudos de Risco (CER) do Departamento de Estatstica.
Cada Conselho de Coordenao de Curso, bem como seu Ncleo Docente Estruturante
-
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(NDE), aps o recebimento dos resultados da avaliao, analisam esses resultados para
o planejamento de aes necessrias, visando melhoria do curso.
Alm da avaliao dos cursos como unidades organizacionais, a Universidade
tem realizado, semestralmente, o processo de avaliao das disciplinas/atividades
curriculares. Essa avaliao realizada a partir dos planos de ensino das
disciplinas/atividades curriculares disponibilizados no Programa Nexos. Esses planos de
ensino so elaborados pelos docentes para cada turma das disciplinas/atividades
curriculares a cada semestre, e so aprovados pelos colegiados do Departamento
responsvel e da(s) Coordenao(es) do(s) Curso(s). Essa aprovao realizada no
mesmo programa pelo qual so disponibilizados os planos de ensino para avaliao dos
estudantes. Os resultados dessa avaliao so complementares ao processo de avaliao
dos cursos.
Finalmente, a Coordenao do Curso de Engenharia Fsica sempre atuou
fortemente no apenas na promoo do curso junto comunidade externa, como
tambm no acompanhamento dos egressos. O contato contnuo com os egressos fornece
valiosas informaes sobre a colocao desses egressos no campo de atuao
profissional, bem como importante feedback sobre a formao profissional recebida ao
longo do curso.
3.1 Adequao curricular
.
A adequao curricular apresentada nesse projeto decorrem da dinmica prpria
do curso e tambm de modificaes implementadas em outros cursos da UFSCar. Entre
as quais destacamos:
No incio do curso foi proposto que a disciplina Fsica A fosse de 8
crditos para melhor preparar os(as) alunos(as) dos cursos de Bacharelado
em Fsica e em Engenharia Fsica. Aps o ingresso de duas turmas nessas
condies, a carga horria das disciplinas de Fsica A e Mecnica Clssica
foram alteradas, ou seja, a primeira foi reduzida em 2 (dois) crditos e a
segunda foi aumentada para 6 (seis) crditos. A alterao da carga horria
dessas disciplinas foi discutida nos mbitos dos Conselhos de Coordenaes
dos cursos em questo, sendo aprovada pelo CoC/ENFI.
A disciplina Engenharia Eletroqumica foi ofertada originalmente no 3
perodo, conjuntamente com os(as) alunos(as) do curso de Engenharia
-
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Qumica, que a cursavam no 7 perodo. Entretanto, foi identificado que
os(as) alunos(as) do curso de Bacharelado em Engenharia Fsica
apresentavam dificuldades para a consecuo da mesma; assim, foi proposto
no Conselho de Coordenao do Curso a alterao para o 7 perodo, sendo
aprovado pela CaG. Em consequncia, algumas disciplinas dos perodos 4,
5 e 6 foram remanejadas para perodos anteriores para um melhor
equilbrio da carga horria.
A disciplina Desenho e Tecnologia Mecnica foi proposta originalmente
para ser cursada no 3 perodo. Entretanto, por problemas operacionais foi
deslocada, inicialmente, para o 5 perodo. Uma vez que estas questes
conjunturais foram superadas, ela est sendo novamente remanejada para o
3 perodo. Alm disso, com a reformulao do curso de Bacharelado em
Engenharia de Materiais, cujo departamento responsvel pela oferta da
disciplina, alterou-se tambm a carga horria da mesma, de 6 para 4
crditos.
O carter da disciplina Mecnica Estatstica, aps varias sugestes de
alunos(as) e professores(as), foi alterado de obrigatria para optativa
(Quadro 3.1).
A disciplina Introduo Engenharia Fsica teve seu carter modificado
de optativa para obrigatria, extinguindo-se um quadro de optativas da qual
a referida disciplina era a nica disciplina efetivamente cursada pelos
estudantes.
Houve a reduo em quatro crditos da carga de disciplinas eletivas,
sendo os mesmos incorporados na carga de disciplinas optativas da rea das
Cincias Bsicas, Computao/Eletrnica e Engenharia.
De modo geral, a adequao curricular do curso de Bacharelado em Engenharia
Fsica, desde sua criao em 1999, consistiu em alteraes pontuais, denotando a
flexibilidade subjacente estrutura curricular.
-
17
4. PERFIL DO PROFISSIONAL A SER FORMADO
O egresso do curso de Engenharia Fsica da UFSCar um profissional
generalista, apto a exercer de forma competente, crtica e criativa as atividades de
engenheiro, nas mais diversas reas possveis para sua atuao. Esse profissional
capaz de desenvolver novos processos e produtos de alto valor agregado, identificando e
solucionando problemas das mais diversas reas da tecnologia moderna, especialmente
as que envolvem a fsica clssica, moderna e contempornea, como: a ptica, a acstica,
a geofsica, a criogenia, o estado slido, o eletromagnetismo, a computao, a robtica,
a eletrnica bsica e avanada, a optoeletrnica, a automao de equipamentos, entre
outras. Trata-se, ainda, de um profissional capaz de propor solues para os problemas
identificados, considerando as dimenses polticas, econmicas, sociais, culturais e
ambientais. O egresso desse curso capaz de buscar novas formas do saber e do fazer
cientfico e tecnolgico, produzindo e divulgando novos conhecimentos, tecnologias,
servios e produtos.
Pelo delineado anteriormente se percebe que o perfil do egresso do curso de
Engenharia Fsica tambm coincide com as demais competncias apontadas para outros
profissionais e destacadas no documento Perfil do profissional a ser formado na
UFSCar (2008). De uma forma sucinta, as diretrizes constituintes deste documento que
balizam a formao dos profissionais pela UFSCar so as seguintes:
Aprender de forma autnoma e contnua.
Produzir e divulgar novos conhecimentos, tecnologias, servios e
produtos.
Empreender formas diversificadas de atuao profissional.
Atuar inter/multi/transdisciplinarmente.
Comprometer-se com a preservao da biodiversidade no ambiente
natural e construdo, com sustentabilidade e melhoria da qualidade
da vida.
Gerenciar processos participativos de organizao pblica e/ou
privada a/ou incluir-se neles.
Pautar-se na tica e na solidariedade enquanto ser humano, cidado
e profissional.
Buscar maturidade, sensibilidade e equilbrio ao agir
profissionalmente. (Cf 5-19)
4.1 Competncias e Habilidades O curso de Engenharia Fsica compreende contedos, atividades e prticas que
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18
constituem base consistente para a formao do profissional capaz de atender ao perfil
pretendido. Com este propsito, torna-se oportuno observar o desenvolvimento de
competncias essenciais, delineadas na Resoluo CNE/CES n 11/2002, para a
formao do engenheiro
I aplicar conhecimentos matemticos, cientficos, tecnolgicos e instrumentais engenharia em geral;
II projetar e conduzir experimentos e interpretar resultados; III conceber, projetar e analisar sistemas, produtos e processos;
IV planejar, supervisionar, elaborar e coordenar projetos e servios de engenharia;
V identificar, formular e resolver problemas de engenharia; VI desenvolver e/ou utilizar novas ferramentas e tcnicas; VII avaliar criticamente a operao e a manuteno de sistemas;
VIII comunicar-se efetivamente nas formas escritas, oral e grfica;
IX atuar em equipes multidisciplinares; X compreender e aplicar a tica e responsabilidades profissionais;
XI avaliar o impacto das atividades de engenharia no contexto social e ambiental;
XII avaliar a viabilidade econmica de projetos de engenharia; XIII assumir a postura de permanente busca e atualizao profissional.
Diante disso, as competncias/habilidades definidas para o egresso do curso de
Engenharia Fsica da UFSCar so:
Capacitar-se a aprender de forma autnoma e contnua, adequando-se s
exigncias profissionais interpostas pelo avano tecnolgico;
Dominar os contedos especficos da fsica (tericos e experimentais;
prticos e abstratos), suas relaes com a matemtica, demais cincias e a
tecnologia;
Desenvolver e operacionalizar conhecimento bsico utilizando conceitos
e aplicaes de tcnicas numricas na resoluo de problemas de
engenharia;
Analisar os modelos de resoluo de problemas e construir, a partir de
informaes sistematizadas, modelos matemticos, fsicos, scio-
econmicos que viabilizem o estudo das questes de engenharia;
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19
Conceber, concretizar, coordenar, supervisionar e avaliar a implantao
de projetos e servios na rea de Engenharia Fsica;
Elaborar e desenvolver projetos, analisar sistemas, produtos e processos
gerando e difundindo novas tecnologias e novos conhecimentos na rea de
engenharia;
Gerenciar, supervisionar a operao, promovendo a manuteno e
melhoria de sistemas;
Avaliar o impacto tcnico-scio-econmico e ambiental de
empreendimentos na rea de Engenharia Fsica;
Organizar, coordenar e participar de equipes multidisciplinares de
trabalho, considerando as potencialidades e limites dos envolvidos;
Agir cooperativamente nos diferentes contextos da prtica profissional,
compartilhando saberes com os profissionais de diferentes reas;
Pautar sua conduta profissional por princpios de tica, solidariedade,
responsabilidade scio-ambiental, respeito mtuo, dilogo e equidade
social.
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5. OBJETIVO DO CURSO
O curso de Engenharia Fsica objetiva a formao de um engenheiro generalista
com formao multi/inter/transdisciplinar, capacitado a promover o desenvolvimento
tecnolgico atravs da aplicao dos conceitos da fsica clssica, moderna e
contempornea, sem ignorar as implicaes sociais e ambientais subjacentes.
5.1 Objetivos Especficos
Dentre os objetivos especficos do curso de Engenharia Fsica, destacam-se:
Garantir slida formao nos princpios gerais e fundamentos da Fsica,
Matemtica, demais cincias e engenharia;
Garantir ampla formao para a atuao em engenharia, capacitando o
egresso em diversas reas de fsica aplicada;
Garantir ao aluno relativa autonomia do seu processo de formao,
atravs da adoo de disciplinas optativas e eletivas;
Promover os princpios da educao continuada e da prtica
investigativa, no sentido de buscar novas formas do saber e fazer cientfico;
Pautar-se na responsabilidade social e na compreenso crtica da cincia
e do desenvolvimento tecnolgico;
Incentivar a inovao e o empreendedorismo.
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21
6. ORGANIZAO CURRICULAR
Os ncleos de contedos, segundo a Resoluo CNE/CES n 11/2002, dividem-
se em Ncleo de Formao Bsica, Ncleo de Formao Profissionalizante e Ncleo de
Formao Especfica que configuram a modalidade. Assim, os grupos de conhecimentos
fundamentais formao do Engenheiro Fsico so bastante similares aos grupos de
conhecimentos necessrios para outros Engenheiros que, atualmente, esto sendo
formados no Brasil. A nica diferena, talvez, seja a de que o Engenheiro Fsico ter
uma forte base nas cincias matemticas e fsicas, que o capacitaro para os desafios
que o mundo moderno vm solicitando dos profissionais. Alm disso, os contedos
Profissionalizantes e, principalmente, os contedos Especficos possuem um carter
mais claramente multidisciplinar. O curso de Bacharelado em Engenharia Fsica levar
em conta a formao do aluno, no somente como empreendedor em assuntos
relacionados especificamente com a sua rea de atuao profissional, mas tambm, a
sua formao como participante de uma sociedade. Durante toda sua permanncia na
UFSCar, ele ter a chance de vivenciar as mais diversas experincias, complementando
sua formao no apenas tcnica mas tambm humanista, as quais, com certeza,
interferiro em suas atitudes frente sociedade, tecnologia e ao meio ambiente.
Uma das caractersticas do curso que as disciplinas optativas so divididas em
3 (trs) categorias. Para concluir o curso, o aluno dever cursar disciplinas de todas
essas trs categorias, ainda que tenha liberdade para escolher as disciplinas especficas a
cursar dentro de cada um dos quadros de optativas.
As disciplinas optativas da rea de Administrao, Finanas e Gesto da
Produo (Quadro 1 de disciplinas optativas), contm disciplinas que permitiro ao
aluno, ter contato com o grupo de Administrao e Informao. Sendo obrigatrio
cursar pelo menos 12 (doze) crditos.
As disciplinas optativas da rea de Humanidades, Cincias Sociais e Cidadania
(Quadro 2 de disciplinas optativas), daro ao aluno, os primeiros contatos com as
disciplinas das cincias humanas, sendo obrigatrio cursar pelo menos 04 (quatro)
crditos.
As disciplinas optativas da rea das Cincias Bsicas, Computao/Eletrnica e
Engenharia (Quadro 3 de disciplinas optativas) provm basicamente formao em:
Cincias (Fsica, Matemtica e Qumica); Computao/Eletrnica e Engenharia. Essas
disciplinas permitiro ao aluno uma complementao em sua formao, possibilitando-
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22
lhe um direcionamento personalizado ao seu curso. Sendo obrigatrio cursar pelo menos
20 (vinte) crditos.
Disciplinas Eletivas: Considera-se como eletiva qualquer disciplina do elenco de
disciplinas oferecidas pela universidade e/ou cursada em outra instituio e validada
pela UFSCar. Dessa forma, o aluno ter liberdade para complementar sua formao em
qualquer um dos grupos citados anteriormente e/ou, em outros pelos quais venha a se
interessar.
Existe tambm a possibilidade de disciplinas cursadas em outras instituies de
ensino, por exemplo, em programa de Mobilidade Acadmica, serem aproveitadas como
disciplinas eletivas se no puderem ser utilizadas como disciplinas obrigatrias ou
optativas, por faltar dentre as oferecidas pela UFSCar disciplinas que tenham ementas
semelhantes, de forma que possam ser consideradas como equivalncia s disciplinas
cursadas em outras Instituies.
Outras disciplinas que futuramente venham a ser criadas e/ou propostas, podero
ser includas na grade curricular do Curso de Engenharia Fsica, aps discusso e
aprovao no Conselho do Curso e na Cmara de Graduao CaG/ProGrad (Pr-
Reitoria de Graduao), uma vez que, ajustes/atualizaes neste curso, devero ser um
processo contnuo, visando sua adequao e aperfeioamento, para a formao do
profissional desejado.
6.1 Ncleo de Contedos Bsicos
A organizao curricular do curso de Bacharelado em Engenharia Fsica,
considerando a Resoluo CNE/CES n 11 de 11 de maro de 2002, est pautada em
quatro ncleos, quais sejam: Ncleo de Formao Bsica, Ncleo de Formao
Profissionalizante, Ncleo de Formao Especfica e Ncleo de Formao
Complementar. Cada um desses ncleos composto por grupos e subgrupos de
contedos, os quais esto organizados em disciplinas obrigatrias, disciplinas optativas,
disciplinas eletivas e estgio profissional.
O Ncleo de Formao Bsica se constitui pelas atividades
curriculares/disciplinas obrigatrias que versam sobre os seguintes tpicos: Expresso
Grfica, Matemtica, Fsica (Clssica e Contempornea), Fenmenos de Transporte,
Matemtica, Mecnica dos Slidos e Humanidades, Cincias Sociais e Cidadania. Esse
Ncleo tambm constitudo por atividades curriculares/disciplinas optativas do tpico
Humanidades, Cincias Sociais e Cidadania. Assim, a carga horria total desse Ncleo
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23
composta por 112 (cento e doze) crditos de atividades curriculares/disciplinas
obrigatrias e 4 (quatro) crditos de atividades curriculares/disciplinas optativas,
contabilizando 116 crditos (1.740 horas, 41,4% da carga total), estando assim
distribudas:
Expresso Grfica: Desenho e Tecnologia Mecnica;
Fenmenos de Transporte: Fenmenos de Transporte 4 e Fenmenos
de Transporte 5;
Fsica: Fsica A; Fsica B; Fsica C; Fsica Experimental A; Fsica
Experimental B; Fsica Experimental C; Fsica Experimental D; Fsica D;
Fsica Moderna; Fsica Moderna Experimental 1 e Mecnica Clssica.
Matemtica: lgebra Linear 1; Clculo Diferencial e Integral; Clculo
Diferencial e Integral 3; Clculo Diferencial e Sries; Equaes Diferenciais
e Aplicaes e Geometria Analtica.
Mecnica dos Slidos: Mecnica dos Slidos 1.
Qumica: Engenharia Eletroqumica; Qumica Tecnolgica Geral e
Qumica Analtica Experimental.
Humanidades, Cincias Sociais e Cidadania: atividade
curricular/disciplina obrigatria: Introduo Engenharia Fsica e pelas
seguintes atividades curriculares/disciplinas optativas: Comunicao e
Expresso; Filosofia da Cincia; Libras I; Portugus; e Sociologia Industrial
e do Trabalho.
Esse Ncleo responsvel por desenvolver os conceitos tericos e experimentais
em Eletricidade, Eletromagnetismo, Magnetismo, Mecnica, ptica e Termodinmica
os conceitos e a aplicao de tcnicas de anlise qumica em geral; a implementao de
modelagens matemticas para a resoluo de problemas, permitindo a seleo das mais
adequadas; a aplicao destes conceitos bsicos em problemas de engenharia; bem
como por permitir a formao crtica e humanista, com abordagens filosficas e
sociolgicas sobre o uso da cincia e da tecnologia.
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24
Quadro 1 Componentes Curriculares do Ncleo de Contedos Bsicos
REA DISCIPLINA CRDITOS
(TERICOS/PRTICOS)
ATIVIDADES CURRICULARES/DISCIPLINAS OBRIGATRIAS
Expresso Grfica Desenho e Tecnologia Mecnica 02 T/02 P
Fenmenos de
Transporte
Fenmenos de Transporte 4 03 T/01 P
Fenmenos de Transporte 5 03 T/01 P
Fsica
Fsica A 06 T
Fsica B 06 T
Fsica C 06 T
Fsica Experimental A 04 P
Fsica Experimental B 04 P
Fsica Experimental C 04 P
Fsica Experimental D 04 P
Fsica D 06 T
Fsica Moderna 04 T
Fsica Moderna Experimental 1 04 P
Mecnica Clssica 06 T
Matemtica
lgebra Linear 1 04 T
Clculo Diferencial e Integral 1 06 T
Clculo Diferencial e Integral 3 04 T
Clculo Diferencial e Sries 03 T/01 P
Equaes Diferenciais e
Aplicaes 03 T/01 P
Geometria Analtica 03 T/01 P
Mecnica dos Slidos Mecnica dos Slidos 1 04 T
Qumica
Qumica Analtica Experimental 04 P
Qumica Tecnolgica Geral 02 T/04 P
Engenharia Eletroqumica 04 T
Humanidades,
Cincias Sociais e
Cidadania
Introduo Engenharia Fsica 02 T
TOTAL 112
ATIVIDADES CURRICULARES/DISCIPLINAS OPTATIVAS
Humanidades,
Cincias Sociais e
Cidadania
Comunicao e Expresso 04 T
Filosofia da Cincia 04 T
Libras I 02 T
Portugus 02 T
Sociologia Industrial e do Trabalho 04 T
TOTAL 4
TOTAL 116
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25
6.2 Ncleo de Contedos Profissionalizantes
O Ncleo de Formao Profissionalizante se constitui pelas atividades
curriculares/disciplinas obrigatrias que versam sobre os seguintes Grupos: Cincias
Aplicadas (Fsica e Matemtica); Computao e Eletrnica; e Administrao, Finanas
e Gesto da Produo. Por sua vez, esse Ncleo tambm composto por atividades
curriculares/disciplinas optativas do Grupo Administrao, Finanas e Gesto da
Produo. A carga horria total desse Ncleo composta por 62 (sessenta e dois)
crditos de atividades curriculares/disciplinas obrigatrias e 12 (doze) crditos de
atividades curriculares/disciplinas optativas, contabilizando 74 crditos (1.110 horas,
26,4% da carga total), estando assim distribudas:
Grupo de Cincias Aplicadas: Eletromagnetismo 1; Estado Slido 1;
Estatstica Tecnolgica; Fsica Matemtica 1; Fsica Matemtica 2;
Mecnica Quntica 1 e Termodinmica.
Grupo de Computao e Eletrnica: Circuitos Eltricos; Eletrnica 1;
Fsica Computacional 1; Fsica Computacional 2; Laboratrio de Lgica
Digital; Lgica Digital; e Microcontroladores e Microprocessadores.
Grupo de Administrao, Finanas e Gesto da Produo:
Desenvolvimento de Projeto e pelas seguintes atividades
curriculares/disciplinas optativas: Anlise de Investimentos; Contabilidade
Bsica; Contabilidade e Finanas; Custos Gerenciais; Custos Industriais;
Economia e Mercado; Economia de Empresas; Economia Industrial;
Economia Industrial 2; Engenharia do Produto; Estatstica Industrial e
Controle da Qualidade; Estratgia de Produo; Ergonomia; Gesto da
Qualidade; Gesto da Produo e da Qualidade; Introduo Economia;
Introduo Engenharia de Segurana; Microeconomia Organizao
Industrial; Organizao do Trabalho e Teoria das Organizaes.
Esse Ncleo responsvel por: apresentar as ferramentas de clculo
computacional e modelagem virtual de sistemas fsicos para o desenvolvimento de
novos produtos e compreenso de fenmenos complexos, conceitos bsicos de
eletrnica digital e analgica, bem como de ferramentas de controle e automao que
possibilite a implementar e compreender o funcionamento de equipamentos modernos;
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programao e a simulao numrica, essenciais para o desenvolvimento cientfico e
tecnolgico contemporneo; como tambm conceitos de Economia, Gesto e
Desenvolvimento de Projetos.
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Quadro 2 Componentes Curriculares do Ncleo de Contedos Profissionalizantes
REA DISCIPLINA CRDITOS
(TERICOS/PRTICOS)
ATIVIDADES CURRICULARES/DISCIPLINAS OBRIGATRIAS
Computao e
Eletrnica
Circuitos Eltricos 04 T
Eletrnica 1 02 T/04 P
Fsica Computacional 1 04 T
Fsica Computacional 2 02 T/02 P
Laboratrio de Lgica Digital 02 P
Lgica Digital 04 T
Microcontroladores e Microprocessa-
dores 04 T
Fsica e
Matemtica
Aplicadas
Eletromagnetismo 1 06 T
Estado Slido 1 04 T
Estatstica Tecnolgica 04 T
Fsica Matemtica 1 04 T
Fsica Matemtica 2 04 T
Mecnica Quntica 1 04 T
Termodinmica 04 T
Administrao,
Finanas e Gesto
da Produo
Desenvolvimento de Projeto 04 T
TOTAL 62
ATIVIDADES CURRICULARES/DISCIPLINAS OPTATIVAS
Administrao,
Finanas e Gesto
da Produo
Anlise de Investimentos 02 T
Contabilidade Bsica 02 T
Contabilidade e Finanas 04 T
Custos Gerenciais 02 T
Custos Industriais 02 T
Economia de Empresas 02 T
Economia e Mercado 02 T/02 P
Economia Industrial 04 T
Economia Industrial 2 02 T/02 P
Engenharia do Produto 02 T
Ergonomia 04 T
Estatstica Industrial e Controle da
Qualidade 04 T
Estratgia de Produo 02 T
Gesto da Qualidade 04 T
Gesto da Produo e da Qualidade 04 T
Introduo Economia 04 T
Introduo Engenharia de Segurana 02 T
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Microeconomia 04 T
Organizao Industrial 04 T
Organizao do Trabalho 04 T
Teoria das Organizaes 04 T
TOTAL 12
TOTAL 74
6.3 Ncleo de Formao Especfica
O Ncleo de Formao Especfica se constitui pelos seguintes Grupos:
Automao e Controle; Acstica e Vibrao; Cincias Ambientais; Cincia e
Tecnologia dos Materiais; e Fsica Avanada. As disciplinas que compem esse Ncleo
contabilizam 16 crditos obrigatrios e 20 crditos optativos, estando assim
distribudas:
Grupo Acstica e Vibrao, atividades curriculares/disciplinas
optativas: Acstica Aplicada e Laboratrio de Acstica Aplicada.
Grupo Automao e Controle se constitui pela atividade curricular/
disciplina obrigatria de Controle e Servomecanismos e pelas seguintes
atividades curriculares/disciplinas optativas: Automao e Controle de
Experimentos; Laboratrio de Controle e Servomecanismos; Laboratrio de
Microcontroladores e Aplicaes; e Microcontroladores e Aplicaes.
Grupo Cincias Ambientais composto pela atividade
curricular/disciplina obrigatria Cincias do Ambiente para a Engenharia
Fsica e pela atividade curriculare/disciplina optativa Reciclagem de
Materiais.
Grupo Cincia e Tecnologia dos Materiais constitudo pelas
atividades curriculares/disciplinas obrigatrias Estrutura e Propriedade dos
Slidos e Mtodos de Caracterizao 1 e pelas seguintes atividades
curriculares/disciplinas optativas: Design e Construo de Dispositivos;
Difuso em Slidos; Engenharia de Dispositivos e Materiais Avanados;
Ensaios No Destrutivos; Fundamentos em Espectroscopia; Fundamentos
em Reologia; Mtodos de Caracterizao 2; Reologia; Seleo de Materiais;
Tecnologia e Aplicaes de Materiais Ferroeltricos; Tecnologia e
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29
Aplicaes de Materiais Magnticos; Tecnologia e Aplicaes de Materiais
Semicondutores e Tecnologia e Aplicaes de Materiais Supercondutores.
Grupo Fsica Avanada formado pelas seguintes atividades
curriculares/disciplinas optativas: Biofsica Molecular e Estrutural;
Componentes pticos; Cosmologia Moderna e Astrofsica de Partculas;
Eletromagnetismo 2; Estado Slido 2; Introduo Teoria de Cordas;
Mecnica Analtica; Mecnica Estatstica Mecnica dos Fluidos; Mecnica
Quntica 2 e Relatividade.
Nesse Ncleo de Formao est a especificidade do curso em relao linha de
aprofundamento na rea da atuao de Engenharia. No curso de Bacharelado em
Engenharia Fsica esse ncleo caracteriza-se pela flexibilidade curricular, que permitir
ao estudante definir o seu percurso formativo dentro do campo da Engenharia Fsica. O
estudante ir eleger dentre a grande variedade de disciplinas optativas, distribudas entre
os grupos desse ncleo, o mnimo de 20 crditos.
Quadro 3 Componentes Curriculares do Ncleo de Contedos Especficos
REA DISCIPLINA CRDITOS
(TERICOS/PRTICOS)
ATIVIDADES CURRICULARES/DISCIPLINAS OBRIGATRIAS
Automao e
Controle Controle e Servomecanismos 04 T
Cincias do
Ambiente Cincias do Ambiente para ENFI
03 T/01 P
Cincia e
Tecnologia dos
Materiais
Estrutura e Propriedade dos Slidos 04 T
Mtodos de Caracterizao 1 04 T
TOTAL 16
ATIVIDADES CURRICULARES/DISCIPLINAS OPTATIVAS
Acstica e
Vibrao
Acstica Aplicada 04 T
Laboratrio de Acstica Aplicada 02 P
Automao e
Controle
Automao e Controle de Experimentos 02 T/02 P
Laboratrio de Controle e
Servomecanismos 02 P
Laboratrio de Microcontroladores e
Aplicaes 02 P
Microcontroladores e Aplicaes 04 T
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30
Cincias do
Ambiente Reciclagem de Materiais
04 T
Cincia e
Tecnologia dos
Materiais
Engenharia de Dispositivos e Materiais
Avanados 06 T
Difuso em Slidos 04 T
Ensaios No Destrutivos 03 T/01 P
Fundamentos em Reologia 02 T
Fundamentos em Espectroscopia 04 T
Mtodos de Caracterizao 2 04 T
Reologia 04 T
Seleo de Materiais 04 T
Tecnologia e Aplicaes de Materiais
Ferroeltricos 02 T/02 P
Tecnologia e Aplicaes de Materiais
Supercondutores 02 T/02 P
Tecnologia e Aplicaes de Materiais
Semicondutores 02 T/02 P
Tecnologia e Aplicaes de Materiais
Magnticos 02 T/02 P
Fsica Avanada
Biofsica Molecular e Estrutural
Componentes pticos 04 P
Cosmologia Moderna e Astrofsica de
Partculas 06 T
Eletromagnetismo 2 04 T
Estado Slido 2 04 T
Introduo Teoria de Cordas 04 T
Mecnica Analtica 04 T
Mecnica Estatstica 04 T
Mecnica dos Fluidos 04 T
Mecnica Quntica 2 06 T
Relatividade 06 T
TOTAL 20
TOTAL 36
6.4 Ncleo de Formao Complementar
O Ncleo de Formao Complementar inclui as atividades curriculares
responsveis por integrarem os conhecimentos, habilidades, atitudes e valores
adquiridos ao longo do curso - Estgio Curricular e Trabalho de Final de Curso-, alm
das atividades de formao complementar propriamente dita, quais sejam: as disciplinas
eletivas e as atividades complementares ou de formao acadmico-cientfico-cultural.
O Estgio Curricular, localizado no 9 Perfil ou Semestre, contabiliza 20 crditos
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31
(300 h) e sua regulamentao ser apresentada no item especfico.
O Trabalho de Concluso de Curso, localizado no 10 Perfil ou Semestre,
contabiliza 04 crditos (60 h) e sua regulamentao ser apresentada no item especfico.
As disciplinas eletivas, parte complementar da integralizao curricular,
completam a parte flexvel do currculo. As disciplinas eletivas so quaisquer
disciplinas oferecidas pela Universidade e/ou cursada em outra instituio e reconhecida
pela UFSCar. Dessa forma, o estudante poder complementar sua formao em
qualquer um dos grupos citados e/ou, em outros pelos quais venha a se interessar.
Existe tambm a possibilidade de disciplinas cursadas em outras instituies de
ensino serem consideradas como disciplinas eletivas se no puderem ser reconhecidas
como disciplinas obrigatrias ou optativas. Por sua vez, as disciplinas convnio,
definidas no Projeto Pedaggico do Curso, so cursadas mediante convnio com outras
Instituies de Ensino Superior, sejam elas nacionais ou estrangeiras. Essas disciplinas
podem ser reconhecidas como disciplinas optativas das diversas reas de formao ou,
ainda, eletivas, sendo contabilizadas para a integralizao curricular.
Para o reconhecimento de disciplinas cursadas em outra Instituio (disciplinas
convnio) como disciplinas obrigatrias do currculo, h a exigncia de que a disciplina
cursada pelo estudante tenha similaridade, em termos de ementa e carga horria, com
outra disciplina do seu curso de origem. Para o reconhecimento das disciplinas convnio
como disciplinas optativas do currculo, necessrio que a disciplina, cursada em outra
Instituio pelo estudante, tenha um perfil que possa ser considerado dentro de uma das
reas de formao propostas no Projeto Pedaggico de Curso. Se a disciplina cursada
pelo estudante no estiver dentro desses dois casos citados, poder ser considerada com
o carter de disciplina eletiva.
Dessa forma, para que uma dada disciplina cursada em outra instituio de
ensino possa ser considerada para integralizao curricular no curso de Engenharia
Fsica da UFSCar, necessrio que esta satisfaa as seguintes condies:
Ter sido cursada em instituio que disponha de convnio com a
UFSCar;
Pertencer ao mesmo grupo de formao da disciplina convnio
correspondente;
Ter carga horria igual ou superior disciplina convnio correspondente;
Ser aprovada previamente pela coordenao do curso, que considerar se
-
32
os critrios acima foram satisfeitos e que a disciplina pretendida se encontra
em consonncia com a formao do Engenheiro Fsico tal como definida
nesse Projeto Pedaggico.
6.4.1 Disciplinas Convnio
Algumas das caractersticas fundamentais do mundo contemporneo incluem a
grande mobilidade, internacionalizao das cadeias produtivas e consequente formao
multicultural no ambiente de trabalho, alm das aceleradas mudanas as quais todos os
profissionais esto sujeitos e que j foram destacadas anteriormente. Assim, torna-se
importante incentivar a mobilidade estudantil, de forma a oferecer ao aluno a
possibilidade de uma experincia em outro ambiente e cultura, alm de permitir o
melhor domnio de lnguas estrangeiras e o acesso s formaes mais especficas e/ou
aprofundadas do que na sua instituio de origem. Por outro lado, a estrutura curricular
e de reconhecimento de crditos no Brasil bastante rgida e esttica, dificultando o
aproveitamento das atividades acadmicas realizadas pelos estudantes em outras
instituies. Visando resolver um dos grandes problemas de validao das disciplinas
cursadas nos Programas de Mobilidade Acadmica como, por exemplo, o da ANDIFES
ou Cincias sem Fronteiras, foram introduzidas as Disciplinas Convnio no Projeto
Pedaggico do curso de Bacharelado em Engenharia Fsica.
A dificuldade de se validar as atividades curriculares/disciplinas cursadas em
outras instituies de ensino superior se vincula exigncia de haver uma disciplina
equivalente na UFSCar para o reconhecimento destas. A validao das atividades
curriculares/disciplinas obrigatrias realizada de modo mais rpido; no entanto, o
processo de validao das atividades curriculares/disciplinas optativas era mais
complexo devido possibilidade dos alunos escolherem as mais interessantes de uma
dada rea de formao. Neste sentido, a criao das disciplinas convnio propicia a
validao, at um dado limite, de atividades curriculares/disciplinas optativas ou
eletivas cursadas em outras instituies, bem como so computadas para a
integralizao curricular.
Com a criao destas pretende-se incentivar os estudantes a participarem de
algum tipo de Mobilidade Acadmica e/ou cursar atividades curriculares/disciplinas
como aluno especial ou regular, nos casos dos programas oficiais de mobilidade em
outras Instituies.
Participar de programas de mobilidade acadmica auxilia o aluno, futuro
-
33
profissional, a enfrentar o desconhecido mediante a vivncia de novas culturas, bem
como fomenta a anlise e reflexo sobre a sociedade. As disciplinas convnio tambm
proporcionam aos alunos a incorporao de conhecimento mais especfico nas reas de
interesse, bem como estes podero participar de projetos de pesquisa que no so
oferecidos na UFSCar.
Neste sentido, foram criadas as seguintes disciplinas de convnio:
Disciplina Convnio Optativa Quadro 1 A (4 crditos)
Disciplina Convnio Optativa Quadro 1 B (4 crditos)
Disciplina Convnio Optativa Quadro 1 C (4 crditos)
Disciplina Convnio Optativa Quadro 2 A (4 crditos)
Disciplina Convnio Optativa Quadro 2 B (4 crditos)
Disciplina Convnio Optativa Quadro 2 C (4 crditos)
Disciplina Convnio Optativa Quadro 3 A (4 crditos)
Disciplina Convnio Optativa Quadro 3 B (4 crditos)
Disciplina Convnio Optativa Quadro 3 C (4 crditos)
Disciplina Convnio Eletiva A (4 crditos)
Disciplina Convnio Eletiva B (4 crditos)
Disciplina Convnio Eletiva C (2 crditos)
Disciplina Convnio Eletiva - D (2 crditos)
Disciplina Convnio Eletiva E (4 crditos)
Regulamento das Disciplinas Convnio
1. Caracterizao da Disciplina Convnio
As disciplinas convnio possuem ementa livre e so utilizadas para a validao
de disciplinas/atividades curriculares cursadas em instituies conveniadas UFSCar.
2. Elegibilidade de Disciplinas Cursadas em outras Instituies para
aproveitamento atravs das Disciplinas Convnio
Em concordncia com a Portaria GR n 1272/12, de 06 de fevereiro de 2012 que
estabelece normas para adequao curricular para todos os cursos de graduao da
UFSCar, para que uma dada disciplina cursada em outra instituio de ensino possa ser
considerada para integralizao curricular no curso de Engenharia Fsica da UFSCar,
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necessrio que esta satisfaa as seguintes condies:
Ter sido cursada em instituio que disponha de convnio de mobilidade
estudantil com a UFSCar;
Pertencer ao mesmo grupo de formao da disciplina convnio
correspondente;
Ter carga horria igual ou superior disciplina convnio correspondente;
Ser aprovado previamente pela Coordenao do Curso, que considerar
se os demais critrios foram satisfeitos e indicar, ou no, a consonncia
com a formao delineada para o Bacharel em Engenharia Fsica.
3. Inscrio na Disciplina Convnio
A disciplina convnio poder ser utilizada de duas formas: para o
reconhecimento de disciplinas cursadas em instituies conveniadas estrangeiras ou
nacionais, durante afastamento do estudante da universidade de origem, e para o
reconhecimento de disciplinas cursadas em instituies nacionais concomitantemente ao
semestre regular na UFSCar. No primeiro caso, o processo de reconhecimento feito
posteriormente concluso do programa de mobilidade e se dar por meio da anlise da
Coordenao de Curso e encaminhada Pr-Reitoria de Graduao atravs de ofcio.
Por outra parte, quando o estudante optar por cursar uma disciplina/atividade curricular
em outra instituio em paralelo s disciplinas regulares da UFSCar, este dever:
a) Procurar a Coordenao do Curso previamente inscrio nas
disciplinas;
b) Obter a aprovao do seu plano de estudos pela Coordenao de Curso,
que indicar a(s) disciplina(s) convnio correspondentes (s) disciplina(s) da
instituio conveniada;
c) Realizar a inscrio, simultaneamente, na(s) disciplina(s) convnio
indicada(s) pela Coordenao de Curso e na(s) disciplina(s) desejada(s) na
instituio conveniada;
d) Apresentar documentao que comprove a inscrio na disciplina na
instituio conveniada.
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4. Integralizao dos Crditos
O estudante dever entregar ao professor-coordenador da disciplina/atividade
curricular, em prazo pr-estabelecido, um certificado ou outro documento oficial da
instituio conveniada para verificao do nome, ementa e carga horria da disciplina
cursada, assim como a avaliao do seu desempenho (frequncia s aulas, nota obtida,
aprovao ou reprovao na disciplina).
5. Avaliao Complementar
As disciplinas/atividades curriculares realizadas em outra instituio, no
admitem a Avaliao Complementar prevista na Portaria GR/UFSCar no 522/06.
6. Disposies Gerais
Casos especiais ou omissos nesse Regimento devero ser analisados e resolvidos
pela Coordenao de Curso.
6.5 Temticas Educao Ambiental, Direitos Humanos e Histria e Cultura Afro-
Brasileira e Indgena
As Temticas Educao Ambiental, Direitos Humanos e Histria e Cultura Afro-
Brasileira e Indgena j foram incorporadas no mbito dos cursos de graduao da
UFSCar quando da elaborao do Plano de Desenvolvimento Institucional (PDI) da
UFSCar, aprovado conforme o Parecer ConsUni n 337/2003, de 08 de novembro de
2003 e do Perfil do Profissional a ser Formado na UFSCar, criado pelo Parecer
CEPE/UFSCar n 776/2001, de 30 de maro de 2001. Estes dois documentos definem,
respectivamente, os compromissos fundamentais da UFSCar, expresso em seus
princpios e em suas diretrizes gerais e especficas, e as competncias a serem
adquiridas pelos alunos da Universidade, bem como as diretrizes, consideradas
essenciais, orientadoras do trabalho dos docentes responsveis pelo processo de
formao dos mesmos. Portanto, para demonstrar a incorporao destas temticas no
mbito dos cursos de graduao da UFSCar destacamos as seguintes diretrizes
constantes do PDI:
Desenvolver e apoiar aes que ampliem as oportunidades de acesso
e permanncia dos estudantes na Universidade e contribuam com o
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enfrentamento da excluso social; Promover a ambientalizao dos
espaos coletivos de convivncia; e Garantir plenas condies de
acessibilidade nos campi a pessoas portadoras de necessidades
especiais; Promover processos de sustentabilidade ambiental;
Promover a ambientalizao das atividades universitrias,
incorporando a temtica ambiental nas atividades acadmicas e
administrativas, com nfase na capacitao profissional e na
formao acadmica.
E, as seguintes competncias constantes no Perfil do Profissional a ser Formado
na UFSCar
comprometer-se com a preservao da biodiversidade no ambiente
natural e construdo, com sustentabilidade e melhoria da qualidade
de vida; pautar-se na tica e na solidariedade enquanto ser humano,
cidado e profissional; respeitar as diferenas culturais, polticas e
religiosas.
Estas diretrizes e competncias destacadas so desenvolvidas na Universidade
por meio da realizao de uma grande variedade de atividades de ensino, pesquisa e
extenso. Essas atividades permitem, aos estudantes de todos os cursos de graduao, a
construo de um processo formativo pelo qual perpassam as questes tnico-raciais,
bem como as temticas ambientais e de direitos humanos.
No mbito do curso de Bacharelado em Engenharia Fsica, essas diretrizes e
competncias so atendidas, principalmente pelo objetivo de formar um profissional
capacitado a promover a pesquisa e o desenvolvimento tecnolgico por meio da
aplicao de conceitos da Fsica (Clssica, Moderna e Contempornea) valorizando a
sua interao com as demais cincias e as implicaes sociais e ambientais
subjacentes.
A organizao curricular do curso possibilita que as temticas - Educao
Ambiental, Direitos Humanos e Histria e Cultura Afro-Brasileira e Indgena-, possam
ser tratadas, de modo transversal ou em contedo especfico, no mbito de alguns
componentes curriculares obrigatrios e/ou optativos de rea de formao, bem como
em componentes curriculares eletivos.
A questo ambiental perpassa a disciplina obrigatria de Cincias do Ambiente
para a Engenharia Fsica, como tambm as disciplinas optativas de rea de formao
Seleo de Materiais e Reciclagem de Materiais.
A temtica Direitos Humanos tratada intrinsecamente nas disciplinas
Introduo Engenharia de Segurana, Organizao do Trabalho e Teoria das
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Organizaes, que so disciplinas optativas dentro de um dos ncleos de formao do
curso. Entre as contribuies para tal temtica, destaca-se a viso dada pelas disciplinas
de Organizao do Trabalho e Teoria das Organizaes sobre a inteligncia e
variabilidade no trabalho. Este assunto aborda como as pessoas so diferentes entre si e
como podem contribuir para o desenho organizacional das empresas. Assim, nenhum
trabalhador pode ser considerado inapto para discutir e refletir sobre as atividades que
desenvolve, pelo contrrio, deve-se sempre reconhecer a inteligncia no trabalho, o que
independe de sua formao acadmica, classe social, raa e costumes. Desta forma, o
curso busca passar para seus estudantes uma viso holstica do ser humano e como este
deve ser o foco de suas intervenes, respeitando seus limites, necessidades e anseios.
Tal viso, antropocentrada, coloca em evidncia a temtica dos Direitos Humanos, em
especial, no mundo do trabalho, mas com reflexos para a vida cotidiana.
Alm das atividades curriculares citadas, no Ncleo de Formao
Complementar, o estudante do curso de Bacharelado em Engenharia Fsica dever
cursar 16 crditos em disciplinas eletivas, dentre as quais so oferecidas as seguintes
disciplinas que abordam as temticas ambientais e de direitos humanos: Educao
Ambiental, Legislao e Direito Ambiental, Sociedade e Meio Ambiente, Educao e as
Questes da Sustentabilidade, Tecnologia e Sociedade e Noes Gerais de Direito.
A temtica Histria e Cultura Afro-Brasileira e Indgena tambm tratada em
disciplinas que podem ser cursadas com carter eletivo pelos estudantes deste curso, tais
que: Escola e Diversidade: Relaes tnico-raciais, Sociologia das Diferenas e
Sociologia das Relaes Raciais.
Ainda no Ncleo de Formao Complementar, o estudante dever cumprir 14
crditos em atividades complementares. A Atividade Curricular de Integrao Ensino,
Pesquisa e Extenso (ACIEPE) uma das opes de atividade complementar oferecida
pela Universidade, na qual se encontram as seguintes atividades:
Aprendendo pelo contato com a natureza;
Direitos Humanos pelo Cinema;
Educao Ambiental: ambientalizando e politizando a atividade scio-
educativa;
Educao Ambiental em Meio Rural;
Integrao: Sociedade, desenvolvimento e ambiente;
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Programa educacional para formao de consultores, empreendedores e
lderes para o Desenvolvimento Sustentvel
Relaes tnico-Raciais e Educao;
Usina de cidadania e direitos.
Nesta perspectiva, portanto, o currculo do curso de Bacharelado em Engenharia
Fsica contempla o estabelecido na Resoluo CNE/CP n 2, de 15 de junho de 2012
que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educao Ambiental; na
Resoluo CNE/CP n 01/2012, de 30 de maio de 2012 que institui as Diretrizes
Nacionais para a Educao em Direitos Humanos e na Resoluo CNE/CP n 01 de
17/2004 de junho de 2004 que institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a
Educao das Relaes tnico-Raciais e para o Ensino de Histria e Cultura Afro-
Brasileira e Africana e Indgena.
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7. ESTGIO CURRICULAR
No Curso de Bacharelado em Engenharia Fsica, o Estgio Curricular
estruturado conforme o estabelecido na Lei n 11.788/2008, de 25 de setembro de 2008
da Presidncia da Repblica que regulamenta os estgios, e pela Portaria GR n 282/09,
de 14 de setembro de 2009, que dispe sobre a realizao de estgios de estudantes dos
Cursos de Graduao da Universidade Federal de So Carlos. De acordo com a Portaria
GR 282/09, os estgios na UFSCar sero curriculares, podendo ser obrigatrios ou no
obrigatrios. O Curso de Engenharia Fsica prev em sua matriz curricular a realizao
de estgio obrigatrio. O estgio no-obrigatrio poder ser computado como atividade
curricular eletiva at o limite de 06 crditos (90 horas).
A obrigatoriedade de realizao de Estgio atende o estabelecido no Art.7 da
Resoluo CNE/CES n 11/2002, de 11 de maro de 2002 que institui as Diretrizes
Curriculares Nacionais do Curso de Graduao em Engenharia o qual define que
A formao do engenheiro incluir, como etapa integrante da
graduao, estgios curriculares obrigatrios sob superviso
direta da instituio de ensino, atravs de relatrios tcnicos e
acompanhamento individualizado durante o perodo de
realizao da atividade. A carga horria mnima do estgio
curricular dever atingir 160 (cento e sessenta) horas. (Cf. 3-4)
Para o Curso de Engenharia Fsica, est previsto o cumprimento de 20 crditos
(300 horas) de estgio profissional no 9 semestre do curso. Esta a nica atividade
acadmica prevista para o 9 semestre do curso, de modo a permitir que o aluno se
dedique exclusivamente realizao do seu Estgio Curricular Obrigatrio neste
perodo.
A realizao do estgio obrigatrio e no obrigatrio do curso de Engenharia
Fsica tem como base o seguinte Regulamento:
Regulamento do Estgio Obrigatrio e No Obrigatrio do Curso de Bacharelado
em Engenharia Fsica
Objetivos
Observando o Perfil do Profissional previsto para o Curso de Engenharia Fsica e o
previsto no Art. 1 da Lei n 11.788/2008, ou seja, O Estgio Supervisionado um ato
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educativo escolar supervisionado, desenvolvido no ambiente de trabalho, que visa
preparao para o trabalho produtivo de educandos que estejam frequentando o ensino
regular em instituies de educao superior (...), foram definidos para o Estgio
Curricular os seguintes objetivos:
Consolidar o processo de formao do bacharel em Engenharia Fsica,
permitindo a integrao das dimenses tericas e prticas do currculo, bem
como dos conhecimentos e competncias/habilidades adquiridas ao longo
do curso;
Oferecer ao futuro profissional um conhecimento de seu campo de
atuao, possibilitando oportunidades de interao dos estudantes com
institutos de pesquisa, laboratrios e empresas que atuam nas diversas reas
da Engenharia Fsica;
Desenvolver a integrao Universidade-Comunidade, estreitando os
laos de cooperao.
Caracterizao
O Estgio Curricular deve ser desenvolvido nas reas de conhecimento
no mbito da Engenharia Fsica, mediante um Plano de Trabalho, elaborado
em comum acordo entre as partes envolvidas: estudante, parte concedente
do estgio e a UFSCar;
O Estgio no poder ser realizado no mbito de atividades de monitoria
ou iniciao cientfica;
O Estgio Curricular poder ser desenvolvido durante as frias escolares
ou durante o perodo letivo, embora a oferta da disciplina/atividade
curricular seja de acordo com os semestres letivos da UFSCar;
A organizao curricular permite que o aluno possa ter, no 9 perodo,
um semestre letivo sem aulas presenciais, proporcionando 40 horas de
estgio por semana;
Os estgios so classificados em dois tipos: 1- Obrigatrio: Estgio
realizado, dentro ou fora da UFSCar, por estudantes desta Universidade, que
possuam tal obrigatoriedade em seus currculos, orientado por um professor
orientador desta universidade e por um supervisor no local. 2- No-
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obrigatrio: Estgio realizado por estudantes da UFSCar, sem
obrigatoriedade curricular, sendo esta uma disciplina eletiva do curso, na
qual o estudante precisa estar matriculado. Este tipo de estgio requer
necessariamente uma remunerao por parte da Instituio Concedente.
Tambm so caracterizadas como estgio no obrigatrio as horas
excedentes ao previsto no estgio obrigatrio, desde que atendam as
exigncias para este tipo de estgio;
A carga horria dedicada ao Estgio Curricular Obrigatrio consistir
em, no mnimo, 300 (trezentas) horas.
Inscrio na Atividade Curricular de Estgio
Para inscrever-se no Estgio Curricular, o aluno dever preencher os seguintes
requisitos:
a) Estar cursando, preferencialmente, no 4 ano do Curso;
b) Ter sido aprovado na disciplina (09.754-3) Desenvolvimento de Projeto;
c) Possuir um supervisor da parte concedente, para orientao,
acompanhamento e avaliao do Estgio.
Condies para realizao do Estgio Supervisionado
A realizao de Estgio de estudante matriculado no curso de Bacharelado em
Engenharia Fsica dever atender aos seguintes requisitos:
a) Matrcula regular no curso de Bacharelado em Engenharia Fsica;
b) Celebrao de termo de compromisso entre o estudante, a parte
concedente do estgio e a UFSCar;
c) Elaborao de plano de atividades a serem desenvolvidas no estgio,
compatveis com o projeto pedaggico do curso, o horrio e o calendrio
escolar, de modo a contribuir para a efetiva formao profissional do
estudante;
d) Acompanhamento efetivo do estgio por professor responsvel pela
disciplina e por supervisor da parte concedente, sendo ambos responsveis
por examinar e aprovar os relatrios peridicos e final elaborados pelo
estagirio.
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Coordenao dos Estgios
A Coordenao de Estgios ser realizada por professor responsvel pela
disciplina do curso de Bacharelado em Engenharia Fsica com as seguintes atribuies:
a) Coordenar todas as atividades relativas ao cumprimento dos programas
do estgio;
b) Apreciar e decidir sobre propostas de estgios apresentadas pelos
estudantes;
c) Coordenar a tramitao de todos os instrumentos jurdicos (convnios,
termos de compromisso, requerimentos, cartas de apresentao, cartas de
autorizao ou outros documentos necessrios para que o estgio seja
oficializado, bem como a guarda destes;
d) Coordenar as atividades de avaliaes do Estgio.
Atribuies do Orientador de Estgio
O professor responsvel pela atividade curricular/disciplina Estgio Curricular
dever ser um professor do curso de Engenharia Fsica, sendo este responsvel pelo
acompanhamento e avaliao das atividades dos estagirios e ter as seguintes
atribuies:
a) Orientar os alunos na elaborao dos relatrios e na conduo de seu
Projeto de Estgio;
b) Orientar o estagirio quanto aos aspectos tcnicos, cientficos e ticos;
c) Supervisionar o desenvolvimento do programa pr-estabelecido, controlar
frequncias, analisar relatrios, interpretar informaes e propor melhorias
para que o resultado esteja de acordo com a proposta inicial, mantendo
sempre que possvel contato com o supervisor local do estgio;
d) Estabelecer datas para entrevista(s) com o estagirio e para a entrega de
relatrio(s) das atividades realizadas na empresa;
e) Avaliar o estgio, especialmente o(s) relatrio(s), e encaminhar ao
colegiado o seu parecer, inclusive quanto ao nmero de horas que considera
vlidas.
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Atribuies do Supervisor de Estgio
O supervisor do Estgio dever ser um profissional que atue no local no qual o
estudante desenvolver suas atividades e ter as seguintes atribuies:
a) Garantir o acompanhamento contnuo e sistemtico do estagirio,
desenvolvendo a sua orientao e assessoramento dentro do local de estgio.
No necessrio que o supervisor seja engenheiro fsico, mas deve ser um
profissional que tenha extensa experincia na rea de atuao;
b) Informar Coordenao de Estgio as ocorrncias relativas ao estagirio,
buscando assim estabelecer um intercmbio permanente entre a
Universidade e a Empresa;
c) Apresentar um relatrio de avaliao do estagirio Coordenao de
Estgio Supervisionado, em carter confidencial.
Atribuies do Estagirio
O estagirio, durante o desenvolvimento das atividades de Estgio, ter as
seguintes atribuies:
a) Apresentar documentos exigidos pela UFSCar e pela concedente;
b) Seguir as determinaes do Termo de Compromisso de Estgio;
c) Cumprir integralmente o horrio estabelecido pela concedente,
observando assiduidade e pontualidade;
d) Manter sigilo sobre contedo de documentos e de informaes
confidenciais referentes ao local de estgio;
d) Acatar orientaes e decises do supervisor local de estgio, quanto s
normas internas da concedente.
e) Efetuar registro de sua frequncia no estgio;
f) Elaborar e entregar relatrio das atividades de estgio e outros
documentos nas datas estabelecidas;
g) Respeitar as orientaes e sugestes do supervisor local de estgio;
h) Manter contato com o professor orientador de estgio, sempre que julgar
necessrio;
i) Assumir o estgio com responsabilidade, zelando pelo bom nome da
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Instituio do Estgio e do curso de Bacharelado em Engenharia Fsica.
Formalizao do Termo de Compromisso
Dever ser celebrado Termo de Compromisso de Estgio entre o estudante, a
parte concedente do estgio e a UFSCar e dever estabelecer:
a) O plano de atividades a serem realizadas, que figurar em anexo ao
respectivo termo de compromisso;
b) As condies de realizao do estgio, em especial, a durao e a jornada
de atividades, respeitada a legislao vigente;
c) As obrigaes do Estagirio, da Concedente e da UFSCar;
d) O valor da bolsa ou outra forma de contraprestao devida ao Estagirio,
e o auxlio-transporte, a cargo da Concedente, quando for o caso;
e) O direito do estagirio ao recesso das atividades na forma da legislao
vigente;
f) A empresa contratante dever segurar o estagirio contra acidente pessoal,
sendo que uma cpia da mesma dever ser anexada a este termo aps sua
realizao.
Etapas do Estgio
O Estgio Curricular realizado pelo estudante, com orientador e supervisor no
local de estgio, dever obedecer as seguintes etapas:
a) Planejamento o qual se efetivar com a elaborao do plano de trabalho e
formalizao do Termo de Compromisso;
b) Superviso e Acompanhamento se efetivaro em trs nveis: Profissional,
Didtico-pedaggico e Administrativo, desenvolvidos pelo supervisor local
de estgio e professor responsvel pela disciplina;
c) Avaliao se efetivar em dois nveis: profissional e didtico,
desenvolvidos pelo supervisor local de estgio e professor responsvel pela
disciplina, respectivamente.
Documentos de Acompanhamento das Atividades de Estgio
As atividades de Estgio so acompanhadas e os dados relativos a este
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acompanhamento so sistematizados em Fichas com objetivos especficos, conforme
descrito a seguir:
Ficha de Cadastramento de Empresas: Possibilitar a coleta de
informaes relativas Instituio concedente ou proponente do estgio, e
dever ser entregue pelo estudante junto ao Plano de Estgio. Possibilitar,
tambm, como identificao da empresa que poder alimentar um banco de
dados para procura de estgios futuros pelos alunos do Curso de Engenharia
Fsica;
Ficha de Avaliao do Estagirio pelo Professor Orientador:
Possibilitar acompanhar o desempenho nas atividades programadas, bem
como o envolvimento do estagirio durante a realizao destas;
Ficha de Avaliao do Estagirio pelo Supervisor Local de Estgio:
Possibilitar acompanhar o desempenho do estagirio no ambiente de
estgio.
Avaliao do Aproveitamento Discente
Em atendimento Portaria UFSCar/GR n 522/06, devero ser previstos, pelo
menos, trs momentos de avaliao, distribudos durante o semestre, e utilizados
instrumentos diferenciados. Assim, a avaliao do estgio constar das seguintes etapas,
considerando a realizao do estgio no semestre regular de oferta da
disciplina/atividade curricular:
a) Elaborao de um Plano de Trabalho (PT)
No incio do Estgio, o aluno dever elaborar um Plano de Trabalho contendo as
seguintes informaes:
Pgina de rosto
Nome da empresa, nome do aluno, telefone de contato e nome do
supervisor local de Estgio;
E-mail do aluno e do supervisor local;
rea de atuao e tema dentro da rea;
Indicao de trs nomes de professores que podero orientar as
atividades de Estgio.
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Corpo do texto:
Introduo breve descrio do problema geral;