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Ceará
Fortaleza
Fortaleza
Há alguns muitos anos, podia afirmar que me encontrava exatamente como esta embarcação
que desprendeu as precárias amarras do ancoradouro onde estava atracada. À deriva, o navio – Mara Hope – encalhou nas areias do mar cearense da linda Fortaleza, enquanto
enquanto eu, que não conseguia dar o salto acima para o mar da vida, tive a sorte de ser socorrida e conduzida por um a outro dos ilustres e muito humanos filhos do Ceará, a
quem pedi algo parecido com versos da canção “Beatriz”: “Me ensina a não andar com os pés no chão, para sempre é sempre por um triz ...”
“Diz se é perigoso a gente ser feliz ...”
Ao descobrir o significado do nome de uma de suas praias – a do Futuro – decidi formatar esta apresentação para quem, como eu, não conhece de perto a alegria de viver do povo
cearense nem as belezas da capital do Ceará, Fortaleza.
Fortaleza
Próximo à Sé situa-se o Forte Nossa Senhora da Assunção , onde a história de Fortaleza começou – 1649. O próprio nome da cidade é uma referência a essa antiga fortificação.
Praça do Ferreira – primeira referência do centro de Fortaleza, conhecida como o coração da cidade; faz parte de sua história há 172 anos. Para os fortalezenses é tradição ir até lá para rever
amigos, conversar, e sentar em seus bancos nem que seja apenas para apreciar o movimento.
Na Praça do Ferreira – o Excelsior Hotel , da década de 1930, é considerado a maior construção em alvenaria do Brasil – em vez das armações em concreto, foram usados como vigas
trilhos de estrada de ferro.
Praça do Ferreira a esta hora deserta mas, deste ângulo, fazendo uma bela composição com o verde-mar da praia Formosa, onde está situada uma elegante marina particular.
Estação Central da R.V.C. Professor João Felipe – construída em estilo dórico-romano, é um dos marcos arquitetônicos da cidade desde 1880.
A partir de 1978, Fortaleza passou a ter a décima Catedral do mundo e a segunda do Brasil em tamanho. De destaque, a pia batismal de origem portuguesa, datada de 1637, e os sinos de
bronze, de 1680, que badalam em suas torres de 75 m de altura.
Mercado Central – especializado em produtos artesanais, abriga 553 boxes distribuídos em 5 pavimentos, sendo um deles destinado a estacionamento.
Baobá centenário na Praça dos Mártires, mais conhecida como Passeio Público . É a mais antiga praça da cidade, que entre outros atrativos tem uma bela vista para o mar.
Fortaleza é uma cidade que apresenta vasta rede de hotéis, com alto requinte nos especiais catalogados como “five stars”. É o caso do Marina Park Hotel, na região central, que além de todos os itens próprios da categoria, oferece heliponto, bosque particular à beira-mar, e
marina com infra-estrutura necessária para atender às tripulações.
Ainda no centro, na Praça General Tibúrcio – ou Praça dos Leões, como é conhecida – situa-se o antigo Palácio da Luz, que foi sede do Governo do Estado e hoje abriga a
Academia Cearense de Letras, entidade literária máxima do Ceará. A ACL é a mais antiga do Brasil, fundada em 1894, três anos antes da Academia Brasileira de Letras.
Também na Praça General Tibúrcio – ou Praça dos Leões – foi erigida homenagem a outra especial criatura dentre os filhos ilustres do Ceará – Raquel de Queiróz.
Palácio José de Alencar, hoje Museu do Ceará – tem acervo com peças distribuídas em três importantes coleções que contam a história do Ceará: Paleontologia,
Arqueologia/Antropologia Indígena e Mobiliário.
Museu do Ceará – está instalado no antigo palácio de estilo neoclássico . O Museu tem por principal missão promover a reflexão crítica sobre a História do Ceará por meio de programas integrados de pesquisas museológicas, exposições, cursos, publicações e práticas pedagógicas.
Museu do Farol , longe do centro – porque na ponta do Mucuripe – foi construído nos idos de 1840. Depois de reformado, abrigou o Museu do Jangadeiro, atual Museu do Farol, cujo acervo
faz referência a Fortaleza Colônia, e ao Ceará província do Brasil Império.
Theatro José de Alencar – com fachada no melhor estilo “art nouveau”, foi tombado como patrimônio histórico nacional e é um dos mais significativos monumentos artísticos da cidade.
O Theatro José de Alencar é uma das mais notáveis obras caracterizadas por apresentar fachada interna em estruturas metálicas de estilo coríntio importadas da Escócia.
De se ressaltar que o belo painel sobre a boca de cena retrata aspectos alusivos à mitologia grega e à obra de José de Alencar, bem como o fato de todos os camarotes levarem os nomes das
grandes obras desse imortal escritor cearense.
Aldeota – bairro nobre localizado próximo ao centro. Possui grandes e arborizadas avenidas. Na foto, a Torre Quixadá (marrom, redonda) que tem uma das melhores vistas de Fortaleza.
Praça Portugal – é o coração do elegante bairro Aldeota. Com seu formato circular, funciona como rotatória e faz o encontro de duas das maiores e mais movimentadas
avenidas do bairro: Dom Luiz e Desembargador Moreira.
Atravessando a cidade em direção ao leste, encontra-se o Parque Ecológico do Cocó – áreas verdes, bosques, quadras esportivas, pista para cooper, anfiteatro, lanchonetes, um imenso
mangue, e flora e fauna características.
Pouco além do Cocó, entre as muitas lagoas de Fortaleza, encontra-se a Casa de José de Alencar – onde viveu sua infância na então cidade de Messejana, hoje bairro de Fortaleza.
Do Cocó em direção a Aquiraz – município na região metropolitana de Fortaleza – e já em praia de Porto das Dunas, se encontra o Beach Park Resort, hotel ligado ao maior
parque aquático da América Latina.
No Beach Park se encontra altas emoções e diversões moderadas, mas para quem tem “nervos de aço” o Insano oferece uma queda de 41 metros de altura, equivalente a um prédio de 14 andares.
Deslizar sobre ele corresponde a se entregar a uma descida capaz de alcançar a velocidade de 105 quilômetros por hora.
É considerado o equipamento mais radical do gênero no planeta.
Criada como Biblioteca Provincial do Ceará, hoje está integrada arquitetonicamente ao Centro Cultural Dragão do Mar. Recebe uma frequência média de 10.000 usuários/mês.
Centro DRAGÃO DO MAR de Arte e Cultura – CDMAC – espaço de cultura e lazer da cidade na Praia de Iracema. Congrega vários espaços onde o lazer urbano, a produção e
difusão da arte e da cultura são o foco principal.Em sua vasta área de convivência, inclui espaços como o Memorial da Cultura Cearense, o
Museu de Arte Contemporânea do Ceará, a Biblioteca Pública Menezes Pimentel, uma moderna sala teatro, duas salas de cinema, o Planetário Rubens de Azevedo, o Anfiteatro
Sérgio Mota, um auditório e salas de aula.
CDMAC - Planetário Rubens de Azevedo – construído com tecnologia alemã, está entre os mais modernos do mundo, é o único no Brasil a projetar o arco-íris, através de 20 projetores multimídia.
Um dos espaços de lazer do CDMAC – barzinhos noturnos com convidativas mesas ao ar livre.
Avenida Monsenhor Tabosa – o chamado corredor da moda, abrange 700 metros de comércio de artigos “fashion” e também artesanato, toda arborizada com carnaubeiras.
E antes de destacar cada praia, geral da famosa Beira-Mar com um mar que até dói de tão lindo!
Praia de Iracema, contígua ao centro da cidade, é uma dentre as quatro praias urbanas.
Praia de Iracema – a mais recente estátua da personagem de José de Alencar que dá o nome à praia está assinada pelo escultor cearense Zenon Barreto.
A Ponte dos Ingleses, também conhecida por "Ponte Metálica", situa-se na Praia de Iracema.
Ponte Metálica – além de abrigar um observatório marinho, constitui-se no melhor ponto para se apreciar o por do sol na cidade, razão pela qual nesse horário é muito visitada.
Da praia de Iracema em direção ao leste, tem início a famosa Beira-Mar com seus calçadões que convidam a um passeio sentindo a brisa do começo da noite...
(esta foto me faz adivinhar o cheiro de Fortaleza)
Na praia do bairro Meireles, além da vista que se tem para e dos belos edifícios que lá se encontram, estão muitos dos bons hotéis de Fortaleza e também as melhores opções de lazer.
Um passeio de barco ou veleiro por toda a orla marítima de Fortaleza, especialmente no fim de tarde, é uma forma emocionante de apreciar o
pôr-do-sol e, possivelmente, ver golfinhos.
Meireles - tanto o luxo de suas construções como a beleza natural de sua praia, constituem belos postais da cidade e ponto de atração turística, para o que concorre também a feira de
artesanato que lá se realiza todos os dias.
Próxima a muitos dos bons hotéis da cidade, praticamente em frente a um dos nababescos, se realiza a Feirinha da Beira-Mar, ao ar livre. Nela se encontra vestuário, rendas, redes,
artigos de cama, mesa e banho; entalhes em madeira, artigos em couro, além produtos regionais.
Dentre diversos expostos na feirinha da Beira-Mar, exemplo de artesanato em que se destaca a profusão de cores tão representativas da alegria do povo do nordeste em geral.
Rendeira trabalhando em renda de bilro, técnica trazida pelos padres jesuitas que ensinavam as índias a ornamentar o altar das igrejas nos aldeamentos com mantos de renda no algodão.
Continuando pela Beira-Mar, o antigo monumento em homenagem à Iracema, personagem do escritor José de Alencar, nos confirma onde chegamos porque diz a lenda que foi no Mucuripe que Iracema esperava pela volta do guerreiro branco, o colonizador Martins Soares Moreno.
... e o espetáculo não podia ser de nenhum outro encanto de Fortaleza, que não o de Mucuripe.
A visão dos barcos emborcados na areia de Mucuripe fez lembrar que quando me encontrava à deriva, numa jangada assim nua,
o cearense timoneiro dos barcos da vida me guiou na descoberta da arte de tecer velas para evitar novos naufrágios e também, com minha jangada então já equipada,
a levar minhas mágoas para as águas fundas do mar. Desde então, ao longo dos anos, continua sendo ele quem me orienta, apóia e incentiva quando consigo navegar em direção a alguma conquista em minha nova rota de vida...
...da mesma forma que no fim de cada dia, de volta ao Mucuripe , os mastros das jangadas envoltos em suas velas continuam também, ano após ano, a apontar
para o cardume de estrelas dos céus do Ceará...
Imagens: Todas extraídas da Net com indicação dos respectivos autores
Músicas: Beatriz (editada) – de Edu Lobo e Chico Buarque – por André MehmariNo Ceará é assim – de R.Teles Evangelista – por Raimundo Fagner – cearenses As velas do Mucuripe (editada) – de Belchior e Raimundo Fagner – cearenses – – por Oswaldo Montenegro Criação, pesquisa, compilação e formatação de
Delza Dias Ferreira [email protected]
Versão para o Inglês – Flavio Musa de Freiras Guimarães www.culturesandart.com São Paulo, III - 2011