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Doenças inflamatórias Doenças inflamatórias intestinaisintestinais
Discentes: Gustavo Cardoso e Jefferson Oliveira
Salvador, 2012
Introdução
Doença inflamatória crônica intestinal, Não infecciosa, Idiopática, Inclui: Retocolite Ulcerativa (RCUI), Doença de Crohn, Colite indeterminada: quando não é possível fazer a
classificação, mesmo com os dados clínicos, laboratoriais, radiológicos, endoscópicos e histopatológicos.
Epidemiologia
Picos de incidência: entre 15 e 30 anos e entre 60 e 80anos;
Mais comum em Judeus, brancos, negros e asiáticos;
Sexo: RCUI -> ambos os sexos e DC -> sexo feminino
Histórico familiar ( 1°grau): risco aumentado 4 a 20 vezes ;
Epidemiologia
Maior incidência no hemisfério Norte: EUA, Reino Unido:◦ CU: 6-12 / 100.000 hab. ◦ DC: 5-7 / 100.000 hab.
Raridade na América do Sul, Ásia e África:◦ CU: 2-8 / 100.000 hab.◦ DC: 0,1-4 / 100.000 hab.
Brasil: a incidência tem aumentado, principalmente em relação à Doença de Crohn;
Inflamação difusa da mucosa Limitada ao cólon Episódios recorrentes
Classificação 1.Extensão
•Colite distal: Proctite (reto) e Proctossigmoidite (reto e sigmóide)•Colite esquerda: do reto ao âng. esplênico•Colite extensa: além do ângulo hepático•Pancolite: todo o cólon
2. Gravidade
• Leve• Moderada • Grave
Quadro clínico: extensão + gravidade Sintomas: Diarréia crônica Dor abdominal em cólicas (raro) Eliminação de muco e sangue nas fezes Febre, emagrecimento, desidratação, palidez, taquicardia,
hipotensão postural, edema
Manifestações extra intestinais (10 a 20% dos casos) Artrite, eritema nodoso, episclerite, entre outros.
Diagnóstico Critérios:
◦ Hematoquesia ou diarréia por mais de uma semana,◦ Aspecto endoscópico: inflamação contínua, ulcerações superficiais,
granulidade da mucosa,◦ Aspecto histológico: neutrofilia, distorção das criptas e formação de
abcessos◦ Eliminação de colite infecciosa: coprocultura e pesquisa de ovos
Quadro clínico Exames laboratoriais Exames endoscópicos Exames radiológicos
(Lennard- Jones J et al 1997)
Exames laboratoriais
1. Podem ser normais ou discretamente alterados nos casos leves.
2. Anemia hipocrômica microcítica (ferropriva), leucocitose (às vezes eosinofilia e monocitose).
3. Elevação das provas de atividade inflamatória - velocidade de hemossedimentação (VHS), alfa-1-glicoproteína ácida, proteína C reativa (PCR).
4. Nos casos graves - hipopotassemia, hipocloremia, hiponatremia, alcalose ou acidose metabólica.
5. Presença de leucócitos nas fezes (diarréia exsudativa).
Exames radiológicos 1. Raio X – casos graves
◦ Dilatação colônica (> 6 cm) no megacólon tóxico ◦ Presença de pneumoperitônio.
2. Enema opaco com duplo contraste
◦ Aspecto granuloso, ◦ Contornos colônicos irregulares (imagem em "papel rasgado" ou "borda
de selo"), ◦ Falhas de enchimento ("pseudopólipos"), ◦ Aspecto tubular do cólon nos casos crônicos; ◦ A presença de estenose pode estar associada ao carcinoma.
3. US, TC e RM
Exames endoscópicos com biópsias
• Retossigmoidoscopia e colonoscopia.
- Hiperemia, edema, mucosa friável, erosões, ulcerações.
- Casos de longa evolução - mucosa pálida, atrófica, aspecto tubular do cólon.
- Pseudopólipos (15% a 30% dos casos).
• A colonoscopia é o exame de eleição para avaliação da extensão da RCUI.
Tratamento
Clínico Medicamentoso Cirúrgico
Tratamento clínico Reposição hidroeletrolítica Correção da anemia Antibióticos: aminoglicosídeo, ciprofloxacina Suporte emocional Suporte nutricional
◦ Dieta não restritiva :100g proteínas por dia◦ Nutrição enteral
Tratamento medicamentoso Antidiarréico: opiáceos Corticoide: fase aguda (prednisona, hidrocortisona) Antiinflamatório e imunossupressor
Tratamento cirúrgico
Indicações◦ Doença refratária ao tratamento clínico◦ Doença fulminante◦ Megacólon tóxico◦ Hemorragia maciça◦ Perfuração ou obstrução do intestino grosso◦ Displasia◦ Manifestação extra intestinal sem controle
Tipos• Colectomia total • Proctomucosectomia, • Reconstruçäo íleo-anal com reservatório ileal
Rodrigues M, Barbieri D, Koda YKL, Faria RM. Retocolite ulcerativa inespecífica. In: Barbieri e Koda (ed.) Doenças
Gastroenterológicas em Pediatria. São Paulo: Atheneu, 1996. p.283.
Teixeira M G, Brunetti Netto C, Rosoky R M, et al. Manifestações Extra - Intestinais da Retocolite Ulcerativa. Rev.Bras.Colo-Proct. 1988;8(2): 45-49.
Loiola, C E F & Dani, R. Atualização em Doença de Crohn. J. Bras. Gastroenterol. 2005, 5 (2):49-62.