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P R Ê M I O

P R O F E S S O R S A M U E L B E N C H I M O L

2008

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Presidência da República

Luiz Inácio Lula da Silva

Presidente

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

Miguel Jorge

Ministro

Secretaria de Tecnologia Industrial

Prof. Francelino Grando

Secretário

Rafael de Sá Marques

Chefe de Gabinete

José Rincon Ferreira

Diretor de Articulação Tecnológica

Rodrigo Carvalho

Diretor de Política Tecnológica

Federação das Indústrias do Estado do Tocantins

Eduardo Machado Silva

Presidente

Evandro de Oliveira Resende

Chefe de Gabinete

Elaine Ararúna de Sousa

Gerente de Comunicação Social

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Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

Secretaria de Tecnologia Industrial

P R Ê M I O

P R O F E S S O R S A M U E L B E N C H I M O L

2 0 0 8

Brasíiia/DF 2008

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© 2008 Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) Secretaria de Tecnologia Industrial – STI É permitida a reprodução de qualquer parte dessa obra, desde que citada à fonte.

Brasil. Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior.

Prêmio Professor Samuel Benchimol 2008 / Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.Exterior. -Brasília: MDIC/STI, 2008.

308p. 1. Desenvolvimento sustentável – Amazônia. 2. Meio Ambiente – Amazônia. 3. Amazônia –

Desenvolvimento. I. Título.

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Secretaria de Tecnologia Industrial Departamento de Articulação Tecnológica Esplanada dos Ministérios, bloco j, Sobreloja 70053-900-Brasília-DF TeL.: 55 (61) 2109-7393

Fax: 55 (61) 2109-7286 http:://www.desenvolvimento.gov.br e-mail: [email protected] Ouvidoria Tel.: 55 (61) 2109-7646 Fax: 55 (61) 2109-7333 http :://www.desenvolvimento.gov.br e-mail: [email protected]. Federação das Indústrias do Estado do Tocantins Quadra 104 Sul; Rua SE'3, Lote 29 Plano Diretor Sul, Palmas-TO 77020-016

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AGRADECIMENTOS

As entidades promotoras do Prêmio Professor Samuel Benchimol 2008 agradecem

aos Ministérios da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ciência e Tecnologia; Defesa;

Desenvolvimento Social e Combate à Fome; Integração-Nacional; Meio Ambiente; Minas e

Energia; Relações Exteriores; Saúde; Turismo, Minas é Energia, Amazon Sat, Ação Pro-

Amazônia; Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (Abipti); Banco da

Amazônia; Banco do Brasil; Banco ltaú; Basf; Brasil Telecom; Consórcio Estreito Energia

(Ceste); Coca Cola; Confederação Nacional da Indústria (CNI); Conselho Federal de

Engenharia; Arquitetura e Agronomia (Confea); Fundação de Amparo a Pesquisado Estado

do Amazonas (Fapeam); Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa);

Grupo Bemol/Fogás; Honda; Natura; Nokia do Brasil; Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e

Pequenas Empresas (SEBRAE); Siemens; Pirelli; O Boticário; Secretaria de Ciência e

Tecnologia do Estado do Amazonas; Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do

Tocantins; Secretaria da Juventude do Estado do Tocantins; e Vale pelo apoio ao Prêmio é à

edição desta publicação.

Agradecimentos especiais à Federação das Indústrias do Estado do Tocantins.

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PREFÁCIO

Aconteceu, em 2008, a 5.a edição do Prêmio Professor Samuel Benchimol. Foram

identificadas e apoiadas as mais importantes iniciativas para o desenvolvimento sustentável

da Amazônia. As três áreas de atuação analisadas todos os anos são: ambiental, social e

econômica/tecnológica. Este relatório, parte essencial do Prêmio, disponibiliza ampla lista

de projetos, que podem ser objeto de parcerias, a todos os atores do processo de

desenvolvimento da região. O sucesso dessa iniciativa deve-se ao esforço conjunto que vem

sendo feito por Governo e setor privado: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e

Comércio Exterior (MDIC), Confederação Nacional da Indústria (CNI), Serviço Brasileiro de

Apoio às Micro e Pequenas Empresas (SEBRAE), em parceria com outras entidades, como a

Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o Banco da Amazônia, Federações

de Indústrias da Região Norte e um significativo-número de instituições do setor

empresarial. Neste ano, a coordenação do Prêmio coube à Federação das Indústrias do

Estado do Tocantins (FIETO).

O Prêmio Professor Samuel Benchimol é uma homenagem ao amazônida;

economista, cientista e professor universitário, considerado, na última década, um dos

maiores especialistas em Amazônia. Seus estudos têm contribuído para melhorar a

compreensão sobre a importância dos aspectos sociais e culturais para o desenvolvimento

sustentável da região. Sua mensagem tem sustentado a elaboração, de estratégias públicas

e privadas que considerem, ao mesmo tempo, o usufruto racional das riquezas e a

preservação dò espaço amazônico. O Professor Benchimol nos alertava que o “fazer

Amazônia” pela pressa e improvisação resultaria na destruição, pela violência ecológica, das

opções e alternativas que devem ser preservadas para as gerações futuras.

O Prêmio Professor Samuel Benchimol 2008 foi disputado por 163 projetos,

abrangendo desde propostas de políticas públicas, passando por ideias de associativismo,

soluções de assentamentos; qualidade devida do interiorano até o manejo florestal;

sistemas agroflorestais consorciados com agricultura tradicional e animais silvestres e

melhoria da produtividade da pecuária bovina, entre muitas outras. Esta coletânea traz um

resumo de todos esses projetos.

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Destacou-se a procedência dos autores dos projetos, muitos dos quais oriundos de

instituições com larga experiência em pesquisa, como a Embrapa, as universidades, o INPA,

a Fucapj, a Eletronorte, as associações de produtores, as fundações e os institutos privados.

Essa ampla abrangência de participantes exigiu empenho redobrado da Comissão

Avâliadora na análise de critérios que envolveram: coerência com políticas públicas,

viabilidade financeira, benefícios econômicos e sociais para a região, originalidade, entre

outros. De todos esses projetos é trabalhos, alguns se destacaram e foram agraciados.

Na categoria Ambiental:

O primeiro lugar foi para os pesquisadores Éderson Augusto Zanetti e Marcelo de Castro Souza, da Associação de Produtores Rurais do Vaie do XV, Mato Grosso, com o projeto “Criação do Serviço Nacional de Carbono Rural da Amazônia”, que busca estimular o desenvolvimento de atividades mitigadoras dos efeitos das mudanças climáticas na economia nacional. O Projeto dá suporte à implantação do Fundo Nacional de Carbono Rural da Amazônia, à implantação de sistema de gerenciamento e inventário nacional de emissões de gases, do efeito estufa e ao desenvolvimento de ferramentas para monitorainento dos estoques de carbono.

O segundo lugar foi para o. pesquisador Cláudio Urbano Bittencourt Pinheiro, da Universidade Federal do Maranhão, com “Geração de Renda, Inclusão Social è Recomposição de Matas Ciliares por Comunidades Ribeirinhas na Área de Proteção Ambienta/ (ÀPA), da Baixada Maranhense”. O projeto traz as linhas de execução de um programa de produção de mudas de espécies vegetais das matas ciliares no município de Penalva, no Maranhãò. O professor defende o uso de espécies nativas na recomposição da cobertura vegetal, em lugar da utilização das exóticas, “utilizadas em situações muito particulares de pérturbaçãò ou quando se tem por objetivo empregar cultura com fins comerciais”.

O terceiro lugar foi, para o pesquisador Alexandre Kemenes, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia, Anavilhanas Consultorias Ambientais Ltda., com “Captura e Aproveitamento do Metano que passa por Barragens de Hidrelétricas Tropicais”. O projeto demonstra a possibilidade do aproveitamento energético e econômico do biogás ou do metano gerado nos reservatórios de usinas hidrelétricas (liberados por descompressão durante a passagem de água pelas turbinas, em algumas épocas do ano), experimentado na Usina de Balbina, no município de Presidente Figueiredo, no Amazonas,

Na categoria Social:

O primeiro lugar ficou para o pesquisador Écio Rodrigues, da Universidade Federal do Acre, com o projeto “Extrativistas e Áreas Protegidas do Acre”, que busca conscientizar, sensibilizar e qualificar o produtor extrativista – posseiro ou proprietário de recurso florestal – a praticar.o uso desse recurso de forma sustentável. Ele defende a busca de alternativas econômicas que tenham, por princípio, aproveitar as vantagens comparativas da região.

O segundo lugar foi para o pesquisador Márcio Antônio da Silveira, da Fundação Universidade Federal do Tocantins, com o trabalho “Alternativa de Produção de Etanol a partir da Batata-Doce Voltada à Realidade dos Pequenos e Médios Agricultores da Região Norte”. O Projeto tem o propósito de criar condições para que a agricultura familiar participe também do mercado de etanol, em sistemas de associação ou cooperativa. Ele destaca a matéria prima qué será utilizada: a batata-doce, abundante na região e com uma tecnologia que, ao contrário da cana-de-açúcar, não usa a queimada para à colheita e se adapta bem a solos de baixa a média fertilidade. Como subproduto, a

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bata doce oferece uma massa alimentícia com 17% a 30% de proteína, que pode ser administrada diretamente para suínos, gado de leite e outros animais.

O terceiro lugar foi para pesquisadora Vânia Beatriz Vasconcelos de Oliveira, da Embrapa Rondônia, pelo programa Educomunicação Científica, orientado para estudantes do Ensino Fundamental de comunidades do Rio Madeira, erri Porto Velho (RO). O trabalho proporciona a inclusão social de jovéns rurais, por meio do desenvolvimento de atividades educacionais e de comunicação para a divulgação científica, contribuindo assim para a popularização da ciência e o fortalecimento da cidadania. A estratégia é disseminar informações em linguagem acessível, sobre questões socioambientais, a partir da compreensão de como e para quê “se faz ciência” e qual a'sua aplicabilidade no dia-a-dia do cidadão comum.

Na categoria Econômica / Tecnológica:

O primeiro lugar coube aos pesquisadores Carmelita de Fátima, Kil Jin Park e Míriam Hubinger, da Faculdade de Engenharia Agrícola-Universidade Estadual de Campinas, com o trabalho Desidratação Osmótica e Defumação Líquida para Obtenção de Piraíba Seca. O Projeto desenvolve uma tecnologia para trabalhar com peixe desidratado, verticalizando a cadeia do pescado in natura e desenvolvendo novos produtos: óleos, concentrado proteico e farinhas. Utiliza-se a defumação líquida – processo de imersão do pescado em soluções de extratos líquidos de fumaça, ao contrário da defumação tradicional, que utiliza a queima da madeira durante o processo.

O segundo lugar foi para os pesquisadores Jadir de Souza Rocha, Cynthia Lins Falcone Pontes, Tereza Maria Farias Bessa e Vânia Maria O. da Câmara Lima, do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA), com o trabalho Tijolo Vegetal. Apresenta-se um processo de aproveitamento de resíduos vegetais (ouriços, castanhas-do-brasil, mesocarpos de tucumã e de coco) para fabricação de tijolos. Essa tecnologia reduz os custos de produção em relação aos tijolos convencionais (argila e solo-cimento), além de dispensar a etapa de queima, o que evita a derrubada de árvores para obtenção de lenha e, consequentemente, a emissão de gases.

Em terceiro lugar, sagrou-se á pesquisadora Gilvanda Silva Nunes, da Universidade Federal do Maranhão, com o trabalho Desenvolvimento das Cadeias Extrativistas do Babaçu e de outros Produtos Naturais, para Impulsionar o Setor de Cosméticos Naturais na Região Amazônica. Tem-se o propósito de aproveitar os recursos naturais da Pré-Amazônia Maranhense (babaçu, andiroba, bacuri, dentre outros, são abundantes e de grande relevância econômica e social no Estado) para o desenvolvimento de uma indústria cosmética na região.

Vencida a etapa de eleição dos trabalhos mais importantes, inclusive com a

premiação dos vencedores; urge, agora, aproximar o setor empresarial dos projetos. O

objetivo é estimular a contratação das melhores ideias, ampliando a capacidade de

realização do Prêmio Professor Samuel Benchimol. Algumas instituições já têm dado

contribuição nesse sentido, como o Banco da Amazônia e as fundações de amparo à

pesquisa da Região Norte. Precisamos passar da etapa do planejar para a do fazer, que é a

essência de todo o trabalho que acompanha a elaboração desse Prêmio.

Finalmente, o MDIC e os demais parceiros do concurso assumem o compromisso

de, a cada ano, por ocasião da solenidade de premiação dos agraciados, reeditar obras

importantes do Professor Samuel Benchimol, hoje, em edições esgotadas. Assim, os

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ensinamentos do mestre estarão ao alcance de todos aqueles que buscam o

desenvolvimento sustentável da Amazônia e do Brasil.

Professor Francelino Grando

Secretário de Tecnologia Industrial

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SUMÁRIO

Agradecimentos

Prefácio

Mensagem do Presidente Executivo

O Prêmio Professor Samuel Benchimol

Vencedores dos Prêmios Professor Samuel Benchimol, Edição 2008

Íntegra dos Projetos vencedores

Categoria “Ambiental”

Categoria “Econômica/Tecnológica”

Categoria “Social”

Projetos apresentados ao Prêmio Professor Samuel Benchimol – Edição 2008 – Resumo

Comissão Julgadora

Índice

Autores

Instituições participantes

Projetos

Coordenação

Comitê Editorial

Equipe Técnica

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MENSAGEM DO PRESIDENTE EXECUTIVO DO PRÊMIO PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL 2008

Quando a Federação das Indústrias do Estado do Acre (FIEAC), juntamente.com o

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), na pessoa do

professor José Rincon Ferreira, decidiriam trazer o Prêmio Professor Samuel Benchimol para

o Tocantins, sabíamos naquele momento que tínhamos pelo menos dois grandes desafios

pela frente; mostrar nossa identidade amazônica, que conquistamos em 1988 com a

criação do Estado, e fazer com que ele tivesse uma grandeza ainda maior, passando a atuar

como agente de transformação. Por isso, defendemos que o Prêmio seja transformado

num Fórum Permanente de discussão das questões amazônicas, já que estamos falando de

um espaço territorial tão discutido e questionado mundo afora.

Embora seja o mais novo Estado da Federação, o Tocantins conta com a

representação.de vários ministérios, fundações de pesquisa, universidades, instituições

bancárias, grandes empresas e tantos outros segmentos que justificam a criação do Fórum

Permanente, iniciativa que certamente contribuirá para manter o legado do professor

Samuel Benchimol e engrandecer ainda mais o Prêmio, que por sua vez se tornaria a

grande referência da região amazônica em termos mundiais.

Sob nossa responsabilidade, trabalhamos incansavelmente para dar maior

publicidade ao Prêmio frente às instituições educacionais, de pesquisa, pela internet e

principalmente através da mídia, que acreditamos ser a melhor forma de massificar uma

informação. A ampla divulgação nos permitiu mensurar alguns resultados, como o

aumento do número de projetos inscritos no Tocantins, que saltou de dois na edição

anterior, para dezenove – um acréscimo de 95% ou 12% do total de projetos inscritos nesta

edição.

À Federação das Indústrias do Estado de Rondônia (Fiero), que sediará a próxima

edição do Prêmio Professor Samuel Benchimol, temos a dizer que é um grande desafio, mas

que ela não estará sozinha nessa empreitada. Tanto a Fieto como os parceiros e

patrocinadores, que a nós se uniram, continuaremos firmes e apoiando a iniciativa, tudo

em prol da Amazônia, de projetos e ideias que possam realmente torná-la um exemplo de

desenvolvimento sustentável.

Para encerrar, faço minhas as palavras do professor Samuel Benchimol, que certa

vez disse:

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“[...] o mundo amazônico não pode ficar isolado ou alheio ao desenvolvimento brasileiro e internacional. Terá que se autossustentar em quatro aspectos: economicamente viável, ecologicamente adequado, politicamente equilibrado e socialmente justo”.

Eduardo Machado Silva

Presidente do Sistema Fieto

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O PRÊMIO PROFESSOR SAMUEL BENCHIMOL

Instituído em 2004, o Prêmio Professor Samuel Benchimol é umalniciativa do

governo federal, por meio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

(MDIC) da Confederação Nacional da Indústria (CNI), em parceria com outras entidades

como a Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa), o Banco da Amazônia e as

Federações de Indústria da região norte. O Prêmio tem a finalidade de identificar e dar

usabilidade às iniciativas focadas na promoção do desenvolvimento sustentável da

Amazônia, por meio do empreendedorismo e da difusão de tecnologias.

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VENCEDORES EDIÇÃO 2008

Categoria Ambiental

1º Lugar

Éderson Augusto Zanetti Marcelo de Castro

Marcelo de Castro Souza

Projeto: Criação do Serviço Nacional de Carbono Rural da Amazônia (SNCRA)

2º Lugar

Cláudio Urbano Bittencourt Pinheiro

Projeto: Geração de Renda/Inclusão Social e Recomposição de Matas Ciliares por

Comunidades Ribeirinhas na Área de Proteção Ambiental (APA) da Baixada Maranhense

3º Lugar

Alexandre Kemenes

Projeto: Captura e Aproveitamento do Metano que Passa por Barragens de Hidrelétricas

tropicais

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Categoria Econômica/Tecnológica

1º Lugar

Carmelita de Fátima Amaral Ribeiro

Kil Gin Park

Miriam Dupas Hubinger

Projeto: Desidratação Osmótiça e Defumação Líquida para Obtenção de Paraíba Seca

com Melhor Qualidade Sensorial

2º Lugar

Jadir de Souza Rocha

Cynthia Lins Falcone Pontes

Tereza Maria Farias Bessa

Vânia Maria O. da Camara Lima

Projeto: Tijolo Vegetal

3º Lugar

Gilvanda Silva Nunes

Projeto: Desenvolvimento das Cadeias Extrativistas do Babaçu e de Outros Produtos

Naturais, para Impulsionar o Setor de Cosméticos Naturais na Região Amazônica

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Categoria Social

1º Lugar

Écio Rodrigues

Projeto: Extrativistas e Áreas Protegidas do Acre

2º Lugar

Marcio Antonio da Silveira

Projeto: Alternativa de Produção de Etanol a Partir da Batata-doce Voltada à Realidade

dos Pequenos e Médios Agricultores da Região Norte

3º Lugar

Vânia Beatriz Vasconcelos de Oliveira

Projeto: Programa de Educação e Comunicação Científica para a Inclusão Social de

Estudantes do Ensino Fundamental, de Comunidades Ribeirinhas do Rio Madeira, Porto

Velho – Rondônia. (Edu-comunicação Científica)

Personalidade

Armando Dias Mendes

Universidade Federal do Pará (UFPA)

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ÍNTEGRA DOS PROJETOS VENCEDORES

2008

Categoria Ambiental

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1º LUGAR

Título: Criação do Serviço Nacional de Carbono Rural da Amazônia (SNCRA).

Éderson Augusto Zanetti

Marcelo de Castro Souza

Instituição: Associação dos Produtores Rurais do Vale do XV (APRUV XV).

“O governador do Amazonas, Carlos Eduardo de Souza Braga, propôs nesta quarta-feira, em audiência sobre a política ambiental em seu estado, uma ação do governo federal com o objetivo de incluir culturas para o biodiesel entre as possibilidades de plantio em áreas degradadas para o mercado de carbono”.

Congresso Nacional – Brasil, agosto de 2007

“Nós chamamos o programa de iniciativa para os biocombustíveis dos pobres, para que os proprietários de áreas degradadas, sem comprometer a “produção de alimentos, contribuam para mitigar as mudanças climáticas, plantando espécies para biodiesel”.

Diretor do ICR/SAT-índia, agosto de 2007

Esta proposta envolve a ampliação das atribuições da Agência Nacional Designada

pelo Brasil para as questões do Protocolo de Quioto, a Comissão interministerial das

Mudanças Climáticas Globais (CIMCG), a fim dé torná-la pró-ativa no suporte à sociedade

brasileira nos mercados de carbono, e utilizar esses fundos de carbono para abater

empréstimos e dívidas do setor rural. O Comércio mundial de produtos florestais é da

ordem de US$175 bilhões/ano, enquanto a demanda mundial' por redução de emissões

está em 2,7 bilhões de toneladas de CO2, com potencial de negócios de 32,4 bilhões de

euros. A proposta do projeto de criação do Serviço Nacional de Carbono Rural da Amazônia

pode ser visualizada na figura 1 abaixo:

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Figura 1: SNCRA/FNCRA.

Esta proposta é orientada para gerar um mecanismo financeiro, o SNCRA/FNCRA,

de pagamento de compensação para a realização de atividades de recuperação de áreas

degradadas na Amazônia Brasileira, voltado para a organização das atividades de

reflorestamento segundo o Zoneamento Econômico Ecológico (ZEE), buscando integrar os

arranjos produtivos locais do setor florestal aos Corredores Ecológicos e Distritos Florestais

Sustentáveis da Amazônia, em torno de um Corredor ou Cinturão Florestal, e um

mecanismo de mercado – Armazéns Florestais – que fortaleça e torne essas ações

sustentáveis ao longo do tempo e permita a organização dos arranjos produtivos locais do

setor florestal em regionais e a formação de um corredor ou cinturão florestal para cultivo

de toda a biodiversidade florestal da Amazônia Brasileira, colocando toda a produção à

disposição dos consumidores (pessoas, empresas, distribuidoras de biocombustíveis etc.).

Principais objetivos

São os objetivos do projeto:

• criar um Serviço Nacional de Carbono Rural da Amazônia, para identificar

potenciais e orientar as famílias, os proprietários e as empresas rurais para

atividades voltadas à mitigação dos efeitos das mudanças climáticas na

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economia nacional; e utilizar, por meio do sistema de financiamento do setor

rural, os fundos das atividades para reduzir a dívida do setor rural;

• viabilizar a implantação do Fundo Nacional de Carbono Rural da Amazônia

(FNCRA), para fomentar o reflorestamento com espécies nativas, plantações

florestais comerciais e/ou industriais (florestas energéticas), sistemas

silvipastoris e agroflorestais e palmeiras biocombustíveis em áreas

degradadas da Amazônia Brasileira, através do Mecanismo de

Desenvolvimento Limpo (MDL) e/ou dos mercados voluntários de carbono. O

mecanismo financeiro deve ser complementado com a participação das

instituições financeiras de fomento, que fornecerão descontos de juros e

spread para os arranjos produtivos locais do setor florestal dentro das

regionais;

• estabelecer um mecanismo de governança – Comitê de Gestão “Bom Tempo”

– para o SNCRA e FNCRA que permita atualizações constantes, visando

integrar o setor rural aos objetivos e metodologias de trabalho do sistema;

• realizar o levantamento de áreas degradadas na Amazônia, elegíveis para

projetos de reflorestamento do MDL e/ou dos mercados voluntários, e

estabelecer ações prioritárias para a recuperação desses locais, de acordo

com o ZEE e suas determinações para a macro, meso e microrregiões,

integrando as atividades aos Corredores Ecológicos e Distritos Florestais

Sustentáveis da Amazônia Brasileira;

• implementar 1.000ha (10 X 100 ha) de Áreas Demonstrativas com projetos de

recuperação de áreas degradadas, mediante o reflorestamento com espécies

nativas, plantações florestais comerciais e/ou industriais (florestas

energéticas), sistemas silvipastoris e agroflorestais e palmeiras

biocombustíveis;

• viabilizar tecnicamente a implantação de reflorestamentos com espécies

nativas, plantações florestais comerciais e/ou industriais (florestas

energéticas), sistemas silvipastoris e agroflorestais, palmeiras

biocombustíveis em áreas de usos não florestais da Amazônia Brasileira,

através do MDL;

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• preparar as bases para a implantação de um sistema de gerenciamento e o

inventário nacional de emissões de Gases do Efeito Estufa (GEE), ao longo da

cadeia produtiva do agronegócio na Amazônia Brasileira, voltado para o

estabelecimento de um Corredor ou Cinturão Florestal;

• desenvolver software que realize os passos fundamentais para a estimativa e

o suporte no monitoramento dos estoques e da dinâmica do carbono nas

atividades florestais, e o balanço energético das plantações com fins diversos

(madeireira, energético, biocombustíveis etc.) nas diferentes regiões da

Amazônia Brasileira;

• desenvolver uma estampa para certificação das iniciativas que participarem

das atividades, como o selo “Bom Tempo”, para projetos de mitigação dos

efeitos das mudanças climáticas na sociedade brasileira;

• integrar a cadeia produtiva do setor florestal nos locais de desenvolvimento

dos projetos, por meio dos Armazéns Florestais e entrepostos, comerciais e

de prestação de serviços florestais, implementados em Parceiras Público

Privadas (PPPs).

• a recuperação de 20 milhões de áreas degradadas na Amazônia Brasileira

deve ser o fim das atividades. Essa proposta cobre os dois anos iniciais de

implementação do modelo de atividade do projeto.

Fatores críticos para o sucesso do projeto e estratégia de obtenção dos recursos

necessários à sua execução

O aceite, pela CIMCG, de um papel proativo, é fundamental para propiciar as

condições ideais para a inclusão social nas atividades de projeto do mercado de carbono.

Para dar início ao projeto, é necessário conseguir os fundos para alavancar os

projetos de recuperação e treinamentos. O BID criou um fundo de US$20 milhões para

Energia Sustentável e Mudança Climática, que é visto como potencial fornecedor de

subsídios para as atividades.

Para que o projeto possa alcançar o sucesso que se deseja, a participação da

população é essencial; assim sendo, o mecanismo de governança deve ser amplamente

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divulgado pelos agentes de extensão e todas as discussões e decisões precisam contar com

a participação das populações locais.

O FNCRA é o instrumento financeiro principal para o funcionamento de toda a

estratégia de implementação e uma política rural na Amazônia brasileira, voltada para

obter recursos de atividades voltadas para a mitigação dos efeitos das mudanças climáticas.

Para gerar recursos, espera-se conseguir investidores institucionais – nacionais,

preferencialmente – que financiem a implementação inicial do fundo, com recursos que

permitam operar o sistema e colaborem no desenvolvimento de alguns modelos de projeto

para a recuperação de áreas degradadas na Amazônia Brasileira. Esses modelos devem ser

transformados em Documento de Concepção de Projeto (DCP), com metodologias de linha

de base e monitoramento documentados e prontos para ser enviados ao MDL. A partir

desse ponto, os financiamentos já disponíveis no mercado podem ser utilizados pelo FNCRA

para alavancar atividades de projeto que podem ter seus créditos de carbono

comercializados.

A continuidade do MDL e das trocas de emissões é fundamental para o sucesso do

projeto. Sem o mercado de carbono, a população perde o incentivo da antecipação de

renda para iniciar os plantios, o que compromete a execução destes. Para evitar prejuízos à

população, o governo federal deveria criar um fundo destinado a cobrir os investimentos

iniciais para alavancar as atividades de projeto de MDL; os mercados voluntários são uma

importante ferramenta para garantir a continuidade dos projetos na eventual falha do MDL

em continuar existindo.

Para treinamentos, viagens, material de consumo e equipamentos da primeira

fase, a estratégia é apresentar o projeto a uma agência financiadora de projetos (FINEP,

FNMA), que possibilitaria a realização dos treinamentos em parcerias institucionais

adequadas.

Uma alternativa a ser estudada é a possibilidade de criar o SNCR através de PPPs

Parcerias Público Privadas-, ou mesmo pela criação de uma EPP – Empresa de Propósito

Específico –, para que o FNCR possa dispor dos recursos necessários para iniciar seu

funcionamento.

Depois de realizados os treinamentos, é importante conseguir manter ornada uma

rede em torno da iniciativa; por isso, um software específico deve ser utilizado, sendo

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alimentado rotineiramente por todos os 3.500 agentes treinados, servindo de base de

dados para o preparo dos relatórios nacionais de emissões.

Deter tecnologia no desenvolvimento de ferramentas de software para projetos

florestais voltados ao mercado de carbono é essencial para o sucesso da atividade. Existem

linhas de fomento destinadas ao desenvolvimento de metodologias de linha de base e

monitoramento de projetos de reflorestamento do MDL na Financiadora de Estudos e

Projetos (FINEP). Software pode obter fundos de parcerias atuando nesses mercados.

As 10 Áreas Demonstrativas devem ser instaladas em parceira com a iniciativa

privada. É fundamental a disponibilidade dos recursos para promover a adoção dos

reflorestamentos em áreas degradadas, normalmente vistas como improdutivas. Essas

áreas são importantes para o monitoramento dos créditos de carbono e devem ser

mantidas, ao longo de todo o período de crédito, sob observação das ATE Rs, com coleta de

dados sobre sobrevivência das mudas, crescimento das florestas e produtividade alcançada,

visando um processo contínuo de aprimoramento das atividades.

Para a implementação dos Armazéns Florestais, que servem de entrepostos

comerciais para absorver toda a produção dos arranjos produtivos locais do setor florestal

nas microrregiões de recuperação de áreas degradadas, é preciso que sejam fornecidos os

subsídios financeiros que fomentem a atividade. Descontos dos spread bancários para o

cultivo da biodiversidade, taxas de juros com descontos progressivos de até 100% e créditos

fiscais são alguns dos fatores fundamentais para incentivar a ampliação da iniciativa privada

no negócio.

A participação dos proprietários na formulação dos objetivos regionais é essencial

para que a governança do Comitê de Gestão “Bom Tempo” preveja a ampla discussão dos

interesses locais e, com isso, garanta o processo descentralizado de tomada de decisão

sobre o uso dós recursos da biodiversidade regional. O fortalecimento dos Arranjos

Produtivos Locais do Setor Florestal (APL/Florestal) contribui para concertar as atividades

de cultivo e comercialização dos produtos do cultivo local.

Os Armazéns Florestais devem observar a busca na excelência do tratamento à

clientela, especialmente os produtores rurais; a qualidade na produção que justifica o

consumo consciente; e o relacionamento entre produtores e consumidores de forma

transparente. A observância estreita de critérios estabelecidos pela Convenção da

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Diversidade Biológica (CDB) e do Acordo sobre Comércio Internacional de Espécies

Ameaçadas (CITES), é indispensável para gerir a implementação do Corredor Florestal.

A governança dos Armazéns Florestais deve ser dirigida de forma a permitir a

participação de toda a população, com a transparência dos atos administrativos. O

pagamento de preços justos e a distribuição equitativa dos resultados são fundamentais

para que o sistema possa cumprir suas funções econômicas, sociais e ambientais de forma

também equilibrada.

Entidades parceiras, participantes ou co-executoras

Espera-se que os seguintes ministérios participem do SN- CRA, fornecendo um

diretor para cada área: MAPA, MMA, MIN, MCT e MDA. A Comissão interministerial do

Clima, por ser a sede indicada para o SNCRA, deve ser responsável por determinar o diretor

executivo do serviço. Em um segundo momento, o SNCRA pode ser transformado em uma

autarquia, a exemplo do Serviço Florestal Brasileiro.

Todo o sistema financeiro que realiza financiamento para o setor rural deve ser

parceiro da atividade, fornecendo as bases para viabilizar que os créditos de carbono sejam

utilizados para abater dívidas e possibilitar investimentos.

A Embrapa, universidades e ONGs podem fornecer os treinamentos necessários aos

agentes ATER, para que se tornem agentes do Serviço Nacional de Carbono Rural da

Amazônia e transmitam as bases do funcionamento do sistema de governança para as-

populações locais; a Secretária da Biodiversidade e Florestas, MMA, dentro dó Plano de

Ação Estratégica de Recuperação e Desenvolvimento Florestal; o Serviço Florestal Brasileiro

e os Distritos Florestais Sustentáveis.

As universidades federais e estaduais podem contribuir ainda com planejamentos de

desenvolvimento territorial para suas regiões de influência, elaborando modelos de

recuperação de áreas degradadas e investigando os impactos das atividades ao longo do

tempo. As universidades são fundamentais para o desenvolvimento sustentável da região

como um todo.

O LBA, PPBIO, CID – Centro de Informação e Documentação do Museu Paraense

Emílio Goeldi, Rede CT Petro Amazônia, INPE, MCT e o MDA, além do MAPA e o MMA,

podem servir de bases complementares para a organização dos dados e sistematização dos

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processos de coleta. (A Rede CT Petro Amazônia tem o objetivo de desenvolver tecnologias

voltadas para a recuperação de áreas degradadas resultantes da exploração de recursos

minerais. O PPBio desenvolve ações de pesquisa voltadas para políticas de conservação e

uso sustentável da biodiversidade na floresta, por meio da manutenção de acervos e

coleções biológicas e do inventário de espécies vegetais e animais. O LBA, por sua vez, é

uma iniciativa internacional de pesquisa liderada pelo Brasil que tem o objetivo de

compreender o papel da Amazônia no sistema climático terrestre e nas mudanças dos

ecossistemas amazônicos).

Para o FNCRA, são esperados parceiros investidores institucionais (BNDES, Vale do

Rio Doce, Petrobrás, BID, BASA, JBIC – Banco do Japão para Cooperação Internacional,

CNPQ, BANCO DO BRASIL, FAPEAM, FINEP, FIESP, CIESP, CNI, CNA, FNMA/MMA> WWF,

Centrais Elétricas do Norte, PETROS, Fundos Private Equity etc.), e as bolsas que operam

com créditos de carbono (CCX, BM&F etc.). O mecanismo criado pela UNDP para a

promoção de projetos de carbono dos países em desenvolvimento, o chamado MDG

Carbon Facility, é um potencial investidor na iniciativa.

As Áreas Demonstrativas devem ser instaladas em propriedades de 10 produtores

rurais das regionais. É necessário o estabelecimento de parcerias com eles para a

implementação dos plantios. A ideia é fornecer os investimentos necessários à recuperação

das áreas, e implementação dos plantios, de modo a garantir a compra do produto final e

dos créditos de carbono, enquanto o produtor investe trabalho no preparo do solo, plantio,

reposição, condução e exploração sustentável dos recursos florestais.

Todos os proprietários e empresários rurais, de todos os portes e tamanhos, são

parceiros para a execução do inventário nacional de emissões de GEE, uma forma de

cidadania climática que fortalece a união nacional, enquanto gera renda e emprego. Essa

metodologia de trabalho é o que dá suporte ao sistema de governança e torna, por sua vez,

possível o estabelecimento do selo “Bom Tempo” como reflexo das iniciativas e da

organização dos produtores locais, uma mensagem clara, para os consumidores, do

envolvimento destes com as ações para mitigar os efeitos das mudanças climáticas na

Amazônia Brasileira.

O desenvolvimento do software deve ser realizado dentro do conceito de software

livre, voltado para a estimativa e monitoramento de carbono em projetos de

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reflorestamento, e ser adaptado às condições locais e desenvolvido para englobar um

maior número de espécies.

O Movimento dos Sem-Terra e o projeto de Reforma Agrária podem juntar forças

ao esforço de desenvolvimento florestal e participar da recuperação das áreas degradadas

para a produção de bens e serviços florestais.

O CENARGEN, com uma rede nacional de pesquisa e desenvolvimento de sementes

florestais é um parceiro fundamental para desenvolver as bases silviculfurais necessárias ao

reflorestamento das áreas degradadas, coletando e disponibilizando sementes e mudas de

espécies de uso energético, florestal (madeireiro e não madeireira), biocombustíveis e

outras.

A Embrapa Florestas tem experiência de anos no desenvolvimento do

planejamento florestal, incluindo levantamentos regionais e estabelecimento de metas de

longo prazo, e tem sido um dos principais articuladores da proposta de desenvolvimento

florestal para o Estado do Paraná, que abrange um horizonte de tempo de 100 anos. A

Embrapa Florestas é um parceiro potenciai para realizar os estudos preliminares, organizar

uma base de dados e planejar o desenvolvimento das atividades de reflorestamento e

recuperação de áreas degradadas, assim como estabelecer as bases para o fortalecimento

das cadeias produtivas florestais e a organização do Corredor ou Cinturão Florestal da

Amazônia Brasileira. A Embrapa Florestas, com outras duas unidades da Embrapa, também

realiza o processo de recuperação de áreas degradadas e a restauração do corredor

ecológico do Polo petroquímico do Rio de Janeiro, obtendo experiência prática de grandes

projetos de recuperação de áreas degradadas.

O Grupo de Trabalho Crédito para o Desenvolvimento Sustentável foi constituído

pela Portaria Interministerial nº 141 (16 de junho de 2004), dos Ministros de Estado da

Fazenda, do Meio Ambiente, do Trabalho e Emprego e da Integração Nacional. O Grupo de

Trabalho Incentivos Tributários e Fiscais para o Desenvolvimento Sustentável foi constituído

pelo Ministério da Fazenda (Secretaria da Receita Federal) e Ministério do Meio Ambiente

(Diretoria de Economia e Meio Ambiente).

O resultado do trabalho desses grupos foi à avaliação do Protocolo Verde e a

proposição de medida provisória para a “concessão de estímulos nas operações de

financiamento a atividades produtivas ambientalmente sustentáveis”, além de um Projeto

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de Lei “para fins do estabelecimento de incentivos a atividades produtivas ambientalmente

sustentáveis”.

Todas essas atividades são para lembrar que as instituições financeiras oficiais

possuem papel fundamental no .cumprimento da política ambiental. A atividade do setor

bancário pode complementar a ação que vem sendo adotada por empresas do setor

produtivo que já utilizam práticas ambientalmente saudáveis, utilizando para isso linhas de

financiamento específicas (BANCO DO BRASIL, CEF, BANCO DO NORDESTE, BASA, BNDES –

2005).

A apreciação e aprovação das atividades de projeto no âmbito do mecanismo de

desenvolvimento limpo é atribuição da Comissão Interministerial de Mudança Global do

Clima, que é a Autoridade Nacional Designada para efeitos do mecanismo de

desenvolvimento limpo, em conformidade com o artigo 3º, inciso IV, do Decreto de 7 de

julho de 1999. A Secretaria Executiva da Comissão Interministerial deverá desenvolver e

manter uma base de dados, acessível ao público, de todas as atividades de projetos

propostos no âmbito do Mecanismo de Desenvolvimento Limpo, contendo informações

sobre os documentos de concepção de projetos e o parecer que baseou a decisão final da

Comissão, bem como relatórios de validação e verificação das reduções de emissões das

atividades de projetos aprovados. Por isso, acredita-se que a CIMCG seja o mais indicado

endereço institucional para o funcionamento inicial do SNCRA.

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2º LUGAR

Título: Geração de Renda, Inclusão Social e Recomposição de Matas Ciliares por

Comunidades Ribeirinhas na Área de Proteção Ambiental (APA) da Baixada Maranhense

Cláudio Urbano

Instituição: Universidade Federal do Maranhão

A expressão “matas ciliares” envolve todos os tipos de vegetação arbórea vinculada

às margens de cursos d'água. Matas ciliares são formações vegetais importantes em termos

ecológicos, essenciais para a manutenção dá qualidade da água dos rios e da fauna

ictiológica. As matas ciliares são também essenciais para a sobrevivência da fauna em

muitas regiões, representando para elas refúgio, água e alimento. As matas ciliares

funcionam como filtros, retendo defensivos agrícolas, poluentes e sedimentos que seriam

transportados para os cursos d'água, afetando diretamente a quantidade e a qualidade da

água e, consequentemente, a fauna aquática è a população humana. São importantes

também como corredores ecológicos, ligando fragmentos florestais e, portanto, facilitando

o deslocamento da fauna e o fluxo gênico ventre as populações de espécies animais e

vegetais. Em regiões com topografia acidentada, exercem a proteção do solo contra os pro-

cessos erosivos.

O novo Código Florestal (Lei n.° 4.777/65) desde 1965 inclui as matas ciliares na

categoria de áreas de preservação permanente. Assim; toda a vegetação natural (arbórea

ou não) presente ao longo das margens dos rios e ao redor de nascentes e de reservatórios

deve ser preservada. Apesar da aparente proteção da legislação, a prática é na realidade

diferente. Além do desrespeito à legislação, que torna obrigatória a preservação destas,

vários problemas ambientais têm sido registrados.

Os levantamentos florísticos e estruturais são importantes para nortear as ações

de reabilitação e recuperação. Hoje em dia; a maioria dos programas dessa natureza tem

dado especial atenção ao uso de espécies nativas da região na recomposição da cobertura

vegetal. Dentre as vantagens de se utilizar espécies nativas, podemos citar: a contribuição

para a conservação da biodiversidade regional, protegendo ou expandindo as fontes

naturais de diversidade genética da flora em questão e da fauna a ela associada, podendo

também representar importantes vantagens técnicas e econômicas.devido à proximidade

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da fonte de propágulos, facilidade de aclimatação e perpetuação das espécies. Nesse

sentido, a produção de mudas de espécies nativas para fins de reflorestamento de matas

ciliares pode envolver, na sua condução e em seus resultados, as três dimensões da

sustentabilidade, sendo ecologicamente correto e desejável e economicamente viável, por

gerar renda em nível local e socialmente justa, e por envolver pessoas, e incluí-las em um

sistema de produção sustentável e rentável.

A Baixada Maranhense, com uma área de 1.775.035,6ha dá nome a uma das sete

regiões ecológicas do Maranhão e constitui uma Área de Proteção Ambiental (APA). É

formada pelas bacias hidrográficas dos rios Turiaçu, Pericumã, Pindaré e Mearim, que

anualmente transbordam, inundando as planícies baixas regionais. O município de Penalva

(Figura 1), onde este projeto será desenvolvido, tem área total de 839 Km2, Uma população

de 30.287 habitantes (IBGE, 2000) e uma densidade demográfica de 36 hab/km2.

Atualmente, 30% das pessoas vivem na sede, contrastando com a população rural do

município, que é de 70%. A cidade está localizada nas seguintes coordenadas: S 03° 17'

442”; W 45 10' 242”. O rio formador das áreas inundáveis e lagos dá região de Penalva é o

Pindaré. Seus lagos mais importantes são o Cajari, o Capivari, o Lago da Lontra e o Lago

Formoso (Figura 2).

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Figura 1. Localização da Área de Estudo no Estado do Maranhão.

Figura 2. Área Lacustre de Penalva, Baixada Maranhense.

Considerando a importância socioambiental da região e o avanço

significativo dos desmatamentos nas margens dos corpos d'água regionais, bem

como a grande demanda dos ribeirinhos pelo uso da vegetação como forma de

subsistência, propomos a realização deste estudo; que utiliza uma inovadora

combinação téórico-metodológica de instrumentos da ecologia e da botânica,

como a fitossociologia e a etnobotânica (o que lhe confere um indiscutível caráter

múlti/interdisciplinar), buscando identificar e utilizar conhecimento local como

base para um programa de produção de mudas e recuperação de matas ciliares na

região lacustre de Penalva, Baixada Maranhense.

Principais objetivos

Objetivo Geral

Execução de um programa de produção de mudas das espécies vegetais das

matas ciliares nos lagos Cajari, Capivari, da Lontra e Formoso, no município de

Penalva, Área de Proteção Ambiental da Baixada Maranhense, para desenvolver um

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programa de recomposição vegetal desses ambientes, recompondo a natureza em

suas formações ciliares, com geração de renda para as comunidades envolvidas.

Objetivos Específicos

• Levantar as áreas mais afetadas pela devastação nas principais

unidades de paisagem e tipologias vegetacionais da região ribeirinha

dos lagos de Penalva.

• Implementar um programa de produção e recomposição das espécies

originais características destes ambientes ciliares nessa região, com

o auxílio de comunidades locais, gerando resultados técnico-

científicos e econômicos, pela produção de mudas.

Como resultados principais, esperam-se: 1) entendimento da dinâmica de

uso e sua relação com aiconservação – as razões para a devastação; com este

conhecimento, espera-se contrapor as razões para a conservação; 2) geração de

conhecimento sobre produção de mudas para uso local que garanta a continuação

do programa de revegetação; 3) revegetação de áreas desmaiadas nos ambientes

ciliares da região lacustre; 4) conscientização e entendimento local da importância

da vegetação ciliar; 5) incremento da pesca pela recuperação dos ambientes

ciliares; 6) geração de conhecimento para qualificação de recursos humanos:

membros das comunidades ribeirinhas, alunos de graduação e pós-graduação; 7)

geração de renda por venda de mudas e reivindicação de créditos de carbono; 8)

uso do conhecimento gerado no plano de manejo da APA da Baixada Maranhense.

Fatores críticos para o sucesso do projeto e estratégia de obtenção dos

recursos necessários à sua execução

Os impactos dos resultados esperados e benefícios potenciais para a respectiva

área de conhecimento e para a sociedade serão relevantes, principalmente porque a região

de estudo precisa sair do escuro, no que se refere à recomposição de áreas que perderam

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sua função ecológica e socioeconómica e precisam ser reintegradas ao ambiente de

produção sustentável. Adicionalmente, esta pode ser uma atividade que consolide uma

alternativa viável e sustentável de geração de renda para a região.

Com os primeiros resultados e a oferta de mudas de espécies regionais, esta

atividade será divulgada na região, entre as prefeituras, as ONGs, os órgãos ambientais e

as instituições estaduais, como fonte de produção de mudas para os programas municipais,

estaduais e federais de reflorestamento. Pelo grande apelo que tem o marketing

ambiental, grandes empresas do setor privado serão chamadas a adquirir mudas das

comunidades, com geração de renda e revegetação das áreas ciliares da região.

Não há riscos ou dificuldades potenciais relevantes para o desenvolvimento do

estudo. A metodologia está claramente definida e testada em estudos anteriores; o acesso

à região é relativamente simples o ano todo; no verão, o acesso é possível por via terrestre

à maioria dos povoados; no inverno, o acesso por água é total a todos os povoados da

região.

Entidades parceiras, participantes ou co-executoras

O projeto contará com a parceria do Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras

Rurais do Município de Penalva e das Associações de Moradores dos povoados ribeirinhos

selecionados. O sindicato dará suporte no esclarecimento e na preparação das

comunidades para o desenvolvimento das atividades do projeto, especialmente nas fases

de coleta de sementes, produção de mudas e acompanhamento das áreas revegeiadas. Da

mesma forma, as associações serão o braço local do projeto, garantindo a participação

efetiva e responsável dos membros indicados.

Este projeto tem o apoio do Programa de Pós-Graduação em Sustentabilidade de

Ecossistemas – PPGSE (Mestrado), do Departamento de Oceanografia e Limnologia da

Universidade Federal do Maranhão, que conta com o suporte da CAPES e da Fundação de

Amparo à Pesquisa do Estado do Maranhão (FAPEMA). O apoio do PPGSE será provido na

forma da mão de obra dos mestrandos (CAPES e FAPEMA). O Banco do Nordeste do Brasil

poderá também prestar apoio ao projeto.

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O projeto terá também a participação de alunos do curso de graduação em Ciências

Aquáticas da UFMA, que busca formar um novo profissional preparado para o

planejamento e á utilização e gestão apropriada dos recursos hídricos; neste caso

particular, trará conhecimento relacionado com as matas ciliares dos lagos da região de

Penalva.

A Universidade Federal do Maranhão proverá o pessoal técnico-científico

qualificado (a maioria doutores), além do transporte de pessoal, e arcará com as despesas

de manutenção dos veículos utilizados no projeto.

Equipe:

• Prof. Dr. Cláudio Urbano Bittencourt Pinheiro -coordenador/ executor – Depto.

de Oceanografia e Limnologia, UFMA.

• Prof. Dr. Ricardo Barbieri – Executor – Depto. de Oceanografia eLimnologia,

UFMA.

• Naíla Arraes de Araújo – Mestranda – Executora – Programa de Pós-Graduação

em Sustentabilidade de Ecossistemas, UFMA.

• Miquéias Oliveira de Souza – Graduando – Curso de Ciências Aquáticas, UFMA.

• Galdino Cardinal Arouche – Agente Ambiental – Município de Penalva.

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3 º L UGAR

Título: Captura e Aproveitamento do Metano que Passa por Barragens de Hidrelétricas

Tropicais

Alexandre Kemenes

Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas dá Amazônia, Anavilhanas Consultorias

Ambientais LTDA.

A energia é essencial para o desenvolvimento social e econômico do mundo

civilizado. Porém, os danos ambientais associados a sua produção e ao seu consumo são

consideráveis. Segundo o Plano Brasileiro de Energia (2006), cerca de 77% da energia

elétrica brasileira é produzida em hidrelétricas. Essas unidades são. popularmente

conhecidas como fontes de energia renovável e limpa, mas isso não é um consenso

científico. A decomposição de material orgânico em lagos profundos ou outras áreas

alagáveis é uma das maiores fontes de metano (CH4) para a atmosfera, um dos gases que

mais contribui para o aquecimento global. Entretanto, esse gás apresenta um alto poder

calorífico e poderia ser capturado e posteriormente utilizado na produção de energia ou

até para outras finalidades industriais. Essa nova tecnologia poderia produzir energia e

auxiliar na proteção do planeta, pois, com a queima do metano, serão gerados gases de

menor importância individual no processo de aquecimento global. O objetivo principal será

demonstrar a possibilidade do aproveitamento energético/econômico do biogás ou do

metano purificado durante algumas épocas do ano à jusante da barragem de Balbina. Esse

aproveitamento será realizado, principalmente, durante os meses de maior demanda

energética (nos períodos de seca). Os meses em questão deverão ser devidamente

determinados durante os estudos. A represa de Balbina foi criada em 1987 pelo

barramento do rio Uatumã e apresenta uma área inundada de 2.600km2. Situa-se no

município de Presidente Figueiredo (Amazônia Central). Já foram realizadas estimativas

sobre os fluxos de metano e gás carbônico pelas turbinas da hidrelétrica de Balbina nos

anos de 2004, 2005 e 2006, durante a tese de doutorado de Alexandre Kemenes pelo INPA,

sendo determinado um fluxo total de 65 x 103 Ton C de CH4 que passou pelas turbinas

dessa hidrelétrica em 2005. Se esse fluxo fosse devidamente utilizado, poderia aumentar o

potencial energético de Balbina em ~ 120MW. Assim, além de esse mecanismo acrescéntar

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~ 80% ao potencial energético médio da hidrelétrica, diminuiria a contribuição atmosférica

de metano em ~ 65 %. Para as quatro maiores hidrelétricas da Amazônia (Balbina, Tucuruí,

Samuel e Curuá-Una) foi calculado que, juntas, elas poderiam produzir cerca de 1600MW

de potência instalada. Valendo-se do Protocolo de Quioto, a queima do metano para essa

geração arrecadaria US$400 milhões em créditos de carbono anualmente, o que traria,

além dá vantagens energéticas e ambientais, também benefícios econômicos.

Principais objetivos

O objetivo principal do trabalho será démonstrar a possibilidade do aproveitamento

energético/econômico do biogás ou do metano gerado nos reservatórios de usinas

hidrelétricas tropicais, liberados por descompressão durante a passagem de água pelas

turbinas, em algumas épocas do ano.

Os objetivos específicos estão dispostos na tabela a seguir (Tabela 1).

Tabela 1. OBJETIVOS ESPECÍFICOS Objetivo específico Metas I ndicadores Atividades 1) Analisaras emissões de. metano pelas turbinas da hidrelétrica de Balbina.

a) registrar os fluxos de metano pelas turbinas da hidrelétrica de Balbina. b) Determinar quais os parâmetros ambientais e climáticos que estão influindo significativamente nas emissões de metano pelas turbinas.

a) Determinar o volume de metano emitido para atmosfera pelas turbinas de Balbina. b) Determinar estatisticamente quais as influências dos parâmetros climáticos e ambientais sobre as emissões de metano.

1) Coleta de metano acima e abaixo das turbinas de Balbina durante os anos de 2009 e 2010. 2) Coleta de dados ambientais e climáticos na área da hidrelétrica durante os anos de 2009 e 2010. 3) Análises de detalhes hidrológicos através de bóias de monitoramento remoto durante parte do período de seca no ano de 2009.

2) Contribuir na adequação e na real contabilização das emissões de gases de efeito estufa pelo Parque Hidrelétrico Amazônico e Nacional.

a) Quantificar a contribuição das turbinas da hidrelétrica de Balbina às emissões nacionais de gases de efeito estufa.

a) Determinar estatisticamente se as emissões de metano pelas turbinas são significativas para as emissões nacionais de gases de efeito estufa.

1) Analisar os valores obtidos no inventário nacional de emissões de gases de efeito estufa e compará-los às emissões pelas turbinas de Balbina até o final de 2010.

3) Determinar o fluxo superficial de metano abaixo das barragens do trópico úmido.

a) Aproveitamento preliminar do metano emitido pelas turbinas das hidrelétricas.

a) Determinar os meses em que existe uni fluxo significativo de metano emitido para a atmosfera.

1) Construção de um protótipo funcionai no segundo semestre de 2009 em Balbina. 2) Utilizar o protótipo durante os anos de 2009 e 2010, determinando a área crítica, abaixo da barragem de Balbina, onde poderia ser construída uma estrutura fixa para a captação do gás.

4) Criar um modelo matemático para prever a estabilidade climática e as emissões pela barragem de Balbina

a) Prever a estabilidade climática da região.

a) Determinar estatisticamente quais parâmetros influenciam na estabilidade climática da região e, como isso, influem nas emissões de metano pelas turbinas.

1) Obtenção de parâmetros para inserir num modelo matemático até o final de 2010. 2) Desenvolver esse modelo matemático até o final do projeto de pesquisas em 2010.

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Fatores críticos para o sucesso do projeto e estratégia de obtenção dos

recursos necessários à sua execução

Como esse é um trabalho novo e inovador, existe o risco do aproveitamento

energético do metano que passa pelas turbinas não ser uma alternativa economicamente

viável, ou seja, apesar dos intensos estudos de campo realizados durante anos pela tese de

doutorado mostrarem fortes emissões de gás abaixo das turbinas (Kemenes, 2006), os

resultados sobre a geração de energia podem não ser satisfatórios, por diversos fatores a

serem analisados, como, por exemplo, a composição da mistura gasosa utilizada.

Foi encontrada durante os estudos de doutorado uma grande variação mensal e

anual nas emissões de metano pelas turbinas de Balbina. Essa variação poderia

comprometer o aproveitamento desse gás durante alguns meses ou até durante alguns

anos, dependendo das variações térmicas impostas pelos fatores ambientais e Climáticos.

O estudo será importante para detalhar mais o processo de emissão de metano através

do fluxo de passagem pela barragem de Balbina, ainda em fase inicial de pesquisas, sendo

ainda necessário o desenvolvimento e melhoramento de vários métodos e processos.

Existe uma grande pressão política contra a ideia de que algumas hidrelétricas sejam

grandes emissoras de gases de efeito estufa. O atual inventário nacional de emissões de

gases de efeito estufa (Rosa et al, 2006) mostrara que as hidrelétricas brasileiras são, na

maioria, geradoras de energia limpa, com possibilidade de aquisição de créditos de

carbono através do seu funcionamento (Banco Mundial, 2005). Esse trabalho foi analisado

por nosso grupo de estudos, que encontram erros graves na metodologia e no tratamento

dos dar d o s que comprometeram os valores obtidos (Kemenes et al, 2008), sendo

claramente necessário um novo inventário.

Entidades parceiras, participantes ou co-executoras

Parceiras: Anavilhanas Consultoria Ambiental LTDA, INPA e Manaus Energia.

Possíveis Participantes: Anavilhanas Consultoria Ambiental LTDA, IN PA, CNPq,

FAPEAM, Manaus Energia, Eletronorte, governos Municipal, Estadual e Federal.

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Referências

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Íntegra dos projetos vencedores

2008

Área Econômica/Tecnológica

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1º Lugar

Título: Desidratação' Osmótica e Defumação Líquida para Obtenção de Piraíba Seca com

Melhor Qualidade Sensorial

Carmelita de Fátima Amaral Ribeiro

Kil Jin Park

Miriam Dupas Hubinger

Instituição: Faculdade de Engenharia Agrícola - Universidade Estadual de Campinas

A pesca é uma importante atividade econômica e social realizada na região

amazônica nas modalidades profissional, industrial, esportiva e de subsistência. Na região, a

maior parte do pescado capturado, pela pesca profissional, é comercializada na forma in

natura fornecidos frescos ou congelados destinados principalmente aos mercados,

municipal e estadual. Porém, sabe-se que pode ser obtido maior rendimento econômico e

social quando a indústria passa a diversificar a produção com produtos de maior valor

agregado como, por exemplo, peixe seco, salgado, defumado, óleos, concentrado protéico

e farinhas, entre outros produtos de qualidade nutricional comprovada. Além disso, essa

diversificação de produtos nas empresas torna-as mais competitivas tanto no mercado

nacional quanto no internacional.

A maior parte do valor agregado da atividade pesqueira da região ainda está

relacionada a espécies comerciais tradicionais; em casos particulares, espécies com atividade

de sobrepesca.

A piraíba é caracterizada como um peixe gordo, com potencial nutritivo e de

elevado rendimento em filé, apresentando características bastante favoráveis para a

elaboração de produtos de maior valor agregado. Porém, como todo pescado é um produto

altamente perecível nas temperaturas tropicais, deteriora-se rapidamente e necessita da

aplicação de técnicas que lhe confiram um maior tempo de prateleira.

A defumação líquida é um dos mais rápidos métodos de defumação e consiste num

processo de imersão do pescado em soluções de extratos líquidos de fumaça. As fumaças

líquidas naturais, são aromas naturais obtidos da pirólise controlada da madeira, dispersos

em água ou óleo. A técnica tem baixos riscos de impacto ambiental, ao contrário da

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defumação tradicional, que utiliza-a queima da madeira durante o processo, aumentando o

perigo de explosão, além de gerar o descarte de cinzas e resíduos no meio ambiente. Além

disso, tem como outras vantagens a eliminação de elementos carcinogênicos (alcatrão,

resina e 3,4-benzo(a)pirerío) e a presença de propriedades antioxidantes e bacteriostáticas

nos produtos.

A desidratação osmótica com uso de soluções salinas ou açúcares em

concentrações controladas, além de garantir o controle da qualidade microbiológica e/ou

nutricional do alimento, tem baixos custos com insumos. Uma das vantagens dessa técnica é

que, quando em condições de vácuo, a transferência de massa no alimento aumenta, se

comparada à pressão atmosférica, isto permite redução do tempo de processo e redução

dos custos energéticos.

A secagem posterior à desidratação osmótica e defumação líquida é condição

imprescindível à elaboração de um bom produto. A secagem natural é a técnica mais usada

na conservação de pescados da região Norte, principalmente pelos baixos custos com o

processo, sendo a energia solar gratuita. Entre as desvantagens, a técnica depende de

condições climáticas, o que impossibilita uma previsão da produção.

A secagem artificial, além cie ser mais rápida, independe das condições climáticas e

proporciona produtos com maior qualidade microbiológica e nutricional.

Diante disso, este trabalho tem como objetivo desenvolver produtos secos, a partir

do peixe piraíba, com melhor qualidade nutricional e sensorial, utilizando a combinação das

técnicas de secagem convencional, desidratação osmótica e defumação líquida. Uma vez

determinados os melhores parâmetros de cada processo eles poderão ser implantados em

MPEs da região bragantina do Estado do Pará mediante o repasse de informações técnicas.

Principais objetivos

Objetivo Geral:

Desenvolver produtos secos, a partir do peixe piraíba, com melhor qualidade

nutricional e sensorial/utilizando a combinação das técnicas de secagem convencional,

desidratação osmótica e defumação líquida, sendo que, uma vez determinados os melhores

parâmetros de cada processo, estes poderão ser implantados em micro e pequenas

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empresas (MPEs) da região bragantina do Estado do Pará mediante repasse de informações

técnicas.

Objetivos específicos:

• Aplicar desidratação osmótica, defumação líquida é secagem convencional

na elaboração de produtos de peixe com melhor qualidade sensorial

(aparência, aroma e sabor) e nutricional (protéico);

• Otimização dos processos de desidratação osmótica, defumação líquida e

secagem convencional;

• Adaptação das técnicas para serem implantadas nas indústrias.

Fatores críticos para o sucesso do projeto e estratégia de obtenção dos recursos

necessários à sua execução

Para que o modelo seja sustentável, será necessário prosseguir combinado a

políticas do governo quanto ao defeso de espécies de peixes utilizadas na industrialização.

Os benefícios sociais, econômicos e ambientais com a industrialização da piraíba na

região amazônica só Vão se constituir exemplo de sistema produtivo socialmente justo,

economicamente viável e ambientalmente correto se o setor pesqueiro entrar em sintonia

com o setor industrial e este com os setores públicos fornecedores de recursos tecnológicos

e humanos. Portanto, chama-se a atenção para a grande necessidade de articulação,

sensibilização e motivação, por parte de entidades governamentais ligadas aos setores, na

busca da realização de objetivos comuns em todos os elos da cadeia, de modo a contribuir

para o desenvolvimento mais sustentável dos recursos naturais da região amazônica.

É necessário ainda buscar parcerias com entidades governamentais cómo Sebrae,

Ibama, Secretaria de Agricultura e FIEPA e sindicatos dos pescadores na contribuição da

articulação entre os setores envolvidos, capacitação e sensibilização dos empreendedores

quanto à oportunidade de negócio com esses alimentos.

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Entidades parceiras, participantes ou co-executoras

A Faculdade de Engenharia Agrícola (FEAGRI) da Universidade Estadual de

Campinas, experiente na realização de projetos de pesquisa, será a instituição líder,

responsável pela coordenação e administração do projeto. A Faculdade de Engenharia de

Alimentos (FEA) I da Universidade Estadual de Campinas será parceira e co-executora do

projeto, no fornecimento do Laboratório de Medidas Físicas para os procedimentos

experimentais. Trata-se de uma instituição fortemente ligada à pesquisa cientifica e à

industrialização de alimentos. A Universidade Estadual do Pará e a Escola Agrotécnica

Federal de Castanhal irão participar de alguns componentes da proposta e articulação entre

os setores.

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2º LUGAR

Título: Tijolo Vegetal

Jadir de Souza Rocha

Cynthia Lins Falcone Pontes

Tereza Maria Farias Bessa

Vania Maria O, da Câmara Lima

Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)

A presente proposta tem como objetivo principal desenvolver processo de

aproveitamento de resíduos vegetais; ouriços ê cascas de castanha-do-brasil [(Bertholetia

excelsa), mesocarpos de tucumã (Astrocaryum acaule) e de coco (Coccus nucifera), para

confecção de tijolos.

A inclusão do mesocarpo de coco, apesar da espécie não ser nativa da região,

justifica-se pelo motivo da existência de plantios desse fruto em toda a Amazônia Legal,

apresentando uma produção que abastece o mercado regional e, desse modo,

aproveitando a grande quantidade de mesocarpos que são descartados, adicionando-os às

matérias-primas acima mencionadas, se terá uma oferta de tais resíduos que possibilite

suprimento constante para atender à demanda de tijolos vegetais.

O processo de confecção dos tijolos começa com a trituração de ouriços, cascas de

castanha e mesocarpos em pequenas partículas, com a aglutinação de resina sintética e

ação conjunta de temperatura e pressão por cerca de 20 minutos.

O produto possui design inovador, possibilitando o encaixe perfeito no

assentamento dos tijolos, dispensando a aplicação de produtos adesivos para dar

sustentação às paredes.

Facilidade e rapidez na construção, redução de custos de produção em relação aos

tijolos convencionais (argila e solo-cimento), além de ser uma tecnologia limpa, são fatores

que irão viabilizar o ingresso desse produto no mercado da construção civil.

Principais objetivos

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• Desenvolver inovação tecnológica para aproveitamento de resíduos vegetais

(ouriços e cascas de castanha-do-brasil e mesocarpos de tucumã e de coco) para

confecção de tijolos.

• Aumentar o elenco de produtos com potencial para utilização na construção

habitacional.

• Possibilitar a ampliação da oferta e da diversidade de produtos de origem vegetal

para construção habitacional.

• Desenvolver tecnologia limpa e com capacidade para manter, nas habitações, o

ambiente agradável, mesmo nas elevadas temperatura e diante da umidade relativa

da região amazônica.

Fatores críticos para o sucesso do projeto e estratégia de obtenção dos recursos

necessários à sua execução

Pode-se admitir que não ocorrerão fatores críticos que possam ocasionar

dificuldades para o sucesso do projeto, pelo fato de a equipe de pesquisadores envolvidos

no projeto há mais de duas décadas desenvolver pesquisas em ciência e tecnologia de

recursos florestais da Amazônia, destacando-se principalmente no desenvolvimento de

processos e produtos a partir de matérias-primas vegetais não madeireiras.

Quanto à estratégia de obtenção dos recursos necessários à sua execução, a

proposta será apresentada à Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas

(FAPEAM), ao CNPq e a FINEP.

Entidades parceiras, participantes ou co-executoras

O projeto será desenvolvido na Coordenação de Pesquisa em Produtos Florestais

(CPPF) do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA).

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3º Lugar

Título: Desenvolvimento das Cadeias Extrativistas do Babaçu e de outros Produtos Naturais,

para Impulsionar o Setor de Cosméticos Naturais na Região Amazônica

Gilvanda Silva

Instituição: Universidade Federal do Maranhão

Esta é uma proposta concreta de aproveitamento dos recursos naturais da Pré-

Amazônia Maranhense, para obtenção de cosméticos voltados aos cuidados da pele e dos

cabelos, com a participação direta da Comunidade Extrativista de Itapecuru Mirim (MA),

com ênfase na experiência local de na exploração sustentada dos babaçuais. Este trabalho

está focado em dois poderosos aspectos: o do sonho/lúdico e o da

ecologia/preservação/desenvolvimento sustentado da Amazônia. A pesquisa que se

pretende fazer será fundamental pára que a região não permaneça na cultura do

extrativismo. São apresentadas diversas possibilidades de utilização de ativos provenientes

da Pré-Amazônia Maranhense (andiroba, babaçu, buriti, castanha-do-brasil, copaíba,

cupuaçu, maracujá, pequi; ucuúba, etc.), para obtenção de diferentes produtos cosméticos

e de higiene pessoal (para tratamento capilar, da pele, produtos anti-age, etc.). Para tal;

serão envolvidos estudantes de graduação e de pós-graduação da UFMA, além de

pesquisadores e professores, em subprojetos multidisciplinares. Os produtos, obtidos em

laboratório, serão testados para atender às especificações da legislação. Em uma segunda

etapa, serão dados treinamentos às comunidades extrativistas da região, em especial às

quebradeiras de coco babaçu, a fim de transferir tecnologia e melhor prepará-las para a

utilização racional e sustentável dos recursos naturais. Este projeto está sustentado por

fatores naturais (riqueza da flora da Pré-Amazônia Maranhense e de toda a Região

Amazônica) e fatores econômicos (mão de obra local com experiência extrativista dos

recursos naturais e produção de matérias primas; elevada disponibilidade de matérias

primas; e infraestrutura adequada, como rodovias, hidrovias e portos para transporte de

material e escoamento de produtos). A execução de um projeto como este, que vise,

inicialmente, o desenvolvimento dos cosméticos ecológicos, com vistas a melhor selecionar

as matérias-primas a serem exploradas é, sem dúvida, o passo inicial para o

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desenvolvimento deste setor produtivo entre as quebradeiras de coco e de outras

comunidades extrativistas da região. O surgimento de uma indústria cosmética, de base

originalmente tecnológica, ainda que de pequeno porte, poderá dar origem a um cluster

produtivo; dentro do Maranhão. Isso dará origem a empregos de melhor nível, aumentará

o valor agregado dos produtos extraídos de nossa flora, e diminuirá a preocupação regional

e nacional com a biopirataria. Como o Maranhão faz parte da Pré-Amazônia, isso resultará

em um sentimento mais profundo de orgulho e posse de parte da nossa “Amazônia”.

Principais objetivos

Objetivo geral

Desenvolver produtos cosméticos destinados aos cuidados da pele e dos cabelos, a

partir da exploração racional de parte da biodiversidade amazônica, em especial dos

produtos naturais da Pré-Amazônia Maranhense.

Objetivos Específicos

• Estudar os processos físicos envolvidos na obtenção e utilização dos óleos e extratos

vegetais.

• Otimizar os processos de extração e estabelecer um rol de análises de rotina para

caracterizar as matérias-primas obtidas da Pré-Amazônia Maranhense.

• Desenvolver produtos cosméticos de elevada eficácia e estabilidade, a partir desses

produtos naturais.

• Implantar um método de controle de qualidade e realizar testes de eficácia e

estabilidade dos produtos desenvolvidos.

• Passar informações às quebradeiras de coco e outras comunidades extrativistas da

Pré-Amazônia Maranhense sobre todas as etapas desse projeto, desde os resultados

obtidos em laboratório, até o desenvolvimento das formulações a partir dos ativos

naturais orgânicos.

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Fatores críticos para o sucesso do projeto e estratégia de obtenção dos

recursos necessários à sua execução

Este projeto está sustentado por fatores naturais (riqueza da flora da Pré-Amazônia

Maranhense e de toda a região amazônica) e fatores econômicos (mão de obra local com

experiência extrativista dos recursos naturais e produção de matérias-primas; elevada

disponibilidade de matérias-primas, e infraestrutura adequada, como rodovias, hidrovias e

portos para transporte de material e escoamento de produtos). A execução de um projeto

como este, que vise, inicialmente, o desenvolvimento dos cosméticos ecológicos, com

vistas a melhor selecionar as matérias-primas a serem exploradas é, sem dúvida, o passo

inicial para o desenvolvimento deste setor produtivo entre as quebradeiras de coco e de

outras comunidades extrativistas da região. O conhecimento tradicional é o foco para a

inserção social, mas a visão da inovação e do uso e desenvolvimento de tecnologias é a

chave para o sucesso deste projeto.

Entidades parceiras, participantes ou co-executoras

Oleama – Oleaginosas Maranhenses S.A. (disponibilização de insumos e de

equipamentos básicos para testes, desenvolvimento de formulações, etc.), Fapema –

Fundação dê Amparo à Pesquisa e ao Desenvolvimento Científico e Tecnológico do

Maranhão (concessão de bolsas para estudantes e auxílios).

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ÍNTEGRA DOS PROJETOS VENCEDORES

2008

ÁREA SOCIAL

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1º LUGAR

Título: Extrativistas e Áreas Protegidas do Acre

Écio Rodrigues

Instituição: Universidade Federal do Acre (Ufac)

A exploração ilegal de madeira, em conjunto com a exploração mineral e o consórcio

desmatamento/queimada são, sem dúvida, os mais graves problemas ambientais existentes

na área rural da Amazônia. A rigor, ocorre uma associação cúmplice entre a exploração da

madeira e a expansão da fronteira agropecuária. No rastro do desmatamento e antes da

queimada, o madeireiro é acionado para retirar as melhores madeiras, o chamado filé,

equivalente a menos que 30% da madeira; os outros 70% serão simplesmente queimados.

Por sinal, são estas madeiras (os 30%) e sua liquidez para o pecuarista que têm

permitido custear os serviços do próprio desmatamento, ou seja, por paradoxal que pareça,

é a própria floresta que financia sua devastação e ou substituição pelo pasto cultivado.

Este quadro caótico tem se agravado ainda mais, com o esgotamento da madeira

oriunda da fronteira de ampliação agropecuária. Esse fato tem levado os madeireiros a

voltarem sua atenção para os poucos fragmentos florestais remanescentes, que em sua

grande maioria encontra-se em Áreas Protegidas, como as Unidades de Conservação e

Terras Indígenas.

Dessa feita, a exploração ilegal de madeira em Áreas Protegidas é de tamanha

dimensão que os órgãos ambientais responsáveis por seu controle e monitoramento

encontram dificuldades para cumprir seu papel.

Nesse contexto, a conscientização, sensibilização e qualificação do produtor

extrativista que é posseiro e/ou proprietário do recurso florestal depredado, configura-se

em elemento chave para evitar este dano ao ecossistema florestal remanescente.

Uma parceria dos órgãos ambientais, responsáveis pelas ações de controle e

monitoramento, com esses produtores, na forma de gestão compartilhada, pode ser um

dos caminhos para restringir esse tipo de exploração.

De outra banda, o Ministério da Integração Regional (MIR), o Ministério do Meio

Ambiente (MMA), o Conselho Nacional da Amazônia Legal (Conamaz), o Conselho

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Nacional de Meio Ambiente (Conama), o Plano Amazônia Sustentável (PAS) e outros

instrumentos de definição de políticas públicas para a Amazônia têm ressaltado a

importância de se estabelecer uma nova visão para a ocupação social e econômica da

região.

Essa visão, segundo esses instrumentos e instâncias de políticas regionais, segue

por dois caminhos complementares. O primeiro pressupõe a construção de um consenso,

por sinal muito difícil de conseguir sem uma presença pública forte, de que o modelo

desenvolvimentista implantado nos últimos quarenta anos, baseado na grande

propriedade e na agropecuária, trouxe benefícios econômicos pífios, ampliou as

desigualdades ao concentrar ainda mais a riqueza e acarretou danos ambientais de

natureza internacional com repercussões negativas difíceis de qualificar e quantificar.

A partir desse (difícil, diga-se) consenso, essa nova visão passaria, em um

segundo momento, a prescrever um leque de alternativas econômicas que tenham por

princípio transformar as vantagens comparativas da região, como o ecossistema florestal

(entenda-se por ecossistema florestal todo o leque potencial de produtos e serviços que

a floresta pode oferecer, oriundos da hidrografia, fauna e vegetação) em vantagens

competitivas e assim fazer uma leitura concreta do desenvolvimento sustentável

amazônico.

E aí se chega ao segundo caminho, que, todavia, é de natureza ainda mais

complexa: significaria construir um outro consenso, agora acerca da opção produtiva que

melhor se enquadre nos ideais de sustentabilidade comumente aceitos para a Amazônia.

Significaria também que os agentes econômicos e atores sociais existentes na

região poderiam se conciliar com os pesquisadores, acadêmicos e técnicos em geral que

apontam o manejo do ecossistema florestal como principal instrumento para a conquista e

manutenção de vantagem competitiva na Amazônia.

De concreto, essa visão aponta como saída o estabelecimento de um variado leque

de arranjos produtivos locais (APL), todos ancorados em produtos e serviços oriundos do

ecossistema florestal, vierem explorados de maneira sustentável, agora e pelas gerações

futuras, inseridos na moldura tecnológica do manejo de uso múltiplo.

No caso específico do Acre, as condições políticas atuais parecem propícias para a

implantação, numa escala que somente o Estado possui, de alternativas econômicas

adequadas ã sua realidade social e florestal.

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Neste sentido, a execução do presente projeto se justifica na medida em que será

possível efetuar uma contribuição efetiva na solução de um problema ambiental e social

grave, qual seja: a exploração ilegal de madeira em áreas protegidas (sobretudo Unidades

de Conservação e Terras Indígenas) por meio da instrumentalização do produtor

extrativista diretamente afetado pela exploração do recurso, para que ele possa uma vez

munido de técnicas simples e recentemente desenvolvidas de manejo florestal

comunitário, praticar o uso do recurso florestal de forma sustentada.

O projeto beneficiará diretamente as famílias de extrativistas residentes nas áreas

afetadas, cuja extensão total equivale a 63% de todo o território acreano, em torno de 9

milhões de hectares, distribuídas entre 5 Reservas Extrativistas, 1 Parque Nacional, 1

Parque Estadual, 18 Terras Indígenas, 4 Projetos de Assentamentos Extrativistas, 1 Estação

Ecológica, 1 Floresta Estadual e 1 Floresta Nacional, além de propiciar a qualificação de 400

produtores rurais participantes dos cursos.

Um total estimado de 16.830 famílias, que vivem da prática do extrativismo, serão

beneficiárias diretas das ações do projeto. Indiretamente, o projeto beneficiará toda

população rural acreana, estimada em 37.451 famílias de produtores, aí incluídos os

extrativistas.

Principais objetivos

Objetivos Gerais

• Possibilitar às comunidades extrativistas mecanismos de defesa de seu patrimônio

biológico.

• Evitar, o depauperamento do estoque ambiental e florestal do Acre.

• Garantir a manutenção da diversidade biológica.

Objetivos Específicos

• Qualificar o produtor extrativista em Manejo Florestal de Uso Múltiplo.

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• Qualificar o produtor extrativista em princípios da legislação ambiental referente à

exploração madeireira.

• Disseminar as experiências em alternativas produtivas apoiadas e reconhecidas pelo

Ministério do Meio Ambiente através do Programa de Proteção ao Meio Ambiente e

Comunidades indígenas (Pmaci), Projetos Demonstrativos (PD/A-PPG7) e Fundo

Nacional de Meio Ambiente (FNMA);

• Coibir a exploração ilegal de madeira em áreas de Unidades de Conservação Federal

e Estadual como: Reservas Extrativistas, Parque Nacional e Estadual, Estação

Ecológica e Floresta Estadual.

• Coibir a exploração ilegal de madeira em áreas de Projetos de Assentamentos

Agroextrativistas gerenciados pelo Incra.

Fatores críticos para o sucesso do projeto e estratégia de obtenção dos

recursos necessários à sua execução

O envolvimento das administrações municipais e dos sindicatos de Trabalhadores

Rurais localizados nos municípios é fator fundamental para o sucesso do projeto.

São essas duas instituições que possuem capilaridade suficiente para identificar,

cadastrar e selecionar o produtor mais apto para o processo de qualificação.

O envolvimento inicial de representantes dessas entidades na definição dos temas

a serem abordados nos treinamentos e com a inclusão de assuntos de seu interesse direto

será possível concretizar a parceria.

Entidades parceiras, participantes ou co-executoras

Universidade Federal do Acre

Sindicatos de Trabalhadores Rurais dos Municípios

Federação dos Trabalhadores na Agricultura

Organizações sociais de apoio

Grupo de Trabalho Amazônico

Associação Andiroba

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2º LUGAR

Título: Alternativa de Produção de Etanol a partir da Batata-doce, Voltada à Realidade ' dos

Pequenos e Médios Agricultores da Região Norte.

Márcio Antonio da Silveira

Instituição: Fundação Universidade Federal do Tocantins

O presente trabalho apresenta uma alternativa de produção de etanol a partir da

batata-doce, voltada à realidade dos pequenos e médios agricultores da região Norte. O

desenvolvimento dessa tecnologia terá como objetivo central o de criar condições para que

a agricultura familiar participe também do importante mercado do etanol, que vem

crescendo a dia-a-dia no mundo. Entretanto, para viabilizar a “proposta, pensou-se em dois

vetores fundamentais para sua sustentabilidade: o econômico e o ambiental. Para tanto,

será escolhida uma matéria-prima para produção de etanol, compatível com os aspectos

sociais do projeto. A batata-doce foi à cultura escolhida, por apresentar inúmeras

características positivas em relação às questões sociais, econômicas e ambientais. Dentre

estas, pode-se destacá-la por ser uma cultura de fácil cultivo, de ampla adaptação a solos

de baixa a média fertilidade e de múltiplos usos, tanto na alimentação animal quanto na

humana, mas principalmente por se tratar de uma cultura tropical muito conhecida nas

regiões Norte e Nordeste do país, e tradicionalmente reconhecida e cultivada por

pequenos, agricultores na Amazônia. Foi com base nestes caracteres que a Universidade

Federal do Tocantins desenvolveu, nos últimos dez anos (1996-2007),. dez cultivares

apropriados para a produção de etanol na região, com produtividade de 40 toneladas por

hectare, e com potencial de rendimento de 170 litros de etanol por tonelada de batata-

doce, o que implica um rendimento de 6800 litros/ha. Assim, com base neste estudo, será

desenvolvida uma miniusina de etanol para a agricultura familiar.

A miniusina para produção de etanol será projetada com capacidade de 150 litros

etanol/dia, e será construída em sistema de batelada, totalmente em aço inox, tendo seus

valores estimados em torno de R$150.000,00 (cento e cinquenta mil reais) o que daria para

atender a até 20 famílias. O bioprocesso estabelecido para produção de etanol será

desenvolvido de forma a produzir 170 litros de etanol/tonelada de raiz de batata, e no final

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do processo de destilação, podem ser obtidos 300kg de massa protéica úmida, com 17% a

30% de proteína, conforme os testes de bancada indicam. Portanto, ao contrário do

processo da cana-de-açúcar, será obtido um co-produto, considerado como uma ração

animal, em função do seu elevado teor de proteína e, principalmente, por não ser poluente

do meio ambiente. Por esta razão, a implantação da miniusina de etanol de batata-doce

deverá ser pensada de forma a integrar-se com a criação animal, seja ela suinocultura,

avicultura, gado de leite ou caprinocultura. Esta integração é base para a sustentabilidade do

projeto, uma vez que permitirá aos pequenos produtores produzir etanol em sistema de

associação ou cooperativa, e também produzir proteína animal a custo zero.

Principais objetivos

Implantar miniusinas-piloto em assentamentos rurais, reassentamentos e, de

maneira geral, atender aos agricultores familiares da região amazônica.

Aproveitar os resíduos/co-produtos obtidos após o processo de produção de etanol

para alimentação animal.

Fatores críticos para o sucesso do projeto e estratégia de obtenção dos recursos

necessários à sua execução

Considerando-se desde a fase inicial, que envolve o treinamento e a contratação

de pessoal, aquisição de material de consumo e construção de obras e instalações, compra

de uma miniusina de 150 litros/dia para o atendimento de 20 famílias, teríamos o custo

total de R$160.000,00 (cento e sessenta mil reais). Este seria um fator crítico para a

implantação do projeto, mas com uma parceria entre empresa e comunidade, seria possível

a obtenção desse recurso. Uma outra alternativa pára implantar o projeto seria a criação de

uma associação e ou cooperativa para busca de financiamento frente às agências

financiadoras da Amazônia, como o Banco da Amazônia, por exemplo.

Entidades parceiras, participantes ou co-executoras

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Podem-se envolver entidades financeiras, como bancos, ou o próprio Estado e/ou

Município. No acompanhamento, deve-se buscar a contribuição das universidades e dos

escritórios de assistência técnica e extensão rural. Visando dar acompanhamento no campo

da pesquisa e do desenvolvimento, deve-se ter a participação de pesquisadores,

instituições de pesquisa e setor privado de maneira geral, que são componentes

importantes no sucesso de qualquer empreendimento.

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3º LUGAR

Título: Programa de Educação e Comunicação w Científica para a Inclusão Social de

Estudantes do Ensino Fundamental, de Comunidades Ribeirinhas do Rio Madeira, Porto

Velho (Rondônia). [Educomunicação Científica)

Vânia Beatriz Vasconcelos de Oliveira Instituição: Embrapa Rondônia

A Embrapa Rondônia, em parceria com outras instituições governamentais e não-

governamentais, tem atuado frente a famílias de agricultores e pescadores da comunidade

ribeirinha de Cujubim Grande do Rio Madeira, em Porto Velho, com ações de pesquisa e

desenvolvimento. Os eventos de capacitação promovidos na comunidade frequentemente

são realizados nas dependências da Escola “Deigmar Moraes de Souza” (Escola Polo), sem a

participação dos alunos e professores, os quais desconhecem os objetivos das pesquisas

realizadas e seus resultados. O aumento do conhecimento científico e do interesse pela

ciência e tecnologia entre a população em geral, e em particular entre os jovens, é

considerado um dos condicionantes para o desenvolvimento científico e tecnológico do

país.

Portanto, atendendo à demanda pela participação da escola e a inserção dos

jovens da comunidade nas atividades desenvolvidas, o objetivo do projeto é promover a

inclusão social de estudantes do ensino fundamental, por meio de atividades de

educomunicação que os levem a compreender a sua realidade socioambiental, elaborar

formas de comunicação e se apropriar e difundir o conhecimento oriundo de pesquisas

concluídas e/ou em andamento, realizadas pela Embrapa Rondônia e instituições par- '

ceiras, em especial aquelas que contribuem para a minimização dos impactos ambientais,

seja na comunidade em particular ou em âmbito global. Desta forma, busca-se responder à

questão: O que a ciência (EMBRAPA) faz e o que a sociedade (a comunidade rural,

principalmente a juventude) podem fazer em relação aos impactos ambientais da atividade

agropecuária?

Os beneficiários serão alunos e professores da referida Escola Polo e de escolas do

entorno, nas quais se estima haja um total de mais de 600 alunos e cerca de 40 professores.

Também serão beneficiários estudantes universitários ejideranças jovens, que se integrarão

à equipe do projeto, indiretamente, as informações geradas deverão alcançar o público em

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geral que tiver acesso aos produtos divulgados por veículos de comunicação de massa. A

metodologia do projeto consiste no desenvolvimento de um programa de educomunicação

para a divulgação científica, a partir do espaço educativo, na escola e na comunidade.

Principais objetivos

Objetivo geral

Desenvolver atividades de educomunicação para a divulgação científica que

proporcionem aos jovens rurais o protagonismo de ações que internalizem conceitos,

discutam e divulguem, em conjunto com a comunidade, o que a Ciência faz e o que a

Sociedade pode fazer em relação aos impactos ambientais da atividade agropecuária,

contribuindo assim para a popularização da ciência e o fortalecimento da cidadania.

Objetivos específicos

• Preparar alunos do ensino fundamental e universitários para atuarem como Jovens

Cientistas, participando de grupos de trabalho na elaboração e no desenvolvimento

de projetos de iniciação científica e de produção de material de divulgação de seus

resultados em eventos e na mídia.

• Contribuir para a formação e qualificação de professores e estudantes

universitários de Comunicação Social e áreas afins na extensão universitária.

• Aprimorar o conhecimento de profissionais membros da equipe do projeto, por

meio da promoção e ou participação em eventos de capacitação em DC.

• Organizar e sistematizar informações; elaborar textos e produzir material didático-

pedagógico (impressos e audiovisuais) de apoio aos eventos de capacitação, e para

as atividades de educomunicação e divulgação científica.

• Criar um espaço físico de divulgação da Ciência que proporcione aos professores e

alunos da escola e à comunidade o acesso a novas tecnologias de comunicação e

informação (computador e outros recursos audiovisuais) que contribuam para a

melhoria do processo de educomunicação.

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Entidades parceiras, participantes ou co-executoras

• Coletivo Jovem pela Sustentabilidade de Rondônia (CJS/RO).

• Embrapa Meio Ambiente.

• Faculdade Interamericana de Porto Velho (UNIRON).

• Divisão de Ensino Rural da Secretaria Municipal de Educação (Semed).

Personalidade

Armando Dias Mendes

Trajetória Profissional

Presidiu o Banco da Amazônia S.A.

Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais (Faculdade Livre de Direito do Pará,

1948), especialista em Planejamento Regional (SPVEA/FGV – Belém -1955/56).

Autor de vários livros, dentre eles A cidade transitiva (1998); Amazônia – modos

de (o)usar (2001); O economista e o ornitorrinco (2001). Participou de coletâneas

como autor (Para pensar o desenvolvimento sustentável) (1992) e em diversos

volumes editados, pela CEB, FJN, IBRI, IDESP, IPEA, SERFHAU, UNAMAZ,

UNESCO/ISSC/EDUCAM. Também atuou como organizador de A Amazônia e o

seu banco e problemática e uso local e global da água da Amazônia.

Exerce diversas atividades de consultoria e assessoramento (CNPq, FIEPA,

SUDAM, UNAMAZ, UNESCO, OIT e PNUD).

Professor titular da UFPA; professor-colaborador da UnB.

Diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, Contábeis e Atuariais do Pará.

Pró-reitor da UFPA na gestão do professor Seixas Lourenço. Membro técnico da

Comissão de Planejamento da Superintendência do Plano de Valorização

Econômica da Amazônia.

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Destaques da Carreira

• Doutor “Honoris Causa” (UFPA, 1977).

• Doutor Honoris Causa” (UNAM A, 2003) (Por unânime indicação da

Congregação de Ciências Econômicas e unânime aceitação do Conselho

Universitário).

• Medalha Personalidade Econômica do Ano (2006). À comenda foi

oficialmente entregue por ocasião da solenidade de abertura do XXI Simpósio

Nacional dos Conselhos de Economia (SINCE), em Vitória (ES). A condecoração

foi especialmente instituída pelo Conselho Federal de Economia (COFECON),

em 2004, para homenagear o profissional que mais se destacou no cenário das

ciências econômicas em nível nacional.

• Menção Especial-2008 (OEB).

Fatos Interessantes

• Fundador, primeiro coordenador-geral (1969/74) e Professor Benemérito do

NAEA/UFPA.

• Bolsista da The John Simon Guggenheim Memorial Foundation/New York

(1971/1972).

• Membro do Conselho Federal de Educação.

• Relator do Currículo Mínimo do Curso de Graduação em Ciências

Econômicas/CFE (1984).

• Secretário Executivo da ANPEC: 1982/83).

• Co-fundador e primeiro presidente da Associação de Economistas de Língua

Portuguesa (AELP).

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PROJETOS APRESENTADOS EM 2008

Descrição resumida das propostas

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CATEGORIA AMBIENTAL

Projeto A-01

Título: Criar uma Lei para que Todo Cidadão que More em Casa na Área Urbana ou

Empresas que Tenham Espaço Físico Plantem uma Árvore na Área Urbana, e, na Zona Rural

Plantem 50 árvores.

Autora: Alexandra Vieira do Prado

Resumo: Minha, proposta é a de que cada pessoa na cidade que more em casa que tenha

quintal plante uma árvore. Esta pode ser de pequeno porte, mas que se plante. Minha

proposta surgiu porque meu pai é pecuarista e vi que lá onde mora quase não há mais

arvores, apenas pastagens.

Projeto A-02

Ver Lista de Premiados.

Projeto A-03

Título: Incentivar o Desenvolvimento Rural Sustentável em Comunidádés de Agricultura

Familiar do Tocantins e de Outros Estados da Região Amazônica.

Autor: Aline Pereira de Sousa Brito

Instituição: Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento

Resumo: Incentivar o desenvolvimento rural sustentável em comunidades de agricultura

familiar do Tocantins e de outros estados da região amazônica, apresentando o exemplo da

Matinha; como modelo de sustentabilidade ambiental, social e econômica, inclusive para

outros países. Busca apresentar, em nível nacional e internacional, a forma sustentável de

os agricultores familiares tocantinenses produzirem e ter lucro. Além disso, pretende

realizar um trabalho de educação ambiental em pequenas propriedades rurais

tocantinenses e de outros estados da Amazônia, e divulgar a produção orgânica como

método eficaz de atingir a sustentabilidade ambiental.

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Projeto A-04

Título: Uso Sustentável de Recursos Naturais em Atividades de Ecoturismo no Município de

Itaubal. Oferta de Melhoria na Qualidade de Vida da População Ribeirinha.

Autor: Ana Lucia Alves Pinto

Instituição: Fundação Educacional Severino Sombra

Resumo: O Município de Itaubal localiza-se ao norte do Estado do Amapá. Após um prévio

estudo do município, constatou-se a necessidade de se promover, com a população local,

atividades de conscientização e de sensibilização em relação ao uso dos recursos naturais e

ambientais abundantes na região, porém pouco explorados. Com isso, propõe-se também a

implantação de programa de um dos segmentos do turismo alternativo que • mais se

enquadra nas diretrizes do turismo sustentável.

Projeto A-05

Título: Projeto Garoto Referência

Autor: Aníbal Ney Epaminondas de Melo Júnior

Instituição: Secretaria Municipal de Turismo de Presidente Figueiredo

Resumo: Os trabalhadores de todo o Brasil passam por uma das maiores crises de

desemprego dos últimos tempos e a população de baixa renda encontra-se cada vez mais

distante do mercado de trabalho, em função da baixa escolaridade e a falta de estímulos

para se capacitar profissionalmente, o que lhe traz como consequência a falta de acesso aos

bens básicos de consumo e serviços gerados pelo desenvolvimento da sociedade.

Diante desse contexto, e para atender à exigência de pessoas qualificadas para o mercado

formal de trabalho, proponho o “Projeto Garoto Referência”, buscando minimizar o número

crescente de crianças indecisas em relação a seu futuro profissional, assim como

desenvolver mecanismos que venham a despertar nos jovens um de seus direitos básicos, a

educação.

Este projeto tem como objetivos a capacitação de jovens estudantes que se destaquem dos

demais na sua escola, possibilitando-lhes o conhecimento básico ambiental e técnicas de

preservação do meio ambiente, de forma geral, a fim de que cresçam com uma consciência

ambientalmente correta, bem como para elevar o nível de conhecimento de uma parcela

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significativa da sociedade, a fim de lhes proporcionar melhores condições no âmbito

profissional e ainda garantir o desempenho das atividades ambientais e a conservação do

meio em que vivemos, de forma sustentável e harmoniosa.

O projeto “Garoto Referência” tem como foco as unidades de conservação e preservação

ambiental da cidade de Presidente Figueiredo, no Amazonas. A fim de proporcionar visível

melhoria nas informações passadas aos turistas que visitam o município “de Presidente

Figueiredo, e também para garantir segurança aos turistas e visitantes dos parques públicos

desse município, premiando os jovens que se destacarem na escola em princípios básicos

que deveriam ser cumpridos por todos os estudantes da rede de ensino, para estimular a

participação dos pais na vida escolar dos filhos, a união familiar e a integração social das

famílias.

Projeto A-06

Título: Abelhas indígenas: diversidade e geração de renda no meio rural

Autor: Antonio de Almeida Lima

Instituição: CEPLAC

Resumo: Preservação das abelhas indígenas sem ferrão, e geração de renda no meio rural

Projeto A-07

Título: Abelhas indígenas: diversidade e geração de renda no meio rural

Autor: Arison José Pereira

Instituição: Fundação Universidade do Tocantins (UNITINS)

Resumo: O Estado do Tocantins, localizado na região amazônica, apresenta um grande

número de comunidades rurais que utilizam como base da força de trabalho a unidade

familiar. Esses agricultores encontram-se descapitalizados, com dificuldade de acesso a

informações técnicas e aos créditos oficiais. Estes fatores, associados ao desgaste dos

recursos naturais (solo, vegetação, recursos hídricos, etc.) têm feito com que essas famílias

vivam em situação de grande instabilidade, o que leva em muitos casos ao êxodo rural e à

reconcentração da terra.

O trabalho nessas comunidades é predominantemente familiar, quase que exclusivamente

braçal, e o capital financeiro; disponível por estabelecimento é reduzido. A maior parte dos

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estabelecimentos agrícolas encontra-se em processo de grande incerteza, pois tanto seus

sistemas de produção e de comercialização, quanto suas organizações (políticas e

econômicas) são ainda bastante frágeis e susceptíveis a mudanças. O resultado desse

processo se reflete de forma contundente no agravamento da situação socioeconómica das

famílias. Considerável contingente deste segmento de agricultores dedica-se à produção de

hortaliças, que apesar do caráter familiar, faz uso intensivo de fertilizantes sintéticos e

agrotóxicos.

As atividades agrícolas nessas comunidades são fundamentadas, principalmente, num ciclo

de derrubada e queima da vegetação que promove uma série de alterações ambientais. Isto

implica mudanças profundas na dinâmica natural de suporte do ecossistema, afetando,

sobretudo, a disponibilidade da matéria orgânica e, consequentemente, de nutrientes

(SANCHEZ, 1981; SZOTT et al 1991), uma vez que os solos da região são

predominantemente latossoíos e argissolos, de baixa fertilidade natural, ácidos e com

elevado teor de alumínio trocável (DEMATTÊ; DEMATTÊ, 1993), o que acarreta com o

passar dos anos, redução da fertilidade e aumento das infestações por invasoras, que

aliados à erosão e à compactação do solo provocam significativas quedas de produtividade

nos cultivos.

O fornecimento de alimentos no futuro será dependente da preservação de toda a

superfície mundial cultivável, requerendo desta maneira um modelo de produção

sustentável que, para ser alcançado, demandará a geração de práticas agrícolas adequadas,

guiadas pelo conhecimento dos processos ecológicos que ocorrem nos agroecossistemas. O

que se deseja, então, é uma nova abordagem dos sistemas de produção agrícola e de

desenvolvimento rural que se baseiem nos aspectos de conservação de recursos locais e

simultaneamente façam uso dos conhecimentos e métodos ecológicos modernos.

Dentro dessa perspectiva a agricultura orgânica é um modelo de produção agrícola em

expansão, e pode auxiliar o desenvolvimento rural, principalmente em comunidades de

agricultores familiares (NEVES et al., 2001) que devido as suas características de

diversificação/integração de atividades vegetais e animais, e por trabalharem em menores

escalas, podem representar o espaço ideal ao desenvolvimento de uma agricultura

ambientalmente sustentável (CARMO, 1998).

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A difusão dos resultados a todos os produtores da comunidade, bem como a capacitação

dos agricultores e a introdução de práticas sustentáveis de produção, são fatores

estratégicos para estimular o desenvolvimento social e econômico da comunidade.

Diante do exposto, o objetivo geral deste projeto será gerar e disponibilizar tecnologias de

base ecológica, de modo a promover o desenvolvimento de sistemas agroecológicos, por

meio da diversificação da produção agrícola, adequando técnicas de manejo agroecológico,

como a adoção de Sistemas Agroflorestais (SAFs), além de despertar a consciência

agroecológica em jovens, visando, além da educação e preservação ambiental, o

incremento da competitividade em comunidades de agricultores familiares na região

amazônica.

Projeto A-08

Título: A Exploração em mosaico

Autor: Aristides Montanha

Instituição: Pesquisador Independente

Resumo: A exploração em mosaico é uma iniciativa que vai ao encontro da filosofia do

Banco Mundial porque visa, ao mesmo tempo, o desenvolvimento socioeconômico

regional e a preservação do meio ambiente visto que, pelo proposto, não se lançará mão

do tão combatido e muito praticado desmatamento que, se não for controlado e até

erradicado das práticas rurais humanas, transformará a região da floresta, a exemplo

daquilo que já está acontecendo no médio norte do Estado de Mato Grosso, em um grande

deserto.

A iniciativa proposta tem como fundamentos a divisão da propriedade em vários mosaicos,

sempre com a mesma área, e a relação de cada mosaico com uma determinada cultura. Em

um mosaico, por exemplo, planta-se milho, num segundo a soja, em outro o guaraná, e

assim com as demais culturas, tanto as culturas ecológicas opcionais quanto as culturas

convencionais.

Além da relação entre um mosaico e uma determinada cultura, é condição obrigatória para

cada grupo de cinco mosaicos que em um deles seja mantida a vegetação nativa; em

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outros dois sejam explorados algumas das culturas ecológicas opcionais; e nos outros dois

restantes, podem ser exploradas as culturas convencionais.

Denominam-se Culturas Ecológicas Opcionais aquelas que são nativas da floresta

amazônica e que, portanto, preferem o sombreado da mata ao descampado pelo

desmatamento. Para exploração das culturas ecológicas, devido à origem nativa, é

necessário e suficiente apenas o raleamento da mata e a repicagem da vegetação, para

facilitar sua transformação em húmus, Isto constitui a base da metodologia operacional

desenvolvida e aplicada, enquanto para as culturas convencionais será feito o

desmatamento, mas nunca as queimadas, pois a vegetação derrubada será enfileirada e,

periodicamente, as leiras, já transformadas em adubo orgânico, serão espalhadas para

cobertura da área a ser replantada.

A aplicação da referida metodologia deixará um saldo positivo para a floresta, com

relação ao adubo orgânico, que, devido ao seu excedente, exigirá sua extração racional e

periódica, Além de manter o nível ótimo da decomposição natural e promover a

revitalização do meio, o adubo será comercializado como um dos componentes da

sustentabilidade financeira para o investidor.

O húmus é combustível relativamente muito bom, e isto, infelizmente, facilitará as

queimadas. Estas, por sua vez, exigirão a construção de açudes pluviais para combater os

incêndios que, por desventura, acontecerão, e atenderão também à necessidade de

irrigação no período da estiagem.

A exploração em Mosaico, e devido aos seus dois fundamentos, devido também à

metodologia operacional adotada e às condições necessárias para sua efetivação,

permitirá que o ser humano volte ao convívio harmonioso e interativo com a floresta.

Projeto A-09

Título: Análise dos Níveis de Degradação Florestal no Centro de Endemismo Belém.

Autor: Arlete Silva de Almeida

Instituição: Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG)

Resumo: A ocupação da Amazônia chega a preocupar, à medida que os efeitos do uso

desordenado causam degradação ao meio ambiente, cerca de 75% desse desmatamento

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concentram-se no que ficou conhecido como “Arco do Desmatamento”. Grande parte

desse desmatamento encontra-se na região do Centro de Endemismo Belém (leste do

Pará e o oeste do Maranhão). Os municípios localizados nessa região apresentam

aproximadamente 90% de suas florestas alteradas e o solo apresenta níveis altos de

degradação. Estudos recentes apontam que 23,98% dessa área correspondem a

remanescentes florestais e 76,02% em uso da terra. Uma característica importante dessa

região é o seu elevado nível de endemismo. Essa situação justifica a necessidade de

estudos que venham a contribuir na determinação de parâmetros para o conhecimento

real dos níveis de degradação florestal em remanescentes florestais e corredores

ecológicos.

O uso de sensores orbitais tem demonstrado grande utilidade na detecção de

informações sobre os recursos naturais. Portanto, imagens Landsat serão processadas

aplicando as técnicas de: a) pré-processamento; b) realce das imagens; c) interpretações;

e d) classificações, com o uso dos programas ArcGis, ENVI e ERDAS. Estudos

fitossociológicas serão realizados para compor uma lista de espécies ameaçadas de

extinção.

No presente momento, é importante o resultado deste projeto no sentido de viabilizar a

criação de áreas protegidas no Centro de Endemismo Belém, para resguardar espécies de

fauna e flora ameaçadas.

Projeto A-10

Título: Transferência de tecnologias para produção de sementes de feijão-caupi, por meio

de campos e bancos comunitários, na comunidade ribeirinha do Cujubim Grande, em

Porto Velho, Rondônia

Autor: Calixto Rosa Neto

Instituição: Embrapa Rondônia

Resumo: A comunidade do Cujubim é formada por cerca de 100 famílias, que residem em

cinco localidades no entorno do lago do Cujubim Grande, situado à margem direita do Rio

Madeira, a 35 km de Porto Velho, em Rondônia. A população local constitui-se

principalmente de ribeirinhos, os quais têm na pesca, na produção de farinha e no

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extrativismo a sua principal fonte de renda. A agricultura de subsistência é praticada como

atividade complementar pela maioria dos moradores da comunidade, sendo o feijão-caupi

(Vigna unguiculata L.) e a melancia [Citrullus lanatus (Thunb.) Matsum & Nakai] algumas

das principais culturas. Durante seis meses do ano, o nível das águas do rio Madeira baixa,

trazendo à tona uma grande extensão de terras, as quais têm por característica a alta

fertilidade, umidade constantemente próxima à capacidade de campo e isenção de

propágulos de plantas daninhas. O uso agrícola dessas áreas dispensa a adubação,

irrigação e aplicação de herbicidas, o que favorece o cultivo agroecológico do feijão-caupi,

a um custo de produção consideravelmente baixo. No entanto, a falta de conhecimentos

adequados ou mesmo as dificuldades financeiras inviabilizam a produção local e a

manutenção de sementes para o plantio da safra seguinte, o que faz com que os

produtores estejam sempre na dependência de adquiri-las no mercado local. Nesse

contexto, a presente proposta visa a promover a difusão de tecnologias que assegurem a

produção e a conservação das sementes de feijão-caupi nas praias do rio Madeira. Para

tanto, serão implantados seis campos de multiplicação de sementes, com variedades já

testadas nas condições locais, e estabelecidos seis bancos de sementes. Serão realizados

dias de campo e reuniões para apropriação das tecnologias geradas/adaptadas. Com a

realização das ações, constantes deste projeto, espera-se contribuir, em médio prazo,

para o incremento quantitativo e qualitativo do cultivo de feijão-caupi em toda a região do

baixo Madeira, haja vista que ás demais comunidades ao longo do rio utilizam sistema de

produção semelhante.

Projeto A-11

Título: Disseminação de Práticas Sustentáveis e Economicamente Viáveis para Comunidades

Ribeirinhas da Amazônia – Ecoturismo

Autor: Cassiano Figueiredo Ribeiro

Instituição: Instituto de Desenvolvimento Econômico, Social e Ambiental do Pará (IDESP)

Resumo: O objetivo deste projeto é o de promover a inserção de comunidades rurais e

ribeirinhas da Amazônia na distribuição da renda promovida pela atividade turística e, com

isso, conseguir alavancar o desenvolvimento local. Propõe-se, então, implantar um projeto

piloto na comunidade de Boa Vista do Acará, Município do Acará – PA, visando à sua

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capacitação no atendimento aos turistas, de forma que se maximize e internalize a renda na

própria comunidade.

Projeto A-12

Ver Lista de Premiados.

Projeto A-13

Título: Cultivo de Jacareúba (Calophyllum brasiliensis) para a produção de madeira, óleo e

demais extratos

Autor: Daniel de Brito Pereira

Instituição: Cooperativa de Produção Industrial do Estado do Acre (COOPERUNIÃO)

Resumo: O projeto “Cultivo de Jacareúba (Calophyllum brasiliensis) para a produção de

madeira, óleo e demais extratos” seria, com certeza, uma grande forma de recuperar áreas

degradadas, incentivar o desenvolvimento de tecnologias para o uso do óleo da semente e

demais propriedades da Jacareúba, e melhorar as condições das pessoas que vivem em

áreas de gradadas da Amazônia. Podemos dizer que o projeto “Cultivo de Jacareúba

(Calophyllum brasiliensis) para a produção de madeira, óleo e demais extratos” pode

funcionar da seguinte forma: uma pessoa jurídica (governos/empresas etc.) firma parceria

com o produtor para o cultivo da Jacareúba, através de reflorestamento. O parceiro

financeiro entra com todos os insumos necessários à implantação do projeto e mais uma

parcela mensal referente à manutenção da área cultivada, repassados ao agricultor que

estaria cuidando do cultivo. No final do projeto/contrato, seriam repassados de 15% a 20%

da receita da madeira para o agricultor, havendo ainda a possibilidade de o agricultor, além

da parceria, fazer um cultivo também por conta própria. Projetos semelhantes já existem no

Sul e Sudeste do Brasil, mais precisamente no Estado de São Paulo, e podemos ver também

na Amazônia projetos parecidos e bem-sucedidos na parceria firmada entre a Agropalma

(empresa de extração de óleo de dendê), governo e agricultores familiares nos municípios

de Moju e Tailândia, ambos no Estado do Pará, e o projeto Recriando a Floresta “Curupira”,

no Estado de Rondônia. Também pode funcionar no sistema de condomínio florestal.

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A produção de madeira começa aos 10 anos e o preço do metro cúbico chega a custar

R$500,00 (quinhentos reais) no mercado internacional, no entanto, o retorno se tá em

longo prazo rendendo cerca de 200 m3/ha aos 10 anos, sendo nesta época um produto de

qualidade inferior, e 350 m3/há aos 18,5 anos, rendendo madeira de qualidade e com um

valor hoje de mais ou menos R$2.500,00/m3.

Quanto à produção de óleo e demais extratos, começaria esta entre o terceiro e o quarto

ano, podendo já ser utilizados pela indústria farmacêutica, sendo assim um investimento em

médio prazo.

Projeto A-14

Título: Avaliação de Riscos Ambientais na Região do Bico do Papagaio – Tocantins

Autor: Dany Kramer Cavalcanti e Silva

Instituição: Universidade Federal do Rio Grande do Norte

Resumo: Nas últimas décadas, o Estado do Tocantins, assim como os demais pertencentes à

Amazônia Legal, Vem recebendo grandes atividades antropomórficas, dentre elas a de

natureza agropecuária, em especial a soja, cana-de-açúcar, eucalipto e criação bovina,

construções de estradas e ferrovias, criação de usinas e indústrias, comércio ilegal de

madeira e avanços da urbanização.

Estas atividades culminam em diversos impactos ambientais, que por sua vez

comprometem a qualidade de vida da população, pelos danos sociais, econômicos,

ambientais e de saúde pública.

Tendo-se em vista as práticas inadequadas de gestão de resíduos sólidos observadas na

região Norte, em especial no Tocantins, cujas taxas de geração estão em torno de 1202,7

toneladas/dia, dos quais apenas 13% são destinados a aterros sanitários, observam-se

inúmeros fatores de riscos ambientais, sociais e de saúde pública inerentes a esses refugos,

tais como: proliferação de vetores, disseminação de doenças infecto-parasitárias, perdas

econômicas, pela ausência da reciclagem e compostagem, contaminação do solo e corpos

d'água, entre outros.

Pelo exposto, o contexto de degradação ambiental existente no Tocantins apresenta-se em

diversas categorias, com ocorrências históricas recentes ou mesmo de décadas, e em

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diversas microrregiões, culminando em impactos negativos sobre o meio ambiente e a

população local, às quais atribuem os dividendos destas atividades.

Acredita-se que um diagnóstico mais detalhado desse quadro contribua para melhor

orientação das políticas públicas regionais, bem como permitam maior esclarecimento

acadêmico e social, a partir de uma análise sistêmica representativa do quadro histórico

evolutivo destas degradações ambientais e suas consequências, que atingiram dimensões

negativas no cenário regional, principalmente no que se refere à microrregião do Bico do

Papagaio, onde se encontram as populações mais desfavorecidas do Estado.

Projeto A-15

Título: Projeto para Dessalinização Ecológica

Autores: Décio Ferreira de Oliveira / Luis Roberto Takiyama

Instituição: Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Amapá (IEPA)

Resumo: A proposta consiste na implantação de Estações de Dessalinização Ecológica

(EDEs) na zona costeira do Amapá, para tratamento/dessalinização de águas

salobras/salinas mediante um processo físico-biológico, de baixo custo operacional,

incluindo recursos naturais da região amazônica para tal processo, como forma alternativa

de abastecimento, conforme esquema a seguir:

Esquema representativo (corte-perfil) do dimensionamento de uma EDE

A dessalinização da água salgada ou salobra do mar, dos açudes e dos poços apresenta-se

como uma das soluções para a humanidade vencer mais esta crise que já se pronuncia,

apresentando-se como a principal solução para o atendimento das futuras demandas de

água doce, já que a água salgada e/ou salobra representa cerca de 95,5% da água existente

no Globo. Atualmente, muitos países e cidades estão se abastecendo totalmente de água

doce extraída da água salgada do mar, que, embora ainda a custos elevados/ apresenta-se

como única alternativa, concorrendo com o transporte em navios tanques; barcaças;

reboques de icebergs, grandes usinas de dessalinização (alto custo) e outros.

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A zona costeira do Amapá possui extensão de aproximadamente 12.000km2 e abrange

cerca de 300 comunidades isoladas, das quais se destacam: Cumarumã, Sucuriju e

Bailique, entre outras, que sofrem todos os anos, ora com a falta de água, ora com o

aumento da salinidade dos mananciais, o que prejudica diretamente tanto o

abastecimento quanto as demais atividades nesses locais.

Por isso, o processo proposto deverá proporcionar grande utilização e reciclagem de água

(projetado inicialmente para 15 anos) e dessalinização de 150m3/dia (cada EDE), bem

como aproveitamento dos “resíduos” produzidos, por meio de um processo conjunto:

físico, envolvendo aeração, sedimentação, filtração lenta descendente, captação da

evapotranspiração/condensação, osmose de baixa pressão e filtração em zona de raízes; e

biológico (circuito de macrófitas e wetland's adaptados com espécies de plantas

amazônicas), para a redução da concentração dos sais da água (85%), com a consequente

redução dos impactos socioambientais e dos custos para obtenção de “água doce”, em

comparação com os outros processos de dessalinização, em detrimento dos passivos e

dos altos custos praticados por tecnologias, como destilação, osmose reversa, filtros

químicos de compósitos de óxidos metálicos/celulose, difusor de massa etc.

Projeto A-16

Ver Lista de Premiados.

Projeto A-17

Título: Compostagem de Lixo na Amazônia: insumos para a produção de alimentos.

Autor: Edmilson Bechara e Silva

Instituição: Secretaria de Estado de Planejamento, Orçamento e Finanças

Resumo: Este projeto tem como finalidade transformar a Amazônia em uma região

produtora de alimentos a partir da utilização do lixo urbano. Sem ter a pretensão de

esgotar o assunto, a construção deste novo paradigma para o tratamento da questão do

lixo na Amazônia passa, necessariamente, pela utilização de processos produtivos

simplificados e pelo uso intensivo da mão de obra local e regional. A implementação de

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pequenos projetos de tratamento e disposição final de lixo com tecnologia simplificada de

produção de composto orgânico para ser utilizado na,agricultura familiar começa a tomar

vulto e a constituir massa crítica suficiente para alcançar a aplicação de soluções

otimizadas. Instalações simplificadas de reciclagem e compostagem de lixo domiciliar, de

feiras e mercados, localizadas em municípios estratégicos da Amazônia, especificamente no

Estado do Pará, com. capacidade para tratamento de 50 toneladas de lixo por dia e

custo unitário de construção da ordem de R$ 600.000,00, representam a solução ideal para

processamento do lixo gerado em cidade de pequeno e, médio porte da Amazônia.

Projeto A-18

Título: Sistema Alternativo para Remoção de Cor de Águas Naturais para Consumo Humano

Utilizando Carvão Vegetal: Contribuição ao Desenvolvimento da Região Amazônica, Brasil,

na Área Ambiental.

Autor: Eduardo Aléxis Lobo Alcayaga

Instituição: Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC)

Resumo: As tecnologias tradicionais de tratamento de água potável, bem como tecnologias

avançadas de tratamento de águas (processos oxidativos avançados) muitas vezes não são

aplicáveis em comunidades onde há dificuldade de acesso ou de fornecimento de energia.

Este problema é típico em comunidades do interior do Brasil, com destaque para a região

Amazônica, onde os diferentes componentes da paisagem local impedem o transporte de

insumos e equipamentos necessários ao desenvolvimento de processos convencionais ou

avançados de tratamento de águas. Esta situação torna-se ainda mais relevante se for

considerado que, além de sujeitas ao consumo de água fora dos padrões de potabilidade,

estas comunidades apresentam também maiores carências dos serviços de assistência à

saúde. Todavia, os métodos mais comumente citados na literatura para a remoção de

gosto e odor são por processos de adsorção em carvão ativado em pó e granular, bem

como por oxidação química. Entretanto, nenhum destes procedimentos de tratamento

resultou, ao menos no Brasil, na confecção de um sistema de baixo custo/fácil operação e

manutenção, fundamental para sua efetiva implantação, particularmente em comunidades

menos favorecidas, como é o caso das populações ribeirinhas do Rio Negro, que utilizam

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suas águas como fonte de abastecimento. Neste contexto, o objetivo principal desta

proposta é o desenvolvimento de um filtro eficiente e de baixo custo, utilizando carvão

vegetal, que possibilite a remoção de cor das águas do Rio Negro, Amazônia, Brasil, até

níveis permissíveis ao consumo humano, conforme Portaria n.° 518 do Ministério da Saúde.

As características construtivas desse sistema devem incluir também a disponibilidade de

matérias-prima bem como a dispensa de mão de obra especializada, fundamental para

assegurar a sustentabilidade desse sistema de tratamento nas comunidades objeto deste

estudo.

Projeto A-19

Título: Modernização da Rodovia Transamazônica

Autor: Ezequiel Camilo da Silva

Instituição: Secretaria Municipal de Educação de São Paulo

Resumo: Propomos um projeto amplo para a recuperação; modernização, duplicação e

pavimentação total da rodovia Transamazônica, desde o seu início, no Nordeste, até o seu

final, em plena selva amazônica.

A necessidade de implantar uma rodovia moderna ao longo da Amazônia brasileira, para

atender às necessidades de transporte e circulação de veículos, visando à integração das

diversas áreas dessa grande parte do território nacional, surgiu no decorrer das últimas

décadas tendo em vista oferecer uma maneira de ocupação e interligação dos grandes

espaços dessas imensas áreas do território brasileiro desprovidas da presença efetiva do

poder pública e entregue à sanha de maus brasileiros, criminosos, aproveitadores etc.

Infelizmente, a atual rodovia Transamazônica não cumpriu o papel nem as finalidades para

as quais foi precariamente construída. Podemos dizer que foi obra faraônica que na prática

apenas constituiu propaganda do antigo regime militar.

Entretanto, na atualidade, as necessidades de crescimento, de desenvolvimento e

preservação de extensas áreas da floresta amazônica exige uma grande rodovia para

atender a esses reclamos. Diante disso, faz-se necessário sua recuperação e modernização,

para que sirva realmente como instrumento de progresso e desenvolvimento, além da

verdadeira presença de todas as ações dos três poderes para que atenda às finalidades para

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as quais ela existe, que é a integração dessas regiões, e também para que funcione como

uma grande artéria moderna de transportes seguros e de circulação de nossas riquezas.

Com a reconstrução e a modernização dessa rodovia, deverá ser criada, uma invejável

infraestrutura, com condições para o incremento do turismo de qualidade, com segurança

e oferta de uma variedade de opções de atividades de lazer e diversão, integradas com a

exuberante floresta amazônica.

Portanto, para modernizar essa rodovia, é preciso à construção de vários e consideráveis

empreendimentos, entre eles sugerimos:

1. duplicação de todo o seu trajeto, aplicando tecnologia de ponta, para que se

torne uma rodovia moderna e segura, para servir às atuais e às futuras gerações;

2. criação de um programa Educacional Social e Ambiental para desenvolver, ao

longo do traçado da rodovia, integração social das famílias carentes, no sentido

de educar as crianças e preparar os jovens para o trabalho ao longo da via em

atividades voltadas para o turismo ecológico, preservação da natureza, educação

ambiental e cidadania: “ISTO É FUNDAMENTAL”;

3. construção, nos longos trechos sujeitos à inundação ou alagamento, de obras

de engenharia e tecnologia moderna, de vias elevadas e realização de obras

complementares de drenagem do solo; 4. implantação ao longo do trajeto, de uma rede de assistência ao usuário, com

postos de serviços, lojas de conveniência, pousadas, hotéis e segurança vinte e

quatro horas;

5. implantação de agrovilas dotadas de escolas técnicas, voltadas para preparar os

jovens em cursos e treinamentos para desenvolver atividades produtivas;

6. criação e implantação de um programa de turismo responsável; integrado com a

ecologia e a educação ambiental; e preparação de jovens para trabalhar em

atividades turísticas, atividades de hotelaria, como guias e outras;

7. criação e implantação de parques naturais é de animais para desenvolver

atividades voltadas à piscicultura e no manejo de espécies aquáticas específicas

da Amazônia;

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8. criação e implantação de centros culturais regionais para desenvolver atividades

(artesanato, músicas regionais, manifestações folclóricas, culinária, etc.) ligadas

às tradições regionais e culturais, com a finalidade de integrá-las com o turismo;

9. criação e implantação de centros culturais indígenas, com o objetivo de valorizar

adequadamente a cultura, a arte e as tradições de cada povo indígena, nas

diversas reservas estabelecidas ao longo da rodovia Transamazônica.

Estamos afirmando que, no aspecto social, muito pouco irá mudar, ou quase nada, se não

forem implantados os programas sociais, culturais, atividades turísticas e de preservação

ambiental.

Esses empreendimentos têm como finalidade precípua resgatar a população miserável e

esquecida nas extensas áreas próximas, objetivando integrá-las nas diversas atividades que

serão criadas com a implantação destes vários projetos.

Projeto A-20

Título: Cultivo da Cultura do Açaí no Município de Barcelos/Amazonas

Autores: Gilda Maria Raposo Mendes, Heliana Mendes Gandra

Resumo: A floresta amazônica continua a ser uma das maiores do planeta. Quanto à

biodiversidade, não há floresta no mundo comparável a ela, com flora e fauna riquíssima –

mais de 30 mil espécies de plantas – que inclui um terço de toda a madeira tropical

disponível no mundo; porém, vem sendo devastada em todos os lugares da Amazônia, de

modo assustador. É dever de todo cidadão ajudar na preservação do meio ambiente, até

porque, se não cuidarmos do que é nosso, num futuro bem próximo estaremos sofrendo as

consequências de um desastre ecológico.

A Amazônia é visada por todo o mundo. Muitos estão preocupados em preservá-la; em

compensação, uma parcela da sociedade se aproveita da biodiversidade das nossas riquezas

para explorar, de forma ilegal e irresponsável, tanto a fauna, quanto a flora.

Faz-se necessária uma tomada de consciência da população, brasileira para a importância da

preservação da floresta amazônica, a fim de evitar problemas maiores, como, por exemplo, o

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aumento do desmatamento e queimadas, das que provoca, a extinção de várias espécies dè

animais e plantas da região.

Com base nesses dados preocupantes, foi que nasceu este projeto do cultivo de açaí no

município de Barcelos, no estado do Amazonas. A nossa perspectiva é contribuir com a

preservação do meio ambiente, por meio do cultivo do açaí, além de gerar oportunidades

de emprego e renda à população ribeirinha e à comunidade residente no município, a fim

de garantir sua subsistência com dignidade.

Existem no município de Barcelos várias áreas devastadas, precisamente na área rural, na

estrada do Caurés, ameaçadas pelos inúmeros desmatamentos realizados para dar lugar à

plantação de mandioca. Para piantar a mandioca, o caboclo da nossa região utiliza o

roçado, o sistema de coivaras e queimadas, técnicas pouco adequadas ao nosso tipo de

solo, preparando a terra para o plantio. Isso tem acelerado o comprometimento do solo.

Depois da colheita da mandioca e da fabricação de farinha, essas áreas ficam abandonadas,

e o agricultor (caboclo) procura outras para aplicar essas mesmas técnicas. É nessas áreas

que se pretende colocar em prática este projeto de cultivo do açaí, a fim de gerar emprego

e renda para a população carente do município, além de contribuir para a preservação do

meio ambiente, não esquecendo também a área social, mas o foco deste projeto é a área

ambiental.

Projeto A-21

Título: Projeto de Desenvolvimento Sustentável da Lago de Pedra

Autor: Isac Braz da Cunha

Instituição: Instituto Ambiental Tocantinense (IAT)

Resumo: O presente projeto tem o propósito de desenvolver diversas ações

socioambientais que vêm ao encontro do potencial da Lagoa de Pedra. Localizada a

260km de Palmas, no município de Pium, ela possui uma lamina d'água de 155

hectares e possui biodiversidade impressionante. Trata-se de um ecossistema natural,

com mata ciliar totalmente preservada. O local possui população altíssima de aves,

mamíferos de diversas espécies, répteis e mais de 20 espécies de peixes, destacando-

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se tucunarés, surubins, piranhas, aruanãs, pirararas, pirarucus e tantos outros. No

período das chuvas, de dezembro a abril, a área inundada aumenta em seis vezes o

seu volume, passando para 800 hectares, e os peixes migram em busca de alimentos e

locais para reproduzirem. No mês de maio, as águas voltam ao normal, e a população

de peixes aumenta cada vez mais e ao mesmo tempo promove o repovoamento dos

rios, que são alimentados pelas águas da Lagoa de Pedra. O projeto consiste em

quatro linhas, a saber:

1. Conclusão do Plano de Manejo da Lagoa – Consiste em identificar as diversas

espécies que vivem no local e associá-las ao potencial que a Lagoa de Pedra

oferece, tais como pesca esportiva, observação de pássaros e passeios náuticos

para observação de jacarés, ariranhas, botos, cervos, antas, capivaras, macacos e

outros;

2. Implantação de infraestrutura para ecoturismo – Consiste na construção de trilhas

ecológicas, torre de observação e uma pousada para hospedagem.

3. Implantação de ações de reflorestamento – No entorno da área da Lagoa de Pedra,

é possível implementar um plantio de espécies nativas que se adaptem ao regime

de cheias, que ocorrem uma vez ao ano. Trata-se do Landi, uma espécie bastante

utilizada em indústrias de movelaria e para embarcações. A ideia é plantar cerca

de 50.000 mudas e, paralelamente, quantificar e certificar os créditos de carbono

que serão produzidos a partir dessas ações.

4. Assentamento Barranco do Mundo – Próximo da Lagoa de Pedra existe um

assentamento rural do governo federal. As condições de vida são assustadoras,

pois as terras do assentamento na são de boa qualidade e os moradores

enfrentam muitas dificuldades. Este projeto contempla, a partir da sua

implantação, priorizar ações que ofereçam oportunidades de empregos para as

pessoas que residem ali, em atividades tais como: guias de pesca e de ecoturismo

da fauna e avifauna, garçons, cozinheiros, vigilantes, zeladores e outros.

Projeto A-22

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Título: Conservação e Revitalização Participativa da Bacia do Rio Buriticupu

Autor: István van Deursen Varga

Instituição: Universidade Federal do Maranhão

Resumo: Pesquisa com prefeituras dos municípios, centros urbanos, empresas,

empreendimentos informais, associações de classe, entidades, movimentos,

organizações sociais e comunidades na área de abrangência da microbacia do rio

Buriticupu, sobre suas atividades dependentes do e/ou envolvendo o rio.

Ações de educação ambiental frente a prefeituras dos municípios, centros urbanos,

empresas, empreendimentos informais, associações de classe, organizações sociais

e comunidades na área de abrangência da microbacia do rio Buriticupu.

Construção conjunta, entre as instituições, empresas, empresários,

empreendedores informais, entidades, movimentos sociais e comunidades da área

de influência da microbacia do rio Buriticupu, de planos interinstitucionais e

participativos para sua conservação e revitalização.

Elaboração de vídeo, relatórios e materiais de divulgação sobre o diagnóstico e a

importância da microbacia do rio Buriticupu, e sobre os planos interinstitucionais e

participativos de ações para sua conservação e revitalização.

Projeto A-23

Título: Reflorestar

Autor: Ivaneide Bandeira Cardozo

Instituição: Associação de Defesa Etnoambiental (Kanindé)

Resumo: A terra indígena Sete de Setembro fica nos municípios de Cacoal, Ministro

Andreazza (RO) e Rondolândia e Pacarana (MT). Essa área vem sendo invadida por

madeireiros que roubam as espécies nobres de madeira e causam destruição na floresta.

Possui ainda uma área de pasto deixada pelos colonos desde o primeiro contato, em 1969,

onde os indígenas criavam gado; hoje eles estão dispostos a trocar o gado pelo plantio de

espécies nativas da região.

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A proposta é promover o reflorestamento nas aldeias Apoena Meireles, Lobo, Linha 9, e em

áreas que foram degradadas, devido ao roubo de madeira e à pastagem.

O reflorestamento se dará em 15 hectares, onde se plantarão mudas de espécies nativas

(aquelas que foram retiradas pelos madeireiros) e dois hectares de frutíferas, próximo das

aldeias, para servir de alimento à população indígena.

Também serão criados viveiros em cada aldeia e haverá capacitação na formação de mudas

e viveiros.

O objetivo é, além de recuperar a área, ter no futuro a garantia de renda com venda de

mudas e frutos para os produtores dos Estados de Rondônia e Mato Grosso, além de as

frutas serem usadas na alimentação da população indígena.

Projeto A-24

Título: Plano de Recuperação de Áreas Degradadas – PRAD do Gasoduto Coari-Manaus

Autores: João Bosco Magalhães Barros | Gilson Carlos Bicudo | Cláudio José Pinheiro da

Silva

Instituição: Consórcio Gasoduto Amazônia (CGA)

Resumo: O plano de recuperação dé áreas degradadas (PRAD) é uma atividade que tem por

objetivo auxiliar a natureza na recomposição vegetal dos locais onde ocorrera uma ação

antrópica. Esse auxílio objetiva melhorar e salvaguardar o ambiente das ações climáticas,

principais responsáveis pelo surgimento, e evolução de processos erosivos, provocando a

perda de nutrientes, fato que chega a comprometer a sanidade das sementes, e reduz a

viabilidade e preservação de material genético outrora existente no local.

A perda de material genético contribui para a extinção de espécies vegetais, que, por sua

vez, acaba comprometendo a segurança, o refúgio e a alimentação da fauna silvestre,

levando os animais a iniciarem um processo migratório para sua sobrevivência, o que

reduz, consideravelmente, os processos vitais para a continuação da sucessão vegetal, que

precisa de animais para agir na polinização de flores e dispersão de sementes, mantendo

dessa forma os ciclos que auxiliam na composição do estágio clímax das florestas tropicais.

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Recuperar as áreas antropisadas implica ações que visem à restauração das cadeias acima

explicitadas. Assim, torna-se importante que sejam recuperadas todas as áreas que

sofreram adulteração de sua configuração inicial.

Para realizar uma obra dessa monta no Estado do Amazonas, foi necessário que as

tecnologias fossem adaptadas para enfrentar o plural de realidades edafo-climáticas que

florestas tropicais úmidas oferecem. Mesmo assim, a perda de considerável material

botânico é inevitável, não péla imperícia dos executantes, mas pela própria condição

oferecida por esta mesma natureza, obrigando a realização deste Plano de Recuperação de

Áreas Degradadas (PRAD).

Assim, as únicas áreas que não poderão ser recuperadas são aquelas que, devido a sua

importância e necessidade operacional, precisam ter periodicamente a intervenção

humana na manutenção da própria linha do gasoduto, como é o caso de helipontos e

estações de redução de pressão (ERPs).

Logo o Plano de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD) foi elaborado para atender ao

total das áreas suprimidas em parte da faixa de servidão do gasoduto principal (Coari-

Manaus), além de parte dos ramais secundários (que conduzem o gás para os municípios),

que somados perfazem um total de 346,27 hectares (ha) somente da linha principal,

conforme previsão contratual, que é de 70 hectares (ha), representando a centralização

das atividades nas áreas de nascentes, margens de igarapés, taludes e rampas onde os

processos erosivos são mais presentes e mais acentuados, resguardando à própria

natureza intervir na regeneração das demais áreas que apresentarem declividade de solo

inferior a O 20°, caracterizando não só um aditivo ambiental extremamente interessante,

mas também a oportunidade de acompanharmos e avaliarmos a regeneração natural desse

gasoduto, auxiliando no entendimento é projeção de ações futuras para as demais regiões

do Estado do Amazonas.

Projeto A-25

Título: Gerenciamento Integrado de Resíduos no Interior do Amazonas Visando à Redução

de Impactos no Turismo e na Saúde Pública

Autor: João Tito Borges

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Instituição: Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (Manaus)

Resumo: Nos 62 municípios do Amazonas, mais de 98% do lixo produzido têm destino

inadequado, sendo colocados em vazadouros, áreas alagadas, lixeiras a céu aberto ou

frequentemente queimados, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

(IBGE). No caso de Manaus, ainda que exista um aterro sanitário, o chorume e o gás

resultantes desse processo são lançados diretamente nos igarapés e no ar. Muitos

municípios da região amazônica vêm apresentando problemas de gestão de resíduos que

prejudicam o tráfego aéreo e o turismo, além dos sérios problemas de saúde pública

resultantes. Acreditando que se trata de um problema de gerenciamento, é necessário

promover uma Gestão Integrada diferenciada de Resíduos Sólidos que seja adequada a

toda realidade regional com características parecidas. Para isso, o projeto propõe

promover, implantar e experimentar tecnologias de gestão, separação, reciclagem,

transbordo, transporte e compostagem dos resíduos provenientes de um pequeno centro

urbano, enfatizando a redução do impacto destes nos aterros e lixões, e com isso reduzir e

eliminar as formas incorretas de destino de lixo. O projeto aqui propõe a execução desse

sistema de gestão para um pequeno município, de forma experimental (piloto), com prazo

de dois anos. Para a execução dele, será feita integração entre os vários organismos, tais

como secretarias, IPAAM, IBAMA e INCRA e recicladores, além do envolvimento da

comunidade local. A necessidade de integração desses organismos se dá devido à

necessidade de que se estabeleça área para o transbordo, transporte e também assessoria

para licenciamentos diversos.

O arranjo proposto busca contemplar as etapas de sensibilização da comunidade, a

formação de cooperativas, a separação e a otimização do uso do material reciclado,

incluindo a questão da logística, que é o grande desafio do projeto.

O projeto buscará facilitar as ações dos envolvidos, por meio da conexão com os mercados,

qualificação dos recicladores e estímulo ao desenvolvimento local, com o objetivo de

favorecer a cidadania e a formação de micro e pequenas empresas, beneficiando as

comunidades pela geração de empregos, e pelo aumento da preocupação ambiental, com a

valoração dos materiais reciclados.

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Projeto A-26

Título: Projeto Reciclap: reciclando o Amapá

Autor: José de Deus Pinheiro de Araújo

Instituição: Instituto de Pesquisas Cientificas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA)

Resumo: A implantação de linhas de produção de produtos recicláveis nas comunidades de

economia solidária tem como objetivos:

• geração de emprego e renda ao setor de economia solidária da reciclagem;

• reaproveitamento de resíduos sólidos poluentes, como forma de preservação

ambiental;

• conscientização ambiental da população amapaense para a preservação da

Amazônia, por meio da prática da coleta seletiva e da reciclagem;

• reaproveitamento ao máximo dos resíduos poluentes, evitando a presença de restos

desses resíduos nas linhas de produção;

• difusão do empreendedorismo nas comunidades de economia solidária, utilizando

matéria-prima fartae barata.

Projeto A-27

Título: Saneamento Otimizado e Racionalizado dos Rios como Fatores de Integração Arterial

da Amazônia. SORRIA AMAZÔNIA.

Autor: José Francisco Magalhães Gonçalves

Instituição: Centro de Ensino Superior de Tabatinga – Universidade do Estado do Amazonas

Resumo: Muito já foi dito e discutido sobre a Amazônia, mas realmente o que merece

destaque é o aspecto de nossa pequenez, principalmente quando estamos dentro de uma

canoa às margens do Rio Solimões, observando as nossas margens completamente

contaminadas e sujas. Existe uma teoria sobre espaços infinitos e acreditamos que esta

teoria também é aplicável à Amazônia quando utilizamos os infinitos (+∞ e -∞), como

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pontos de referência. Em termos gerais, o ribeirinho quando pensa em: governo,

incentivos e projetos de governo isto soa-lhe de forma utópica. É mais palpável para sua

realidade a curupira do que as ações do governo às margens dos rios da Amazônia e seus

afluentes.

Utilizando a simbologia dos infinitos como realidade, poderíamos estabelecer o + ∞ para o

governo brasileiro e o -∞ para o ribeirinho. De forma prática, intuitiva e, digamos mística,

o ribeirinho sabe que o governo existe, mas não pode vê-lo. Para o governo, o inverso é

diametralmente verdadeiro, pois jamais alcançará a todos, devido à falta de informações:

sabe que Os ribeirinhos existem, mas não sabe de sua realidade migratória; quantos são

verdadeiramente; e muito menos onde passam a maior parte de sua vida, nem a forma

como vive esta horda de cidadãos. Existem apenas estimativas sem qualitativos nem

quantitativos. Os altos custos de locomoção na floresta, rios e afluentes inviabilizam esta

informação. Este mito deverá ser extinto. Quantos destes ribeirinhos nunca foram

registrados? Nasceram, viveram e morreram e jamais foram considerados sequer um

ponto em uma tabela estatística? Provavelmente inúmeros.

Projeto A-28

Título: Projeto Plantar

Autor: Jovandir Batista da Silva

Instituição: Centro Juvenil Salesiano Dom Bosco

Resumo: A situação do meio ambiente no planeta nos desafia a preservar os recursos

naturais, tendo em vista que a destruição da natureza, base da vida, cresce em ritmo

acelerado. Dessa forma, torna-se necessário reduzir rapidamente o impacto ambiental, a

fim de manter o equilíbrio do nosso ecossistema. Somente por meio desse equilíbrio é que

a sociedade humana atingirá, em todos os aspectos, melhor qualidade de vida.

Tendo em vista que as crianças e os adolescentes é quem cuidarão do nosso planeta no

futuro, nada mais urgente e necessário do que sensibilizá-los e prepará-los para atuarem

como cidadãos conscientes e proativos em favor das questões relacionadas à preservação

ambiental. Ressalta-se, ainda, que o público infantojuvenil, por suas características

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peculiares, cumpre papel importante em nossa sociedade, sendo multiplicadores de

aprendizados e conceitos em seus locais de convívio: família, escola e comunidade em

geral.

O projeto ora apresentado, intitulado “Plantar...” enfoca, tanto como atividade principal,

como complementar, ações relativas à cidadania, buscando formar cidadãos conscientes

e proativos quanto à preservação ambiental. Nesse sentido, o projeto destaca-se por duas

características: educação e plantio de árvores de espécies típicas da região amazônica. No

âmbito educativo, buscar-se-á construir com as crianças e adolescentes do Centro Juvenil

Salesiano Dom Bosco a consciência ambiental, instigando-os a refletirem e agirem de

modo a preservar e respeitar o meio ambiente. No âmbito da arborização, serão

plantadas, na ampla extensão territorial onde se localiza o Centro Juvenil (6 mil metros

quadrados de reserva ambiental), diversas mudas de espécies típicas da região

amazônica.

Para atingir tais objetivos, as seguintes atividades serão realizadas ao longo do projeto:

realização de oficinas de caráter socioambiental com crianças e adolescentes, em que se

trabalhem por meio de ações lúdicas, práticas e atrativas, conceitos e ações de preser-

vação e respeito ao meio ambiente; plantio, na ampla extensão territorial do Centro

Juvenil Salesiano Dom Bosco, árvores de espécies típicas da região amazônica. Também

se irá gramar e irrigar o campo de futebol da obra social; visando proporcionar aos

educandos um espaço ambientalmente adequado para práticas esportivas; implantar

coleta seletiva na Instituição; e encaminhar materiais recicláveis à Cooperativa Amigos da

Natureza – COOPERAM (Cooperativa da Cidade de Palmas).

A premiação do projeto “Plantar...” pelo Prêmio Professor Samuel Benchimol permitirá a

execução de todas as ações ambientais e educativas propostas neste projeto destinado ao

público infanto-juvenil.

Projeto A-29

Título: Construção de Centro de Compras HidroFerroviário

Autor: Julio César de Lyra Borges

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Resumo: Esta proposta trata da construção de um centro de compras “hidroferroviário” em

Porto Velho e outro em Manaus, constituindo uma ferrovia que ligue os dois centros de

compras “hidro-ferroviários”, e três ilhas de apoio turística entre os dois centro de compra

“hidroferroviários”, tendo a ferrovia como a única via de acesso. Às margens da ferrovia,

seriam plantado meio milhão de seringueiras; nas áreas de abrangência da ferrovia, será

implantado o DASMATAMENTO ZERO. Criação do PM. P (Pólo Madeireiro de “Poda”). As

áreas desmaiadas ilegalmente na área de abrangência da ferrovia serão imediatamente

replantadas com mudas de árvores nativas da região, e as áreas de pastagem serão

gradativamente consorciadas com espécies de mudas regionais, a exemplo de cerejeira,

mogno, feijó, angelim, guanandi e etc...

Projeto A-30

Título: Resgate da Ictiofauna do Médio Rio Araguaia – Goiás e Tocantins /

Autor: Kennedy Aparecido de Andrade Borges

Instituição: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)

Resumo: O presente projeto visa ao aproveitamento da ictiofauna para fins de

conhecimento científico, reprodução e pesquisas sobre a criação de espécies nativas da

bacia do rio Araguaia nos estados de Goiás e Tocantins. São os seguintes os objetivos do

projeto:

• resgatar e fazer uso científico da ictiofauna;

• executar o aproveitamento de peixes em pesquisas;

• efetivar pesquisas em pisciculturas sobre reprodução;

• evitar a mortandade excessiva das espécies que no período da seca, perdem a

capacidade de locomoção natural e

• evitar a perda de centenas de toneladas, anualmente, na região que abrange os

municípios de São Miguel do Araguaia-Goiás, Araguaçu, Sandolândia, Formoso do

Araguaia, São João do Javaés, Dueré, Lagoa da Confusão, Cristalândia, Pium,

Marianópolis, Caseara e Araguacema, municípios do estado do Tocantins.

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Projeto A-31

Título: Inventário da Avifauna do Município de Boa Vista (RR) como Subsídio ao Ecoturismo.

Autor: Luciana Surita da Motta Macedo

Instituição: Secretaria Municipal de Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas/Prefeitura

Municipal de Boa Vista, RR.

Resumo: O município de Boa Vista possui uma diversificada formação de habitats, dada a

sua particularidade de reunir dois importantes biomas: Cerrado e Floresta Amazônica. Esta

heterogeneidade de ecossistemas favorece a presença de uma alta diversidade biológica.

Porém, o município de Boa Vista tem recebido pouca atenção no que tange à pesquisa

científica. Poucos grupos biológicos foram estudados por especialistas de várias áreas,

incluindo os ornitólogos.

Pinto (1996) providenciou um histórico das explorações ornitológicas em Roraima, onde

somente três estudos foram reconhecidos entre os anos de 1831 a 1987. Um dos

levantamentos mais recentes sobre a avifauna foi realizado por Douglas F. Stotz no ano de

1987. Posteriormente, no período de 2002 a 2005, Marcos Pérsio realizou cinco viagens

explorando 19 localidades de Roraima, sendo este considerado o trabalho mais completo

sobre a avifauna de Roraima, apresentando uma lista preliminar de 740 espécies. Além de

poucas pesquisas realizadas nesta região, o estado não dispõe deste material bibliográfico,

nem de uma base de dados, nem tampouco de uma coleção com fins científicos,e

didáticos.

O objetivo deste projeto é realizar um inventário atualizado da avifauna presente no estado

de Roraima, principalmente em áreas com alto potencial turístico e terras indígenas com

alta relevância biológica. O projeto também visa adquirir conhecimentos sobre a história

natural das aves nesta região, monitorar as comunidades de aves diagnosticar o status das

espécies, adquirir informações básicas para o manejo de populações de espécies em

risco de extinção local, como é o caso do João-de-Barba-Grisalha [Sinal laxis kollari)

e do Chororó-do-Rio-Branco (Cercomacra carbonaria), e detectar as principais causas de

pressão sobre a ornitologia desta região.

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Além disso, o projeto visa a disponibilizar estas informações para a população

(comunidades, escolas, turistas, pesquisadores e instituições) através da publicação de um

guia de campo e da capacitação e incentivo à observação das aves em seu habitat natural

[birdwatching), como valorização da biodiversidade local e incentivo ao turismo cultural e

educativo no município.

Projeto A-32

Título: Programa Boa Vista Limpa é Boa Vista Linda!

Autor: Luciana Surita da Motta Macedo

Instituição: Secretaria Municipal de Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas/Prefeitura

Municipal de Boa Vista, RR.

Resumo: O município de Boa Vista, localizado no estado de Roraima, na zona urbana é

banhado por dois dos principais rios de Roraima: o Rio Branco e o Rio Cauamé. Juntos, eles

propiciam aos boavistenses várias opções de lazer, tais como os balneários da Praia Grande,

Caranã, Cauamé, Curupira, Polar e Caçari. Além disso, o perímetro urbano é recortado por

vários igarapés e lagos que são reféns de práticas humanas que degradam o ambiente

natural, além de interferir na paisagem. As praças, jardins, escolas e logradouros públicos

também sofrem os impactos decorrentes do processo de ocupação da cidade e da falta de

um programa de educação ambiental consistente. No ano de 2005, a Prefeitura Municipal

de Boa Vista lançou o programa “Boa Vista Limpa e Boa Vista Linda”: O objetivo principal do

projeto é realizar atividades que incentivem o contato harmonioso das pessoas com a

natureza, a fim de evitar a degradação ambiental, visto que a principal missão da educação

ambiental é conscientizar e sensibilizar as pessoas sobre a problemática ambiental,

objetivando a mudança de hábitos danosos ao meio ambiente. O programa é a

oportunidade de serem trabalhados conceitos de preservação ambiental, mediante de

atividades esportivas e gincanas pedagógicas, recreativas, artísticas e culturais, de forma

participativa, democrática e, principalmente, tornando seus atores multiplicadores dos

conhecimentos adquiridos. Em vista do sucesso obtido durante as atividades realizadas,

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resolveu-se transformar o programa “Boa Vista Limpa é Boa Vista Limpa” em atividade

permanente da Prefeitura Municipal de Boa Vista-RR.

Projeto A-33

Título: Ecologia e Conservação do Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) nas

Savanas de Roraima.

Autor: Luciana Surita da Motta Macedo

Instituição: Secretaria Municipal de Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas/Prefeitura

Municipal de Boa Vista, RR

Resumo: O tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) ocorre em florestas e

savanas, desde Beliza e Guatemala até o norte da Argentina. O de sua área de ocorrência, é

abundante em algumas localidades, porém, em outras, é raro ou até mesmo já foi extinto.

Essa variação na abundância e o comportamento da espécie podem estar relacionados a

fatores biogeográficos, interferência antrópica, diferença no tipo de habitat e

disponibilidade de recursos.

No Cerrado e no Pantanal, existem áreas em que o tamanduá-bandeira é bastante comum,

como os Parques Nacionais da Serra da Canastra e das Emas. Porém, em outras áreas, são

muito raros e difíceis de serem, observados. Os fatores que mais contribuem para o

declínio de suas populações são a destruição do habitat e a caça. Consta como vulrierável

na lista de mamíferos ameaçados de extinção do IBAMAe da IUCN.

Apesar do contínuo declínio das populações de tamanduás-bandeiras no Brasil, em

Roraima, a espécie ainda é bastante frequente. O mosaico de habitats e o bom estado de

conservação das savanas de Roraima parecem ser fatores que contribuem para a aparente

densidade da espécie. Roraima possui a maior área contínua de formação vegetal do bioma

Amazônia, aproximadamente 40 mil km2. Devido à heterogeneidade de habitats, Roraima

pode contribuir significativamente para o conhecimento da fauna amazônica, ainda tão

pouco estudada nessa região.

Projeto A-34

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Título: Cooperativa dos Amigos Catadores e Recicladores de Resíduos Sólidos do Estado de

Roraima (UNIRENDA).

Autor: Luciana Surita da Motta Macedo

Instituição: Secretaria Municipal de Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas/Prefeitura

Municipal de Boa Vista, RR.

Resumo: Até 2002, Boa Vista não contava com um aterro sanitário. Todo o lixo coletado era

depositado num lixão a céu aberto. Nesse lixão, trinta e cinco pessoas retiravam o sustento

de suas famílias através da coleta de materiais que eles vendiam para eventuais

compradores. Socialmente, a situação era crítica: crianças sem escola, alimentação extraída

do lixo, rivalidades e conflitos entre os catadores de lixo e presença de índios macuxi

morando no lixão.

Buscando sanar esse quadro degradante, em 30 de novembro de 2002, a

Prefeitura de Boa Vista reuniu as pessoas que viviam no lixão e criou a Cooperativa dos

Amigos Catadores e Recicladores de Resíduos Sólidos do Estado de Roraima (UNIRENDA).

Além disso, retirou os índios macuxi do lixão, edificou duas construções para operar o

material coletado, uma no Bairro Nova Cidade e outra, uma Usina de Triagem de Resíduos

Sólidos, sediada no Aterro Sanitário. Além disso, a prefeitura disponibilizou caminhões,

prensas, assistência técnica e treinamento para o desenvolvimento da cooperativa.

Projeto A-35

Título: Crescimento de Caupi (Vigna Unguicutata (L.) Walp) Adubado com Diferentes

Doses de Efluente de Fossa Séptica Biodigestora

Autor: Luciano Marcelo Falle Saboya

Instituição: Universidade Federal do Tocantins

Resumo: O projeto procurar ajustar doses e frequências de utilização de efleuente de fossa

séptica biodigestora para a cultura do caupi, no sistema de cultivo da agricultura familiar.

Tem por objetivo analisar o crescimento de plantas de caupi (Vigna unguiculata (L.)

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Walp.), cultivadas sob sistema convencional e adubadas com diferentes doses de efluente

dé fossa séptica biodigestora, e o efeito das doses de efluentes na produtividade da tultura.

Projeto A-36

Título: Recuperação de Áreas Degradadas Provenientes da Ação Antrópica de

Comunidades Rurais da Amazônia Central

Autor: Luiz Antonio de Oliveira

Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (Inpa)

Resumo: O projeto pretende fazer um estudo de viabilidade e sustentabilidade ambiental,

social e econômica, visando a identificar as potencialidades locais em comunidades rurais

dos Estados do Amazonas e Roraima que passam por um processo gradual de degradação

ambiental; introduzir nas propriedades rurais novos conceitos, produtos e tecnologias que

possibilitarão ao agricultor maior retorno financeiro a custos baixos, bem coimo torná-lo

menos dependente das incertezas do mercado local. Permitirá também conservar recursos

genéticos regionais nas propriedades rurais de fôrma produtiva e multiplicativa; avaliar as

condições de fitossanidade das plantações como forma de minimizar os danos agrícolas;

avaliar a dinâmica microbiana dos solos das propriedades, como fator de sustentabilidade

agroecológica; implantar experimentos de adubação convencional e orgânica em algumas

propriedades rurais das comunidades, como forma de, mostrar a eles os aumentos de

produtividade agroflorestal advindos dessa prática; avaliar a contribuição que seus sistemas

produtivos (e propriedades como um todo) estão dando para o processo de sequestro de

carbono, estimando seus valores em termos de “créditos de carbono”, como forma de

valorização perante a comunidade internacional; estimulá-los: a produzir matéria-prima em

qualidade, diversidade e quantidade suficientes para atender o Polo de Cosméticos a ser

implantado no Estado do Amazonas, bem como diversificar a produção agroflorestal no

Estado de Roraima.

O projeto visa a recuperar áreas alteradas/degradadas por ações antrópicas nos Estados

do Amazonas e Roraima, criando tecnologias de revegetação e manejo do solo, plantas,

animais e microrganismos, aliadas a ações de inclusão social e econômica das

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comunidades rurais ao processo produtivo regional. Nos reflorestamentos, serão usadas

espécies vegetais de valor econômico reconhecido que sirvam de matéria-prima para

cosméticos, fármacos, nutracêuticos, além das culturas tradicionais anuais, frutíferas e

florestais. Como a implantação do Polo de Cosméticos em Manaus necessitará de grande

quantidade de matéria-prima e ainda não há incentivos e iniciativas governamentais para

o plantio de espécies com esse objetivo, o Polo poderá ficar sem cumprir suas metas

iniciais, dependendo apenas do produto advindo do extrativismo vegetal, insuficiente para

atendera grandes demandas. Isso porque muitas espécies só produzem frutos ou

sementes depois de 3-5 anos de crescimento; algumas precisam de mais tempo para

serem exploradas comercialmente. Desse modo, o envolvimento das três comunidades

rurais para o atendimento de um mercado futuro exigente poderá minimizar um gargalo

que dificultará o sucesso inicial do Polo de Cosméticos.

É um projeto multidisciplinar e multi-institucional, atuando de forma integrada para

resolver um problema regional que está tendo uma repercussão negativa muito grande,

tanto dentro do país como no exterior, que é o avanço do desmatamento e da degradação

ambiental na Amazônia.

São raros os projetos dessa magnitude na Amazônia. A maioria dos projetos visa resolver

apenas alguns problemas específicos e com atuação isolada, ao contrário desta proposta,

que ataca o problema “áreas degradadas” de forma global e integrada, inclusive

envolvendo o agente degradador (produtor rural), procurando dar a ele conhecimento e

alternativas para que atue de forma racional na Amazônia, evitando as degradações

ambientais e participando de modelos de desenvolvimento sustentável, ecológica e

economicamente viáveis.

Projeto A-37

Título: Câmara de Combustão Ciclônica para Resíduos das Indústrias Madeireiras

Autor: Manoel Fernandes Martins Nogueira

Instituição: Universidade Federal do Pará

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Resumo: O projeto busca construir e aprimorar uma câmara ciclônica de combustão para

resíduos de madeireiras e da agroindústria; bem como medir e fazer o controle dos

efluentes gasosos desse combustor.

Projeto A-38

Título: Erradicação das Carvoarias no Pará Autor: Mareia Callage

Instituição: Eng. Consult. Assessoria em Engenharia Ltda.

Resumo: Este projeto trata da erradicação das carvoarias, buscando fornecer alternativas

econômicas. Tem como objetivos:

• erradicação da mão de obra infantil;

• minimização de doenças crônicas e acidentes na população situada próximo das

carvoarias, melhorando a qualidade de vida no âmbito pessoal, social e ambiental.

Projeto A-39

Título: Projeto Todos pela Revitalização do Córrego Sinhá

Autor: Maria de Jesus Moura Barbosa Silva

Instituição: Escola Presbiteriana de Colinas-Conveniada

Resumo: A água é a seiva do nosso planeta. Ela é condição essencial de vida de todos os

seres vivos; sem ela não teríamos a atmosfera, o clima, a vegetação e a agricultura.

De acordo com a Constituição Federal do Brasil, todos têm direito a um meio ambiente

ecologicamente equilibrado. Esse é um bem de uso comum do povo e essencial à

qualidade de vida, impondo-se ao poder público e à coletividade o dever de defendê-lo e

preservá-lo para a presente e as futuras gerações.

De acordo com o eixo norteador “Vida e Ambiente”, o Projeto Restauração do Córrego

Sinhá se faz prioritário, uma vez que a água potável faz parte da qualidade de vida da

população e se encontra em escassez.

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O Córrego Sinhá está poluído e assoreado, devido à retirada da cobertura vegetal (matas

ciliares). Ele fica localizado nas proximidades do Bairro Santo Antônio, na cidade de Colinas

do Tocantins. Por isso, nós, da Escola Presbiteriana de Colinas, percebemos que o estudo

dos impactos ambientais negativos do córrego seria de suma importância na promoção de

aulas mais significativas e, ao mesmo tempo; possibilitaria cumprir uma das funções

sociais da escola, que é a de contribuir para a melhoria da qualidade de vida dos

moradores de Colinas do Tocantins.

Nesse sentido, temos como objetivo formar cidadãos conscientes e capazes de discutir

sobre a importância da preservação dos mananciais, bem como de forma interativa

garantir a sustentabilidade do planeta e o bem-estar de cada indivíduo da sociedade local.

O projeto teve início em junho de 2008, na Escola Presbiteriana de Colinas do Tocantins,

situada na rua Osvaldo Pacheco de Lima, 885, no centro de Colinas do Tocantins, com a

participação da comunidade escolar e com a parceria de pais, Igreja Presbiteriana e

comércio local. Este projeto será desenvolvido até que o Córrego Sinhá seja recuperado. As

ações desenvolvidas serão: Visitas in locus, paródias, aulas práticas, mesas-redondas,

palestras, dramatizações, plantio de mudas e confecção de panfletos para distribuir à

população com o objetivo de conscientizá-la da necessidade de recuperar o Córrego Sinhá.

Projeto A-40

Título: Desobstruindo o Meio Ambiente em Estratégia de Desenvolvimento Socioeconômico

no Reaproveitamento do Óleo Saturado

Autor: Maria Nogueira Costa

Resumo: A preservação do meio ambiente tem se constituído numa das maiores

preocupações nos dias atuais, pois vive-se num planeta profundamente ameaçado pela

ação do homem.

As águas estão sendo gradativamente poluídas; a flora devastada com derrubadas e

queimadas e, consequentemente, extinta a fauna pelas mesmas ações; a terra e o ar

sendo contaminados em grande escala. O habitat do homem está em perigo.

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É preciso conscientização e criatividade para conciliar preservação do meio ambiente e

geração de renda na mesma ação, para reduzir os efeitos causados pelas agressões

humanas, na luta pela sobrevivência.

Nesse sentido, um dos fatores que mais tem agredido a água e o solo é o mau uso dos

produtos alimentares, como o óleo de cozinha. Comumente, o óleo usado nas frituras nas

residências, lanchonetes, hotéis e restaurantes são jogados em ralos de pia, esgotos ou

mesmo no solo, na superfície ou enterrado.

Pesquisas já comprovaram que o óleo jogado na água não se mistura a ela; ao contrário,

cria uma camada de resíduos que produzem sérias contaminações ao habitat dos animais

aquáticos, bem como ao próprio homem. Jogado no ralo ou nos esgotos, produz

entupimento e sérios problemas na rede de esgoto. No solo, causa a impermeabilização

deste, impedindo, portanto, a penetração da água.

Diante, disso, o presente projeto visa à viabilidade de barrar essas ações agressivas ao

meio ambiente, transformando-a, ao mesmo tempo, em fonte de geração de renda, por

meio da fabricação de sabão caseiro, para uso próprio e/ou venda em feira e mercados.

Não se trata de uma invenção nova, mas de uma forma de reforçar mais ainda a ideia de

preservação do meio ambiente, com a participação geral das classes populares. Nesse

projeto, a relevância é reeducar as classes sociais, fazendo com que uma classe contribua

com a outra, em ajuda mútua, e que todas juntas cooperem para a preservação do meio

ambiente.

Projeto A-41

Título: Monitoramento de Áreas Úmidas Amazônicas (MAUA)

Autor: Maria Teresa Fernandez Piedade

Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)

Resumo: Devido à grande extensão da região amazônica, uma enorme variedade de

ambientes alagáveis pode ser encontrada como resultado de diferenças nas características

geológicas da área de captação e drenagem, e no tamanho dos rios associados. Se para as

várzeas e igapós já se dispõe de várias informações, os demais tipos de áreas úmidas da

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região não são caracterizados ecologicamente, delimitados geograficamente ou avaliados

quanto ao seu potencial de uso. Esta falta de informações básicas inibe o estabelecimento

de uma política amazônica para o manejo sustentável desses ambientes.

Para modificar essa situação, durante os últimos anos e sob a liderança da proponente

foram elaborados e executados projetos visando estabelecer indicadores ecológicos que

permitam o refinamento dá tipificação das áreas alagáveis do Estado do Amazonas. Essa

tipologia está sendo estabelecida, entre outros, por meio das propriedades físico-químicas

dos corpos de água, medidas de relações foliares da vegetação desses ambientes e

determinação do conteúdo mineral de folhas e cascas das principais espécies relacionadas

aos diferentes ambientes. Esses parâmetros já geraram índices ecológicos que permitem

discriminar as diferentes tipologias. Devido às grandes distâncias e à diversidade de

ambientes, técnicas de sensoriamento remoto adaptadas a áreas alagáveis também estão

sendo utilizadas para propiciar a espacialização dessas diferentes categorias. Com base

nessa classificação, as funções e serviços ambientais peculiares a cada tipologia inundável

estão sendo estabelecidos, para que cada categoria possa continuar a ser ou possa vir a

ser usada de modo condizente com sua vocação.

Este esforço, contudo, não é o bastante. Esses ambientes têm uma grande dinâmica

natural e, como a dinâmica de uso da terra é progressiva, classificá-los não impedirá que

se deteriorem. Isto somente será impedido se um monitoramento dinâmico, utilizando os

índices ecológicos já disponíveis, se mostrar eficaz na prática. A eficácia e a dinâmica

propiciadas por esse monitoramento serão as ferramentas de avaliação e controle a

serem oferecidas aos órgãos públicos, para que estes possam gerir o uso adequado dos

ambientes alagáveis do Estado. Esse monitoramento poderá orientar políticas públicas e

até mesmo leis que venham a assegurar que o uso dessas áreas seja feito em consonância

com suas potencialidades, fragilidades e o enorme valor potencial de seus serviços

ambientais.

Projeto A-42

Título: Estudo dos Impactos Socioambientais na Faixa da BR-163 – de Cuiabá/MT a

Santarém/PA (BR-163: de Estrada dos Colonos a Corredor de Exportação).

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Autor: Messias Modesto dos Passos

Instituição: FCT-UNESP – Campus de Presidente Prudente/SP

Resumo: As décadas de 70 e 80 foram marcadas pelo recuo rápido das superfícies

ocupadas pelas florestas tropicais. Esse fenômeno é particularmente espetacular no

Brasil, onde se estima que 551.000km2 da floresta amazônica foram destruídos para uma

mise en valeur agrícola (agropecuária). O caso da BR-163 (norte do Mato Grosso e

sudoeste do Pará) é muito revelador dessa evolução, em razão da extensão das

superfícies conquistadas pela agricultura à custa da floresta, e, também, em função da

diversidade das paisagens preexistentes e das formas atuais de ocupação dos chamados

“espaços vazios”.

Na década de 1970, o governo brasileiro tornou projeto de estratégia militar à ocupação

territorial da Amazônia, aplicando como doutrina os slogans: (a) Segurança e

Desenvolvimento e (b) Integrar para Não Entregar: temia a influência do modeío

cubano, materializado na América Latina a partir da presença de Che Guevara,

notadamente na Bolívia. Entre 1970 e 1974, o INCRA priorizou o assentamento de colonos

pobres nos Estados de Rondônia e Mato Grosso, conforme proposta do projeto

POLONOROESTE, atendendo a três objetivos básicos: 1 – Objetivo Econômico: promover

a agricultura, tendo como meta aumentar a produção de alimentos para abastecer o

mercado interno e para a exportação; 2 – Objetivo Demográfico: frear o êxodo rural e

reorientar, para a Amazônia, o fluxo que se dirige para as grandes metrópoles do Sudeste;

3 – Objetivo Social: diminuir as tensões sociais provocadas pelo latifúndio no Nordeste e

pelo minifúndio no Sul do país.

Partindo do pressuposto de que essas transformações se operam rara mente de maneira

completamente espontânea e anárquica, é possível identificaras estruturas espaciais

suficientemente recorrentes para que o estudo de toda essa região se preste a uma

tentativa de definir, as configurações espaciais típicas, suas lógicas de funcionamento e

suas evoluções no tempo. O objetivo maior é diagnosticar o estágio atual da ocupação do

solo, mas também prognosticar as mudanças futuras. A metodologia adotada para

investigarmos como essas ações definem/redefinem as dinâmicas territoriais e,

evidentemente, se plasmam na paisagem, motivando uma série de impactos

socioambientais, consiste em investigações de campo (observações empíricas, entrevistas,

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tomadas de fotos e filmagens) e nas análises de imagens LANDSAT TM. Vamos insistir na

análise integrada da paisagem, a partir do modelo geossistêmico. De inspiração sistêmica,

o geossistema se diferencia claramente do ecossistema em decorrência de sua

territorialização e sua antropização, ou seja, o geossistema é um conceito não somente

espacializado, mas também, territorializado, isto é, com toda uma carga de história

humana. Enfim, para levantar qualquer equívoco, é preciso insistir no fato de que este

conceito antrópico não é em nada um conceito social. Ele não tem por função explicar a

sociedade na sua relação com o território, mas entender a fisionomia e o funcionamento

do território sob o impacto da sociedade.

Projeto A-43

Título: Práticas de Manejo para o Uso Sustentável de Pastagens Nativas nos Lavrados de

Roraima

Autor: Newton de Lucena Costa

Instituição: Embrapa Roraima

Resumo: Considerando-se a importância econômica e social da pecuária de corte e a

abundância de recursos naturais suficientes para o fornecimento do suporte alimentar para

os rebanhos, a utilização de práticas de manejo mais adequadas, em consonância com as

características florísticas e produtivas das pastagens nativas dos lavrados de Roraima, pode

se constituir alternativa para a maximização de sua utilização, resultando em exploração

com elevados índices de sustentabilidade econômica (maior produtividade aninpal e

redução dos custos de produção), social (geração de renda e emprego) e ambiental

(incorporação de áreas subutllizadas ao processo produtivo e redução dos

desmatamentos).

As pastagens nativas dos lavrados de Roraima, apesar de limitações quantitativas e

qualitativas, historicamente sempre proporcionaram o suporte alimentar para a exploração

pecuária, que passou a se constituir, ao longo dos anos, a principal atividade econômica da

região. O sistema de pastejo contínuo, com taxa de lotação variável, mas em geral

extensivo a superextensivo e desvinculado do ritmo produtivo estacionai, tem contribuição

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direta para os baixos índices produtivos dos rebanhos. Como forma de melhorar as

condições de alimentação, os criadores usam o fogo, prática de manejo das pastagens

visando à eliminação da forragem não consumida e endurecida, proporcionando melhoria

no valor nutritivo quando em estados iniciais de crescimento, onde o capim se torna mais

tenro. Nos lavrados onde o capim Trachypogon representa 65% da pastagem nativa

existente, a produção animal pode ser muito baixa, o que inviabiliza economicamente a

atividade pecuária em áreas onde ocorre sua predominância, desde que não sejam

implementadas práticas para o seu melhoramento.

Projeto A-44

Título: Um Arcabouço para Valoração dos Benefícios Climáticos de Áreas Protegidas no

Estado do Amazonas

Autor: Philip Martin Fearnside

Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)

Resumo: Na mitigação do efeito estufa, os sistemas atuais usados para calcular os

benefícios de carbono são fortemente enviesados contra áreas protegidas, e especialmente

áreas protegidas em locais longe da atual fronteira de desmatamento. Ao invés disso, os

fundos dos mercados internacionais de carbono que poderiam ser aplicados no Estado de

Amazonas, por sua política de redução de emissões oriundas do desmatamento, são

dirigidos para outras opções de mitigação, tais como os biocombustíveis. Com relação ao

setor florestal, o crédito baseado em “adicionalidade” dá alto Valor em evitar o

desmatamento em locais onde este foi rápido no passado recente, como no Arco de

Desmatamento, mas uma reserva fora desta área recebe pouco ou nada de crédito. Dentro

deste paradigma, o “vazamento” remove a maior parte do crédito que poderia ser ganho

por meio da criação de reservas. Este é o efeito que criar uma área protegida causa fora da

própria reserva; por exemplo, as pessoas residentes na reserva podem se deslocar desta

para outros locais na área circunvizinha, ou as pessoas que vêm de outros lugares, que

teriam se instalado na área convertida em reserva, podem resolver se estabelecer em um

outro lugar na região e derrubar o mesmo tanto de floresta. Os valores atribuídos tanto ao

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benefício da reserva na redução do desmatamento como ao impacto causado pelo

vazamento dependerão do valor atribuído ao tempo. Estes valores também dependem do

cenário para ocupação e para o desmatamento na área, ou seja, a “linha de base”

(“baseline”), no jargão de Quioto.

Este projeto pretende continuar o trabalho de coleta de dados pertinente à abordagem

baseada em estoques (como proposto por este autor no projeto que ganhou o Prêmio

Benchimol na categoria ambiental em 2007: VALORAÇÃO DO ESTOQUE DE SERVIÇOS

AMBIENTAIS COMO ESTRATÉGIA DE DESENVOLVIMENTO NO ESTADO DO AMAZONAS). .

Durante o último ano, este autor participou de várias iniciativas para definir métodos para a

contabilidade de carbono, inclusive o grupo de aconselhamento sobre metodologia da

iniciativa Amazonas (do governo estadual do Amazonas); o Documento de Concepção de

Projeto (PCD), da Reserva de Desenvolvimento Sustentável do Rio Juma; a “metodologia de

fronteira” para contabilidade de carbono, pelo Fundo Protótipo de Carbono (PCF), do Banco

Mundial; e a metodologia dos Padrões Voluntários de Carbono (VCS), assim como também

participa de debates ainda em andamento sobre as regras a serem adotadas em

Copenhague, no final de 2009, para o sucessor dó Protocolo de Quioto, referente a 2013

em diante. Com a exceção de parte da Iniciativa Amazonas, ficou claro, a partir destas

experiências, que é provável que a metodologia predominante de contabilidade de carbono

estará baseada em fluxos, em vez de estoques, no futuro previsível. Portanto, é importante

ter um “Plano B” como alternativa à abordagem baseada em estoques, que seria o ideal

para lugares como o Estado do Amazonas. Esse “Plano B” é uma série de alterações à

abordagem baseada em fluxos, assim criando o arcabouço proposto aqui. Esse arcabouço

visa um cálculo baseado em um horizonte de tempo de 100 anos, com a inclusão de uma

taxa de desconto maior que zero sobre os fluxos de carbono entre a floresta e a atmosfera,

ao longo deste tempo. A modelagem do vazamento, usando o modelo AGROECO

desenvolvido no laboratório do autor, reflete esses benefícios por meio da geração de uma

“linha de base” sem reservas, que possa ser comparada com as emissões de gases reais que

ocorrem ao longo do tempo, assim como também possibilitando previsões dessas emissões

para discussão de diferentes estratégias, antes da tomada das decisões.

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Projeto A-45

Título: Minimização do Impacto Ambiental na Área dos Futuros Reservatórios das UHEs

Santo Antônio e Jirau, no Rio Madeira

Autor: Raimundo Nonato Lemos da Silva

Instituição: Centrais Elétricas do Norte do Brasil S.A. (ELETRONORTE)

Resumo: Analisando as características e a morfologia do Rio Madeira, confirma-se a

necessidade da implantação deste projeto na área à montante das futuras UHEs Santo

Antonio e Jirau, para minimizar possíveis impactos ambientais reversíveis, tanto às matas

ciliares como à ictiofauna, e principalmente à comunidade ribeirinha, que irá ficar sem a sua

fonte de proteína animal e a sua receita financeira, oriundas dos recursos pesqueiros da

bacia do Rio Madeira, em um curto espaço de tempo. Esta ação deverá ser implementada

antes da formação dos reservatórios.

Objetiva-se neste projeto evitar que ocorra o desequilíbrio ecológico da ictiofauna do Rio

Madeira, principalmente à espécie dos bagres, fato este que ocorreu em praticamente

todos os reservatórios construídos com fins de produção de energia elétrica na Amazônia.

Para a execução deste projeto, faz-se necessário um inventário faunístico de todas as

espécies vegetais, principalmente as frutíferas de várzea, existentes no Rio Madeira, jusante

da foz do Rio Aripuanã. Georreferenciar as espécies precoces conforme o período de

maduração dos frutos, intercalando para que sempre se tenha alimento para os peixes; criar

um banco de dados e, posteriormente, coletar as sementes das árvores matrizes, germiná-

Ias, produzir mudas e realizar o plantio às margens do Rio Madeira, na área destinada aos

futuros reservatórios.

Com a substituição da vegetação de terra firme, predominante na área das futuras UHEs,

por uma vegetação de várzea, o primeiro impacto a ser minimizado será o visual, uma vez

que, com a morte da vegetação de terra firme, a vegetação de várzea compensará sua

ausência. Um segundo impacto a ser evitado será a erosão do solo as margens do rio, sendo

que esse solo sem vegetação será removido pela velocidade da correnteza das águas. Um

outro impacto que será evitado é a escassez de peixes na área de predominância dos

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reservatórios, uma vez que haverá oferta de alimento e abrigos proporcionados pela

vegetação de várzea, tornando o novo ecossistema propício para a permanência das

espécies de bagres, principalmente a dourada. Portanto, o objetivo deste projeto, com â

implantação de uma floresta de várzea às margens do Rio Madeira, é a conservação do

recurso pesqueiro disponível, para a oferta de alimento e receita financeira às populações

ribeirinhas e aos pescadores da região, recurso este que já foi a maior fonte de renda e

sustentabilidade dos municípios de Porto Velho e Guajará-Mirim, em um passado não

muito distante.

Portanto, este é um projeto piloto a ser implantado em todos os empreendimentos

hidrelétricos na Amazônia Brasileira, uma vez que os maiores impactos ambientais

causados por consequência da formação dos reservatórios quem sofre é a flora, a fauna, a

ictiofauna e as comunidades locais. Com esta ação, é possível produzir energia elétrica

utilizando o potencial hídrico, com a conservação preservação dos ecossistemas adjacentes

e recursos naturais e proporcionar receita financeira, alimentos e manter a comunidade nas

proximidades dos reservatórios, utilizando o recurso pesqueiro para a sua sustentabilidade,

evitando conflitos sociais na região.

Projeto A-46

Título: Ecoturismo como Vetor de Desenvolvimento Sustentável no Amazonas: difusão de

princípios e busca de novas alternativas

Autor: Rocilda Oliveira da Silva

Instituição: MANAUTUR Agência de Viagens e Turismo Ltda.

Resumo: O presente projeto propõe medidas que priorizem a pesquisa e difusão de boas

práticas para o ecoturismo no Estado do Amazonas, visando à utilização da flora local sem

depredá-la, contribuindo assim para a manutenção dos programas de desenvolvimento

sustentável da região, que têm como base o ecoturismo. As atuais práticas que integram os

pacotes das excursões regionais, como caminhada na selva e visita a lagos e igapós,

executadas há mais de 15 anos, estão, hoje, mostrando consequências desastrosas,

decorrentes de atividades predatórias que põem em risco vários atrativos naturais da

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região e o futuro do próprio ecoturismo. Isso mostra que há um paradoxo entre a prática

regional e as premissas do ecoturismo que propõem a conservação dos recursos naturais e

culturais, e ainda há contraposição às medidas de desenvolvimento sustentável local.

As medidas, propostas têm o objetivo de efetivar ações que comprometam os atores do

ecoturismo local (empresários, guias e condutores de turismo, comunidade e poder

público) com a utilização sustentável dos recursos da floresta, que compõem os produtos

ecoturísticos do Estado.

Os procedimentos que serão adotados para a consecução dos objetivos compreendem

pesquisa, divulgação e aplicação das novas medidas propostas.

Os levantamentos iniciais que embasam esta proposta foram realizados na região localizada

entre as áreas do entorno da Estação Ecológica-de Anavilhanas e da cidade de Manaus –

Capital do Estado do Amazonas/Brasil, Nesse local, há maior concentração de comunidades

ribeirinhas e de hotéis de selva, os quais dependem diretamente do ecoturismo como fonte

de renda, tanto por parte dos comunitários, com a venda de artesanatos, no auxílio aos

guias de turismo (mateiros e canoeiros) ou ainda para trabalhar como cozinheiros e

auxiliares em hotéis, como também por parte dos empresários de hotéis de selva e

operadoras, para realização de pacotes turísticos.

Outro problema crucial nesta área, que deve ser corrigido para complementar as ações com

coerência, é o repasse de informações erradas sobre os atrativos turísticos do Estado do

Amazonas. Os levantamentos sobre este assunto foram feitos nos sites oficiais de turismo

(em âmbito nacional, estadual, e municipal) e no guia turístico “Brasil: Amazonas: Turístico,

Ecológico e Cultural – O Destino Ecoturístico do Brasil” (AMAZONASTUR, 2005).

Vale ressaltar que uma das mais novas tentativas de desenvolver a Amazônia, buscando

uma política que procure defendê-la e conservá-la para o deleite das gerações atuais e

futuras, vem do Programa de Desenvolvimento do Ecoturismo na Amazônia Legal –

PROECOTUR e aponta o Ecoturismo como a vocação natural da Amazônia, Esta afirmativa

mostra um novo caminho para o desenvolvimento sustentado na região e chama a atenção

de todos para a necessidade de planejamento e capacitação para sua implantação

(PROECOTUR, 2002) [grifo nosso].

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Projeto A-46

Título: Estimativa das Trocas De Co2, Calor Latente e Calor Sensível em Ecossistemas de

Manguezal, Usando um Modelo Ecofisiológico e Micrometeorológico

Autor: Sérgio de Mattos Fonseca

Instituição: Universidade Federal de Viçosa/APREC Ecossistemas

Resumo: O presente trabalho pretende investigar a importância das florestas de mangue no

balanço do carbono atmosférico, a partir de modelo ecofisioíógico e micrometeorológico,

contribuindo para o desenvolvimento de novas parametrizações de modelos regionais e

globais. Este é o esboço de um cenário complexo no qual se insere uma discussão a ser

aprofundada, sinalizando para a importância de auxílio à resiliência dos ecossistemas

manguezais.

Projeto A-48

Título: Povos Indígenas e Saúde Ambiental: gestão territorial e desenvolvimento sustentável

na Tl Trombetas/Mapuerá

Autor: Sidnei Clemente Peres

Instituição: Universidade Federal Fluminense

Resumo: O grupo étnico Wai-Wai, falantes da família linguística Karib, abrange diversos

outros grupos assimilados por eles, como os Hixkaryana, Mawayana, Karapayana, Katuena,

Xerew, Wapixana e Tirió, espalhados em vários municípios do Pará, na região do Baixo

Amazonas, nos Estados do Amazonas e Roraima, e na Guiana. No Brasil, totalizam 2.805

indivíduos. Vivem em terras homologadas, quais sejam: Tl Trombetas-Mapuerá (PA), com

1.049.520ha; Tl Nhamundá-Mapuerá (AM/RR/PA), com 3.970.420ha; e Tl Wai-Wai (RR)1,

com 405.698ha. A população total de índios no município de Oriximiná é de 1.695

indivíduos e 848 alunos-, distribuídos em nove aldeias no Rio Mapuerá, e uma no Rio

Cachorro: Mapuerá (Central), Tawana, Kuwanamari, Takaru, Inajá, Placa, Tamiuru, Ponkuru,

Bateria e Santidade.

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Com a Terra Indígena Trombetas-Mapuerá plenamente reconhecida pelo Estado brasileiro,

à atenção à saúde vem se tornando um tema cada vez mais relevante para a afirmação dos

direitos dos povos indígenas em Oriximiná; aliás, como ocorre em outras partes da

Amazônia. A gestão territorial de áreas demarcadas, visando o desenvolvimento sustentável

dos grupos étnicos que nelas vivem segundo seus costumes e tradições, inclui a

preocupação é o estudo dos processos de saúde e doença ligados às relações com o meio

ambiente e às formas de manejo dos recursos naturais. Este projeto destina-se então à

realização de pesquisa, ensino e extensão, articulando as áreas da antropologia e da saúde

ambiental, com o objetivo de fornecer subsídios aos órgãos competentes para a proposição

de ações de promoção da saúde nas comunidades indígenas do município de Oriximiná.

Pode-se constituir também em experiência-piloto que inspire a formulação de soluções

para problemas em saúde ambiental nas terras indígenas abrangidas por outros Distritos

Sanitários Especiais Indígenas pelo país.

Este projeto se caracteriza, portanto, como uma pesquisa interdisciplinar e

interinstitucional, na qual serão investigadas as características físico-químicas e

microbiológicas dos sistemas de abastecimento de água, identificando possíveis doenças

associadas, comparando-as com as doenças registradas nas unidades de atendimento à

saúde; e as formas de uso e de atribuição de significado sobre os ambientes aquáticos

nas aldeias indígenas Wai-Wai, no município de Oriximiná. Serão realizadas seis visitas

nas onze aldeias indígenas, com duração de oito a quinze dias (dependendo das cheias

ou vazantes dos rios), no período de 24 meses, onde serão gravadas entrevistas em

meio digital para posterior transcrição e análise. Haverá utilização de equipamentos

específicos para análise é controle da qualidade da água; oficinas nas aldeias, enfocando

os usos e as concepções relativos aos sistemas de abastecimento de água e aos

ambientes aquáticos; investigação sobre vetores de malária e suas relações com a

qualidade da água, e histórias de doenças dela derivadas.

Projeto A-49

Título: Mitigação e Conformação aos Impactos Causados pela Invasão das Usinas

Sucroalcooleiras em Confrontações Rurais de Nossas Pequenas Glebas Rurais

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Autor: Solimar de Castro Bastos

Instituição: Fazenda Buriti – produtor rural

Resumo: Com a devastação ambiental e de infraestrutura causada pela implantação de

dezenas de usinas sucroalcooleiras em nossa região, que não contratam nossos produtores

rurais idosos ou jovens, e não compram nem arrendam nossas terras pelo preço justo que

impomos, somos destruídos pelos impactos desta sórdida atividade em nosso meio e

habitat, que enriquecem poucos privilegiados e despejam milhares de miseráveis boias-frias

às nossas portas. Somos obrigados a buscar uma forma de compensação ante essa

agressão, seja pela conivência dos governos, na ganância das vantagens pessoais dos

políticos e corruptos servidores, seja pelo abuso da ostentação do poder financeiro e do

gigantismo destas indústrias de alta destruição social. Assim, encontramos uma forma de

tirar, contra a vontade dos usineiros, uma vantagem de seus canaviais, implantando a

apicultura em massa nos canaviais, pois descobrimos que as abelhas conseguem

abundância de alimentação nos canaviais das lavouras sucroalcooleiras, propiciando uma

rápida e grande produção de mel de excelente qualidade e de alto valor de mercado, de

forma permanente e continua, permitindo a f um grande número de pequenos produtores

rurais ter uma alternativa de renda e trabalho, de forma limpa e autossustentável,

possibilitando o surgimento de grupos de pequenos empreendedores em casas de mel, ou,

como eu próprio, adquirir pequenos kits caseiros de produção de pinga artesanal, para

fermentar a produção de mel e conseguir agregar alto valor à matéria-prima abundante e

natural, não gerando resíduos, pois a vinhaça é um excelente adubo orgânico e a destilação

do mel não gera resíduos acima de 65 graus alcoólicos e nem abaixo de 38 graus

alcoólicos/faixa que se classifica como produto de alta qualidade de degustação e valor

comercial. Portanto, este é o nosso projeto: tirar dos usineiros uma vantagem de

compensação dos impactos que nos causam com seus canaviais, produzindo um nobre e

cobiçado produto, no caso a pinga de mel de abelhas – pingumel. Site de divulgação:

www.engenheirobastos.zip.net.

Projeto A-50

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Título: Educação Ambiental nas Escolas Rurais como Instrumento Mitigador do Potencial

Lesivo dos Agrotóxicos.

Autor: Tânia Maria Bayer da Silva

Instituição: Universidade Federal de Santa Maria (UFSM)

Resumo: O consumo de agrotóxicos vem tomando proporções cada vez maiores. Sua

utilização em larga escala é responsável por um grande número de mortes e doenças de

trabalhadores rurais, além de suas consequências ao meio ambiente e do agravo nas

condições de saúde da população consumidora dos alimentos. Uma das maiores

preocupações nesse sentido é com o grande número de vendas de agrotóxicos nos países

periféricos e nos chamados “países em desenvolvimento”. Os índices apontam para o

aumento desse consumo sem o controle e o alerta para os perigos da sua utilização,

incluindo aí a ausência de uma fiscalização punitiva por parte do estado e da população. Em

consequência disso, faz-se necessário orientação quanto a Cuidados no uso de agrotóxicos,

recomendação para descartes de embalagens vazias, precauções, primeiros-socorros e

controle do meio ambiente.

Considera-se de extrema importância a realização de trabalhos educativos com

alunos de Ensino Fundamental e Médio; porém, para que a Educação Ambiental se

desenvolva como processo, é essencial que ela ocorra ornais cedo possível, para que as

percepções, reflexões e atitudes diferenciadas sejam tomadas desde a iniciação escolar,

fazendo com que seja despertado o sentimento de conservação do nosso ambiente desde a

infância, constatando-se que as crianças não só desejam como estão ansiosas para fazer a

sua parte, porém precisam de informação, encorajamento e, o mais importante, da

consciência de que têm o poder para influir nas coisas.

Devemos falar e mostrar às crianças que elas podem fazer coisas maravilhosas

pela Terra. Elas precisam experimentar o sentimento de satisfação que acompanha a

realização de algo certo e bom, e essa é uma responsabilidade coletiva, para que, ao atingir

a idade adulta, tenha uma nova visão e uma nova perspectiva para com o meio ambiente.

Nesse sentido, a Educação Ambiental passa a ter relevante importância para o indivíduo. A

escola é a principal instituição capaz de colaborar com as tomadas de decisões sobre os

problemas da sociedade, transmitindo às crianças e jovens informações, auxiliando nas

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pesquisas, formando uma comunidade responsável pelo meio social e buscando

restabelecer a harmonia entre o ser humano e o ambiente.

Projeto A-51

Título: Transferibilidade e Aplicação de Marcadores Moleculares de Alto Desempenho no

Estudo da Estrutura e Dinâmica Genética de Espécies do Gênero Manilkara: geração de

conhecimento para o manejo e a conservação de árvores madeireiras amazônicas

Autor: Vânia Cristina Rennó Azevedo

Instituição: Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

Resumo: Este trabalho tem como objetivo subsidiar políticas públicas de manejo florestal

com base em conhecimento, científico, como forma de continuação dos trabalhos

realizados no âmbito do Projeto Dendrogene (2000-2005). Este projeto teve como meta a

conservação e a definição de estratégias de manejo de árvores madeireiras em florestas

manejadas da Amazônia (Kanashiro et al, 2001) por meio de estudos ecológicos, botânicos

e genéticos de espécies-modelo, as quais são exploradas comercialmente pela indústria

madeireira.

Uma das espécies alvo do projeto foi a maçaranduba (Manilkara huberi). Esta é

uma das espécies arbóreas amazônicas mais conhecidas e de maior ocorrência (10,5

indivíduos ha-1 de zero a 140 cm de DAP), mesmo entre espécies do mesmo gênero

(Dendrogene, 2004). No grupo sucessional, pode ser considerada espécie-clímax; é

hermafrodita, e algumas de suas populações florescem em intervalos de cinco anos,

enquanto outras florescem anualmente. Suas flores são polinizadas por moscas e abelhas

que apresentam vôo de médio alcance.

Para os estudos genéticos no âmbito do Projeto Dendrogene, 27 marcadores

microssatélites foram desenvolvidos, dos quais 12 marcadores foram considerados

altamente polimórficos para Mahilkara huberi (Azevedo et al, 2005) e foram utilizados nos

estudos genéticos (Azevedo et alr 2007) e de modelagem (Sebbenn et al., 2008). Os

resultados obtidos em relação à estrutura genética da espécie permitiram propor

alternativas eficientes para conservação ex situ e in situ da espécie. Foi possível ainda

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quantificar o efeito da exploração madeireira na genética e demografia. Isso porque

marcadores microssatélites são capazes de fornecer discriminação individual precisa dos

indivíduos, apresentando, portanto, informações a respeito de fluxo gênico (via pólen e

semente), estrutura genética espacial, diversidade genética, sistema de cruzamento e

tamanho efetivo populacional. Todas essas informações são fundamentais para a definição

de estratégias eficientes de conservação e manejo, como a definição de áreas prioritárias

de conservação, de metodologia de coleta de sementes para conservação em bancos de

germoplasma, e de estratégias de manejo sustentável, de modo a evitar perda significativa

da diversidade genética.

Esta proposta visa a ampliar o conhecimento científico, no sentido de fornecer

informações biológicas a respeito de mais quatro espécies do gênero que ocorrem na

região amazônica e são igualmente exploradas comercialmente pela indústria madeireira.

Essa exploração ocorre de forma agrupada, o que possivelmente vem causando a essas

espécies um enorme dano do ponto de vista da conservação genética. Neste sentido, será

realizada a transferibilidade dos locos microssatélites desenvolvidos para M. huberi para as

espécies M. amazônica, M. paraensis, M. bidentata e M. cavalcante, os quais serão

utilizados para a realização de estudos de genética de populações destas espécies, de

modo a ampliar os conhecimentos básicos a respeito delas, fornecendo assim informações

que possam subsidiar a definição de estratégias de manejo sustentável.

Projeto A-52

Título: Complexo Integrado de Pesquisa e Educação Ambiental

Autor: Vladimir de Souza

Instituição: Fundação Ajuri – Universidade Federal de Roraima

Resumo: A região amazônica tem chamado a atenção mundial principalmente devido a

problemas de ordem ambiental. Dentro deste aspecto, abre-se um importante

questionamento: como desenvolver a região sem destruir o seu meio ambiente. Entre os

principais entraves neste campo está a carência de informações, de pessoal especializado e

tecnologias adequadas, nas questões ambientais, que possam atuar efetivamente na

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problemática ambiental e social da região. Para enfrentar este desafio, foi planejada a

implantação de um dos maiores centros de pesquisa ambiental do país. Este será

construído em Boa Vista, no estado de Roraima. Trata-se do Complexo Integrado de

Pesquisa e Educação Ambiental. Este envolve a construção de 14 laboratórios e espaços

alternativos, além de salas de aula, destinados unicamente para a pesquisa e educação

ambiental, perfazendo um total de 1500m2. Os laboratórios e os espaços serão totalmente

equipados. O complexo integrado deste modo se encontra assim distribuído: Oficina de

Reciclagem, Laboratório de Hidrosedimentologia, Escola da Água, Escola Bosque,

Laboratório de informática, Laboratório de Geotecnologia, Laboratório de Análise

Geoambiental, Museu de Geociências, Laboratório de Material Didático, Laboratório de

Análise Socioambiental, Sala de Multiuso, Laboratório de Análise de Áreas de Risco

Ambiental, Laboratório, de Ciências Atmosféricas, Laboratório de Análise de Sistemas

Urbanos, sete salas de professores, seis salas de aula e três espaços destinados à

socialização, tais como restaurante, livraria e centro de vivência. Com o patrocínio da

Petrobras, através do programa Petrobras Ambiental, este deverá ser a maior estrutura do

país voltada para a temática ambiental, geração de emprego e renda, educação e

desenvolvimento sustentável. Os laboratórios e espaços deverão atuar de forma integrada

nas suas ações, a serem desenvolvidas no complexo. Este será um espaço aberto à

comunidade da região e deverá abrigar projetos tanto acadêmicos como sociais, com foco

em estratégias de geração de emprego e renda, além de ações de inclusão da população de

baixa renda. Espera-se que no primeiro ano de funcionamento do complexo este abrigue

em tomo de 100 projetos em diversas áreas ligadas ao meio ambiente. A estratégia de

funcionamento do complexo é que cada laboratório ou oficina estará sob gestão de um

coordenador e os projetos neles inseridos o serão na forma de fluxo contínuo. Assim, este

será um dos maiores centros integrados de pesquisa e educação ambiental do país e trará

um grande ganho para a região amazônica, tão carente de informações a respeito de seus

recursos naturais, tanto de tecnologia como de pessoal qualificado para atuar na área

ambiental.

Projeto A-53

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Título: A Interrelação entre a Caracterização dos Solos Antrópicos da Amazônia (Terras

Pretas de índio) e a Utilização de Carvão Vegetal como Condicionador Agrícola do Solo

Autor: Wenceslau Geraldes Teixeira

Instituição: Embrapa Amazônia Ocidental

Resumo: A interrelação entre a caracterização dos solos antrópicos da Amazônia (Terras

Pretas de índio) e a utilização de carvão vegetal como condicionador agrícola do solo: os

efeitos da utilização de resíduos de carvão vegetal (agrichar) e fertilizantes minerais na

qualidade do solo, nutrição mineral e produção.da bananeira em um Latossolo Amarelo em

Manaus (AM).

O objetivo principal desta proposta é avaliar o efeito da aplicação de diferentes níveis de

carvão vegetal, fósforo e nitrogênio na nutrição e produção da banana var. caipira e na

qualidade do solo.

A banana é uma das frutas mais consumidas no Brasil. Na Região Norte, são produzidos

cerca de 25% da produção brasileira. Na Amazônia Central, os latossolos amarelos são a

classe de solo predominante onde se localiza a maioria dos cultivos. Esse solo apresenta

baixa disponibilidade de nutrientes, e uma reduzida eficiência no aproveitamento dos

nutrientes adicionados, devido às elevadas perdas por lixiviação. A aplicação de compostos

orgânicos ao solo possibilita uma liberação lenta de nutrientes; entretanto, a aplicação de

fontes orgânicas na Amazônia é pouco eficiente e seu efeito é de curta duração. Na

Amazônia Central, são encontradas áreas com solos férteis criadas pelas populações pré-

colombianas (antrópicas). Essas áreas são conhecidas como Terras Pretas de índio (TPI), e

apresentam elevados teores de carbono, fósforo, cálcio, magnésio, zinco e manganês,

quando comparadas com os solos adjacentes. Uma característica das TPI é o elevado teor

de matéria orgânica estável, que aparentemente lhes propicia as condições para serem

cultivadas com excelente produção por vários anos. Uma hipótese para a gênese dos

horizontes ricos em carbonos das TPI é o uso de carvão vegetal como fonte de carbono

estável. A utilização de fontes orgânicas estáveis que aumentem a retenção de nutrientes e

a retenção de umidade pode ser uma alternativa ao desenvolvimento de sistemas de

manejo de solo mais sustentáveis para as condições da Amazônia Central. A carbonização

de resíduos vegetais e seu uso como condicionador de soío tem potencial para

aumentar a sustentabil idade da capacidade produtiva do solo, reduzir as emissões

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de carbono para a atmosfera, dar utilização correta aos resíduos orgânicos poluidores e

ainda auxiliar no desenvolvimento rural. No entanto, o conhecimento sobre o impacto do

uso do carvão na agricultura ainda é incipiente. O carvão vegetal poderá ser uma fonte

estável de compostos orgânicos para os solos, podendo criar cargas e aumentar a

capacidade de troca catiônica do solo; apresenta também uma estrutura porosa e pode

aumentar a porosidade e a capacidade de retenção de água, e facilitar a proliferação de

microorganismos. A combinação de fertilizantes minerais com resíduos de carvão poderá

ser uma alternativa para reduzir as perdas de nutrientes e aumentar a capacidade de

retenção de água, melhorar a da estrutura do solo e, de um modo geral, a qualidade do

solo. Para estabelecer critérios de utilização e definir se há relação entre utilização de

doses de carvão vegetal e produtividade de cultivos, será conduzido um experimento num

delineamento de blocos causalizados nó esquema fatorial 3x3, com confundimento e

combinações de três doses de carvão vegetal, fósforo e nitrogênio. As plantas cultivadas

serão clones de bananeira de cultivar vaipira. Os tratamentos serão aplicados anualmente.

Serão avaliados: produção e qualidade das bananas e teores foliares. Serão avaliadas as

trocas gasosas e estimados eficiência do uso da água, nutrientes e carbono no solo (N, P, K,

Ca, Mg, Cu, Fe, Mn). O carbono será determinado por cromatografia gasosa. As análises

físicas do solo serão: densidade aparente, densidade de partículas, grau de floculação,

curva de retenção de umidade e estabilidade de agregados. Para a avaliação da qualidade

física do solo, será utilizado o Intervalo Hídrico Ótimo (IHO). O IHO é definido como a faixa

ou conteúdo de água na qual os fatores que afetam diretamente o crescimento de plantas

– conteúdo de água relacionado ao potencial matricial, temperatura, porosidade de

aeração e resistência à penetração – são menos limitantes. As alterações das características

químicas e físicas do solo serão avaliadas com foco na produção da bananeira, no estado

nutricional e na eficiência do uso da água.

Projeto A-54

Título: Gerenciamento de Unidade Extrativista Através do Planejamento de Capacitação

para as Comunidades e Suas Associações.

Autor: Willian Ricardo da Silva Fernandes

Instituição: Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio)

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Resumo: A costa brasileira possuías maiores áreas contínuas de manguezal do mundo, em,

torno de 13,8 milhões de hectares, cuja vegetação apresenta sua maior exuberância nas

latitudes próximas da linha do Equador, no litoral amazônico, entre a foz do rio Oiapoque

(norte do Amapá) e a baía de São Marcos (Estado do Maranhão), em uma região conhecida

como Costa Norte.

Este ecossistema produtivo e dinâmico, que forma a paisagem ao longo da Costa Norte,

possui equilíbrio harmônico entre águas doces e salobras na zona intertidal. Além de se

caracterizar como um dos principais ecossistemas costeiros da Amazônia Brasileira, os

manguezais também tomaram um importante papel na história evolutiva das comunidades

humanas litorâneas dessa região, tornando-se fonte indispensável de recursos que têm

promovido o estabelecimento e a sobrevivência dessas comunidades até os dias de hoje.

O manguezal é considerado, pelo código florestal, como área de proteção permanente;

entretanto, vem sofrendo grandes intervenções antrópicas ao longo dos anos,

principalmente devido às ocupações desordenadas e aos grandes projetos portuários.

Além disso, a falta de políticas públicas voltadas para a população tradicional vem

acarretando o uso indiscriminado dos recursos pesqueiros desse ecossistema, colocando

em risco a população animal capturada e as espécies que também necessitam desse

recurso para alimentação.

Uma das opções que buscam atrelar a manutenção da tradicionalidade da pesca com a

conservação do ecossistema são as Reservas Extrativistas (Resex), categoria de unidade de

conservação de uso sustentável (proposta na Lei do SNUC, 2002).

Segundo o SNUC: "A Resex tem como objetivos proteger os meios de vida e a cultura das

populações tradicionais e assegurar o uso sustentável dos recursos naturais da unidade. A

Resex é de domínio público, com uso concedido as populações extrativistas tradicionais,

sendo que as áreas particulares incluídas em seus limites devem ser desapropriadas.

As Reservas Extrativistas serão geridas por um Conselho Deliberativo, presidido pelo órgão

responsável por sua administração e constituído por representantes de órgãos públicos, de

organizações da sociedade civil e das populações tradicionais residentes na área. A

visitação pública e a pesquisa científica são permitidas, condicionadas as normas

estabelecidas para o manejo da unidade pelo órgão responsável por sua administração".

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A Reserva Extrativista Marinha Gurupi Piriá – Viseu PA (mesorregião nordeste paraense,

distante, aproximadamente, 320km da capital), foi criada pelo Decreto Presidencial sem

número de 20/05/2005, abrangendo uma área com perímetro aproximado de

74.075,73ha, sendo 31.039,65ha de espelho d'água e 43.036,08ha de mangues. Além do

manguezal, a Resex compreende pequeñas áreas de restinga, praias, dunas e algumas

ilhas.

A principal atividade extrativista da unidade é a pesca artesenal peixes, crustáceos e

moluscos). Ela beneficia 44 comunidades pesqueiras que congregam um universo

aproximado de 4.000 famílias totalizando aproximadamente 20.000 pessoas.

A sua criação foi fruto da mobilização das comunidades pesqueiras, conjuntamente com as

entidades de classe, a sociedade civil organizada e o poder público.

Este projeto visa aperfeiçoar o gerenciamento dessa unidade extrativista mediante o

planejamento de capacitações para as comunidades e suas associações e aquisição de

equipamentos para equipes de gestores.

A reserva extrativista promove o exercício da cidadania e reconhece a necessidade de uso

pelas populações tradicionais, dos recursos do manguezal. Assim, auxiliar na

implementação da gestão da unidade é promover a sustentabilidade nesse ecossistema tão

importante para a região costeira, além de garantir qualidade devida para as comunidades

pesqueiras do município de Viseu.

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CATEGORIA ECONÔMICA-TECNOLÓGICA

Projeto ET-01

Título: Fabricação de Placas Decorativas para Revestimento, Confeccionadas com Sementes

de Açaí [Euterpe Oleraceae).

Autor: Aguimar Vasconcelos Simões

Instituição: AGROCON – Indústria e Serviços Agroambientais LTDA.

Resumo: O projeto visa à produção de placas decorativas para revestimento, com uso de

sementes de açaí (Euterpe oleraceae) como matéria-prima principal. Tem como objetivos:

• produzir placas decorativas para serem usadas como revestimento de paredes,

móveis e objetos de decoração, confeccionadas a partir de sementes de açaí

[Euterpe oleraceae);

• gerar emprego e renda à população local;

• disponibilizar no mercado produtos ecológicos de valor agregado;

• aproveitar os resíduos (sementes) da produção de vinho de açaí.

Projeto ET-02

Título: Biojóias da Informática

Autor: Alex Fabiano Ribeiro de Magalhães

Instituição: Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica

Resumo: O projeto “Biojóias da Informática” é uma proposta de adequação e

compatibilização de dois importantes itens da atividade econômica amazonense: os

recursos madeireiros oriundos de florestas manejadas e os resíduos da atividade de

produção de bens de informática do Polo Industrial de Manaus, juntamente com o lixo

tecnológico advindo dessa atividade econômica.

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O principal produto desta pesquisa aplicada é o desenvolvimento de uma coleção de

biojóias com alto valor agregado, que terão os dois itens pesquisados como matérias-

primas.

O projeto propõe a caracterização dos tipos de madeira e dos resíduos da informática a

serem trabalhados, uma pesquisa sobre a compatibilização entre elas, e a concepção,

projeto e produção de protótipos da coleção de biojóias geradas pela pesquisa. Também

será desenvolvido estudo de aceitação dos produtos pelo mercado consumidor, além do

desenvolvimento de toda a tecnologia de produção das biojóias, caso haja compatibilidade

entre as matérias-primas o suficiente para viabilizar a produção.

Esta proposta busca também o aperfeiçoamento de ações já desenvolvidas pelo Centro de

Desenvolvimento Regional (CEDER) da Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação

Tecnológica (FUCAPl), que são o de agregação de valor aos recursos madeireiros oriundos

das florestas manejadas já certificadas e também o desenvolvimento de tecnologias e

equipamentos voltados para a promoção do saneamento ambiental na Amazônia.

Após a sua conclusão, o projeto, indiretamente, terá incentivado e valorizado o

licenciamento de unidades de floresta manejada e apontará uma nova opção de

tratamento e destinação final dos resíduos de bens de informática (lixo tecnológico), além

de ter, proporcionado a criação de uma nova atividade econômica sustentável, tanto sob

os aspectos ecológicos e ambientais, como também sociais e econômicos.

Projeto ET-03

Título: Alimentação de Peixes Nativos da Amazônia com Insetos Capturados em Armadilhas

Instaladas em Ambientes Fluviais com Fins de Sustentabilidade Ambiental

Autores: Alexandre Luis Jordão | Octávio Nakano

Instituição: Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA)

Resumo: Os peixes são alimentos de rica fonte protéica ao homem. Sua exploração pode

ser realizada sem que o equilíbrio natural seja rompido. O bioma Amazônia está localizado

em uma região onde as bacias fluviais oferecem grande quantidade de leitos, em que

habitam diversas espécies de peixes. De maneira semelhante, nesse bioma existe uma

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grande variedade de espécies de insetos, servindo de fonte alimentar natural aos peixes,

participando da cadeia alimentar. A abundância de insetos na Amazônia permite sua

captura o e fornecimento nutricional a uma exploração de pescados, conduzida

racionalmente e baseada em conhecimentos entomológicos. Devido à presença de abdome

túrgido com aparelhos reprodutores desenvolvidos, os insetos apresentam reservas

nutricionais consideráveis. Os peixes carnívoros, normalmente, têm um tamanho mais

avantajado do que os outros herbívoros. Entre as espécies mais conhecidas, temos as

seguintes: apaiari, curimatã, matrinchã, pacu, pirarara, pirarucu, tambaqui e tucunaré.

Algumas espécies aceitam prontamente alimentos secos, mas outras necessitam de um

período de condicionamento ou treino alimentar quando ainda são alevinos. A

palatabilidade do alimento determina a boa aceitação e o adequado desempenho dos

peixes. Deve haver um balanceamento entre os constituintes nutricionais: proteínas,

aminoácidos, carboidratos, lipídios, minerais e vitaminas. Os objetivos são fornecer insetos

capturados em armadilhas para a alimentação de peixes no ambiente amazônico; utilizar

insetos capturados em armadilhas para alimentar os peixes de forma econômica; integrar a

dieta constituída de insetos; e promover o crescimento adequado para o desenvolvimento

de peites nativos da Amazônia.

Propõe-se o emprego de fontes de luz em cores para armadilhas luminosas, com lâmpadas

do tipo BL (luz-negra) ou BLB (luz-negra-azul) e barreiras pintadas de amarelo ou branco,

dependendo da espécie a ser capturada. No caso de armadilhas luminosas, elas podem ser

operadas com energia elétrica com corrente contínua ou alternada, empregando-, se

baterias, inclusive bateria solar, atendendo a regiões carentes de energia. É importante

avaliar se o fornecimento da alimentação constituída pelos insetos será capaz de fornecer os

nutrientes necessários aos peixes nativos, de maneira balanceada, gerando crescimento

econômico, e melhoria da qualidade de vida, com maior oferta de alimento mais barato para

os pescadores e os povos ribeirinhos.

Projeto ET-04

Título: Novos Derivados Semi-Sintéticos para Tratamento de Malária

Autor: Ana Cristina da Silva Pinto

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Instituição: Universidade Federal do Amazonas

Resumo: A espécie Pothomorphe peltata, conhecida como caapeba, pariparoba, é utilizada

na medicina tradicional na região Amazônica para tratamento de malária.

A substância 4-nerolidilcatecol (1), com atividade antimalárica comprovada, foi

isolada em escala multi-grama das raízes de P. peltata cultivada na Embrapa Amazônia

Ocidental. Com o estudo sazonal e dosagem de 1 nos extratos das raízes foi possível

avaliar que o melhor período para colheita e extração de seu princípio ativo é no período

chuvoso, correspondendo aos meses de dezembro a abril, quando a planta atinge

aproximadamente 1 m de altura e a concentração de 4-nerolidilcatecol chega a ser de

268-300 Kg/ha nas raízes. Novos derivados semissintéticos de 1 foram preparados

adicionando-se diferentes grupos químicos a cadeia lateral (nerolidil) e ao grupo catecol.

Esses novos derivados foram testados in vitro contra cepas multi-resistentes K1 de

Plasmodium falciparum. Os derivados 1-O-benzil, 2-O-benzil, di-0,0-benzil, di-0,0-benzoil,

di-0,0-acetilepóxido e di-0,0-diacetil exibiram Cl50 comparáveis ao da cloroquina e o

derivado natural 1, levando ao desenvolvimento de uma nova classe de fármacos com

propriedades antimaláricas. Ainda verificou-se que um dos derivados novos teve

atividade antiplasmódica superior ao da cloroquina (patente solicitada em 12/2007,

PCT/BR2007, 0003375).

Projeto ET-05

Título: Potencial Biotecnológico do Pólen de Melipona SPP, da Região do Baixo Amazonas

Autor: Antonio Batista da Silva

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Instituição: Faculdade de Ciências Farmacêuticas – Farmacotécnica e Tecnologia

Farmacêutica

Resumo: No Amazonas, o interesse peia criação de abelhas sem ferrão justifica-se pelo alto

valor nutritivo e terapêutico do mel e do pólen, e também pela grande contribuição

socioeconómica para o aumento da renda familiar dos povos indígenas e pequenos

povoados que habitam as margens do rio amazonas e seus afluentes. Dentre esses dois

produtos oriundos da meliponicultura, o pólen tem sido muito utilizado, principalmente

pela população local, índios e caboclos amazônicos, no combate às doenças pulmonares,

inapetência e infecção dos olhos, além de ser usado como fortificante e agente bactericida.

Apesar de inúmeros estudos sobre a importância nutricional do mel e da própolis, rio

Amazonas, ainda não existem estudos sobre o valor terapêutico do pólen coletado por

abelhas produtoras de mel na Região do Baixo Amazonas. Esta pesquisa tem como objetivo

selecionar leveduras produtoras de biocompostos do pólen de Melípona spp., avaliar a sua

atividade antimicrobiana e desenvolver um nutracêutico de uso tópico para infecções orais,

com finalidade terapêutica antimicrobiana, em substituição às formulações utilizadas na

medicina popular. Serão isoladas leveduras de importância industrial e determinada a

atividade antimicrobiana dos extratos orgânicos do pólen e das leveduras. Assim como será

determinada a concentração mínima inibitória dos extratos orgânicos contra

microrganismos de interesse à saúde humana. Testes complementares, como os de

citotoxicidade e avaliação de toxicidade pré-clinica em roedores, serão efetivados usando-

se os extratos orgânicos e nutracêuticos. Os resultados obtidos do pólen do Baixo

Amazonas, principalmente do município de Boa Vista do Ramos (AM) contribuirão para a

formulação e certificação de um produto com atividade farmacológica. Assim sendo, a

realização desta pesquisa confirmará a qualidade e credibilidade da ação medicinal dos

produtos da meliponicultura amazonense.

Projeto ET-06

Título: A Pesca Artesanal e o Desenvolvimento Local: projeto de apoio aos pescadores

artesanais

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Autor: Bernard Stilianidi Filho

Resumo: O presente trabalho tem por objetivo específico aumentara renda dos pescadores

artesanais das comunidades pesqueiras da região amazônica.

Para a consecução do objetivo proposto, pretendem-se constituir cooperativas de

produção, com média de 100 pescadores cooperados cada, onde 40% dos associados sejam

mulheres da comunidade.

As cooperativas singulares de uma mesma região geográfica serão geridas por uma

cooperativa central. Esta, por sua vez, manterá intercâmbio com outras cooperativas

centrais para troca de experiências e produtos.

A finalidade da cooperativa de produção é agregar valor ao produto (pescado), o qual é

vendido a preços aviltantes a atravessadores. Pretende-se instalar, em cada cooperativa de

produção, três unidades produtivas, geridas pela própria cooperativa, quais sejam: (I)

frigorífico, responsável peia produção de filé de peixe, peixe salgado, peixe defumado,

farinha de peixe e linguiça de peixe; (II) curtume, responsável pela produção de couro de

peixe beneficiado; e (III) minifábrica de calçados e artigos de couro de peixe.

Os parceiros envolvidos no processo de organização e capacitação de cada cooperativa

singular e das cooperativas centrais regionais, compreenderão, além das próprias

cooperativas, as prefeituras municipais, os governos estaduais, o governo federal e a

sociedade civil organizada, esta representada preferencialmente pelo Sistema “S”,

constituída pelo conjunto de organizações empresariais voltadas para treinamento

profissional, assistência social, consultoria, pesquisa e assistência técnica.

Para facilitar o processo de desenho, execução e avaliação do projeto, foi utilizada a

ferramenta denominada de Metodologia do Quadro Lógico, uma matriz elaborada

sucessivamente num processo de estruturação dos elementos considerados os mais

importantes a um projeto e que permitem a sua apresentação sistemática, lógica e sucinta.

Projeto ET-07

Título: Produção Intensiva de Peixes em Viveiros Escavados, Homogeneizando a Coluna da

Água Por Meio Mecânico

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Autor: Bruno Adan Sagratzki Cavero

Instituição: Universidade Federal do Amazonas

Resumo: Atualmente o governo do Estado do Amazonas, através dos seus programas de

desenvolvimento, vem contribuindo para minimizar os problemas socioeconômicos-

ambientais existentes no Estado. Dentre essas atividades, a piscicultura vem se tornando

uma alternativa viável para a geração de emprego e renda, de forma direta e indireta.

Paralelamente a essa atividade, o setor de beneficiamento e comercialização do pescado

oriundo da piscicultura tem apresentado grande-desenvolvimento (SUFRAMA, 2003).

O objetivo deste trabalho é aumentar a produtividade de biomassa de peixes através da

homogeneização da coluna da água em tanques de piscicultura com profundidade igual e/ou

superior a 2m.

A piscicultura é uma prática comum na região amazônica. Nos últimos, anos essa atividade

vem se desenvolvendo devido aos atrativos de rentabilidade que oferece, a par da existência

de inúmeros cursos de água com potencial aquícola, até o momento inexplorados. O

consumo per capita de pescado na região é um dos maiores do mundo, principalmente no

Estado do Amazonas (VAL e HONCZARYK, 1995).

Dentre os peixes regionais, o tambaqui (Colossoma macropomum) e o Matrinchã (Brycon

amazonicum), merecem destaque devido a sua grande aceitação no mercado e a facilidade

que possuem para adaptar-se aos ambientes de cultivo. Essas espécies possuem tecnologia

de propagação artificial, fato que favorece a consolidação da atividade e proporciona a base

de sustentação da cadeia produtiva (IZEL et al 1996; NUNES et al., 2006).

A piscicultura, por se tratar de uma atividade que precisa de módulos de produção

que exigem á modificação do ambiente, tem impacto pontual sobre o meio, como o

desmatamento de áreas verdes para construção das instalações. Portanto, existe a

necessidade de maximizar a produção utilizando o mesmo ambiente, fato que permitiria o

aumento da oferta do produto sem a necessidade de impactar novas áreas (SCORVO-FILHO

et al., 1998).

A aplicação de novas tecnologias para o aumento da produção de forrna sustentável é um

desafio que a piscicultura moderna tem de enfrentar. Isto implica treinamento da mão de

obra local para atender às necessidades do setor, que hoje conta com profissionais

desatualizados ligados à extensão, trabalhadores que possuem baixo conhecimento da

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atividade, desorganização da cadeia produtiva e falta de difusão de tecnologia de fácil

acesso, preferencialmente as desenvolvidas na região. A inovação de tecnologias e o

desenvolvimento de metodologias confiáveis no processo produtivo são de fundamental

importância na produção intensiva de peixes nativos, contribuindo, assim, para o

desenvolvimento da piscicultura na região amazônica.

Projeto ET-08

Título: Aproveitamento da Vazão de Água que Sai da Hidrelétrica de Tucuruí para Geração

de Energia

Autor: Cândido Justino de Melo Neto

Instituição: Universidade Federal do Maranhão

Resumo: Como o Brasil se vê diante de um cenário no qual necessita da diversificação de

sua matriz energética, os investimentos de longo e curto prazo em mecanismos de

geração de energia renovável é ainda a melhor maneira para solucionar esse problema.

Porém, esses mecanismos de energia alternativa não geram energia suficiente para sanar

as necessidades impostas pelo crescimento econômico e industrial pelo qual o Brasil vem

passando na gestão do Governo Lula. A hidroenergia possui vários atrativos, entre eles os

sistemas de conversão apresentam alto rendimento. Segundo Palz, o rendimento da

conversão de água represada em eletricidade pode chegar a valores próximos de 90%. É

facilmente armazenável na forma de energia potencial através de lagos, que podem ser

artificiais. O controle da potência de saída é obtido com relativa facilidade e boa eficiência.

Apresenta baixo nível de ruído e vibrações e pode ter baixíssimo impacto ambiental, como

é o caso das microusinas. Esses fatores tornam a hidroenergia uma das mais atrativas e de

menor custo, inclusive ambiental, tornando-a interessante até como forma de

armazenamento. “Deste modo, as turbinas são as Unidades fundamentais de uma central

de captação e aproveitamento da corrente de água desperdiçada, que podem ser

associadas à noção de grupo gerador” convencional. No projeto proposto, cada unidade

(turbina) é composta basicamente por dois geradores, ligada ao eixo central da turbina

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com um sistema de transmissão, multiplicador de velocidade, sistema de controle elétrico

e sistema local de compensação de potência reativa, quando necessário.

Projeto ET-09

Título: Turbinas Eólicas para Geração de Energia Elétrica em Comunidades Isoladas nas Ilhas

do Lado da UEH Tucuruí, também na Amazônia e no Maranhão: aperfeiçoamento de

produtos e adequação do uso de tecnologia

Autor: Cândido Justino de Melo Neto

Instituição: Universidade Federal do Maranhão

Resumo: Este modelo desenvolvido de turbina eólica é específico para regiões remotas e

comunidades isoladas. Contribui para sanar as dificuldades energéticas existentes, cujas

redes de transmissão não podem ser levadas, impossibilitando que as pessoas ali

encontradas obtenham seus direitos de cidadãos.

O projeto teve inicio em 2005, e todos os estudos se fizeram necessários no sentido de

gerar mecanismos que supram as imperfeições das turbinas tradicionais, tais como ruído,

interrupção nas rotas de migração dos pássaros, destruição do meio ambiente (fauna,

flora).

O protótipo foi constituído por módulos visando um aumento futuro no fornecimento de

energia; quando houver aumento da população, haverá um adicional de módulo na

estrutura.

Vantagens: Implantação de mecanismo de rede para o caso, a ser instalado na rota de

migração de pássaros. Outra vantagem desse tipo de mecanismo é permitir que o terreno

ocupado seja utilizado para outros fins, agrícolas, por exemplo.

Projeto ET-10

Título: Processo de Obtenção e Atividade Farmacológica de Zerumbona Obtida dos Rizomas

de Zingiberzerumbet (I.) smith (Zingiberaceae) como Fonte de Matéria Prima de Potencial

Econômico.

Autor: Carlos Cleomir de Souza Pinheiro

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Instituição: INPA

Resumo: O presente projeto diz respeito a um processo de obtenção e atividade analgésica

de Zerumbona obtido do óleo essencial dos rizomas de Z. Zerumbet que foram submetidas

ao processo de extração por arraste-hidrovapor, utilizando-se o aparelho Clevenger

modificado, fornecendo percentuais e grau de pureza diferente do método anterior já

solicitado na patente de número PI0505343-9/28/11/2005. Na extração do óleo essencial

por arraste – hidrovapor, obtivemos os rendimentos de 8,95 a 11,87%. Por um processo de

recristalização, cerca de 100% do óleo essencial, obteve-se 97,0% de uma substância

cristalina pura. Esse material foi submetido à análise físico-química e analisado por

espectrometria de Cromatografia Liquida de Alta Eficiência (CLAE), Cromatografia Gasosa

(CG), Ressonância Magnética de Prótons (RMN de 1H) e de Carbono (RMN 13C) que, aliados

aos espectros por Infravermelho (IV, Ultra Violeta (UV) e Espectrometria de Massa (EM),

possibilitou determinar a estrutura como 2,6, 9,9-tetrametil-cicloundeca-2-6,10-trienona-

zerumbone, o qual denominamos de Zerumbona. O composto zerumbona é o principal

composto sesquiterpênico puro obtido dos óleos essenciais dos rizomas, e vem sendo

estudado há décadas, por apresentar potente atividade citotóxica contra células tumorais

de câncer de fígado, cólon e pele.

O produto Zerumbona natural obtido dos rizomas deZ. zerumbet não revelou efeitos

tóxicos em doses superiores a 5g/kg por via oral (v.o) e mostrou potente atividade

analgésica (periférica e central) por via oral e intraperitonial (v.o e i.p), em doses

dependentes. Os resultados das pesquisas científicas experimentais das atividades

farmacológicas do produto Zerumbona mostram atividades especificas antiinflamatórias e

analgésicas. A Zerumbona natural e/ou hidrolato/extrato está incluída na categoria de

produtos para bebidas, alimentos, água destilada aromática e hidrolatos aquosos dos óleos

essenciais. Apresenta-se como um futuro medicamento natural com potencial

farmacológico de relevante aplicação na indústria farmacêutica, na fabricação de

medicamentos naturais e para formulação farmacêutica, na produção de cosméticos. Z.

zerumbet é uma planta herbácea de fácil cultivo. Existem estudos de avaliação da relação

custo/beneficio por hectare plantado para a implementação da cultura, manutenção,

colheita, extração e receitas visando à produção em larga escala do composto natural e o

consequente abastecimento para o mercado consumidor.

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Projeto ET-11

Título: PRODUÇÃO “LEGAL” – Software de Simplificação de Processos de Licenciamento

para Regularização de Atividades Agroextrativistas em Unidades de Conservação de Uso

Sustentável

Autor: Carlos Gabriel Gonçalves Koury

Instituição: Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas

(IDESAM)

Resumo: A economia agroextrativista do interior da Amazônia sustenta grande parte das

famílias dessas áreas. Estas famílias desenvolvem atividades em pequena escala e atuam na

produção e comercialização de produtos provenientes de roça – mandioca e derivados,

verduras, frutas e legumes – e da floresta – látex, essências, óleos, castanhas, madeira,

cipó, palha – movimentando a economia local e propiciando geração de renda para mais de

70% da população interiorana da Amazônia.

De certa forma, as produções agroextrativistas promovidas no interior da Amazônia – e

quanto mais interior, maior a identificação com este fato – acabam acontecendo dentro de

certa “irregularidade”, pois, graças à complexidade amazônica, a distância entre o Estado e

o interiorano é uma realidade que dificulta que a produção agroextrativista de vista aos

procedimentos administrativos regulatórios do Estado. Este não ordenamento produtivo-

econômico acontece por dois motivos básicos: pleno desconhecimento, ou dificuldade,

para alguém com alfabetização limitada, e recursos financeiros mais limitados ainda,

deslocar-se para a capital do Estado e realizar os procedimentos administrativos-legais para

regularização de sua atividade (para produção de mandioca, somente para autorização de

desmate, é necessária a apresentação de 20 documentos (anexo).

Nas Unidades de Conservação (UCs) de uso sustentável, criadas para promover a

conservação da natureza, assim como o modo de vida agroextrativista local, a situação

pode ser revertida, principalmente nas UCs que possuem Plano de Manejo (pela legislação

do Estado do Amazonas, denominado de Plano de Gestão).

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Na confecção do Plano de Manejo da UG, realiza-se um diagnóstico

socioeconómico para identificação das comunidades residentes, modos de vida e geração

de renda. Com esse diagnóstico em mãos, o propósito deste projeto é converter essas

informações em uma base cadastral dos moradores e suas atividades, que abastecerá um

banco de dados informatizado onde, a partir da tela principal do software, o morador da

reserva pode obter impressa toda a documentação necessária para o licenciamento da

atividade produtiva que ele realiza naquele ano. Escolheu sua comunidade, selecionou seu

nome na lista de moradores, clicou na atividade desejada – roça, manejo florestal,

produção não madeireira –, informou dados básicos sobre a produção anual, e pronto, toda

a documentação necessária é gerada para que ele assine e entregue ao administrador da

Reserva para regularização da atividade.

A regularização da atividade agropecuária propicia ao pequeno produtor acesso a novos

mercados, assim como permite buscar linhas de crédito e fomento dentro de sua linha

produtiva.

Dessa forma, o software não apenas “ajuda” o pequeno produtor a “preencher a papelada”

– feito este já de grande valia –, mas também funciona como alavanca para organizações

agroextrativistas passarem a um novo patamar produtivo, em busca de maior geração de

renda e consequente bem-estar social. Além disso, a regularização gera divisas a estados e

municípios, permitindo que obtenham recursos para oferecer à comunidade o retorno em

assistência técnica e outras demandas da sociedade interiorana.

Desenvolvido o software para os moradores da RDS do Uatumã, este produto poderá ser

distribuído para todas as demais unidades de uso sustentável do Estado do Amazonas, ou

também a associações comunitárias e cooperativas agrícolas organizadas, pois bastará

cadastrar as comunidades, moradores e suas atividades produtivas para poder otimizar o

processo de regularização da atividade agroextrativista em qualquer organização

produtora rural.

Projeto ET-12

Ver Lista de Premiados.

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Projeto ET-13

Título: Sons da Amazônia: a natureza a serviço da educação

Autor: Claudia Guerra Monteiro

Instituição: Universidade Federal do Amazonas (UFAM).

Resumo: A revolução provocada pela chegada das tecnologias na escola leva a comunidade

científica a pensar métodos e caminhos diferenciados, aproveitando contextos e materiais

distintos da região que ajudam na sistemática comunicacional e educacional. As

implicações e os caminhos percorridos pela civilização são parte integrante do processo de

evolução da comunicação, são importantes também para a análise do ecossistema

comunicacional e educacional no Amazonas.

Com um ecossistema ambiental diferenciado das outras regiões do país, o estado do

Amazonas possui singularidades que podem fazer o grande diferencial no âmbito nacional.

A cidade de Benjamin Constant, afluente do Rio Solimões, ganha novas proporções à

medida que seu acesso se torna difícil. E buscar alternativas passa a ser uma luta constante

para os profissionais de educação, artes, comunicação e biologia. E é com uma proposta

inovadora que se pretende levar, para alunos e professores da rede estadual e municipal de

ensino, um trabalho de educação ambiental, social e cultural utilizará materiais extraídos da

floresta.

Pretende-se formar, com isso, a I Orquestra Experimental de Música Orgânica do Estado.

Por meio de um trabalho de seleção, registro e armazenamento de dados/nomes de

sementes, cascas, enfim, materiais que naturalmente iriam para o lixo, pretende-se fabricar

instrumentos musicais e promover a participação coletiva da sociedade no interior do

Estado. Com isso, um dos objetivos deste projeto é mapear o material e capacitar

professores da rede pública, a fim e criar novos conceitos de música na região.

A intenção deste projeto, portanto, é demonstrar para a sociedade a importância de se

trabalhar com a Ciência, por meio de contextos cotidianos e específicos da região. A

universidade pode desenvolver projetos que gerem soluções para toda uma comunidade

carente da participação universitária no processo de inovação, Ciência e Tecnologia do

Estado do Amazonas.

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Estas alternativas se tornam relevantes no município, e qualquer tentativa que se faça em

relação à geração de empregos, de atualização de professores e, principalmente, de

renovação social e cultural, já justifica a realização deste projeto, que influenciará

diretamente p ecossistema comunicacional e educacional. Pretende-se com isso trabalhar

dentro de contexto amazônico único: o município de Benjamin Constant, situado na faixa

de fronteira Brasil-Peru, que tem uma população predominantemente urbana, com cerca

de 85% de seu território constituído de áreas indígenas demarcadas. O município é

considerado a capital cultural do Alto Solimões, e o projeto ganhará destaque à medida que

se pretende criar o I Concerto de Música Orgânica da região Norte com alunos da rede

estadual e municipal de educação.

Projeto ET-14

Título: Geotecnologias e Desenvolvimento Sustentável: modelagem espacial de dados

geológicos, aerogeofísicos e de radar no monitoramento de ambientes mineralizados da

Amazônia.

Autores: Cleyton de Carvalho Carneiro | Alvaro Penteado Crosta | Adalene Moreira Silva |

Carlos Eduardo Mesquita Barros

Instituição: Universidade Estadual de Campinas

Resumo: A proposta visa a gerar mapas de ambientes mineralizados na Amazônia, tendo

como base o uso de geotecnologias. Tais mapas têm por objetivo auxiliar no

monitoramento e na proteção dos bens minerais da região amazônica. Para tanto, serão

utilizadas técnicas de processamento e análise dos dados geológicos, aerogeofísicos e de

radar recentemente adquiridos na região que envolve os rios Anapu e Tuerê, ao norte da

Província Mineral de Carajás, no Estado do Pará. Com a modelagem espacial integrada

destes dados, haverá a produção do conhecimento geológico necessário para definição

de ambientes favoráveis à ocorrência de mineralizações (cobre, ouro, metais-base,

dentre outros). Além disso, a base de dados gerada poderá ser disponibilizada para

outros fins relacionados aos recursos naturais, tais como uso/ocupação do solo e

agricultura.

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Em estudos geológicos e energéticos de regiões como a Amazônia, torna-se fundamental

a utilização de métodos indiretos de mapeamento, com o emprego de técnicas de

sensoriamento remoto e aerogeofísica. Esses instrumentos, operados a bordo de

aeronaves ou satélites, proporcionam informações na forma de imagens que podem ser

utilizadas no reconhecimento de unidades rochosas e estruturas geológicas. As imagens

de sensoriamento remoto e aerogeofísica fornecem os elementos primordiais para a

cartografia geológica, o que otimiza e direciona as fases posteriores das atividades de

mapeamento geológico convencional e/ou prospectivas. A utilização destas duas

ferramentas, combinadas com dados coletados em campo, favorece a compreensão do

arcabouço geológico e a definição de áreas favoráveis a investimentos por parte do setor

mineral.

O tipo de sensor de maior utilização em aplicações geológicas desenvolvidas na Amazônia

é, sem dúvida, o “Radar de Abertura Sintética” (SAR). Esta preferência se deve aos

seguintes fatores: (i) possibilidade de produzir imagens em condições atmosféricas

adversas (presença de nuvens, chuva etc.); (ii) geometria entre o sensor e o terreno

favorável ao realce da textura da superfície, que por sua vez expressa características

litológicas e estruturais; e (iii) possibilidade de penetração da radiação, ainda que limitada,

no dossel da vegetação, alcançando a superfície do terreno.

Os dados do sensor R99-B/SAR (disponibilizados pelo SIPAM) e aerogeofísicos

(disponibilizados pela CPRM) representam hoje o estado-da-arte tecnológica dos

respectivos métodos de levantamento empregados. A partir da disponibilidade desses

dados, foram criadas condições para um salto qualitativo no uso de técnicas indiretas de

mapeamento geológico e monitoramento dos recursos minerais na Amazônia. Faz-se

necessária, contudo, a utilização de técnicas e métodos de processamento e análise espacial

desses dados, a fim de que se possa extrair o máximo benefício de todo o investimento

feito.

Projeto ET-15

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Titulo: Estudos da Reprodução e da Conservação de Sementes de Capim-Dourado

[Singonanthus nitens (Bong.) Ruhland) Originários de Diferentes Regiões do Estado do

Tocantins

Autores: Cleyton de Carvalho Carneiro | Álvaro Penteado Crosta | Adalene Moreira Silva |

Carlos Eduardo Mesquita Barros

Instituição: Centro Universitário Luterano de Palmas

Resumo: Erva de caule curto e folhas em roseta basal, o Syngonanthus nitens (Bong.)

Ruhland, popularmente conhecido como capim-dourado, é da família Eriocaulácea,

representada por espécies tropicais típicas do bioma Cerrado. Apresenta escapos dourados

e brácteas involucrais creme e brilhantes. De suas folhas em roseta basal partem 1 a 10

escapos terminais com inflorescências do tipo capítulo. Também conhecidas como

“sempre-vivas”, mantêm inalteradas as características originais de seus escapos e

inflorescências após a colheita.

Comum nas serras de toda a Cadeia do Espinhaço, também tem registro nos campos de

altitude da porção central da América do Sul. Os escapos de S. nitens são explorados nos

Estados de Minas Gerais, Bahia e Goiás.

No Tocantins, a “sempre-viva” é explorada para a confecção de artesanato, principalmente

na região do Jalapão, embora seja também encontrada em outras regiões do Estado, a

exemplo dos municípios de Dianópolis, Tocantins e Caseara.

A atividade artesanal com o capim dourado teria surgido na região do Jalapão há mais de

60 anos. A técnica, de origem indígena, é repassada entre os núcleos familiares e hoje

ocupa homens, mulheres e crianças de toda a região.

O capim-dourado desempenha papel social e econômico fundamental nas comunidades,

gerando rendimentos semelhantes ou superiores aos das demais atividades econômicas

comuns nas regiões em que está inserido.

Pelo alto valor cultural e econômico, tem sido alvo de estudos que buscam indicar técnicas

melhores de manejo que permitam o seu uso sustentável e preservem a biodiversidade das

veredas e fitofisionomias adjacentes. Daí a importância em capitanear estudos que

permitam aliar o desenvolvimento sustentável com a preservação cultural e ambiental.

Uma das possibilidades é o estudo das sementes da “sempre-viva”, pois, como é sabido,

toda e qualquer semente armazenada sofre deterioração que pode ser mais rápida ou mais

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lenta, dependendo de suas próprias características e de interferências ambientais.

Geralmente a redução da luminosidade, da temperatura e da umidade de ambos, sementes

e ambiente, faz com que seu metabolismo seja reduzido e que os microorganismos que as

deterioram fiquem fora de ação, aumentando sua longevidade.

No que concerne às sementes de S. nitens, poucas informações estão disponíveis sobre o

efeito das condições ambientais na sua longevidade e sobrevivência em condições naturais,

inclusive quanto ao tempo em que as sementes não germinadas podem permanecer viáveis

no solo.

Empreender estudos que vislumbrem esmiuçar o comportamento das sementes do S.

nitens é, de maneira indireta, investir na preservação da cultural tocantinense e no

desenvolvimento econômico da comunidade local, com vistas à utilização sustentável dos

recursos oferecidos pelo Cerrado.

Projeto ET-16

Título: Tecnologias de Utilização da Madeira na Construção Naval para a Amazônia

Autor: Durval Ferreira de Souza Júnior

Resumo: Este projeto visa a retirar o atraso tecnológico e a consequente agressão

ambiental da construção naval artesanal regional em madeira, e elevá-la a uma posição de

destaque nos mercados nacional e internacional, disponibilizando as comunidades da

região modernas técnicas de construção em madeira, além de colocar-lhe à disposição uma

imensa variedade de madeiras que podem ser exploradas de forma ambientalmente

correta, inclusive colocando suas embarcações dentro das normas de segurança atuais. Na

construção de modernas embarcações em madeira pelo mundo, como modernos navios de

guerra que participaram da Guerra do Golfo, luxuosas embarcações de uso particular ou de

serviço, utilizam-se em torno de 50 espécies catalogadas somente, as consideradas nobres

e praticamente as mesmas exploradas desde o século XV pelas grandes potências. Na

Amazônia, possuímos centenas com qualidades e características únicas, com todos os

dados físicos e mecânicos catalogados para a execução de projetos bem dimensionados e

seguros. Grande parte pode ser explorada sem nenhum dano ao meio ambiente, árvores de

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área de manejo, reflorestamento e certificadas. A produção de bens duráveis com madeiras

exploradas de forma ecologicamente correta auxilia no sequestro de carbono e previne o

aquecimento global. Deixar de produzir embarcações em metal para produzi-las em

madeira diminui significativamente a emissão de poluentes e pode até gerar créditos em

carbono nas bolsas internacionais. Possuímos madeiras desconhecidas para o mercado,

mas com qualidades muito superiores às de uso comum. A perspectiva do projeto é tornar

a construção naval em madeira ecologicamente sustentável, segura dentro das normas

atuais, social e culturalmente correta, desde que ela mantenha a arte local e gere emprego

e renda, proporcionando desenvolvimento sustentável para a região, e alcançar o mercado

nacional de embarcações de pesca e esportiva principalmente, e entrar no mercado

internacional com modelos inovadores, inclusive até expondo produtos em publicações

especializadas, como Wooden Boat, Professional Boatbuilder, e entre outras.

Projeto ET-17

Ver Lista de Premiados.

Projeto ET-18

Título: O Desenvolvimento e Implantação de um Site Sobre a Amazônia como Instrumento

para a Disseminação da Conscientização Sobre a Preservação da Amazônia

Autor: Edi Ferreira Verás

Instituição: Incra

Resumo: Site para divulgação da necessidade de preservar a Amazônia.

Projeto ET-19

Título: Extração de Óleo da Semente do Pequi para Utilização no Tratamento de Problemas

Respiratórios e Impotência Sexual

Autor: Edson Roberto da Silva

Instituição: Centro Universitário Luterano de Palmas

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Resumo: O pequi é utilizado pela população tocantinense como estimulante sexual,

através do preparo de “garrafadas”, que consiste na mistura do fruto com cachaça. Alunos

do curso de Farmácia do CEULP/ULBRA costumam relatar que as avós contam que, durante

a época do pequi, aumenta o número de mulheres grávidas. Vários alunos já tomaram o

óleo da semente do pequi para tratamento de distúrbios respiratórios. Uma professora de

imunologia do CEULP também relatou que ministrou o óleo para o filho e resolveu-lhe o

problema de crises respiratórias. Diante disso, desenvolvemos um projeto de pesquisa

para o Sistema Único de Saúde (PPSUS), para avaliar as propriedades farmacológicas do

pequi, e descobrimos que as folhas e os frutos possuem moléculas ativas que inibem a

enzima arginase. A inibição desta enzima desencadeia um aumento na produção de óxido

nítrico, que é um potente vasodilatador endógeno, além de atuar no processo de bronco

dilatação. O óxido nítrico também é responsável pelo processo de ereção, pois causa

vasodilatação dos corpos cavernosos do pênis, possibilitando o aumento da irrigação

sanguínea, o que resulta na ereção peniana. Desta forma, os testes em laboratório

confirmam o potencial terapêutico que a população já utiliza. Baseado nestes fatos, a

proposta inicial do projeto é incentivar a atividade extrativista de pequi para a produção de

óleo bruto a partir de sementes, padronização da dose diária recomendada como

suplemento alimentar para pessoas com dificuldade de ereção e problemas respiratórios.

Após remoção da semente, a polpa do fruto poderá ser utilizada no enriquecimento da

merenda escolar e na produção de condimentos industrializados utilizados pela população

no preparo de arroz e feijão, entre outros. Havendo sucesso de mercado, passar para a

uma segunda etapa, que será a da produção de mudas selecionadas para distribuição a

agricultores familiares, visando o ganho de escala e o aumento da produção de óleo.

Projeto ET-20

Título: Os efeitos das Mudanças Climáticas Globais sobre a Agricultura, na Amazônia e

no Brasil

Autor: Eustáquio José Reis

Instituição: Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (IPEA)

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Resumo: O objetivo do projeto é dar continuidade aos estudos sobre Os efeitos do

aquecimento global sobre a lucratividade e usos da terra na agricultura brasileira, ora

sendo realizados sob a coordenação de Eustáquio Reis no Núcleo de Estudos e Modelos

Espaciais Sistêmicos (NEMESIS), sediado no Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada

(IPEA), no Rio de Janeiro. O objetivo específico desses estudos é analisar os efeitos das

mudanças de temperatura e a precipitação projetadas (pelo Relatório Técnico de

Avaliação n° 4 do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), publicado

em fevereiro de 2007) para os anos 2020, 2050 e 2080 sobre o uso da terra,

rentabilidade e preços da terra na agricultura nos municípios brasileiros.

Resultados preliminares foram obtido é a partir do IPCC (2001). Projeções climáticas

especializadas foram obtidas de cinco modelos globais de circulação (GCM) utilizados neste

relatório. A nova etapa da pesquisa será feita com os dados revisados do IPCC (2007), que

inclui dez modelos. Com base nos cenários climáticos do IPCC (2007), será possível,

portanto, realizar simulações dos efeitos de longo prazo das mudanças climáticas globais

sobre a agricultura na Amazônia e no Brasil, com maior grau de confiança. Esse aspecto irá

dar maior importância ao nível de detalhamento espacial em que são feitas essas

simulações.

A análise dos efeitos de longo prazo das mudanças climáticas globais poderá então ser

desagregada para essas categorias socioeconômicas, possibilitando uma visão mais

adequada dos seus efeitos sobre a produtividade e os níveis de bem-estar de segmentos

diferenciados de propriedades agrícolas, mão de obra é da população em geral. Abrem-se,

nesse sentido, perspectivas de análise das implicações distributivas do aquecimento global

dentro e entre as diversas regiões do país, com especial destaque para a Amazônia.

Projeto ET-21

Título: O Grande Círculo da Amazônia

Autor: Ezequiel Camilo da Silva

Instituição: Secretaria Municipal de Educação de São Paulo

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Resumo: O GRANDE CÍRCULO DA AMAZÔNIA é um projeto que se apresenta como uma

interessante e atrativa alternativa para o nosso planeta, e também como uma solução para

resolver a questão da ocupação e do desenvolvimento da Amazônia Brasileira.

A implantação do “GRANDE CÍRCULO DA AMAZÔNIA” para a montagem de um “Complexo

Turístico Ecológico” em plena selva amazônica, com a construção da “Capital Ecológica do

Planeta no Coração da Floresta Amazônica”, é uma alternativa concreta a ser discutida e

debatida em nível nacional. É, sem dúvida, uma solução peculiar, criativa e original para

preservar a nossa Amazônia, prepará-la com a participação da comunidade internacional,

que por sua vez terá oportunidade de investir centenas de bilhões de dólares, no sentido

de desenvolver o Brasil, criando milhões de empregos necessários para amenizar a miséria

e o sofrimento de nosso povo, e criar condições para que a nação brasileira, que é a

detentora legítima destas riquezas, também possa participar e usufruir dessa grande

benesse sem ferir a sua soberania.

O projeto será implantado numa área ao norte do Rio Amazonas, sobre a linha do Equador,

a uma distância de duzentos quilômetros a partir de uma linha vertical e perpendicular com

a linha do Equador, acima da histórica cidade de Óbidos, no atual Estado do Pará. Essa

cidade ocupará o núcleo central do Grande Círculo.

Na concepção do projeto, será uma cidade planejada para acolher turistas do mundo

inteiro, além de estudantes, pesquisadores e empresas a serem implantadas, além de um

gigantesco parque hoteleiro. Milhares de pessoas do Brasil, entre trabalhadores e

aposentados do mundo inteiro, lá naturalmente fixarão residência. Por isso, a dimensão do

projeto será adequada para uma população fixa de aproximadamente quinhentos mil

habitantes, com capacidade hoteleira para receber dois milhões de pessoas entre

visitantes, homens de negócios, estudantes e turistas, diariamente.

Essa cidade terá várias finalidades importantes e essências, dentre elas talvez a mais

importante seja a implantação de uma grande universidade, prevista para tornar-se o

maior centro de pesquisa da região Norte do país e a primeira universidade com total

dedicação aos estudos da fauna e flora amazônica, com seus cursos e pesquisas voltadas

para a imensa fauna, composta de animais, aves, peixes e incontáveis números de insetos,

incluindo as fantásticas borboletas. Seus estudos e pesquisas também incluirão a

exuberante flora amazônica, com suas árvores, plantas medicinais, frutas e todo tipo de

vegetação.

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A grandeza e a dimensão do alcance deste projeto, desde a sua concepção até a

implantação, será de grande importância não somente para o Brasil como um todo, mas

também para a comunidade internacional.

Projeto ET-22

Título: Instalação de uma Indústria de Sabão Produzido a Partir de Óleo de Cozinha Usado

Autor: Fabian Bezerra de Oliveira

Instituição: BIOMA DA AMAZÔNIA LTDA

Resumo: O óleo de cozinha é largamente utilizado no dia-a-dia. Donas de casa, pastelarias,

lanchonetes, cozinhas industriais, restaurantes utilizam uma grande quantidade de óleo

vegetal atividades, sejam elas comerciais ou residenciais.

Estima-se que em Manaus; com uma população de aproximadamente 1,7 milhão de

pessoas, apenas 10% de todo o óleo gerado na cidade é reaproveitado. A grande maioria

da população e dos estabelecimentos comerciais despeja esse resíduo em pias ou vasos

sanitários, já que não há empresa especializada em seu tratamento ou reaproveitamento.

O óleo de cozinha, quando descartado diretamente na rede de esgoto, causa o

entupimento das tubulações, bem como cria uma barreira que impede a entrada de luz e a

oxigenação da água, o que compromete a base da cadeia alimentar aquática, os

fitoplânctons. A retirada desse óleo impregnado requer o uso de produtos químicos

tóxicos, o que poderia ser evitado se simplesmente houvesse o recolhimento e

aproveitamento do resíduo.

Atualmente, pode-se aproveitar o óleo de cozinha usado basicamente em dois processos: a

produção de biodiesel e a fabricação de sabões e detergentes.

Para aproveitar esse resíduo tão abundante em nossa região, foi desenvolvido um produto

de grande uso no mercado: o sabão em barra.

O produto inicial será o sabão em pedra produzido a partir do óleo de cozinha usado, a ser

produzido e comercializado em pacotes com cinco barras de 200 gramas. O método de

produção é de custo reduzido, devido à sua principal matéria-prima – o óleo – ser de baixo

custo. Utilizaremos a estrutura de um galpão apropriado para a manipulação de produtos

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químicos, e eventuais descartes, a fim de alcançar uma produção limpa, sem danos ao meio

ambiente.

Identificou-se uma grande oportunidade no mercado, tendo em vista dois fatores

principais: a falta de indústrias, químicas de produção de saponáceos no Estado do

Amazonas e a grande quantidade de óleo que é utilizada nas pastelarias, restaurantes,

lanchonetes e cozinhas em geral, e que não é aproveitada. Acreditamos que este possa ser

o primeiro passo para tornar o óleo de cozinha usado um item tão valorizado para a

reciclagem como o papel e o alumínio.

Projeto ET-23

Título: Eficiência Elétrica em Residências e Empresas de Pequeno e Médio Porte.

Autor: Fernão Cortez D' Avis

Instituição: USETEC Indústria, Comércio de Equipamentos Eletroeletrônicos Ltda.

Resumo: A sociedade moderna depende e consome níveis crescentes de energia elétrica,

intensificando ainda mais a pressão sobre o meio ambiente. Neste contexto, os maiores

consumidores estão nas grandes cidades, e são representados por residências, e outra

parte significativa, pelo segmento corporativo.

Nas residências, considerando o potencial de consumo, encontramos, dentre os mais

significativos, os seguintes eletrodomésticos, em ordem de maior ocorrência: ferro-de-

passar, geladeira, chuveiro elétrico, freezer e condicionador-de-ar. Tais eletrodomésticos,

devido as suas características construtivas e seus mecanismos de controle funcional,

desperdiçam significativas quantidades de energia elétrica. O desperdício varia em média

de 10% a 35% da energia por eles consumida.

Por outro lado, na maioria das pequenas e médias empresas, a inexistência de um sistema

de gestão energética, contemplando o controle eficiente dos principais parâmetros

elétricos (demandas, excedentes reativos, e consumos, entre outros) e operacionais,

produz significativos aumentos de custos de suas faturas mensais de energia elétrica.

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O projeto aqui apresentado se propõe à fabricação de produtos e a execução de serviços

especializados que proporcionam aumento da eficiência elétrica, para minimizar

desperdícios nas residenciais e no mercado corporativo de pequeno e médio porte.

Projeto ET-24

Título: Embarcações de Madeira na Amazônia: o estado-da-arte – saber local, estrutura,

simbologia e transmissão

Autor: Flávio Wanderlei Lara

Resumo: Pelo acúmulo de material de pesquisas realizadas nesse domínio, pretende-se

produzir um manual-cartilha de construção naval artesanal na Amazônia, situando sua

importância como tecnologia social, sua metodologia e seu público-alvo principal. Na sua

importância, fica claro que o resgate da arte-ofício da construção naval regional, encarnada

e desenvolvida pela inteligência ribeirinha, é urgente para a sobre-vida e difusão como

magnífica arte do homem ribeirinho e de sua memória orai, à qual se via impossibilitado de

garantir dentro dos limites de sua comunicação em seu grupo familiar.

Na sua metodologia, entende-se que deve ser objetiva e simples, sem perda de sua

tecnicidade e dos elementos da cultura do seu “saber fazer”.

Nesse entendimento, busca uma fidelidade linguística que preserve e transmita o

simbolismo desse saber popular, por meio de recursos de comunicação que possam

difundi-la, em todos os níveis de informação e conhecimento disponíveis, aos seus

detentores-criadores, seus aprendizes, seus usuários (ribeirinhos ou não) e seus estudiosos

de toda ordem. Esses recursos são basicamente gráfico-visuais, com suporte

cromatográfico, apoiados por textos curtos, objetivos e simples na sua forma de

apresentação do processo construtivo em suas diferentes fases.

Projeto ET-25

Título: Desenvolvimento de Veículo Tipo “hovercraft” para Aplicações Gerais Autor: Gabriel Brasil

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Instituição: UFPA

Resumo: Hovercrafts operando em Turismo Ecológico, com um índice de aproveitamento

de 85%, em média de 210 horas por mês, podem amortizar o seu investimento em cerca de

três anos, para veículos menores, e dois anos, para os de médio porte, e ao mesmo tempo

proporcionar lucro líquido maior que 10% durante o tempo de amortização. Quando

operando no transporte regular de passageiros e cargas, os seus custos operacionais são

inferiores aos dos barcos convencionais, para hovercrafts voltados a mais de 40

passageiros.

Além das características já descritas, os hovercrafts de maior porte – 40 a 80 passageiros –,

são muito funcionais, pelo que é também possível equipá-los com economicidade, fazendo

com que o custo do passageiro por quilômetro, baixe acentuadamente, usando-se bancos

do tipo “ônibus urbano”, com ventilação natural e equipamentos mais sóbrios. Pode-se,

assim, aumentar a quantidade de assentos disponíveis, tornando-os um eficiente meio de

transporte, altamente competitivo e rentável, oferecido aos usuários comuns com preços

de passagens até com o mesmo valor das que são praticadas pelas embarcações

convencionais obsoletas atualmente utilizadas em nossa região.

Podem ser usados para o transporte de pessoas e ou carga, com segurança, conforto,

rapidez e economicidade. Pela simplicidade de seu princípio de funcionamento, não

necessitam de infraestrutura pesada e dispendiosa para sua operação, pois são veículos

anfíbios e, portanto, não exigem calado para aportar em qualquer local, bastando uma

praia, ou apenas uma rampa de terra, para atingir o local de desembarque de passageiros

e/ou cargas, em local seco. Podem, entretanto, utilizar os trapiches, marinas ou

ancoradouros já existentes, destinados aos barcos convencionais, sem nenhuma perda de

excelência ou qualidade de serviços.

Com o uso do hovercraft, as longas horas que duram as viagens por barcos convencionais

são bastante encurtadas, pois esses veículos se deslocam rapidamente, podendo atingir

até quatro ou cinco vezes a velocidade dos barcos convencionais em uso na região

amazônica, sem prejudicar os barcos menores ou o meio ambiente. Estas condições fazem

dos hovercrafts veículos mais do que perfeitos para inúmeras tarefas, pois em razão de

segurança, conforto e velocidade, podem desempenhar qualquer missão de transporte

com sucesso e economicidade.

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Projeto ET-26

Ver Lista de Premiados.

Projeto ET-27

Título: Amazônia – Projeto Integrado para Desenvolvimento Auto-Sustentável, de

Produção de Alimentos

Autor: Herbert Kimura

Instituição: Universidade Presbiteriana Mackenzie

Resumo: O objetivo desta proposta é apresentar projeto de implementação de um

complexo ecológico que se torne auto-sustentável em longo prazo para microrregiões da

Amazônia.

O desenvolvimento desse projeto sofreu grande influência de uma Visita ao ECO-COMPLEX

(http://ecocomplex.rutgers.edu) em 2007, cuja finalidade é o desenvolvimento de fontes

alternativas de energia não poluentes, combinadas com a produção de alimentos de

origem vegetal e animal e o desenvolvimento de fontes de renda complementares, como a

produção de bens e serviços próprios adaptados à região.

Assim, de forma similar, o projeto apresentado visa à integração, em um mesmo espaço de

desenvolvimento, de alimentos de origem animal e vegetal, para consumo próprio, bem

como para a produção de excedentes, permitindo a geração de renda para a população

envolvida. O projeto contempla variantes que dependem do tamanho da população e dos

bens próprios de cada região. Essas variantes serão explicitadas no decorrer da proposta.

Deve-se alertar que a proposta prioriza o desenvolvimento da ideia, sendo o conjunto de

dados que a sustenta, ainda que baseado em entidades de reconhecida credibilidade, uma

estimativa inicial para a implantação. Isto ocorre porque um projeto integrado como o aqui

proposto não possui implementações similares no país, especialmente no que concerne às

combinações para aumentar-lhe ao máximo a eficiência, por meio do aumento da receita

total combinado com a diminuição de custos totais.

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O projeto, com a introdução sucessiva dos módulos, pode gerar lucro, mas ainda não é

autossustentável em termos energéticos, pois a energia para funcionamento apropriado

dos galpões de frango e do minhocário, das instalações hidropônicas e dos criatórios de

peixes, da estufa de plantas ornamentais e medicinais tropicais não pode, inicialmente, ser

gerada totalmente pelo próprio projeto. Para tanto, essa energia deveria ser gerada com a

introdução de um módulo de produção de biomassa (etanol e biodiesel). Como

alternativas, pode-se avaliar o emprego de energia solar ou mesmo de origem animal e

vegetal (biodigestores mais eficientes que os apresentados aqui).

A implementação de um complexo ecológico pode trazer grandes benefícios, tanto para a

comunidade e o meio ambiente contemplados pelo projeto, como também para a

evolução do conhecimento experimental. Assim, além de contribuir para o

desenvolvimento sustentável de maneira direta, incentiva-se a continuidade de pesquisas

que poderão resultar em novas ideias inovadoras.

Projeto ET-28

Ver Lista de Premiados.

Projeto ET-29

Título: Corantes Naturais no Tingimento de Couro de Peixe e outros Artefatos como

Tecnologia Limpa, para o Desenvolvimento Sustentável da Amazônia

Autores: Jerusa de Souza Andrade | José Jorge Rebello | Karina Suzana Gomes de Melo |

Raimundo Silva de Souza | Rogério Souza de Jesus

Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Resumo: Na Amazônia, o uso de corantes naturais provenientes de plantas para o

tingimento de couro de peixe e outros artefatos é tecnologia limpa, simples, não poluente,

viável para o aproveitamento dos recursos naturais. Resultados de pesquisas conduzidas

no Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) mostraram que pigmentos

presentes nas flores de cacauí e nas plantas e folhas do crajiru geraram, respectivamente,

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corantes naturais com tonalidades do lilás ao roxo e do vermelho ao vermelho escuro, com

estabilidade necessária para o tingimentò do couro de matrinxã. Com o objetivo de

divulgar esses resultados e também ampliar o leque de pesquisas para outros corantes

naturais e uso em outras espécies de pescado, o projeto propõe a divulgação da tecnologia

de uso de corantes naturais no tingimentò de couro de matrinxã e, principalmente, a

continuidade das pesquisas para avaliar o uso desses e de outros corantes no tingimentò

de couro de outras espécies de peixes e outros artefatos. A utilização de corantes naturais

a partir de matérias que preservam a flora amazônica e não causam danos à saúde e ao

ambiente podem ser usados como alternativa para tingimentò de couro de peixe prové-

niente de peles que anteriormente eram descartadas.

Projeto ET-30

Título: Reaproveitamento do Excedente de Serragem e Lixo Doméstico para Produção de

Húmus Direcionado à Plantação de Hortaliças como Alternativa Socioambiental e

Econômica

Autor: João Paulo Costa Braga

Instituição: Associação do Bairro do Xicó

Resumo: A necessidade da reutilização da serragem acumulada no Município de Novo

Airão é algo urgente, bem como a introdução de certas práticas agrícolas, pois 99% dos

legumes e hortaliças consumidos no município vêm de fora. Uma nova modalidade

econômica também se faz necessária, já que as práticas anteriormente utilizadas, a pesca e

a extração de madeira, estão proibidas. Este projeto propõe a inovadora transformação do

“lixo” da serragem e alguns restos orgânicos residenciais em húmus. Com esse húmus, será

implantada uma pequena horta orgânica de bairro, como alternativa ambiental, social e

econômica. As hortaliças serão vendidas a preço simbólico para os moradores do bairro,

como também poderão ser trocadas por sobras e restos de alimentos que cada família

produz, melhorando a saúde e a consciência ambiental de seus membros. A ideia é que

esta primeira célula sirva de exemplo para outros bairros e outros municípios, pois Novo

Airão apresenta a mesma realidade da maioria dos municípios da região amazônica. Uma

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vez este projeto funcionando, incentivará e criará de maneira bem real oportunidades de

investimentos a potenciais financiadores públicos e privados.

Projeto ET-31

Título: Logística para a Coleta e Produção de Biodiesel a Partir de Óleos Comestíveis

Residuais

Autor: João Tito Borges | Jamal da Silva Chaar

Instituição: Fundação Centro de Análise Pesquisa e Inovação Tecnológica

Resumo: O biodiesel, conforme estabelecido no Programa Nacional de Produção e Uso de

Biodiesel (PNPB), pode substituir o diesel mineral com grandes vantagens econômicas,

ambientais e sociais. O Brasil reúne condições para liderar a produção mundial desse

combustível. O potencial brasileiro para a produção de biomassa para fins alimentares,

químicos e energéticos provém de sua imensa extensão territorial, em conjunto com as

excelentes condições de solo, clima, água e insolação. Para integrar ações no âmbito do

programa, propõe-se este projeto, que visa desenvolver um processo de produção de

biodiesel a partir de óleo comestível usado no ramo de hotelaria e restaurantes de

Manaus. É muito significativa a quantidade de restos de óleo comestível destinada de

forma a degradar os corpos d'água no município. Uma maneira adequada de reduzir a

poluição causada por esse resíduo é reutilizá-lo na produção de outros produtos, como

sabões e o próprio biodiesel. Existem centenas de pequenos hotéis e pequenos e grandes

restaurantes no município que têm dificuldade em dar destinação correta para esse

material. Um projeto executado com esse objetivo propiciará a redução da poluição da

água, proporcionará a criação de empregos formais e incentivará a formação de

empreendedores. No projeto, está previsto o incentivo à coleta do óleo residencial por um

sistema de “biomoto” (motos coletoras de biodiesel), que serão adaptadas e cadastradas

para este fim.

A concepção do projeto prevê o apoio logístico à coleta do óleo e a transformação deste

em biodiesel a partir da reação química dos óleos vegetais residuais com o etanol. Para a

execução do projeto, está prevista a instalação de uma pequena usina de produção de

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biodiesel (600L/dia), em sistema-piloto que será instalada nas dependências do CIDE

(Centro de Incubação e Desenvolvimento Empresarial – Amazonas); e a realização de

ensaios em motores estacionários (pequeno gerador a ser adquirido) os testarão em uma

proporção de 80% de óleo diesel e 20% de biodiesel produzido. Os motores estacionários

serão fornecidos por empresa fornecedora de geradores elétricos instalada no Polo

industrial de Manaus. Está prevista a aquisição de duas motos de 125 CG, adaptadas para

a coleta do biodiesel.

Esta alternativa poderá ser replicada no interior do Estado, nos pequenos municípios, o

que possibilitaria inclusive a geração de energia elétrica e a economia de óleo diesel.

Várias iniciativas similares já foram realizadas em outros estados, porém um projeto

implantado nesta linha será de extrema importância para o município de Manaus e

poderá ser replicado em outras áreas da região amazônica.

Projeto ET-32

Título: As Potencialidades da Amazônia

Autor: Joceli de Fátima de Oliveira

Instituição: SESA

Resumo: O presente projeto visa à criação de um grupo de Planejamento Estratégico de

Desenvolvimento Sustentável a união nacional e internacional, por meio de: 1. doações

voluntárias de pessoas físicas ou jurídicas; 2. dedução no imposto de renda de pessoas

físicas ou jurídicas para, juntamente com o investimento federal, intensificar o

desenvolvimento sustentável e a preservação da Amazônia; 3. no caso também de

preservação da região amazônica, que o Brasil recebesse créditos de carbono concedidos e

reconhecidos pela ONU.

O projeto envolveria profissionais da área de economia e do Judiciário, seguranças

públicas/forças armadas e informática que trabalhassem no Estado e, tivessem real visão

da potencialidade e das carências para atuação no desenvolvimento do programa nas

cidades da região amazônica.

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O programa envolveria ainda profissionais da área de informática, marketing e técnicos que

pudessem dar suporte às questões apresentadas no site criado na internet para o grupo,

com o intuito de divulgação nacional e internacional, ou seja, precisa atender a usuários de

todo o mundo, para fins de unir governo e colaboradores que irão juntos fortalecer uma

ideia comum, que é o desenvolvimento da Amazônia.

Esse programa de nível internacional visa à união entre governo e colaboradores para o

desenvolvimento do nosso país, buscando no potencial da região amazônica, reconhecida

mundialmente, muitas razões para criar mecanismos de ações para o desenvolvimento

nacional potencializando a economia do Brasil.

O programa unificaria a relação de co-responsabilidade entre governo e sociedade, em

nível mundial, para o desenvolvimento sustentável da Amazônia.

Projeto ET-33

Título: Fixação do Homem no Campo

Autor: Jonnes Alexandre Arcari

Instituição: Instituto Amazônia (IAM)

Resumo: Desenvolvimento Sustentável da Agricultura Familiar no Município de Vilhena

Rondônia.

A agricultura familiar é e sempre foi o meio de subsistência do pequeno e médio produtor

rural brasileiro. Segundo dados da Embrapa, alguns produtos básicos da dieta do brasileiro,

como feijão, arroz, milho, hortaliças, mandioca e pequenos animais, chegam a ser

responsáveis por 60% da produção. Esse segmento tem papel muito importante na

economia de pequenos municípios, pois gera renda e emprego tanto na área rural como na

urbana. A inserção dos produtos agrícolas no mercado também tem impacto importante,

tanto nas pequenas regiões como nas grandes metrópoles. Mas, para a inserção dos

produtos no mercado, é necessário que o produtor disponha de tecnologias e condições

tanto políticas quanto institucionais representadas por vários aspectos, entre eles está à

informação.

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Muitas vezes, por falta de informação, e em busca de melhores condições de vida, os filhos

dos pequenos agricultores são incentivados a procurar outro meio de subsistência que não

o trabalho no campo, e por falta de tecnologias adequadas o homem deixa de utilizar a terra

de forma viável e de maneira sustentável. Isso acontece em todo o país, e não é diferente

no Estado de Rondônia.

Assim, os jovens deixam as pequenas propriedades e vão para a cidade à procura de

emprego. Sem apresentar-se como mão-de-obra qualificada, acaba à mercê de pequenos

trabalhos que não geram renda adequada, e acaba apenas por aumentar o número de

pessoas desempregadas e muitas vezes excluídas.

O presente projeto tem a finalidade de manter o homem no campo, assim evitando o êxodo

rural. Será implantado no município de Vilhena, Estado de Rondônia, onde o pequeno

produtor sofre com a falta de informação e organização no trabalho do campo.

O desafio do projeto é adaptar e organizar o sistema de produção a partir das tecnologias

disponíveis. Há dois fatores que são fundamentais para o desenvolvimento da agricultura

familiar: em primeiro lugar, a informação organizada e adequada; em segundo, a melhoria

da capacidade organizacional dos produtores, com o objetivo de ganhar escala, buscar

nichos de mercado, agregar valor à produção e encontrar novas alternativas para o uso da

terra.

O plano de desenvolvimento será feito através de cursos de capacitação da mão de obra na

produção de alimentos para comercialização, bem como para agregar valor ao produto.

Fornecendo variedades de produtos e cultivares adequadas à região, com as informações

necessárias ao cultivo, o pequeno produtor poderá se fixar no campo, trazendo para a

mesa do brasileiro alimento de qualidade, gerando renda e evitando por fim o êxodo rural,

problema tão antigo, mas sempre atual.

Projeto ET-34

Título: Instalação de Recinto Aduaneiro nos Correios de Manaus com Geração de DSE para

Escoamento Direto para o Exterior de Todas as Exportações da Amazônia Ocidental

Autor: Joseneide Sales Santiago

Instituição: Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos

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Resumo: Os exportadores via postal da região Norte do Brasil consideram-se prejudicados

em relação a custos e prazos, e indagam: por que suas remessas precisam percorrer

aproximadamente 5.000km em direção ao Sudeste para serem desembaraçadas, se a

maioria precisa retornar o percurso, uma vez que os grandes centros comerciais dos países

para onde se destinam estão mais próximos desta região?

Em virtude da insatisfação dos exportadores desta Regional dos Correios do Amazonas e

Roraima, com os custos e prazos decorrentes do fato de o desembaraço aduaneiro dos

Correios se darem no sudeste do país, ao invés de ocorrem na própria localidade de

Manaus, consideramos que precisa haver por parte da Administração Central dos Correios,

solução a essas angústias.

Dessa forma, sentimos cada vez mais á importância de incrementar o processo logístico de

Correios Internacional, pois, “[...] a exportação assume grande relevância para as empresas,

pois é o caminho mais eficaz para garantir o seu próprio futuro em um ambiente

globalizado e cada vez mais competitivo, que exige das empresas brasileiras plena

capacitação para enfrentar a concorrência estrangeira tanto no Brasil como no exterior

[...]” (Exportação passo a passo, p. 10, 2004).

Pensando nisso, acreditamos que, para esse “atendimento rápido e eficaz solicitado pelo

exportador da Diretoria Regional da Amazônia Ocidental, faz-se necessária a instalação de

um recinto alfandegado para os Correios da região Norte do Brasil, ou seja, precisa-se

customizar a operacionalização do segmento internacional, iniciando com a adaptação de

um centro de cargas internacionais com desembaraço aduaneiro e escoamento direto para

o exterior, com base em Manaus, saindo esse escoamento através do Aeroporto

Internacional Eduardo Gomes, haja vista a região Norte apresentar distância

consideravelmente grande em direção ao Sudeste do Brasil, onde estão localizados nossos

recintos internacionais. A instalação de recinto com toda logística adaptada para a

exportação no regime comum e a alteração da malha de transporte, resultará, para a

Diretoria Regional do Amazonas e Regionais adjacentes, em maior participação de

mercado, pois acarretará redução de prazo e custo para todos os exportadores de Correios

desta Regional do Amazonas e/ou Diretorias Regionais dos Estados amazônicos, conforme

decisão da administração central, em relação à vinculação dessas regionais a esse recinto.

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Projeto ET-35

Título: Implantação de Unidade de Produção de Mudas para Fortalecimento do Arranjo

Produtivo da Cajucultura na Região do Jalapão, no Município de Ponte Alta do Tocantins

(TO).

Autor: Juliete Silva Oliveira

Instituição: Biofísico Consultoria e Assessoria em Meio Ambiente

Resumo: O cajueiro (Anacardium occidentale L.) é uma planta tropical originária do Brasil,

dispersa em quase todo o seu território. No entanto, o Vietnã é o maior produtor mundial

de castanha de caju, respondendo por 50% do mercado mundial de castanha in natura,

com uma saída anual de cerca de 100 mil toneladas. O agronegócio do caju no mundo

movimenta em torno de 2,4 bilhões de dólares por ano.

No Brasil, a produção de amêndoa de castanha de caju destina-se, tradicionalmente, ao

mercado externo, gerando, em média, divisas da ordem de 150 milhões de dólares anuais.

Os Estados Unidos e o Canadá são os principais mercados consumidores da amêndoa

brasileira, sendo responsáveis por cerca de 85% das importações. A região Nordeste, com

uma área plantada superior a 650 mil hectares, responde por mais de 95% da produção

nacional, sendo os Estados do Ceará, Piauí, Rio Grande do Norte e Bahia os principais

produtores.

O Tocantins é um Estado com grande potencial para o desenvolvimento da cajucultura,

contando com grande disponibilidade de áreas, recursos hídricos e mão de obra. Em

reuniões envolvendo técnicos do governo estadual e pequenos produtores rurais,

detectou-se que grande parte dos produtores rurais dos oito municípios da região dó

Jalapão tem interesse em desenvolver a atividade da cajucultura. Nesse sentido, um dos

grandes desafios do governo é programar políticas sociais que consigam fixar o homem no

campo, fortalecer a agricultura familiar e diversificar a produção, conseguindo assim elevar

a renda familiar.

Visando obter tal objetivo, o presente projeto tem por finalidade fomentar a implantação

de uma Unidade de Produção de Mudas composta de viveiros de madeira com cobertura

em sombrite 50% (2 unidades de 10m x 40m, perfazendo 800m2) e Jardim Clonal (5ha) de

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caju irrigado, na região do Jalapão, que proporcionará â produção de mudas de alta

qualidade, adaptadas às condições edafoclimáticas locais e com ótima produtividade e

resistentes às principais pragas e doenças.

Projeto ET-36

Título: Desenvolvimento de um Modelo de Produção Integrada de Guaraná no Estado do

Amazonas

Autor: Lucio Pereira Santos

Instituição: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária/Embrapa Amazônia Ocidental

(CPAA)

Resumo: A tendência do mercado internacional de gêneros alimentícios aponta para um

cenário que valoriza, cada vez mais, o aspecto qualitativo do produto. Essa realidade tem

sido constatada também para os produtos de guaraná, uma vez que os mercados começam

a impor restrições, e exigências para a sua comercialização. Em decorrência desse quadro, a

aplicação de técnicas mais produtivas à cultura precisam ser acompanhadas também de

estratégias que desenvolvam, incorporem e valorizem boas práticas agrícolas, em todos os

segmentos da cadeia produtiva do guaraná, visando à obtenção de um produto de melhor

qualidade para consumo, o que pode contribuir sobremaneira para a conquista e

consolidação de novos mercados. Neste contexto, a definição de um Sistema de Produção

Integrada para Guaraná (PI-Guaraná) no Brasil, que seja viável técnica e economicamente,

parece ser o caminho mais estratégico.

O Sistema de Produção Integrada de Frutas (PIF) poderá subsidiar o desenvolvimento do PI-

Guaraná. Ele surgiu na Europa, nos anos 70, como resposta às necessidades de redução do

uso de agrotóxicos e maior atenção e respeito ao meio ambiente.

Este projeto, de caráter interinstitucional e multidisciplinar, que conta com a participação

das indústrias de produção de refrigerantes de guaraná, universidades, cooperativas de

produtores (Agrofrut-Urucará e Coopaguam-Maués), Idam (AM), INPA, MAPA, SEBRAE/AM,

e produtores, tem como principal objetivo a caracterização e validação de um conjunto

tecnológico alternativo, bem como a formulação das normas para o desenvolvimento e a

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implantação de um Sistema de Produção Integrada de Guaraná (PIGU) no Estado do

Amazonas.

Os trabalhos serão desenvolvidos em guaranazais de produtores dos municípios de

Urucará/AM e de Maués/AM, que serão monitorados em relação às principais práticas de

manejo da planta e solo, fitossanidade, economicidade, monitoramento ambiental,

qualidade das amêndoas (sementes) para o processamento e consumo, além das etapas de

pós-colheita (preparo, torrefação, beneficiamento, embalagem e armazenamento) e de

comercialização do produto final. O sistema PIGU lançará as bases para á concessão de um

selo de qualidade para o guaraná processado e demais produtos da cadeia. Esse projeto

propiciará o estabelecimento de modelos para a implantação desse sistema, que inclusive

poderá ser adotado por outros estados produtores de guaraná, como Acre, Pará, Bahia e

Mato Grosso. O PIGU poderá contribuir para a transição da conversão do Sistema

Convencional de Cultivo de Guaraná para o Sistema de Produção Orgânica de Guaraná, hoje

em fase de estudos e adaptações. Agindo como um elo entre os dois Sistemas, a Produção

Integrada dará expressiva contribuição à cultura, garantindo ao consumidor final produtos

seguros, aliado à preservação do meio ambiente.

Projeto ET-37

Título: Cooperativismo Financeiro: Sustentabilidade e Desenvolvimento

Autor: Marelo Roberto Palhares Nami

Instituição: Universidade Severino Sombra (USS)

Resumo: O projeto visa disseminar entre os atores das diversas comunidades que fazem

parte da região amazônica a importância do cooperativismo financeiro como forma de dar

sustentabilidade às iniciativas locais, canalizando recursos regionais para o benefício das

próprias comunidades envolvidas.

Projeto ET-38

Título: Paragominas

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Autores: Miriam Leitão | Juliana Rosa

Instituição: Globo News

Resumo: Fomos a Paragominas, no Pará, cidade que está na lista dos 12 municípios que

mais desmatam na região, e por isso na operação policial Arco de Fogo, que fomos

encontrar lá. O município é de ocupação antiga e desde os anos 60 vem destruindo a

floresta amazônica em vários ciclos econômicos. Já destruiu 45% de sua cobertura florestal.

Só que agora a população está mobilizada num programa de combate ao desmatamento.

Projeto ET-39

Título: Criação de um Polo Especializado no Desenvolvimento Tecnológico de Curtimento

de Peles de Peixes Amazônicos e sua Aplicação no Agronegócio de Produtos Acabados

Autor: Nilson Luiz de Aguiar Carvalho

Instituição: Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia (INPA)

Resumo: A opção por um projeto de desenvolvimento econômico que tenha o uso dos

recursos naturais e a inclusão social como seu eixo central é uma das estratégias voltadas

para o crescimento da cadeia produtiva dos mais diversos setores de nossa economia, e

devem prioritariamente contemplar a superação de gargalos de infraestrutura física,

logística, de produção e difusão de conhecimentos científicos e tecnológicos como

estratégia de aumento do valor agregado regional.

Uma das mais frequentes queixas referentes ao modelo de desenvolvimento da Zona

Franca de Manaus consiste em apontar o esquecimento das matérias-primas regionais no

processo produtivo, e dentre estas matérias-primas, o peixe assume posição de destaque,

seja pela piscosidade dos rios amazônicos, seja pelo incremento da piscicultura regional

para o fortalecimento da cadeia produtiva do pescado. Baseado nestes fatos, é bom

lembrar que seriam mais consistentes as atividades que, a um só tempo, estimulassem os

habitantes do interior à produção de matérias-primas e assegurassem sua transformação

pelas indústrias de beneficiamento.

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A pesca extrativista constitui o meio básico da cadeia de produção do pescado è é

desenvolvida pelo setor produtivo empresarial que, ao produzir recursos alimentares para a

sociedade, gera impacto no meio ambiente, pelos resíduos produzidos, uma vez que o

produto final é a carne de pescado em forma de filé, picadinho e postas congeladas.

No entanto, a pele pode ser beneficiada e resultar em matéria-prima de qualidade e de

aspecto peculiar inimitável, após o curtimento, devido à sua resistência e ao desenho

formado na sua superfície, principalmente as peles de peixes são consideradas um “couro”

exótico e inovador, com aceitação geral em vários segmentos da confecção.

Visando o aproveitamento desses recursos (resíduos), propõe-se sua transformação em

produtos comerciais, gerando empregos e criando uma atividade rentável economicamente

para a comunidade, o que despertou o interesse no aproveitamento da pele de peixe, que é

jogada fora pelos frigoríficos e pelos peixeiros, criando problemas graves ao meio

ambiente.

Numa visão planejada do processo de desenvolvimento do Amazonas, a implantação de

uma agroindústria para utilização da produção de couro a partir da pele de pescado deve

atingir novo patamar de vantagens competitivas. E a necessidade do aproveitamento

integral dos subprodutos gerados pelo pescado é crescente, principalmente devido à

porcentagem elevada dos resíduos após a filetagem, que tem sido um problema para o

produtor.

Assim, busca-se com este projeto criar alternativas de aproveitamento da pele de peixe,

para sua transformação em couro por meio de diversas alternativas de curtimento, tendo

como consequência o desenvolvimento do setor que, conforme a política industrial

delineada pelo governo do Amazonas, vai além das ações voltadas prioritariamente aos

polos incentivados de Manaus, com a inserção de segmentos produtivos integrados aos

recursos naturais da Amazônia e daqueles destinados ao atendimento dos programas de

inclusão social, diretamente associados à geração de emprego e renda.

Projeto ET-40

Título: Sistema Híbrido de Geração Elétrica Sustentável para a Ilha dos Lençóis, no

Município, de Cururupu (MA)

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Autor: Osvaldo Ronald Saavedra Mendez

Instituição: Núcleo de Energia Alternativas

Departamento de Engenharia de Eletricidade

Universidade Federal do Maranhão (UFMA)

Resumo: O Programa Luz para Todos, do governo federal determina que todos os

consumidores, residenciais ou não, tenham acesso à energia e sejam atendidas até

determinado prazo. Em outras palavras, obriga todas as concessionárias em operação no

Brasil a abastecerem eletricamente a totalidade das residências que não disponham de

energia elétrica até os dias de hoje, não importando mais se esses consumidores estão

dispersos ou se são pequenos. Este é um desafio de grandes dimensões, que, para ser

atendido, demanda soluções clássicas e soluções inovadoras. Este trabalho se concentra na

problemática de como atender a comunidades que residem nas numerosas ilhas do Litoral

brasileiro, mais especificamente no litoral do Maranhão. O Núcleo de Energias Alternativas

é responsável por este projeto piloto inovador, para atender a esse tipo de comunidade,

consistente no desenvolvimento e implantação de um sistema de geração híbrida eólico-

solar para atender à ilha de Lençóis, na região de Cururupu. O sistema é composto de três

turbinas eólicas de 7.5kW e um conjunto de 164 painéis fotovoitaicos interligados de forma

a gerar uma potência aproximada de 20kW, Como eixo produtivo, foi considerada a

instalação de uma pequena fábrica de gelo para atender às necessidades da área.

O projeto atende às seguintes premissas:

• transparência rio atendimento;

• confiabilidade do serviço prestado;

• sustentabilidade;

• respeito ao meio ambiente;

• integração da comunidade;

• monitoramento via satélite.

O projeto é em si naturalmente sustentável, pelas seguintes razões:

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• as ilhas são povoadas por pescadores, que têm o hábito de ratear custos de

combustível de grupos geradores. Logo, há uma disposição para pagar pelo

serviço, porém dentro das condições econômicas dos moradores;

• o projeto considera uma ação para geração/aumento de renda da comunidade e

terá impacto benéfico direto na manutenção, sustentada do sistema de geração

elétrica.

Projeto ET-41

Título: Desenvolvimento de Equipamentos para Proteção contra Naufrágio de Embarcações

na Amazônia

Autores: Ozely de Souza Oliveira | João Tito Borges

Instituição: FUCAPI

Resumo: “Na Amazônia, há pelo menos um milhão de barcos; em torno de cem mil são

registrados, os outros são canoas, catraias, lanchas e regatões que navegam sem

documento nem fiscalização numa rede de artérias fluviais que ninguém sabe precisar. Só

de rios navegáveis para grandes barcos, são 25.000 quilômetros – mais que o dobro das

estradas existentes pavimentadas. Praticamente tudo o que é produzido e consumido na

Amazônia viaja de barco ou de navio. As grandes cidades ficam à margem dos rios, assim

como a mais isolada casa de caboclo está assentada sobre palafitas. Milhares de habitações

flutuam construídas em cima de toras amarradas com cipó, formando um conjunto que

muda de endereço, mais para cima ou mais para baixo, conforme o regime das cheias. Há

mais trapiches que garagens, mais barqueiros que motoristas. O colete salva-vidas é o cinto

de segurança”. Estas informações estão disponíveis no site da revista Veja. (Edição 1.741,

de 6 de março de 2002). A maioria dos barcos que trafegam na região é construída de

maneira tradicional, como se faz há mais de dois séculos, ou seja, sem utilizar recursos e

tecnologias de engenharia naval. Normalmente há excesso de carga e passageiros nos

barcos, falta limpeza, conservação e equipamentos de segurança (inclusive bóias e coletes

salva-vidas), além disso, faltam informações básicas aos passageiros sobre segurança. Na

busca da redução de um desses problemas, o projeto aqui proposto visa desenvolver um

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protótipo de equipamento de segurança naval para proteção contra naufrágios. O

equipamento é composto de um sistema de quatro cápsulas com bóias infláveis em seu

interior, sendo duas em cada lado do casco; as cápsulas são interligadas entre si por meio

de mangueiras que vão até um cilindro de ar-comprimido disposto em lugar estratégico

suficiente para inflar as quatro bóias simultaneamente. Prevê-se que as bóias infláveis

serão confeccionadas e instaladas conforme o tamanho da embarcação, mantendo o barco

na superfície da água e permitindo o salvamento da tripulação. O acionador ficará na

cabine de comando do barco e permitirá o acionamento do sistema através de um botão da

mesa da cabine do barco. Ao acionar o sistema, as bóias inflam dos dois lados do barco,

liberando as escotilhas e mantendo a embarcação na superfície da água. O material das

cápsulas será o alumínio. Outro benefício do projetorcom a implantação da bóia, é o

aumento da segurança das embarcações de cargas. Com as bóias, evita-se que haja

derramamento de produtos químicos, fertilizantes, cimento e derivados de petróleo que

porventura estejam sendo transportados pelos barcos. O sistema poderá ser implantado

também em barcaças, barcos transportadores de derivados de petróleo e outros.

Projeto ET-42

Título: Uso de Tecnologias para o Desenvolvimento Auto- Sustentável da Comunidade de

Tapauá

Autor: Pedro Luiz Ghedini Volcov

Instituição: Núcleo de Pesquisa de Novas Tecnologias de Comunicação Aplicadas a Educação

– Escola do Futuro (USP)

Resumo: Por meio da educação, formação profissional e valorização do ser humano em sua

forma mais completa, o projeto visa possibilitar o uso de tecnologias para o

desenvolvimento autossustentável da comunidade de Tapauá. A partir da criação e

implantação de um ambiente virtual para formação de estudantes e educadores, ou, em

sua ausência, pessoas com maiores possibilidades e de liderança reconhecida, seria

promovida formação qualificada, visando a auto-sustentabilidade da comunidade, e a

melhoria das condições de vida. Esse investimento na formação profissional e educacional

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poderá resultar no começo de uma comunidade virtual de aprendizagem e na prática com

comunidades virtuais temáticas.

Para realização de tal projeto, serão desenvolvidas atividades educacionais, fruto de

experiências adquiridas em projetos do gênero em universidades, norteadas pelos

parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs), de acordo com os Referenciais Para Formação de

Professores (Secretaria de Educação Fundamental, Brasília, 1999) e formação qualificada de

entidades parceiras e profissionais contratados.

Projeto ET-43

Título: Manejo de Protium spp. em Floresta de Terra-firme na Amazônia Central

Autor: Philippe Schmal

Instituição: Universidade Federal de Viçosa

Resumo: O gênero Protium, conhecido popularmente por breieiro, breu-branco, breu-da-

amazônia ou almécega pertence à família Burseraceae, destaca-se pela riqueza de espécies

na Amazônia, com cerca de 42 endêmicas na região, de 73 espécies ocorrentes, e

frequentemente figura entre as dez famílias de maior densidade relativa e/ou diversidade.

Possui árvores de pequeno porte, podendo atingir o dossel da floresta. A madeira da arvore

é moderadamente pesada, possui grande durabilidade, é resistente ao ataque de organismos

xilófagos e pode ser empregada na construção civil, marcenaria e elaboração de assoalhos.

A árvore exsuda uma resina rica em óleo essencial, inflamável e de coloração desde o

branco, amarelo e até o preto. A resina de cheiro característico de incenso é encontrada em

quase toda a árvore em forma de pelotas que vão aumentando de tamanho e, ao decorrer

do tempo, caem no chão, facilitando a coleta. É coletada há séculos pelas populações

tradicionais na Amazônia e utilizada na calafetação artesanal de embarcações e ainda como

remédio e repelente de insetos. A resina e seu óleo essencial também têm uso na fabricação

de vernizes e tintas, cosméticos e fitofármacos.

Apesar de todo o presumível potencial de produção da resina e suas diversas aplicações

(industrial, comercial, fitoterápica e artesanal), há carência de identificação botânica

confirmada das espécies, como também de um plano de manejo sustentado para o breieiro.

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Para o estudo de resinagem, serão selecionadas quatro árvores por classe de DAP e por

classe sociológica. As árvores-amostras serão resinadas pelo método “Standart”, que

consiste na remoção periódica da casca sob a fôrma de faixas ou estrias de 20 a 25mm de

altura, para provocar a produção do breu e acumular-se no tronco ou escorrer através das

estrias, depositando-se na vasilha, a fim de determinar o potencial de produção. A resina

extraída será pesada (kg) e as amostras serão submetidas a análises químicas para a

qualificação, de espécie, classes de DAP e classe sociológica.

Os dados coletados serão processados, obtendo-se os usuais em florística, fitossociologia e

estrutura vertical. A influência desses dados ambientais na distribuição das espécies

arbóreas será avaliada por meio de técnicas de análise multivariada, análise variância e pelo

teste qui-quadrado. De cada espécie identificada, será realizada destilação demonstrativa

para análise química (cromatografia gasosa acoplada à espectrometria de massas –

CG/EM), no Laboratório de Química da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), em

Manaus (AM).

Com os dados processados e concluídos, será elaborado texto em forma de cartilha em

linguagem acessível, destinada às comunidades extrativistas locais e a pessoas interessadas

em começar a fazer o bom uso do breieiro como fonte de renda. Com a conclusão do

trabalho, ele será apresentado nas comunidades extrativistas de Silves que já realizam a

exploração da resina do breu ou tenham interesse nessa atividade, para capacitá-los no

manejo sustentável da resina.

Projeto ET-44

Título: Utilização de Microrganismos Associados a Vegetais para Obtenção de Substâncias

Bioativas e Protocolos de Controle Biológico de Doenças Pós-colheita

Autor: Raphael Sanzio Pimenta

Instituição: Universidade Federal do Tocantins UFT

Resumo: Este projeto visa à obtenção de dados a respeito da biodiversidade e possível

aplicação biotecnológica de microrganismos obtidos a partir de biomas tropicais ainda

pouco estudados no Estado do Tocantins. O Tocantins está situado em uma região

privilegiada do ponto de vista da diversidade de biomas, possuindo em seu território áreas

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de floresta amazônica, pantanal, cerrado, caatinga e deserto. Além destas formações bem

estabelecidas, é indispensável à menção aos diversos ecótonos presentes. No entanto,

estudos dessa natureza ainda são raros neste Estado, apesar da grande riqueza de espécies

presumidas. Sendo assim, a consolidação de um grupo de pesquisa com pesquisadores de

diferentes instituições poderá contribuir sensivelmente para o conhecimento da

biodiversidade local e possibilitar a aplicação desses recursos biológicos em programas

biotecnológicos.

Projeto ET-45

Título: Sistema de Condicionador-de-Ar Automotivo por Processos de Absorção Gasosa em

Motores de Combustão Interna

Autor: Renato Mendes Freitas

Instituição: Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Resumo: O projeto objetiva o desenvolvimento de um sistema de refrigeração para

automóveis utilizando-se do processo de absorção gasosa a partir do aproveitamento da

energia calorífica rejeitada nós motores de combustão interna. Sabe-se que os ciclos

termodinâmicos dos motores de combustão interna com base teórica nos ciclos Otto

(gasolina) e Diesel (óleo diesel) possuem eficiência menor que 21% e 34%,

respectivamente. Essa limitação física faz com que 79% a 66% de toda a energia química

potencial dos combustíveis fósseis utilizados na combustão seja dissipada na forma de calor

e de atrito, que é rejeitada através do sistema de arrefecimento dos motores. Atualmente,

o uso dos sistemas de ar-condicionados por compressão nos automóveis impõe uma carga

ainda maior aos motores de combustão interna, tendo em vista que seu funcionamento

depende da transmissão de parte da energia útil produzida pela combustão no motor, que

ocorre átravés de um sistema de correia-polia. Esse aumento de carga provoca aumento no

consumo de combustível da ordem de 20%, devido à maior aceleração necessária para a

manutenção dó mesmo torque. Todo esse desperdício, somado ao aumento do consumo

provocado pelos sistemas de ar-condicionados automotivos tradicionais, eleva

sobremaneira os níveis de poluição e emissão de gases de efeito estufa que um automóvel

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lança anualmente na atmosfera. Dados do IBGE indicam que o consumo de combustível

para utilização em automóveis tem crescido acima dos 12% ao ano. Segundo dados do

Balanço Energético de 2007, com ano-base 2006 (Aneel), o consumo de combustíveis

utilizados no setor de transportes rodoviários foi da ordem de 49.067.000tep (toneladas

equivalente de petróleo), ou o equivalente a 64.253.000m3 (metros cúbicos). A ANFAVEA

(revista Negócios n° 231, nov./2005) publicou que em 2005 cerca de 47% de todos os novos

veículos já saiam da fábrica com o ar-condicionado automotivo e que a projeção para 2010

seria de pelo menos 75%. Assim, o consumo adicional de combustível causado pelo ar-

condicionado tradicional pode ser estimado em pelo menos 6% (3.855.000m3), a um custo

equivalente a R$6 bilhões. Além disso, o aumento do consumo via compensação de torque

pelo acréscimo da aceleração reduz a vida útil de partes e peças, que passam a sofrer maior

desgaste por atrito, dada a elevação da rotação (rpm). Inclui-se ainda como efeito

indesejável do sistema de ar-condicionado por compressão a rápida carbonização das

câmaras de compressão dos motores, o que resulta em combustão com maiores níveis de

poluição. O projeto viabiliza o aproveitamento de grande parte da energia térmica

descartada no processo de transformação de energia dos motores de combustão, para

produção de frio através de um sistema de absorção de amônia em equilíbrio com gás

inerte, fazendo com que ocorra a troca de calor no circuito de refrigeração sem a

necessidade de aumento de consumo de combustível.

Projeto ET-46

Título: Expansão do Tempo de Vida de Prateleira de Frutos de Camu-Camu (Myrciaria

Dubia) com Emprego de Doses Mínimas de Irradiação Gama

Autores: Rosalinda Arévalo Pinedo | Valter Arthur

Instituição: Centro de Energia Nuclear na Agricultura/ Cena-USP/Piracicaba

Resumo: Os frutos exóticos nativos da Amazônia são cada vez mais apreciados pela

qualidade de sua composição nutricional. O camu-camu se destaca entre eles, por

conter um alto teor de ácido ascórbico e pela elevada concentração de antocianinas e

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minerais. O camu-camuzeiro está sendo domesticado no Estado de São Paulo, tendo

demonstrado boa adaptação à terra firme.

A irradiação é uma técnica de preservação de alimentos que, nas últimas décadas, está

recebendo forte incentivo do Grupo Consultivo Internacional de Irradiação de Alimentos

(ICGFI, Viena, Áustria), do qual o Brasil participa. Desta forma, a humanidade está

amplamente amparada com milhares de trabalhos, não apenas científicos, mas também

tecnológicos, econômicos; sociais etc., que visam a divulgação e introdução dessa

tecnologia em bases comerciais em todos os países, com amplas vantagens. Associada

aos procedimentos pós-colheita normalmente empregados, as radiações gama, em

baixos níveis de dose, têm mostrado ser um excelente método para prolongar a vida

comercial de frutas e legumes, retardando os processos de amadurecimento e

senescência.

Internacionalmente, o camu-camu vern.se posicionando na preferência dos

consumidores de frutas tropicais exóticas, especialmente por sua composição

nutracêutica. A fruta apresenta elevada concentração de ácido ascórbico e de

antocianinas, antioxidantes naturais importantes na dieta alimentícia. O mercado

importador se concentra no Japão e EUA e também em países da UNIÃO EUROPEIA.

Não se encontrou na literatura pesquisas sobre a conservação pós-colheita do camu-

camu, como fruta in natura. Por tanto, a presente pesquisa propõem estender o tempo

de vida útil da fruta do camu-camu através da radiação gama, assim como avaliar a

possível influência desta na conservação da polpa. Espera-se que os resultados possam

contribuir para melhorar a tecnologia de aproveitamento da fruta in natura e assim

alavancar a economia de pequenas propriedades das regiões ribeirinhas da Amazônia.

Projeto ET-47

Título: Desenvolvimento de Tecnologias para o Melhoramento de Óleo Vegetal no Estado

do Acre

Autor: Silvia Luciane Basso

Instituição: Fundação de Tecnologia do Acre

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Resumo: A Amazônia representa um imenso reservatório de novos medicamentos,

potencialmente úteis ao desenvolvimento científico e tecnológico, sendo uma das áreas de

maior diversidade em espécies vegetais do planeta; contudo, apesar do número

considerável destes exemplares descritos na região, existem pouquíssimos estudos

científicos dos perfis químicos e das propriedades medicinais das espécies utilizadas na

medicina popular. Neste contexto, o óleo extraído das sementes de duas espécies vegetais,

a Carapa guianensis (Aublet.) (Meliaceae) e Fevillea cordifolia (L.) (Cucurbitaceae),

conhecidas respectivamente como “andiroba” e “andiroba-de-rama”, é utilizado pela

população da região Norte brasileira devido às suas propriedades antiinflamatórias,

cicatrizantes e antivirais. Embora o uso na medicina tradicional da C. guianensis esteja mais

difundido, a F. cordifolia vem sendo usada como um substituinte, em casos de contusões,

inchaços e reumatismos, e como agente cicatrizante e inclusive como repelente, pois há

quem passe o óleo sobre a, pele e outros queimem o bagaço. Na indústria cosmética, o

óleo de C. guianensis é usado em sabonetes, xampus e cremes, funcionando também como

solvente natural. Até o momento, o óleo de F. cordifolia foi pouco explorado

comercialmente, sendo extraído de modo artesanal e empregado na formulação de

sabonetes e xampus pelas comunidades locais. Esses produtos apresentam problemas, pois

não há conhecimento da matéria-prima vegetal utilizada. Muitas vezes o produto

apresenta turvações e precipitações. Dessa maneira, apesar das facilidades de manejo e

plantio da F. cordifolia, em comparação com C. guianensis, há necessidade de

investimentos na melhoria dos processos extrativos e naqueles relacionados ao controle da

qualidade do óleo. Devido ao grande interesse econômico nessas espécies vegetais, existe

a evasão do material vegetal para outros estados e países mais bem equipados, que se

tornam detentores do uso e exploração dos recursos da região, resultando em perdas

expressivas para o Estado do Acre. Diante essas premissas, torna-se premente a análise do

meio vegetal para agregação de valor econômico e tecnológico, por meio do

melhoramento do processo extrativo da F. cordifolia, com vistas à padronização do óleo

obtido, principalmente com relação aos aspectos físico-químicos, padronização química,

caracterização dos constituintes químicos e estabilidade do óleo. Os resultados dessas

análises serão diretamente empregados na produção de fitocosméticos de qualidade, com

controle e estabilidade definidos.

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Projeto ET-48

Título: Pupunha (Bactris gasipaes) como Alternativa para a Produção de Biodiesel na

Amazônia

Autor: Victor Ferreira de Souza

Instituição: Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

Resumo: A necessidade de reduzir a dependência por combustíveis fósseis é preocupação

mundial, em que, de maneira pioneira, o Brasil se destaca em desenvolver inovação. A

demanda interna por biocombustíveis é expressiva e crescente; os marcos legais

estabelecem percentuais obrigatórios de biodiesel que devem ser adicionados ao diesel

convencional, de 2% em 2008 e 5% em 2013. As projeções da demanda para o

cumprimento da lei são de 840 mil toneladas de óleo vegetal em 2008 e 2,5 milhões em

2010.

A produção competitiva de matéria-prima para atender a este mercado é atualmente um

dos principais desafios do setor agrícola. Atualmente, a soja é a principal fonte de

matéria-prima utilizada para a produção de óleo vegetal no Brasil (90% do total). Outras

ojeaginosas, de ciclo anual, tais como algodão, girassol, amendoim e mamona,

contribuem apenas com pequenas frações dessa produção. Além destas, destacam-se,

pelo seu potencial oleaginoso, algumas dezenas de espécies exóticas e nativas do Brasil,

em diferentes estádios de domesticação.

O Brasil é um dos poucos países detentores do que os estudiosos classificam como

“mega-biodiversidade”, e especificamente em relação às plantas oleaginosas nativas

possui várias espécies em diferentes estádios de domesticação. A domesticação de

plantas refere-se às atividades que objetivam transformar um componente da

biodiversidade em um recurso genético de valor econômico, social e ambiental. A longa

duração e os expressivos investimentos necessários para aprimorar as práticas

silviculturais e selecionar os materiais genéticos mais apropriados para plantio limitam a

que apenas uma fração das espécies oleaginosas possa ser realmente domesticada para

produção.

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Entre as palmáceas oleaginosas exóticas, destaca-se o dendê (Elaeais guineensis),

principalmente pela produtividade e por seu elevado grau de domesticação. Atualmente,

o dendê é considerado a principal palmácea para a produção de óleo. No entanto,

limitações desse cultivo restringem sua ampla adoção. O dendezeiro é exigente em

termos nutricionais e em tratos culturais, além de apresentar severas restrições de cultivo

em áreas com período seco definido e apresentar alta suscetibilidade ao ataque de pragas

e doenças, tais como a fusariose e o amarelecimento fatal.

Apesar de suas restrições, por estar em avançado estádio de domesticação, atualmente

todos os programas para biodiesel na Amazônia estão baseados na cultura do dendê. Por

outro lado, em comparação com outras palmáceas que se encontram em fase de pré-

domesticação, considera-se nesta proposta a pupunha (Bactris gasipaes) como alternativa

para a produção de óleo, que se diferencia de outras palmáceas nativas por já possuir

sistema de cultivo próprio e por apresentar expressivo potencial para a produção de óleo.

A seleção de pupunheiras com elevado teor de óleo e o estabelecimento de um sistema de

produção compatível com a realidade da agricultura familiar da Amazônia é uma alternativa

viável de cultivo, com potencial para impactar a produção agrícola energética na região e

atender ao programa nacional de biodiesel. Esta potencialidade deve-se ao fato de a

pupunheira ser uma planta rústica, produtiva e adaptada ao solo e clima da região.

Este é o objetivo do projeto e sua base de inovação. Já no primeiro ciclo de seleção

(considerando-se o cultivo de materiais com, pelo menos, 10% de teor de óleo na matéria

fresca) em sistema de produção apropriado, esperam-se rendimentos anuais próximos a

2.000kg de óleo por hectare, a custos inferiores aos do dendezeiro. Além disso, por causa

do porte da planta e de seu hábito de crescimento, esses cultivos poderão ocorrer na forma

de sistemas agroflorestais, associados, por exemplo, ao cupuaçuzeiro, ao cafeeiro ou ao

cacaueiro.

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CATEGORIA SOCIAL

Projeto CS-01

Título: Responsabilidade Social e Profissional das Mães Menores de Idade da Zona Leste de

Manaus

Autor: Adriana Lúcia Paiva Rodrigues

Instituição: Faculdade Boas Novas

Resumo: O atual e crescente número de adolescentes menores de 18 anos grávidas é

bastante notável em Manaus, principalmente nos bairros da Zona Leste. Jovens e

despreparadas, geralmente não podem contar com os parceiros, para ajudar a manter seus

filhos, muitas abandonam os estudos e outras abrem mão de seus filhos.

Diante desses fatos, proponho à construção de quatro casas de apoio para essas jovens,

com os propósitos de: qualificar as meninas para o mercado de trabalho, oferecer fontes de

renda, evitar a evasão escolar e o abandono de seus filhos.

A criação dessas casas de apoio proporcionará melhores condições de vida para essas

adolescentes e também a seus filhos, oferecendo cursos de qualificação como: corte e

costura, bordado, artesanato e técnicas de manicure e pedicure.

Essas atividades serão ministradas por profissionais dessas áreas, e não terão fins

lucrativos. O objetivo desses cursos é ensinar e oferecer às mães adolescentes condições de

se manterem.

A duração desses cursos será de três meses, ao término das atividades, as jovens receberão

certificados de conclusão e estarão preparadas para o mercado de trabalho, podendo

também trabalhar por conta própria. Sendo assim terão fontes de renda e tempo para

cuidar dos filhos e não precisarão abandonar os estudos.

Projeto CS-02

Título: Projeto de Implantação de um Núcleo de Lapidação de Pedras Semipreciosas

(Ametista) na Comunidade da Serra do Aricamã-Amajarí.

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Autor: Aldemurpe Oliveira de Barros

Instituição: Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte)

Resumo: O presente projeto visa à implantação de um Núcleo de Lapidação de Pedras

Semipreciosas, em parceria com o Sindicato dos Garimpeiros de Roraima (Sindigar/FIER),

Sebrae (RR) e a Cooperativa Mineradora Mista dos Sócios do Sindicato dos Garimpeiros de

Roraima (Comger), detentora da concessão de pesquisa e lavra de ametista na Serra do

Arjcamã, no município de Amajari, Roraima, com registro no DNPM-MME.

Ao longo deste projeto de pesquisa, que já dura 11 anos, uma grande quantidade de

cascalho de ametista, produto sem valor comercial na sua forma bruta, têm sido extraído,

enquanto não se encontra a ametista de qualidade extra, que é o propósito principal da

Comger.

As dificuldades encontradas pela Comger em manter até então essa estrutura de pesquisa

têm sido grandes, porém a persistência e determinação de seu presidente, que também é

presidente do Sindicato dos Garimpeiros de Roraima, mantêm acesas as esperanças de

seus associados. Essa persistência, que remonta a 1996, quando se iniciou o processo de

exploração da referida área, e visão de futuro, fizeram com que a presidência do sindicato

buscasse apoio da FIER, que colocou o Senai (RR) à disposição para elaborar um projeto de

aproveitamento do cascalho até então retirado da mina, para produção de joias e objetos

artesanais e decorativos, que possibilitariam a esse grupo a geração alternativa de trabalho

e renda, como forma de ajudar na manutenção do referido projeto de pesquisa.

Com a valorização do potencial empreendedor desse grupo, espera-se buscar trabalhar

com os familiares dos garimpeiros, capacitando-os nos princípios básicos de lapidação, e

estruturar uma oficina, com equipamentos portáteis, que lhes garanta iniciar a produção

de peças lapidadas para confecção de adornos e utensílios diversos.

Projeto CS-03

Título: Biblioteca Móvel – Alternativa de Socialização de Leitura e Conhecimento para as

Comunidades de Manaus (São Lázaro/Lagoa Verde)

Autor: Aldilene de Melo Ambrosio e Souza

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Instituição: Faculdade Boas Novas

Resumo: Este projeto objetiva socializar e viabilizar leituras e conteúdos de várias áreas

do conhecimento do ensino fundamental e médio a uma camada populacional que

circunstancialmente ficou excluída do processo educacional. Alguns, por terem

abandonado a escola por problemas pessoais, familiares e econômicos; outros, pela má

qualidade do ensino e da estrutura física de algumas escolas públicas; enfim, muitas são

as dificuldades de acesso à educação e à leitura.

Se a falta de leitura embrutece e aliena, então por que não tentar viabilizar ó acesso aos

livros e ao mundo das informações da sociedade pós-moderna? Cada vez que um livro é

comprado, lido, acessado, isto significa que o leitor foi acrescido em sua intelectualidade,

ficou no mínimo mais informado, mais consciente, mais cidadão.

No CD de Chico e Vinícius para crianças, “Casa de Brinquedo”, há uma canção chamada O

Caderno, na qual o poeta fala da importância da escrita, das anotações e dos conteúdos

registrados no caderno de uma criança. A tônica da canção é a voz do personagem

principal (o caderno) dizendo: “sou eu que vou seguir você... a vida toda”. Se as

anotações e rabiscos nos seguirão, imaginemos um livro elaborado, articulado,

didaticamente direcionado para cumprir o seu fim principal: educar, instruir, esclarecer,

realizar o aprendizado, construir sonhos, socializar as ideias, conscientizar, libertar da

opressão ignorante. O livro traz tudo isso e muito mais.

O acesso ao livro, e a aquisição dos conteúdos ainda são restritos e privilégio da classe

média e alta deste país. Os despossuidos, o povão, as classes mais pobres são destituídas

desse direito fundamental e constitucional: o acesso à educação gratuita e de qualidade. Os

livros são caros, o governo, quando os financia e subsidia, manipula os conteúdos. O que

fazer diante de quadro tão sombrio? Meu projeto, se não é inédito, pelo menos é uma

proposta, uma alternativa possível, e pode representar, para muitos, uma luz no final do

túnel da ignorância que cega, exclui e aliena as pessoas. Minha proposta final: livros para

todos, acesso aos livros para todos, principalmente para a grande massa!

O sábio Salomão, em seus escritos (Eclesiastes 12.12), declarou: “Não há limites para fazer

livros...”. Faço uma paráfrase: Não há limites para ler livros!

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Projeto CS-04

Título: Projeto de Inclusão Sócio-Digital nas Zonas Leste e Norte de Manaus

Autor: Alessandra Monteiro Martins

Instituição: Universidade do Estado do Amazonas

Resumo: O projeto propõe a reciclagem de computadores das instituições públicas, tais

como governo e prefeitura, para doação às famílias de baixa renda que possuem filhos

regularmente/matriculados em escolas públicas é que preferencialmente já estejam

inscritos em programas sociais como os de bolsas-escola, entre outros. Tem como inovação

a busca de material, a princípio, nas instituições públicas que precisam rever seu parque de

máquinas para atualizá-lo e reciclar o que já foi trocado e não será mais utilizado, porém fica

armazenado nas sedes governamentais, ocupando espaço, sem uso e deteriorando-se, e

pode ser estendido às instituições privadas.

Para a sua realização, deverá ser feito levantamento dos computadores existentes nas

sedes das secretarias de Educação e Esportes a priori, detalhando o que já foi trocado e o

que ainda precisa ser revisto. A partir de testes técnicos com as máquinas que não serão

mais utilizadas pelo Estado e/ou Município, deve-se fazer Um balanço do que pode ser

reciclado e que materiais serão necessários, para que as máquinas fiquem aptas a serem

distribuídas e utilizadas pela população menos favorecida economicamente.

A intenção é a de que os computadores reciclados cheguem realmente à parcela da

população que ainda não pode pagar por eles, pois qualquer investimento fora da rotina

pode fazer falta na mesa das famílias, levando assim a inclusão digital a todos sem

distinção de poder aquisitivo, pois mesmo com os planos de incentivo e financiamentos já

em vigor para a população que vive de salário mínimo comprar seu próprio computador

ainda não é uma realidade.

Os computadores reciclados serão entregues com software livre instalado, que será o

Linux, na distribuição Ubuntu. A escolha dessa plataforma deve-se ao combate à pirataria

de softwares. Por outro lado, está é uma distribuição de interface mais amigável, estável e

didática, que colabora com a aprendizagem da informática em seus diversos níveis e

utilizações, permitindo aos usuários a descoberta de novas práticas, agregando novos

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valores profissionais e curriculares, e cumprindo as leis de direitos autorais de software, o

copyright.

Porém, antes da entrega, as famílias selecionadas deverão participar de um breve

treinamento de uso das máquinas, para evitar erros de utilização básicos. Assim, com um

computador em casa, abrem-se as portas para novos conhecimentos; com isso, há o

incentivo à qualificação profissional, com geração de novas perspectivas de colocação no

mercado de trabalho e, por conseguinte, de renda familiar, levando assim a uma sociedade

mais participativa e igualitária.

Projeto CS-05

Título: Valorização da Gastronomia Regional como Forma de Promoção do

Desenvolvimento Sustentável

Autores: Alexandre Luis Jordão | Paulo Eduardo Moruzzi Marques

Instituição: Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA) e

Universidade de São Paulo (Departamento de Economia, Administração e

Sociologia/ESALQ)

Resumo: A noção de ecogastronomia passou a circular nos campos de debate sobre a

alimentação. O termo tem evocado uma gastronomia ecológica que se sustenta em três

pilares: bom, justo e limpo. Com efeito, a qualidade da alimentação nesta perspectiva se

associa a todo o processo de sua produção, desde a agricultura até o preparo cuidadoso dos

ingredientes. Pode-se conceber a alimentação como um ato agrícola: a escolha do alimento

de boa qualidade, no que se refere aos critérios de respeito ao meio ambiente; e a

valorização de tradições locais que podem favorecer a biodiversidade e uma agricultura

socialmente equilibrada e sustentável. Nos dias de hoje, a gastronomia figura entre as

atividades humanas que mais podem contribuir com a construção do que é específico de

um local e território. Não se limita aos pratos regionais, mas se estende a toda a cadeia de

alimentos, que pode ser estimulada a responder com uma diferenciação ainda mais

pronunciada em torno de seus produtos: Esta diferenciação e especificação constituem um

fermento vigoroso para o desenvolvimento, entre eles o do turismo regional. Assim, o

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projeto tem os objetivos de impulsionar o desenvolvimento regional graças à promoção é

ao reconhecimento das especificidades territoriais em torno da gastronomia, identificando

os principais pratos típicos da gastronomia regional e sua cadeia de produção de

ingredientes, nó que se refere ao processo de produção anterior à confecção das receitas,

promovendo ações voltadas à diferenciação dos produtos alimentares, com vistas a tornar

visível o que há de mais original nas cadeias produtivas dos pratos típicos regionais do

Norte brasileiro. O projeto aposta na ideia de que o desenvolvimento deve ser fruto daquilo

que é mais típico de uma localidade ou de uma região.

Portanto, o projeto aponta para o reforço da gastronomia regional como fermento para o

fomento econômico e social, considerando os impactos benéficos do reconhecimento não

só da tipicidade dos pratos regionais, mas também de toda a cadeia de produção de seus

ingredientes. Esse reconhecimento e essa valorização gastronômica favorecem a

consideração de dimensões muito além das produtivas da agricultura. Os pratos típicos e

seus ingredientes são, talvez, mais que qualquer outro patrimônio humano, algo

extremamente original; composições de infinidades de sabores que são fruto da

criatividade de um povo em busca de harmonia com o meio com o qual interage.

Projeto CS-06

Título: A Sociedade e o Idoso

Autor: Amanda da Silva Costa

Instituição: Faculdade Boas Novas

Resumo: Esta proposta de projeto está voltada para a comunidade da área da Zona Leste da

cidade de Manaus, bairro Jorge Teixeira 2. A comunidade não possui uma associação que

trabalhe com o idoso na realização de diversas atividades ocupacionais nas áreas de lazer,

dança, arte e exercícios complementares, visando ao bem-estar do idoso, tais como: vôlei,

hidroginástica, caminhada e outros. A importância deste projeto está no fortalecimento da

ideia de que o idoso não é um cidadão excluído da sociedade e na realização de atividades

para a melhoria do bem-estar físico e mental do idoso.

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Atualmente o idoso da zona Leste de Manaus não tem um local onde possa ter momentos

de lazer e interagir com outros idosos. Gostaria que a prefeitura dispusesse de uma área ou

uma casa para que seja realizado esse tipo de trabalho para a comunidade. Isso irá;

contribuir para que o idoso se torne um cidadão mais alegre, divertido e comunicativo, com

isso afastando o estresse e as doenças. Trata-se de um projeto municipal e sem fins

lucrativos, voltado para as comunidades carentes que, nesse caso, só poderia contar com

ajuda financeira da prefeitura.

E por esses motivos que concluí que esse projeto, voltado para o idoso da Zona Leste de

Manaus, será muito bem aceito pela comunidade, pois é um projeto que ajuda o idoso a se

integrar na sociedade e não ficar isolado dentro de casa, como se estivesse esperando a

morte. A terceira idade é uma fase muito bonita da vida e deve ser protegida e cuidada pela

sociedade. Deve-se sempre incentivar o idoso a praticar atividades complementares para

melhorar o seu modo de vida.

Projeto CS-07

Título: Projeto Xapuri – Turismo e Desenvolvimento na Terra de Chico Mendes

Autor: Ana Carolina Canedo

Instituição: Universidade Severino Sombra (USS)

Resumo: Através de diversas etapas, como sensibilização, mobilização, capacitação e

execução, o Projeto Xapuri desenvolverá a atividade turística de forma sustentável na terra

do ambientalista Chico Mendes.

Projeto CS-08

Título: Cartilha de Profissionais de Serviços de Saúde de Porto Velho (RO)

Autores: Anna Rogéria N. de Oliveira | Erika Crisóstomo Albuquerque | Neffretier Cinthya

Clásta

Instituição: ILES/ULBRA de Porto Velho

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Resumo: Porto Velho é a capital e o maior município, tanto em extensão territorial quanto

em população, do Estado de Rondônia. Com uma área de 34.068,50km2, o município é

maior que os estados de Sergipe e Alagoas. Apesar disso a sua população é de 373.917hab,

sendo assim a terceira maior capital da região Norte, superada apenas pelas cidades de

Manaus e Belém. Localiza-se à margem direita do rio Madeira (afluente do rio Amazonas).

Esta capital está em fase de ampla expansão econômica, com a construção das

hidroelétricas do rio Madeira. A secretária executiva da área ambiental do Ministério de

Minas e Energia, Márcia Camargo, esclareceu que o Processo de Planejamento Energético,

visão estratégica do governo federal, classifica como estudos de longo prazo projetos para

instalação em 30 anos; de médio prazo, projetos para 15 anos; e de curto prazo projetos

para 10 anos, onde estão inseridas as usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau. Esta

expansão econômica trará consequências importantes na área social, educacional e da

saúde que devem estar sendo previstas por profissionais da região. A presente proposta

vem assim apresentar mecanismos para minimizar a dificuldade ao acesso à informação de

profissionais que atuem em saúde, mental no presente, prevendo que essa dificuldade se

tornfe ainda mais importante com o aumento populacional ocasionado pela implantação

das hidroelétricas. Poucos locais em Porto Velho apresentam acesso gratuito à saúde de

um modo geral. Isto é mais grave ainda em relação à saúde mental. Nesta mesma vertente,

observa-se que a população nem mesmo tem conhecimento dos poucos organismos

públicos que existem e assim perpetuam seus problemas. Nossa proposta é a de criação de

uma cartilha por profissionais que atuem em saúde mental em Porto Velho. Nessa cartilha,

informações básicas de promoção de saúde, como qualidade de vida, serão apresentadas.

Essa proposta vem ao encontro da proposta “Promover Qualidade de Vida”, da

Organização Pan-Americana da Saúde, Escritório Regional da Organização Mundial da

Saúde, Divisão de Promoção e Proteção da Saúde. A Organização Pan-Americana da Saúde

é um organismo internacional de saúde pública com um século de experiência, dedicado a

melhorar as condições de saúde dos países das Américas. Ela também atua como Escritório

Regional da Organização Mundial da Saúde para as Américas e faz parte dos sistemas da

Organização dos Estados Americanos (OEA) e da Organização das Nações Unidas (ONU). A

estratégia de Municípios e Comunidades Saudáveis (MCS) representa a concretização de

uma das abordagens locais mais efetivas da promoção de saúde. Sob a ótica da saúde,

como qualidade de vida, as ações da estratégia de MCS têm como enfoque estratégico os

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determinantes da saúde mais do que as consequências em termos da doença. Em resumo,

o que se pretende é facilitar os mecanismos para que as pessoas possam melhorar suas

condições de vida. A estratégia de MCS também enfoca a união entre autoridades locais e

membros da comunidade, e o estabelecimento e fortalecimento de parcerias. A tendência

global dirigida Já à descentralização das políticas sociais, da distribuição e da administração

dos recursos, destaca o papel preponderante que devem desempenhar as autoridades

locais, especialmente os prefeitos, na distribuição è administração dos recursos. A

estratégia de MCS promove a saúde da população, uma vez que contribui para a maior

equidade e participação social. A chave para construir um Município ou Comunidade

Saudável é muitas vezes uma mudança de atitude quanto aos modos de promover a saúde

no sentido mais amplo, por meio de mudanças nas políticas, legislações e serviços que

geralmente o município provê. A criação désta cartilha se enquadra nesta vertente de

práticas públicas e sociais da saúde.

Projeto CS-09

Título: Alojamento Domiciliar para Turistas

Autores: Antonio Carlos Ribeiro | Elaine da Silva Ventura | Mareio Alexandre Carvalho

Werneck | Mareio Nami

Instituição: Universidade Severino Sombra

Resumo: Como transformar a residência domiciliar em alojamento informal para turistas

(ambiente, higiene, educação, culinária, relação pessoal e custos).

Projeto CS-10

Título: Instituto Práxis: planejamento de gestão e cursos

Autor: Antonio Francisco Lima de Oliveira

Instituição: Estação de Reprodução e Produção de Peixes Regionais

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Resumo: Estação, de réprodução e produção de peixes regionais: O cultivo de peixes é uma

atividade milenar. Na época atual, o cultivo de animais e plantas aquáticos tornou-se um

excelente negócio na Ásia, América Latina, América do. Norte e Europa. A atividade tem

propiciado importantes benefícios econômicos e nutricionais para muitos países em

desenvolvimento. Em realidade, a aquicultura se concentra esmagadoramente em países

em desenvolvimento, os quais respondem por 85% da produção mundial em volume e 71%

em valor, segundo dados da FAO. Ainda segundo a FAO, o potencial da aquicultura para

produzir alimentos de qualidade e gerar riquezas e empregos tem sido demonstrado, pela

rápida expansão do setor, que tem crescido, desde 1984, a uma taxa anual de 10%, se

comparado com os 3% da pecuária de corte e o 1,6% da pesca extrativa.

Projeto CS-11

Título: Extensão Rural com Famílias Agroextrativistas Ribeirinhas: um processo de

construção participativa para o desenvolvimento de um Plano de Ações Sustentáveis

em bases agroecológicas” – Comunidade Monte Sião – Município de São Domingos do

Capim – Pará – Região Amazônica Brasileira

Autor: Baziléa de Nazaré Araujo Rodrigues

Instituição: Emater-Pará

Resumo: Este trabalho é resultado de pesquisa realizada em uma comunidade ribeirinha

localizada na região Norte da Amazônia Brasileira, para o desenvolvimento de uma tese de

doutorado e o planejamento das ações que constituirão o Plano de Desenvolvimento

Sustentável em bases agroecológicas da Comunidade Monte Sião, no município de São

Domingos do Capim, no Estado do Pará.

Pretende-se identificar, juntamente com as famílias ribeirinhas, as formas mais adequadas

de intervenção da ação extensionista, a partir do desenvolvimento de um Diagnóstico Rural

Participativo (DRP) que utiliza técnicas de aprendizagem e ação participativa, possibilitando

o planejamento coletivo das ações a serem desenvolvidas, dentro de uma perspectiva de

desenvolvimento local sustentável. Como a extensão rural pode contribuir com o

desenvolvimento sustentável local, sem a interferência da difusão de tecnologias que

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desconsideram o saber das famílias, principais protagonistas no resgate, valorização e

construção de novos conhecimentos capazes de promover sua reprodução social; e como

fazer a interação entre técnicos e agricultores e agricultoras ribeirinhas, dentro de uma

perspectiva de desenvolvimento local sustentável, tornar-se mais democrática é

participativa, considerando a importância do saber popular na mesma dimensão do

conhecimento científico, para que este seja reinventado como um sistema de pensamento

construído coletivamente por pesquisadores e atores sociais que vivenciam uma história da

vida real, num esforço de crítica à extensão difusionista ou ecotecnocrática,

comprometedora das bases produtivo-culturais relativas aos agroecossistemas em estudo,

são algumas das questões orientadoras desta proposta.

O projeto terá sua abrangência ampliada às demais comunidades do município,

considerando que o desenvolvimento sustentável só é possível com a participação e

integração conjunta da população, que forma um todo sistêmico e multidimensional. E para

a consolidação desse todo multidimensional complexo, a gestão será compartilhada entre a

Secretaria Municipal de Agricultura, que conta com um Centro de Produção e Capacitação,

e o Sindicato dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais de São Domingos do Capim (STTR),

que dispõe de uma sede com espaço físico para a realização de oficinas, cursos e outros

métodos que visem à formação continuada dos sujeitos envolvidos em processos de

desenvolvimento local rural sustentável.

Projeto CS-12

Título: Medicina Social para População de Baixa Renda e o Desenvolvimento Sustentável

Certo da Amazônia

Autor: Carlos Francisco Lobato Álvares da Silva

Instituição: Faculdade Newton Paiva

Resumo: Uso da medicina social pela população de baixa renda (levada a efeito por Madre

Tereza de Calcutá), trazendo a saúde e levando-a a áreas longínquas onde moram o índio, o

caboclo e as populações ribeirinhas; e ao pobre; que não pode comprar remédios

genéricos. O desenvolvimento sustentável certo da Amazônia lhes proporciona também

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cursar e tirar o diploma de nível superior por meio de cursos virtuais (à distância, com

banda larga) seja em universidades públicas gratuitas ou particulares, para os poucos que

podem pagar. Defesa da biodiversidade única da Amazônia, vivendo-se com recursos

naturais da Floresta da Amazônia será derrubada e devastação de suas matas.

Projeto CS-13

Título: Popularização da Ciência na Amazônia: Ações do Instituto Nacional de Pesquisas da

Amazônia

Autor: Carlos Roberto Bueno

Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia

Resumo: A comunicação cientifica e tecnológica no Brasil revela-se ainda uma atividade

elitizada, de diferenciação cultural, que favorece aqueles que dispõem de meios de acesso

facilitado, sendo em geral reflexo da oportunidade de recursos financeiros, tecnológicos ou

culturais. Dessa forma, historicamente, o passivo social acumulado para com as populações

de menor renda é elevado.

No Brasil, as experiências na área de comunicação científica se intensificaram nos últimos

20 anos, e a criação de Museus e Centros, de Ciência cresceram em número e qualidade,

apesar das dificuldades de manutenção de suas atividades. Historicamente, a maioria

desses espaços tem sido criada dentro de instituições públicas. Ainda assim, a rede de

centros e museus de ciência é deficiente, e estes estão concentrados geograficamente, em

número reduzido, no Sul e Sudeste, e tais espaços são considerados estratégicos para

promover a cidadania, por meio da educação científica da população.

A proposta do Projeto Popularização da Ciência na Amazônia: Ações do Instituto Nacional

de Pesquisas da Amazônia tem sua origem considerando as experiências anteriores

realizadas pelo INPA e diversos parceiros, no Bosque da Ciência/INPA, no Jardim Botânico

de Manaus Adplpho Ducke, nos campi e áreas experimentais do INPA.

Assim, a proposta deste projeto é promover vivências socioeducativas, tecnológicas,

informativas e de lazer, a partir da visitação ao Bosque da Ciência, no Jardim Botânico de

Manaus, e em outras áreas onde o INPA produz ciência.

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Projeto CS-14

Título: Artefatos com Madeiras Certificadas da Amazônia Empreendedorismo e

Comercialização

Autores: Claudete Catanhede do Nascimento | Edson da Silva Ribeiro

Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)

Resumo: A proposta tem por objetivos formar recursos humanos na área de tecnologia da

madeira, valorizar madeiras da Amazônia com incremento de espécies alternativas pouco

conhecidas comercialmente, e contribuir com o crescimento da renda per capita da região e

social do Estado, para dispor de produtos de qualidade para comercialização interna e

externa, com mão de obra especializada.

A relevância do projeto está ligada ao aspecto social e à qualidade do produto, em razão de

o Estado do Amazonas ter forte dependência da política de incentivos fiscais. Ele visa aos

participantes da proposta beneficiamentos nos seguintes aspetos: conhecimento a respeito

da tecnologia da madeira, autoafirmação, melhores oportunidade de negócios com

madeiras da Amazônia, aumento da produtividade, crescimento de exportação, renda per

capita social, interesse de outras empresas em fabricar os produtos, bem como contribuição

para economia local.

Para que isso aconteça, foram selecionados uma microempresa e grupos de trabalho de

Municípios do Estado do Amazonas. Essa união surgiu do interesse de inserir no mercado

produtos com qualidade economicamente viável, a partir de madeiras certificadas por meio

de conhecimentos tecnológicos, e também em razão de alguns entraves existentes no

Estado, como a falta de capital, que não permite a expansão do setor e o apoio técnico e

científico para o equilíbrio entre a démanda e a oferta.

Com o implemento da proposta:

• os participantes estão recebendo informações a respeito de tecnologia da

madeira, adquiriram novos equipamentos e acessórios pelo projeto, para que

confeccionem os produtos na forma industrial, com qualidade.

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• está sendo possível adicionar valores para as madeiras da Amazônia, qualificar

recursos humanos na área pertinente à proposta e, dada a qualidade x aceitação

dos produtos os participantes estão: conseguindo seu espaço no mercado local e

nacional. Os produtos comercializados são instrumentos musicais (violões e

cavaquinhos), artigos decorativos e utilitários, como bandejas decorativas, abajures,

caixas marchetadas e motocicletas (miniaturas), fabricados com madeiras nativas da

Amazônia, provenientes de Plano de Manejo ou de Certificação.

Os produtos que estão sendo comercializados primam pela divulgação e valorização das

espécies de madeiras da Amazônia; pelo aproveitamento dos resíduos provenientes do

processamento mecânico, pelo reconhecimento da tecnologia e por produtos com

identidade regional, com qualidade e funcionalidade.

Projeto CS-15

Título: Projeto Ecoarte Popular – Artesanato de Sucatas de Oficinas Mecânicas

Autor: Cláudio Antonio Rodrigues Leal

Instituição: Núcleo Regional do Instituto Euvaldo Lodi, de Rondônia

Resumo: O projeto pretende produzir obras de Ecoarte Popular e comercializá-las em

feiras de artesanato, em prol da sustentabilidade do projeto e de novos jovens que irão

aprender esse ofício. Com esta condição, será oferecida melhor qualidade de vida a esses

jovens, ao ser-lhes apresentado o mundo das artes e do trabalho. O projeto-piloto irá

selecionar um grupo de 50 jovens com idade entre 18 e 24 anos, que estejam fora do

mercado de trabalho formal e em situação de vulnerabilidade social, todos moradores da

Zona Leste da capital, Porto Velho. Desta forma, ao oportunizar esse reencontro com o

mundo da arte e do trabalho, o projeto irá injetar-lhes constantemente doses extras de

autoestima, classificando-os para aprenderem o ofício do artesanato, a partir da junção

mecânica de peças metálicas, todas doadas e retiradas das oficinas mecânicas parceiras.

Ao se capacitarem nessa parceria com o Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial

(Senai), que ofertará um curso de 120 horas e subsidiará parte dos custos do Curso de

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Montagem de Peças Mecânicas, estarão prontos para desempenhar sua total criatividade

na construção de peças artesanais.

Projeto CS-16

Título: Utilização das Ferramentas Atuais de Telecomunicação, Tecnologia de Mobilidade

Aeronáutica Nacional e Embarcações Ecologicamente Corretas Aplicadas para Telemedicina

Autor: Cláudio Behling

Instituição: Universidade Federal do Paraná

Resumo: As atuais ferramentas de telecomunicação existentes na telefonia móvel podem

ser usadas para salvar vidas e melhorar os indicadores de desenvolvimento humano na

região Amazônica e em todo o mundo. É notório o grande desenvolvimento da medicina nos

grandes centros urbanos, onde está a melhor infraestrutura e grande parte dos médicos e

profissionais da área de saúde. Ao mesmo tempo, sabemos que grande parte das doenças

e.mortes podem ser evitadas com cuidados muito simples, desde que com a recomendação

adequada. A atual tecnologia existente, que é usada para garantir todo o pujante e ágil

mundo dos executivos, também pode ser facilmente adaptada para salvar vidas em regiões

inóspitas.

Como exemplo, o grupo Médicos sem Fronteiras não exige que as pessoas interessadas

sejam formadas em qualquer área ligada às ciências da saúde. Ele fornece um treinamento

básico em enfermagem, que é suficiente para atender a grande parte das necessidades das

comunidades. Mas esse projeto ainda prevê a assistência a, distância, com celulares de

terceira geração, que mandam e recebem vídeos gravados e possibilitam a formação de

teleconferências com as pessoas envolvidas, e a criação de vídeos que podem ser exibidos

em outro lugar, no momento em que são feitos. Esses videofones portáteis podem

fornecer toda a velocidade que o salvamento de vidas demanda em muitas situações.

Os mecânicos de avião poderão atuar com o avião-robô desenvolvido pelos pesquisadores

da UFMG (Universidade Federal de Minas Gerais). Esse veículo não tripulado pode ir

diretamente ao ponto em que está o GPS (Sistema de Posicionamento Global) que existe

no avião e no celular, quando se aproximar da área que o celular indicou. Um paraquedas

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com o medicamento pode ser lançado do avião, anexado a um pequeno localizador, para

ser facilmente visto pelo enfermeiro, que estará aguardando para aplicá-lo no paciente.

Afora isso, o programa prevê a construção de barcos de garrafas PET, esse material que

infelizmente é facilmente encontrado nos leitos dos rios. Um barco completo modelo

Catamarã, para duas pessoas, custa em torno de dois mil reais, incluindo o motor, segundo

um projeto que foi desenvolvido no Paraná, cujo atalho se encontra nó último item desta

ficha de inscrição, nos projetos de terceiros. Esse barco pode ser construído por qualquer

um que possua garrafas, cola e um estilete. Ele pode melhorar a mobilidade das

populações ribeirinhas, limpar os rios das garrafas PET, por meio da reutilização, e

proporcionar um mecanismo gerador de emprego e renda ecologicamente correto para a

rede hoteleira e pesqueira da região, pois esses barcos podem ser construídos no tamanho

que se queira para transportar pessoas, cargas e tudo mais que se desejar. Podendo

agilizar o transporte dos doentes para locais mais bem assistidos.

Projeto CS-17

Título: Saneamento Ecológico Usando Biodigestores Indianos para Tratamento de Afluentes,

Aproveitamento do Biogás, Biofertilizantes e Proteção Ambiental no Projeto de

Desenvolvimento Sustentável Morena, no Município de Presidente Figueiredo – Estado do

Amazonas

Autor: David Benedito Ribeiro Gonçalves

Instituição: Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)

Resumo: O Projeto de saneamento ecológico utilizando biodigestores indianos para o

tratamento de afluentes no Projeto de Desenvolvimento Sustentável Morena é um projeto

social que cuida principalmente da saúde da população local, geração de renda e economia,

oferecendo o biogás para as residências e instalações comunitárias, com utilização do

biofertilizante para a produção agrícola e pecuária, produção de leite para a merenda

escolar das crianças da comunidade, educação ambiental, melhoria da qualidade de vida da

população local, através da melhoria na produção de alimentos, redução da incidência de

doenças, conservação ambiental e estruturação para a implantação do ecoturismo.

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Projeto CS-18

Título: Caminhos para o Desenvolvimento Sustentável de Jovens Tikuna Vivendo na Cidade:

a construção de novas formas de sobrevivência dos povos indígenas na cidade de Manaus, a

partir da cultura

Autor: Denise Pini Rosalem da Fonseca

Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro

Resumo: Caminhos para o desenvolvimento sustentável de jovens Tikuna vivendo na cidade:

a construção de novas formas de sobrevivência dos povos indígenas na cidade de Manaus, a

partir da cultura.

Projeto CS-19

Título: Legislação Sanitária para Empreendedores da Cidade de Manaus

Autor: Denize Lima Matos

Instituição: Núcleo de Assistência ao Empreendedor (NAE) / Secretaria do Trabalho e

Emprego

Resumo: O projeto tem como proposta apresentar e esclarecer as normas de vigilância

sanitária a aproximadamente 500 empreendedores que exercem atividades ou

comercializem produtos de interesse para a saúde pública, com o propósito de orientar os

participantes das exigências das VISAS, auxiliando no processo de mudança

comportamental e, consequentemente, de melhorias, tanto no desempenho profissional,

quanto na oferta dos serviços e produtos em saúde.

Projeto CS-20

Ver Lista de Premiados

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Projeto CS-21

Título: Apoena – Educação para a Sustentabilidade – Ler e Aprender nas Comunidades do

Rio Tarumã-Açu

Autor: Eliana da Conceição Rodrigues Veras

Instituição: Fundação Floresta Viva

Resumo: O projeto Apoena – Educação para a Sustentabilidade – Ler e Aprender nas

Comunidades do Rio Tarumã-Açu está voltado para o incentivo à leitura das crianças,

jovens e adultos das comunidades da Microbacia Hidrográfica do Rio Tarumã-Açu, mais

precisamente as comunidades Nossa Senhora Auxiliadora, Nova Esperança, Rouxinol e

Inhãa-Bé. Todos os educandos das comunidades citadas estudam na Escola Santo André,

localizada na comunidade Nossa Senhora Auxiliadora e Nova Esperança, comunidades

tradicionais e indígenas, normalmente em turmas mistas, com pais e filhos estudando

juntos.

Ler é uma prática básica e essencial para aprender. Nada pode substituir o hábito da

leitura como fonte de conhecimento; porém, nem sempre a leitura é agradável e

prazerosa, se não há estímulo às crianças para terem contato com livros, revistas e jornais.

Normalmente se diz que a responsabilidade sobre o ato da leitura faz parte das

atribuições dos docentes, que precisam buscar técnicas e dinâmicas que agucem em seus

discentes o gosto pela leitura. As dinâmicas são próprias aos espaços destinados, ao

número de alunos e ao grau de ensino, o que modifica são as dificuldades dos textos.

O incentivo à leitura faz com que as comunidades tenham acesso a livros didáticos das

mais diversas áreas do saber; inclusive a ambiental, que tratam da conservação e

preservação da Amazônia, contribuindo para o desenvolvimento sustentável daquela área,

uma vez que estão inseridas em uma microbacia hidrográfica, cercados de árvores, rios e

animais silvestres. Dessa forma, pretende-se contribuir para o desenvolvimento cultural

daquelas comunidades. O conhecimento torna o cidadão crítico é capaz de se desenvolver

pensando nas gerações, futuras.

A Fundação Floresta Viva, em parceria com o Banco do Brasil, Faculdade Salesiana Dom

Bosco e Instituto Internacional Amazônia Viva, criaram a biblioteca comunitária com mais

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de 1500 livros doados pelas referidas instituições. Nesse espaço, a comunidade se reúne

para leitura e dinâmicas de educação ambiental, e para assistir a vídeos sobre a Amazônia

e filmes que contribuam ao aprendizado.

O espaço para leitura se faz necessário em qualquer escola, mas nessas comunidades não

há essa prerrogativa, devido ao acesso restrito.

As comunidades têm acesso programado à biblioteca, podendo ser-lhes destinada um dia

inteiro de atividades, inclusive com caminhadas em trilhas ecológicas, para conhecerem o

orquidário, o bromeliário e a floresta dos macacos, todos na área destinada à Fundação

Floresta Viva.

A FFV, conhecedora de suas responsabilidades sociais, e com a parceria do Banco do

Brasil, Faculdade Salesiana Dom Bosco e Instituto Internacional Amazônia Viva,

disponibiliza as comunidades a oportunidade de acesso à leitura, além de ter como

voluntários pedagogos, administradores, assistentes sociais, filósofos, entre outros.

Projeto CS-22

Título: Projeto Aimirim – Organização Comunitária para o Empreendedorismo e Geração

de Negócios na Comunidade Costa da Terra Nova.

Autores: Eliana da C. R. Veras | Davi Dennis Della Vechia | Lucineide Dias | Sulamita Cuvello

| Solange Damasceno

Instituição: Faculdade Salesiana Dom Bosco, Fundação Floresta Viva e Instituto

internacional Amazônia Viva

Resumo: O Projeto Aimirim – Organização Comunitária para o Empreendedorismo e

Geração de Negócios na Comunidade Costa da Terra Nova tem como objetivo Potencializar

o Empreendedorismo Sustentável Através do Desenvolvimento e Criação de Negócios que

Promovam a Geração de Emprego e Renda.

O projeto está inserido na linha social, uma vez que irá promover a geração de emprego e

renda na comunidade Costa da Terra Nova, que já desenvolve atividades voltadas para o

turismo, sendo necessário identificar, nos negócios existentes, os entraves na cadeia

produtiva, estruturando soluções coletivas de geração de renda.

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A metodologia adotada para desenvolver os trabalhos está pautada na metodologia

pesquisa-ação, pois esta busca orientar a relação entre pesquisadores e pesquisados, a

partir de princípios éticos e políticos que promovam a potencializaçãp, a emancipação e a

autonomia das populações locais, ha construção e consolidação de ações que transformem

o contexto em que estão inseridos.

Essa metodologia propiciará à comunidade refletir acerca de sua realidade, fazendo com

que aponte meios para a implementação de ações de superação das suas dificuldades,

sendo os comunitários protagonistas dos trabalhos realizados, e os técnicos, facilitadores. G

desenvolvimento dos trabalhos será centrado na práxis coletiva, na qual o conhecimento e

as ações ordenadas por princípios da dialética comporão as atividades cotidianas do grupo

de trabalho de empreendimentos comunitários.

O valor estimado do projeto é de R$520.605,80 (quinhentos e vinte mil, seiscentos e cinco

reais e oitenta centavos, inclusos todos os gastos operacionais, pessoais e materiais, tendo

sido apresentado à Petrobras no processo de seleção pública, cujo resultado está previsto

para maio de 2008.

Projeto CS-23

Título: Duplicação da Rodovia Belém-Brasília – BR 010

Autor: Ezequiel Camilo da Silva

Instituição: Secretaria Municipal de Educação de São Paulo

Resumo: Estas propostas têm a finalidade de sugerir novas e originais propostas para

desenvolver as áreas pertencentes às Regiões Centro-Oeste e Norte, ao longo da Rodovia

Belém-Brasília, concomitantemente com sua duplicação e restauração, com p implantação

de novos projetos e a criação de novas cidades e vilas, como parte de um grande complexo

turístico-ecológico e de educação ambiental.

Justificam-se estas propostas e todas as ideias nelas contidas, considerando os grandes

recursos naturais disponíveis nas áreas em questão, e ainda o grande potencial humano

existente e disponível para ser educado, preparado para o trabalho e capaz de exercer as

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atividades necessárias, com a finalidade de desenvolver todos os projetos inseridos neste

grande complexo aqui sugerido.

O autor sente-se no dever de exercer seu pleno direito de cidadania, para propor estas

ideias à discussão e ao debate, que julga necessário para desenvolver o país, atendendo ao

chamado do Presidente da República, que pede que todos deem suas contribuições para

esta grande tarefa de tirar o nosso Brasil deste longo processo crônico de atraso e

estagnação.

Portanto, seguindo essa linha de pensamento, que faz parte a longo tempo dos ideais do

seu autor, que está imbuído nesta grande tarefa, propõe-se a duplicação e a criação de um

novo e moderno traçado para a Rodovia Belém-Brasília, que resultará na redução do seu

percurso, encurtando a distância entre seus dois extremos e nos demais trechos, e o antigo

traçado dessa rodovia. Para tanto, sugere a criação e a implantação dos empreendimentos

que estão relacionados nas propostas deste projeto.

Todos os estados das duas regiões em questão, que são partes integrantes de seu trajeto,

serão grandemente beneficiados, com destaque especial para o Estado do Tocantins, que

terá, além de sua integração, a efetiva incorporação às regiões Sul e Sudeste, além de ser

um grande corredor qué interligará o Mercosul com a Amazônia brasileira.

Queremos também ressaltar a importância dessa duplicação para a economia regional e,

substancialmente, para o desenvolvimento do turismo ecológico e a educação ambiental,

com o objetivo da formação de uma nova mentalidade que envolva a preservação do meio

ambiente e a cidadania.

Projeto CS-24

Título: Projeto de Educação Ambiental Guardiões do Verde: um olhar para a formação de

educadores socioambientais

Autor: Francisca Marli Rodrigues de Andrade

Instituição: Secretaria Municipal de Educação de Castanhal (PA)

Resumo: O “Projeto de educação ambiental Guardiões do Verde: um olhar para a formação

de educadores socioambientais” tem como objetivo promover a formação continuada de

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professores para o domínio teórico e metodológico da educação socioambiental, no escopo

de um processo educativo amplo e permanente, necessário à formação do cidadão. Desse

modo, o projeto aqui apresentado tem como base o pensamento de Carvalho (2002), de

que toda educação é ambiental, pois se assim não se procede, perde-se o sentido de

educar. Compartilhando deste pensamento, compreende-se que a formação de professores

deve orientar-se por contextos diferenciados e intrinsecamente interligados: sociais,

econômicos, políticos, pedagógicos, técnico-científicos e ambientais. Nesse sentido, há

necessidade de redirecionar a formação de professores, para que estes assumam a função

de intelectuais transformadores (GIROUX, 2003), destinados a construir um saber ambiental

(LEFF, 2001), sob o entendimento de que educar constitui-se um processo histórico, e que

sua ação deve ter como base o enfoque holístico (MORIN, 2003), permitindo o

entendimento da dimensão e atuação da cidadania planetária (GUTIERREZ e PRADO, 2000).

Assim, o projeto aqui apresentado objetiva incentivar e promover a formação do professor,

almejando construir uma rede de desarticulação do ciclo de degradação socioambiental,

superando a fragmentação dó conhecimento, a superespecialização das Ciências e a sua

desumanização, uma vez que o conceito socioambiental exige um conhecimento

multidimensional. Partindo do estudo dos ecossistemas mais simples aos mais vastos,

atinge-se o conceito de biosfera, abrangendo todos os seus elementos, inclusive o ser

humano (MORIN, 1999). Daí a necessidade de superar a fragmentação dos conhecimentos,

compreendendo que por toda parte o principio da disjunção e o de redução quebram

totalidades orgânicas e são cegos em relação a uma complexidade cada vez mais

escamoteável. Por toda parte, o sujeito se reintroduz no objecto; por toda parte o espírito e

a matéria são chamados um pelo outro, em vez de se excluírem; por toda parte cada coisa,

cada ser reclama a sua reinserção no ambiente (MORIN, 1988).

Para concluir, conforme Loureiro (2004), a educação ambiental é um momento de práxis

social capaz de promover a transformação, não sendo possível revolucionar a sociedade

apenas Com uma nova educação coerente com a perspectiva “ambiental”, da mesma

forma não sendo possível fazer isto sem eia. Revolucionar significa transformação

integral de nosso ser e suas condições práticas de existência; é a coincidência da

modificação das circunstâncias com alteração de si próprio, em nossos movimentos de

constituição de ser natural. Eis o desafio que está diante de nós.

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Projeto CS-25

Título: Proposta para o Desenvolvimento Sustentável da Comunidade de Quebradeiras de

Coço Babaçu do Município de Sampaio-TO, Programa Agenda 21

Autor: Gilda Schmidt

Instituição: Fundação Universidade Federal do Tocantins

Resumo: O sistema tradicional de exploração do coco babaçu por meio de quebra manual

tem sido responsável pela baixa,taxa de aproveitamento do poténcial existente na

produção dos babaçuais, provocando a diminuição da oferta de amêndoas às indústrias

esmagadoras. Este projeto propõe a quebra do coco, pelas quebradeiras, com o auxílio

de equipamentos de pequeno porte e de fácil pianejo, proporcionando produtividade e

eficiência ao sistema para processo de exploração do coco babaçu. O projeto propõe

asssistência no que concerne ao manuseio do equipamento e à gestão da atividade

familiar dos assentados, no sentido de disciplinar o trabalho em equipe desde a coleta

até a comercialização dos produtos obtidos, ou seja, a polpa, o óleo e o carvão resultante

da queima da casca, que representa 93% do peso do coco e, no sistema atual, é

abandonada no campo. Sendo assim, é proposto o aproveitamento integral do coco

babaçu como alternativa para melhorar a qualidade de vida, dando às famílias

oportunidades de ocupação e rendimento, agregando valor à atividade de quebrar coco

das comunidades dos assentamentos, melhorando assim as condições de vida das

famílias envolvidas.

Projeto CS- 26

Título: Qualidade no Atendimento da Rede Publica de Saúde

Autor: Gleice Anne Gomes do Nascimento

Instituição: Faculdade Boas Novas

Resumo: A superlotação nos serviços de emergência ou triagem representa grave problema

no sistema de saúde, e a demanda de pacientes com doenças vem crescendo

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exageradamente o número de atendimentos nessas unidades; entretanto, a assistência

médica pode ocorrer em condições precárias, da demora no atendimento, muitas famílias

de baixa renda optam por ser atendidas em pequenas clínicas populares. Isto para fugir do

mau atendimento e principalmente da fila de espera que, invariavelmente, se formam nas

unidades de saúde com atendimento pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

Na rotina do dia-a-dia, pode-se perceber que o tempo de espera é prolongado, há

superlotações nas salas de espera, e não há eitos suficientes para suprir a demanda das

unidades. Analisando-se criteriosamente ó atendimento realizado pelas unidades, podemos

constatar que as superlotações nas unidades de urgência podem representar dificuldades

no atendimento médico.

O desgaste das equipes no ambiente de trabalho contribui para que o atendimento de

pacientes se torne um estresse; consequentemente, acontecerão falhas no atendimento.

Uma das etapas principais da elaboração deste projeto é a participação da comunidade. Ela

poderá oferecer sugestões, levantar problemas e traçar metas para o futuro e para o

desenvolvimento da comunidades.

Portanto, é preciso haver o envolvimento de todos as pessoas que trabalham nas unidades

de Saúde. Elas devem conhecer o projeto que será desenvolvido nas unidades, planejar e

participar efetivamente do processo, desde a criação até a execução, ou seja, j o próprio

plano precisa de comunicação para se efetivar de modo eficiente. Daí a importância da

comunicação interna. É preciso considerar os funcionários como peças fundamentais para

repassar este projeto, que será aplicádo nas unidades de saúde.

Projeto CS-27

Título: Fomentando Parcerias Florestais Sustentáveis: um guia para a elaboração de

contratos a partir do diagnóstico dos arranjos em; presas-comunidades já existentes no

Distrito Florestal da BR-163

Autores: Isabel Garcia Drigo | Maurício de Almeida Voivodic

Instituição: Programa de Pós-Graduação em Ciência Ambiental/Procam/USP

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Resumo: A exploração legal e racional das florestas nativas brasileiras está no topo da

agenda ambiental brasileira, principalmente no que se refere ao bioma amazônico,

devido à importância que sua existência e conservação representam

internacionalmente.

A gestão florestal, entendida de forma mais ampla, tem pelo menos dois objetivos:

explorar as florestas dentro dos requisitos legais; e b) garantir a conservação das florestas

para as futuras gerações, por intermédio de práticas sustentáveis.

Notadamente, observa-se um crescimento das parcerias entre comunidades e empresas

para a execução de planos de manejo florestal sustentável, seja para o aproveitamento das

áreas de reserva legal nas diferentes modalidades dos assentamentos da Reforma Agrária,

seja para a implementação de planos de manejo em unidades de conservação incluídas no

processo de concessão florestal.

Considerando-se que: a) no cerne da política pública na área florestal, um dos principais

objetivos é fomentar modalidades de uso e gestão sustentáveis das florestas nativas e

públicas na Amazônia; b) no polígono do Distrito Florestal Sustentável da BR 163, no Estado

do Pará, existe um potencial de atribuição de mais de 4 milhões de hectares em concessões

públicas e comunitárias, segundo estimativas do Plano de Outorga Florestal 2009; e c) já

existem em 2008 vários arranjos empresas-comunidades em curso, este projeto propõe:

aprofundar o entendimento sobre o funcionamento dos arranjos empresas-comunidades já

iniciados, o que funciona e o que não funciona, e quais os possíveis caminhos para construir

novas parcerias eficientes. A partir do estudo, pretende-se produzir um documento do tipo

“Guia” que contenha orientações para a formação de parcerias empresas-comunidades. A

ideia é trazer informações úteis sobre os pontos fortes e fracos dos arranjos e contratos, do

ponto de vista social e econômico, e os modelos de sucesso que poderão vir a ser

reaplicados.

A ação visa complementar, assim, as ações governamentais já em curso, como o Projeto

Floresta em Pé, uma parceria do Ibama que tem cooperação europeia, sediado em

Santarém, e as próprias ações do Serviço Florestal Brasileiro na busca de mais

conhecimento para impulsionar a gestão florestal sustentável.

Projeto CS-28

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Título: Capacitação de Moradores do Município de São Pedro da Água Branca (MA), para a

Geração de Emprego e Renda com Atividades Voltadas para o Atendimento aos Turistas.

Autores: Iviane de Oliveira Gomes | Jose Barros da Lomba | Paulo César Brandão Júnior |

Marcio Roberto Palhares Nami

Instituição: Extensão Universitária

Resumo: Capacitação de moradores da comunidade que atuam em atividades turísticas

voltadas para o lazer, a cultura, a degustação e a pesca, como forma de geração de

emprego, renda e melhoria na qualidade de vida da população amazônica. Atualmente, não

há padronização na execução dos serviços; as atividades são realizadas por comerciantes de

outras cidades, que se favorecem do potencial da região. O meio ambiente fica em segundo

plano, prejudicado por essa exploração. Busca-se motivar os moradores interessados no

segmento turístico para que, de posse desses novos conhecimentos, venham a mudar a

situação social e cultural em que vivem, conscientizando e mostrando para a comunidade a

importância da preservação do meio ambiente para o potencial turístico da região.

Projeto CS-29

Título: Memória Social e Patrimônio Público: Lacunas Perceptíveis em Primeira Cruz.

Autor: Jaciel Ramos Moura

Instituição: Universidade Federal do Pará

Resumo: Desde as últimas décadas, assiste-se no Município de Primeira Cruz, localizado na

Amazônia Legal, a uma significativa aproximação do mar em direção à cidade-sede desse

município, o qual já imergiu uma floresta, casas, um prédio escolar e, ultimamente, parte

do único cemitério da cidade. Primeira Cruz surgiu como cidade em 1947 e historicamente

foi fundada por portugueses quando estes, liderados por Jerônimo de Albuquerque, vieram

expulsar os franceses de São Luís (1614) e procuraram surpreendê-los estrategicamente,

vindos pela foz do Rio Periá. Ali montaram acampamento em terreno firme e religiosos

capuchinhos celebraram uma missa e fincaram a “Primeira Cruz” portuguesa em solo

maranhense. Esse ato, mais tarde, deu origem ao nome da cidade surgida no local. Nesta,

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atualmente, a imersão de parte do cemitério resulta na perda material, simbólica e cultural

da memória social do seu povo. Este fato constitui o foco desta pesquisa, conduzida pela

hipótese centrada no pensamento de Maurice Halbwuachs, de que a memória social

acontece por meio das construções coletivas, resultado das lembranças refeitas,

reconstruídas e repensadas com imagens daquilo que é material e que estão à diéposição

no momento presente. Também nos comentários de Eric Hobsbawm, que analisando seu

viver no século XX disse, de forma humilde, que caso seu nome desaparecesse

completamente, como a lápide na tumba de seus pais no Cemitério Central de Viena, não

haveria lacuna perceptível na história. Ter o cemitério de Primeira Cruz destruído significa

ter lacunas perceptíveis na memória social do seu povo. Este estudo pode fornecer

subsídios a uma política pública que fomente a preservação do patrimônio público, bem

como contribuir para o engajamento popular na ação de valorização da memória de seu

passado. A pesquisa será realizada por meio de leituras bibliográficas, consultas à

comunidade em forma de entrevistas formais e informais, análise de documentos antigos

no cartório municipal, fotografias etc. Pretende-se analisar minuciosamente todo o

material da coleta de pesquisa e apresentar seus resultados científicos. Espera-se que a

pesquisa tenha relevância no âmbito social, econômico e ambiental.

Projeto CS-30

Título: Amamentação: simbiose da vida para a vida

Autor: Janaina Miranda Bezerra

Instituição: Universidade Federal do Maranhão

Resumo: Este projeto tem como proposta a prática de ações educativas com gestantes

atendidas no Hospital Regional Materno Infantil de Imperatriz (MA), durante toda a

gestação, com o intuito de incentivar o aleitamento materno exclusivo até os seis meses e

sua extensão, acompanhado de alimentação complementar até os dois anos, como

preconizam a Organização Mundial de Saúde (OMS) e o Ministério da Saúde, assim como

fomentar a doação de leite ao Banco de Leite Humano do município. Este último objetivo

possibilitará aos recém-nascidos cujas mães não podem amamentar os benefícios do leite

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materno, uma vez que a quantidade de leite é insuficiente para atender à demanda do

Hospital Regional Materno Infantil, chegando a um déficit de aproximadamente 600L de

leite no ano- de 2007. Pesquisas comprovam que as crianças amamentadas

exclusivamente até os seis meses têm menos chance de adquirir doenças infecciosas,

respiratórias e diarreia, o que atinge diretamente os índices de morbimortalidade infantil.

Sabem-se também os benefícios para a saúde da mulher, na prevenção do câncer de

ovário e mama e na redução do peso adquirido durante a gestação.

Apesar dessas vantagens, estudos feitos em todo o Brasil mostram um alto índice de

desmame precoce e que só um pequeno número de crianças é amamentado segundo as

recomendações da OMS, tendo como causa principal a falta de informação sobre o tema.

Baseado nisso, serão realizadas palestras semanais ou quinzenais, ministradas por

acadêmicos do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Maranhão, nas quais as

gestantes receberão orientações sobre os benefícios do aleitamento materno para a mãe

e a criança; os malefícios do desmame precoce; as técnicas de amamentação e ordenha;

os direitos da mãe nutriz; e a importância da doação de leite ao Banco de Leite Humano.

Projeto CS-31

Título: Incentivo à Mobilização em Torno do Desenvolvimento Sustentável e Valorização

da Identidade Cultural Através da Criação Centro de Pesquisas e Difusão de Tecnologias

Sociais

Autor: João Evangelista Rodrigues de Souza

Instituição: AMORU-Associação de Moradores do Rio Unini

Resumo: A AMORU, Associação de Moradores do rio Unini, que compreende cerca de 900

habitantes tradicionais da RESEX (Reserva Extrativista) Unini, PNJ (Parque Nacional do Jaú) e

RDS (Reserva de Desenvolvimento Sustentável) Amanã e o Centro Holos, uma organização

socioambiental que tem como missão proteger o direito humano a um meio ambiente

saudável na Amazônia, uniram-se para desenvolver um trabalho em articulação com o

Instituto Chico Mendes de Proteção à Biodiversidade/MMA.

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O projeto visa buscar a produção do conhecimento tecnológico sustentável, através da

pesquisa e desenvolvimento de metodologias capazes de orientar uma intervenção política

na Amazônia, para os dias futuros, levando em conta as peculiaridades da região,

envolvendo distintas perspectivas que convergem a um objetivo comum: a preservação do

planeta e o combate às mudanças climáticas.

O resultado final será a geração de tecnologias sociais que contemplem algumas

experiências e metodologias consolidadas de baixo custo e alto impacto social que podem

ser aproveitadas, multiplicadas, replicadas, reeditadas e/ou adaptadas, baseadas no

respeito a terra e ao meio ambiente.

As famílias serão atingidas por líderes disseminadores, que serão orientados sobre a

importância da preservação ambiental e da recuperação de áreas degradadas, além do

contexto espaço e tempo na Amazônia, nos dias atuais. Será possível contabilizar ganhos

econômicos, já que, em longo prazo (planejamento para o futuro), teremos uma maior

diversidade de produtos provenientes de unidades demonstrativas que deverão ser

construídas pelos próprios moradores, tendo como principal característica os sistemas de

cultivo agroecológico e os extratos múltiplos de culturas, compostagem, integração de

pequenos animais, paisagismo e arquitetura integrados, possibilitando a criação de

sistemas que sejam ecologicamente corretos e economicamente viáveis, e que não

explorem ou poluam, assim, sejam sustentáveis em longo prazo, reduzindo gradativamente

a dependência de insumos vindos de fora.

O projeto envolverá planejamentos participativos, técnicas de consenso, treinamentos,

capacitação de agentes multiplicadores e lideranças, organização comunitária, gestão

participativa, assistência e suporte técnico às atividades, com incentivo ao protagonismo e

à emancipação das populações envolvidas.

Projeto CS- 32

Título: Avaliação Econômica e Social do Impacto da Agricultura Urbana de Tocantinópolis

(TO)

Autor: José Carlos Bezerra

Instituição: Agência de Defesa Agropecuária do Tocantins (ADAPEC)

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Resumo: O crescimento populacional associado à urbanização e a migração de populações

rurais para as cidades têm provocado a cada dia o aumento da necessidade de geração de

emprego e renda para populações menos favorecidas. Estas buscam, de qualquer forma,

melhores condições para sua sobrevivência, uma vez que a degeneração da qualidade de

vida está disseminada em todo o planeta, até mesmo em países considerados ricos, em

função dos modelos de desenvolvimento vigentes e os padrões de consumo adotados pelos

países desenvolvidos.

A urbanização no Brasil, intensificada na década de 80, induziu a população rural ao

deslocamento para os centros urbanos, promovendo aumento da taxa da população

urbana e transformando as características das paisagens urbanas. Dessa forma, a

agricultura urbana passou a ter grande relevância na estrutura econômica das famílias de

baixa renda, aumentando a disponibilidade de alimentos em qualquer época do ano e

gerando ocupação de mão de obra, podendo contribuir também para a sustentabilidade

urbana.

A proposta de um projeto de pesquisa que será realizada em três bairros (Alto Bonito, Alto

da Boa Vista e Vila Matilde) de Tocantinópolis (TO) nasceu de reflexões sobre os problemas

econômicos e sociais que afetam o município, principalmente no que tange às questões de

desemprego, espaços urbanos ociosos e carência alimentar nas famílias menos favorecidas.

Neste sentido, buscar entender as dificuldades que alguns donos de lotes têm em praticar a

agricultura urbana, já que esta pode promover um microclima gerado pelo manejo do solo

e da água tratada, minimização do acúmulo de lixo e entulhos nas ruas, auxiliando para o

bom efeito da biodiversidade, além de atender à população local e aos cuidados que se

pode ter para produzir alimentos de qualidade, torna-se a problemática.

Diante disso, o principal objetivo da proposta do projeto de pesquisa é investigar a

contribuição da agricultura urbaha na melhoria da alimentação e renda familiar das famílias

de baixa renda de Tocantinópolis (TO).

A agricultura urbana praticada em pequenos espaços (terrenos baldios ou fundo de

quintais) tem gerado resultados positivos, garantindo a segurança alimentar através dos

produtos diversificados, fortalecendo o vínculo com a vizinhança e valorizando o

conhecimento popular.

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Portanto, a justificativa da proposta do projeto de pesquisa toma como base a resistência

de famílias urbanas de baixa renda em ocupar lotes baldios para produção de alimentos,

embora essa ocupação tenha importância social, econômica e ambiental para

Tocantinópolis (TO) e região.

Para a sistematização da pesquisa, opta-se por um arcabouço teórico em que se

busca investigar a contribuição da agricultura urbana para a melhoria da alimentação e

renda familiar das famílias de baixa renda de Tocantinópolis (TO). Para tanto, a pesquisa

será do tipo: exploratória, por proporcionar maior familiaridade com o problema;

descritiva, pois irá descrever as características de determinada população ou fenômeno ou

o estabelecimento de relações entre variáveis; quantitativa, porque traduzirá em números

opiniões e informações para classificá-las e analisá-las; e qualitativa uma vez que irá

interpretar os fenômenos e as atribuições de significados, obtendo dados mediante contato

direto com a situação em estudo.

Projeto CS-33

Título: As Técnicas Verticais e o Desenvolvimento Sustentável

Autor: José Conceição Rocha Filho

Instituição: Associação dos Produtores Rurais do Assentamento Nazaré (APRAN)

Resumo: Ballet aéreo em uma castanheira de 50 metros. Surreal? Não. Apenas uma dentre

as tantas propostas apresentadas à comunidade ribeirinha relacionadas às técnicas verticais,

tão difundidas nos países desenvolvidos e atual coqueluche nos grandes centros brasileiros.

Circuitos de arborismo a baixo custo, mas muito seguros; capacitação de habitantes locais

para a realização de tarefas antes desnecessariamente onerosas, quando da necessidade de

deslocamento de pessoal a partir da cidade mais próxima; familiarização com as técnicas

verticais tanto para fins de esporte-lazer, como também para utilização como poderoso e

inovador aliado na preservação do ecossistema local, ao preencher boa parte das lacunas

deixadas pelos atuais modelos de desenvolvimento sustentável. Coleta de sementes, de

seivas e de matérias-primas diversas; modalidades do turismo de aventura (rapel, escalada

de arvores etc.), certificadas pela ABETA; serviço de guia em copas de árvores (modalidade a

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ser discutida em conjunto com o Sebrae), para a observação da flora e da fauna aéreos;

filmagens em árvores, para documentários, propaganda ou realização de curta e Ionga-

metragens; “caça” ao Curumim Campeão, uma proposta para o incentivo/descoberta de

jovens talentos esportivos, dando-lhes oportunidade de terem contato com “padrinhos” ou

patrocinadores, ou seja, pequenas e grandes corporações da região, através do Marketing

Esportivo, são algumas das formas de somar com as alternativas atuais, buscando um melhor

aproveitamento do potencial ecológico e humano local, convergindo para o alcance de

metas ambientais, econômicas e sociais.

Projeto CS-34

Título: Construções Sustentáveis para Comunidades Extrativistas da Amazônia

Autores: Juliana Venturin Samonek | Francisco Samonek

Instituição: Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR)

Resumo: As construções tradicionais realizadas nas comunidades extrativistas no interior da

Amazônia são feiras com estrutura de madeira roliça, piso e parede de paxiúba fatiada e

coberta com palhas de palmáceas. Nas comunidades onde existe algum acesso, as

construções, fugindo dos estilos tradicionais, são realizadas com madeira serrada, piso e

paredes de tábua e cobertura em telhas de fibrocimento ou alumínio. Porém, a grande

maioria da população rural, pela precariedade e abandono em que vivem no interior da

floresta, mora em casebres sem as mínimas condições de habitabilidade. A falta de

atividades econômicas sustentáveis e os altos custos de extração da madeira e de aquisição

e transporte das telhas, bem como as dificuldades pela coleta de paxiúba e das folhas de

palmáceas, cerceiam-lhes o acesso a uma moradia digna, a escolas, postos de saúde, áreas

de lazer. Os desmatamentos e o manejo predatório da paxiúba tornaram-na uma espécie

com pouca incidência próximo das aldeias e comunidades de seringueiros. Hoje a

Tecnologia Social dos Encauchados de Vegetais da Amazônia, devidamente certificada pela

Fundação Banco do Brasil e disponível no Banco de Tecnologias Sociais, agraciada como 3.a

colocada na categoria Tecnológica-Econômica no Prêmio Samuel Benchimol 2006, está

permitindo o desenvolvimento de uma casa totalmente artesanal que pode ser feita pelo

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próprio seringueiro no seu ambiente, com a utilização de materiais alternativos, existentes

na própria comunidade. Madeira; bruta para a montagem da estrutura, telhas de borracha

para a cobertura, blocos pré-moldados de taboca e borracha para as paredes, tijolo

ecológico de argila, fibra vegetal e borracha para o piso e para o reservatório d'água, calhas

de madeira bruta, para a captação da água de chuva, são os materiais produzidos

localmente, visando à construção de unidades sustentáveis, para moradia, trabalho, lazer,

educação, saúde. São construções sustentáveis que trazem conforto e qualidade de vida,

sem entrar em conflito com os estilos e o modo de vida das populações que habitam as

florestas da Amazônia, em arquitetura que se harmoniza com o entorno, e não produz um

impacto visual, já que a sua estrutura se entrelaça com o ambiente das florestas, em razão

do material usado e dos pigmentos utilizados na coloração dos materiais.

Projeto CS-35

Título: Capacitação Profissional em Técnicas de Escalada em Árvores

Autor: Leonide Dominique Príncipe

Instituição: L. D. Príncipe

Resumo: O Projeto de Capacitação Profissional em Técnicas de Escalada em Árvores é uma

proposta que focaliza a preparação de escaladores, visando a geração de emprego e renda,

de forma direta e indireta, às comunidades do Estado do Amazonas, isto g através do

turismo ecológico, com uma modalidade relativamente nova chamada tree dimbing

(escalada à copa das árvores). Esta atividade utiliza um mínimo de estrutura física, baseado

unicamente na utilização de equipamentos específicos para escalada, cordas e árvores de

grande porte, de 35 a 40 metros de altura. O objetivo da escalada é conhecer a vida e

interpretar de diversos fenômenos naturais que somente ocorrem na copas das árvores,

com o objetivo de levar o.s participantes a um processo de sensibilização e valorização da

floresta em pé e de sua conservação, fazendo com que a ecologia e o desenvolvimento

econômico trabalhem de forma harmônica e sejam de benefício para as populações do

interior do Amazonas.

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Projeto CS-36

Título: Oficina do Saber e Reciclando para Resgatar

Autor: Lidiahe Matos Santos

Instituição: Faculdade Boas Novas

Resumo: Devido às várias mudanças ocorridas em nosso cotidiano, estamos hoje cada vez

mais necessitados de melhorar a Cidade de Manaus. Com este projeto, intenta-se trazer

benefícios para as comunidades carentes, tirando as crianças das ruas e diminuindo o

analfabetismo, por meio de atividades que gerarão renda a mães desempregadas,

reaproveitamento de embalagens, diminuindo o volume de lixo. Para começo do projeto de

100 crianças e adolescentes, na faixa de 7 a 17 anos (25 do Reforço Escolar/75 das

Oficinas), e 25 mães desempregadas, cujos os filhos em idade escolar estejam

regularmente matriculados na Rede Pública de Ensino.

Serão realizadas atividades de geração de rendas com mães desempregadas,

transformando o lixo reciclável em produto de consumo e diminuindo a repetência escolar,

estimulando nas crianças o gosto pela leitura e escrita, facilitando, através das atividades

propostas, o aprendizado e a compreensão das matérias ensinadas na escola formal. A

intenção é fazer com que se descubram cidadãs com direitos e deveres, aumentar a

autoestima de cada um, para que possam reconhecer-se como agentes de transformação

de suas próprias realidades e tenham condições de decidirem seu futuro.

Projeto CS-37

Título: Semana da Ação Social Indígena: uma proposta de valorização da cultura indígena

da Ilha do Bananal

Autor: Lilian Corina Gusso

Resumo: A Ilha do Bananal faz parte do estado do Tocantins, e faz divisa com o Mato

Grosso. E a maior ilha fluvial do mundo, com 20.000km quadrados de extensão, tendo a

sua direita o rio Javaés e à esquerda o rio Araguaia. Abriga ao norte o Parque Nacional do

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Araguaia e ao sul, Terra Indígena Parque do Araguaia (mapa anexo). Sua população é

composta por tribos Carajás e Javaés que, no decorrer dos anos, sofreram interferência de

religiosos e agências governamentais, ministrando interesses e mudando a política da

comunidade, alterando assim, os seus costumes. A Constituição Federal de 1988, no Artigo

215, relata: “[...] o Estado garantirá a todos o pleno exercício dos direitos culturais às

fontes de cultura nacional” e também que: “o Estadó protegerá as manifestações das

culturas populares indígenas”. Sendp um direito social constitucionalmente assegurado,

não tem sido objeto de |S poííticas públicas necessárias para que a valorização, proteção e

conhecimentos tradicionais dos povos indígenas se concretizem. No entanto, é forte a

tendência do povo em manifestar as suas opiniões e fazer permanecer suas tradições.

A SEMANA DA AÇÃO SOCIAL INDÍGENA é uma proposta de valorização da cultura indígena

da ILHA DO BANANAL. O projeto surgiu com a necessidade de criar, planejar e estruturar as

ações e diretrizes da SEMANA DA AÇÃO SOCIAL INDÍGENA, uma proposta de valorização da

cultura indígena da Ilha do Bananal. Desenvolvido para valorizar a cultura indígena,

contemplará atividades que têm direta relação com o desenvolvimento sustentável, haja

vista que há interdependência entre o ecoturismo e a sustentabilidade.

Projeto CS-38

Título: Levantamento Epidemiológico, Estruturação de Programa de Saúde Bucal e Atenção

Médico-odontológica de População Rural Ribeirinha Residente às Margens do Rio Machado,

no Estado de Rondônia

Autor: Luis Marcelo Aranha Camargo

Instituição: Instituto de Ciências Biomédicas (USP)

Resumo: Grupos mais desfavorecidos no âmbito socioeconômico tendem a ser mais

atingidos pela cárie dentária. Baseado nisso, propõe-se o acompanhamento da situação de

saúde bucal de moradores da região ribeirinha do Baixo Rio Machado, no Estado de

Rondônia, onde o acesso aos serviços de saúde é dificultado pela ausência de profissionais e

problemas com transporte. O projeto visa também avaliar o impacto do tratamento

odontológico curativo/restaurador sobre os moradores, que supostamente nunca

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receberam orientações pertinentes, realizando tratamentos odontológicos de custo mais

baixo e de produtividade maior, como o ART (tratamento restaurador traumático). Para

isso, realizar-se-ão levantamentos epidemiológicos de saúde bucal nas comunidades

situadas ao longo do Rio Machado, entre os municípios de Porto Velho e Machadinho

d'Oeste, de acordo com p preconizado pela Organização Mundial de Saúde, além de

tratamento odontológico curativo e atenção médica, assim como/após avaliação

antropológico-cultural em saúde e de hábitos de, higiene oral, realizar o treinamento de

alguns moradores locais, proporcionando desenvolvimento sustentável em termos de

educação e prevenção em saúde bucal, a fim de reforçar, constantemente, as orientações

de higiene oral e cuidados em saúde com a população. No levantamento epidemiológico

realizado em 2005, índices de saúde bucal encontrados foram definidos como

insatisfatórios, caracterizados por um elevado índice de perda dentária em indivíduos

adultos e por um alto índice de cárie dentária em crianças, adolescentes e jovens, assim

como a completa ausência de assistência odontológica, seja curativa ou preventiva.

Projeto CS-39

Título: Plantas Medicinais na Comunidade

Autor: Luiz Roberto Couto da Silva

Instituição: Universidade Federal Fluminense (UFF)

Resumo: O Brasil é um país que possui uma rica variedade de espécies vegetais medicinais

que sempre foram usadas popularmente em caso de enfermidades. Porém, observa-se um

crescente desuso dessa flora frente ao crescimento da indústria farmacêutica

multinacional, que vem ganhando mercado, através de propaganda em massa de seus

remédios.

Com base nessas observações, parece extremamente importante o incentivo ao uso mais

constante de plantas medicinais e alimentícias por parte da população, levando esta a

perceber melhor o processo de cura, uma vez que esse se dá gradualmente. Outro aspecto

seria o de reforçar sua cultura, e não ser tão dominado por aquilo que vem de fora, bem

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como praticar de maneira mais efetiva a medicina preventiva, uma vez que o uso de plantas

medicinais não se dá só através de chás e, sim na alimentação em geral.

Projeto CS-40

Título: Empreendedorismo Social e Artesanato Sustentável na Região do Bico do Papagaio.

Autor: Magvan Gomes Botelho

Instituição: Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Tocantins

Resumo: O produtor da área de artesanato muitas vezes não está preparado para integrar o

mercado empresarial, devido a razões que vão de técnicas de produção ao

desenvolvimento e gestão de seu negócio. Este projeto tem o objetivo de trabalhar essa

realidade, desenvolvendo ações específicas com base na inovação tecnológica, no

associativismo, na gestão, capacitando grupos de produção constituídos na grande maioria

de mulheres e jovens, objetivando, através do artesanato, gerar inclusão social por meio da

geração de trabalho, emprego e renda em uma região de baixo IDH. O projeto

Empreendedorismo Social e Artesanato Sustentável na Região do Bico do Papagaio tem

natureza social e busca desenvolver a competência empreendedora, a inovação e a

criatividade profissional direcionadas para empreendedores e associações, visando se

estabelecerem e competirem no mercado, cumprindo papel social na redução da pobreza,

criação de emprego, geração e ampliação da renda familiar, e no estímulo à integração

social e ao desenvolvimento socioeconómico local sustentável, tendo como benefício à

inclusão social e o resgate cultural através do artesanato.

Projeto CS-41

Título: A Construção de Arranjos Produtivos Sustentáveis no Fornecimento de Carvão

Vegetal para a Indústria Siderúrgica

Autor: Marcelo Domingos Sampaio Carneiro.

Instituição: Universidade Federal do Maranhão

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Resumo: O projeto “A construção de arranjos produtivos sustentáveis no fornecimento de

carvão vegetal para a indústria siderúrgica” identifica e analisa as principais estratégias

utilizadas pelas empresas localizadas na Amazônia para enfrentar os problemas sociais e

ambientais relacionados com a aquisição de carvão vegetal para a produção de ferro-gusa.

Levantamento preliminar, realizado em pesquisa anterior (CARNEIRO, 2008), mostrou que

tem havido um processo de diferenciação entre essas empresas siderúrgicas, com várias

dessas empresas realizando investimentos no sentido de conseguirem implantar fontes

sustentáveis de fornecimento de carvão vegetal (implantação de reflorestamento, compra

de madeira certificada, acordo com produtores florestais legalizados, compra de coco

babaçu etc.). Esses investimentos têm se materializado na articulação de diferentes atores

econômicos (empresas, intermediários, produtores florestais, trabalhadores, quebradeiras

de coco babaçu etc.) e vêm dando origem ao que estamos denominando de diferentes

arranjos produtivos (KELLER, 2007). Esses arranjos produtivos implicam repercussões sociais

e ambientais distintas, cuja variação está relacionada com a forma de inserção e

participação dos diferentes atores sociais envolvidos nas modalidades específicas de

produção de carvão vegetal para a indústria siderúrgica (reflorestamento, manejo florestal;

queima do coco babaçu). A pesquisa realizará um inventário desses diferentes arranjos

produtivos e analisará a sua sustentabilidade, em termos das repercussões sociais e

ambientais.

Projeto CS-42

Ver lista de premiados

Projeto CS-43

Título: Desenvolvimento de Jogos Infantis Virtuais para Aplicação na Rede de Ensino

Fundamental Visando a Prática e os Conhecimentos sobre a Amazônia

Autores: Marcone Duarte Sousa | Cássia Aparecida de Oliveira Borges

Instituição: Fundação Centro de Análise Pesquisa e Inovação Tecnológica

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Resumo: A proposta do projeto e desenvolver jogos infantis virtuais para crianças de 8 a

14 anos da rede de ensino fundamental, com o objetivo de instruí-los para as ciências

ambientais e para o entendimento sobre o bioma amazônico.

No jogo, estão previstas atividades virtuais que estimulem a criatividade dos alunos para as

questões fundamentais sobre o desenvolvimento sustentável.

Serão contemplados exercícios, jogos, brinquedos e desafios no sentido de atiçar o

raciocínio infantil para a solução de problemas e proteção dê áreas sensíveis, entendimento

de biomas e áreas turísticas, e também para despertar-lhes o interesse para a preservação

do ambiente deforma global. Numa primeira etapa, serão contemplados alguns biomas

amazônicos como:

• encontro das Águas dos Rios Amazonas e Solimões;

• foz do Amazonas e toda a interface com o Oceano, incluindo a região

marajoara;

• nascentes do Amazonas e do Rio Negro;

• vale do Rio Purus, onde serão contempladas áreas indígenas;

• região sul do Amazonas – áreas de recente antropismo;

• rios Araguaia e Tocantins;

• interface Rondônia – Rio Madeira.

A função mais nobre e desafiadora do projeto é a criação de equipes interdisciplinares com

objetivos comuns e a sua integração com professores do ensino primário das redes públicas

e privadas. Estas equipes poderão ser incubadas para o desenvolvimento de software e

atuar em outras áreas do conhecimento. A geração de softwares e brinquedos educacionais

ainda, é muito pouco utilizada pela iniciativa privada; neste sentido, é primordial que haja

entusiasmo no sentido de apoiar esses grupos de jovens na busca da criatividade. Parte das

atividades poderá executada com a participação de estudantes das áreas de geografia,

biologia e design de Universidades dos Estados do Amazonas, Tocantins e Pará, e também

de outros centros da região Norte. Devido ao seu caráter de incentivo à criatividade, o

projeto se aplica a qualquer área do conhecimento, e poderá ser utilizado em qualquer

região do Brasil.

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Projeto CS-44

Título: Ecoturismo no Jalapão: urna inclusão social sustentável

Autor: Maria Antônia Valadares de Souza Instituição: Agência de Desenvolvimento Turístico

(ADTUR)

Resumo: O Município de Mateiros, no Estado do Tocantins, com população de 1.737

habitantes, conforme IBGE 2007 constitui o principal município da região do Jalapão, por

concentrar um conjunto de atrativo naturais como fervedouros, cachoeiras, e dunas de

areias avermelhadas, e pela produção artesanal em capim-dourado, que contribuiu para a

divulgação da região como destino turístico, porém ainda desenvolvido sem uma efetiva

participação da comunidade local nos resultados. Desenvolver o turismo de base

comunitária é o objetivo principal do projeto, com a inserção da produção sustentável do

artesanato em capim-dourado. O resultado é o aumento da geração de renda da

comunidade, com a melhoria da qualidade de vida. Para tanto, será necessário o

enfrentamento dos problemas principais para a transformação do cenário atual, mediante

ações de capacitação e gerenciamento integrado e participativo da atividade. O ecoturismo

de base comunitária é a estratégia para a Construção de um cenário positivo em médio

prazo.

Projeto CS-45

Título: “O Projeto” vai aos Centros Comunitários Isoladas do Amazônia e seu Bairro

Autor: Maria Celeste Melo Costa

Instituição: Universidade Federal do Maranhão

Resumo: O atual retrato do Brasil como país que está envelhecendo requer de toda a

sociedade a tomada de medidas alternativas que visualizem a questão da velhice corno um

processo que merece atenção e cuidado, dando a este segmento o direito de viver bem a

sua idade. “Não se pode evitar a morte física, mas é possível lutar contra outra morte que

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nos espreita: a morte social, que conduz o homem fatalmente a um inferno ainda em vida.

Não esquecer que o jovem de hoje será o idoso de amanhã e que a velhice não é o ocaso

nem o acaso da existência, mas a culminância venturosa do ser humano em sua passagem

pela terra”. Palavras sábias do escritor José Chagas. Este projeto nasceu com o objetivo de

oferecer à população idosa a prática de atividades que lhes possibilitassem fortalecer

participação social e política, assumindo completamente o seu processo de

envelhecimento e gozando do pleno exercício de sua cidadania, um exemplo de parceria

em que se presencia a inserção de uma equipe multidisciplinar composta por profissionais,

oriundos das entidades participantes: pedagogos, assistentes sociais, educadores físicos,

administradores, fisioterapeutas e terapeutas ocupacionais, entre outros, além de

estagiários das diversas áreas, bem como professores, monitores e oficineiros que prestam

serviços. Um aspecto bem peculiar do projeto é procurar estruturar o currículo do Curso

com base numa metodologia extensionista, dinâmica e autoconstruída através de

atividades socioeducativas, esportivas, culturais e de lazer, em oficinas pedagógicas,

privilegiando a experiência de vida do idoso.

Projeto CS-46

Título: A Exploração Sexual Infantil

Autor: Maria Conceição dos Santos Costa

Instituição: Faculdade Boas Novas

Resumo: Primeiramente, trabalha-se com a conscientização para jovens de 8 a 11 anos dos

bairros de periferias, Colônia Jose Bonifácio, Novo Israel e Manoa, localizadas em Manaus

(AM). Os principais objetivos são a conscientização, educacional e comunitária com foco na

exploração sexual infantil, para jovens de 8 a 1 T anos.

Implantação em 12 meses; resultados ou feedbaks, 12 meses. Benefícios esperados: uma

comunidade mais esclarecida, informada do assunto citado; mães orientadas, adolescentes

de ambos os sexos e jovens preparados e conscientes para enfrentar o mundo, subtraindo

o foco de exploração na infância.

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Projeto CS-47

Título: “Mulher Talento”

Autor: Maria de Jesus da Silva Nunes

Instituição: Faculdade Boas Novas

Resumo: Esta é uma proposta de conhecimento e desenvolvimento, com foco nas mulheres

que estão fora do. mercado de trabalho por não terem nenhuma formação escolar, já que

possuem conhecimentos de corte e costura, mas não possuem condição financeira nem

oportunidade no mercado, e não continuaram a desenvolver o que aprenderam. Tem idade

de 18 a 40 anos, dos bairros de Petrópolis, Japim e Vale do Amanhecer, localizados em

Manaus (AM), Com uma instalação de galpão na área que pertence à prefeitura no Vale do

Amanhecer, elas receberiam um pequeno treinamento para confecção de peças íntimas,

aprofundando ainda mais seus conhecimentos. Grande parte dessas mulheres são casadas

e precisam sustentar suas famílias com o trabalho desenvolvido. Nó período de um ano

ganhariam R$200,00 mensais, trabalhando quatro horas por dia. As confecções poderiam

ser vendidas para lojas. O Objetivo dessa proposta é dar oportunidade a essas mães

carentes de poderem desenvolver seus conhecimentos, seus talentos, habilidades e ter

uma renda para sustento familiar. Com isso, geraria melhor qualidade de vida a essas

mulheres, contribuindo para uma sociedade mais justa.

Projeto CS-48

Título: Prevenção e Tratamento do Câncer de Útero

Autor: Marina Dias

Instituição: Faculdade Boas Novas

Resumo: No Brasil, estima-se que o câncer do colo do útero seja o terceiro mais comum na

população feminina, sendo superado pelo câncer de pele não/melanoma e pelo de mama.

Este tipo de câncer representa 10% de todos os tumores malignos em mulheres. É uma

doença que pode ser prevenida, estando diretamente vinculada ao grau de

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subdesenvolvimento do país. O Amazonas ficou em terceiro lugar nas estimativas de

incidência do câncer do colo de útero, segundo anunciou o Instituto Nacional de Câncer

(Inca). O exame preventivo do câncer do colo do útero – conhecido popularmente como

exame de Papanicolaou – é indolor, barato e eficaz, podendo ser realizado por qualquer

profissional da saúde treinado adequadamente, em qualquer centro de saúde, sem a

necessidade de uma infraestrutura sofisticada. Toda a mulher que têm ou já teve atividade

sexual deve submeter-se a exame preventivo periódico, especialmente dos 25 aos 59 anos

de idade. Inicialmente o exame deve ser feito a cada ano. O exame deve ser feito dez ou

vinte dias após a menstruação pois a presença de sangue pode alterar o resultado.

Mulheres grávidas também podem realizar o exame. Quando não se faz prevenção e o

câncer do colo do útero não é diagnosticado em fase inicial, ele progredirá, ocasionando

sintomas. Os principais sintomas do câncer do colo do útero já localmente invasivo são o

sangramento no início ou no fim da relação sexual e a ocorrência de dor durante a relação.

As lesões demoram de três a dez anos para aparecer. Só um profissional de saúde pode

avaliar adequadamente cada caso e fazer a indicação de. tratamento adequado. O objetivo

do projeto é alertar a população, iniciando campanha a fim de informar e prevenir o

câncer de útero. O projeto seria voltado para mulheres de 10 a 30 anos, e as palestras

seriam ministradas por profissionais de saúde em escolas, maternidades, centros de saúde

e em mutirões realizados nos bairros da cidade principalmente nos mais carentes.

Projeto CS-49

Título: Atendimento: o Sucesso da Saúde Social

Autor: Meire de Souza Rocha

Instituição: Faculdade Boas Novas

Resumo: Este projeto Hospitais e Prontos Socorros Públicos de Manaus com Saúde

Humanizada tem por objetivo melhorar o atendimento dos clientes ou pacientes e seus

familiares nos dois prontos-socorros de Manaus, desde a sua chegada até a alta hospitalar,

sempre visando, como diz o título, um atendimento humanizado. Geralmente as pessoas

têm pavor de ficar internadas em hospitais públicos, seja pelo fato de já terem sido

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destratadas, pela demora no atendimento, pelo fato de a unidade não possuir os remédios

que precisam para o tratamento, ou por uma simples informação que lhe foi negada ou

porque lhe informaram errado. O pior de tudo é o fato de ficarem internados em macas nos

corredores, por causa da lotação, o que tira totalmente sua privacidade, deixando-o ainda

mais deprimido. Por todos esses e outros motivos é que o intuito deste projeto é mudar a

imagem de que os prontos-socorros públicos de nossa cidade são “bichos-papões”,

invertendo essa situação, por meio de um atendimento de qualidade. Para isso acontecer,

tem que haver mudança total, tanto nas estruturas físicas dessas unidades, como na cultura

e no modo de pensar dos seus administradores e colaboradores. Logo, tem de haver mais

contratação de mão de obra especializada, na parte médica, enfermagem, administrativa,

fisioterapêutica e outras. Deve-se implantar um modelo de comunicação com profissionais

da área para melhorar a comunicação interna e externa da instituição; depois, oferecer para

todos os colaboradores cursos e treinamentos de relacionamentos e comportamentos

dentro do trabalho, tais como cursos de tratamento humanizado para com o público. Dessa

forma, os objetivos deste projeto de âmbito social podem ser alcançados com sucesso, e

quem estará ganhando será a população do Estado do Amazonas, que precisa dos serviços

prestados pela área de saúde.

Projeto CS-50

Título: Escola Profissional de Marcenaria Almerinda Malaquias

Autor: Miguel Rocha da Silva

Instituição: Fundação Almerinda Malaquias

Resumo: O projeto da escola profissional de marcenaria busca objetivos que foram

determinados pelo estudo da potencialidade de crescimento da demanda (fabricação de

móveis convencionais, produtos arte-design, participação da construção civil) no contexto

municipal e regional. O projeto promove o ensino e uso de novas tecnologias, e uso de

material industrial derivado da matéria-prima, em vez de madeira maciça; a utilização e a

valorização judiciosas das essências (madeira regional) na elaboração de produtos de alto

padrão de qualidade. A base do projeto já está implementada: espaço físico (oficina de

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350m2, depósito para matéria-prima e outras, local de afiação e manutenção, almoxarifado

e banheiros), e uma parte do equipamento ayaliada em 40% do necessário (máquinas

estacionárias, ferramentas elétricas e ferramentas específicas). Três monitores locais são

formados em marcenaria: ou só básico do SENAI (160 horas) e cursos técnicos na fundação

(geometria, desenho industrial, projetos, orçamentos, gestão de produção, gestão

financeira, com 450 horas). Ética do projeto: o projeto favorece a classe mais desfavorecida

e humilde da população e aos jovens de 17-18 anos de idade, que já têm responsabilidade

familiar. Portanto, a experiência adquirida com o artesanato nos permite saber que o

aprendiz não pode passar o tempo integral na formação, já que ele precisa de um retorno

financeiro para manter sua jovem, família. Sabendo que a duração do aprendizado para a

formação de um profissional é de 18 meses, a FAM se preocupou em planejar para que o

aprendiz estudasse a marcenaria pela manhã, perrnitindo que à tarde ele pudesse ajudar na

produção de pequenos móveis de arte-design, com a supervisão dos produtores, dando-

lhes a chance de garantir uma renda. O sistema escola profissional-empresa favorece a

formação de mão de obra especializada, com integração rápida do aluno no mercado do

trabalho. O sistema permite ainda diminuir os custos do projeto: os monitores atuam de

manhã e à tarde produzem para o mercado. Os três monitores já confeccionam produtos de

arte-design. A integração no mercado ultrapassa as nossas previsões e reforça assim a

nossa convicção da viabilidade da escola profissional-empresa. O sistema de aprendizado

com duração de 18 meses é uma das duas opções de formação profissional do projeto. A

outra opção privilegia as pessoas que já atuam na profissão, com cursos específicos por

matérias com 20-80 horas de duração. De modo geral, os marceneiros locais oferecem um

serviço de má qualidade aos clientes, com preços exorbitantes, usam madeira maciça ainda

verde e não respeitam o prazo de entrega, fazendo com que o consumidor procure outras

fontes de mercado e contrate profissionais de fora do município. A reciclagem adequada e

profissional é a proposta da escola de marcenaria para manter vivo e lucrativo este setor

econômico.

Projeto CS- 51

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Título: Novas Formas de Organização de Empresas na Amazônia, com Ênfase em

Lavanderias

Autor: Miron Alfaia Castellani

Instituição: Universidade Estadual de Campinas

Resumo: A proposta aqui apresentada tem de ser entendida num aspecto amplo. Vivemos

numa sociedade de grandes desigualdades sociais, com abundância de bens e múltiplos

serviços para uma minoria, enquanto a maioria consome pouco, quase nada; uma

sociedade que, para oferecer muito a poucos e pouco a muitos, explora demasiadamente

os recursos da natureza, com grande produção de resíduos que poluem o ar; as águas, os

solos etc. Nossa proposta é estender o conforto e os avanços da tecnologia aos homens

das comunidades carentes, por meio de serviços baratos, em que a divisão dos custos dos

bens entre várias pessoas faz os serviços se tornarem acessíveis aòs homens pobres, o que

é auxiliado pela otimização da utilização dos prodútos humanos pela comunidade. Tudo

está baseado em que as pessoas não precisam comprar bens duráveis para atender às suas

necessidades momentâneas ou para usar pôuco por grande quantidade de tempo.

Agora o pensamento é quanto à máquina de layar roupas. Para lavar suas próprias roupas,

uma-pessoa precisa de um espaço em casa para isso, o que interfere no numero de metros

quadrados da casa e no seu preço, Além disso, ela precisa da máquina, que custaria,

digamos, R$700,00. Uma família gastaria muito dinheiro para ter um objeto que usaria por

duas horas semanalmente. Como os dias têm no mínimo 12 horas livres, a mesma máquina

poderia ser usada por 42 pessoas (representando cada uma delas uma família). Dividindo o

preço dessa máquina por essas pessoas, cada família pagaria R$17,00 pela máquina. Do

mesmo modo que uma pessoa após comprar; a máquina pode usá-la por mais cinco anos, o

gasto dé R$17,00 poderia ser diluído para R$3,40 por ano. Um grupo de 420 mil famílias

compraria 10 mil máquinas, em vez de 420 mil em 5 anos, representando uma economia de

R$ 57,4 milhões por ano só com máquinas de lavar.

Essa terceirização de gastos individuais poderia reduzir em muito as necessidades de gastos

de muita gente. Há uma infinidade de objetos que usamos apenas uma ou algumas vezes e

que depois são inúteis, além de objetos que juntamos ao nosso patrimônio, mas que

usamos pouco por umà boa quantidade de tempo, como a máquina de lavar.

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Mas a ênfase desse projeto, o que ele propõe especificamente, será uma empresa, rtos

moldes americanos, de lavagem de roupa. A forma como será organizado esse

empreendimento será discutido adiante.

O setor de serviços vem crescendo à medida que a região cresce. Manaus é um exemplo.

Mas a demanda não está sendo totalmente atendida, dando oportunidade para negócios

como o proposto surgirem. Temos de fazer os serviços sabendo que as pessoas querem que

eles sejam feitos por um bom preço e ainda com muito conforto.

Projeto CS-52

Título: Análise Comparativa de Chrysomya megacephala e de Doenças Relacionadas com a

Falta de Saneamento Básico em Populações com Determinadas Identidades Sociais na

Cidade do Porto Velho – Rondônia.

Autor: Nelice Milena Batistelli Serbino

Instituição: Faculdade Interamericana de Porto Velho (UNIRON)

Resumo: Atualmente a falta de saneamento básico afeta grande porcentagem da população

mundial, e quando esta é observada nos países em desenvolvimento, esta estimativa é

ainda mais preocupante. A cidade de Porto Velho, localizada na região Norte do país,

cresceu desordenadamente, sem planejamento e investimento para a problemática da

saúde pública; consequentemente, a questão da precariedade do saneamento básico não é

devidamente atendida. Sabe-se que com a falta de saneamento básico o ambiente é

propício para a introdução e multiplicação em massa de espécies de moscas sinantrópicas

vetoras de doenças. Chrysomya megacephala é uma das espécies de Calliphoridae mais

preocupante, em virtude do grande número de espécimes que podem alcançar e também

pela sua importância epidemiológica, pois é um veiculador de diversas doenças. Não se tem

registro do índice populacional dessa espécie em Porto Velho/Rondônia, tampouco da

interação desses espécimes com o índice de doenças relacionadas com a falta de

saneamento básico. O objetivo desta pesquisa é realizar um estudo que integre

metodologicamente as áreas sociais e biológicas, levantando dados sobre o meio

sõcioambiental em que a população de Porto Velho está inserida. Com isso, os dados serão

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coletados em locais onde existe ou não o saneamento básicp adequado, para quantificar o

índice de moscas vetoras de doenças e o índice de pessoas infectadas por elas. Além disso,

buscaremos analisar criticamente até que ponto as condições ambientais contribuem na

reprodução do meio social e histórico da população, com a construção de identidades, com

vistas a propor políticas públicas que, no futuro, possam vir a contribuir para a

transformação dessa história.

Projeto CS-53

Título: PRONTUS: Telediagnóstico Médico para a Amazônia

Autor: Roberto Silva

Instituição: Médico do Programa Saúde da Família (São Paulo-SP)

Resumo: O diagnóstico médico é parte imprescindível do atendimento clínico, na medida

em que as medidas de tratamento podem ser efetuadas, e por conseguinte, a cura, se

possível, só ocorrerá após as medidas tomadas depois que o diagnóstico correto é firmado.

Também é conhecido de todos que quanto antes o tratamento for instituído, maiores as

chances de sucesso. O ato de diagnosticar é, pois, o cerne do processo que permite, no fim,

aumentar a possibilidade de tratamentos eficazes.

A colocação de especialistas em áreas remotas é difícil em qualquer parte do mundo. A

Amazônia, por sua grandiosidade, coloca-se entre aquelas áreas que dificultam a colocação

de profissionais ultra-especializados em comunidades pequenas, isoladas, por dias de

viagens, de centros maiores. Comunidades pequenas não comportam especialistas médicos

e, muitas vezes, nem mesmo um profissional médico generalista pode morar em povoações

com menos de mil habitantes. Por outro lado, não há nada que garanta que nessas

comunidades não surjam quadros de difícil diagnóstico, uma vez que tanto quadros

infecciosos como degenerações (cânceres) podem ocorrer em qualquer lugar. Menos

motivo ainda há para considerar os habitantes destes lugares como menos merecedores de

atenção médica. Urge, então, encontrar meios que permitam oferecer às populações

distantes uma estratégia de atendimento que contemple tanto o oferecimento de um

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conteúdo de qualidade como racionalmente abordável em termos financeiros e

operacionais.

Temos desenvolvido ao longo dos anos expertise em sistemas de apoio à decisão médica,

conforme pode ser visto nas referências no fim do projeto. O PRONTUS seria uma versão

online de um sistema de telediagnóstico médico, voltado às necessidades das populações

da Amazônia. Numa primeira etapa, devem ser incluídas as nosologias de maior prevalência

na região, mas não só elas, como também acidentes ofídicos (picadas de cobra),

intoxicações e outras condições, como insolações, que necessitem de diagnóstico imediato,

visando tratamento ou remoção.

Nossos sistemas privilegiam o diagnóstico baseado em sinais e sintomas clínicos, ou seja,

muito pouco de resultados laboratoriais são exigidos, uma vez que estes também são de

difícil execução na selva. Também somos adeptos de aproveitar o manancial de

tratamentos que podem ser obtidos na própria floresta. Desta forma, um módulo de

tratamento com, produtos naturais, certamente referenciados por autoridades da área,

pode ser oferecido alternativamente, e não como única opção de tratamento.

Projeto CS-54

Título: Levantamento e Identificação de Fungos Micorrizicos Arbusculares Produtores de

Enzimas Fosfatases em um Sistema de Cultivo de Cafeeiro Arborizado em Rondônia

Autor: Rogério Sebastião Corrêa da Costa

Instituição: Embrapa Rondônia

Resumo: As projeções de exaustão das reservas naturais de fósforo daqui a 60-80 anos

criam um cenário preocupante quanto à sustentabilidade dos sistemas agrícolas. Na

agricultura de subsistência praticada nos solos pobres da Amazônia, o fósforo, quando

suplementado, é na forma inorgânica nos cultivos anuais, perenes e pastagens.

Alternativamente, o Uso de fontes orgânicas de P, como a serrapilheira oriunda de espécies

acumuladoras deste elemento, pode ser um modo mais barato de suprir este nutriente. No

entanto, o aproveitamento do P orgânico pelas plantas está relacionado à atividade das

enzimas fosfatases, principalmente a fosfatase ácida, exsudada pelos sistemas radiculares

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de determinadas espécies e por microorganismos do solo. Essas enzimas podem hidrolisar

uma variedade de ésteres e anidridús do ácido fosfórico, liberando fosfato. Recentemente,

tem-se reportado o importante papel dos microorganismos no processo de recuperação de

áreas degradadas, destacando-se entre eles os fungos micorrízico arbusculares (FMA). A

utilização dos FMAs tem sido considerada há três décadas como uma alternativa para a

redução no uso de insumos (fertilizantes e pesticidas) na agricultura, devido aos seus

efeitos benéficos no crescimento de plantas (Miranda & Miranda, 1997). Os efeitos

nutricionais estão relacionados na ação direta do fungo na absorção de nutrientes e

indireta na fixação biológica de nitrogênio, mineralização e/ou solubilização de nutrientes

da rizos- fera, assim como a modificações na transíocação, partição e eficiência de uso de

nutrientes absorvidos pelas raízes ou micorrizas (Siqueira & Franco, 1988). Segundo

Marchner (1990), os principais efeitos da micorriza na nutrição de P residem nas elevadas

taxas de absorção de P de fontes de baixa-solubilidade.

Uma alternativa interessante para a agricultura e a recuperação de áreas degradadas seria a

seleção e identificação de espécies de FMAs produtores da enzima fosfatase, ou seja, essa

importante interação, além de aumentar a área de captação de nutrientes das raízes pela

micorriza, atuaria também, com a enzima fosfatase, na mineralização do P orgânico e

disponibilização para as raízes das plantas, pesquisa que carece de mais estudos,

principalmente no ecossistema amazônico. A justificativa de estudar essa interação nos

Sistemas Agroflorestais é que estes constituem o tipo de uso do solo que mais se aproxima

da estrutura e da dinâmica da vegetação natural, podendo substituir, com certa eficiência, a

manutenção do equilíbrio ecológico nos trópicos.

Projeto CS-55

Título: Vila Ecológica Sustentável como Modelo de Cinturão de Proteção de Reserva

Florestal na Amazônia

Autores: Ruy Alexandre de Sá Ribeiro | Marilene Gomes de Sá Ribeiro

Instituição: Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)

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Resumo: Para inibir a degradação de reservas florestais é necessária a conscientização e

participação efetiva das comunidades do entorno destas. Para conscientizar a população do

entorno, é preciso dotá-la de melhor qualidade de vida, iniciando-se isto com o provimento

de moradias dignas sustentáveis. Sugere-se a implantação de um Programa de Construção

Sustentável (PCS) para construir vilas ecológicas sustentáveis no entorno de reservas

florestais; vilas construídas nos moldes de habitações de integração social, com materiais

sustentáveis, como bambu, barro de escavações, resíduos de madeira e de bambu, e

resíduo de carbureto de cálcio hidratado; vilas dotadas de captação e utilização de água das

chuvas, estação de tratamento ecológico de esgoto e cobertura suportada por forro

estrutural de bambu. Sugere-se, assim, o projeto e a Construção de vilas ecológicas

sustentáveis como modelo de cinturão de proteção, com moradias implantadas ao longo do

perímetro da Reserva Florestal Adolpho Ducke (RFAD), em Manaus, em áreas de constante

ameaça de invasão. Essa iniciativa de preservação do nosso patrimônio natural, além de

atrair o turismo ecológico, serve como protótipo de barreira ecologicamente sustentável.

Trata-se de modelo de habitação de interesse social para renda familiar de até três salários

mínimos, podendo abrigar populações vítimas das intempéries, remanejamento de

moradores de áreas de riscos e famílias que se deslocam temporariamente do interior para

a capital para tratamento de saúde pelo SUS.

Projeto CS-56

Título: Inclusão Social na Associação das Mulheres Indígena do Alto Rio Negro

Autores: Shirley Pojo Ribeiro | Geovana Silveira da Silva

Instituição: Faculdade Boas Novas

Resumo: Nos dias atuais, ouve-se muito falar sobre inclusão social, sempre mostrando os

dois lados da moeda, na comunidade indígena e nas demais comunidades, nas empresas e

também na mídia, o que se torna muito importante para o progresso tanto da Nação como

também do progresso interior da pessoa social. Hoje a AMARN (Associação das Mulheres

Indígenas do Alto Rio Negro) desenvolve duas atividades prioritárias: a defesa dos direitos

das mulheres indígenas, participando das mobilizações e ações do movimento indígena

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local, regional e nacional é na produção e comercialização de artesanato indígena. A

atividade de artesanato é a principal fonte de renda e de sobrevivência da maioria das

associadas, que neste momento está passando por uma reorganização; na tentativa de

torná-la um negócio autossustentável, em busca de importantes parcerias. Com o propósito

de criar um método de trabalho em que as comunidades das mulheres indígenas possam

usufruir de treinamentos e procedimentos de negociação, essa proposta vem somar no

trabalho que as índias já desenvolvem. A temática do projeto visa também um programa de

treinamento de estagiários da área de Administração e Comunicação etc., áreas que

contribuam para o sucesso do planejamento dos processos de vendas e negócios.

Este trabalho busca desenvolver os instrumentos de organização utilizados pela AMARN,

onde se desenvolvem atividades de artesanato. Para isso, primeiramente o estudo

compreende a utilização de acadêmicos da área de Administração e Comunicação e das

demais áreas que venham se adequar para ajudar nas definições dos instrumentos de

divulgação e planejamento da associação. Num segundo momento, é analisada a

possibilidade de uma reestruturação organizacional, na tentativa de tornar o negócio

autossustentável. Os métodos praticados para alcançar o objetivo foram: a pesquisa

bibliográfica e a observação participante, que possibilitou aproveitar de modo eficaz o

potencial de cada membro. A comunidade da AMARN deve ter como principio básico ser

atuante no mercado financeiro; não pode ficar passiva diante deste projeto, uma vez que é

parte integrante do mesmo projeto e precisamos valorizar nossa cultura e nossos costumes.

Assim, é necessária a informação para formar cidadãos mais responsáveis e participativos

no que diz respeito ao desenvolvimento local. Neste contexto, é de fundamental

importância a participação da comunidade indígena, mais precisamente das mulheres.

Projeto CS-57

Título: Cidadania em Ação

Autor: Solange Lima Barros

Instituição: Faculdade Boas Novas

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Resumo: O projeto Cidadania em Ação é voltado ao meio ambiente no âmbito da

reciclagem de garrafas plásticas. Tendo como objetivo colaborar com as famílias carentes

do meu bairro, juntos iremos confeccionar brinquedos e outros objetos com as garrafas

plásticas. Com este projeto implantado, a comunidade vai ter uma rentabilidade

complementar e também irá aprender sobre a importância de não jogar as garrafas em vias

públicas. Juntos vamos evitar que ruas e casas sejam, inundadas em tempo de chuvas, pois

sabemos que as maiores inundações dos últimos tempos ocorreram por conta das muitas

garrafas aglomeradas à beira dos esgotos e córregos.

O governo do Estado tem realizado obras sociais, com a retirada das famílias que moravam

às margens dos igarapés de todas as zonas de Manaus. Toneladas de :lixo, inclusive garrafas

foram retiradas dós igarapés, que foram restaurados e arborizados, pontes foram

construídas, bem como praças e parques de diversão para crianças e adultos dos bairros

carentes. Casas foram construídas e entregue para as famílias que foram retiradas do local.

Mas ainda existem moradores que necessitam saber como manter o meio ambiente

preservado. Somos os responsáveis por manter limpo o meio em que vivemos. O lixo causa

a degradação da natureza; o plástico demora anos para se decompor. As garrafas plásticas

são úteis mesmo depois de utilizadas. São reutilizadas em fabricação de brinquedos e vários

outros utensílios. Já vi em uma matéria um hotel flutuante na selva.

Projeto CS-58

Título: Capacitação e Construção Demonstrativa de Escolas e Postos de Saúde Sustentáveis

para Aldeias Indígenas na Amazônia Sul Ocidental

Autor: Tanith Olortegui del Castillo

Instituição: Universidade Federal do Acre (UFAC)

Resumo: Este projeto apresenta uma alternativa de desenho e construção sustentável para

escolas e postos de saúde em aldeias indígenas na Amazônia Sul Ocidental, considerando as

peculiaridades culturais, educacionais e ambientais, incorporando um componente de

capacitação da população indígena em processos construtivos participativos e inclusivos,

levando em conta as técnicas construtivas tradicionais, combinadas com tecnologias

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alternativas que buscam o aproveitamento adequado dos recursos e o mínimo impacto das

edificações nos ecossistemas.

A construção de locais escolares e postos de saúde não deve ser um elemento

alheio nem imposto, se não integrado à realidade física e sociocultural das aldeias

indígenas. Os modelos oficiais executados pelo Estado em Aldeias Indígenas, por tratar-se

de modelos únicos aplicados a diversas realidades e entornos, apresentam sérias

deficiências nos aspectos espacial-formal, ambiental e sociocultural, gerando, no caso das

escolas inter allia constante falta de concentração e diminuição da qualidade do ensino

pretendido. Além dos conteúdos impartidos, consideramos que os aspectos construtivos

das escolas participam com muita importância na resolução dos problemas educativos das

aldeias indígenas.

No caso dos postos de saúde, os modelos construídos são cópias trazidas dos centros

urbanos, que não consideram as mínimas condições de conforto climático, espacial ou de

saneamento básico para brindar os serviços de saúde à população indígena.

Este projeto considera as necessidades e aspectos socioculturais, tecnológicos e ambientais

das escolas e postos de saúde em aldeias indígenas e propõe:

• adequação física da escola e do posto de saúde ao entorno ambiental das

aldeias indígenas;

• adequação social e cultural da escola e do posto de saúde através de um

desenho apropriado;

• soluções para o saneamento ambiental;

• espaço ideal para implantar um programa comunitário de educação ambiental

que promova, dentro de um entorno ecologicamente adequado e socialmente

justo, as práticas sustentáveis de um uso do ambiente construído em

harmonia com a natureza e os valores culturais próprios da cultura indígena.

Projeto CS-59

Título: Produtos da Agrobiodiversidade: diálogo entre os saberes tradicionais e científicos

no desenvolvimento territorial do Rio Cuieiras, no Amazonas

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Autor: Thiago Mota Cardoso

Instituição: Instituto de Pesquisas Ecológicas (IPE)

Resumo: O rio Cuieiras situa-se a 50km de Manaus e possui seis comunidades ribeirinhas e

indígenas que vivem em área de extrema importância ecológica, segundo relatório do

MMA. As famílias desta região vivem da agricultura tradicional, da pesca, da caça, da coleta,

e do extrativismo madeireiro, do turismo e da assistência social. As comunidades envolvidas

no projeto estão inseridas no Programa de Desenvolvimento Sustentável (PDS) do INCRA.

Em 2005, teve inicio o projeto Etnobotânica e Manejo Agroflorestal no Baixo Rio Negro,

desenvolvido pelo IPÊ – Instituto de Pesquisas Ecológicas, com apoio do Fundo Nacional do

Meio Ambiente (FNMA). O projeto foi elaborado a partir de reuniões comunitárias em que

foram apontados os interesses das comunidades em formalizar parceria tendo em vista o

desenvolvimento dos arranjos produtivos locais, o respeito à cultura ribeirinha e a

identidade do território. O principal objetivo do projeto era desenvolver processos

produtivos locais que tivessem como base o território e os saberes tradicionais das

comunidades indígenas e ribeirinhas do rio Cuieiras, na margem esquerda do Rio Negro, no

seu baixo curso. Para atingir tais objetivos, foram realizadas pesquisas entrelaçadas com

ações agroecológicas e de educação para o desenvolvimento local.

Dentre os principais resultados desta primeira etapa, destacam-se as informações

levantadas através de pesquisas etnoecológicas e do Diagnóstico Rural Participativo. Estas

evidenciaram a alta diversidade agrícola cultivada na região, com 54 espécies cultivadas nos

roçados, 75 nos quintais, entre frutíferas, medicinais, raízes e condimentares. Destacam-se

as 121 variedades, tendo como exemplo as 70 de mandioca e 12 de banana. A pesquisa

mostrou que é incorporado profundo conhecimento agroecológico no manejo da

agrobiodiversidade e as mulheres possuem papel central nas atividades agrícolas. Pode

estar ocorrendo uma erosão dos recursos genéticos e dos saberes associados a estes

recursos, devido em parte à migração dos esforços de trabalho para a atividade madeireira

insustentável e com baixo valor agregado na região. Observou-se também que as famílias

possuem dificuldade em comercializar seus produtos agrícolas, devido ao transporte, forma

de armazenamento e baixo valor dos produtos in natura no mercado.

Outras atividades que vêm sendo realizadas são apoio à formação do Clube de Mães em

duas comunidades (Coanã e São Sebastião). Estas mulheres manejam a agrobiodiversidade

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e planejam criar formas de comercialização dos produtos agroflorestais e artesanais; apoio

na formação dos professores locais com curso de formação de educadores ambientais;

implantação de uma unidade demonstrativa de sistema agroflorestal e 10 famílias com

meliponários (criação de abelhas sem-ferrão) associados aos sistemas agrícolas.

O presente projeto visa a dar continuidade ao processo descrito acima. Seria o início de

uma nova etapa em que foi percebido que, para conservar a agrobiodiversidade, seriam

necessárias também ações voltadas ao incremento da tecnologia agroecológica, a

valorização da cultura agrícola local e a criação e comercialização de produtos oriundos dos

sistemas agrícolas em redes de comércio solidário.

Muitos agricultores das comunidades do rio Cuieiras utilizam métodos intrínsecos à

agroecologia e agrofloresta que serão, no entanto, além de valorizadas, aprimoradas,

recicladas e complementadas por outras desenvolvidas e implementadas em outras

regiões. A realização de intercâmbios com outras experiências e a promoção de oficinas de

capacitação em agroecologia e empreendimentos solidários constituem-se pilares da

abertura dos produtos agrícolas aos mercados.

Em duas comunidades do rio Cuieiras, São Sebastião e Nova Canaã, as mulheres

apresentam interesse em formar grupos para produzir bordados, artesanatos ou doces,

com fins comerciais. Em ambas, já houve grupos de mulheres que foram ativos; no entanto,

foram diluídos principalmente devido à dificuldade de organização social para o

empreendedorismo. O IPÊ realizou reuniões com grupos de mulheres nessas comunidades,

buscando iniciar sua organização e definir um planejamento inicial. Nestas reuniões, foram

levantados alguns produtos com os quais as mulheres gostariam de trabalhar e dos quais

algumas já apresentam conhecimento da técnica, foram estes: artesanato com sementes e

fibras, doces e culinária local, velas e sabonetes, e bordados em panos de cozinha e toalhas.

Espera-se que a consolidação da comercialização gere melhoria da qualidade de vida para

algumas famílias, incentivando e valorizando a produção agroecológica familiar e local.

Consiste em uma alternativa de renda em uma região ondeia principal fonte de renda

constitui-se na extração madeireira. Portanto, além de benefícios socioculturais e

econômicos, este projeto visa contribuir para a conservação ambiental e da paisagem. O

projeto também busca refletir sobre estratégias de consolidar os processos locais de

manutenção e geração de agrobiodiversidade, da produção à culinária, como patrimônio

cultural e formas de proteção dos produtos através de indicadores geográficos.

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Projeto CS-60

Título: Cultivo, Beneficiamento e Comercialização da Bucha Vegetal (Luffa acutângula):

estratégia de ressocialização de re-educandos da Casa de Prisão Provisória de Palmas (TO)

Autor: Valcelir Borges da Silva

Instituição: Associação de Apoio às Famílias e Recuperação do Ex-presidiário (ARAP)

Resumo: Propõe-se, inicialmente/cultivar a bucha vegetal em 1000m2 de área degradada

em um terreno da Associação de apoio às famílias e recuperação do ex-presidiário

(AARAP), situado no Jardim Aureny III, APM – 15A, sendo parte estratégica de estudos para

a recuperação de sua vegetação característica (bioma cerrado). A preparação da área,

plantio e manejo serão desenvolvidos por ex-presidiários da Casa de Prisão Provisória de

Palmas (CPPP) sob orientação e acompanhamento técnico-científico.

Após a colheita, os frutos serão encaminhados à Escola Estadual Nova Geração que

funciona no interior da Casa de Prisão Provisória de Palmas, onde serão beneficiados por

reeducandos que frequentam a Escola e cumprem pena em regime fechado. O

beneficiamento constará, basicamente, da preparação e ensacamento dás buchas para

comercialização em mercado local e da produção de artefatos artesanais como chinelos,

cestos, tapetes, chapéus, bonecas, palmilhas para sapatos, correias, entre outros.

O escoamento da produção, a divisão dos recursos arrecadados, bem como a formação de

novas demandas; será administrado pela AARAP, mediante proposta amplamente debatida

e definida com os reeducandos envolvidos e suas famílias. O projeto deverá se consolidar

como autossustentável a partir de parcerias firmadas com instituições públicas e privadas

ligadas ao desenvolvimento socioambiental sustentável, bem como com artesãos,

empresários e outros representantes da sociedade civil que apoiam o trabalho social, a

cultura, o meio ambiente e a pesquisa.

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Projeto CS-61

Ver Lista de Premiados.

Projeto CS-62

Título: Turismo na Educação

Autor: Vilde dos Anjos Araújo

Instituição: Escola Técnica Federal de Palmas

Resumo: Sensibilizar alunos de escolas municipais da importância da atividade turística para

o desenvolvimento da comunidade.

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COMISSÃO JULGADORA

José Aldemir de Oliveira

Secretaria de Ciência e Tecnologia do Estado do Amazonas

Presidente da Comissão

José Rincon Ferreira

Diretor de Articulação Tecnologia da Secretaria de Tecnologia Industrial, do Ministério do

Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC)

Representante do MDIC e Secretário da Comissão

Abidias José de Sousa Junior

Presidente do Banco da Amazônia S.A.

Adriano Remor

Faculdade Atual

Américo Ciccarelli

Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae)

Denis Minev

Secretário do Planejamento do Estado do Amazonas

Elisabete Brocki

Diretora Técnico-Científica da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Amazonas

(FAPEAM)

Evandro Oliveira Resende

Chefe de Gabinete da Federação das Indústrias do Estado do Tocan tins (FIETO)

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Geferson Oliveira Barros Filho

Subsecretário da Secretaria de Juventude do Estado do Tocantins (SEJUV)

Hélio Francisco dos Santos Graça

Consultor

João Ângelo de Lima Júnior

Subsecretário da Secretaria de Ciência e Tecnologia Tocantins

Jorge Luiz Araújo Vila Nova

Superintendente da Federação das Indústrias do Estado, do Acre (FIEAC)

Josefa Magna Alves de Souza

Fundação de Tecnologia do Estado do Acre

José Clemerson Santos Batista

Conselho Federal.de Engenharia, Arquitetura e Agronomia (Confea)

José Expedito Cavalcante da Silva

Vice-Reitor da Universidade Federal do Tocatins

Lissandra Martha dos Santos Silva

Federação das Indústrias do Estado de Roraima (Fier)

Lynaldo Cavalcanti

Assoçiação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (Abipti)

Manoel Marcos Formiga

Confederação Nacional da Indústria

Maria de Fátima Chamma

Chamma da Amazônia

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Maria José Monteiro

Ministério de Integração Nacional

Raimundo Ribeiro Passos

Universidade Federal do Amazonas

Roberto Ramos Santos

Reitor da Universidade Federal de Roraima

Sanclayton Geraldo Carneiro Moreira

Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado do Pará (Fapespa)

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Índices

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RELAÇÃO DE AUTORES

Albuquerque, Erika Crisóstomo Projeto CS-08

Alcayaga, Eduardo Aléxis Lobo Projeto A-18

Almeida, Arlete Silva de Projeto A 09

Andrade, Francisca Marli Rodrigues

de

Projeto CS-24

Andrade, Jerusa de Souza Projeto ET-29

Araújo, José de Deus Pinheiro de Projeto CS-26

Araújo, Vilde dos Anjos Projeto CS 62

Arcari, Jonnes Alexandre Projeto ET-33

Azevedo, Vânia Cristina Rennó Projeto A-51

Barros, Aldemurpe Oliveira de Projeto CS-02

Barros, Carlos Eduardo Mesquita Projeto ET-13

Barros, João Bosco Magalhães Projeto A-24

Barros, Solange Lima Projeto CS-57

Basso, Silvia Luciane Projeto ET-46

Bastos, Solimar de Castro Projeto A-49

Behling, Cláudio Projeto CS-16

Bessa, Tereza Maria Farias Projeto ET-27

Bezerra, Janaina Miranda Projeto CS-30

Bezerra, José Carlos Projeto CS-32

Bicudo, Gilson Carlos Projeto A-24

Borges, Cássia Aparecida dei Oliveira Projeto CS-43

Borges, João Tito Projeto ET-31

Projeto A-25

Projeto ET-41

Borges, Júlio César de Lyra Projeto A-29

Borges, Kennedy Aparecido de

Andrade

Projeto A-30

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Botelho, Magvan Gomes Projeto CS-40

Braga, João Paulo Costa Projeto ET-30

Brandão Junior, Paulo César Projeto CS-28

Brasil, Gabriel Projeto ET-25

Brito, Aline Pereira de Sousa Projeto A-B-03

Bueno, Carlos Roberto Projeto CS-13

Callage, Marcia Projeto A-38

Camargo, Luis Marcelo Aranha Projeto CS-38

Canedo, Ana Carolina Projeto CS-07

Cardoso, Thiago Mota Projeto CS-59

Cardozo, Ivaneide Bandeira Projeto A-23

Carneiro, Cleyton de Carvalho Projeto ET-13

Carneiro, Marcelo Domingos Sampaio Projeto CS-41

Carvalho, Nilson buiz de Aguiar Projeto ET-39

Castellani, Miron Alfaia Projeto CS-51

Castillo, Tanith Olórtegui del Projeto CS-58

Cavero, Bruno Projeto ET-06

Chaar, Jamal da Silva Projeto ET-31

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Clasta, Neffretier Cinthya

Costa, Amanda da Silva

Costa, Maria Celeste Melo

Costa, Maria Conceição dos Santos.

Costa, Newton de Lucena

Costa, Nogueira Maria

Crosta, Alvaro Penteado

Cunha, Isac Braz da

Cuvello, Sulamita

Damasceno, Solange

D'Avis, Ferrião Cortez

Della Vechia, Davi Dennis

Dias, Lucineide

Dias, Marina

Drigo, Isabel Garcia

Projeto CS-08

Projeto CS-06

Projeto CS-45

Projeto CS-46

Projeto A-43

Projeto A-40

Projeto ET-13

Projeto A-21

Projeto CS-22

Projeto CS-22

Projeto ET-23

Projeto CS-22

Projeto CS-22

Projeto CS-48

Projeto CS-27

Fearnside, Philip Martin Projeto A-44

Fernandes, Willian Ricardo da Silva Projeto A 54

Fonseca, Denise Pini Rosalem da Projeto CS-18

Fonseca, Siérgio de Mattos Projeto A-47

Freitas, Renato Mendes Projeto ET-45

Gandra, Héliana Mendes Projeto A-20

Gomes, Iviane de Oliveira Projeto CS-28

Gonçalves, David Benedito Ribeiro • Projeto CS-17

Gonçalves, José Francisco Magalhães Projeto A-27

Gússo, Lilian Corina Projeto CS-37

Hubínger, Miriam Dupas Projeto ET-12

Jesus, Rogério Souza de Projeto ET-29

Jordão, Alexandre Luis Projeto CS-05

Kemenes, Alexandre Projeto A-02

Koury, Carlos Gabriel Gonçalves Projeto ET-10

Kumura, Herbert Projeto ET-27

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Lara, Flávio Wanderlei Projeto ET-24

Leal, Cláudio Antonio Rodrigues Projeto CS-15

Leitão, Miriam Projeto ET-38

Lima, Antonio de Almeida Projeto A-06

Lima, Vania Maria O. da Camara Projeto ET-27

Lomba, José Barros de Projeto CS-28

Macedo, Luciana Surita da Motta Projeto A-31

Magalhães, Alex Fabiano Ribeiro de Projeto ET-02

Marques, Paulo Eduardo Moruzzi Projeto CS-05

Martins, Alessandra Monteiro Projeto CS-04

Matos, Deniza Lima Projeto CS-19

Melo, Karina Suzana Gomes de Projeto ET-29

Melo Júnior, Aníbal Ney Epaminondas de Projeto A-05

Melo Neto, Cândido Justino de Projeto ET-07

Mendes, Gilda Maria Raposo Projeto A-20

Mendez, Osvaldo Ronald Saavedra Projeto ET-40

Montanha, Aristides Projeto A-08

Monteiro, Claudia Guerra Projeto ET-11

Moura, Jaciel Ramos Projeto CS-29

Nakano, Octávio Projeto ET-03

Nami, Marcio Roberto Palhares Projeto CS-28

Projeto CS-09

Nascimento, Claudete Catanhede do Projeto CS-14

Nascimento, Gleice Anne Gomes do Projeto CS-27

Nogueira, Manoel Fernandes Martins Projeto A-37

Nunes, Maria de Jesus da Silva Projeto CS-47

Oliveira, Anna Rogéria N. de Projeto CS-08

Oliveira, Antonio Francisco Lima de Projeto CS-10

Oliveira, Décio Ferreira Projeto A-15

Oliveira, Fabian Bezerra de Projeto ET-22

Oliveira, Joceli dé Fátima de Projeto ET-32

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Oliveira, Juliete Silva Projeto ET-35

Oliveira, Luiz Antônio de Projeto ET-36

Oliveira, Ozely de Souza Projeto ET-41

Oliveira, Vânia Beatriz Vasconcelos de Projeto CS-61

Park, Kil Jim Projeto ET-12

Passos, Messias Modesto dos Projeto A-42

Pereira, Arison José Projeto A-07

Pereira, Daniel de Brito Projeto A-13

Peres, Sidnei Clemente Projeto A-48

Pontes, Cynthia Lins Falcone Projeto ET-27

Piedade, Marja Teresa Fernandez Projeto A-41

Pimenta, Raphael Sanzio Projeto ET-44

Pinedo, Rosalinda Arévalo Projeto ET-46

Pinheiro, Carlos Cleomir de Souza Projeto ET-09

Pinheiro, Cláudio Urbano Bittencourt Projeto A-12

Pinto, Ana Cristina da Silva Projeto CS-04

Pinto, Ana Lúcia Alves Projeto A-04

Prado, Alexandra Vieira do Projeto A-01

Príncipe, Leonide Dominique Projeto CS-35

Rebéllo, José Jorge Projeto ET-29

Reis, Eustáquio José y Projeto ET-20

Ribeiro, Antonio Carlos Projeto CS-10

Ribeiro, Carmelita de Fátima Amaral Projeto ET-12

Ribeiro, Cassiano Figueiredo Projeto A-11

Ribeiro, Edson da Silva Projeto CS-14

Ribeiro, Marilene Gomes de Sá Projeto CS-55

Ribeiro, Ruy Alexandre de Sá Projeto CS-56

Ribeiro, Shirley Pojo Projeto CS-56

Rocha, Jadir de Souza Projeto ET-27

Rocha, Meire de Souza Projeto CS-49

Rocha Filho, Jose Conceição Projeto CS-33

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Rodrigues, Adriana Lúcia Paiva Projeto CS-01

Rodrigues, Baziléa de Nazaré Araujo Projeto CS-11

Rodrigues, Ecio Projeto CS-21

Rosa Neto, Calixto Projeto A-10

Rosa, Juliana Projeto ET-38

Saboya, Luciano Marcelo Valle Projeto A-35

Sagratzki, Adan Projeto ET-06

Samonek, Francisco Projeto CS-34

Samonek, Juliana Venturin Projeto CS-34

Santiago, Joseneide Sales Projeto ET-34

Santos, Lidiane Matos Projeto CS-36

Santos, Lucio Pereira Projeto ET-36

Schmal, Philippe Projeto ET-43

Schmidt, Gilda Projeto CS-25

Serbino, Nelice Milena Batistelli Projeto CS-52

Silva, Adalene Moreira Projeto ET-13

Silva, Antonio Batista da Projeto ET-05

Silva, Cláudio José Pinheiro da Projeto A-24

Silva, Carlos Francisco Lobato Álvares da Projeto CS-12

Silva, Dany Geraldo Kramer Cavalcanti e Projeto A-14

Silva, Edmilson Bechara e Projeto A-17

Silva, Edson Roberto da Projeto ET-19

Silva, Ezequiel Camilo da Projeto ET-21

Projeto CS-23

Projeto A-19

Silva, Geovana Silveira da Projeto CS-56

Silva, Gilvanda Projeto ET-26

Silva, Jovandir Batista da

Silva, Luiz Roberto Couto da

Silva, Maria de Jesus Moura Barbosa

Silva, Miguel Rocha da

Projeto A-28

Projeto CS-39

Projeto A-39

Projeto CS-50

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Silva, Raimundo Nonato Lemos da

Silva, Rocilda Oliveira da

Silva, Roberto

Silva, Tânia Maria Bayer da

Silva, Valcelir Borges da

Simões, Aguimar Vasconcelos

Sousa; Marcone Duarte

Souza, Aldilene de Melo Ambrosio e

Souza, João Evangelista Rodrigues de

Souza, Marcelo de Castro

Souza, Maria Antônia Valadares de

Souza, Raimundo. Silva de

Souza, Victor Ferreira de

Souza, Vladimir de

Souza Júnior, Durval Ferreira de

Stilianidi Filho, Bernard

Taklyama, Luís Roberto

Teixeira, Wenceslau Geraldes

Valter Arthur

Varga, István yan Deursen

Ventura, Elaine da Silva

Verás, Edi Ferreira

Veras, Eliana da Conceição Rodrigues

Voivodic, Mauricio de Almeir

Volcov, Pedro Luiz Ghedini

Werneck, Marcio Alexandre Carvalho

Zanetti, Ederson Augusto

Projeto A-45

Projeto A-46 eto

Projeto CS-53

Projeto A-50

Projeto CS-60

Projeto ET-01

Projeto CS-43

Projeto CS-03

Projeto CS-31

Projeto A 16

Projeto CS-44

Projeto ET-29

Projeto ET-48

Projeto A-52

Projeto ET-16

Projeto ET-06

Projeto A-15

Projeto A-53

Projeto ET-46

Projeto A-22

Projeto CS-09

Projeto ET-18

Projeto CS-21

Projeto CS-22

Projeto CS-27

Projeto ET-42

Projeto CS-09

Projeto A-16

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RELAÇÃO DE INSTITUIÇÕES PARTICIPANTES

Área Ambiental

Alô Som da Amazônia – Microfone Profissional

Associação Andiroba

Associação dos Parques Ecológicos de Alta Floresta (MT)

Associação dos Pescadores do rio Pacujutá e Paracuuba Miri

Associação dos Produtores Rurais do Vale do XV (APRUV XV)

Centrais Elétricas do Norte do Brasil S/A (Eletronorte)/Universidade

Centro de Biotecnologia da Amazônia (CBA)

Centro de Ensino Superior de Maringá Ltda (CESUMAR)

Centro Federal de Educação Tecnológica do Maranhão – Unidade PROJETO

Centro Nacional de Referência em Biomassa (CENBIO)

Centro de Pesquisa e Gestão de Recursos Pesqueiros do Litoral Norte (CEPNOR)

Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA)

Centro Universitário do Maranhão (UNICEUMA)

Centro Universitário Nilton Lins

Cooperativa dos Pescadores e Artesãos de Pai André e Bonsucesso

Embrapa/Universidade Estadual do Amazonas

Embrapa Amapá

Embrapa Amazônia Ocidental

Embrapa Amazônia Oriental

Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia

Embrapa Rondônia

Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária – Embrapa Acre

Escola Agroindustrial Juscelino Kubitscheck de Oliveira

Escola Agrotécnica Federal de Araguatins, Tocantins Faculdade Ideal

Federação Estadual das Entidades de Micro e Pequenas Empresas (FEEMPI)

Fundação Centro de /análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (FUCAPI)

Fundação Oswaldo Cruz (FIOCRUZ)

Fundação Shunji Nishimura de Tecnologia

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Hellianthus Institute for Environment Conservation (HIEC)

Instituto de Eletrotécnica e Energia/USP

Instituto de Estudos Avançados (lEAv)

Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (INCRA)

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)

Instituto de Pesquisas Científicas e Tecnológicas do Estado do Amapá (IEPA)

Instituto Piagaçú

Museu Paraense Emilio Goeldi (MPEG)

Prefeitura Municipal

Ruy Monteiro Diniz (empresa)

Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Naturais, Acre

Secretaria Municipal de Educação de Castanhal (PA)

Secretaria Municipal de Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas (SMGA)

Secretaria Municipal de Gestão Ambiental e Assuntos Indígenas/Prefeitura

ULBRA, Manaus

UNESP, Campus de Presidente Prudente/SP

Universidade de Brasília

Universidade Estadual do Rio de Janeiro (UERJ)

Universidade Federal do Acre, Campus Floresta

Universidade Federal do Amazonas

Universidade Federal Fluminense

Universidade Federal do Maranhão

Universidade Federal do Mato Grosso (UFMT)

Universidade Federal do Pará

Universidade Federal do Pará, Campus de Bragança

Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS)

Universidade Federal de Rondônia (UNIR)

Universidade Federal de Santa Catarina

Universidade do Oeste de Santa Catarina\(UNOESC)

Área Econômica/Tecnológica

Amazônia Borracha e Reflorestamento Ltda

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Associação Andiroba

Associação de Desenvolvimento da Agroecologia e da Economia Solidária (ADA AÇAÍ)

Associação Nacional dos Produtores de Pisos de Madeira (ANPM)

Caça Talentos Consultoria e Treinamento Empresarial Ltda

Central das Organizações dos Produtores Rurais de Rorainópolis (RR)

Centro Federal de Tecnologia do Amazonas (CEFET/AM)

CIDESA – Alto Teles Pires

DPC Processos Termoquímicos Ltda

Dheymodara

Dialoga Educação, Tecnologia e Desenvolvimento

Embrapa Acre

Embrapa Amapá

Embrapa Amazônia Oriental

Embrapa Rondônia

Eng. Consult Assessoria em Engenharia Ltda.

Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação Tecnológica (FUCAPI)

Fundação Desembargador Paulo dos Anjos Feitoza

Fundação de Tecnologia do Acre

Fundação Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Instituto Bering Fróes Eco Global

Instituto de Conservação e Desenvolvimento Sustentável do Amazonas (IDESAM)

Instituto de Desenvolvimento Mamirauá

Instituto de Estudos Superiores da Amazônia (IESAM)

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)

Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada NUTRITEST

Secretaria de Assistência Técnica e Extensão Agroflorestal (SEATER)

Universidade da Amazônia Universidade do Estado do Amazonas (UEA)

Universidade Estadual de Campinas

Universidade Estadual de Campinas, Faculdade de Engenharia Agrícola

Faculdade Ideal

Universidade Estadual de Londrina

Universidade Federal.do Acre

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Universidade Federal do Amazonas

Universidade Federal do Ceará

Universidade Federal Fluminense

Universidade Federal do Maranhão

Universidade Federal do Pará (UFPA)

Universidade Federal do Tocantins

Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

Universidade Severino Sombra (USS)

Área Social

Agência de Defesa Agropecuária (ADAPEC)

AOM Gestão de Empresas e Software

Associação Brasileira das Instituições de Pesquisa Tecnológica (ABIPTl)

Centrais Elétricas do Norte do Brasil (Eletronorte)

Consórcio de Desenvolvimento Intermunicipal do Alto Acre e Capixaba (CONDIAC)

Eduvivência Turismo Educativo LTDA

Faculdade de Imperatriz (FACIMP)

Faculdade Salesiana Dom.Bosco

Fundação Centro de Análise, Pesquisa e Inovação

Governo do Estado de Roraima

ILES/ULBRA de Porto Velho

INCRA

Instituto Certi Amazônia

Instituto de Desenvolvimento Sustentável Mamirauá

Instituto Leônidas e Maria Deane (Fiocruz)

Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA)

Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE)

Prefeitura Municipal de Belém

Prefeitura Municipal de Presidente Figueiredo, Amazonas

Petrobras – UN-BSOL

UNITINS

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Universidade do Estado do Amapá (UEAP)

Universidade do Estado do Amazonas (UEA)

Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Instituto de Geociências

Universidade Federal do Acre (UFAC)

Universidade Federal do Acre (UFAC), Campus Floresta

Universidade Federal do Amazonas (UFAM)

Universidade Federal do Maranhão

Universidade Federal de Mato Grosso

Universidade Federal do Pará

Universidade Federal do Paraná (UFPR)

Universidade Federal de Roraima

Universidade Federal do Tocantins (UFT)

Universidade Paulista

Universidade de Santa Cruz do Sul (UNISC)

Universidade de São Paulo

Universidade de São Paulo, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”

Universidade de São Paulo, Faculdade de Saúde Pública

Universidade Virtual de Roraima

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PROJETOS

Abelhas indígenas: diversidade e geração de renda no meio rural

Alimentação de peixes nativos da Amazônia com insetos capturados em armadilhas

instaladas em ambientes fluviais com fins de sustentabilidade ambiental

Alojamento domiciliar para turistas

Amamentação: Simbiose da vida para a vida

Amazônia - projeto integrado para desenvolvimento autossustentável de produção de

alimentos

Análise comparativa de Chtysomya megacephala e de doenças relacionadas com a falta de

saneamento básico em populações com determinadas identidades sociais na cidade de

Porto Velho, Rondônia

Análise dos níveis de degradação florestal no centro de endemismo Belém

Apoena – Educação para a Sustentabilidade- Ler e Aprender nas Comunidades do Rio

Tarumã-Açu

Aproveitamento da vazão de Agua que sai da Hidrelétrica de Tucuruí para geração de

energia

Um arcabouço, para valoração dos benefícios climáticos de áreas protegidas no Estado do

Amazonas

Artefatos com madeiras certificadas da Amazônia Empreendedorismo e Comercialização

Atendimento, o sucesso da saúde-social

Avaliação econômica e social do impacto da agricultura urbana de Tocantinópolis (TO)

Avaliação de riscos ambientais na região do bico do papagaio – Tocantins

Biblioteca móvel – alternativa de socialização de leitura e conhecimento para as

comunidades de Manaus (São Lázaro/Lagoa Verde)

Biojóias da Informática

Câmara de combustão ciclônica para resíduos das indústrias madeireiras

Caminhos para o desenvolvimento sustentável de jovens Tikuna vivendo na cidade: a

construção de novas formas de sobrevivência dos povos indígenas na cidade de Manaus a

partir da cultura

Capacitação e Construção Demonstrativa de Escolas e Postos de Saúde Sustentáveis para

Aldeias Indígenas na Amazônia Sul Ocidental

Capacitação Profissional em Técnicas de Escalada em Árvores

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Capacitação de moradores do Município de São Pedro da Água Branca-MA, pára a geração

de emprego e renda com atividades voltadas para o atendimento aos turistas

Captura e aproveitamento do metano que passa por barragens de hidrelétricas tropicais

Cartilha de profissionais de Serviços de Saúde de Porto Velho (RO)

Cidadania em Ação

Complexo integrado de pesquisa e educação ambiental

Compostagem de lixo na amazónia: insumos para a produção de alimentos

Conservação e revitalização participativa da bacia do rio Buriticupu Construção de

Centro de compras hidro-ferroviário

A construção de arranjos produtivos sustentáveis no fornecimento de carvão vegetal para a

indústria Siderúrgica

Construções sustentáveis para comunidades extrativistas da Amazônia

Cooperativa dos Amigos Catadores e Recicladores de Resíduos Sólidos do Estado de

Roraima (UNIRENDA)

Cooperativismo Financeiro: Sustentabilidade e Desenvolvimento

Corantes naturais no fingimento de couro de peixe e outros artefatos como tecnologia

limpa para o desenvolvimento sustentável da Amazônia

Crescimento de Caupi (Vigna Unguiculata (L.) Walp) Adubado com Diferentes Doses de

Efluente de Fossa Séptica Biodigestora

Criação de um Polo especializado no desenvolvimento tecnológico de curtimento de peles

de peixes amazônicos e sua aplicação no agronegócio de produtos acabados

Criação do Serviço Nacional de Carbono Rural da Amazônia – SNCRA

Criar uma lei para que todo cidadão que more em casa na área urbana, ou empresas que

tenham espaço físico, deve plantar uma árvore e na zona rural planta 50 arvores.

Cultivo, beneficiamento e comercialização da bucha vegetal (Luffa acutangula): estratégia

de re-socialização de re-educandos da Casa de Prisão Provisória de Palmas (TO)

Cultivo da Cultura do Açaí no Município de Barcelos/Amazonas

Cultivo de Jacareuba (Calophyllum brasiliensis) para a produção de madeira, óleo e demais

extratos

Desenvolvimento de equipamentos para proteção contra naufrágio de embarcações na

Amazônia

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O desenvolvimento e implantação de um site sobre a Amazônia como instrumento para

disseminação da conscientização sobre a preservação da Amazônia

Desenvolvimento de jogos infantis virtuais para aplicação na rede de ensino fundamental

visando à prática e os conhecimentos sobre a Amazônia

Desenvolvimento de Tecnologias para o Melhoramento de Óleo Vegetal no Estado do Acre

Desenvolvimento de um modelo de Produção Integrada de Guaraná no Estado do

Amazonas

Desenvolvimento de veículo tipo “Hovercraft” para Aplicações Gerais

Desobstruindo o Meio Ambiente em Estratégia de Desenvolvimento Socioeconômico no

Reaproveitamento do Óleo Saturado

Disseminação de Práticas Sustentáveis e Economicamente viáveis para comunidades

Ribeirinhas da Amazônia – Ecoturismo

Ecologia e Conservação do tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) nas Savanas de

Roraima

Ecoturismo como vetor de Desenvolvimento Sustentável no Amazonas: Difusão de

princípios e busca de novas alternativas

Ecoturismo no Jalapão: Uma Inclusão Social Sustentável

Educação Ambiental nas Escolas Rurais como Instrumento Mitigador do Potencial lesivo

dos Agrotóxicos

Os efeitos das mudanças climáticas globais sobre a agricultura na Amazônia e no Brasil

Eficiência elétrica em residências e empresas de pequeno e médio porte

Embarcações de madeira na Amazônia: o estado da arte – saber local, estrutura, simbologia

e transmissão

Empreendedorismo Social e Artesanato Sustentável na Região do Bico do Papagaio

Estimativa das Trocas de CO2, Calor Latente e Calor Sensível em Ecossistemas de

Manguezal Usando um Modelo Ecofisiológico e Micrometeorológico

Erradicação das carvoarias no Pará

Escola Profissional de Marcenaria Almerinda Malaquias

Estudo dos Impactos Socioambientais na Faixada BR-163 – de Cuiabá/MT a

Santarém/PA (BR-163: de Estrada dos Colonos a Corredor de Exportação)

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Estudos da reprodução e da conservação de sementes de capim dourado

(Singonanthus nitens (Bong.) Ruhland) originários de diferentes regiões do estado

do Tocantins

Expansão do Tempo de Vida de Prateleira de Frutos de Camu-Camu (Myrciaria

Dubia) com Emprego de Doses Mínima de Irradiação Gama

A Exploração em mosaico

A Exploração Sexual Infantil

Extensão Rural com Famílias Agroextrativistas Ribeirinhas: um processo de

construção participativa para o desenvolvimento de um Plano de Ações

Sustentáveis em bases agroecológicas – Comunidade Monte Sião – Município de

São Domingos do Capim (PA) – Região Amazônica Brasileira

Extração de óleo da semente do pequi para utilização no tratamento de problemas

respiratórios e impotência sexual

Extrativistas e Áreas Protegidas do Acre

Fabricação de Placas Decorativas para Revestimento, Confeccionadas com

Sementes de Açaí (Euterpe Oleraceae)

Fixação do homem no campo

Fomentando parcerias florestais sustentáveis: um guia para a elaboração de

contratos a partir do diagnóstico dos arranjos empresas-comunidades já existentes

no Distrito Florestal da BR-163

Geotecnologias e Desenvolvimento Sustentável: modelagem espacial de dados

geológicos, aerogeofísicos e radar no monitoramento de ambientes mineralizados

da Amazônia

Geração de Renda, Inclusão Social e Recomposição de Matas Ciliares por Comunidades

Ribeirinhas na Área de Proteção Ambiental (Apa) da Baixada Maranhense

Gerenciamento Integrado de Resíduos no Interior do Amazonas visando à redução de

impactos no turismo e na saúde pública

O Grande Círculo da Amazônia

Implantação de Unidade de Produção de Mudas para Fortalecimento do Arranjo Produto da

Cajucultura na Região do Jalapão município de Ponte Alta do Tocantins-TO

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Incentivo a mobilização em torno do desenvolvimento sustentável e valorização da

identidade cultural através da criação de um Centro de Pesquisas e Difusão de Tecnologias

Sociais

Inclusão Social na Associação das Mulheres Indígena do Alto Rio Negro

Instalação de Recinto Aduaneiro nos Correios de Manaus com Geração de DSE para

escoamento direto para o exterior de todas as exportações da Amazônia Ocidental

Instalação de uma indústria de sabão produzido a partir de óleo de cozinha usado

Instituto Práxis – planejamento de gestão e cursos

A inter-relação entre a caracterização dos solos antrópicos da Amazônia (Terras Pretas de

índio) e a utilização de carvão vegetal como condicionador agrícola do solo

Inventário da Avifauna do Município de Boa Vista – RR como subsídio ao Ecoturismo

Legislação Sanitária para Empreendedores da Cidade de Manaus

Levantamento e identificação de fungos micorrizicos arbusculares produtores de enzimas

fosfatases em um sistema de cultivo de cafeeiro arborizado em Rondônia

Levantamento epidemiológico, estruturação de programa de saúde bucal e atenção

médico-odontológica de população rural ribeirinha residente às margens do Rio Machado,

Estado de Rondônia

Logística para a coleta e produção de biodiesel a partir de óleos comestíveis residuais

Manejo de Protium spp. em floresta de terra-firme na Amazônia Central

Medicina social para população de baixa renda e o desenvolvimento sustentável certo da

Amazônia

Memória Social e Patrimônio Público: Lacunas Perceptíveis em Primeira Cruz

Minimização do Impacto Ambiental na Área dos Futuros Reservatórios das UHE's Santo

Antônio e Jirau no rio Madeira

Mitigação e conformação aos impactos causado pela invasão das usinas sucroalcooleiras

em nossas confrontações rurais de nossas pequenas gleba rurais

Modernização da rodovia transamazônica

Monitoramento de Áreas Úmidas Amazônicas (MAUA)

“Mulher talento”

Novas formas de organização de empresas na Amazônia, com ênfase em lavanderias

Novos derivados semissintéticos para tratamento de malária Oficina do Saber e

Reciclando para Resgatar

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A Pesca Artesanal e o Desenvolvimento Local: Projeto de Apoio aos Pescadores Artesanais

Plano de Recuperação de-Áreas Degradadas – PRAD do gasoduto Coari-Manaus

Plantas Medicinais na Comunidade

Popularização da ciência na Amazônia: ações do Instituto Nacional de Pesquisas da

Amazônia

Potencial Biotecnológico do Pólen de Melípona Spp. da Região do Baixo Amazonas

As Potencialidades da Amazônia

Povos indígenas e saúde ambiental: gestão territorial e desenvolvimento sustentável na TI

Trombetas/Mapuera

Práticas de Manejo para o Uso Sustentável de Pastagens Nativas nos Lavrados de Roraima

Processo de obtenção e atividade farmacológica de zerumbona obtida dos rizomas de

zingiber zerumbet (I.) smith (zingiberaceae) como fonte de matéria prima de potencial

econômico

Prevenção e tratamento do câncer de útero

PRODUÇÃO 'LEGAL' – Software de Simplificação de Processos de Licenciamento para

Regularização de Atividades Agroextrativístas em Unidades de Conservação de Uso

Sustentável

Produção intensiva de peixes em viveiros escavados homogeneizando a coluna da água por

meio mecânico

Produtos da Agrobiodiversidade: diálogo entre os saberes tradicionais e científicos no

desenvolvimento territorial do Rio Cuieiras, Amazonas

Programa Boa Vista Limpa é Boa Vista Linda!

Programa de Educação e Comunicação Científica para a inclusão social de estudantes do

ensino fundamental, de comunidades ribeirinhas do Rio Madeira, Porto Velho (RO).

(Educomunicação Científica)

Projeto Aimirim – Organização comunitária para o empreendedorismo e geração de

negócios na comunidade costa da terra nova

Projeto – Duplicação da Rodovia Belém Brasília – BR 010

Projeto de desenvolvimento sustentável da Lagoa de Pedra

Projeto ecoarte popular – artesanato de sucatas de oficinas mecânicas

Projeto de Educação Ambiental Guardiões do Verde: um olhar para a formação de

educadores socioambientais

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Projeto Garoto Referência

Projeto de Implantação de um Núcleo de Lapidação de Pedras Semipreciosas (Ametista) na

Comunidade da Serra do Aricamã-Amajarí

Projeto de Inclusão Sócio-Digital nas Zonas Leste e Norte de Manaus

Projeto para Dessalinização Ecológica

Projeto Plantar

Projeto Reciclap: reciclando o Amapá

Projeto Todos pela Revitalização do Córrego Sinhá

PROJETO XAPURI – Turismo e Desenvolvimento na Terra de Chico Mendes

“O Projeto” vai aos Centros comunitários isoladas do Amazônia e seu bairro

PRONTUS: Telediagnóstico Médico para a Amazônia

Proposta para o Desenvolvimento, Sustentável da Comunidade de Quebradeiras de Coco

Babaçu do Município de Sampaio-TO, Programa Agenda 21

Pupunha (Bactris gasipaes) como alternativa para a produção de biodiesel na Amazônia

Qualidade no Atendimento da Rede Publica de Saúde

Reaproveitamento do excedente de serragem e lixo doméstico para produção de húmus

direcionado à plantação de hortaliças como alternativa sócio, ambiental e econômica

Recuperação de Áreas Degradadas provenientes da ação antrópica de Comunidades Rurais

da Amazônia Central

Reflorestar

Resgate da Ictiofauna do Médio rio Araguaia – Goiás e Tocantins

Responsabilidade social e profissional das mães menores de idade da zona leste de Manaus

Saneamento Ecológico usando biodigestores indianos para tratamento de afluentes,

aproveitamento do biogás, biofertilizantes e proteção ambiental no Projeto de

Desenvolvimento Sustentável Morena, Município de Presidente Figueiredo – Estado do

Amazonas

Saneamento Otimizado e Racionalizado dos Rios como fatores de Integração Arterial da

Amazônia. SORRIA AMAZÔNIA

SEMANA DA AÇÃO SOCIAL INDÍGENA: uma proposta de valorização da cultura indígena da

Ilha do Bananal

Sistema agrosilvipastoril com animais silvestres amazônicos

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Sistema Alternativo para remoção de cor de águas naturais para consumo humano

utilizando carvão vegetal: contribuição ao desenvolvimento da Região Amazônica, Brasil,

na área Ambiental

Sistema de Condicionador de Ar Automotivo por Processos de Absorção Gasosa em

Motores de Combustão Interna

Sistema Híbrido de Geração Elétrica Sustentável para a Ilha dos Lençóis, município de

Cururupu (MA)

A Sociedade e o Idoso

Sons da Amazônia: A natureza a serviço da Educação

As técnicas verticais e o desenvolvimento sustentável

Tecnologias de utilização da madeira na construção naval para a Amazônia

Transferência de tecnologias para produção de sementes de feijão-caupi por meio de

campos e bancos comunitários, na comunidade ribeirinha do Cujubim Grande, em Porto

Velho

Transferibilidade e aplicação de marcadores moleculares de alto desempenho no estudo

da estrutura e dinâmica genética de espécies do gênero Manilkara: geração de

conhecimento para o manejo e a conservação de árvores madeireiras amazônicas

Turbinas eólicas para geração de energia elétrica em comunidades isoladas nas ilhas do

lado da UEH Tucuruí, também na Amazônia e no Maranhão: aperfeiçoamento de produtos

e adequação do uso de tecnologia

Turismo na Educação

Uso de tecnologias para o desenvolvimento autossustentável da comunidade de Tapauá

Uso sustentável de recursos naturais em atividades de ecoturismo no município dé

Itaubal. Oferta de melhoria na qualidade de vida da população ribeirinha

Utilização das Ferramentas Atuais de Telecomunicação, Tecnologia de Mobilidade

Aeronáutica Nacional e Embarcações Ecologicamente corretas aplicadas para

Telemedicina

Utilização de microrganismos associados a vegetais para obtenção de substâncias

bioativas e protocolos de controle biológico de doenças pós-colheita

Valorização da gastronomia regional como forma de promoção do desenvolvimento

sustentável

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Vila ecológica sustentável como modelo de cinturão de proteção de reserva florestal na

Amazônia

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COORDENAÇÃO

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior

Professor Francelino Gr an d o

Secretário de Tecnologia Industrial

José Rincon Ferreira

Diretor do Departamento de Articulação Tecnológica, Secretaria de Tecnologia Industrial,

Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior e Secretário Técnico do

Prêmio Samuel Benchimol 2007.

Federação das Indústrias dó Estado do Tocantins

Eduardo Machado Silva

Presidente

Evandro de Oliveira Resende

Chefe de Gabinete

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COMITÊ EDITORIAL

Sara Oliveira

Divina A. Silva

Beatriz Coelho Caiado

Venauria da Silva Batista

Rones José Silvano de Lima

W. Wilson Padmé

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EQUIPE TÉCNICA

Admilson Bispo dos Santos

Aline Cruz Moura '

André Luiz Alves Sijveira Martins

Carmen Sousa Melo Ramos Chaves

Carlos Fenley Dourado Botelho

Cláudia Nasser

Douglas André Muller

Euler Rodrigues de Souza

Flávio Fonte-Boa

Márcia Antunes Caputo

Maria Auxiliadora Pereira Lopes

Michael D'Andréa de Carvalho Gazzineo

Roberto Gerosa

Rolid Jaber-Neto

Teresa Stival

Welington Pacheco

Hélio Francisco dos Santos Graça