Pré Escolar 1.º CEB - Ciência Viva · Este guião inclui uma sugestão de módulos a explorar,...
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Exploração de conteúdosPreparação da visita
Caderno do professorCaderno do aluno
Pré Escolar1.º CEB
PROFESSORGUIÃO DO
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PRÉ-ESCOLAR
• Área de formação Pessoal e Social Reconhecer que a criança, é um sujeito e agente do processo educativo, cuja identidade única se constrói em interação social, influenciando e sendo influenciada pelo meio que a rodeia.
• Área de Expressão e Comunicação Reconhecer formas de linguagem indispensáveis para a criança, interagindo com os outros, exprimindo os seus pensamentos e emoções de forma própria e criativa, dando sentido e representando o mundo que a rodeia.
• Área de conhecimento do Mundo Estimular a curiosidade natural da criança e no seu desejo de saber e compreender porquê, através de oportunidades para aprofundar, relacionar e comunicar o que já conhece, bem como pelo contacto com novas situações que suscitam a sua curiosidade e o interesse por explorar, questionar descobrir e compreender.
1.º CICLO ENSINO BÁSICO
• Áreas de com petências do perfil dos alunosA; B; C; D; E; F; G; I; J
• Estudo do Meio
1.º Ano – Os seres vivos do seu ambiente Reconhecer alguns cuidados a ter com os animais
–Identificarcores,sonsecheirosdaNatureza
–Realizarexperiênciascomosom Identificarsonsdoseumeioambiente
2.º Ano – Os seres vivos do seu ambiente Observareidentificaralgunsanimaismaiscomunsexistentesnoambientepróximo: · Animais domésticos; ·Reconhecercaracterísticasexternasdealgunsanimais; ·Recolherdadossobreomododevidadessesanimais.
3.º Ano – Os seres vivos do ambiente próximo Comparareclassificaranimaissegundoassuascaracterísticasexternas emododevida
INTRODUÇÃO
Preparação da visita
Para preparar a sua visita, com acompanhamento do nosso serviço educativo, contacte-nos previamente através do email [email protected] terça a sexta-feira (sábados e domingos após confirmação), realizam-se visitas acompanhadas gratuitas para educadores, professores ou técnicos. A título de sugestão, indicam-se 6 pontos a considerar na preparação da visita:
1. Selecione os módulos que melhor se adequam aos objetivos que pretende atingir e ao nível de ensino do grupo. Todas as exposições são acessíveis a todos os níveis de ensino, devendo ser feita uma abordagem adaptada ao ano de escolaridade do grupo.
2. Este guião inclui uma sugestão de módulos a explorar, maspoderáfazerasuaprópriaseleçãodemódulosconsultando as suas imagens e descrições em Exposições.
3. Motive os alunos e desperte a seu interesse pelos temasabordadosnaexposiçãocomarealizaçãodealgumas das atividades sugeridas na secção “Antes da visita”. Poderá encontrar mais sugestões em Recursos Ciência Viva.
4. O sucesso de uma visita depende também do envolvimento dos alunos com o espaço que estão a visitar. Por isso, informe sempre os seus alunos sobre o que vão visitar e quais os objetivos da visita. No“Cadernodoaluno”,poderáencontrarasugestãodeumaatividadequeestespossamrealizardurante a visita.
5. Para que a visita de todos os que se encontram no Pavilhão do Conhecimento seja o mais agradável possível,informeosalunossobreasNormasdefuncionamento.
6. Após a visita, poderá dar continuidade à exploração dostemasatravésdarealizaçãodasatividadessugeridas na secção “De regresso à sala de aula” edesafiando-osa,autonomamente,realizaremasatividades propostas no “Caderno do aluno”.
Quersejamgatosdeconcursosougatosvadios,cães-guiaoudebuscaesalvamento…emPortugalexistemmaisdedoismilhõesemeiodecãeseummilhãodegatos.Vivemnasnossascasaseruas,nonossoimaginárioeaténasmúsicasenosprovérbiosqueouvimos!Podemosacarinhá-los,temê-losouignorá-los,masjánosacompanhamhámilharesdeanos.Masoquesabemosaocertosobreeles?Comosetornaramtãodiferentesdosanimaisselvagens?Comoveem,cheiram,ouvemesentemomundo?Queemoçõestêm?Conseguemcomunicar?Comovivemoscomeles?AnovaexposiçãotemporáriadoPavilhãodoConhecimentoconvidamiúdosegraúdosaredescobriremoscãesegatosquetodosjulgamosconhecereaexploraroseumundo.Preparem-se:podehaveralgumassurpresas…
Enquadramento curricular
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Exploração em visita
A exposição aborda diversos conceitos relacionados com a morfologia, genética, etologia, evolução, história e papel dos cães e gatos na sociedade. É proposto um percurso sensorial e interativo com jogos e simulações, dividido em três áreas temáticas – “Na sua pele”, “Na sua cabeça” e “Nas nossas sociedades” – nas quais os visitantes descodificam alguns dos comportamentos dos nossos animais de companhia.
Na sua pele
“Salsicha” com patas, bola de músculos ou de pelo, focinho achatado ou pontiagudo… O Canis familiaris e o Felis catus apresentam toda uma variedade de morfologias e de capacidades. No entanto, um São- -Bernardo sabe que um Yorkshire também é um cão… As diferenças entre raças podem ser significativas ou resumirem-se a pormenores: o formato das orelhas, a cor dos olhos ou o tamanho da cauda. Sabe distinguir um Siamês de um Thai? Ou um Carlin de um Buldogue- -Francês? Sejam quais forem as diferenças, os cães e os gatos possuem capacidades físicas surpreendentes. Caso tenha dúvidas, tente saltar como um gato e contornar obstáculos como um cão!
Na sua cabeça
“Só lhes falta falar!” Será mesmo assim? O que nos falta, a nós, para compreendermos o que nos dizem os nossos companheiros de quatro patas? O seu comportamento parece, ora estranho, ora transparente. E para eles? Qual é o significado do nosso discurso, da nossa voz, dos nossos gestos? Na verdade, o facto de três espécies tão diferentes quanto o Homo sapiens, o Canis familiaris e o Felis catus comunicarem entre si já é bem peculiar. Conheça melhor o mundo dos cães e dos gatos: viva uma cena do quotidiano a partir do seu ponto de vista, tente descodificar a sua postura e os seus sinais, e teste a sua capacidade de compreensão dos seus comportamentos.
Nas nossas sociedades
Tantos anos de vida em comum! De 15 000 a 20 000 com o cão, de 8 000 a 10 000 com o gato. Para o bem e para o mal… Na verdade, esta longa relação variou muito segundo a época e a cultura: animais utilitários ou de companhia, por vezes maltratados, detestados ou até objeto de medo e, outras vezes, amados, acarinhados e mesmo idolatrados. Nas sociedades ocidentais atuais, os cães e os gatos fazem parte da família. Dependem de nós e a sua presença faz parte do nosso bem- -estar. Descubra o lugar dos cães e dos gatos na nossa cultura e no nosso imaginário. Aprecie o lado bom e o lado mau desta convivência.
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SUGERE-SE A EXPLORAÇÃO DOS SEGUINTES MÓDULOS
CONTORNE OBSTÁCULOS
Corrida, estilo caninoCorrem de forma ágil e a sua grande resis-tênciafazdelesatletasdefundo,mastam-bém são capazes de acelerações curtas.Estasqualidadestornaram-nosemexcelen-tes caçadores. São também exemplo o jack
russell terrier e o basset fauve da Bretanha
que, apesar de serem cães pequenos com
as patas curtas e de não conseguirem correr
depressa, são muito resistentes.
Corrida, estilo felinoAlguma vez tentou perseguir um gato?Provavelmente terá poucas hipóteses de
apanhar este velocista que pode percorrer
100 metros em 9 segundos. A sua velocida-de média é de 40 km/h. Caçador temível, é
também uma presa que foge a grande ve-locidadeetrepacomagilidade.Noentanto,cansa-semuitodepressa.Emcasodeperi-go, é melhor subir para algum lado!
Será capaz de contornar objetos tão ágil e rápido como um cão?Os cães são animais quadrúpedes, de mem-bros compridos e digitígrados (apoiam os
4 dedos no chão) o que lhes confere uma
maior agilidade e velocidade. Durante a cor-rida, ou seja a galope, a passada dos cães
apresenta uma progressão assimétrica, já
que os pares de patas (dianteiro e trasei-ro) apresentam um desfasamento temporal,
originando um momento de suspensão, em
que todas as patas estão no ar, aumentando
assim o comprimento da passada e, conse-quentemente, a sua velocidade. Para além
disso, as garras não retráteis garantem uma
maior tracção durante a corrida.
Todas estas aptidões são exploradas nas
provas de Agility (agilidade), que envolvem
o binómio cão/guia e requerem que o ani-mal conclua um circuito com obstáculos no
menortempopossível,semqueserealizemfaltas. Os percursos são constituídos por
obstáculosdiversificadoscomorampas,tú-neis, mangas, slalom, entre outros. Este tipo
deprovasajudaacanalizaraenergiadocão,permitindo-lhe fazer exercício, e fomentamo vínculo com o guia.
E quanto aos gatos? A sua extraordiná-ria flexibilidade, agilidade e velocidade tor-nam-nosemvelocistasnatos,mascujare-sistênciaficaaquémdadoscães.Oscãessão corredores de longa distância e os ga-tos são velocistas. Descubra se a sua veloci-dade está mais próxima do cão ou do gato,
cronometrando a sua performance no sla-lom, um obstáculo constituído por seis obs-táculosverticais.ConseguirábateroE-Pop,umcaniche-médioquepercorreuopercursoem1,63segundos?
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ATÉ ONDE SALTARIA?
O salto, estilo caninoO cão só precisa de saltar para passar um
obstáculo ou para surpreender uma presa.
Noentanto,conseguesaltarváriasvezesasua altura. Bem treinado e em boa forma, é
capazdeverdadeirasproezas,comousemimpulso. Assim, os cães de defesa e de sal-vamento conseguem facilmente passar ve-dações de 2,30 m. Os campeões chegam
aos 3 m de altura e ultrapassam os 5 m de
comprimento.
O salto, estilo felinoObserve um gato a saltar: põe-se de cóco-ras, encolhe o traseiro, às vezes de formaimpercetível, dobrando as articulações da
anca e das patas e, em seguida, num salto
amploepossante,projeta-separaafrente.Sem impulso, o gato consegue saltar até
cercade1,80mdealtura,maisde5vezesa sua altura! Exemplo de força e de flexibili-dade,caicomligeireza:aspatasdianteirasabsorvem o choque.
Serão os saltos dos cães e dos gatos dife-rentes? O que motivará os cães e os gatos a saltar?Sem condicionamentos e obrigações, o gato
manteve um reflexo instintivo de sobrevivên-cia, como emboscar ou saltar sobre uma
presa. Na sua anatomia, é possível encon-trar explicação para a facilidade com que
saltam grandes alturas, mesmo sem balan-ço. O gato possui cerca de 250 ossos, de-pendendo do comprimento da cauda e do
número de dedos, enquanto o ser humano
possui 206 ossos. A coluna vertebral é uni-da por músculos e não por ligamentos, o que
a torna extremamente flexível. Aliando estas
características a músculos eficazes e flexí-veis, tórax estreito e garras retráteis, a mo-bilidadedogatotorna-sebastanteprecisaesilenciosa, contribuindo também para a sua
independênciaeautossuficiência.
Estas características permitem ainda que o
gato, durante uma queda elevada, consiga
rodaroseucorpo,endireitando-seeaterran-do com as patas dianteiras, que amortecem
o choque no exato momento em que colide
com o chão. As suas características físicas
permitem ao gato ultrapassar a cão nesta
categoria, conseguindo saltar, com graciosa
agilidade,atécercade5vezesasuaaltura!
Para o cão, o salto não é necessário à sua
sobrevivência mas, se bem treinados, são
capazes de realizar verdadeiras proezas esaltarváriasvezesseutamanho.
Experimente saltar tão alto como possível
e pressionar a campainha. Será o seu salto
maisparecidocomodogatooudocão?
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MEÇA-ME! – DE MINI A XXL!
Que cão, se estiver de pé sobre as patas tra-seiras, se aproxima mais do seu tamanho?Canis familiaris, uma só espécie, mas com
cerca de 344 raças de todos os tamanhos
e aspetos, sem contar com os cruzamen-tos entre raças diferentes! De 500 g a mais
de 100 kg, de 20 cm de envergadura de om-bros a quase 1 m, esta diversidade é única
entre os mamíferos. Resulta do trabalho de
seleção conduzido pelos humanos, atual-mente baseado em critérios estéticos, mas
originalmenteporrazõespráticas:cãespe-quenosparaseintroduziremnastocas,porexemplo, ou cães de porte impressionante
para guarda e defesa.
Sou grande como um Dogue-alemão ou pe-queno como um Chihuahua?Os cães fazem parte da família dos caní-deos, grupo de mamíferos carnívoros que se
divideem37espécies,dosquaisfazempar-te lobos, raposas, coiotes, chacais, entre ou-tros. A espécie Canis familiaris foi a única a
ser domesticada. Seletivamente criados du-rante milénios para vários comportamentos,
capacidades sensoriais e atributos físicos,
os cães domésticos apresentam atualmen-te a maior diversidade de tamanhos e for-mas.Nenhumaoutraespécieanimal,selva-gem ou domesticada, apresenta uma varia-bilidade tão grande ao nível morfológico.
Algumas raças foram selecionadas para
caça, defesa, pastoreio ou companhia. Esta
seleção originou uma grande amplitude de
tamanhos, como é o caso do cão mais pe-queno do mundo, o Chihuahua, que mede
apenas 16 cm na cernelha (38 cm de pé sobre
as patas traseiras) ou o maior cão do mundo,
oDogue-alemão,medindo86cmnacerne-lha (204 cm de pé sobre as patas traseiras).
No mural interativo, compare a sua altu-ra com o tamanho de alguns cães de raça,
quando estes se encontram de pé apoiados
nas patas traseiras.
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QUEM É QUEM?
Tantos cãesA espécie Canis familiaris, protegida pelos
humanos, diversificou-se mantendo carac-terísticas que seriam desvantajosas na na-tureza:patascurtas,manchasbrancas,au-sência de cauda, pelos à frente dos olhos,
focinhoachatado…Noséc.XIX,oscriadoresreforçam estas características, resultado de
variações genéticas que surgem ao longo
de gerações e que conferem sempre mais
diversidade.Criaram-secentenasde raças.Podemos distinguir quatro grandes tipos
morfológicos:oslupóides(tipolobo),osmo-lossóides (tipo buldogue), os graioides (tipo
galgo) e os bracóides (tipo perdigueiro). Tantos gatosO gato doméstico, Felis catus, parece-semuito com o seu antepassado selvagem.
Asuamorfologiadiversificou-sepouco.Noentanto, podemos distinguir três tipos mor-fológicos:osbrevilíneos(tipopersa),osme-diolíneos (tipo europeu) e os longilíneos
(tipo siamês ou oriental). A pelagem, em
contrapartida, adotou tons e motivos mui-to variados. Desde o séc. XIX que os cria-dores intervêm com mais regularidade, se-lecionando mutações como o olho azul ouo focinho achatado. As cerca de 50 raças
reconhecidas em Portugal também incluem
gatos sem pelo, sem cauda ou com orelhas
dobradas… O teu cão tem orelhas pontiagudas? E o teu gato tem pelo? O módulo baseia-se numa adaptação docélebre jogo de tabuleiro Quem é quem?e incentiva dois jogadores a escolher um
animaleaformularperguntas(detipologia:sim e não) com o objetivo de descobrir o
cão ou gato escolhido pelo adversário.
Existem duas estações/versões do módu-lo, uma dedicada a cães e outra a gatos. As
raças de cães disponíveis para jogar são:Yorkshire-terrier,Akita,Boieiro-de-appenzell,Terrier-tibetano, Buldogue-francês, Pastor-dos-Pirinéus, Boieiro-de-Berna e Pastor-belga-laekenois. Quanto aos gatos, pode-mosescolherjogarcomasraças:Inglês-de-pelo-curto, Bosques da Noruega, Donskoy,Siamês, Exótico-de-pelo-curto, Chartreux eThai. Os participantes têm a oportunidade
de familiarizarem-se com as suas caracte-rísticas, como detalhes da forma, tamanho
do corpo, orelhas, comprimento do pelo,
etc..
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OUÇA-ME...
Comunicação sonora do cãoAo ladrar, o cão assinala de longe a sua pre-sença ou comunica de perto com um con-génere ou um humano. Cada cão tem um
ladrar identificável, segundo a sua morfolo-gia. Os sons emitidos diferem também con-soante a raça. O Canis familiaris tem um re-pertório vocal bem mais variado do que o
dos canídeos selvagens: ladra, rosna, res-munga, uiva, geme, guincha, gane, solta gri-tosagudos…Estasvocalizaçõesnãosãopa-lavras, mas podemos todos compreender as
intenções que expressam graças à postu-ra e aos gestos que lhes estão associados. Comunicação sonora do gatoOgatovocalizadeformamuitodiversificadapara comunicar com outros gatos, humanos
ou outras espécies. O ronronar destina-se,desde logo, à progenitora e depois ao huma-no; exprime uma emoção intensa. O gato mia
de inúmeras maneiras, rosna, cospe, grita,
resmunga ou arrulha, emitindo sinais visuais
que reforçam a mensagem.
Também exprime raiva, contrariedade, medo,
fome,desejodesair,prazeroudor,ouentãovisareunir as crias, chamar um parceiro sexual, amea-çar um rival ou, simplesmente, chamar a atenção. Será que os conseguimos perceber? Oscãesutilizamtodosossentidosparaco-municar,sendoavisãoosentidomaisutiliza-do, seguido da audição. Para perceber como
funciona a comunicação nos cães, é neces-sário observar pequenos detalhes como a
posição do corpo, da cabeça, das orelhas e
da cauda, a forma da boca, o bocejo, o lam-ber ou cheirar, o olhar. Um cão com as ore-lhas puxadas para trás, junto à cabeça, pode
estar ansioso ou com medo. Por outro lado,
um cão que abana a cauda de um lado para
o outro ou com movimentos circulares, pode
estar contente. Para além da observação da
postura do cão, também é importante ouvir o
seu ladrar, rosnar, ganir, etc.
Neste módulo, é possível perceber como avocalização dos cães pode indicar tristeza, medo, agressividade, intimidação, fazer umpedido ou brincar.
Os gatos também comunicam de várias for-mas, pelo que é importante observar a pos-turacorporaleouvirossonsqueproduz.Aposição das orelhas, dos olhos e da cauda
dão fortes indicações do estado de espirito
do gato. Por exemplo se as orelhas estive-rem levantadas e torcidas para o lado pode
estar nervoso ou irritado. Se o gato abanar a
cauda pode estar inquieto e agitado. Se miar
com sons curtos e altos, provavelmente está
afazerumpedido,comocomida.Umagataque mia de forma semelhante a um grito, de-veráestarcomocio.Quantoàvocalização,neste módulo é possível explorar sons que
indicaminsatisfação,prazer,agressividade,intimidação,estarcomociooufazerumpe-dido.
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ANIMAIS DA CULTURA
Falar apenas de animais de companhia ou
domésticosseráminimizarolugarimportan-te que os cães e os gatos ocupam na cultura
humana, tanto no Oriente como no Ocidente.
Mitos, religiões, lendas e contos populares,
provérbios e expressões: estão em toda aparte. Os artistas consideram-nos uma fon-te inesgotável de modelos. Inspiram pintores,
escultores, escritores, músicos, caricaturis-tas, autores de bandas desenhadas, realiza-doresdecinemaedetelevisão…
Arte animalA representação de animais na arte é tão an-tigacomoahumanidade.Jánapré-história,existiam representações de animais, plantas
e pessoas, ilustrando cenas de caça, rituais
ou cenas do quotidiano. A gravura rupestre
erarealizadanaatravésdaincisãodirectanarochaeapinturarupestrerealizadacompig-mentos.NoAntigoEgitoosanimaiseramuti-lizadospararetratardivindades.
NoséculoIXaumentaramasrepresentaçõesde animais de companhia, já que começou
ahaverummaiorinteressenodia-a-diadaspessoas e na forma como ocupam os seus
tempos livres. Independentemente da forma
como os animais apareceram na arte, estes
tomaram o seu lugar no mundo artístico e
continuam a inspirar artistas em todo o mun-do (ver obras em anexo).
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Caderno do professor
ANTES DA VISITA
Como cuidar de um animal de estimação? ATIVIDADE PRÁTICA + DISCUSSÃO
Através da leitura de dois livros, um sobre cães e outro sobre gatos, esta atividade permite que os alunos fiquem a conhecer os cuidados a ter com estes animais de companhia.
Materiais
·Livros“Tenhoumcãozinho!Comocuidaresdeumanimaldeestimação” e “Tenho um gatinho! Como cuidares do teu animal de estimação“
de Joana Pereira
· Lápis de cor ou canetas de feltro
· Papel
· Cola
· Cartolinas ou papel de cenário
Procedimento
1.Lera(s)história(s)aosalunoseanalisá-la(s)emconjunto.
2. Discutir com os alunos os cuidados que se devem ter com os animais
de companhia.
3. Pedir aos alunos que formem grupos e que elaborem um desenho
que represente os cuidados a ter com os animais de companhia,
deacordocomatabela:
Cães Gatos
Preparativos para receber um cão em casa
Preparativos para receber um gato em casa
Passeios Localparafazerem as necessidades
Alimentação Alimentação
Ida ao veterinário Ida ao veterinário
Cuidados básicos (dar comprimidos, limpar olhos, lavar os dentes, cortar unhas, escovar pelo, banho)
Cuidados básicos (limpar ouvidos, cuidar do pelo, cortar unhas, bolas de pelo, banho, lavar dentes, dar comprimidos)
Educação Brincadeiras e descanso
Férias Férias
4. Colar os desenhos em cartolinas ou papel de cenário e expor na escola,
num local visível a toda a comunidade escolar.
Questões de discussão:
• Oquefazerparaprepararacasaparareceberumanimal deestimação?
• Dequesealimentamoscãeseosgatos?
• Osgatostambémtomambanho? Eprecisamdeiràruafazerasnecessidades?
• Enasférias,possolevaromeuanimaldeestimação?
Raças portuguesas
ATIVIDADE PRÁTICA + PESQUISA
Com esta atividade, pretende-se que os alunos fiquem a conhecer a grande diversidade morfológica dos cães, como o tipo de pelo, a forma das orelhas, da cabeça e dos olhos, assim como as 11 raças de cães portuguesas.
Materiais
· Cartões com raças portuguesas de cães (Anexo I)
· Tesoura
· Cola
· Papel de desenho
Preparação prévia do professor
• Imprimir(frente-e-verso)erecortarpelotracejadooscartões dasatuais11raçasdecãesportuguesas: · Barbado da Terceira
· Cão de Água Português
· Cão de Castro Laboreiro
· Cão do Barrocal Algarvio
· Cão de Fila de São Miguel
· Cão de Gado Transmontano
· Cão da Serra de Aires
· Cão da Serra da Estrela
· Perdigueiro Português
· Podengo Português
· Rafeiro do Alentejo
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Procedimento
1.Selecionarasraçasdecãesautilizar,lerassuascaracterísticas epediraosalunosqueosdesenhem,semmostrarasfotografias dosanimais.Nofinal,osalunosdevemmostrarosseusdesenhos àturmaeexpô-losnasaladeaula.
2.Deseguidamostrarafotografiadaraçadesenhadaefazer acomparaçãocomosdesenhos.Osalunosdevemfazerumapesquisa sobre as raças de cães portuguesas, suas características, função
eazonadopaísdeondesãooriginárias.Nofinalosalunosrealizam um novo desenho da raça desenhada na fase inicial, analisam as
diferenças e a importância da observação e investigação para adquirir
conhecimentos sobre esta temática.
3.Sugere-sequeosalunosexponhamosseustrabalhosnaescola e que elaborem um mapa de Portugal com a indicação da origem
de cada raça.
Questões de discussão
• Quaisascaracterísticasfísicasdoscães?
• Quantasraçasdecãesexistem?
• Quantasraçasdecãesportuguesesexistem?
• Porque é que os desenhos são tão diferentes na fase inicial
enafasefinaldaatividade?
Animais de companhia ATIVIDADE PRÁTICA
Os animais de companhia há muito que ocupam um lugar especial nas nossas famílias. Com esta atividade será possível conhecer os animais de companhia que os alunos têm em casa e realizar um gráfico de barras com a informação recolhida.
Materiais
· Tabela de registo e blocos de montagem de várias cores.
Procedimento
1. Recolher informações sobre os animais de companhia que cada
aluno possui e anotar na tabela/quadro.
2.Realizarumgráficodebarrascomaajudadeblocosdemontagem, fazendocorrespondercadacoraumanimal.
Animais de companhia Número
Cães
Gatos
Hamsters
Porquinhos-da-Índia
Tartarugas
Aves
Peixes
Cobras
Outros
Nenhum
Osalunospoderãoreunirosanimaisemgrandesgrupos (p.ex.mamíferos,aves,repteis,etc.)ediscutirassuascaracterísticas.
Questões de discussão:
• Qualoanimalquemaisalunostêmemcasa?
• Quecuidadosdevemostercomosanimais?
• Serãooscuidadosiguaisindependentementedotipodeanimal?
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DE REGRESSO À SALA DE AULA
B.I. Cão ⁄ Gato
PESQUISA
Com esta atividade pretende-se que os alunos aprofundem os seus conhecimentos sobre uma raça de cão ou gato à sua escolha. As características físicas, o temperamento, função, cuidados e curiosidades são alguns dos aspetos que os alunos devem pesquisar.
Materiais
· Cartão BI (Anexo II)
Procedimento
Pedir que, em casa e com a ajuda da família, escolham uma raça de cão
ougatoparapesquisar.DevemfazeroBIdoanimalpreenchendoocartãoemanexo.Apesquisainclui:nomedaraça,tamanho,característicasfísicas (focinho, corpo, patas, pelo, etc.), temperamento, no caso do cães a
sua função (cão de caça, cão pastor, cão de companhia ou cão de defesa),
cuidadosaterecuriosidades.Osalunosdevemfazerumailustraçãoda raça no verso do cartão. Pode sugerir que a ilustração contemple
um objeto que sirva de escala, permitindo perceber o tamanho do cão/
gato ou, no caso dos cães, que a ilustração represente a função da raça
selecionada. Os alunos devem apresentar os seus trabalhos à turma.
Questões de discusão
• Quantasraçasforamescolhidaspelosalunos?
• Comodistinguirasdiferentesraçasdecãesedegatos?
• Quaisoscuidadosnecessárioscomosanimais? Sãodiferentesderaçapararaça?
• Quaisasfunçõesdasraçasdecães?
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Caderno do aluno
Durante a visita...
Contorne obstáculos (slalom)
• Concluí o percurso em quanto tempo?
• Sou mais rápido do que...
Tu és grande como (XXL)
Serei tão grande como o Dogue-alemão????Compara o teu tamanho com o tamanho de um cão e anota os resultados obtidos:
• Quanto meço:
• Sou tão grande como:
• Sou mais pequeno que
Contorne obstáculos (slalom)
• Um gato consegue saltar quantas mais vezes que o seu tamanho?
• E tu? Saltas até que altura?
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Animais da cultura
• Escolhe uma obra de arte e faz uma reprodução. Não te esqueças de incluir a legenda com o nome da pintura e o autor.
Raças de cães portuguesas
Barbado da Terceira © Associação Açoriana dos Criadores dos Cães Barbados da Ilha Terceira
Cão Barbado da Terceira
• Cão de tamanho grande, com corpo forte e bem musculado.
• Pelo comprido, abundante e ligeiramente ondulado. Pelagem amarela, cinzenta, preta, fulva ou lobeira e pode ter manchas brancas no peito, barriga e ponta da cauda.
• Cabeça forte, sólida e proporcional ao corpo.
• Orelhas pendentes, triangulares, de tamanho médio e cobertas de pelo.
• Olhos de tamanho médio, de cor de mel a castanho escuro.
• Cauda de tamanho médio, coberta de pelo, encurvando na ponta.
• Cão de condução de gado por excelência, cão de guarda, cão de companhia.
Podengo Português © Ana Catarina Alves
Cão do Barrocal Algarvio © Nuno Costa ⁄ Sul Informação
Cão do Barrocal Algarvio
• Cão de tamanho médio.
• Pelo liso e de tamanho médio, muito macio. Pelagem de cor amarela, preta, castanha, branca ou malhada.
• Cabeça levantada, leve e fina.
• Orelhas erguidas e pontiagudas.
• Olhos semi-oblíquos, amendoados e de cor castanha.
• Cauda comprida, com pelo comprido e com a forma de uma bandeira.
• Cão de companhia e de caça.
Podengo Português
• Cão de tamanho médio.
• Pelo curto e liso ou longo e cerdoso. Pelagem de cor amarela e dourada, pode ter marcas brancas.
• Cabeça tem a forma de pirâmide quadrangular.
• Orelhas eretas, pontiagudas e triangulares.
• Olhos pequenos, oblíquos e acastanhados.
• Cauda é em forma de foice.
• Cão de caça, de guarda e de companhia.
Rafeiro do Alentejo © Ana Catarina Alves
Cão da Serra de Aires © Rui Alves Monteiro, Casa Mont’Alves ⁄ cedida por ACSA
Cão da Serra de Aires
• Cão de tamanho médio e corpo longo.
• Pelo liso ou pouco ondulado, comprido e de textura áspera. Pelagem de cor amarela, castanha, cinzenta, dourada e lobeira.
• Cabeça forte e larga.
• Olhos de tamanho médio, arredondados e escuros.
• Orelhas pendentes, triangulares, finas e lisas.
• Cauda longa com pelo abundante e comprido.
• Cão pastor para condução e vigilância de rebanhos.
Rafeiro do Alentejo
• Cão de grande tamanho, possante e rústico.
• Pelo curto e liso. Pelagem de cor preta, lobeira, dourada ou amarela, tigrada ou não, sempre com marcas brancas.
• Cabeça grande e volumosa.
• Orelhas pequenas, dobradas e pendentes.
• Olhos pequenos, ovais e de cor castanha.
• Cauda comprida, espessa e curvada na base.
• Cão de guarda e proteção de rebanhos.
Cão de Fila de São Miguel © Clube do Cão de Fila de São Miguel
Cão de Gado Transmontano © José Rosa
Cão de Gado Transmontano
• Cão de porte gigante, forte e rústico, porte altivo e olhar sereno.
• Pelo grosso, liso, de comprimento médio. Pelagem de cor branca, malhada de preto, amarelo, fulvo ou lobeiro.
• Cabeça grande e maciça.
• Orelhas são de tamanho médio, bastante carnudas, ligeiramente mais compridas do que largas, triangulares.
• Olhos de tamanho médio, amendoados e cor castanha.
• Cauda de tamanho médio e coberta de pelo.
• Cão de guarda e proteção de gado ovino e caprino.
Cão de Fila de São Miguel
• Cão ligeiramente mais comprido do que alto.
• Pelo curto, liso, denso, de textura rude, ligeiramente franjado na cauda, região anal e atrás das coxas. Pelagem tigrada, dourada e cinzenta.
• Cabeça larga, com orelhas triangulares e caídas.
• Olhos ovais de cor castanha escura.
• Cauda grossa, de inserção alta, de comprimento médio e ligeiramente curvada.
• Cão de condução de gado.
Cão da Serra da Estrela © Clube Português de Canicultura
Perdigueiro Português © Marques Pereira
Perdigueiro Português
• Cão de tamanho médio e robusto.
• Pelo curto, duro, bem cerrado e denso. Pelagem de cor amarela, pode ter manchas brancas na cabeça, pescoço e peitoral.
• Cabeça com forma quadrada.
• Olhos expressivos, muito vivos de cor castanha.
• Orelhas caídas, triangulares e arredondadas na ponta.
• Cauda direita e de comprimento médio.
• Cão de Caça.
Cão da Serra da Estrela
• Cão de grande porte.
• Pelo forte, muito abundante, ligeiramente grosseiro, existindo duas variedades os de pelo comprido e os de pelo curto. Pelagem de cor dourada, amarela e cinza.
• Cabeça forte, volumosa e comprida.
• Orelhas caídas, inclinadas para trás, caindo lateralmente, encostadas à cabeça.
• Olhos de tamanho médio a pequeno, de forma oval.
• Cauda comprida e grossa, forma gancho na extremidade.
• Cão de proteção de rebanhos, de guarda e companhia, utilizado também como animal de tração.
Cão de Castro Laboreiro © Clube Português de Canicultura
Cão de Água Português © Pavilhão do Conhecimento - Centro Ciência Viva
Cão de Água Português
• Cão de médio porte.
• Pelo abundante por todo o corpo. Há duas variedades de pelagem: uma comprida e ondulada e outra mais curta e encarapinhada. Cor preta ou castanha.
• Cabeça forte e larga.
• Orelhas finas e em forma de coração.
• Olhos de tamanho médio, arredondados, pretos ou castanhos.
• Cauda espessa na base vai adelgaçando para a extremidade.
• Companheiro na faina da pesca e no cobro. Cão de companhia.
Cão de Castro Laboreiro
• Cão de grande porte.
• Pelo liso e muito espesso. Pelagem tigrada, de cor cinzenta, castanha e avermelhada.
• Cabeça de tamanho médio com uma forma quadrangular.
• Orelhas caídas, de tamanho médio, finas, quase triangulares, arredondadas na extremidade.
• Olhos de tamanho médio, amendoados e de cor castanha.
• Cauda longa, com pelo comprido, sobretudo na face inferior.
• Cão de guarda, de vigilância e proteção de rebanhos.
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Ursula Schwirzer (1928)Dono e o seu cão
Gerrit Greve (1948)Gato verde
Júlio Pomar (1926-2018)Gato das botas
Francis James Barraud (1856-1924)A voz do dono
Francisco de Goya (1746-1828)Luta de gatos
Jean-Honoré Fragonard (1732-1806)Menina a brincar com um cão e um gato
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Referências bibliográficas
Clube Português de Canicultura
http://www.cpc.pt/
Clube Português de Felinicultura
http://www.cpfelinicultura.pt/pt/
Agility: a modalidade
https://www.doglink.pt/artigos/agility-a-modalidade
Convenção Europeia dos Direitos dos animais
https://dre.pt/application/file/a/689710
Liga Portuguesa para os Direitos dos Animais
https://www.lpda.pt