PRANCHA 1 - Implantação geral do Eixo Monumental · se consolidou na implantação de Maringá,...

1
01 05 MEMORIAL CONTEXTO, HISTÓRIA E MEMÓRIA A história é nossa memória ao longo dos anos. A partir do passado, é possível ressignificar encontros e permanências urbanas, transformando as pessoas e suas potencialidades afetivas e de convivência. Há diversas camadas históricas sobrepostas no Eixo Monumental de Maringá, tal como um palimpsesto, escrita que se oculta, mas deixa traços de historicidade. Apesar de possuir pouco mais de 70 anos, essa importante área da cidade passou por diversas transformações e assumiu, desde o princípio, o papel de centralizador dos fluxos de pessoas e de capitais, representando os diversos momentos históricos, sociais e econômicos de Maringá. Edifícios e praças foram demolidos e o sentimento de pertencimento da população se arrefeceu. Nosso objetivo é resgatar a identidade desse lugar e devolvê-lo para as pessoas, retomando-o como o coração da Cidade Canção. Maringá, uma cidade ex-novo, se desenvolveu a partir de meados de 1940, por meio de um desenho moderno encomendado pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná à Jorge de Macedo Vieira, engenheiro urbanista da Cia City de São Paulo. O traçado urbano foi elaborado a partir de um levantamento topográfico e, dentre as principais diretrizes de implantação, estavam: a linha férrea no sentido leste-oeste e o eixo central que a corta transversalmente, ambos espigões do sítio. O cruzamento desses dois eixos compôs a área central da cidade, que abrigou, no limite norte, as instalações da ferrovia – o pátio de manobras, e a estação ferroviária - demolida na década de 1990 e, no limite sul, o centro cívico, com edifícios públicos e a Igreja. Inspirado nos conceitos do city-beautiful e da cidade-jardim, Vieira propôs um traçado regular para a área central. Norteado por práticas urbanísticas como as compiladas por Raymond Unwin em “Town Planning in Practice” (1909), o eixo central que cortava essa área foi traçado com uma composição simétrica axial e com tratamento das perspectivas visuais. No limite norte da área central havia uma estação ferroviária e, defronte dela, uma esplanada, a sala de espera ao ar livre e porta de entrada da cidade (a área da atual Praça Raposo Tavares e quadra da antiga rodoviária). Conduzidas pela perspectiva de um boulevard - a Avenida Getúlio Vargas - as pessoas que chegavam da região de Maringá e de outros estados, exploravam o caminho até a praça central da cidade no outro extremo da grande avenida: o centro cívico (atual Praça da Catedral e o Centro de Convivência). Estava se formando o que hoje chamamos de Eixo Monumental. Mas essa experiência se perdeu com o decorrer do tempo. No plano inicial da cidade, localizado no extremo norte do Eixo e para além do que era planejado como área central, havia previsão de um complexo poliesportivo, com ideias formais simétricas e pontos visuais acompanhando as características estéticas do centro. Mas isso não se consolidou na implantação de Maringá, apesar do espaço ter sido ocupado pelo mesmo uso esportivo com o projeto de uma Vila Olímpica, que foi proposto pelo arquiteto Jaime Lerner e sua equipe, na década de 1960. DIRETRIZES GERAIS Como fazer as pessoas interagirem e se apropriarem dos traços de historicidade presentes no Eixo? Como resgatar a memória esquecida? Tendo tais questionamentos como pontos de partida, o projeto de requalificação para o espaço público do Eixo Monumental de Maringá propõe o resgate histórico e afetivo de toda a extensão do Eixo, aproximando as pessoas dos locais, monumentos e de seus significados, promovendo a apropriação cultural e os encontros. O projeto é norteado por três diretrizes principais: a valorização histórica, a mobilidade ativa e a permanência do verde. VALORIZAÇÃO HISTÓRICA A área de intervenção da requalificação urbana abriga grande parte dos edifícios de interesse histórico da cidade, além de ser a porção mais expressiva da modernidade proposta pelo plano urbanístico de Maringá. Dentre eles, alguns já foram registrados em processo de tombamento: um edifício privado tombado pelo Estado do Paraná e atualmente sem uso definido; o Hotel Bandeirantes (1956); um outro imóvel público tombado pelo município - Edifício Luty Vicente Kasprowicz (1975); além de dois outros públicos tombados também na esfera municipal no entorno imediato do projeto, a Sede da CMNP (1975) e o Museu da Bacia do Paraná, (1948). Partimos do pressuposto de que é importante preservar a cultura da área abrangida no escopo desse projeto pois, ainda que essa área seja consolidada e compreendida na Zona de Comércio Central (ZCC), existe constante pressão para valorização imobiliária e urbana nessa região. Assim, sugerimos que seja estabelecida uma regulamentação específica para o perímetro de interesse paisagístico e cultural, bem como a elaboração de um "Manual de Intervenção no Eixo Monumental". Com isso, o poder público terá o controle da gestão e da fiscalização de ocupações culturais ou de interesse público dos edifícios que ainda não estão ocupados, bem como das áreas envoltórias de todos os bens de interesse histórico e da comunicação visual sugerida, assegurando a preservação cultural e a manutenção das propostas de paisagem desse projeto. Para conectar os edifícios e lugares importantes ao imaginário popular, propomos um desenho de piso que serve como contador de histórias visuais, revelando caminhos por meio de aberturas da perspectiva visual e totens informativos, estrategicamente distribuídos ao longo de toda a área de intervenção. Uma linha central na paginação do piso visa reforçar a legibilidade do Eixo e, à partir dela, outras se prolongam em ângulos de 45° a essa linha imaginária, qualificando a estampa visual de norte à sul. Ao mesmo tempo, o desenho geométrico facilita o escoamento do fluxo das águas pluviais às vias carroçáveis e sua captação pelas bocas de lobo já existentes. O Eixo será um local para as pessoas interagirem com espaços públicos, seguros e iluminados, bem como uma experiência de caminhada, que também assumirá um papel de atrativo turístico. São inúmeras as possibilidades: passeios guiados ou autoguiados, tanto nos espaços públicos como no interior dos edifícios, com auxílio de um aplicativo, que pode ser utilizado por meio do acesso público de internet sem fio, presente em vários pontos do Eixo. Esse movimento de caminhada, para o corpo e para a mente, contribuirá economicamente para a valorização e desenvolvimento da área, reforçando também o comércio popular existente. MOBILIDADE ATIVA A experiência de reconhecimento histórico ao longo do Eixo Monumental está atrelada à proposta de incentivo à mobilidade ativa. Estudos já comprovaram que o centro da cidade possui alto potencial cicloviário e um dos fatores é a sua topografia plana. Propomos uma ciclovia e ruas compartilhadas elevadas, privilegiando a caminhabilidade e garantindo a acessibilidade universal, com piso em nível ao longo de todo o Eixo. A ciclovia do Eixo Monumental interliga-se de norte a sul com o sistema cicloviário existente, da Avenida Cerro Azul à UEM, e com vias cicloviárias transversais, permitindo a conexão com toda a cidade. A integração intermodal na porção central do projeto - pedestre, bicicleta, ônibus e, futuramente, o trem regional - permitirá a conexão metropolitana e será um polo irradiador de pessoas. As pessoas provindas dos bairros ou da região metropolitana, de bicicleta ou com outros modais, poderão deixar suas bicicletas nos bicicletários ou alugá-las nas estações, usufruindo dos espaços públicos e das ciclovias. Outra proposta para a mobilidade é o estímulo de zonas acalmadas para veículos motorizados, na área central: ação que tornará mais segura a circulação de transportes não motorizados. O espaço para futura instalação do VLT também foi previsto na porção leste, do início da Avenida Getúlio Vargas, até o limite norte da Travessa Jorge Amado. PERMANÊNCIA DO VERDE A previsão de extensas áreas gramadas e arborizadas visa a permanência do verde e a preservação da vegetação de grande porte, valorizando a perspectiva visual ao longo do Eixo e amplificando a área permeável para acima de 20% por trecho. O projeto visa reforçar a imagem de Cidade Verde, historicamente construída em Maringá, estimulando a preservação do seu patrimônio paisagístico e contribuindo para a qualidade ambiental. O rebaixamento da rede elétrica em todo o Eixo fará com que não haja mais interferências com as massas arbóreas de médio e grande porte. Com perspectivas no futuro das próximas gerações, o projeto adotou princípios de sustentabilidade ambiental na elaboração dos mobiliários e módulos urbanos, além de sugerir que seja incentivada, por meio de legislações urbanas de compensações, a construção de jardins verticais, contribuindo com o desempenho térmico em edifícios. 1.1 Paisagismo 746.340,00 1.2 Ciclovia 503.907,00 1.3 Piso tráfego pedestre 2.114.926,32 1.4 Patamarização com piso para tráfego pesado 501.967,50 1.5 Limpeza e demolição 1.497.600,00 1.6 Mobiliário urbano 447.120,00 SUBTOTAL 5.811.860,82 2.1 Paisagismo 1.175.580,00 2.2 Ciclovia 248.644,26 2.3 Piso tráfego pedestre 1.548.218,19 2.4 Piso compartilhado 1.107.973,45 2.5 Patamarização com piso para tráfego pesado 4.743.754,80 2.6 Limpeza e demolição 1.526.400,00 2.7 Auditório aberto 637.800,00 2.8 Rebaixamento da rede elétrica 2.940.000,00 2.9 Drenagem 1.503.600,00 2.10 Mobiliário urbano 1.490.400,00 SUBTOTAL 16.922.370,70 3.1 Paisagismo 625.000,00 3.2 Ciclovia 208.030,86 3.3 Piso tráfego pedestre 1.903.055,00 3.4 Piso compartilhado 2.229.540,15 3.5 Patamarização com piso para tráfego pesado 349.758,00 3.6 Limpeza e demolição 979.200,00 3.7 Drenagem 684.600,00 3.8 Mobiliário urbano 1.117.800,00 SUBTOTAL 8.096.984,01 4.1 Paisagismo 325.040,00 4.2 Ciclovia 289.859,34 4.3 Piso do entorno 716.572,58 4.4 Limpeza e demolição 398.400,00 4.5 Mobiliário urbano 670.680,00 SUBTOTAL 2.400.551,92 TOTAL 33.231.767,45 R$ ETAPA 02 (TRECHO C+D) ETAPA 03 (TRECHO E+F) ETAPA 04 (TRECHO G) ESTIMATIVA DE CUSTOS ETAPA 01 (TRECHO A+B) N 200 100 0 50 IMPLANTAÇÃO GERAL esc. 1:2000 1 2 3 4 5 7 8 9 10 13 14 15 11 16 6 12 ESTRATÉGIA CONCEITUAL 1. Catedral de Maringá (1972) 2. Hotel Bandeirantes (1956) 3. Gabinete do prefeito (1973) 4. Edifício Residencial Maria Tereza (196-) 5. Edifício Luty Vicente Kasprowicz (1975) 6. Canteiro da Av. Getúlio Vargas (197-) 7. Edifício Três Marias (1964) 8. Centro Comercial de Maringá (1971) 9. Cine Teatro Plaza (1972) 10. Edifício Comercial Atalaia (196-) 11. Sede da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná (1950) 12. Antiga rodoviária (196-, demolição 2010) 13. Linha férrea - Pátio de manobras e estação ferroviária (195-, demolição 1991) 14. Armazém da Cerealista Tamandaré - Mercado Municipal (196-) 15. Vila Olímpica - Estádio Willie Davids (1957) e Ginásio Chico Neto (1976) 16. Museu da Bacia do Paraná (UEM) (1946) Perímetro de interesse paisagístico e cultural Conexões históricas Mobilidade ativa no Eixo Monumental Permanência do verde na paisagem

Transcript of PRANCHA 1 - Implantação geral do Eixo Monumental · se consolidou na implantação de Maringá,...

Page 1: PRANCHA 1 - Implantação geral do Eixo Monumental · se consolidou na implantação de Maringá, apesar do espaço ter sido ocupado pelo mesmo uso ... bem como a elaboração de

0105

MEMORIAL

CONTEXTO, HISTÓRIA E MEMÓRIAA história é nossa memória ao longo dos anos. A partir do passado, é possível ressignificar

encontros e permanências urbanas, transformando as pessoas e suas potencialidades afetivas e de convivência. Há diversas camadas históricas sobrepostas no Eixo Monumental de Maringá, tal como um palimpsesto, escrita que se oculta, mas deixa traços de historicidade. Apesar de possuir pouco mais de 70 anos, essa importante área da cidade passou por diversas transformações e assumiu, desde o princípio, o papel de centralizador dos fluxos de pessoas e de capitais, representando os diversos momentos históricos, sociais e econômicos de Maringá. Edifícios e praças foram demolidos e o sentimento de pertencimento da população se arrefeceu. Nosso objetivo é resgatar a identidade desse lugar e devolvê-lo para as pessoas, retomando-o como o coração da Cidade Canção.

Maringá, uma cidade ex-novo, se desenvolveu a partir de meados de 1940, por meio de um desenho moderno encomendado pela Companhia Melhoramentos Norte do Paraná à Jorge de Macedo Vieira, engenheiro urbanista da Cia City de São Paulo. O traçado urbano foi elaborado a partir de um levantamento topográfico e, dentre as principais diretrizes de implantação, estavam: a linha férrea no sentido leste-oeste e o eixo central que a corta transversalmente, ambos espigões do sítio. O cruzamento desses dois eixos compôs a área central da cidade, que abrigou, no limite norte, as instalações da ferrovia – o pátio de manobras, e a estação ferroviária - demolida na década de 1990 e, no limite sul, o centro cívico, com edifícios públicos e a Igreja.

Inspirado nos conceitos do city-beautiful e da cidade-jardim, Vieira propôs um traçado regular para a área central. Norteado por práticas urbanísticas como as compiladas por Raymond Unwin em “Town Planning in Practice” (1909), o eixo central que cortava essa área foi traçado com uma composição simétrica axial e com tratamento das perspectivas visuais. No limite norte da área central havia uma estação ferroviária e, defronte dela, uma esplanada, a sala de espera ao ar livre e porta de entrada da cidade (a área da atual Praça Raposo Tavares e quadra da antiga rodoviária). Conduzidas pela perspectiva de um boulevard - a Avenida Getúlio Vargas - as pessoas que chegavam da região de Maringá e de outros estados, exploravam o caminho até a praça central da cidade no outro extremo da grande avenida: o centro cívico (atual Praça da Catedral e o Centro de Convivência). Estava se formando o que hoje chamamos de Eixo Monumental. Mas essa experiência se perdeu com o decorrer do tempo.

No plano inicial da cidade, localizado no extremo norte do Eixo e para além do que era planejado como área central, havia previsão de um complexo poliesportivo, com ideias formais simétricas e pontos visuais acompanhando as características estéticas do centro. Mas isso não se consolidou na implantação de Maringá, apesar do espaço ter sido ocupado pelo mesmo uso esportivo com o projeto de uma Vila Olímpica, que foi proposto pelo arquiteto Jaime Lerner e sua equipe, na década de 1960.

DIRETRIZES GERAISComo fazer as pessoas interagirem e se apropriarem dos traços de historicidade presentes

no Eixo? Como resgatar a memória esquecida? Tendo tais questionamentos como pontos de partida, o projeto de requalificação para o espaço público do Eixo Monumental de Maringá propõe o resgate histórico e afetivo de toda a extensão do Eixo, aproximando as pessoas dos locais, monumentos e de seus significados, promovendo a apropriação cultural e os encontros. O projeto é norteado por três diretrizes principais: a valorização histórica, a mobilidade ativa e a permanência do verde.

VALORIZAÇÃO HISTÓRICAA área de intervenção da requalificação urbana abriga grande parte dos edifícios de

interesse histórico da cidade, além de ser a porção mais expressiva da modernidade proposta pelo plano urbanístico de Maringá. Dentre eles, alguns já foram registrados em processo de tombamento: um edifício privado tombado pelo Estado do Paraná e atualmente sem uso definido; o Hotel Bandeirantes (1956); um outro imóvel público tombado pelo município - Edifício Luty Vicente Kasprowicz (1975); além de dois outros públicos tombados também na esfera municipal no entorno imediato do projeto, a Sede da CMNP (1975) e o Museu da Bacia do Paraná, (1948).

Partimos do pressuposto de que é importante preservar a cultura da área abrangida no escopo desse projeto pois, ainda que essa área seja consolidada e compreendida na Zona de Comércio Central (ZCC), existe constante pressão para valorização imobiliária e urbana nessa região. Assim, sugerimos que seja estabelecida uma regulamentação específica para o perímetro de interesse paisagístico e cultural, bem como a elaboração de um "Manual de Intervenção no Eixo Monumental". Com isso, o poder público terá o controle da gestão e da fiscalização de ocupações culturais ou de interesse público dos edifícios que ainda não estão ocupados, bem como das áreas envoltórias de todos os bens de interesse histórico e da comunicação visual sugerida, assegurando a preservação cultural e a manutenção das propostas de paisagem desse projeto.

Para conectar os edifícios e lugares importantes ao imaginário popular, propomos um desenho de piso que serve como contador de histórias visuais, revelando caminhos por meio de aberturas da perspectiva visual e totens informativos, estrategicamente distribuídos ao longo de toda a área de intervenção. Uma linha central na paginação do piso visa reforçar a legibilidade do Eixo e, à partir dela, outras se prolongam em ângulos de 45° a essa linha imaginária, qualificando a estampa visual de norte à sul. Ao mesmo tempo, o desenho geométrico facilita o escoamento do fluxo das águas pluviais às vias carroçáveis e sua captação pelas bocas de lobo já existentes.

O Eixo será um local para as pessoas interagirem com espaços públicos, seguros e iluminados, bem como uma experiência de caminhada, que também assumirá um papel de atrativo turístico. São inúmeras as possibilidades: passeios guiados ou autoguiados, tanto nos espaços públicos como no interior dos edifícios, com auxílio de um aplicativo, que pode ser utilizado por meio do acesso público de internet sem fio, presente em vários pontos do Eixo. Esse movimento de caminhada, para o corpo e para a mente, contribuirá economicamente para a valorização e desenvolvimento da área, reforçando também o comércio popular existente.

MOBILIDADE ATIVAA experiência de reconhecimento histórico ao longo do Eixo Monumental está atrelada à

proposta de incentivo à mobilidade ativa. Estudos já comprovaram que o centro da cidade possui alto potencial cicloviário e um dos fatores é a sua topografia plana. Propomos uma ciclovia e ruas compartilhadas elevadas, privilegiando a caminhabilidade e garantindo a acessibilidade universal, com piso em nível ao longo de todo o Eixo. A ciclovia do Eixo Monumental interliga-se de norte a sul com o sistema cicloviário existente, da Avenida Cerro Azul à UEM, e com vias cicloviárias transversais, permitindo a conexão com toda a cidade. A integração intermodal na porção central do projeto - pedestre, bicicleta, ônibus e, futuramente, o trem regional - permitirá a conexão metropolitana e será um polo irradiador de pessoas. As pessoas provindas dos bairros ou da região metropolitana, de bicicleta ou com outros modais, poderão deixar suas bicicletas nos bicicletários ou alugá-las nas estações, usufruindo dos espaços públicos e das ciclovias. Outra proposta para a mobilidade é o estímulo de zonas acalmadas para veículos motorizados, na área central: ação que tornará mais segura a circulação de transportes não motorizados. O espaço para futura instalação do VLT também foi previsto na porção leste, do início da Avenida Getúlio Vargas, até o limite norte da Travessa Jorge Amado.

PERMANÊNCIA DO VERDEA previsão de extensas áreas gramadas e arborizadas visa a permanência do verde e a

preservação da vegetação de grande porte, valorizando a perspectiva visual ao longo do Eixo e amplificando a área permeável para acima de 20% por trecho. O projeto visa reforçar a imagem de Cidade Verde, historicamente construída em Maringá, estimulando a preservação do seu patrimônio paisagístico e contribuindo para a qualidade ambiental. O rebaixamento da rede elétrica em todo o Eixo fará com que não haja mais interferências com as massas arbóreas de médio e grande porte. Com perspectivas no futuro das próximas gerações, o projeto adotou princípios de sustentabilidade ambiental na elaboração dos mobiliários e módulos urbanos, além de sugerir que seja incentivada, por meio de legislações urbanas de compensações, a construção de jardins verticais, contribuindo com o desempenho térmico em edifícios.

1.1 Paisagismo 746.340,00 1.2 Ciclovia 503.907,00 1.3 Piso tráfego pedestre 2.114.926,32 1.4 Patamarização com piso para tráfego pesado 501.967,50 1.5 Limpeza e demolição 1.497.600,00 1.6 Mobiliário urbano 447.120,00

SUBTOTAL 5.811.860,82

2.1 Paisagismo 1.175.580,00 2.2 Ciclovia 248.644,26 2.3 Piso tráfego pedestre 1.548.218,19 2.4 Piso compartilhado 1.107.973,45 2.5 Patamarização com piso para tráfego pesado 4.743.754,80 2.6 Limpeza e demolição 1.526.400,00 2.7 Auditório aberto 637.800,00 2.8 Rebaixamento da rede elétrica 2.940.000,00 2.9 Drenagem 1.503.600,00

2.10 Mobiliário urbano 1.490.400,00SUBTOTAL 16.922.370,70

3.1 Paisagismo 625.000,00 3.2 Ciclovia 208.030,86 3.3 Piso tráfego pedestre 1.903.055,00 3.4 Piso compartilhado 2.229.540,15 3.5 Patamarização com piso para tráfego pesado 349.758,00 3.6 Limpeza e demolição 979.200,00 3.7 Drenagem 684.600,00 3.8 Mobiliário urbano 1.117.800,00

SUBTOTAL 8.096.984,01

4.1 Paisagismo 325.040,00 4.2 Ciclovia 289.859,34 4.3 Piso do entorno 716.572,58 4.4 Limpeza e demolição 398.400,00 4.5 Mobiliário urbano 670.680,00

SUBTOTAL 2.400.551,92

TOTAL 33.231.767,45 R$

ETAPA 02 (TRECHO C+D)

ETAPA 03 (TRECHO E+F)

ETAPA 04 (TRECHO G)

ESTIMATIVA DE CUSTOSETAPA 01 (TRECHO A+B)

N2001000 50

IMPLANTAÇÃO GERALesc. 1:2000

ESTRATÉGIA CONCEITUAL

1. Catedral de Maringá (1972)2. Hotel Bandeirantes (1956)3. Gabinete do prefeito (1973)4. Edifício Residencial Maria Tereza (196-) 5. Edifício Luty Vicente Kasprowicz (1975)6. Canteiro da Av. Getúlio Vargas (197-)7. Edifício Três Marias (1964)8. Centro Comercial de Maringá (1971)

9. Cine Teatro Plaza (1972)10. Edifício Comercial Atalaia (196-)11. Sede da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná (1950)12. Antiga rodoviária (196-, demolição 2010)13. Linha férrea - Pátio de manobras e estação ferroviária (195-, demolição 1991)14. Armazém da Cerealista Tamandaré - Mercado Municipal (196-)15. Vila Olímpica - Estádio Willie Davids (1957) e Ginásio Chico Neto (1976)16. Museu da Bacia do Paraná (UEM) (1946)

1

2 3

4

5 7

89 10

13

14 15

1116

6

12

Perímetro de interesse paisagístico e culturalConexões históricasMobilidade ativa no Eixo Monumental

Permanência do verde na paisagem

ESTRATÉGIA CONCEITUAL

1. Catedral de Maringá (1972)2. Hotel Bandeirantes (1956)3. Gabinete do prefeito (1973)4. Edifício Residencial Maria Tereza (196-) 5. Edifício Luty Vicente Kasprowicz (1975)6. Canteiro da Av. Getúlio Vargas (197-)7. Edifício Três Marias (1964)8. Centro Comercial de Maringá (1971)

9. Cine Teatro Plaza (1972)10. Edifício Comercial Atalaia (196-)11. Sede da Companhia Melhoramentos Norte do Paraná (1950)12. Antiga rodoviária (196-, demolição 2010)13. Linha férrea - Pátio de manobras e estação ferroviária (195-, demolição 1991)14. Armazém da Cerealista Tamandaré - Mercado Municipal (196-)15. Vila Olímpica - Estádio Willie Davids (1957) e Ginásio Chico Neto (1976)16. Museu da Bacia do Paraná (UEM) (1946)

1

2 3

4

5 7

89 10

13

14 15

1116

6

12

Perímetro de interesse paisagístico e culturalConexões históricasMobilidade ativa no Eixo Monumental

Permanência do verde na paisagem