PRANCHA 4 v2 - UFPR · prancha 04/06 colocar mapa propostas - cortes (desenho e localizacao...

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diretrizeseações diretrizesgerais,específicaseações universidadefederaldoparanácursodearquiteturaeurbanismotrabalhofinaldegraduação2016 aluna orientadora ALLYNELOPESNOGUEIRA PROF.DRA.GISLENEPEREIRA prancha 04/06 geral ‒valorizarapaisagemdaorla de Matinhos, para turistas e moradores. específicas .restinga Nesse trabalho serão abordados alguns projetos que são imprescindíveisparaosucessodoplanoderequalificaçãodaorla, idealizadosdeacordocomasaçõesgeraisexpostasacima. Abaseparaacriaçãodessesprojetos,alémdosobjetivosdas açõesgerais,foiateoriadewalkability. 1.retiradadavegetaçãoatípicadaáreaderestinga; 2.reinserçãodavegetaçãoderestinga; 3.proteção(barreirafísica)davegetaçãoderestinga,garantidoqueamesma tenhaespaçoreservadoparasuaexpansão; 4. desenvolvimento de projeto de educação ambiental (nas escolas, vinculadas pela mídia) e colocação de placas informativas nas áreas de restinga,parafortaleceraconsciênciaecológica. .qualidadedaságuas 1.ampliaçãodosistemadeesgoto/drenagemnomunicípio; 2.remoçãodoscanaisdedrenagemdaorla; 3.ampliaçãodonúmerodepontosdemediçãodabalneabilidadenaorlae poluiçãonoscanais. .parâmetrosdeocupação 1.redefiniçãodeparâmetrosdeocupação,taiscomoalturamáximaetaxade ocupação,deformaacontrolaradensidadeedilícia. .mobilidade 1.garantirasepararçãodofluxoregionaldofluxourbanonaPR-412; 2.criaçãoderuasalternativasdeconexãoentreosbalneários; 3.criarumsistemacicloviárioqueconectetodaaáreadaorla. ciclovias 1. implantação de 2 tipologias de ciclovias, contemplando todos os trechoseseparandoosfluxos: a.turístico(beiramar); b.urbano(mediadoresePR-412); av.beiramar 1.retiradadaav.beiramarnotrecho3. 2.adequaçãodainfraestruturadaav.beiramarexistentenostrechos4,5 e6. 3.definiçãodeperfisdiferentesparacadatrecho,porémmantendoa cicloviaeocalçadãojuntoseparalelosàfaixadeareia; 4.implantaçãodecicloviaturísticanostrechos1,2e3; 5.implantaçãodocalçadãonostrechos2e3. ‒PR-412 1.imlantaçãodedesviodaPR-412nostrechos1,2e3,paraqueofluxo regionalpesadonãopassepelocentrodeMatinhos(trecho1). 2.alteraçãodoperfildaviaparaimplantaçãodacicloviaurbanaedasvias marginaisparaotransportepúblicoetrânsitourbano. 1. construção de duas tipologias de mediadores, conectando o município á ola através deles. Os mediadores também concentram equipamentosnaregiãodaorlaeservemcomoúnicoacessoàspraias pormeiodepassarelaselevadasacessíveis(8,3%deinclinação). ‒restinga 1.revegetalizaçãodaáreaderestinga; 2.implantaçãodebarreirasfísicasparaaproteçãodarestinga. zoneamento 1.definiçãodeparâmentrosdeocupaçãoparaaáreadaorla; 2. definição de medidas compensatórias a serem efetivadas pelos edifíciosconstruídosemdesconformidadecomozoneamento. ‒ melhorar a infraestrutura turística da orla; ‒ melhorar a qualidade das águas do município; ‒melhoraramobilidadeurbana; ‒incentivaraocupaçãoaolongodaorla. .infraestruturadaorla 1.implantaçãodeciclovias,calçadas,eiluminaçãopública; 2.implantaçãodeelementosmediadores, delimitandooacessoáspraias. Esseselementosservemcomopontodeencontroeconcentramatividades deapoioaosbanhistas,áreasdelazereserviços; 3.criaçãodeumsistemadeparquesaolongodaorla,comfunçõessimilaresa dosmediadores,porémmaisdestinadoaousodapopulaçãolocal. ciclovias elementosmediadores 1.definiçãodelocalizaçãoeprogramadenecessidadesdasáreasque abrigarãoosparqueslocais. ‒grandesáreasverdes projetos ações ações Para a realização do projeto, foi necessário a criação de ações gerais a seremcumpridas,definidasporordemde importância. Algumas dessas ações terão seus projetosmaisdetalhadosnessetrabalho. Ÿ 20mediadorestipoB(simples):escolhidosdeacordocomuma distância caminhável entre eles. Essa tipologia conta com: calçadão de deck de madeira que culmina em uma passarela elevada; ciclovia urbana; iluminação diferenciada da existente na orla; área de permanência com bancos e lixeiras; degrauserampasquedãoacessoáareia;ecanteirocentralcom palmeiras. Ÿ 3mediadorestipoA(completo):escolhidosparaficaremuma distância equivalente com os parques criados. Além dos elementos presentes no mediador tipo B, o mediador tipo A possui:comércio;banheiros;chuveiros;restauranteseáreaque poderecebermesas,ouserpalcoparaeventos. 2. definição das vias que receberão os mediadores, e definir qual tipologiaseráaplicada. ‒walkability Ÿ distânciaparaotransportepúblico:ousodotransportepúblico évinculadoádistânciaqueaspessoasdemoramprachegaraté ele - quanto mais perto, melhor (também possui relação direta comadensidadedaregião); Ÿ destino acessível: relacionado com o propósito ou objetivo do destinoeadistânciaviajadaatéele; Ÿ estacionamento: a autora acredita que o estacionamento é o inimigo da caminhabilidade, pois a facilidade de estacionar os veículoséumatrativoparacontinuaraandardecarro. 3.jeffspeck:oautordesenvolveumateoriageralde“walkability”, definindo 4condições(conceitosgerais)e 10passos(decisõesque devemsertomadasparaseatingiras4condiçõesgerais)paraque um espaço destinado a pedestres se torne recomendado e caminhável. As4condições são:serútil (opasseiodevepossuirelementos da vida cotidiana ao longo de sua extensão, de uma forma organizadaecoerente);serseguro(ospedestrespossamcaminhar com segurança); ser confortável (ser aconchegante, como uma extensãodacasa);eser interessante (comvistaseedifíciosaolongo docaminhoquesejambonitos). Segundooautor,as4condiçõessãoapenasumconceitogeral. Parasealcançarawalkabilitytambéménecessárioquesesigam 10 passos.Essespassossãodecisõesquedevemsertomadasparase atingirascondiçõesdescritasanteriormente. OPASSEIOCONFORTÁVEL 7. moldar os espaços: Apesar de os pedestres preferirem espaços abertos,elestambémdevemsesentirconfortáveisparacaminhar‒ um espaço muito grande, com grandes áreas de concreto ou de árvores,podedesmotivarumpedestre“amador”; 8. plantar árvores: a presença de árvores torna o caminho mais interessante,podesetornarpontodereferênciaedarunidadeaum passeio; OPASSEIOINTERESSANTE 9.criarfachadasúnicaseagradáveis:comofazempartedoentorno do passeio, as fachadas dos edifícios devem ser agradáveis e interessantesdeseolhar; 10,escolherbemasintervenções:Infelizmente,nãoépossíveltornar a cidade inteira caminhável ‒ algumas ruas possuem o caráter automotivo muito forte, e seria muito difícil de mudá-lo. Escolher ruas adequadas, onde a caminhabilidade possa ser alcançada é imprescindível. OPASSEIOÚTIL 1.colocaroscarrosemseudevidolugar:Separarosfluxosdecarrose depedestres; 2. misturar os usos: para incentivar as pessoas a caminhar, é imprescindívelqueelastenhamaondeir,tendocomoacaminhada a maneira de locomoção. A mistura dos usos nas áreas onde se desejaatrairpedestresédesejável; 3. estacionamento: evitar em áreas onde se deseja atrair mais pedestres,paradificultarousodoautomóvelnessasáreas; 4.deixarotransportepúblicofluir:umacidadecomumtransporte público bom, incentiva as pessoas a não usarem o automóvel, e longasdistânciasdesanimamospedestres. OPASSEIOSEGURO 5.protegeropedestre:énecessárioprestaratençãoemaspectos comotamanhoesentidodasvias,tamanhodospasseios,tiposde cruzamentos,sinalização,entreoutros,queajudamadeterminara velocidadedoscarroseachancedeospedestresserematingidos. 6.incentivarasbicicletas:amedidaqueusodocarrodiminui,odas bicicletasaumentam. 10passosdawalkability REQUALIFICAÇÃODEORLAMARÍTIMA(MATINHOS-PR) canaisdedrenagempresentesnaorla ocupaçãoirregularnaáreaderestinga “Walkability”, ou caminhabilidade, é o quanto uma área é agradável para se caminhar, analisando as relações entre características do ambiente construído e sua influência no caminhar,propondomeiosalternativosdedeslocamento(comoo caminhareousodebicicletas),atécomoumaformadediminuiro sedentarismo. Para a elaboração dos projetos, foram adotadas as teoriasde3autores: 1. jangehl: oautorafirmaqueosautomóveisvemganhandomuito destaquenascidadesmodernas,eoselementosdaescalahumana (espaços públicos, espaços para pedestre etc.) se encontram ausentes.Parasealcançaressaescalahumana,ascidadesprecisam investir em meios alternativos de deslocamento ‒ logo, o autor apontaa caminhabilidade . 2. julie campoli: a autora identifica 6 elementos-chave da caminhabilidade: cinco“D”seum“E”. Ÿ densidade:relacionadaáintensificarousodosolo; Ÿ diversidade:usosmistos; Ÿ design : paisagens atraentes ao olhar, mobiliário urbano interessanteetc.;

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diretrizes�e�ações diretrizes�gerais,�específicas�e�ações

universidade�federal�do�paraná����curso�de�arquitetura�e�urbanismo����trabalho�final�de�graduação����2016 aluna

orientadora

ALLYNE�LOPES�NOGUEIRA�

PROF.�DRA.�GISLENE�PEREIRA

prancha

04/06

colocar mapa propostas- cortes (desenho e localizacao circulos com setas - usar simbolo ?)- sinaleiro e passarela elevada mediador A- passarela elevada mediador B-sentido mao unica mediadores- mediadores com textura - como humanizar planta de urbanismo??

OBS:1. ciclovia + calcada trechos 1 a 3 devem ser >= a 3,5 (passar carros/ambulancia )

COLOCAR ISSO NA PRANCHA DIRETRIZES E AÇÕES

mobilidade�urbana� Para�a�região�da�orla�conseguir�atrair�turistas�e�moradores�para�utilizá-la,� algumas� mudanças� relacionadas� ao� sistema� viário� se�tornam�imprescindíveis.�� A�constante�erosão�marinha�presente�nos�trechos�2�e�3�pioram�os�efeitos�das�ressacas,�a�Av.�Beira�Mar�nesses�trechos�foi�construída�em�cima�da�faixa�de�areia,�e,�além�disso,�a�vegetação�de�restinga�foi�retirada�-�o�mar�foi�avançando�sobre�a�infraestrutura�da�Av.�Beira�Mar.� Em�Matinhos,�existem�muitos�ciclistas,�porém�poucas�ciclovias.�A�topografia�do�litoral,�por�ser�plana,�facilita�o�uso�desse�modal.�Para�incentivar�mais� ainda� o� uso� desse�modal,� foram� propostas� duas�tipologias�de�ciclovias,� sepando�o�fluxo�dos�moradores� (urbana� -�vermelha)�do�fluxo�dos�turistas�(turística�-�amarela).

� O�município�de�Matinhos�carece�de�parques,�praças�e�outros�espaços�para� lazer.�A� idéia�de�que�a�orla�possa�se� tornar�um�eixo�concentrador�de�lazer�no�município�é�muito�bem�vinda.

grandes�áreas�verdesCOLOCAR�NA�PRANCHADIRETRIZES

.TEXTO GRAY 70

geral�‒�valorizar�a�paisagem�da�orla�de� Matinhos,� para� turistas� e�moradores.

-�calçadão,�cilcovias�e�av,�beira�marzoneamento� Como�foi�demonstrado�no�mapa�síntese,�alguns�edifícios�foram�construídos�no� trecho�de� intervenção�que�não�estão�em�acordo�com�a�legislação�atual.��Para� evitar� que� esse� tipo� de� erro� volte� á�ocorrer,� foi� proposta� uma� alteração� em� alguns� parâmetros� do�zoneamento.� Já�os�edifícios�que�já�estão�construídos�em�desacordo,�a�idéia�é�que�os�proprietários�paguem�algum�tipo�de�multa�ou�incentivo�á�Prefeitura� do�Município,� cujo� valor� seria� destinado� ao�projeto� de�Requalificação�da�Orla�Marítima,�como�a�implantação�dos�projetos�ou�aquisição�de�mudas�de�restinga,�por�exemplo.

� A�PR-412�é�uma�via�de�ligação�muito�importante�do�município,�sendo�a�única�via�contínua�que�liga�Garuva�(SC)�á�Pontal�do�Paraná�(PR)�e�cruza�o�município�paralelamente�á�beira�mar.�� Algumas�mudanças� foram� propostas� para� separar� o� tráfego�mais�pesado�da�PR-412�do�tráfego�urbano�de�Matinhos.�A�primeira�delas�foi�o�desvio�da�PR-412�(� � � � � � �)�para�evitar�que�o�tráfego�desta�rodovia�congestione�a�área�do�centro�de�Matinhos.�Porém,�para�que�esse�desvio�aconteça,�será�necessária�a�criação�de�uma�ponte�sobre�o�Rio�Matinhos.�

PR�412

específicas

��.�restinga

�� Nesse� trabalho� serão� abordados� alguns� projetos� que� são�imprescindíveis�para�o�sucesso�do�plano�de�requalificação�da�orla,�idealizados�de�acordo�com�as�ações�gerais�expostas�acima.� A�base�para�a�criação�desses�projetos,�além�dos�objetivos�das�ações�gerais,�foi�a�teoria�de�walkability.

1.�retirada�da�vegetação�atípica�da�área�de�restinga;2.�reinserção�da�vegetação�de�restinga;3.�proteção�(barreira�física)�da�vegetação�de�restinga,�garantido�que�a��mesma�tenha�espaço�reservado�para�sua�expansão;4.� desenvolvimento� de� projeto� de� educação� ambiental� (nas� escolas,�vinculadas� pela� mídia)� e� colocação� de� placas� informativas� nas� áreas� de�restinga,�para�fortalecer�a�consciência�ecológica.

��.�qualidade�das�águas�1.�ampliação�do�sistema�de�esgoto/�drenagem�no�município;2.�remoção�dos�canais�de�drenagem�da�orla;3.�ampliação�do�número�de�pontos�de�medição�da�balneabilidade�na�orla�e�poluição�nos�canais.

��.�parâmetros�de�ocupação1.redefinição�de�parâmetros�de�ocupação,�tais��como�altura�máxima�e�taxa�de�ocupação,�de�forma�a�controlar�a�densidade�edilícia.

��.�mobilidade�1.�garantir��a�separar�ção�do�fluxo�regional�do�fluxo�urbano�na�PR-412;2.�criação�de�ruas�alternativas�de�conexão�entre�os�balneários;3.�criar�um�sistema�cicloviário�que�conecte�toda�a�área�da�orla.

�‒�ciclovias1.� implantação� de� 2� tipologias� de� ciclovias,� contemplando� todos� os�trechos�e��separando�os�fluxos:� a.�turístico�(beira�mar);� b.�urbano�(mediadores�e�PR-412);�‒�av.�beira�mar1.�retirada�da�av.�beira�mar�no�trecho�3.2.�adequação�da�infraestrutura�da�av.�beira�mar�existente�nos�trechos�4,�5�e�6.3.�definição�de�perfis�diferentes�para�cada�trecho,�porém�mantendo�a�ciclovia�e�o�calçadão�juntos�e�paralelos�à�faixa�de�areia;4.�implantação�de�ciclovia�turística�nos�trechos�1,�2�e�3;5.�implantação�do�calçadão�nos�trechos�2�e�3.�‒�PR-412

1.�imlantação�de�desvio��da�PR-412�nos�trechos�1,�2�e�3,�para�que�o�fluxo�regional�pesado�não�passe�pelo�centro�de�Matinhos�(trecho�1).2.�alteração�do�perfil�da�via�para�implantação�da�ciclovia�urbana�e�das�vias�marginais�para�o�transporte�público�e�trânsito�urbano.

1.� construção� de� duas� tipologias� de� mediadores,� conectando� o�município� á� ola� através� deles.� Os� mediadores� também� concentram�equipamentos�na�região�da�orla�e�servem�como�único�acesso�às�praias�por�meio�de�passarelas�elevadas�acessíveis�(8,3%�de�inclinação).

�‒�restinga

1.�revegetalização�da�área�de�restinga;2.�implantação�de�barreiras�físicas�para�a�proteção�da�restinga.

�‒�zoneamento1.��definição�de�parâmentros�de�ocupação�para�a�área�da�orla;2.� definição� de� medidas� compensatórias� a� serem� efetivadas� pelos�edifícios�construídos�em�desconformidade�com�o�zoneamento.

� ‒� melhorar� a� infraestrutura� turística� da�orla;� ‒� melhorar� a� qualidade� das� águas� do�município;�‒�melhorar�a�mobilidade�urbana;�‒�incentivar�a�ocupação�ao�longo�da�orla.

�.�infraestrutura�da�orla1.�implantação�de�ciclovias,�calçadas,�e��iluminação�pública;2.�implantação�de�elementos�mediadores,� �delimitando�o�acesso�ás�praias.�Esses�elementos�servem�como�ponto�de�encontro�e�concentram�atividades�de��apoio�aos�banhistas,�áreas�de�lazer�e�serviços;3.�criação�de�um�sistema�de�parques�ao�longo�da�orla,�com�funções�similares�a�dos�mediadores,�porém�mais�destinado�ao�uso�da�população�local.

�‒�ciclovias

�‒�elementos�mediadores

1.�definição�de�localização�e�programa�de�necessidades�das�áreas�que�abrigarão�os�parques�locais.

�‒�grandes�áreas�verdes

projetos

ações

ações

� Para� a� realização� do� projeto,� foi�necessário� a� criação� de� ações� gerais� a�serem�cumpridas,�definidas�por�ordem�de�importância.� Algumas� dessas� ações� terão� seus�projetos�mais�detalhados�nesse�trabalho.�

Ÿ 20�mediadores�tipo�B�(simples):�escolhidos�de�acordo�com�uma�distância� caminhável� entre� eles.� Essa� tipologia� conta� com:�calçadão� de� deck� de� madeira� que� culmina� em� uma�������passarela� elevada;� ciclovia� urbana;� iluminação� diferenciada� da�existente� na� orla;� área� de�permanência� com�bancos� e� lixeiras;�degraus�e�rampas�que�dão�acesso�á�areia;�e�canteiro�central�com�palmeiras.

Ÿ 3�mediadores�tipo�A�(completo):�escolhidos�para�ficar�em�uma�distância� equivalente� com� os� parques� criados.� Além� dos�elementos� presentes� no�mediador� tipo� B,� o�mediador� tipo� A�possui:�comércio;�banheiros;�chuveiros;�restaurantes�e�área�que�pode�receber�mesas,�ou�ser�palco�para�eventos.

2.� definição� das� vias� que� receberão� os� mediadores,� e� definir� qual�tipologia�será�aplicada.

�‒�walkability

Ÿ distância�para�o�transporte�público:�o�uso�do�transporte�público�é�vinculado�á�distância�que�as�pessoas�demoram�pra�chegar�até�ele� -�quanto�mais�perto,�melhor� (também�possui� relação�direta�com�a�densidade�da�região);

Ÿ destino�acessível:� relacionado�com�o�propósito�ou�objetivo�do�destino�e�a�distância�viajada�até�ele;

Ÿ estacionamento:� a� autora� acredita� que� o� estacionamento� é� o�inimigo� da� caminhabilidade,� pois� a� facilidade� de� estacionar� os�veículos�é�um�atrativo�para�continuar�a�andar�de�carro.

3.�jeff�speck:�o�autor�desenvolve�uma�teoria�geral�de�“walkability”,�definindo�4�condições�(conceitos�gerais)�e�10�passos�(decisões�que�devem�ser�tomadas�para�se�atingir�as�4�condições�gerais)�para�que�um� espaço� destinado� a� pedestres� se� torne� recomendado� e�caminhável.� As�4�condições�são:�ser�útil�(o�passeio�deve�possuir�elementos�da� vida� cotidiana� ao� longo� de� sua� extensão,� de� uma� forma�organizada�e�coerente);�ser�seguro�(os�pedestres�possam�caminhar�com� segurança);� ser� confortável� (ser� aconchegante,� como� uma�extensão�da�casa);�e�ser�interessante�(com�vistas�e�edifícios�ao�longo�do�caminho�que�sejam�bonitos).�� Segundo�o�autor,�as�4�condições�são�apenas�um�conceito�geral.Para�se�alcançar�a�walkability�também�é�necessário�que�se�sigam�10�passos.�Esses�passos�são�decisões�que�devem�ser�tomadas�para�se�atingir�as�condições�descritas�anteriormente.

a.�O�PASSEIO�ÚTIL1.1.�Colocar�os�carros�em�seu�devido�lugar,�separando�os�fluxos�de�carros�e�de�pedestres.1.2.�Misturar�os�usos�para�atrair�pedestres;1.3.�Evitar�colocar�muitos�estacionamentos�em�áreas�onde�se�deseja�atrair�mais�pedestres;1.4.�Deixar�o�transporte�público�fluir:�longas�distâncias�desanimam�ospedestres;�um�bom�transporte�público�incentiva�o�seu�uso;b.�O�PASSEIO�SEGURO2.1.�Proteger�o�pedestre:��tamanho�e�sentido�das�vias,�tamanho�dospasseios,� tipos� de� cruzamentos,� sinalização� etc.,� que� ajudam� a�determinar� a� velocidade� dos� carros� e� a� chance� de� os� pedestres�serem�atingidos.2.2.�Incentivar�as�bicicletas:�a�medida�que�uso�do�carro�diminui,�o�das�bicicletas�aumentam.3.�O�PASSEIO�CONFORTÁVEL3.1.�Moldar�os�espaços:�Apesar�de�os�pedestres�preferirem�espaços�abertos,�eles�também�devem�se�sentir�confortáveis�para�caminhar�‒�um�espaço�muito�grande,�com�grandes�áreas�de�concreto�ou�de�árvores,�pode�desmotivar�um�pedestre�“amador”;

O�PASSEIO�CONFORTÁVEL7.�moldar�os�espaços:�Apesar�de�os�pedestres�preferirem�espaços�abertos,�eles�também�devem�se�sentir�confortáveis�para�caminhar�‒�um�espaço�muito�grande,�com�grandes�áreas�de�concreto�ou�de�árvores,�pode�desmotivar�um�pedestre�“amador”;8.� plantar� árvores:� a� presença� de� árvores� torna� o� caminho� mais�interessante,�pode�se�tornar�ponto�de�referência�e�dar�unidade�a�um�passeio;

O�PASSEIO�INTERESSANTE9.�criar�fachadas�únicas�e�agradáveis:�como�fazem�parte�do�entorno�do� passeio,� as� fachadas� dos� edifícios� devem� ser� agradáveis� e�interessantes�de�se�olhar;10,�escolher�bem�as�intervenções:�Infelizmente,�não�é�possível�tornar�a� cidade� inteira� caminhável� ‒� algumas� ruas� possuem� o� caráter�automotivo�muito� forte,�e�seria�muito�difícil�de�mudá-lo.�Escolher�ruas� adequadas,� onde� a� caminhabilidade� possa� ser� alcançada� é�imprescindível.

O�PASSEIO�ÚTIL1.�colocar�os�carros�em�seu�devido�lugar:�Separar�os�fluxos�de�carros�e�de�pedestres;2.� misturar� os� usos:� para� incentivar� as� pessoas� a� caminhar,� é�imprescindível�que�elas�tenham�aonde�ir,�tendo�como�a�caminhada�a�maneira� de� locomoção.� A�mistura� dos� usos� nas� áreas� onde� se�deseja�atrair�pedestres�é�desejável;3.� estacionamento:� evitar� em� áreas� onde� se� deseja� atrair� mais�pedestres,�para�dificultar�o�uso�do�automóvel�nessas�áreas;4.�deixar�o�transporte�público�fluir:�uma�cidade�com�um�transporte�público�bom,� incentiva� as�pessoas� a�não�usarem�o� automóvel,� e�longas�distâncias�desanimam�os�pedestres.O�PASSEIO�SEGURO5.�proteger�o�pedestre:�é�necessário�prestar�atenção�em�aspectos�como�tamanho�e�sentido�das�vias,�tamanho�dos�passeios,�tipos�de�cruzamentos,�sinalização,�entre�outros,�que�ajudam�a�determinar�a�velocidade�dos�carros�e�a�chance�de�os�pedestres�serem�atingidos.6.�incentivar�as�bicicletas:�a�medida�que�uso�do�carro�diminui,�o�das�bicicletas�aumentam.

�10�passos�da�walkability

REQUALIFICAÇÃO�DE�ORLA�MARÍTIMA�(MATINHOS�-PR)

canais�de�drenagem�presentes�na�orla

ocupação�irregular�na�área�de�restinga

� “Walkability”,� ou� caminhabilidade,� é� o� quanto� uma� área� é�agradável� para� se� caminhar,� analisando� as� relações� entre�características� do� ambiente� construído� e� sua� influência� no�caminhar,�propondo�meios�alternativos�de�deslocamento�(como�o�caminhar�e�o�uso�de�bicicletas),�até�como�uma�forma�de�diminuir�o�sedentarismo.� Para� a� elaboração�dos�projetos,� foram�adotadas� as�teorias�de�3�autores:�1.�jan�gehl:�o�autor�afirma�que�os�automóveis�vem�ganhando�muito�destaque�nas�cidades�modernas,�e�os�elementos�da�escala�humana�(espaços� públicos,� espaços� para� pedestre� etc.)� se� encontram�ausentes.�Para�se�alcançar�essa�escala�humana,�as�cidades�precisam�investir� em�meios� alternativos� de� deslocamento� ‒� logo,� o� autor�aponta�a�caminhabilidade�.2.� julie� campoli:� a� autora� identifica� 6� elementos-chave� da�caminhabilidade:�cinco�“D”s�e�um�“E”.Ÿ densidade:�relacionada�á�intensificar�o�uso�do�solo;Ÿ diversidade:�usos�mistos;Ÿ design:� paisagens� atraentes� ao� olhar,� mobiliário� urbano�interessante�etc.;