Prática

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Partida e Parada Quando a pressão de sucção for maior ou igual a pressão indicada no Set Point Liga Compressor, um temporizador para a partida do compressor será acionado. Após a contagem do tempo determinado em Tempo Liga Compressor, será dado o comando para ligar a bomba de óleo e o comando de decremento da capacidade (caso esta não tenha atingido o Set de Capacidade Mínima ou a Entrada de Fim de Curso não esteja acionada). Após 45 segundos de funcionamento da bomba de óleo será então dado o comando para a partida do compressor. Parada do Compressor – Modo Automático: Quando a pressão de sucção for menor ou igual a pressão indicada no Set Point Desliga Compressor, um temporizador para a parada do compressor será acionado. Após a contagem do tempo determinado em Tempo Desliga Compressor, será dado o comando para redução de capacidade até que esta atinja o Set de Capacidade Mínima ou que a Entrada Digital de Fim de Curso seja acionada. Após isso será dado o comando para desligar o compressor. Quando a corrente do motor atingir a corrente indicada em Corrente Mínima (indicando que o motor está desligado), será dado o comando para desligar a bomba de óleo. Partida/Parada do Compressor – Modo Manual: Para a partida/parada manual do compressor será necessário que o Modo de Operação do Compressor seja definido como “Manual” O processo de partida/parada manual será análogo ao processo Automático, exceto pelo fato que a partida/parada não dependerá mais da pressão de sucção, e sim de um comando do próprio usuário. Obs.: A alteração do Modo de Operação do Compressor acarretará no desligamento do mesmo caso ele esteja ligado. Parada do Compressor por Alarmes: Se algum alarme de parada do compressor estiver ativo, será dado o comando para desligar o compressor. Quando a corrente do motor atingir a corrente indicada em Corrente Mínima (indicando que o motor está desligado), será dado o comando para redução de capacidade até que esta atinja o Set de Capacidade Mínima ou que a Entrada Digital de Fim de Curso seja acionada. Após isso será dado o comando para desligar a bomba de óleo. Parada do Compressor por Emergência:

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Partida e ParadaQuando a presso de suco for maior ou igual a presso indicada no Set Point Liga Compressor, um temporizador para a partida do compressor ser acionado. Aps a contagem do tempo determinado em Tempo Liga Compressor, ser dado o comando para ligar a bomba de leo e o comando de decremento da capacidade (caso esta no tenha atingido o Set de Capacidade Mnima ou a Entrada de Fim de Curso no esteja acionada). Aps 45 segundos de funcionamento da bomba de leo ser ento dado o comando para a partida do compressor.Parada do Compressor Modo Automtico:Quando a presso de suco for menor ou igual a presso indicada no Set Point DesligaCompressor, um temporizador para a parada do compressor ser acionado. Aps a contagem do tempo determinado em Tempo Desliga Compressor, ser dado o comando para reduo de capacidade at que esta atinja o Set de Capacidade Mnima ou que a Entrada Digital de Fim de Curso seja acionada. Aps isso ser dado o comando para desligar o compressor. Quando a corrente do motor atingir a corrente indicada em Corrente Mnima (indicando que o motor est desligado), ser dado o comando para desligar a bomba de leo.Partida/Parada do Compressor Modo Manual:Para a partida/parada manual do compressor ser necessrio que o Modo de Operao do Compressor seja definido como Manual O processo de partida/parada manual ser anlogo ao processo Automtico, exceto pelo fato que a partida/parada no depender mais da presso de suco, e sim de um comando do prprio usurio.Obs.: A alterao do Modo de Operao do Compressor acarretar no desligamento do mesmo caso ele esteja ligado.Parada do Compressor por Alarmes:Se algum alarme de parada do compressor estiver ativo, ser dado o comando para desligar o compressor. Quando a corrente do motor atingir a corrente indicada em Corrente Mnima (indicando que o motor est desligado), ser dado o comando para reduo de capacidade at que esta atinja o Set de Capacidade Mnima ou que a Entrada Digital de Fim de Curso seja acionada. Aps isso ser dado o comando para desligar a bomba de leo.Parada do Compressor por Emergncia: Se algum alarme de emergncia estiver ativo, ser dado o comando para desligar o compressor e a bomba de leo imediatamente, sem que haja a reduo da capacidade do compressor.Operao da Capacidade Modo Automtico/Semi-Automtico:O controlador passar a modular a capacidade do compressor para atender aos parmetrosconfigurados.Operao da Capacidade Modo Manual:A modulao de capacidade ser feita atravs da IHM pelo usurio do sistema.Para aumentar/reduzir a capacidade o usurio dever entrar no menu de operaes da IHM e na tela de incremento/decremento de capacidade proceder da seguinte forma:Manter esta tecla pressionada para aumentar a capacidade Manter esta tecla pressionada para reduzir a capacidade

Procedimentos de EmergnciaEMERGNCIA COM AMNIAA Amnia foi descoberta por Priestley em 1774. Priestley preparou gs-amnia, reagindo sal amonaco com cal virgem, recolhendo gs formado sobre mercrio.Berthollet, em 1784, decomps o gs por meio de uma centelha eltrica, estabelecendo sua composio como sendo 3 (trs) volumes de hidrognio e 1 (um) volume de nitrognio. Foi a primeira anlise elementar da amnia que proporcionou o conhecimento da frmula.A primeira produo em escala industrial deu-se em 1913 na Alemanha, utilizando-se o processo Harber-Bosch. O processo de produo da amnia consiste essencialmente na reao entre o nitrognio e o hidrognio, sob elevada presso e temperatura, na presena de catalisador, como indicado na seguinte equao:

N2 + 3H2 2NH3

Antes do advento da indstria de amnia sinttica, a principal fonte desse derivado nitrogenado era constituda pelos gases provenientes da operao de coqueificao do carvo.O nitrognio utilizado na sntese da amnia derivado do ar. Uma grande variedade de fontes, contudo, usada para obter o nitrognio exigido pelo processo.

Amnia

Nome qumico de substncia composta por um tomo de nitrognio e trs de hidrognio: NH3Amnia Anidra

Nome comum ou comercial. subsiste no estado lquido sob baixas temperaturas ou presses relativamente altas.

Tipos Comerciais

A Amnia Anidra consumida sob tres tipos distintos, s vezes associado ao nome amnia:a) Tipo comercial, usada como matria-prima no processamento qumico, a concluindo os fertilizantes.b) Tipo Refrigerao, para fins de refrigerao ou uso em que seja necessrio um ndice maior de pureza.c) Tipo Metalrgico, para a gerao de ambientes redutores, na metalurgica.

Aplicaes da Amnia

Uma das maiores aplicaes da amnia como veculo de nitrognio, diretamente ou atravs de seus compostos, como fertilizantes.Estas vrias fontes de nitrognio so uniformizadas segundo o teor contido de nitrognio:Solues nitrogenadas e outros fertilizantesAcrilonitrilaHexametileno DiaminaAmidas e nitrilas diversosCaprolactama

Aplicaes / Uso Industrial

o Manufatura de cido ntrico, explosivos, fibras sintticas e material para refrigerao.o Manufatura de explosivos.o Na refrigerao de sistemas de compresso e absoro.o Extrao de certos metais como cobre, nquel e molibidnio de seus minrios.o Controle de PH.o Inibidor de corroso nas refinarias de petrleo e plantas de gs natural.o Na indstria da borracha para estabilizao do ltex natural e sinttico.o Combinado com cloro para purificao de gua de abastecimento domstico e industrial.o Manufatura de farmacuticos, loes, cosmticos, substncias usadas na limpeza dentria, amnia para uso domstico, detergentes e material de limpeza.o Na indstria de fertilizantes para aplicao direta e como bloqueador na manufatura de solues fertilizantes de nitrognio, de uria, nitrato de amnia, sulfato de amnia e fosfatos.o Na produo de cido ntrico e em fibras e plsticos industriais para a produo de acrilonitrila, hexametilenodiamina, tolueno e outros.o Papel e celulose.o Metalurgia.o Alimentao de animais.o Processo Solvay.o Manufatura de Rayon.o Manufatura de cido sulfrico (processo de cmaras).

Amostragem

A amostra de amnia anidra pode ser tomada em fase lquida ou gasosa. A tenso de vapor de amnia a 25 C de 10 atm. e o recipiente da amnia , em geral, metlico e previamente tarado.SEGURANA DO PRODUTO

Amnia Anidra (NH3)ONU: 1005 N DE RISCO: 268 CAS: 7664-41-71 - Identificao do ProdutoDescrio: Amnia Anidra (NH3). Obtido a partir do nitrognio atmosfrico e hidrognio de processo, em alta temperatura e presso, na presena de um catalisador. Utilizado como gs de refrigerao, como componente bsico para fabricao de fertilizantes, cidos e nitrato de amnia.Outras designaes: Amnia (NH3).2 - Limites de Exposio OcupacionalOSHA: 15 min STEL: 35ppm, 24mg/m1NIOSHI: 5-min: 50ppm, 35 mg/m3ACGIH: TWA: 25ppm, 17 mg/m3LT: 20ppm, 14 mg/m33 - Dados FsicosPonto de Ebulio: -33.35C (*)Ponto de Fuso: -77.7C (*)Peso Molecular: 17g/molDensidade 20C: 0,682 g/cm3Solubilidade em gua: solvel (liberao de calor)Aparncia e odor: Gs comprimido liquefeito, incolor, com odor caracterstico.(*) Dados de Literatura.

4 - Preveno e Combate ao FogoTemperatura de Fulgor: Gs na temperatura ambienteTemperatura Auto-Ignio: 651CLIE: 16%LSE: 25%Meios de Extino: Apresenta risco moderado ao fogo. Em casos de fogo em instalaes, o melhor procedimento estancar o fluxo de gs, fechando a vlvula, j que a amnia em concentraes elevadas no ar, pode formar uma mistura explosiva. Para isso, pode ser necessrio o uso de gua, dixido de carbono ou p qumico, para extino da chama adjacente vlvula que controla o fornecimento do gs.Use gua para resfriar os recipientes expostos ao fogo e interrompa o gs para proteo pessoal, a gua reduz a concentrao do gs devido sua solubiliadde em gua. Para fogo envolvendo amnia lquida, usar p qumico ou CO2 para combat-lo.Riscos Adicionais: A NH3 oferece ou apresenta risco moderado de fogo e exploso, quando exposta ao calor ou chama. Em presena de leo e outros materiais combustveis aumenta o risco de fogo.Procedimentos Emergenciais: Em caso de fogo existe a possibilidade de decomposio com liberao de gases txicos. Utilize mscara autnoma ou mscara com ar mandado, e roupas de PVC. Refrigere os recipientes expostos ao fogo.

5 - Dados de Reatividade

Estabilidade/Polimerizao: Amnia Anidra estvel quando armazenado e usado sobre condies normais de estocagem e manuseio. Acima de 450C pode se decompor liberando nitrognio e hidrognio. No ocorre polimerizao.Incompatibilidade Qumica: Este produto um gs alcalino que emite calor quando reage com cido. Em contato com halognios, boro, 1.2 declorectano, xidos de clileno, platina, triclorato de nitrognio e fortes oxidantes, pode causar reaes potencialmente violentas ou explosivas. Em contato com metais pesados e seus compostos pode formar produtos explosivos. Em contato com cloro e seus compostos pode resultar a liberao de gs cloroamina. Amnia produz significativa mistura explosiva quando em contato com hidrocarbonetos. O produto tambm incompatvel com aldedo actico, acrofena, hidraxina, ferrocianeto de potssio.Produtos Perigosos da Decomposio: Decomposio trmica do NH3, pode produzir gases nitrosos txicos.6 - Riscos a SadeAmnia Anidra no considerada cancergena pela OSHA.Resumo de riscos: Devido grande solubilidade em gua, o gs amnia dissolve-se nas mucosas dos olhos e trato respiratrio superior exercendo efeito irritante e dano celular pela sua ao custica alcalina. O contato com amnia lquida pode causar severas queimaduras nos olhos e na pele. A inalao do gs em grandes concentraes pode inibir os reflexos e causar morte. Devido s caractersticas fsicas da amnia anidra, os acidentes por ingesto so pouco provveis, podendo ocorrer, entretanto, queimaduras na boca, faringe, esfago e estmago.Principais partes atingidas: aparelho respiratrio, olhos e pele.Efeitos agudos: A inalao pode causar dificuldade respiratria, broncoespasmo, queimadura nas mucosas da boca, faringe e laringe, constrico e dor torcica e salivao. Dependendo da concentrao e do tempo de exposio, o quadro respiratrio pode evoluir com edema e espasmo de glote, asfixia, cianose, edema pulmonar, parada respiratria e morte. O contato da amnia lquida com a pele pode causar queimaduras graves. A exposio dos olhos amnia na forma gasosa pode causar lacrimejamento, vermelhido e inchao das plpebras. Os acidentes com amnia lquida so sempre graves, podendo causar perda permanente da viso.Efeitos crnicos: A exposio repetida ao produto pode causar bronquite crnica.PRIMEIROS SOCORROSInalao: Remova a vtima para rea no contaminada e arejada e administre oxignio, se disponvel, sob mscara facial ou catter nasal. Aplique manobras de ressucistao em caso de parada respiratria. Encaminhe imediatamente ao hospital mais prximo. Olhos: O atendimento imediato fundamental. Os primeiros 10 segundos so crticos para evitar cegueira. Lave os olhos com gua corrente durante 15 minutos, levantando as plpebras para permitir a mxima remoo do produto. Aps esses cuidados encaminhe imediatamente ao mdico oftalmologista.Pele: Retire rapidamente as roupas e calados contaminados e lave as partes atingidas com gua corrente em abundncia durante 15 minutos. Encaminhar ao mdico. Ingesto: Nunca d nada pela boca a pessoas inconscientes ou em estado convulsivo. O acidentado consciente pode ingerir gua ou leite, sempre aos poucos para no induzir vmitos. No provocar vmitos. Encaminhar ao mdico informando as caractersticas do produto.Nota ao Mdico: A rpida penetrao da amnia lquida nos tecidos do olho pode provocar perfurao da crnea, catarata tardia ,glaucoma, irite e atrofia da retina. Acidentes por inalao de gases irritantes requerem observao mdica para a preveno de edema pulmonar de instalao tardia.

7 - Procedimentos em Casos de Vazamento e DerramamentoVazamento/Derramamento: Estabelea por escrito um plano de emergncia para aes em caso de vazamento da NH3. Realize treinamentos prticos. Imediatamente avisar o pessoal da Segurana, evacue todas as pessoas se necessrio, isole a rea, remova toda fonte de ignio e providencie ventilao adequada para dispersar o gs. Antes de estancar o derramamento, use gua em forma de spray para reduzir a concentrao dos gases de amnia em volta do local derramado. Se a Amnia estiver liquefeita, isole os riscos na rea e se possvel vaporize-a . Neutralizao em grandes quantidades de Amnia, muitas vezes no recomendada, pelo fato de liberao de calor e exposies de pessoas aos riscos.8 - Proteo Pessoalculos: Use culos de segurana, contra produtos qumicos ou protetor facial.Mscaras: Use proteo respiratria se necessrio. Em grandes concentraes utilize mscara autnoma. Ateno: Mscaras com filtros mecnicos no protegem trabalhadores expostos a atmosfera deficiente de oxignio.Luvas: Utilize luvas de PVC.Roupas: Utilize roupas de PVC.Comentrios: Dote a rea de chuveiros/lava-olhos. Nunca coma, beba ou fume em rea de trabalho. Pratique boa higiene pessoal principalmente antes de beber, comer e fumar.9 - Precaues Especiais e ComentriosPrevina danos fsicos ao tanque, container, tambores etc. Armazene preferencialmente em rea coberta, seca, ventilada, piso impermevel e afastado de materiais incompatveis. Recomenda-se a existncia de diques de conteno na rea de armazenamento.Controles de Engenharia (Proteo Coletiva): Para reduzir a possibilidade de risco potencial sade, assegure ventilao diluidora suficiente ou existncia de exausto no local para controlar a concentrao ambiente a nveis baixos.Controles Administrativos: Mantenha os locais de trabalho dentro dos padres de higiene ocupacional e submeta os funcionrios expostos ao produto a exames mdicos peridicos, enfatizando testes de olhos, pele, trato respiratrio.Conscientize periodicamente os funcionrios sobre o manuseio seguro e os riscos que o Amnia Anidra oferece.

Os dados acima dizem respeito ao produto no seu estado puro e esto baseados em nossa experincia e conhecimento atual.Nas situaes onde houver misturas ou combinaes, deve-se considerar se estas podero gerar algum risco.Recomendamos que sejam considerados alm dessas informaes, os textos legislativos, administrativos e regulamentares existentes relacionados ao produto, a higiene e a segurana do trabalho.

Avaliao e controle de riscos inerentes ao processoManutenoNR13

Preveno contra deteriorao, exploso e outros riscos

Preveno contra exploses e outros riscos Riscos gerais de acidentes e riscos sadeRiscos de exploso Choque Trmico Defeito de Mandrilagem Falhas em juntas soldadasAlteraes na Estrutura metalogrfica do aoCorrosoExploses causadas por aumento de presso.Exploso no lado dos gasesOutros riscos de acidentes NR-13 CALDEIRAS & VASOS DE PRESSO

O emprego de caldeiras implica na presena de riscos dos mais diversos: exploses, incndios, choques eltricos, intoxicaes, quedas, ferimentos diversos, etc. Os riscos de exploses so, entretanto, os mais importantes pelas seguintes razes: Por se encontrar presente durante todo o tempo de funcionamento, sendoimprescindvel seu controle de forma contnua, ou seja, sem interrupes. Em razo da violncia com que as exploses acontecem. Na maioria dos casos suasconsequncias so catastrficas, em virtude da enorme quantidade de energia liberadainstantaneamente. Por envolver no s os operadores, como tambm as pessoas que trabalham nas proximidades. Por que sua preveno deve ser considerada em todas as fases: projeto, fabricao,operao, manuteno, inspeo e outras.O risco de exploso do lado da gua est presente em todas as caldeiras, pois a presso reinante nesse lado sempre superior presso atmosfrica. Todo fluido compressvel tem o seu volume bastante reduzido quando comprimido. Essa reduo tantas vezes maior quanto for o aumento de presso.A massa comprimida de fluido procura ento, ocupar um espao maior atravs de fendas e rupturas. Isso conseguido com a exploso, quando, por algum motivo, a resistncia do recipiente que o contem superada.Para evitar a exploso surge a necessidade de empregar-se espessuras adequadas emfuno da resistncia do material e das caractersticas de operao. No caso decaldeiras, outro fator importante a ser considerado quanto s exploses a grandequantidade de calor transmitida no processo de vaporizao, dada a grande quantidadede calor latente e calor sensvel absorvida pelo vapor.Neste sentido, os danos provocados pela exploso de uma caldeira sero muitomaiores que um reservatrio contendo ar, por exemplo, de mesmo volume e demesma presso. Isso por que parte da energia ser liberada na forma de calor,provocando o aquecimento do ambiente onde a exploso ocorre. NR-13 CALDEIRAS & VASOS DE PRESSO

Com a finalidade de analisar o comportamento das curvas de clculo de espessuras,simplifica-se a expresso aplicvel a equipamentos submetidos a presses internas,onde so eliminados os termos que exercem pequena influncia e obtm-se:e p R / tadmSendo e a espessura; p a presso de projeto; R o raio interno e t a tensoadmissvel. Considerando-se um determinado raio R constante,

Para que o equipamento possa operar nessa presso necessrio aumentar a espessurapelo menos para e2, ou escolher um material mais resistente, com tenso admissvel igualou superior a tadm2, pode-se ainda adotar outra combinao de valores (t adm x, e y) de modoque o par (tadm x, e y) esteja acima da curva p2.Risco de exploso pode ento, ser originado pela combinao de 3 causas: Diminuio da resistncia, que pode ser decorrente do superaquecimento ou damodificao da estrutura do material. Diminuio de espessura que pode ser originada da corroso ou da eroso. Aumento de presso decorrente de falhas diversas, que podem ser operacionais ou no.

5.1 O Superaquecimento como Causa de ExplosesQuando o ao com que construda a caldeira submetido, em alguma parte, temperaturas maiores do que aquelas admissveis, ocorre reduo da resistncia do aoe aumenta o risco de exploso. Entretanto, antes da ocorrncia da exploso podemhaver danos, do tipo: empenamentos, envergamentos e abaulamentos.Nas caldeiras aquotubulares muito frequente a ocorrncia de abaulamento com asuperfcie convexa voltada para o lado dos gases, decorrentes da deformao plstica doao, em temperatura na faixa de 400-550C e sob a ao duradoura de presso interna dovapor.Outra consequncia do superaquecimento a oxidao das superfcies expostas, se omeio for oxidante, ou a carbonetao (formao de carbetos de ferro), se o meio forredutor.5.1.1 As Principais Causas do Superaquecimento so:Seleo inadequada do ao no projeto da caldeiraEm caldeiras aquotubulares, por exemplo, parte dos tubos da fornalha podero estarsubmetidos radiao mais intensa que aqueles de outras partes, devendo por isso, serconstitudos por aos de caractersticas condizentes com a solicitao.Se no projeto de caldeiras no forem consideradas as condies de no homogeneidade detemperatura de trabalho das superfcies de aquecimento, poder haver risco de flunciae/ou ruptura dessas partes submetidas a presso, devido ao emprego de aos poucosresistentes s solicitaes impostas. As figuras 18 e 19 mostram as faixas de temperatura em que os aos constituintes de chapas ede tubos, respectivamente, resistem s solicitaes impostas pela gerao de vapor.Uso de aos com defeitosO processo de laminao utilizado na obteno de chapas e de tubos, aquele que maispode determinar a incluso de defeitos. comum na produo de chapas ocorrer a chamadadupla laminao, consistindo de vazios no interior do ao. Aps sucessivas passagens pelos laminadores, esses vazios adquirem um formatolongitudinal ao longo da chapa, dando a impresso de se ter chapas sobrepostas. Esses defeitosfazem com que as chapas no resistam s cargas trmicas e/ou mecnicas previstas no projeto. NR-13 CALDEIRAS & VASOS DE PRESSOMDULO V PREVENO CONTRA EXPLOSES E OUTROS RISCOSMdulo V Preveno contra Exploses e outros riscos Magalhes, Felipe Eng. Mecnico Pgina 5Prolongamentos excessivos dos tubosIsso ocorre com muita frequncia nas caldeiras fumotubulares, em que tubos expandidos nosespelhos so deixados com comprimento excessivo para dentro das caixas (cmaras) dereverso.Esses prolongamentos exagerados, identificados na figura 20, prejudicam a reverso de fluxodos gases quentes, determinando pontos de superaquecimento, cuja consequncia certa oaparecimento de fissuras nos tubos e/ou nas regies entre furos dos espelhos (vide figura 21).Queimadores mal posicionadosComo visto nas figuras 18 e 19, os aos das chapas e dos tubos de caldeiras admitemaquecimento a at algumas centenas de graus Celcius, sem perderem totalmente suaspropriedades mecnicas. As chamas de queimadores podem atingir valores detemperatura de at l .000C, de modo que o mal posicionamento do queimador podedeterminar a incidncia direta da chama sobre alguma superfcie, propiciando osuperaquecimento e a fluncia do material.A consequncia disso pode ser a deformao lenta e gradual da caldeira ou aexploso eminente da mesma, o que depende da ocorrncia de outros fatores. Oposicionamento dos queimadores muito mais complicada quando esses so do tipotangenciais (vide figura 22), os quais produzem um turbilhonamento intenso dos gases nocentro da cmara de combusto.IncrustaesEsse um problema clssico relacionado segurana de caldeiras. As incrustaes sodeposies de slidos sobre as superfcies de aquecimento, no lado da gua, devido presenanessa, de impurezas, como: sulfatos, carbonatos de clcio e/ou magnsio, silicatoscomplexos (contendo Fe, Al, Ca e Na) e slidos em suspenso.Aparecem ainda, devido presena de precipitados, que resultam de tratamentosinadequados da gua da caldeira (borras de fosfato de clcio ou magnsio) e de xidosde ferro no protetores.A incrustao, se comportando como isolante trmico (a condutividade trmica cerca de45 vezes menor que a do ao), no permite que a gua mantenha refrigerada assuperfcies de aquecimento. NR-13 CALDEIRAS & VASOS DE PRESSOMDULO V PREVENO CONTRA EXPLOSES E OUTROS RISCOSMdulo V Preveno contra Exploses e outros riscos Magalhes, Felipe Eng. Mecnico Pgina 6 Isso reduz a transferncia de calor do ao para a gua, fazendo com que o ao absorva maiscalor sensvel e aumentando sua temperatura de forma proporcional quantidade de calorrecebida.Nos casos de incrustaes generalizadas h um agravamento da situao para manter-se agua na temperatura de ebulio, pois necessrio o aumento do fornecimento de calor nolado dos gases (vide figura 23). Com esse aumento de temperatura, podem ocorrer asseguintes consequncias indesejveis com relao segurana do equipamento: O ao, previsto para trabalhar em temperaturas da ordem de 300C, fica exposto atemperaturas da ordem de 500C. fora dos limites de resistncia. Portanto, o risco deexploso acentua-se. A camada incrustante pode romper-se e soltar-se, fazendo a gua entrar em contatodireto com as paredes do tubo em alta temperatura (vide figura 24), o que podeprovocar a expanso repentina da gua e como consequncia, a exploso. Formao de zonas propcias corroso, em virtude da porosidade da camadaincrustante e a possibilidade da migrao de agentes corrosivos para sua interfacecom o ao.Operao em marcha foradaIsso ocorre quando a caldeira possui potncia insuficiente para atender as necessidades devapor do usurio, que na expectativa de ver sua demanda atendida, intensifica ofornecimento de energia fornalha.Nessas circunstncias, dadas as limitaes da caldeira, em vez de alcanar a produodesejada, o que se consegue o superaquecimento das vrias partes da caldeira,determinando a deformao das mesmas ou at a ruptura. Portanto, isso constitui emrisco eminente de exploso do equipamento. No caso das caldeiras fumotubulares, a intensificao de energia fornalha podetambm determinar riscos de fissuras no espelho traseiro, nas regies entre furos, deforma similar aos prolongamento excessivos mencionados.NR-13 CALDEIRAS & VASOS DE PRESSOMDULO V PREVENO CONTRA EXPLOSES E OUTROS RISCOSMdulo V Preveno contra Exploses e outros riscos Magalhes, Felipe Eng. Mecnico Pgina 7 Falta de gua nas regies de transmisso de calorO contato da gua com o ao fundamental para mante-lo refrigerado, por isso, essencial que o calor recebido pelas superfcies de aquecimento seja transferido para gua,sem provocar aumento excessivo da temperatura do ao, pois no lado da gua, o processode vaporizao acontece presso constante. No caso de haver falta de gua em alguma parte da caldeira, o processo a temperaturaconstante cessar neste local, a partir do que se dar incio uma transferncia de calorsensvel (com aumento da temperatura). Isso provocar o superaquecimento do metal eter como consequncia, a perda de resistncia. A maior parte das exploses emcaldeiras devido falta de gua nas regies de transferncia de calor. Os principaismotivos para a falta de gua so a circulao deficiente de gua e a falha operacional quesero discutidos a seguir: Circulao deficiente de guaNas caldeiras aquotubulares em que a circulao da gua se faz de modo natural, adiferena de densidade entre as partes mais quentes da gua e as partes menosquentes, a forca motriz responsvel pela movimentao da gua no interior doequipamento. Essa forca motriz tanto menor, quanto mais a presso da gua seaproxima do ponto crtico (220,9 bar).Na prtica, para presses de trabalho superiores a 150 bar, justificvel o uso de bombaspara forar a circulao da gua. necessrio que cada tubo seja atravessado por umaquantidade de gua suficiente para refriger-lo, pois preciso encontrar um bomequilbrio da vazo de gua, ou seja entre a gua que entra e o vapor que sai.A rugosidade, as corroses e os depsitos internos so fatores que reduzem a vazode gua nos tubos, podendo prejudicar a refrigerao. Nas caldeiras fumotubulares estabelecido em regime normal, uma circulao de gua como ilustra o esquema da figura25.Se nos pontos A e B, em particular, os quais correspondem os pontos mais baixo e maisalto da fornalha, a velocidade da gua for deficiente, pode determinar nesses pontos umaumento de temperatura. Isso tende a se agravar, se no ponto A formam-se bolhas de vapor,isolando termicamente a parede da fornalha da gua da caldeira. NR-13 CALDEIRAS & VASOS DE PRESSOMDULO V PREVENO CONTRA EXPLOSES E OUTROS RISCOSMdulo V Preveno contra Exploses e outros riscos Magalhes, Felipe Eng. Mecnico Pgina 8 Falha operacionalAs caldeiras industriais de ltima gerao operantes com combustvel lquido ou gasoso sototalmente automatizadas, cujos parmetros de funcionamento so controlados por meio demalhas de instrumentao. Isso tem exigido dos operadores poucas intervenes, exigindo,porm, maior qualificao do pessoal e maior preciso nas decises. O esquema da figura 26 mostra a lgica do automatismo das caldeiras, obtido atravs depressostatos e do sistema regulador de nvel da gua, que comandam, respectivamente, ofuncionamento dos queimadores e das bombas de alimentao de gua. A atuao desses dispositivos, indispensveis segurana das caldeiras, podem interrompersubitamente o funcionamento das mesmas, atravs de vlvulas solenides que bloqueiamo suprimento de combustvel, desligando totalmente os queimadores.No obstante o automatismo das caldeiras modernas, os perodos de acendimento e dedesligamento das mesmas acontecem, em geral, de forma manual. Se o acendimento serealizasse em posio automtica, os controles admitiriam o mximo fornecimento deenergia, pois so comandados pela presso de vapor e isso pode ser desastroso para acaldeira.Na posio de manual, o risco de falta de gua est relacionado procedimentosinadequados do operador, que, por exemplo, no aumenta a vazo de gua quando o nveltende a baixar. Falhas desse tipo em geral acontecem por falsas indicaes de nvel ou porimpercia na operao da caldeira.Riscos de obstrues ou acmulo de lama na coluna de nvel, geralmente acontecem,quando a limpeza ou a manuteno preventiva ou o tratamento da gua so realizadosde forma deficiente.Isso poder fornecer indicaes de nvel incorretas para o operador ou para osinstrumentos responsveis pelo suprimento de gua.De forma similar, obstrues em tubulaes de gua de alimentao da caldeira podemconduzir a riscos de acidentes, pois a vazo de ingresso da gua ser inferior vazo desada do vapor. NR-13 CALDEIRAS & VASOS DE PRESSOMDULO V PREVENO CONTRA EXPLOSES E OUTROS RISCOSMdulo V Preveno contra Exploses e outros riscos Magalhes, Felipe Eng. Mecnico Pgina 9Em casos de variaes no consumo ocorrer um aumento brusco na vazo de vapor, ainstrumentao pode ser responsvel por falta de gua, pois em virtude da quedabrusca de presso, bolhas de vapor que se formam sob a superfcie da gua seexpandem, dando origem a uma falsa indicao de nvel alto, o que reduz a vazo deentrada de gua.Alm disso, como o pressostato sente a baixa presso, o sinal que ele envia para osdispositivos de combusto no sentido de fazer aumentar o fornecimento decombustvel, isso tender a agravar a condio de risco de acidente.5.2 Choques TrmicosOs choques trmicos acontecem em virtude de frequentes paradas e recolocao emmarcha de queimadores. As caldeiras suscetveis a essas condies so aquelas quepossuem queimadores com potncia excessiva ou queimadores que operam em on-off, ouseja, que no modulam a chama. As incrustaes das superfcies tambm favorecem osefeitos dos choques trmicos.Outras situaes de ocorrncia de choques trmicos so quando a caldeira alimentada com gua fria (