pratica microflotação

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Objetivos Observar a influencia da utilização do depressor na prática de microflotação. Verificar a eficiência da microflotação reversa para a hematita. Construir um gráfico para comparar os resultados obtidos para diferentes valores de pH. Metodologia Prática 1: Foram pesados 1g de quartzo. A amostra foi introduzida na célula de microflotação com muito cuidado para que não houvesse perda de material. Preparou-se800ml de uma solução de EDA (amina) com o pH=6,0. Adicionou-se um pouco da solução na célula que continha a amostra. Deixou-se o sistema condicionar por um minuto. Posteriormente completou-se o volume da célula com a mesma solução de EDA. Foi aberta a vazão de ar até 60ml/min durante 2 minutos. Foram coletados as frações correspondentes ao flotado e ao afundado em béquers diferentes. Cada uma das soluções foi filtrada utilizando papel de filtro. As amostras foram secas juntamente com o papel de filtro e foram pesadas posteriormente. Foi pesado inicialmente o conjunto (amostra+papel de filtro) e depois retirou-se a amostra do

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Pratica micro flotaçao UFOP Processamento mineral 3

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Page 1: pratica microflotação

Objetivos

Observar a influencia da utilização do depressor na prática de

microflotação.

Verificar a eficiência da microflotação reversa para a hematita.

Construir um gráfico para comparar os resultados obtidos para diferentes

valores de pH.

Metodologia

Prática 1:

Foram pesados 1g de quartzo. A amostra foi introduzida na célula de

microflotação com muito cuidado para que não houvesse perda de material.

Preparou-se800ml de uma solução de EDA (amina) com o pH=6,0. Adicionou-

se um pouco da solução na célula que continha a amostra. Deixou-se o

sistema condicionar por um minuto. Posteriormente completou-se o volume da

célula com a mesma solução de EDA. Foi aberta a vazão de ar até 60ml/min

durante 2 minutos. Foram coletados as frações correspondentes ao flotado e

ao afundado em béquers diferentes. Cada uma das soluções foi filtrada

utilizando papel de filtro. As amostras foram secas juntamente com o papel de

filtro e foram pesadas posteriormente. Foi pesado inicialmente o conjunto

(amostra+papel de filtro) e depois retirou-se a amostra do papel de filtro ele foi

pesado separadamente, obtendo-se portanto o valor da amostra.

O mesmo experimento foi repetido variando-se apenas o ph da solução.

Foram usados valores de pH=4,0; pH=8,0 e pH=10,0. Os valores de pH foram

ajustados com a ajuda de um peagâmetro e soluções básicas e ácidas.

Prática 2:

Foram pesados 0,8g de hematita. A amostra foi introduzida na célula de

microflotação com muito cuidado para que não houvesse perda de material.

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Preparou-se 800ml de uma solução de EDA (amina) com o pH=4,0. Adicionou-

se um pouco da solução na célula que continha a amostra. Deixou-se o

sistema condicionar por um minuto. Posteriormente completou-se o volume da

célula com a mesma solução de EDA. Foi aberta a vazão de ar até 60ml/min

durante 2 minutos. Foram coletados as frações correspondentes ao flotado e

ao afundado em béquers diferentes. Cada uma das soluções foi filtrada

utilizando papel de filtro. As amostras foram secas juntamente com o papel de

filtro e foram pesadas posteriormente. Foi pesado inicialmente o conjunto

(amostra+papel de filtro) e depois retirou-se a amostra do papel de filtro e ele

foi pesado separadamente, obtendo-se portanto o valor da amostra.

O mesmo experimento foi repetido variando-se apenas o ph da solução.

Foram usados valores de pH=6,0; pH=8,0 e pH=10,0. Os valores de pH foram

ajustados com a ajuda de um peagâmetro e soluções básicas e ácidas.

Prática 3:

Foram pesados 1g de quartzo. A amostra foi introduzida na célula de

microflotação com muito cuidado para que não houvesse perda de material.

Preparou-se 800ml de uma solução de EDA (amina) com o pH=4,0. Adicionou-

se 11ml de depressor (amido) e um pouco de água na célula que já continha a

amostra. Condicionou-se por 1 minuto. Foi adicionado 50ml da solução de

coletor EDA e condicionou-se novamente por 1 minuto. O volume da célula foi

completado com a mesma solução de EDA. Foi aberta a vazão de ar até

60ml/min durante 2 minutos. Foram coletados as frações correspondentes ao

flotado e ao afundado em béquers diferentes. Cada uma das soluções foi

filtrada utilizando papel de filtro. As amostras foram secas juntamente com o

papel de filtro e foram pesadas posteriormente. Foi pesado inicialmente o

conjunto (amostra+papel de filtro) e depois retirou-se a amostra do papel de

filtro ele foi pesado separadamente, obtendo-se portanto o valor da amostra.

O mesmo experimento foi repetido variando-se apenas o ph da solução.

Foram usados valores de pH=6,0; pH=8,0 e pH=10,0. Os valores de pH foram

ajustados com a ajuda de um peagâmetro e soluções básicas e ácidas.

Page 3: pratica microflotação

Pratica 4:

Foram pesados 0,8g dehematita. A amostra foi introduzida na célula de

microflotação com muito cuidado para que não houvesse perda de material.

Preparou-se 800ml de uma solução de EDA (amina) com o pH=4,0. Adicionou-

se 11ml de depressor (amido) e um pouco de água na célula que já continha a

amostra. Condicionou-se por 1 minuto. Foi adicionado 50ml da solução de

coletor EDA e condicionou-se novamente por 1 minuto. O volume da célula foi

completado com a mesma solução de EDA. Foi aberta a vazão de ar até

60ml/min durante 2 minutos. Foram coletados as frações correspondentes ao

flotado e ao afundado em béquers diferentes. Cada uma das soluções foi

filtrada utilizando papel de filtro. As amostras foram secas juntamente com o

papel de filtro e foram pesadas posteriormente. Foi pesado inicialmente o

conjunto (amostra+papel de filtro) e depois retirou-se a amostra do papel de

filtro ele foi pesado separadamente, obtendo-se portanto o valor da amostra.

O mesmo experimento foi repetido variando-se apenas o ph da solução.

Foram usados valores de pH=6,0; pH=8,0 e pH=10,0. Os valores de pH foram

ajustados com a ajuda de um peagâmetro e soluções básicas e ácidas.

Page 4: pratica microflotação

Apresentação e Discussão dos Resultados

Tabela 1: Dados e resultados das práticas de processamento III.

Perda de massa

massa inicial (g)

massa filtro + amostra

massa filtromassa filtro +

amostramassa filtro Data Mineral Condição pH Flotado (g) Afundado (g)

massa calculada (g)

Flotado (%)

-3,29% 1,00 2,817 1,961 2,094 1,982 4 0,856 0,111 0,967 88,48-9,60% 1,00 2,846 1,968 2,017 1,991 6 0,878 0,026 0,904 97,14-7,19% 1,00 2,867 1,970 2,019 1,988 8 0,897 0,031 0,928 96,65

-10,76% 1,00 2,832 1,966 2,016 1,989 10 0,865 0,027 0,892 96,949,71% 1,00 1,842 1,031 1,317 1,031 4 0,811 0,286 1,097 73,91-5,41% 1,00 1,850 1,033 1,163 1,033 6 0,817 0,129 0,946 86,3412,73% 1,00 1,885 1,036 1,316 1,038 8 0,850 0,278 1,127 75,36-1,04% 0,80 1,557 1,034 1,307 1,039 10 0,523 0,268 0,792 66,104,93% 1,00 2,656 1,884 2,146 1,869 4 0,772 0,277 1,049 73,580,00% 1,00 2,676 1,876 2,067 1,867 6 0,800 0,200 1,000 80,04-0,34% 1,00 2,578 1,884 2,142 1,840 8 0,694 0,302 0,997 69,675,30% 1,00 2,677 1,879 2,096 1,841 10 0,797 0,256 1,053 75,72-3,00% 0,80 1,931 1,878 2,669 1,946 4 0,053 0,723 0,776 6,83-2,12% 0,80 1,968 1,934 2,636 1,887 6 0,034 0,749 0,783 4,34-3,20% 0,80 1,925 1,885 2,646 1,912 8 0,040 0,734 0,774 5,17-1,63% 0,80 1,910 1,872 2,684 1,935 10 0,038 0,749 0,787 4,83

Amina (10-4 mol/L) +

Depressor

Amina (10-4 mol/L) +

Depressor

Amina (10-4 mol/L)

Amina (10-4 mol/L)

23/jan

30/jan Hematita

20/fev quartzo

27/fev Hematita

quartzo

Afundado (g)Flotado (g)

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A tabela 1 apresenta os dados obtidos com relação às flotações

realizadas nas aulas de Processamento dos Minerais III dos dias 23 de janeiro

à 27 de fevereiro do ano de 2013. As massas pesadas para serem flotadas

foram de 1,00 grama, porém pode ser observado que algumas massas foram

de 0,80 grama, isto ocorreu unicamente pelo fato de haver pouco material para

ser analisado. Quanto à análise de hematita mais depressor mais amina, uma

das amostras precisou ser repesada, como afirmado anteriormente havia

pouco material para ser analisado, assim as massas de análise foram

reduzidas.

A redução de material a ser analisado não foi considerada prejudicial ao

resultado da microflotação, já que o resultado final é realizado em análise

percentual. Ao analisar o percentual flotado de quartzo foi obtido um ótimo

resultado de material flotado quando a microflotação ocorreu com somente

amina mais o quartzo, principalmente quando a microflotação ocorreu em

valores de pH maiores de 6, porém não houve muita diferença de material

flotado comparando os pH 6, 8 e 10. A diferença foi de apenas cerca de 0,5 %

do mais eficiente (pH 6) pro menos eficiente (pH 8).

A microflotação do quartzo com amina mais depressor não foi tão

satisfatória em comparação com a microflotação do quartzo sem o depressor.

Isto aconteceu porque provavelmente o depressor anulou parcialmente a ação

da amina sobre o quartzo, impedindo que uma parte do quartzo fosse flotado,

prejudicando o objetivo de flotação do mesmo.

Quando é analisada a microflotação da hematita, obtivemos duas

situações interessantes. A primeira foi a flotação da hematita mais amina, sem

a utilização de um depressor. Nesta situação o único resultado satisfatório foi

para o pH 6, o qual obteve uma porcentagem de material flotado de 86,35%, os

outros valores de pH não obtiveram valores melhores, a flotação da hematita é

dificultada pela sua densidade, assim mesmo com a ação do coletor os valores

obtidos não foram excelentes.

Page 6: pratica microflotação

A outra situação para a microflotação da hematita foi utilizando o coletor

amina mais o depressor. A ação do depressor impediu a ação do coletor sobre

a hematita, assim esta ficou para o material afundado ao invés de ir para o

material flotado. Os resultados obtidos foram excelentes, já que o objetivo da

microflotação era que a hematita ficasse no material afundado. O melhor

resultado foi para o pH 6, no qual 4,34% da hematita ficou no material flotado.

Figura 1: Grafico da Fração Flotada x pH da solução.

Na figura acima é possível perceber que os maiores níveis de flotação

ocorrem para o quartzo na presença somente de coletor. A presença de

depressor para o quartzo afetou sua flotação já que ele pode ter inibido a ação

do coletor.

Nas curvas onde são analisada a hematita vê-se que sem depressor a

amina contribui para a flotação, o que não é desejado já que a flotação é

Page 7: pratica microflotação

reversa e a hematita deve ser afundada. Na presença de depressor os

resultados se mostram satisfatórios já que a hematida deve ser afundada.

Desta forma vemos que o quartzo apresenta maiores valores de flotado

para o caso em que se utiliza somente amina, sendo o melhor valor onde o pH

é 6,0. Para a hematita vemos que os melhores valores são aqueles onde existe

a presença de depressor, sendo o melhor resultado apresentado em pH 6,0.

Conclusão

Através dos experimentos podemos perceber que, quando utilizado

somente o coletor na microflotação da hematita, houve indesejada flotação do

mineral, da mesma forma que a utilização de depressor na flotação de quartzo

inibiu a ação do coletor. Vemos então que o que se espera dos reagentes

ocorreu no quartzo sem a presença do depressor e na hematita com a sua

presença. Desta forma, os resultados corroboram com a literatura, já que na

flotação reversa a hematita deve ficar no afundado e o quartzo ir para a parte

flotada.

Como o experimento trata-se de microflotação reversa de hematita,

deseja-se que a hematita(mineral-minério) afunde e o quartzo(ganga) flote,

sendo verificado pelo experimento.

O processo obteve seus melhores resultados no pH 6.0 onde o coletor

teve sua melhor ação sobre o quartzo atingindo 97,14%. Neste mesmo pH

ocorre a melhor ação do depressore sobre a hematita, alcançando 4,34% de

flotado, ou seja, 95,66% da hematita afundou. Observa-se nos resultados de

microflotação em pH 10.0, resultados semelhantes, porém para alcançar estes

valores ocorre maior consumo de amina, tornando o processo mais caro.

Page 8: pratica microflotação

Referências Bibliográficas

CHAVES, A. P. Teoria e Pratica do Tratamento de Minérios. Flotação,

O Estado da Arte no Brasil. Editora Signus, vol4. São Paulo-SP, 2006.

CHAVES, A. P. Teoria e Pratica do Tratamento de Minérios. Flotação,

O Estado da Arte no Brasil. Editora Signus, vol4. São Paulo-SP, 2006.

Notas de Laboratório.

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UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO

ESCOLA DE MINAS

DEP. DE ENGENHARIA DE MINAS

PROCESSAMENTO DE MINERAIS III – MIN 258-41

Microflotação

Alunos: Ana Elizabeth

Eustáquio Baêta

Felipe Inácio

Izabela Duarte

Gabriel do Vale

Yuri Tiradentes

Profa.: Otávia Martins Rodrigues.

Ouro Preto, Março de 2013