PRÁTICAS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS COMO ... - … · 2.2 Governança de TI e práticas de...

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Grupo Temático 4: Gerenciamento de Organizações Públicas SILVA, A. M. L.; MEDEIROS, B. C. 1136 PRÁTICAS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS COMO INDUTORES DA GOVERNANÇA DE TI NO SETOR PÚBLICO BRASILEIRO Ariadna Mikaelly de Lima Silva 1 Bruno Campelo Medeiros 2 RESUMO O presente estudo tem como objetivo analisar as práticas de gerenciamento de projetos com indutores da Governança da Tecnologia da Informação em instituições públicas do Brasil. O estudo torna-se conveniente à medida que trabalhos recentes apontam a existência de uma relação entre essas duas práticas, tornando necessário maior investigação a fim de contribuir para a melhoria de processos, alinhamento estratégico e melhoria da gestão das instituições. Assim, foram analisadas 373 organizações que participaram da avaliação realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a respeito das práticas de governança utilizadas. A metodologia adotada é de cunho quantitativo e deu-se através da aplicação dos métodos de análise fatorial e regressão múltipla. Os resultados obtidos demonstram que algumas práticas de gerenciamento de projetos contribuem para a realização de autoria de TI, além de influenciar no pessoal de TI. No entanto, não foi constatada grande relação entre as variáveis de gerenciamento de projetos e as de governança de TI. Palavras-chave: Gerenciamento de projetos. Governança de TI. Setor Público. 1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN). 2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN).

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PRÁTICAS DE GERENCIAMENTO DE PROJETOS

COMO INDUTORES DA GOVERNANÇA

DE TI NO SETOR PÚBLICO BRASILEIRO

Ariadna Mikaelly de Lima Silva1 Bruno Campelo Medeiros2

RESUMO O presente estudo tem como objetivo analisar as práticas de gerenciamento de projetos com indutores da Governança da Tecnologia da Informação em instituições públicas do Brasil. O estudo torna-se conveniente à medida que trabalhos recentes apontam a existência de uma relação entre essas duas práticas, tornando necessário maior investigação a fim de contribuir para a melhoria de processos, alinhamento estratégico e melhoria da gestão das instituições. Assim, foram analisadas 373 organizações que participaram da avaliação realizada pelo Tribunal de Contas da União (TCU) a respeito das práticas de governança utilizadas. A metodologia adotada é de cunho quantitativo e deu-se através da aplicação dos métodos de análise fatorial e regressão múltipla. Os resultados obtidos demonstram que algumas práticas de gerenciamento de projetos contribuem para a realização de autoria de TI, além de influenciar no pessoal de TI. No entanto, não foi constatada grande relação entre as variáveis de gerenciamento de projetos e as de governança de TI. Palavras-chave: Gerenciamento de projetos. Governança de TI. Setor Público.

1 Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN).

2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio Grande do Norte (IFRN).

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1 INTRODUÇÃO

Em meio a um contexto de grande complexidade no cenário global, o setor

público brasileiro vive um momento de mudanças na estrutura das organizações,

baseadas nos pressupostos da Nova Gestão Pública (NGP), iniciada em meados

dos anos 1990, com práticas gerenciais comuns ao setor privado e gestão orientada

a resultados, que visam desburocratizar a “máquina pública” e romper com o modelo

tradicional. Tais práticas incluem uma série de medidas e ações com novos arranjos

estruturais alinhados à necessidade de uma maior eficiência (ALONSO; CLIFTON;

DÍAZ-FUENTES, 2015), e, sobretudo, uma melhor prestação de serviços ao cidadão

(GRIN, 2015; LIMA; JACOBINI; ARAÚJO, 2015).

Atualmente, a Tecnologia da Informação (TI) representa uma ferramenta de

grande valor para as organizações no que diz respeito à obtenção de vantagem

competitiva. A governança na área de Tecnologia da Informação dentro da empresa

é responsável por alinhar os objetivos da área aos objetivos organizacionais,

proporcionando uma melhoria na gestão de TI da mesma forma que ajuda a

controlar os processos referentes à área (LUNARDI; BECKER; MAÇADA, 2010). No

setor público, a governança de TI atua ainda como uma forma atingir metas e trazer

qualidade de vida para os cidadãos (SETHIBE; CAMPBELL; MCDONALD, 2007).

Nesta realidade, observa-se um crescimento na adoção de práticas de

gerenciamento de projetos dentro desta realidade como uma tentativa de ajudar no

processo de modernização e eficiência do estado, tendo em vista que tais práticas

afetam diretamente no desempenho organizacional (HOBDAY, 2005; CARVALHO,

2016), além de ter a possibilidade de atuar de diferentes formas dentro da

organização, inclusive como ferramenta de controle (VERAS, 2014).

Práticas de controle exercem um papel importante dentro de uma

organização, principalmente quando se trata da área de Tecnologia da Informação

(TI), onde os investimentos são elevados e precisam garantir o retorno em termos de

serviços e suporte para as organizações, já que este setor engloba grandes

compradores de soluções tecnológicas e serviços de TI de uma forma geral

(ROSACKER; ROSACKER, 2010). No entanto, há poucos estudos que indicam a

relação entre a adoção de práticas de gerenciamento de projetos e os aspectos de

governança, sobretudo na área de TI e no setor público (EVARISTO; FENEMA,

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1999; CARVALHO, 2016).

Dentro deste contexto, o presente estudo tem como objetivo identificar quais

práticas de gerenciamento de projetos são indutoras do aumento da governança de

TI no setor público brasileiro, analisando as 373 instituições avaliadas através de um

questionário), desenvolvido pelo Tribunal de Contas da União (TCU), baseado no

modelo COBIT (Control Objectives for Information and related Technology, que

consiste em um guia de boas práticas de governança e gerenciamento empresarial

de TI, a fim de medir o nível de governança e gestão de TI nas organizações

públicas federais.

2 REFERENCIAL TEÓRICO

2.2 Governança de TI e práticas de gerenciamento de projetos

A TI é o conjunto de todas as atividades que circundam os processos relativos

ao tratamento das informações. O uso da TI tem migrado de um papel meramente

operacional para um papel mais estratégico e de apoio a tomada de decisão

(MAÇADA; BECKER; LUNARDI, 2010). A governança dos processos relacionados a

TI surge como a continuidade da governança corporativa, que se originou no início

do século XX, como solução ao problema gerado pela substituição do poder

administrativo dos proprietários por executivos contratados, o que acarretou

conflitos.

No setor público, a governança de TI é descrita como uma prestação de

serviço público (LANE, 2006), ou seja, diferentemente do setor privado, onde todas

as atividades são realizadas visando o capital, nas instituições públicas essas

atividades surgem como um meio de melhoria na qualidade de vida dos cidadãos

(AL QASSIMI; RUSU, 2015). Levando em consideração os desafios advindos das

diferenças entre política e governos que envolvem a administração pública (WILKIN;

EAST; CAMPBELL, 2010; AL QASSIMI; RUSU, 2015) as instituições deste setor têm

percebido os retornos advindos da adoção da governança de TI e vem adotando tais

práticas.

Alguns estudos ressaltam a importância do alinhamento dos processos de TI

com as estratégias organizacionais, apresentando inclusive modelos de alinhamento

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através da utilização da governança de TI (FERNANDES; ABREU, 2014). As

práticas de governança podem influenciar na eficiência dos projetos, impacto e

benefícios que os mesmos trarão para a empresa, apontando assim para uma

estreita relação entre práticas de governança e sucesso nos projetos (JOSLIN;

MÜLLER, 2015).

As práticas de gestão de projetos também podem ser desenvolvidas como

mecanismos de controle, levando em conta que a transformação das metas em

projetos possibilita a sistematização das decisões contribuindo assim para algo

importante dentro das organizações, que é a simplificação dos processos (WEILL e

ROSS, 2004; VERAS, 2014). Neste sentido, Veras (2014) aponta a utilização de

portfólio de projetos como uma forma de trabalhar os investimentos em TI, que

consistem em uma grande parcela dos investimentos de uma organização, tendo em

vista que tal estratégia “orienta a governança, que define o portfólio e prioriza os

projetos”.

Em um relatório da GAO-U.S. (Government Accountability Office – U.S.) é

descrita uma empresa que registrou, em 3 anos, um aumento de 14 vezes no

retorno sobre seus investimentos nos projetos de TI, após a adoção das práticas de

gerenciamento de portfólio (GAO, 1994), que auxiliam na priorização de projetos de

acordo com a realidade da empresa.

Mais recentemente, em um estudo realizado por Medeiros, Danjour e Sousa

Neto (2016) foi constatado que as práticas de gerenciamento de portfólio, podem

contribuir para a melhoria da governança de TI, na medida em que as decisões

envolvem membros da alta direção, contribuindo assim, para o alinhamento

estratégico. Considerando também que a utilização destas práticas possibilita a

mitigação dos riscos e posteriormente a readequação aos investimentos em caso de

mudança (VERAS, 2014).

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3 METODOLOGIA

Neste estudo foi utilizado o método Survey, de natureza quantitativa,

geralmente utilizado quando deseja-se obter informações sobre ações, dados ou

opiniões de determinado grupo de pessoas, que a venham representar uma

população (FREITAS et al., 2000). Tal método geralmente faz uso de um

instrumento de pesquisa, o qual tratou-se de um questionário elaborado pelo

Tribunal de Contas da União, com o intuito de avaliar as práticas de Governança de

TI das instituições públicas brasileiras.

Embora haja muitos estudos que tratam da relação entre as práticas de

gerenciamento de projetos e práticas de governança, existe uma carência de

trabalhos que abordam esses assuntos de forma mais consolidada. Sendo assim,

esse estudo possui cunho exploratório, pois objetiva familiarizar-se com o tema

abordado, abrindo espaço para novas possibilidades de pesquisa (LEITE, 2008;

FREITAS et al, 2000). Neste caso, buscou-se tratar da relação das práticas acima

mencionadas em somente um modelo de análise, a fim de obter melhores

resultados.

O universo da pesquisa compreende as instituições públicas brasileiras

avaliadas pela Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação (SEFTI), do

Tribunal de Contas da União (TCU), através do IGOV, avaliação realizada a cada

dois anos desde 2010, com o objetivo de traçar o perfil das instituições públicas

analisadas a respeito da adoção das práticas de governança de TI. Os dados aqui

utilizados advêm dos resultados do questionário aplicado no ano de 2014, onde

foram avaliadas 373 instituições públicas federais, que foram escolhidas baseando-

se em critérios de representatividade e estrutura (Acordão Nº 3117/2014-TCU-

Plenário).

Os dados utilizados são de natureza secundária e foram coletados no site do

Tribunal de Contas da União. O questionário eletrônico utilizado é composto por uma

escala Likert, que mede a intensidade de concordância ou discordância do

respondente em relação a determinada afirmação (LEITE, 2008). No questionário

aplicado, a escala encontra-se disposta de forma a medir, através de cinco pontos, o

nível de adoção de cada prática de governança utilizada.

Nesta pesquisa, as questões restringem-se à Governança e de Tecnologia da

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Informação, além das questões referentes às práticas de Gerenciamento de

Projetos. O tratamento dos dados deu-se em duas etapas: a primeira foi constituída

por uma análise fatorial, que corresponde a uma técnica estatística que avalia

variáveis, detectando relações de dependência entre elas, assim, podendo reduzi-

las em um número menor de fatores (CORRAR; PAULO; DIAS FILHO, 2007). Esta

técnica foi utilizada para diminuir a quantidade de variáveis referentes às práticas de

governança de TI, visando facilitar a segunda etapa da análise dos dados

constituída por uma regressão múltipla.

A regressão múltipla é responsável por analisar a dependência estatística de

uma variável - um dos fatores de governança - em relação a duas ou mais variáveis

independentes - relativas ao gerenciamento de projetos. Por fim, em ambas as

etapas foram realizados testes de confiabilidade cabíveis aos métodos, a fim de

validar os resultados obtidos.

4 RESULTADOS

4.1 Caracterização do objeto da pesquisa

O objeto de pesquisa abrange as instituições públicas avaliadas pelo Tribunal

de Contas da União (TCU), relativo ao período de 2014. O TCU, por meio da

Secretaria de Fiscalização de Tecnologia da Informação (SEFTI), enquanto órgão

federativo de fiscalização estabelece uma avaliação bienal acerca do nível de

governança dos processos de TI, realizada nos diversos órgãos da administração

pública brasileira, onde são avaliados diversos aspectos relativos às práticas de

governança e de gestão de TI, e, com base na nota atribuída à organização

avaliada, tem-se o nível de maturidade da governança destas instituições.

O Acórdão Nº 3117/2014-TCU-Plenário, contém os principais resultados

acerca da avaliação da governança de tecnologia da informação na administração

pública federal, bem como recomendações gerais e oportunidades de melhoria no

processo de avaliação. Realizada desde o ano de 2007, edição na qual participaram

255 organizações públicas federais, a avaliação de 2014 contou com 373

organizações da administração pública federal, tendo como principais critérios a

representatividade destas organizações no orçamento da União, e a autonomia da

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governança de TI destas instituições (BRASIL, 2014).

Entre estes critérios, alguns são destinados a avaliar as práticas de

gerenciamento de projetos de TI destas instituições, considerando o seu

gerenciamento de portfólio, a formalização e uso de metodologias específicas para

gerenciamento de projetos, a presença de indicadores de desempenho e a adoção

de Escritórios de Gerenciamento de Projetos.

4.2 Análises

4.2.1 Análise Fatorial

A análise dos dados foi feita inicialmente utilizando o método de Análise

Fatorial, que é uma técnica estatística que agrupa as variáveis que apresentam altas

correlações, gerando um número menor de fatores (CORRAR; PAULO; DIAS

FILHO, 2007). Na pesquisa, a Análise Fatorial foi utilizada com o intuito de reduzir o

número de variáveis de Governança de TI, consideradas na pesquisa, a fim de

facilitar o tratamento dos dados na segunda etapa onde se utilizou a regressão

múltipla.

A fim de avaliar o grau de relação entre as variáveis para observar se seria

conveniente a aplicação da análise fatorial, foi realizado o cálculo da matriz de

correlação, conforme a Tabela 1 abaixo.

Tabela 1 – Teste KMO e Bartlett

Kaiser-Meyer-Olkin Adequação ,899

Teste de Bartlett - Esfericidade

Approx. Qui-quadrado 4976,126 Df 120 Sig. ,000

Fonte: Dados da pesquisa, 2017.

Através do teste KMO e Bartlett, que indica a explicação dos dados a partir

dos constructos, foi encontrado um coeficiente no valor de 0,899, indicando assim

que os fatores conseguem descrever de forma satisfatória as variáveis,

considerando que “um grau de explicação menor que 0,5 significa que os fatores

não conseguem descrever os dados originais” (CORRAR; PAULO; DIAS FILHO,

2007). Na parte inferior da tabela encontra-se a tabela de significância (Sig.) onde

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Corrar (2007) afirma que para se obter uma boa Análise Fatorial deve-se ter o valor

de Sig < 0,5.

Tabela 2 – Total de variância explicada

Variáveis Initial Eigenvalues Extraction Sums of Squared

Loadings Rotation Sums of Squared

Loadings

Total % de

variância Acumulado

% Total % de

variância Acumulado

% Total % de

variância Acumulado

% 1 7,916 35,981 35,981 7,916 35,981 35,981 3,845 17,479 17,479 2 3,034 13,789 49,771 3,034 13,789 49,771 3,291 14,958 32,437 3 2,076 9,436 59,207 2,076 9,436 59,207 3,135 14,249 46,686 4 1,647 7,487 66,694 1,647 7,487 66,694 2,586 11,755 58,440 5 1,230 5,591 72,285 1,230 5,591 72,285 2,214 10,064 68,504 6 1,090 4,955 77,240 1,090 4,955 77,240 1,922 8,736 77,240 7 ,664 3,016 80,256 8 ,532 2,420 82,675 9 ,474 2,154 84,829 10 ,450 2,046 86,875 11 ,405 1,843 88,717 12 ,364 1,653 90,370 13 ,316 1,436 91,806 14 ,294 1,336 93,143 15 ,271 1,230 94,373 16 ,241 1,094 95,467 17 ,225 1,023 96,490 18 ,206 ,936 97,426 19 ,172 ,783 98,209 20 ,148 ,673 98,882 21 ,138 ,627 99,509 22 ,108 ,491 100,000

Fonte: Dados da pesquisa, 2017.

É possível observar na tabela acima os coeficientes obtidos após o

tratamento dos dados utilizando o método varimax, que é um tipo de rotação

ortogonal que minimiza a ocorrência de uma variável apresentar alta correlação com

diferentes fatores (CORRAR; PAULO; DIAS FILHO, 2007), facilitando a

interpretação. Foram extraídos seis fatores, nos quais foram agrupadas todas as 22

variáveis.

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Tabela 3 – Modelo final da análise fatorial (Continua)

Variáveis Fatores

1 2 3 4 5 6

1.1a. a organização define e comunica formalmente papéis e responsabilidades para a governança corporativa.

,758

1.1b. a organização dispõe de um comitê de direção estratégica formalmente instituído. ,730

1.1c. a organização realiza avaliações sobre a definição e compreensão dos papéis e responsabilidades organizacionais.

,718

1.2b. a organização dispõe de um comitê de TI formalmente instituído, composto por representantes de áreas relevantes da organização.

,876

1.2c. o comitê de TI realiza as atividades previstas em seu ato constitutivo. ,913

1.2d. a organização prioriza as ações de TI com apoio do comitê de TI (ou colegiado equivalente), que atua como instância consultiva da alta administração.

,849

1.4.a. a organização define formalmente as diretrizes para gestão dos riscos de TI aos quais o negócio está exposto.

,850

1.4.b. a organização define e comunica formalmente papéis e responsabilidades pela gestão de riscos de TI.

,853

1.4.c. a organização define formalmente os níveis de risco de TI aceitáveis na consecução de seus objetivos (apetite a risco).

,850

1.4.d. a organização toma decisões estratégicas considerando os níveis de risco de TI definidos. ,785

1.5.a. a organização define formalmente diretrizes para garantir o desenvolvimento de competências e a retenção de gestores de TI.

,822

1.5.b. a organização define formalmente diretrizes para garantir o desenvolvimento de competências e a retenção do pessoal técnico de TI.

,858

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Tabela 4 – Modelo final da análise fatorial (Continuação)

Variáveis Fatores 1 2 3 4 5 6

1.5.c. a organização define formalmente diretrizes para avaliação e incentivo ao desempenho de gestores de TI.

,766

1.5.d. a organização define formalmente diretrizes para avaliação e incentivo ao desempenho de pessoal técnico de TI.

,796

1.7.c. a organização realiza avaliação periódica de sistemas de informação. ,788

1.7.d. a organização realiza avaliação periódica de segurança da informação. ,782

1.7.e. a organização realiza avaliação periódica de contratos de TI. ,774

1.8.a. a auditoria interna possui pessoal capacitado para avaliar a governança e a gestão de TI.

,855

1.8.b. a auditoria interna monitora as ações de governança e de gestão de TI.

,864

1.8.c. a organização aprova, de forma periódica, plano de auditoria que inclua avaliação da governança e da gestão de TI.

,870

1.8.d. a auditoria interna avalia a gestão de riscos de TI.

,870

1.8.e. a auditoria interna avalia os riscos considerados críticos para o negócio e a eficácia dos respectivos controles.

,779

Fonte: Dados da pesquisa, 2017.

A tabela 3 mostra o modelo final da análise fatorial, onde foram extraídos seis

fatores. O Fator 1 é composto por cinco variáveis sendo elas 1.8.a, 1.8.b, 1.8.c, 1.8.d

e 1.8.e. Nomeado como “Realização de auditoria interna”, esse fator trata de como a

auditoria interna atua na organização, especialmente na governança e gestão de TI.

O Fator 2 engloba quatro variáveis: 1.4.a, 1.4.b, 1.4.c e 1.4.d. Interpretado como

“Gestão de riscos”, onde avalia se a empresa possui estratégias alinhadas com o

nível de riscos. O Fator 3, “Gestão do pessoal de TI” também agrupou quatro

variáveis, que são 1.5.a, 1.5.b, 1.5.c e 1.5.d, as quais tratam da retenção, avaliação

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e desempenho do pessoal técnico de TI.

O Fator de número 4, denominado de “Definição do sistema de governança

de TI” possui três variáveis-1.2.b, 1.2.c e 1.2.d- que diz respeito a existência e

atuação de um comitê que realize a governança de TI. O Fator 5 é composto por

três variáveis e foi interpretado como “Monitoramento da governança e gestão de

TI”. O último, Fator 6, tal como os dois anteriores também é composto por três

variáveis, sendo elas 1.1.a, 1.1.b e 1.1.c. onde é medido se a empresa possui um

sistema de governança corporativa.

Posteriormente foi medida a correlação média dos itens agrupados nos

constructos através do Alfa de Cronbach, onde foi feita uma análise de

confiabilidade, que é o grau em que uma escala produz resultados consistentes

onde o coeficiente obtido está entre 0 e 1, e quanto mais próximo de 1 seu valor,

maior a fidedignidade das dimensões do constructo (CORRAR; PAULO; DIAS

FILHO, 2007).

Tabela 5 – Indicadores de consistência dos fatores

Fatores Nº de itens

Alfa de Cronbach

Realização de auditoria interna (AuditTI) 5 0,915

Gestão de riscos de TI (RiscosTI) 4 0,920 Gestão do pessoal de TI (PessTI) 4 0,886 Definição do sistema de governança de TI (GovTI) 3 0,898 Monitoramento da governança e da gestão da TI (MonitTI) 3 0,835 Definição do sistema de governança corporativa (GovC) 3 0,724 Fonte: Dados da pesquisa, 2017.

Na tabela 4 é possível observar que relação estabelecida entre as variáveis é

positiva, pois os coeficientes de consistência gerados apresentam valores elevados,

sendo todos superiores ao mínimo ideal de 0,7 considerado por Hair Jr. et al. (2005).

4.2.2 Análise de Regressão Múltipla

Após a realização da análise fatorial, foram extraídos seis fatores de

governança. Para a análise de regressão múltipla, foram gerados seis modelos de

regressão, tendo como variável dependente um dos fatores de governança e como

variáveis independentes os indicadores relativos às práticas de gerenciamento de

projetos das instituições analisadas, de acordo com a equação abaixo:

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Gov = β0 + β1PortProj + β2GerProj + β3IndProj + β4RevProj + β5ForProj + β6EGP + u,

Onde “Gov” representa a variável dependente de governança que está sendo

analisada; “PortProj” significa a adoção da gestão de portfólio de projetos; “Gerproj”

se refere à execução de processos de gerenciamento de projetos; “IndProj” se refere

à utilização de indicadores de gerenciamento de projetos; “RevProj” trata de

processos de revisão da gestão dos projetos; “ForProj” se refere à formalização das

práticas de gerenciamento de projetos pelas instituições; e “EGP” significa a adoção

de escritórios de gerenciamento de projetos. Tais resultados são apresentados na

Tabela 5 em seguida:

Tabela 6 – Análise de Regressão Múltipla

Variáveis (1) (2) (3) (4) (5) (6)

AuditTI RiscosTI PessTI GovTI MonitTI GovC

PortProj 0.0013 -0.0032 0.0016 0.0091*** 0.0036 0.0003

(0.45) (-0.97) (-0.52) (3.19) (1.02) (0.09)

GerProj 0.0036 0.0001 0.0071* 0.0027 0.0010 0.0025

(0.95) (0.04) (1.80) (0.68) (0.24) (0.58)

IndProj -0.0004 0.0012 0.0008 0.0003 0.0063 0.0041

(-0.09) (0.31) (0.20) (0.07) (1.55) (0.94)

RevProj -0.0034 0.0117*** 0.0058 -0.0076* 0.0043 0.0052

(-0.78) (2.72) (1.35) (-1.88) (1.00) (1.24)

ForProj 0.0722** 0.0086*** 0.0006 0.0030 0.0023 0.00037

(2.00) (2.59) (0.18) (1.01) (0.68) (0.12)

EGP 0.0036 -0.0022 0.0015 0.0059*** -0.0022 -0.0021

(1.54) (-0.97) (0.62) (2.81) (-0.93) (-0.88)

_cons (β0) -0.7732 -0.9139 -0.9244 0.9394 -0.9541 -0.6520

(-4.00) (-5.27) (-5.07) (-4.16) (-5.31) (-3.38)

R2 0.0661 0.1145 0.0729 0.1082 0.0869 0.0467

Estatística F 4.09 8.00 4.31 7.30 6.20 3.16

Breusch-Pagan 1.99 4.21 7.62 20.78 0.41 4.81

(0.1588) (0.0401) (0.0058) (0.0000) (0.5224) (0.0283)

Ramsey 0.21 0.64 0.86 4.06 0.78 0.48

(0.8871) (0.5876) (0.4624) (0.0074) (0.5030) (0.6972)

Shapiro-Wilk 0.01073 0.00000 0.02485 0.00000 0.29594 0.00241

Observações 372 372 372 372 372 372

*p<0,10, **p<0,05, ***p<0,01. Fonte: Dados da pesquisa, 2017.

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1148

Após avaliação dos dados percebeu-se que alguns dos modelos gerados

apresentam significância estatística. No modelo 1, observou-se significância de 5%

da variável ForProj (Formalização dos projetos) sobre AuditTI, demonstrando sua

influência sobre no aumento da adoção de processos de auditoria na a área de TI

das instituições analisadas. No modelo de regressão 3 apenas uma variável, sendo

ela GerProj, apresentou significância com relação a PessTI, assim, indicando que as

práticas de Gerenciamento de Projetos afetam o controle do pessoal de TI.

Para validar os resultados dos modelos de regressão, foram realizados,

basicamente, os testes que avaliam os pressupostos de homocedasticidade,

ausência de variáveis omitidas e normalidade dos resíduos. Para verificar o

pressuposto de homocedasticidade, foi realizado o teste e Breusch-Pagan,

considerando a hipótese nula de que a variância dos resíduos é constante

(WOOLDRIDGE, 2010). Após a realização do teste, foi observado que os modelos 3

e 4 apresentaram significância a 1%, rejeitando, assim, a hipótese de

homocedasticidade. Para corrigir este problema, foram gerados os modelos robustos

na regressão.

Em relação ao teste de ausência de variáveis omitidas, foi realizado o teste de

Ramsey, cuja a hipótese nula é de que os modelos gerados não possuem variáveis

omitidas. Os resultados mostraram que apenas o modelo 4 apresentou o problema

de variáveis omitidas, sendo justificável pelo fato de que esses dados são de fonte

secundária, sendo inviável incluir outras variáveis.

Por fim, foi realizado o teste de Shapiro-Wilks, considerando a hipótese nula

de que a distribuição dos resíduos é normal, influenciando na validade dos testes

estatísticos. Os resultados apontaram que 2 e 4 apontaram problemas de

normalidade, não sendo possível validar os testes estatísticos envolvendo estes

modelos.

4.3 Discussão dos resultados

Os resultados obtidos após o tratamento dos dados apontam para o lado

contrário dos estudos recentes, e apesar de ter sido identificada relação entre

formalização das práticas projetos sobre a realização de auditoria de TI e as próprias

práticas de gerenciamento de projetos sobre o controle de pessoal de TI, não foi

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1149

possível constatar a relevância das outras práticas de gestão de projetos sobre a

governança de TI nas instituições analisadas.

Com relação à influência da formalização das práticas de gerenciamento de

projetos sobre a realização de auditoria de TI, Rabechini Jr. et al. (2009) afirma a

importância da formalização das práticas, como meio de aumentar a probabilidade

de sucesso. Com o resultado, sabendo que existe uma influência, abre-se espaço

para uma investigação mais consolidada a respeito de como a formalização dos

projetos afeta a realização de auditoria de tecnologia da informação.

Referente à a variável relativa ao gerenciamento de projetos e sua influência

no maior controle de do pessoal de TI, este é um resultado que corrobora com os

estudos de Weill e Ross (2004), Veras (2014) e Medeiros, Danjour e Veras (2015),

os quais apontam a utilização das práticas de gerenciamento de projetos como

mecanismos de controle, levando em conta a sistematização de decisões que tais

práticas possibilitam, permitindo observar e priorizar objetivos.

Paralelo a isso, com a não validação dos modelos de regressão 2 e 4, após

os testes de normalidade, os demais modelos não constataram relação entre as

variáveis de gerenciamento de projetos e as práticas de governança de TI, se

distanciando dos estudos existentes. Pesquisas relatam a adoção de práticas de

Escritórios de Gerenciamento de Projetos como meio de trazer melhoria da

governança, devido ao monitoramento e alinhamento estratégico e dos projetos com

os objetivos organizacionais, que esta ferramenta possibilita (VERAS, 2014;

JOSLIN; MÜLLER, 2015; MEDEIROS; DANJOUR, SOUSA NETO, 2016).

Além disso, Veras (2014) escreveu sobre a influência das práticas de portfólio

sobre as práticas de governança, onde resultados demonstram melhoria no

desempenho dos processos de governança de TI após a adoção das práticas de

gerenciamento de portfólio. No entanto, o principal resultado encontrado no

presente estudo, foi que as práticas de gerenciamento de projetos não trazem

grandes contribuições no que diz respeito ao controle na área de TI, não

funcionando como indutores das práticas de governança nas instituições avaliadas.

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1150

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

O presente estudo teve por objetivo analisar as práticas de gerenciamento

como indutores da governança de TI nas instituições analisadas pelo Tribunal de

Contas da União (TCU) a respeito das práticas de governança, no ano de 2014.

Identificou-se relação apenas entre a variável de formalização de projetos sobre a

realização de auditoria de TI, e do gerenciamento de projetos sobre a melhoria no

controle do pessoal de TI, contrariando assim, as pesquisas já realizadas. De forma

prática, sugere-se que nas instituições consideradas na pesquisa existe uma

necessidade de investigação de como as práticas de gerenciamento de projetos

estão sendo realizadas, analisando seus métodos de aplicação, para que haja uma

melhoria nos resultados após a adoção destas práticas.

Como principal limitação deste estudo, destaca-se a utilização de dados

secundários como base, o que acabou por restringir a forma de articulação dos

dados. Buscou-se avaliar a existência da relação da adoção das práticas de

gerenciamento de projetos com a adoção das práticas de governança de TI, no

entanto não foi possível explanar os motivos pelos quais existe uma ausência de

influência, que foi demonstrada nos resultados.

Neste sentido, sugere-se para pesquisas futuras a adoção de métodos

explicativos para estudar os meios envolvidos na adoção de práticas de

gerenciamento de projetos e de que forma essas práticas estão sendo

desenvolvidas dentro das empresas, a fim de se obter resultados claros que

possibilitem a abstração das razões pelas quais existe uma pouco influência na

governança de TI. Além disso, a busca de mais variáveis relacionadas a outros tipos

de práticas e ferramentas de gerenciamento de projetos podem ser importantes para

a obtenção de um resultado mais consistente em análises futuras.

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