Práticas Pedagógicas Do Orientador Educacional

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 MATERIAL DIDÁTICO PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DO ORIENTADOR EDUCACIONAL UNIVERSIDADE CANDI DO MENDES  CREDENCIADA JUNTO AO MEC PELA PORTARIA Nº 1.282 DO DIA 26/10/2010 Impressão e Editoração 0800 283 8380 www.ucamprominas .com.br

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SUMÁRIO

UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO ............................................................................................................................ 3 

UNIDADE 2 - A PEDAGOGIA E A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL ......................................................... 6 

UNIDADE 3- UM BREVE HISTÓRICO SOBRE A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL ............................ 12 

UNIDADE 4 - FUNDAMENTOS DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL ..................................................... 20 

UNIDADE 5 - AS CARACTERÍSTICAS DO ORIENTADOR EDUCACIONAL ....................................... 27 

UNIDADE 6 - AS PRÁTICAS DO ORIENTADOR EDUCACIONAL ......................................................... 33 

UNIDADE 7 - CRIANDO ESPAÇOS PARA EDUCAR ............................................................... ................... 44 

UNIDADE 8 - O ORIENTADOR E O PLANEJAMENTO..................................................................... ........ 50 

UNIDADE 9 - PASSOS PARA O PLANEJAMENTO DO ORIENTADOR ................................................. 51 

UNIDADE 10 - O ORIENTADOR ESCOLAR: AGENTE DE MUDANÇAS ............................................... 53 

UNIDADE 11 - PROFISSIONAIS ABERTOS PARA A EDUCAÇÃO DO FUTURO ................................. 56 

UNIDADE 12 - O ORIENTADOR: GESTOR, LÍDER, DIRIGENTE, ORGANIZADOR E CRIADOR .. 58 

UNIDADE 13 - ORIENTADOR: POSTURA CRÍTICA E REFLEXIVA ..................................................... 61 

UNIDADE 14 - O ORIENTADOR E AS NOVAS TECNOLOGIAS ..................................................... ........ 63 

UNIDADE 15 - A FUNÇÃO DA ESCOLA E A FAMÍLIA ............................................................................. 66 

UNIDADE 17 - ATUAÇÃO, HABILIDADES E COMPETÊNCIAS DO ORIENTADOR EDUCACIONAL ............................................................. ................................................................. ................................................. 69 

CONCLUSÃO ..................................................................................................................................................... 74 

REFERÊNCIAS .................................................................................................................................................. 77 

ANEXOS .............................................................................................................................................................. 79 

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UNIDADE 1 - INTRODUÇÃO

 A presente apostila aborda as práticas e a missão do profissional em

Orientação Educacional. Para tanto, faz-se necessário uma reflexão crítica sobre os

fatores relativos ao processo educacional e sobre as questões ligadas às relações

entre os diversos segmentos atuantes na escola, tendo em vista, a produção coletiva

do projeto político pedagógico, os docentes, discentes, direção, família e toda a

comunidade escolar.

Não é coerente tratar sobre a atuação do trabalho do Orientador Profissional

sem mencionar o seu contexto e os interlocutores que estão diretamente dentro de

uma instituição de ensino, onde vivenciam quase as mesmas experiências, conflitos

e desafios pertinentes na educação. Diante disso, é preciso ter como ponto de

partida, a necessidade de discorrer sobre os aspectos citados para melhor

compreensão da prática dos especialistas educacionais que visam facilitar a

realização de uma atividade mais satisfatória possível para todos àqueles que

compõem o cenário institucional.

Diante dessas premissas, este estudo compõe-se de capítulos, todos eles

voltados para a teoria e a prática da ação sócio-educativa do orientador educacional.

O primeiro capítulo “A pedagogia e a orientação educacional” trata da

importância do especialista remeter-se ao cerne da questão das concepções

sustentadoras da construção pedagógica, colocada como pedra angular do trabalho

educativo com o intuito de repensar que tipo de ser humano se pretende formar e

para quem se propõe a fazer pedagogia, visto que trata-se de um desafio e se

baseia em prática e teoria.

O capítulo seguinte é um breve histórico da sistematização da Orientação

Educacional, apontando anos de luta e trabalho à frente da profissionalização do

orientador, alcançando grande repercussão entre os que atuam nessa área.

Considera-se que a historicidade da Pedagogia dentro da proposta de teoria e

prática da ação sócio-educativa, torna-se necessária para compreender os fatores

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que mobilizam a atuação do orientador, viabilizando qualquer tentativa de levá-lo a

aceitar e a compreender as demais pessoas que dependem do seu trabalho.

O capítulo terceiro “Fundamentos da Orientação Educacional” resgata a

importância da teoria que sustenta os aspectos ligados ao orientador e ao seu fazer

pedagógico. O capítulo “ As características do Orientador Educacional” procura

demonstrar o lugar da educação para a vida na formação da criança e do jovem

como pessoa, como cidadão e como trabalhador.

O capítulo “ As práticas do orientador educacional“ baseia-se nas práticas do

especialista e visa dotar os educadores de um instrumento prático e eficaz para

colher de forma humana e eficaz as crianças e os adolescentes a quem se dirige o

trabalho. Nesta parte também é abordado a importância do trinômio

família/escola/trabalho na trajetória da atuação do orientador educacional que

viabiliza o processo de construção da identidade e do projeto de vida dos

educandos.

O capítulo “Criando espaços para educar ”, orienta a questão da abordagem

de criar um espaço harmonioso, com uma esfera cidadã. A intenção é apresentar os

muitos lugares possíveis de educar, colocando as crianças e os jovens de mãosdadas com as mais diversas manifestações do conhecimento, e remete à visão do

educador como um criador de condições para que a educação aconteça em muitas

ocasiões.

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o capítulo “O orientador e o planejamento”, trabalha-se a importância da

prática do planejamento, enquanto instrumento que direciona a capacidade humana

para conviver com a diversidade e utilizá-la para crescer.

No capítulo “Os passos para o planejamento do orientador”, trata-se da

importância de planejar, bem como os passos fundamentais para a sua elaboração,

execução e avaliação, pois os educadores lidam com crianças e adolescentes atores

do processo educativo, diante disso, o educador deve ter iniciativa, compromisso e

liberdade, abrindo espaços no seu planejamento para atender aos alunos como

parte fundamental do trabalho pedagógico.

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No capítulo “O Orientador escolar: agente de mudanças”, procurou-se

resgatar o papel central da missão do educador como um agente motivador de

mudanças dentro da escola, mostrando que este especialista é mais do que um

simples especialista e técnico, é um profissional.

Em todos os capítulos seguintes, buscou-se encarar de frente a questão da

atuação do orientador educacional na perspectiva do profissionalismo, da

capacidade de liderar, da capacidade de gerir conflitos, no poder das palavras, na

importância do especialista conhecer e utilizar as novas tecnologias, a função da

escola cidadã e a relação das práticas pedagógicas com as habilidades e

competências pessoais. Estes são assuntos abordados em termos pedagógicos.

O conteúdo deste estudo não se esgota aqui, é preciso buscar mais

experiências e conhecimentos para ampliar o que se conhece até agora acerca das

práticas pedagógicas do Orientador Educacional.

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UNIDADE 2 - A PEDAGOGIA E A ORIENTAÇÃO

EDUCACIONAL

 A Pedagogia é a ciência ou disciplina cujo objetivo é a reflexão, ordenação, a

sistematização e a crítica do processo educativo. A palavra Pedagogia tem origem

na Grécia antiga, paidós que quer dizer criança; e agogé que quer dizer condução.

Em outras palavras, a pedagogia é entendida como o processo de condução da

criança ao saber. Reza a filosofia grega que, na Grécia antiga, os escravos tomavam

conta das crianças e as conduziam também em seus estudos. (CHAUI, 2001).

Com os avanços em todas as esferas e segmentos, a pedagogia tomou uma

proporção muito grande em seu sentido, adotando uma filosofia muito mais ampla

do que se pode imaginar. A título de ilustração, pode-se apresentar como exemplo

que a pedagogia abrange várias areas do conhecimento. Ela não está presenta

apenas em instituições de ensino, ela está presente, cada vez mais, em instituições

privadas e em organizações empresariais de vários ramos de atividade, então a

presença do pedagogo se fez mais notória na Pedagogia Empresarial, Pedagogia

Social, na Pedagogia de projetos, na Pedagogia da autonomia e muitos outros

termos e segmentos que vêm utilizando os pressupostos e as premissas da

Pedagogia.

 Atualmente, denomina-se pedagogo o profissional cuja formação é a

Pedagogia, que no Brasil é uma graduação da categoria de Licenciatura ou Gestão

Escolar como a administração escolar, orientação pedagógica e coordenação

educacional. Devido a sua abrangência, a Pedagogia engloba diversas disciplinas,

que podem ser reunidas em três grupos básicos: Disciplinas filosóficas, Disciplinas

científicas e Disciplinas técnico-pedagógicas.

Fazer pedagogia, porém, não basta apenas conhecer a sua semântica, vai

muito mais além das palavras. Para Freire (1992), não existe pedagogia, isto é,

teoria que implique os fins e os meios da ação educativa, que não tenha, em sua

base, proclamados ou não, um conceito de homem e um conceito de mundo. Essas

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palavras de Freire (1982) levam o educador ao cerne da questão das concepções

sustentadoras da construção pedagógica.

Makarenko (1986), afirma que a pedagogia é a pedra angular do trabalho

educativo, levando a pessoa a repensar e a questionar sobre que “tipo de homem”

se pretende formar, colocando o sujeito diante da importância do dado antropológico

para quem se propõe a fazer pedagogia.

Esta estreita articulação da pedagogia com o conceito de homem e ideologia

é a outra pedra angular da formulação pedagógica. A visão de mundo do educador

condiciona fortemente o perfil dos fins e dos meios de sua práxis.

 Ao lado dos conceitos de homem e de mundo apontados por Freire (1992),encontra-se o conceito de conhecimento. A epistemologia adotada pelo educador é

mediação necessária na articulação das visões de homem e de mundo com o

instrumento teórico-prático por meio do qual se concretiza o ato pedagógico.

Sendo assim, é com base neste tripé homem/mundo/conhecimento que é

possível compreender a construção de uma proposta pedagógica dirigida às

crianças e aos jovens.

Pode-se afirmar que o trabalho pedagógico, social e educativo dirigido às

crianças e aos jovens, principalmente aos adolescentes em situação de dificuldade e

infratores, encontra-se entre todos no cenário educacional num estágio pré-

pedagógico. Na área do oficialismo, ou seja, segurança pública, justiça e bem-estar

do menor; predominam ainda as concepções correcionais-repressivas herdadas do

passado autoritário. Então, onde está a presença da Pedagogia?

O período democrático acrescentou a esse quadro nenhuma proliferação,

pelas diversas regiões do país, dos grupos de extermínio de adolescentes em

situação de vulnerabilidade pessoal e social, sendo que, na maior parte do país, as

concepções e práticas vigentes nesse campo ainda são as mesmas de décadas

atrás, não houve quase nenhuma prática pedagógica que colaborasse com o

crescimento humano de crianças e jovens nas escolas.

Conferir cidadania pedagógica ao trabalho social e educativo do orientador

dirigido à criança e ao adolescente é, pois, uma tarefa urgente e necessária. É

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preciso começar a fazer pedagogia para que não continue a predominar, nessa área

de atividade, a transgressão sistemática dos direitos humanos e de cidadania dessa

fração relegada à infância e da juventude. O homem deve ser visto como um ente

capaz de assumir-se como sujeito da sua história, agente de transformação de si e

do mundo, fonte de iniciativa, liberdade e compromisso nos planos pessoal e social.

Para isso, é fundamental, desde cedo, que as crianças e adolescentes percebam a

sua capacidade de transformar-se e de transformar o mundo, estes são

pressupostos pelo qual deveria ser direcionada a atuação pedagógica.

Para Makarenko (1986) o homem não é um ser puramente determinado pelas

condições de seu meio. Se ele é produto das relações sociais vigentes, não pode-se

ignorar que ele é também produtor dessas mesmas relações, cabendo-lhe, através

de uma prática pedagógica crítica e transformadora, instaurar um mundo

propriamente humano.

Por outro lado, o homem também não é uma liberdade pura, desencarnada

da sociedade e da luta de classes, uma vez que a sua história, embora tendo-o

como sujeito, não é feita nas condições escolhidas por ele e, sim, em condições

dadas que o antecedem e que o ultrapassam. Estas premissas remetem o

orientador educacional a repensar a sua identidade e a sua praxis.

O orientador educacional é uma especialidade do pedagogo,  através de

cursos de habilitação, incorporada ou não à licenciatura em pedagogia, ou através

de especialização.  O orientador educacional atua junto ao corpo discente das

instituições de ensino,  acompanhando as atividades escolares, bem como o

desempenho do estudante, seja em termos de rendimento ou de comportamento. 

Em face das questões supracitadas, não basta porém, que o orientadoreducacional tenha uma formação inicial e pare por aí, contentando-se com o que

aprendeu na univarsidade, é preciso que ele compreenda que o cenario educacional

é dotado de inumeras situações, fazendo com que o verdadeiro educador reconheça

a necessidade de uma formaçõa contínua para que possa sobressair-se e dar conta

da sua relidade.

Outro fator reevante, é o especialista da educação saber quais são suas

atribuições, para que desta forma, o orientador educacional realize seu trabalho com

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mais qualidade, eficiência e compromisso. Segundo o CBO  –  Classificação

Brasileira de Ocupação - (2002), faz parte da atuação e do trabalho pedagógico do

especialista educacional:

A - IMPLEMENTAR A EXECUÇÃO DO PROJETO PEDAGÓGICO 

1 Acompanhar o desenvolvimento do trabalho docente

2 Assessorar o trabalho docente

3 Administrar a progressão da aprendizagem

4 Observar o processo de trabalho em salas de aula

5 Visitar rotineiramente as escolas

6 Acompanhar a produção dos alunos

7 Acompanhar a trajetória escolar do aluno

8 Elaborar textos de orientação

9 Produzir material de apoio pedagógico

10 Observar o desempenho das classes

11 Analisar o desempenho das classes

12 Reunir-se com conselhos de classe

13 Observar conselhos de classe e de escola

14 Analisar as reuniões de conselho de classe e de escola

15 Analisar a execução do plano de ensino e outros regimes escolares

16 Sugerir mudanças no projeto pedagógico

17 Coordenar projetos e atividades de recuperação da aprendizagem

18 Fiscalizar o cumprimento da legislação e do projeto pedagógico

19 Coletar diferentes propostas de coordenação, supervisão e orientação como subsídios

20 Administrar recursos de trabalho

21 Administrar conflitos disciplinares entre professores e alunos

22 Intervir na aplicação de medidas disciplinares

23 Aplicar sanções disciplinares em consonância com o regimento escolar

24 Emitir pareceres para autorização de escolas particulares

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Quadro 1  – Tarefas do especialista da Educação.

Fonte: CBO - Classificação Brasileira de Ocupações

Educar é sempre uma aposta no outro, mas para isso, é preciso conhecer o

outro e sobretudo conhecer o que se deve fazer, observando o processo de trabalho

em salas de aula. O educador é aquele que buscará sempre crer para ver e deve

acreditar que existam nas crianças e nos jovens com quem se trabalha, qualidadesque muitas vezes não se fazem evidentes nos seus atos, então para desempenhar

bem o seu trabalho educativo ele precisa saber administrar conflitos disciplinares

entre professores e alunos.

Por isso, a trajetória dos verdadeiros educadores, longe do senso comum,

frequentemente se dá na aventura e no risco, pois apostar no educando em situação

pessoal e social implica algumas atitudes e posturas básicas por parte do educador,

que segundo o CBO é saber interpretar as relações que possibilitam ouimpossibilitam a emergência dos processos de ensinar e de aprender. Deste modo,

o orientador deve procurar ver em cada educando a quem dirige o trabalho, não

aquilo que os separa ou os diferencia dos demais alunos de sua idade, mas sim tudo

aquilo que ele tem em comum com todos os demais.

 Ainda de acordo com o CBO, em relação à questão da coordenação de

projetos e atividades de recuperação da aprendizagem, o especialista em educação

não perguntar o que o educando não sabe, o que ele não tem, o que ele não traz desua vida familiar ou comunitária. Ao contrário, cumpre procurar descobrir o que o

educando é, o que ele sabe, o que ele traz de bom consigo, o que ele se mostra

capaz de fazer. Só assim poderá evitar a comparação com um suposto padrão de

normalidade existente da aprendizagem, traçando deles um perfil negativo.

Nos pressupostos do CBO, em relação à questão do conhecimento do

passado do educando deve ser utilizado pelo orientador apenas com uma finalidade:

impedi-lo de colocar a exigência antes da compreensão; ser exigente, pois a

25 Organizar encontro de educandos

26 Interpretar as relações que possibilitam ou impossibilitam a emergência dos processos de

ensinar e de aprender

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exigência é, antes de mais nada, um sinal de respeito do educador pelo educando.

Em cada momento, contudo, deve-se fazer a exigência cabível, a exigência possível

de ser feita.

Observadas essas posturas básicas, cabe ao educador apostar no educando,

abrindo espaços nos quais ele possa experimentar-se como fonte de iniciativa,

liberdade e compromisso e responsabilidade consigo mesmo e com os outros. Essa

aposta frequentemente nada tem de tranquila. Como toda aposta, ela é um contrato

de risco entre o educador e o educando.

Makarenko (1986) afirma que em algumas vezes a angústia, a tensão, a

irritação pela “perda” fazem com que o educador sofra e se desgaste com os

resultados dessas tentativas. Isso, porém, faz parte do ofício. São percepções e

sentimentos que não pode ser abandonada de todo, por mais que se tenha

capacidade e experiência. Para Makarenko (1986) a pedagogia continua a ser uma

ciência árdua e sutil.

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UNIDADE 3- UM BREVE HISTÓRICO SOBRE A

ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL

Desde 1942 as leis brasileiras fazem obrigatória a orientação educacional nas

escolas. Na maior parte dos casos, os orientadores educacionais são consultores

para a Direção e interlocutores entre os pais, o aluno e a escola. Disciplinam o

estudante, reúnem-se e discutem problemas didáticos e disciplinares com os

professores e com os pais do aluno, aplicam e interpretam testes padronizados,

promovem eventos que estimulam o relacionamento interpessoal, e aconselham o

encaminhamento a psicólogos e psiquiatras dos casos de desvios mais complexos.

De acordo com as pesquisas de Aguiar & Scheibe (1999), o curso de

pedagogia foi criado no Brasil devido à grande preocupação com a preparação de

professores dirigidos à escola secundária. Sendo assim, surgiu junto com as

licenciaturas, instituídas ao ser organizada a antiga Faculdade Nacional de Filosofia,

da Universidade do Brasil, pelo Decreto-lei no 1190 de 1939.

 Aguiar & Scheibe (1999) salientam que essa faculdade visava à formaçãobacharéis e licenciados para atuar em várias áreas do conhecimento, entre elas, a

área pedagógica. A duração prevista era de um ano, estavam justapostas às

disciplinas de conteúdo, com duração de três anos. Formava-se então o bacharel

nos primeiros três anos dose-lhe o diploma de licenciado no grupo de disciplinas que

compunham o curso de bacharelado.

De acordo com as propostas estabelecidas, como bacharel, o pedagogo

poderia ocupar cargo de técnico de educação, do Ministério de Educação, campoprofissional muito vago e, posteriormente, após concluído o curso de didática,

conferia a este profissional às suas funções.

Para Aguiar & Scheibe (1999), como licenciado, o principal campo de trabalho

do pedagogo era o curso normal, um campo não exclusivo dos pedagogos, uma vez

que, pela Lei Orgânica do Ensino Normal, para lecionar nesse curso era suficiente o

diploma de ensino superior. Apesar de alguns retoques feitos na sua estrutura em

1962, esse quadro do curso de pedagogia perdurou até 1969, quando este foi

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reorganizado, sendo então abolida a distinção entre bacharelado e licenciatura e

criadas as “habilitações”, cumprindo o que acabava de determinar a lei n 5540/68.

 A concepção presente no modelo anterior permaneceu na nova estrutura,

assumindo apenas uma feição diversa: o curso foi dividido em dois blocos distintos e

autônomos, desta feita, colocando de um lado as disciplinas dos chamados

fundamentos da educação e, de outro, as disciplinas das habilitações específicas.

Deste modo, o curso de pedagogia passou então a ser predominantemente

formador dos denominados “especialistas” em  educação, ou seja, o supervisor

escolar, o orientador educacional, o administrador escolar, e o inspetor escolar.

O Parecer CFE no 252/69, incorporado à Resolução CFE no 2/69, que fixouos mínimos de conteúdo e duração a serem observados na organização do curso de

pedagogia, até hoje em vigor, baseou-se na concepção de que as diferentes

habilitações deveriam ter uma base comum de estudos, constituída por matérias

consideradas básicas à formação de qualquer profissional na área, e uma parte

diversificada, para atender às habilitações específicas.

 A base comum foi composta pelas seguintes disciplinas: sociologia geral,

sociologia da educação, psicologia da educação, história da educação, filosofia daeducação e didática. A parte diversificada, para cada uma das habilitações, ficou

estabelecida: para a habilitação o ensino das disciplinas e atividades práticas dos

cursos normais, as seguintes matérias: estrutura e funcionamento do ensino de 1o

grau, metodologia do ensino de 1o grau, prática de ensino na escola de 1o grau

(estágio); para a habilitação de “Orientação educacional”, as matérias: estrutura e

funcionamento do 1o grau, estrutura e funcionamento do ensino de 2o grau,

princípios e métodos de orientação educacional, orientação vocacional e medidaseducacionais.

Para a habilitação de Administração escolar, as matérias: estrutura e

funcionamento do ensino de 1o grau, estrutura e funcionamento do ensino de 2o

grau, princípios e métodos de administração escolar e estatística aplicada à

educação.

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Para a habilitação de Supervisão escolar, as matérias: estrutura e

funcionamento do ensino de 1o grau, estrutura e funcionamento do ensino de 2o

grau, princípios e métodos de supervisão escolar e currículos e programas.

Para a habilitação de Inspeção escolar, as matérias selecionadas foram as

seguintes: estrutura e funcionamento do ensino de 1º grau, estrutura e

funcionamento do ensino de 2º grau, princípios e métodos de inspeção escolar e

legislação do ensino.

 A legislação anteriormente referida fixou que o título único a ser conferido

pelo curso de pedagogia passava a ser o de licenciado, por entender que todos os

diplomados poderiam ser, em princípio, professores. No atual cenário, pós-LDB,

demarcam-se com nitidez os novos campos de disputa, reacendendo-se as lutas em

torno do novo locus e da configuração dos cursos de formação dos profissionais da

educação. (AGUIAR & SCHEIBE, 1999),

 A introdução na LDB dos Institutos Superiores de Educação (ISE) abriu

espaço para que as propostas que não tiveram condições históricas de se impor no

debate nacional ressurgissem travestidas em forma de lei. Com isso, foram dadas as

condições para uma nova formatação dos cursos de licenciatura e de pedagogia,com sérias implicações para a formação qualificada de professores e demais

profissionais da educação.

No caso do curso de pedagogia, rompe-se, na prática, com a visão orgânica

da formação docente que vinha sendo construída no país nas últimas décadas.

 Acentua-se, por imposição legislativa, a dicotomia entre a formação para atuar na

educação infantil e séries iniciais do ensino fundamental e a destinada às séries

finais desse nível de ensino e do ensino médio.

Impõe-se tal paradoxo no interior do locus de formação dos profissionais da

educação, além de se atribuir aos institutos a prerrogativa da formação dos

professores no setor privado. Com isso, aplaina-se o caminho para o esvaziamento

do curso de pedagogia e para o sucesso das propostas que visam dele retirar a

base da docência, transformando-o na prática em um bacharelado.

O debate sobre a formação do educador no curso de pedagogia expressa

hoje o conflito de posições teórico-metodológicas, epistemológicas. Na tentativa de

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mediar o processo, a Comissão de Especialistas de Ensino de Pedagogia, com base

na análise de propostas de formação do profissional de educação, oriundas de mais

de 500 instituições de ensino superior do país e nas contribuições das diversas

entidades do campo educacional (Anped, Anfope, Anpae, Fórum dos Diretores de

Faculdades de Educação), apresentou uma proposta de diretrizes curriculares a ser

encaminhada ao Conselho Nacional de Educação.

Essa comissão assumiu a tese de que o curso de pedagogia destina-se à

formação de um profissional habilitado a atuar no ensino, na organização e na

gestão de sistemas, unidades e projetos educacionais e na produção e difusão do

conhecimento, em diversas áreas da educação, tendo a docência como base

obrigatória de sua formação e identidade profissional.

Sendo assim, o pedagogo poderá atuar na docência na educação infantil, nas

séries iniciais do ensino fundamental e nas disciplinas de formação pedagógica do

nível médio. E ainda na organização de sistemas, unidades, projetos e experiências

educacionais escolares e não-escolares; na produção e difusão do conhecimento

científico e tecnológico do campo educacional; nas áreas emergentes do campo

educacional.

Com essa formulação, contemplam-se os campos de atuação do pedagogo,

que tendo como fulcro a formação docente, será chamado a exercer papel

importante em outras funções do campo educacional.

Entende-se que tal perspectiva rompe com a tradição tecnicista de separar o

saber e o fazer, a teoria e a prática. E aí cabe um papel importante às instituições de

ensino superior que poderão ofertar uma formação que respeite a sua vocação, o

seu interesse, a demanda local e sua função social. Essas concepções estão nabase da organização da estrutura curricular proposta que abrange duas partes

intrinsecamente relacionadas: os conteúdos básicos e a parte diversificada ou de

aprofundamento.

 A primeira parte engloba “um núcleo de conteúdos básicos, articuladores da

relação teoria e prática, considerados obrigatórios pelas IES para a organização de

sua estrutura curricular e relativos: (LUCK, 2001).

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Nesse sentido, a relação teoria e prática será considerada como eixo

articulador da produção do conhecimento na dinâmica do currículo. A prática

pedagógica expressa-se mediante três modalidades. A primeira modalidade,

percebida como instrumento de integração do aluno com a realidade social,

econômica e do trabalho de sua área/curso, possibilita a interlocução com os

referenciais teóricos do currículo. (LUCK, 2001).

Pretende-se que seja iniciada nos primeiros anos do curso e acompanhada

pela coordenação docente da instituição de ensino superior. Essa modalidade de

estágio deve permitir a participação do aluno em projetos integrados, favorecendo a

aproximação entre as ações propostas pelas disciplinas/áreas/atividades. O curso

de pedagogia, no percurso de sua existência, talvez pela própria amplitude da área

que o denomina, foi se amoldando aos interesses hegemônicos dos projetos

educativos vigentes.

 A opção histórica que faz sentido configurar neste momento é aquela que

resulta de um trabalho de mediação que não apenas contemple uma discussão

conceitual, mas também a complexidade histórica do curso, e o seu papel no

encaminhamento das questões educacionais. É a mediação da discussão nacional,

daqueles que estão envolvidos com a prática, que pode dar a direção mais correta

para o momento histórico. (LUCK, 2001).

 A Orientação Escolar vem da ação exercida à ação repensada, pois de

acordo com Medina (2004) a trajetória da Orientação Escolar passa por 5

momentos:

 Ação voltada para o ensino primário  – no primeiro momento de sua história a

Orientação Escolar ocupava-se unicamente do ensino primário.

 Ação Supervisora  – Referências da primeira fase da Revolução Industrial o

segundo momento emerge com o crescimento da população, indicando a

necessidade de mais professores. A escola passa a ser uma instituição complexa e

hierarquizada, assemelhando-se pouco a pouco, às empresas.

 Ação como forma de treinamento e orientação – neste momento a Orientação

é influenciada pelas teorias administrativas e organizacionais que assinalam uma

etapa importante da sua história no Brasil.

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 Ação de questionamentos das últimas décadas – este momento coincide com

o final da década de 70 e início da década de 80. A sociedade brasileira começa a

ser questionada e como consequência a escola é influenciada pelos trabalhos de

alguns autores nacionais e estrangeiros que assinalam um novo movimento à

respeito da escola e seu papel na sociedade. Começam a surgir indagações muito

profundas à respeito do papel da escola como um todo e da ação do especialista.

 Ação repensado da escola – momento final da década de 80 e início dos anos

90. Autores enfatizam a escola como local de trabalho, onde o sucesso do aluno não

depende exclusivamente do conhecimento de conteúdos, métodos e técnicas. A

escola passa a ser o local onde todos aprendem e ensinam, cada um ocupando o

seu lugar e onde o orientador tem uma contribuição específica e importante a dar no

processo de “Ensinar e Aprender”.  Esse momento aponta para um orientador

pesquisador dentro da escola e da comunidade, compreendendo o movimento que

envolve as relações entre professor, aluno, de forma simultânea.

Deste modo, o Orientador Educacional continuou em busca constante de uma

nova formação, de uma nova consciência crítica reflexiva com o intuito de direcionar

a sua ação, às vezes recuando, às vezes avançando, de acordo com a realidade,

com o momento e com a situação. (LUCK, 2001).

 A necessidade da Orientação Escolar deve-se ao desenvolvimento e ao

dinamismo do mundo moderno, de tal forma que este dinamismo e grandes avanços

trouxeram a necessidade de uma urgente reformulação na Educação.

Deste modo, fez surgir a necessidade de uma orientação mais adequada ao

corpo docente, à escola e à comunidade. Surgiu, portanto, o Orientador

Educacional, que trata-se de um profissional especialista em educação, enteresponsável por tornar a prática educativa flexiva, receptiva às inovações e às

transformações no plano social, científico e tecnológico. (MEDINA, 2004).

Muitas são as tarefas do Orientador Escolar, como a de coordenação,

acompanhamento e orientação da aprendizagem vivenciada, contribui para o bom

nível de ensino.

 A participação da Orientação Educacional como especialista em educação

pode ser encarada como uma conquista ao longo dos anos, como diálogo e como

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forma de trabalho dialeticamente do cotidiano, planejando, acompanhando,

avaliando e aperfeiçoando as atividades educativas. (LUCK, 2001).

Constantemente, o trabalho do Orientador Educacional se apóia em

fundamentos e teorias filosóficas e diretrizes educacionais, contribuindo com o valor

científico e como agente integrado no relacionamento professor-aluno, na formação

de valores éticos através de uma ação cooperativa para que a educação atinja seus

objetivos, envolvendo a todos que participam do processo educacional.

Considerando as disposições sobre a educação prevista na Constituição

Federal, na Constituição Estadual e na Lei nº 9394/96 que estabelece as diretrizes e

bases da educação nacional, dando condições de orientação e formação do

Orientador Educacional, cabe a ele a responsabilidade de formar cidadãos críticos,

por isso este profissional deve ser incentivado, motivado e ser reconhecido. (LUCK,

2001).

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UNIDADE 4 - FUNDAMENTOS DA ORIENTAÇÃO

EDUCACIONAL

Normalmente, a orientação educacional é feita em sala de aula. Há também o

atendimento individualizado a alunos, pais e professores. Além disso, a equipe de

orientação e especialista, de modo geral, coordena Conselhos de Classe e as

reuniões de pais, de representantes de turmas entre outros. De acordo com os

dados do Inep, tem-se:

 A Orientação deve ser sistematizada, e dirigida ao educando, visando a

assistir ao aluno no seu desenvolvimento integral, no desenvolvimento de

sua personalidade e em seu ajustamento pessoal e social. (cf. PARECER

de Newton Sucupira nº 632/69. In: Ministério da Educação - A orientação

educacional no ensino de 1º grau. Brasília, jul. 1973)

 Ainda, pode-se dizer que a Orientação por especialistas dirigida aos

educandos: crianças, jovens e adultos, individualmente ou em grupo, estão

incumbidos de ajudá-los a escolher e cursar com proveito programas de ensino que

melhor correspondam às suas aptidões e interesses, tendo em conta os resultados

que obtiveram anteriormente e seus planos de emprego ou carreira futura.

Habilitação do curso de Pedagogia." (DUARTE, Sérgio Guerra. Dicionário brasileiro

de educação. Rio de Janeiro: Edições Antares: Nobel, 1986. 175 p.)

Segundo dados da UNESCO, a Orientação educacional inclui conselhos

dados pelos professores e pessoas especializadas, que tinham por finalidade

retificar o mau comportamento dos alunos. O Serviço de Orientação Educacional

está organizado em uma equipe constituída por Orientadores/as Educacionais e

 Auxiliares de Orientação Educacional.

O cotidiano pedagógico do orientador é tecido por múltiplas relações que se

constroem no espaço escolar e através do contato escola-mundo. Os movimentos

que ocorrem na educação propõem desafios urgentes quanto à ressignificação de

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conceitos, valores, olhares e vivências, para permitir o diálogo com o outro; aluno,

família.

Diante desta perspectiva, o orientador educacional deve e pode contribuir

para formação de um cidadão capaz de refletir e se posicionar em relação aos

temas de seu tempo. É o papel que o orientador profissional, desempenhar nas

escolas e não apenas mais trabalhar com alunos considerados os problemas da

instituição. A orientação da escola é trabalhar com todos os alunos de tal forma que

estes não sejam considerados alunos-problema.

O novo perfil da orientação é oferecer ao aluno uma formação integral, mais

completa, mais digna, e mais cidadã para que ele se torne um cidadão crítico,

reflexivo e consciente da sua vida, de seus atos e da sua realidade. A orientação

hoje não se restringe na formação de pessoas que simplesmente seguem e imitam

os outros, neste sentido, a orientação dos dias de hoje tem o foco na pessoa

humana como ser único, criativo, com capacidades e limitações, com sonhos e

frustrações, com domínio deste conhecimento do comportamento humano, o

orientador é capaz de direcionar a sua atuação para caminhos mais seguros, firmes

e felizes.

Nesta perspectiva, a Orientação Educacional tem como intuito o

desenvolvimento de um trabalho de acompanhamento e assessoria aos alunos, às

famílias, aos professores, tendo como objetivo nesta práxis a reflexão, o diálogo, a

troca de informações, a escuta e o cuidado, além de abordar os temas transversais.

Como referencial no ato de acompanhamento aos alunos, a Orientação

Educacional trabalha com a perspectiva do desafio e da possibilidade de olhar para

a instituição escolar com esperança e entusiasmo, resgatando a essência doconceito “cuidado” que representa mais que um ato e sim uma atitude de ocupação,

preocupação, de responsabilização e de desenvolvimento afetivo com o outro.

Mas para que esta atividade seja satisfatória, é necessário que o especialista

tenha pleno conhecimento do projeto político da escola para poder, então, avaliar o

desenvolvimento de todos os processos ocorridos neste cenário, só então o

especialista tem condições de avaliar, diagnosticar e sobretudo atuar de forma

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dinâmica e crítica., para o CBO (2002, é fundamental que o especialista da

educação conheça para avaliar.

AVALIAR O DESENVOLVIMENTO DO PROJETO PEDAGÓGICO 

1 Construir sistema de avaliação

2 Construir instrumentos de avaliação

3 Valorizar experiências pedagógicas significativas

4 Detectar eventuais problemas educacionais

5 Propor soluções para problemas educacionais detectados

6 Assegurar-se da consonância da concepção de avaliação com os princípios doprojeto pedagógico

7 Possibilitar a avaliação da escola pela comunidade

8 Avaliar o desempenho das classes

9 Avaliar o processo de ensino e de aprendizagem

10 Verificar o cumprimento das metas

11 Avaliar a instituição escolar

12 Auto-avaliar-se

13 Avaliar o desempenho profissional dos educadores

14 Avaliar a implementação de projetos educacionais

15 Avaliar os planos diretores

16 Participar das avaliações externas

17 Avaliar os processos de maturação cognoscitiva, psicomotora, linguística e

grafoperceptiva da criança

18 Propor ações que favoreçam a maturação da criança

Quadro 1  – Avaliação e desenvolvimento do especialista.

Fonte: CBO - Classificação Brasileira de Ocupações

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Segundo o CBO (2002), faz parte do trabalho do especialista da educação

participar da avaliação e desenvolvimento do projeto político pedagógico, dos

processos didáticos metodológicos, onde poderá oferecer conhecimentos sobre

métodos a ser aplicados para determinada classe ou para ajudar o professor na

implantação de uma nova sistemática de ensino, oferecendo desta forma um suporte

instrumental aos professores que, consequentemente poderá melhorar a sua prática

docente.

 A orientação não está preocupada se o educando está ou não com distúrbio

de aprendizagem, se está ou não com desvios de conduta entre outros

comportamentos atípicos, pois este não é o papel norteador da prática do orientador

educacional.

O papel deste especialista é o da conscientização, de clarificação, de fazer os

alunos repensarem sobre as questões de seu cotidiano, fazer com que eles avaliem

as suas próprias atitudes e condutas, pensarem sobre a produção do seu

conhecimento e do reconhecimento da sua realidade a fim de mudá-la, recriá-la,

modificá-la, enfim, a missão é instigar e motivar os alunos a irem em busca e lutar

pela melhoria constante de suas próprias vidas e do contexto onde vivem. Além

disso, o especialista pode promover:

PROMOVER A FORMAÇÃO CONTÍNUA DOS EDUCADORES:

PROFESSORES E FUNCIONÁRIOS 

1 Formar-se continuamente

2 Atualizar-se continuamente

3 Estudar continuamente4 Pesquisar os avanços do conhecimento científico, artístico, filosófico e tecnológico

5 Pesquisar práticas educativas

6 Aprofundar a reflexão sobre as teorias da aprendizagem

7 Aprofundar a reflexão sobre currículos e metodologias de ensino

8 Aprofundar a reflexão sobre o desenvolvimento de crianças e jovens

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9 Selecionar referencial teórico

10 Selecionar bibliografia

11 Organizar grupos de estudos

12 Promover trocas de experiências

13 Orientar atividades interdisciplinares

14 Realizar cursos, oficinas e orientação técnica na escola e inter escolas

15 Participar de cursos, seminários e congressos

16 Participar de diferentes fóruns: acadêmicos, políticos e culturais

17 Registrar a produção do conhecimento sobre a prática pedagógica

Quadro 2  – Responsabilidades sobre a formação continuada.

Fonte: CBO - Classificação Brasileira de Ocupações

Quando o especialista se preocupa com a formação continuada,

automaticamente ele está preocupado com a sua atuação. Desta forma, ele terá

mais condições de alcançar um trabalho com sucesso, pois terá mais possibilidades

de conhecer vários aspectos que abrangem a relação da aprendizagem com os

alunos e terá mais chances de provocar nos alunos a socialização e auto-confiança;

uma orientação de estudos; a apropriação dos conteúdos escolares; o

desenvolvimento do raciocínio e possibilitar o trabalho com alunos de diferentes

níveis no desempenho acadêmico numa mesma classe. (TEDESCO, 2001).

Vale ressaltar que é importante contextualizar historicamente a escola, assim,

o orientador deve estar preparado para ser um parceiro da instituição ao ajudar a

pensar as questões sobre a formação do sujeito. O orientador deve, ainda, ser um

parceiro do professor. Este trabalho deve ser desenvolvido como parte integrante do

fazer da Orientação Educacional. O trabalho de assessoria é uma etapa de todo um

processo que se deve fazer ao longo da vida escolar do aluno, desde quando entra

na escola até a sua saída.

Dessa forma, é possível que o orientador consiga realizar o seu trabalho com

eficiência, caracterizando o perfil dos alunos, pois muitos são os questionamentos

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9 Fornecer subsídios teóricos

10 Traçar objetivos educacionais

11 Traçar metas educacionais

12 Planejar ações de operacionalização

13 Articular a ação da escola com outras instituições

14 Articular a ação conjunta da escola com as instituições de proteção à criança e ao

adolescente

15 Assessorar as escolas no planejamento e no atendimento à demanda por vagas

16 Administrar a demanda por vagas

17 Participar da elaboração e reelaboração de regimentos escolares

18 Buscar assessoria para viabilizar o projeto pedagógico

19 Assessorar as escolas

20 Estabelecer sintonia entre a modalidade de aprendizagem e a modalidade de

ensino

21 Promover o estabelecimento de relações que favoreçam a significação do docente,

do discente, da instituição escolar e da família

Quadro 3  – Tarefas de coordenação e orientação.

Fonte: CBO - Classificação Brasileira de Ocupações

Dentro da perspectiva do planejamento da orientação Educacional, deve

desenvolver um trabalho para promover o estabelecimento de relações que

favoreçam a significação do docente, do discente, da instituição escolar e da família

e que não se restringe unicamente ao da Orientação, mas que também estabeleça

uma sintonia entre a modalidade de aprendizagem e a modalidade de ensino num

processo de interação e de democracia.

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UNIDADE 5 - AS CARACTERÍSTICAS DO ORIENTADOR

EDUCACIONAL

Muitas são as características que devem ter o orientador no momento atual

da educação. Espera-se que este profissional coloque-se à frente da realidade

vigente nas escolas, bem como suas mudanças, conflitos, novos conceitos,

concepções e acima de tudo, a questão dos desafios e dos projetos (MEDINA,

2004).

Neste sentido, é possível prever que em muitos casos o profissional de

orientação fique confuso e não compreende se o seu fazer pedagógico ainda está

nos moldes de uma educação que é tradicional, se é possível manter ou mudar,

inovar, mudar de paradigmas, entre outros.

O orientador escolar tem que olhar as escolas considerando suas

dificuldades, buscando uma integração das atividades dos demais setores da

escola, pois isto trata-se de uma de suas atuações.

O orientador escolar deve desempenhar um trabalho democraticamente,demonstrar autoridade sem autoritarismo, o orientador escolar deve fazer o seu

trabalho a partir da observação constante, prestar atenção no que ouve e no que

pensa a respeito da sua ação na escola e como isso repercute na comunidade

escolar.

Nessa maneira, na ação orientadora, o orientador não é mais aquele sujeito

que possui um super poder de assessorar, acompanhar, controlar e avaliar todo o

trabalho que os professores realizam nas escolas, mas é aquele que constrói com

os professores o seu trabalho diário. (MEDINA, 2004).

Essa construção se faz a partir do trabalho coletivo, do planejamento em

equipe e a partir das realidades existentes nas escolas. A problemática educacional

vivida por todos no atual momento, assume uma importância fundamental,

constituindo não apenas o ponto de partida, mas o constante referencial para a

reflexão e a ação deste profissional.

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O orientador Educacional faz parte da organização, qualquer que seja a

posição ou o papel que nela tenha a desempenhar. Quer como assessor, integrando

o estado-maior da organização, ou como um elemento de linha, responsável por um

departamento ou setor da entidade, ele integra o corpo diretivo ou administrativo do

sistema ou unidade escolar.

Suas atribuições, responsabilidades e autoridades podem variar de

intensidade, porém, são uma constante da atividade orientadora em qualquer

estrutura organizacional. Daí a necessidade de um assessoramento ao professor e

uma orientação de seu trabalho. (MEDINA, 2004).

Tanto as escolas como os sistemas escolares passaram a contar com um

novo especialista  –  o orientador educacional, o qual, através de um trabalho de

equipe, procura harmonizar a atividade docente e discente, integrando-a num todo

harmônico e conduzindo-a com vistas a alcançar as metas estabelecidas pelos

governantes para o sistema, e, pelas direções, em cada estabelecimento escolar.

O crescimento do número de pessoas envolvidas e a penetração

consequente da orientação no processo educacional e na estrutura das

organizações de ensino trouxeram alguns problemas quanto à posição e o papel quedeve caber aos orientadores nas estruturas organizacionais, pois esta figura era

inexpressiva em nosso sistema educacional até então.

 Ao analisar o papel do orientador e suas características, é natural que se

parte da premissa que uma pessoa chega a algum resultado, ou consegue algo,

através de seu esforço pessoal. (MEDINA, 2004).

Porém, quando um professor é escolhido ou indicado para assumir a função

de orientador num sistema ou numa escola, embora ele continue a trabalhar no

mesmo sistema ou na mesma escola, ele passará a viver num outro mundo, numa

nova situação.

Passará a ver a organização por outro ângulo, com novas responsabilidades,

novos problemas e, em muitos aspectos, com menos liberdade e tempo. Ele passa a

ser responsável não só por seu trabalho, mas também pelos trabalhos dos outros.

(MEDINA, 2004).

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30

Por certo, ele terá que examinar suas atitudes fundamentais em relação ao

trabalho e às pessoas, assim como ao ambiente no qual irá desempenhar suas

funções. Deverá deixar de pensar em termos de “vou fazer este trabalho com minha

própria habilidade e energia”, para chegar à conclusão de que “só conseguirei fazer

este serviço de maneira correta, organizando o trabalho de meus orientandos”. 

 A responsabilidade do orientador consiste em:

  tornar claro a todos os propósitos da tarefa a desempenhar;

  providenciar os recursos materiais necessários;

  estimular os esforços de todos;

  controlar e orientar atividades;

  tornar o serviço o mais eficiente possível.

O orientador tem que estudar suas próprias maneiras de organizar suas

ações e lidar com os conflitos da escola. Para isso certamente, ele deverá conhecer

a si próprio e à organização na qual exerce as suas funções.

Ele terá responsabilidades com superiores e orientandos; construirá equipes e

fará parte de equipes; não poderá agir como indivíduo, mas como parte, como

membro de uma organização.

Por sua posição-chave na organização, o orientador terá de assumir uma

posição de liderança em relação a seus orientandos, fator básico para o

estabelecimento de relações humanas positivas.

No seu trabalho, ele deve ser um intérprete da política administrativa dosistema ou da escola, pois via de regra, é através dele que os diretores e/ou

professores tomam conhecimentos gerais da política de trabalho a ser seguida.

 As tarefas educacionais, face ao dinamismo do mundo de hoje, fazem com

que, cada vez mais, seja maior a necessidade do orientador Escolar. Em razão do

trabalho a realizar e da responsabilidade inerente à função é indispensável uma

formação adequada ao exercício da função orientadora.

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Se cada orientador conseguisse desenvolver e entender como a sua atuação

pode melhorar a vida de todos dentro da instituição, de forma direta e indireta, talvez

muitos dos problemas que a escola enfrenta não estariam tão exacerbados.

Para exemplificar, pode-se citar quais são alguns dos elementos que

dificultam uma educação de qualidade: o fracasso escolar, a evasão de alunos, a

falta de diálogos entre os profissionais, entre outros tantos desafios.

Diante disso, o desafio da organização da escola que é colocado pela LDB,

torna-se necessário um novo papel para o orientador educacional, onde se priorize a

tarefa pedagógica sobre a burocrática, o espírito criativo sobre o legalista e a prática

democrática sobre a autoritária.

É preciso discutir os aspectos complementares como a explicitação de

aspectos da nova LDB relacionados ao papel, estrutura, organização curricular e

funcionamento da escola, para apontar as aberturas e implicações para o novo

papel da orientação educacional da nova escola pública e particular.

Um outro elemento é a falta de adequação de certos papéis históricos da

orientação educacional para tornar realidade as novas possibilidades pedagógicas e

curriculares viabilizadas pelo atual arcabouço legal da educação brasileira; eterceiro, o novo papel da orientação educacional na tarefa de exploração do pleno

potencial de criatividade e de aprimoramento da educação nacional.

E no que se diz respeito à orientação, pode-se dizer que muitos destes

profissionais não estão atuando em sua verdadeira função de orientador

pedagógico, pois muitos deles não têm tempo para exercer aquilo que aprenderam e

vivenciara em sua formação profissional.

Faz-se necessário que a sociedade educacional entenda e perceba a

importância da atuação do orientador pedagógico dentro da instituição, como um

dos colaboradores que podem fazer muita diferença na qualidade do ensino, no

suporte ao professor e principalmente no ensino/aprendizagem dos alunos.

Uma orientação escolar reflexiva assume uma responsabilidade na

coordenação de todos os processos na escola, na sala dos professores, nas

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discussões do dia-a-dia e percepção da prática com maturidade, sensibilidade e

muita firmeza para saber aonde se quer chegar.

É preciso pensar e agir, ter momentos de estudo, pois a orientação também é

um fator importante, e deve estar aberto aos livros, refletir sempre sobre suas ações,

rever seus referenciais e avançar em seu trabalho individual para a construção

coletiva, do burocrático para o participativo e do julgamento para a valorização.

De acordo com Luck (2001), a orientação escolar precisa ser entendida como

um processo de orientação profissional, sobretudo de assistência às pessoas

inseridas no contexto escolar, como professores, alunos e outros funcionários

competentes em educação.

Segundo Luck (2001), a intervenção do orientador pode acontecer quando for

necessária, e onde for necessária, pois esta tem como intuito buscar o

aperfeiçoamento da situação total ensino e da aprendizagem.

Diante dessas dificuldades e de outras que possam surgir dentro do espaço

escolar, a solução ou o auxílio devem vir do orientador escolar. A busca de novas

técnicas ou métodos que auxiliem a aprendizagem do aluno é algo constante na

ação do orientador, dessa forma o uso da sua criatividade é algo que vem auxiliaressa ação.

Portanto, professor e orientador devem caminhar juntos com o intuito de

conhecer todas as possibilidades oferecidas pela tecnologia que os auxiliem a

desenvolver um ensino e uma aprendizagem em que a criatividade e a interação

sejam as principais características.

 A falta de entendimento por parte de muitos profissionais da educação

compromete uma adequada atuação deste profissional frente ao mundo numa nova

ordem mundial, uma vez que vive-se cada vez mais cercados por recursos

tecnológicos, avanços na matriz educativa e tantas outras vantagens que a escola

tem que olhar e dar ênfase.

Não se pode deixar de falar da questão do desvio da função do profissional

em orientação que tem despertado muita preocupação em todo contexto como na

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política pública educacional, na sociedade, nos professores e especialmente nas

instituições escolares onde há muitos problemas por falta de orientadores formados.

É fundamental que o orientador atue dentro da sua área, olhando as crianças

e os adolescentes, para que estes tenham uma formação voltada para a cidadania e

com a consciência do seu papel na sociedade.

 Assim, é preciso compreender a dimensão da orientação numa gestão

emancipadora; analisar quais os fatores que o orientador pode contribuir com a

aprendizagem dos alunos; conhecer as necessidades educativas e alternativas

pedagógicas e refletir sobre a prática docente diante a intervenção do orientador.

Para o educador, a escolha da concepção sustentadora e dos instrumentosde seu trabalho não é uma escolha neutra. É uma escolha de si mesmo, enquanto

educador, enquanto cidadão, enquanto homem.

De fato, optar por uma das diversas correntes e tendências em que se divide

o pensamento pedagógico é escolher uma concepção de homem, uma concepção

de mundo e uma concepção do conhecimento e, por meio dessas escolhas,

compreender a opção por uma teoria do processo ensino-aprendizagem e do

processo educativo em sua inteireza.

Isso implica, no quadro da conflitividade natural da vida democrática ou da

luta pela democracia, que o educador não poderá jamais alimentar a pretensão de

pairar acima dos embates sociais e da luta política, no sentido mais amplo e elevado

do termo.

 Ao trabalhar com crianças e jovens em situação de dificuldade pessoal e

social, cumpre a quem educa fazê-lo numa perspectiva solidária  –  não apenas

pessoal, mas também e fundamentalmente social  –  com o educando. Essa

solidariedade social é simplesmente impensável separada do seu desdobramento

político e, por conseguinte, da sua dimensão histórica.

De fato, como é possível verificar em contextos os mais diversos, no Terceiro

Mundo a dívida social das elites dominantes para com as camadas mais oprimidas

do povo é, acima de tudo, uma dívida histórica. A fome e o analfabetismo, entre

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todos, se mesclam num “bicho de quatrocentos anos” que, cevado pelos elites, vem

pelos séculos afora devorando as entranhas e minando a dignidade do povo.

Essa solidariedade se concretiza e se expressa no momento em que o

educador aceita não apenas o indivíduo, a pessoa que tem diante de si, mas

também a sua circunstância.

É por isso que trabalho de Orientação Educacional consiste

fundamentalmente, portanto, em orientar e acompanhar o aluno em seu processo de

desenvolvimento frente às grandes mudanças ainda encontradas nessa faixa etária,

em questões biológicas, psíquicas e sociais, com a finalidade de levá-lo a um maior

conhecimento de si próprio para que possa ajustar-se harmoniosamente ao seu

meio social, familiar, escolar e assim preparar-se para o exercício consciente de sua

cidadania.

 A orientação deve estar atenta ao desenvolvimento do aluno, visando o

fortalecimento da sua auto-estima e da sua autonomia tanto da criança quanto do

pré-adolescente e do adolescente. Deve atuar como elo entre o aluno, a família e a

Escola.

 Acredita-se que acolher o aluno, pai ou professor em suas necessidades oudificuldades num clima de respeito e privacidade é essencial para uma eficaz

intervenção educativa do orientador.

O atendimento deve efetivar-se através de ações preventivas, no pronto

atendimento, e em acompanhamentos sistematizados do aluno. Os atendimentos

podem ser de ordem pessoal, acadêmica ou disciplinar, realizados individualmente

ou em grupo, quando isso se fizer necessário.

 A Orientação Educacional é entendida como um processo dinâmico, contínuo

e sistemático, estando integrada em todo o currículo escolar sempre encarando o

aluno como um ser global que deve desenvolver-se harmoniosa e equilibradamente

em todos os aspectos: intelectual, físico, social, moral, estético, político, educacional

e vocacional.

Integrada com a Orientação Pedagógica e Docentes, a Orientação

Educacional deverá ser um processo cooperativo devendo:

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  mobilizar a escola, a família e a criança para a investigação coletiva da

realidade na qual todos estão inseridos;

  cooperar com o professor, estando sempre em contato com ele, auxiliando-o

na tarefa de compreender o comportamento das classes e dos alunos em

particular;

  manter os professores informados quanto às atitudes do junto aos alunos,

principalmente quando esta atitude tiver sido solicitada pelo professor;

  esclarecer a família quanto às finalidades e funcionamento da Orientação

Educacional ;

  atrair os pais para a escola a fim de que nela participem como forca viva e

ativa;

  desenvolver trabalhos de integração: pais, escola, professores e filhos;

  pressupor que a educação não é maturação espontânea, mas intervenção

direta ou indireta que possibilita a conquista da disciplina intelectual e moral;

  trabalhar preventivamente em relação a situações e dificuldades,promovendo

condições que favoreçam o desenvolvimento do educando;

  organizar dados referentes aos alunos;- procurar captar a confiança e

cooperação dos educandos, ouvindo-os com paciência e atenção;

  ser firme quando necessário, sem intimidação, criando um clima de

cooperação na escola;

  desenvolver atividades de hábitos de estudo e organização;

  tratar de assuntos atuais e de interesse dos alunos fazendo integração junto

às diversas disciplinas;

É preciso também que o orientador realize:

  treinamento de professores em observação e registro do comportamento do

aluno;

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  orientação e pesquisa sobre as causas do desajustamento e aproveitamento

deficiente do aluno;

  assessorar os professores no planejamento de experiências diversificadas

que permitam ao aluno descobrir através da auto-avaliação e da execução de

atividades, suas dificuldades e facilidades;

  descobrir o seu modo e ritmo de trabalho;

  descobrir sua forma de relacionar-se com os colegas e profissionais da

escola;

  fazer escolhas;

  treinar a auto-avaliação;

  recursos teóricos para interpretar os dados obtidos nas observações;

desenvolvimento de acordo com a faixa etária;

  pesquisa sobre as causas de desajustamento e aproveitamento deficiente do

aluno;

Oferecer subsídios aos professores quanto a:

  coleta e registro de dados de alunos através de observações, questionários,

entrevistas, reuniões de alunos, reuniões com pais.

  desenvolver um trabalho de prevenção:

  estudo sobre o rendimento dos alunos e tarefas educativas conjuntas que

levem ao alcance dos objetivos comuns;

  sugerir a direção da realização de estudos por profissionais especializados a

pais, alunos e professores;

  avaliação dos resultados do processo ensino-aprendizagem, adequando-os

aos objetivos.educacionais, assessorando e decidindo junto com o professor

e Conselho de Classe os.casos de aprovação e reprovação do aluno;

  assessorar o professor no acompanhamento e compreensão de sua turma;

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  Integrar-se às diversas disciplinas visando o desenvolvimento de um trabalho

comum e a formulação das habilidades didático-pedagógicas a serem

desenvolvidas com os alunos;

  garantir a continuidade do trabalho;

  avaliar e encaminhar as relações entre os alunos e a escola;

  assessorar o professor na classificação de problemas relacionados com os

alunos,colegas etc;

  desenvolver uma ação integrada com a coordenação pedagógica e os

professores visando a melhoria do rendimento escolar,por meio da aquisição

de bons hábitos de estudo. divulgação do perfil das classes;

  organização de arquivos e fichas cumulativas;

  planejar estratégias comuns entre os professores,coordenação e orientação;

  análise junto a coordenação dos planejamentos das diversas disciplinas;

  realização de atendimentos individuais e/ou grupo nas reuniões de curso para

receber ou fornecer informações necessárias dos alunos;

  realização de atendimentos individuais na orientação educacional para

fornecer ou receber informações necessárias dos alunos;

  análise e avaliação dos resultados quantitativos e qualitativos dos alunos,das

classes junto à coordenação para posterior encaminhamentos;

  participação nas reuniões de curso;

  participação nas reuniões;  participação na preparação e realização dos Conselhos de classe;

  participação nos eventos da escola;

  organização e participação junto à coordenação das atividades extra-

curriculares.

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Junto às famílias dos alunos, o trabalho de orientação deve:

  oferecer entrevista com os pais para troca de dados e informações acerca do

aluno;

  propiciar aos pais o conhecimento de características do processo de

desenvolvimento;psicológico da criança, bem como de suas necessidades e

condicionamentos sociais;

  refletir com os pais o desempenho dos seus filhos na escola e fornecer as

observações sobre a integração social do aluno na escola, verificando

variáveis externas que estejam interferindo no comportamento do aluno, paraestudar diretrizes comuns a serem adotadas;

  a orientação familiar se fará através de reuniões individuais com os pais, em

pequenos grupos e nas reuniões bimestrais programadas constantes do

Calendário Escolar.

  Oferecer às famílias subsídios que as orientem e as façam compreender os

princípios subjacentes à tarefa de educar os filhos, para maior auto realização

dos mesmos;

  Garantir o nível de informações a respeito da vida escolar dos alunos;

  Interpretar e encaminhar dúvidas, questionamentos.

  Entrevistas solicitadas pelas famílias;

  Entrevistas solicitadas pela escola;

  Palestras;

  Reuniões.

 A orientação educacional junto aos alunos deve:

  Viabilizar atendimentos individuais, sempre que for necessário para análise e

reflexão dos problemas encontrados em situações de classe, recreios,

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desempenho escolar, pontualidade, cuidado com material de uso comum,

relacionamento com os colegas de classes e outros alunos da escola,

respeito aos professores e funcionários;

  Promover atendimentos grupais sempre que for necessário para reflexão de

problemas ocorridos em situações de grupo.

  Sempre esclarecer quanto a regras no que diz respeito ao cumprimento das

normas da escola;

  Deve instrumentalizar o aluno para a organização eficiente do trabalho

escolar, tornando a aprendizagem mais eficaz;

  Tentar identificar e assistir alunos que apresentam dificuldades de

ajustamento à escola, problemas de rendimento escolar e/ou outras -

dificuldades escolares;

  acompanhar a vida escolar do aluno;

  assistir o aluno na análise de seu desempenho escolar e no desenvolvimento

de atitudes responsáveis em relação ao estudo;

  promover diversas atividades que levem o aluno a analisar,discutir,vivenciar e

desenvolver atitudes fundamentados na filosofia cristã de valores;

  desenvolver atividades que levem o aluno a desenvolver a compreensão dos

direitos e deveres da pessoa humana,do cidadão,do Estado,da família e dos

demais grupos que compõem a comunidade e a cultura em que vive o aluno;

  procurar despertar no aluno o respeito pelas diferenças individuais,o

sentimento de responsabilidade e confiança nos meios pacíficos para oencaminhamento e solução dos problemas humanos;

  promover diversificadas atividades que levem o aluno a desenvolver a

compreensão dos valores,das implicações e das responsabilidades em

relação à dimensão afetiva e sexual do indivíduo de acordo com a filosofia da

escola e os valores da família;

  identificar na escola, eventos esportivos, culturais e de lazer que possam ser

utilizados pelos alunos;

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  desenvolver atitudes de valorização do trabalho como meio de realização

pessoal e fator de desenvolvimento social;

  Levar o aluno a identificar suas potencialidades, características básicas de

personalidade e limitações preparando-o para futuras escolhas;

  Preparar o aluno para a escolha de representantes de classe e/ou

comissões;.

  Preparar e acompanhar os representantes de classe para o exercício de suas

funções;

  Promover atividades que desenvolvam aspectos relativos a dificuldades e /ou

necessidades inerentes à faixa etária;

  Desenvolver o relacionamento interpessoal e hábitos de trabalho em grupo.

  Realização de sessões de orientação com cada série, previamente

agendadas em calendário, que vão ao encontro dos objetivos propostos e às

necessidades e interesses da faixa etária a ser trabalhada;

  Realização de reuniões com representantes de classe e/ou comissões;

  Participação dos eventos da escola como atividades extra-classe, jogos, festa

 junina, encontros, viagens entre outros;

  Realização de atendimentos individuais e/ou pequenos grupos.

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UNIDADE 7 - CRIANDO ESPAÇOS PARA EDUCAR

 A orientação educacional  exerce um papel político, histórico, social,

pedagógico e de gestão na instituição escolar. Assim, é necessário ressaltar; sem

desconsiderar toda a equipe, mas o orientador escolar deve ser um gestor inovador,

ousado, criativo e sobretudo um profissional de educação comprometido com o seu

grupo de trabalho em prol de uma educação de qualidade e significativa.

O orientador é aquele que precisa ouvir, saber escutar o outro, quando o

grupo fala e argumenta a partir de fatos teóricos para garantir a continuidade da

proposta, este profissional precisa ter a sabedoria de saber recuar quando sente que

o grupo ainda necessita de mais tempo, necessita de mais atenção. O orientador

precisa necessariamente ter em sua formação o pressuposto de que ouvir é

sobretudo uma ferramenta democrática para entender os fenômenos que cercam o

espaço escolar.

Se, na verdade, o sonho que nos anima é democrático e solidário, não é

falando aos outros, de cima pra baixo, sobretudo, como se fôssemos os

portadores da verdade a ser transmitida aos demais,que aprendemos a

escutar, mas é escutando que aprendemos a falar com eles (Freire,1998,

p. 127).

É preciso muitos procedimentos para viabilizar a construção de uma prática

de escuta na escola para a atuação do orientador.

 Assim, é preciso construir uma proposta pedagógica que represente todos os

segmentos como pais, alunos, professores e funcionários. Este processo pode

acontecer através de reuniões com a Comunidade Escolar, encontros realizados que

falem sobre a sobre filosofia da escola, apresentação de seminário com todos da

escola para a leitura, discussão e aprovação das propostas apresentadas.

O Serviço de orientação  Escolar só funciona onde há a participação e o

compromisso de todos, para isso é preciso de:

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  Formação do grupo para a elaboração das regras;

  Divulgação do projeto político-pedagógico e da nova filosofia da escola para

todos os segmentos da comunidade escolar;

  Reorganização da escola para implementar a proposta político-pedagógica;

  Trabalho para aprovação e divulgação das regras da escola com todos os

segmentos;

  Discussões para as mudanças do sistema de avaliação, etc.

Percebe-se que na orientação há uma responsabilidade enorme nacoordenação de processos na escola, muitas vezes quando se pensava que tudo

estava bem, entrava-se na sala dos professores, nas discussões do dia-a-dia e se

percebia que o discurso, havia mudado, mas a prática não, e aí, tem-se que ter

maturidade, sensibilidade e muita firmeza para saber onde precisa chegar, quais são

as metas e objetivos que o orientador quer chegar.

Neste sentido, pode-se notar que através de reuniões frequentes e o

processo de escuta e de história de vida dos professores, o orientador consegue

ter uma visão mais ampliada sobre o contexto onde está inserido, e

consequentemente, saber atuar.

Os registros em avaliação são dados de uma história vivida por educadorescom os educandos. Ao acompanhar vários alunos, em diferentes momentosde aprendizagem, é preciso registrar o que se observa de significativo comoum recurso de memória diante da diversidade e um “exercício   de prestar

atenção ao processo (HOFFMANN, 2001, p. 175).

 A sala de  orientação  é um espaço físico que tem um fator importante, a

porta deve estar aberta, a mesa deve ser redonda, os livros colocados à disposição

de todos e o orientador refletindo sempre sobre suas ações, revendo seus

referenciais e avançando do trabalho individual para a construção coletiva, do

burocrático para o participativo e do julgamento para a valorização.

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 As reuniões pedagógicas semanais com os professores não podem ser

apenas de avisos e organizações de eventos, é preciso ter coordenação da

orientadora e planejamento. A partir de então, as reuniões devem ser construídas

com o grupo, ou seja em equipe. Um grupo democrático deve ser falante,

contestador, questionador e com um trabalho competente, coletivo, um grupo de

Profissionais de Educação.

  Retomada do Projeto político-Pedagógico da Escola, construído ao longo dos

anos;

  Realização de Reuniões Pedagógicas de Estudo e Planejamento com os

professores;

  Organização e Planejamento dos Planos de Estudos e Reformulações de

acordo com o Projeto Político-Pedagógico;

  Articulação com diversos Projetos Pedagógicos;

  Estudo, redação e organização do material para construção do Regimento

escolar, juntamente com o Conselho Escolar e Comissão do Regimento.

O serviço de orientação deve coordenar o processo de avaliação dos alunos,

lançar mão de Relatório Avaliativo em relação às notas, preparar vários momentos

de estudo e de práticas em relação aos registros realizados pelos educadores.

 As mudanças pelas quais o mundo passa na atualidade, frente a realidades

desafiadoras e complexas como a questão de responder aos desafios de uma

sociedade globalizada, centrada na informação e nas tecnologias, requer da escola

o repensar de suas ações de maneira que as práticas pedagógicas estejam em

contínua e permanente reconstrução. (COSTA, 1999).

O orientador escolar e os demais participantes desse processo pedagógico

precisam esforçar-se para acompanhar as novas características dessa sociedade

que se apresenta de forma complexa, dinâmica e desafiadora.

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Tratando especificamente do trabalho do orientador escolar, constata-se que

neste início de século o foco do trabalho desse profissional da educação vem se

modificando por conta desse cenário.

Nesse sentido e ao contrário do que acontecia no passado, fica afastado

qualquer indício de que o trabalho do orientador deva estar centrado no controle

puro e simples do trabalho do professor.

É o trabalho do professor que dá sentido ao trabalho do orientador nointerior da escola. O trabalho do professor abre o espaço e indica o objetoda ação/reflexão, ou de reflexão/ação para o desenvolvimento da açãoorientadora (MEDINA, 2004, p. 32).

Dessa forma, pode-se constatar que a ação do orientador escolar está longe

de uma função mecanizada e baseada em uma rotina burocrática, como acontecia

há décadas atrás, uma vez que, na atualidade, torna-se necessário e espera-se que

o mesmo desenvolva ações baseadas na reflexão sobre o processo pedagógico,

onde o professor torna-se o principal instrumento dessa reflexão, e não mais um

agente a ser controlado no interior das escolas.

 Assim, é preciso elencar alguns pontos que pode-se considerar de relevância

e que estão relacionados a esse novo perfil esperado e relacionado ao trabalho do

orientador escolar.

Conviver com a diversidade é um dos desafios pelo qual passa a escola

moderna e, ao orientador escolar, cabe trabalhar essa realidade com os professores

no sentido de explicitar as contradições e os conflitos consequentes dessa

diversidade. A leitura que se deve ter da escola hoje, é de uma escola singular, porém

inserida numa pluralidade e, ao orientador, compete fazer com que o professor reflita

sobre esse fato e aja de maneira tal, que suas ações locais se reflitam globalmente.

Também é importante ressaltar que o orientador escolar deva se colocar na

função de problematizador frente ao ofício do professor a fim de fazer com que este

reflita constantemente sobre sua ação na e para a educação.

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 Ainda cabe ao orientador  escolar ter clareza e levar os professores a

refletirem sobre o fato de que o conhecimento é um dado relativo, ou seja, que os

procedimentos utilizados pelos professores não devem mais se apresentar de forma

linearizadas, uma vez que a produção deles se dá em um movimento de ensinar e

aprender.

 Além disso, também é necessário que o orientador tenha uma atitude clara

diante do processo ensino-aprendizagem, diante da função social da escola e de

todos os outros aspectos que envolvem o fazer na e pela educação.

Neste sentido, é na proposta pedagógica da escola que o orientador deve

ver uma possibilidade de reconstrução da mesma, propondo momentos de reflexão,confrontando a ação, principalmente dos docentes, com o que se apresenta na

proposta e desta com a realidade social da escola.

Há que se trabalhar “visando não mais um tipo ideal de homem, mas trabalhar

tendo em vista o sentido da vida humana”. (Medina, 2004 p.27) 

Educar, portanto, é criar espaços para que o educando, situado

organicamente no mundo, empreenda, ele próprio, a construção de seu ser em

termos individuais e sociais. Entende-se ser necessário melhorar os termos

fundamentais dessa definição, a fim de não dar margem a dúvidas acerca do seu

conteúdo e do seu sentido

  Educar é criar espaços :  essa afirmação remete à visão do

educador/orientador como um criador de condições para que a educação

aconteça. Criar espaços, nesse sentido, não é apenas a atuação do educador

na escola e estruturação do lugar onde o processo educativo vai se

desenvolver. Criar espaços é criar acontecimentos, é articular espaço, tempo,

coisa e pessoas para produzir momentos que possibilitem ao educando ir,

cada vez mais, assumindo-se como sujeito, ou seja, como fonte de iniciativa,

responsabilidade e compromisso.

  Si tuado organicamente no mund o : pretende-se dizer que o educando não

deve ser enquadrado, encaixado no encadeamento do processo social como

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um dente na engrenagem, um elo a mais na concatenação dos

acontecimentos. Ao contrário, deve-se possibilitar que ele se contextualize,

que ele compreenda, que ele adquira um nível de distanciamento crítico em

relação às determinações de sua circunstância (pessoal e social);

  Empreend er, ele próp rio , a con str ução de seu ser : esse é o momento da

afirmação da subjetividade do educando. É aqui que ele troca a condição de

ator de um roteiro determinado por circunstâncias e vontades alheias à sua

vontade pela condição de autor, em medida progressiva, do seu próprio

destino. É por isso que, em nossa visão do processo educativo, o papel do

educando é educar-se e do educador/orientador, ajudá-lo nessa tarefa

Quando o educador/orientador auxilia o educando a buscar um

distanciamento crítico, está permitindo e auxiliando-o a perceber as determinações

sociais de sua situação, possibilitando ao educando trabalhar melhor os seus

sentimentos e a sua percepção do mundo, a compreender o sentido de classe que

perpassa sua individualidade e as reações que ela provoca nos diversos fatores

sociais.

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UNIDADE 8 - O ORIENTADOR E O PLANEJAMENTO

Faz-se necessário que o orientador escolar entenda e consiga planejar, pois

entende-se que o planejamento não diz respeito a decisões futuras, mas às

implicações futuras de decisões presentes.

Qualquer atividade humana realizada sem qualquer tipo de preparo, é uma

atividade aleatória que conduz, em geral, o indivíduo e as organizações a destinos

não esperados, altamente emocionantes e via de regra a situações piores que

aquelas anteriormente existentes.

 A qualidade é fruto de um esforço direcionado de um indivíduo ou grupo para

fazer algo acontecer conforme o que foi anteriormente desejado e estabelecido,

portanto a qualidade somente poderá ser alcançada através de um trabalho

planejado.

Portanto, deve-se considerar que o planejamento é condição básica para o

sucesso de qualquer trabalho que procure a melhoria da qualidade. Esse

planejamento deverá ser feito nas diversas etapas da cadeia de fornecimento de umproduto ou serviço, isto é, desde a pesquisa de mercado, o projeto, o fornecedor até

a loja que fornece este item ao consumidor ou cliente.

Deste modo, fica claro que a qualidade somente será conseguida se ela for

planejada e que este planejamento ocorra de forma organizada, isto é, dentro de

uma sequência de eventos pré-determinada. Vale a pena recordar um ditado chinês

que afirma que "se você não souber onde pretende chegar, qualquer caminho

serve." Isto significa: se uma empresa ou escola quer alcançar a qualidadecompetitiva, isto não se dará por acaso, mas será o resultado de um esforço de

todos aqueles que trabalham na organização, desde o presidente até o mais simples

funcionário. 

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UNIDADE 9 - PASSOS PARA O PLANEJAMENTO DO

ORIENTADOR

Sabe-se que o planejamento na prática do orientador escolar é de suma

importância, por isso, há alguns passos importantes a seguir, (PADILHA, 2001).

  Planejamento: é processo de busca de equilíbrio entre meios e fins, entre

recursos e objetivos, visando ao melhor funcionamento de empresas,

instituições, setores de trabalho, organizações grupais e outras atividades

humanas.

  Planejar é:  um processo de reflexão, de tomada de decisão sobre a ação;

processo de previsão de necessidades e racionalização de emprego de meios

e recursos disponíveis, visando à concretização de objetivos, em prazos

determinados e etapas definidas, a partir dos resultados das avaliações;

  Planejar é um processo que:  visa a dar respostas a um problema,

estabelecendo fins e meios que apontem para sua superação, de modo a

atingir objetivos antes previstos, pensando e prevendo necessariamente o

futuro;

  Considerar as condições do presente: como as experiências do passado,

os aspectos contextuais e os pressupostos filosófico, cultural, econômico e

político de quem planeja e com quem se planeja.

  Planejar é uma atividade que: está dentro da educação, visto que esta tem

como características básicas: evitar a improvisação, prever o futuro,

estabelecer caminhos que possam nortear mais apropriadamente a execução

da ação educativa, prever o acompanhamento e a avaliação da própria ação.

Planejar e avaliar andam de mãos dadas.

  Planejamento Educacional é:  processo contínuo que se preocupa com o

'para onde ir' e 'quais as maneiras adequadas para chegar lá, tendo em vista

a situação presente e possibilidades futuras, para que o desenvolvimento da

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educação atenda tanto as necessidades da sociedade, quanto as do

indivíduo.

  Planejamento do orientador Escolar: é o planejamento que vê o global da

escola, envolvendo o processo de reflexão, de decisões sobre a organização,

o funcionamento e a proposta pedagógica da instituição. É um processo de

racionalização, organização e coordenação da ação docente, articulando a

atividade escolar e a problemática do contexto social.

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UNIDADE 10 - O ORIENTADOR ESCOLAR: AGENTE DE

MUDANÇAS

O orientador escolar é um agente de mudanças dentro da escola, ele precisa

ser mais do que um simples especialista e técnico, ele pode e deve ser um

profissional comprometido e atuar juntamente aos professores, com o intuito de ir

em busca de da qualidade de ensino, estimular o trabalho em equipe e ser um

gestor democrático.

Porém, muitas dessas habilidades e competências em trabalhar com grupos

pode se tornar uma tarefa difícil, mas trata-se de uma ferramenta fundamental e

imprescindível para que todos os profissionais trabalhem dentro de uma postura

democrática também.

Diante dessas premissas, pode-se perceber o quanto é relevante o estudo

desta temática para a educação, uma vez que esta não vem sendo contemplada nos

discursos das Políticas Públicas Educacionais, pois em muitas instituições há falta

de profissionais em várias áreas, isto faz com que o orientador escolar desvie de suafunção.

Diante de tantos desafios que a escola vem enfrentando, esta acaba por

assumir muitas tarefas que até algum tempo atrás não eram tão frequentes. Neste

sentido, com o intuito de contribuir para o desenvolvimento de trabalhos dentro da

escola, o orientador procura desenvolver um trabalho utilizando os seus

conhecimentos e as concepções para o desenvolvimento de outras atividades,

menos a de orientador escolar. (FREIRE, 1992).

Diante de tal situação, o orientador escolar, em muitos casos, deixa de

desenvolver a sua verdadeira proposta de trabalho dentro da instituição deixando de

colaborar com uma gestão descentralizada e em grupo, já que esta proposta

possibilita analisar a relação que os participantes têm com o trabalho e com as

pessoas nele envolvidas. (COSTA, 1999).

O trabalho do orientador com equipes é uma proposta que se desenvolve a

partir de um contexto social dos próprios participantes professores, que trazem para

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dentro das equipes em sua organização elementos do próprio contexto como: as

suas dificuldades dentro da sala de aula, troca de experiências, troca de ideias e

sobretudo a troca de conhecimentos .

É preciso que o orientador busque em sua escola estimular a criatividade e

espontaneidade dos profissionais participantes, buscando observar o

desenvolvimento de cada um, mas para isso, o orientador precisa, necessariamente

atuar dentro de suas especificidades.

O objetivo principal do trabalho do orientador consiste em buscar a melhoria

do rendimento da aprendizagem na escola, a partir da ação do orientador escolar

numa proposta de trabalho coletivo com os professores.

Mas para alcançar este objetivo, é preciso atuar visando melhorar:

  a relação entre professor e aluno;

  desestimular a rotulação de alunos que não apresentassem rendimento

satisfatório;

  promover o planejamento pedagógico em grupo;

  valorizar a relação professor- orientador;

  ter uma postura reflexiva;

  a valorização da gestão democrática;

  a valorização da ação docente.

É necessário que o orientador escolar busque uma proposta da pedagógica

na escola procurando valorizar a postura de uma ação democrática, dando à equipe

a oportunidade de crescimento, criatividade e liberdade de expressão, discutindo os

assuntos que emergiam do próprio grupo de professores a partir da necessidade e

interesse destes, almejando assim um real envolvimento de todos em busca da

melhoria da qualidade de ensino.

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Sendo assim as estratégias pedagógicas implementadas devem ser

construídas no decorrer do estudo num processo de auto-gestão, na qual cabia ao

orientador a tarefa de coordenador do grupo.

Faz-se necessário que o orientador escolar procure explorar o cotidiano da

sua prática junto aos professores da escola durante todo o ano. Sendo assim, as

estratégias pedagógicas implementadas devem ser construídas no decorrer do

processo de auto-gestão, na qual cabe ao orientador a tarefa de coordenador e de

gestor reflexivo e que busque o seu espaço para uma verdadeira atuação.

É preciso que o orientador escolar procure criar situações de discussão para

que o professor possa rever a sua própria prática e o seu papel no contexto escolar,

analisando o que fazer para melhorá-lo.

O acompanhamento pedagógico dos professores pelo orientador deve ser

feito através de contato informal com cada um, contato com os alunos e reuniões de

planejamento que podem ser semanal, mensal ou de outra forma que melhor se

enquadra à realidade da equipe de trabalho.

Deste modo, diferentes assuntos podem ser abordados e discutidos durante

as reuniões ou em contatos na prática diária. Diante dessas ideias supracitadaspodem-se ver a importância de um estudo sistematizado sobre a atuação docente e

como a ausência de seu trabalho pode prejudicar o sucesso escolar.

 Antes que a escola seja capaz de tornar-se uma organização de qualidade, é

preciso que se tenha consciência do que na verdade, seja qualidade em educação,

bem como os seus significados e a importância existente diante a sociedade e as

pessoas que a compõem. (FREIRE, 1992).

É preciso diante disso, perceber a importância da atuação do orientador

escolar para poder então colaborar com a qualidade de ensino na escola.

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UNIDADE 11 - PROFISSIONAIS ABERTOS PARA A

EDUCAÇÃO DO FUTURO

O trabalho do orientador não se fecha no momento em que acontece; ao

contrário, ele se desdobra numa linha de tempo. Não foi por outra razão que o

educador italiano Lucio Lombardo Radice afirmou que “a educação de hoje deve ser

pensada no futuro”. Como o gesto de quem semeia, o “o que fazer” do educador

encontra, no plano da temporalidade, uma de suas dimensões essenciais. (COSTA,

1999).

O educando, dessa perspectiva, emerge diante do orientador como um feixe

de possibilidades abertas para o futuro. E se, como percebe, a relação orientador

/educando não se dá apenas pela mediação da palavra e que, nela, uma dimensão

fundamental é a mediação dos acontecimentos, a criação de acontecimentos

assume para o orientador, junto com a pronúncia e denúncia do mundo pela palavra,

o duplo instrumento através do qual o caráter teleológico do ato de educar se

concretiza e se expressa (FREIRE, 1992).

Nesse contexto, a categoria existencial projeto de vida se coloca como a

 janela que, um vez descerrada, possibilita ao educando romper com o imediatismo,

esse insaciável devorador de horizontes, e abrir-se para o futuro.

“Uma criança é um feixe de potencialidades abertas para o futuro que o meio

pode inibir ou fazer desabrochar. Aquilo que ela pode ser não é só determinado pelo

seu passado, como inferiu a psicanálise, mas também pelas novas estimulações

que, agora e amanhã, sobre ela possam atuar.

É preciso conhecer a criança que nasceu e evoluiu numa determinada

sociedade e lhe prepara, em consequência, um meio educativo que responde àquilo

que considera serem as possibilidades da criança média e que supõe agir

cientificamente. Não se pode catalogar e repartir os educandos de acordo com os

respectivos quocientes intelectuais e outros dados numéricos, que apenas possuem

um valor relativo: que apenas dizem que, em certo momento, em determinadas

condições, uma certa criança se comportou de certo modo. (COSTA, 1999).

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Contrariamente a esta corrente, é preciso defender a corrente que vê a

criança como um conjunto de potencialidades latentes, cujos limites de

desenvolvimento e expansão se desconhece ainda e para a qual deve-se, como

educadores, criar um meio rico, aberta a todo gênero de estímulo, sem ideias

preconcebidas e limitadoras e sem comportar apenas atividades cuidadosamente

programadas que podem desenvolver habilidades particulares e permitir a aquisição

de conhecimentos específicos, mas inibir para sempre outras e impedir o eclodir de

formas de pensar e de sentir originais, decorrentes de sínteses novas entre o ser e o

mundo (...). O que um adulto é constitui apenas uma das múltiplas possibilidade de

ser que nasceram com, ele” (Medeiros, 1979). 

 A tarefa de educadores de crianças e jovens é, pois, lutar para que os

educandos possam ver realizarem-se na idade adulta as melhores promessas da

primeira infância, superando os descaminhos da adolescência, frutos, a um tempo,

das circunstâncias sociais e da peripécia existencial de cada um. (COSTA, 1999).

Para fechar essa reflexão, valem as palavras de Sartre (1972): “O importante

não é o que os outros fizeram de nós, mas o que nós próprios faremos com aquilo

que fizeram de nós”

Sendo assim, este pensamento de Sartre leva todo o educador, não apenas o

orientador escolar a repensar: “Que tipo de homem estamos formando?” 

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UNIDADE 12 - O ORIENTADOR: GESTOR, LÍDER,

DIRIGENTE, ORGANIZADOR E CRIADOR

 A expressão “o que fazer”, tão insistentemente empregada por Paulo Freire

(1992), referindo-se ao trabalho do educador, expressa a união indissolúvel de ação

e reflexão, implicando, por isso mesmo, um fazer desalienado, um fazer resultante

de uma opção, nascida do pensamento crítico e voltada para a ação transformadora.

Com base nesse pressuposto, é preciso delinear alguns pontos que são

fundamentais no “o que fazer” do educador/orientador, que dirige seu trabalho a

crianças e jovens.

O educador deve ser um dirigente. Abrir mão de uma postura diretiva no

encaminhamento do processo é, a nosso ver, abrir mão do próprio papel de

educador. É demitir-se da responsabilidade última pelo curso dos acontecimentos.

Ser um dirigente, contudo, não significa, como querem alguns, autoritarismo e

arbítrio. Agir como dirigente implica que o educador detenha ou, pelo menos, esteja

empenhado em construir uma inteligência mais elevada do processo educativo. Paraisso, faz-se necessário captar o sentido geral de seu movimento e, se possível

deduzir-lhe as leis para, com base nelas, direcioná-lo. (COSTA, 1999).

O educador deve ser um organizador. Que uso deve fazer o educador da

inteligência mais elevada que ele detém do processo educativo? Esse conhecimento

deve ser usado na sua organização, no seu progressivo aperfeiçoamento e, se

necessário, na mudança de seus rumos e de seus pressupostos.

VIABILIZAR O TRABALHO COLETIVO 

1 Criar mecanismos de participação

2 Criar espaços de participação

3 Organizar os espaços e os mecanismos de participação

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4 Estruturar os tempos pedagógicos

5 Estimular a participação dos diferentes sujeitos

6 Equalizar informações

7 Contribuir para que as decisões expressem o coletivo

8 Estimular a transparência na condução dos trabalhos

9 Organizar reuniões com equipe de trabalho

10 Valorizar a participação das famílias e dos alunos no projeto pedagógico

11 Estimular a participação nas instituições associativas

12 Criar e recriar normas de convivência e procedimentos de trabalho coletivo

13 Planejar reuniões com equipes de trabalho

14 Formar equipes de trabalho

15 Promover estudos de caso

Quadro 3  – Viabilização do Psicopedagogo para o trabalho coletivo.

Fonte: CBO - Classificação Brasileira de Ocupações

É função deste profissional, viabilizar o trabalho docente, oferecer um suporte

emocional para professores em relação à sua capacidade para aplicação de um

método novo ou que estão com alunos com problemas de aprendizagem.

Na medida em que o psicopedagogo dá ouvido, atenciosamente, às

dificuldades dos professores, às suas experiências, ele consegue melhorar o

trabalho docente, esclarece as dúvidas, favorecendo melhores condições dotrabalho do professor na busca de solução para os problemas de aprendizagem.

(SILVA, 2008).

O orientador tem muitas condições de dar suporte aos professores,

oferecendo sugestões de atividades para a sala de aula; apresentando recursos

didáticos, estratégias e recursos materiais para uma atuação docente mais eficaz e

satisfatória. (SILVA, 2008).

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Qual deve ser o papel do educando nesse processo? Sendo democrático o

encaminhamento da ação educativa, nela o educando será sempre o interlocutor

ativo e crítico do educador. Não deve nunca o educador esquecer-se de que o seu

compromisso fundamental é com o ponto de vista e os interesses sociais concretos

do educando. Sem ouvi-lo de forma aberta e democrática, como assegurar que isso

venha a ocorrer? As suposições baseadas nos “bons sentimentos” e nas “boas  

intenções” dos educadores - experiência está ai para provar – são um caminho que

raramente dá certo, quando se trata de crianças e jovens.

O educador deve ser um criador de acontecimentos. A organização da ação

educativa passa por dois momentos básicos: o normativo e o processual. O

momento normativo refere-se ao regime de funcionamento das atividades. Já o

momento processual diz respeito à dinâmica de surgimento e desenvolvimento das

atividades, ou seja, à atuação do educador na criação de acontecimentos.

É pelos acontecimentos que se mostra capaz de produzir que o educador

imprime o caráter, define a identidade e a especificidade do processo por ele

orientado. A legitimidade e a credibilidade do educador perante os educandos,

bases da sua necessária autoridade, não crescem, como já visto antes, do discurso

das palavras, e sim do curso dos acontecimentos que ele for capaz de engendrar.

E sem legitimidade, credibilidade e autoridade dificilmente o diálogo

educador/educando resultará em influência construtiva do educador sobre o

educando e vice-versa.

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UNIDADE 13 - ORIENTADOR: POSTURA CRÍTICA E

REFLEXIVA

Frequentemente, muitos educadores procuram caracterizar os adolescentes

autores de infração, assim como outros grupos em situação de dificuldade pessoal e

social, por aquilo que os diferencia das demais crianças e jovens. Por isso, em geral

se ressaltam nesse tipo de educando a instabilidade emocional, as limitações

cognitivas, a dificuldade em estabelecer relacionamentos significativos, a baixa

tolerância, as frustrações, o imediatismo e a dificuldade em canalizar agressividade

em termos construtivos, o temor de confrontar-se com a própria realidade pessoal e

social, a rejeição das tarefas de organização e planejamento de vida, baixos níveis

de auto-estima, autoconfiança e autoconceito, a desconfiança nos adultos, a

aceitação das leis do mais forte e do mais esperto, a crença exacerbada no destino

e na sorte de cada uma, assim como uma visão muito fatalista da vida. (COSTA,

1999).

Essas características resultam da vivência e da observação de pessoas que

atuam nessa área. Dificilmente se poderia negar que elas são encontráveis, em

larga medida, entre os educandos. Contudo, acredita-se que isso não é o principal.

O mais importante não é saber o que o educando não é, o que o educando não tem,

o que o educando não sabe e do que o educando não é capaz. (SCHÖN, 2000).

O importante como já afirmado antes, é conhecer o educando, procurando

saber o que ele é, o que ele traz, o que ele sabe e do que ele é capaz. É com base

nas suas capacidades manifestas e potenciais que pode-se ajudar o educando a

superar as suas dificuldades. É com base, pois, no lado positivo da criança e do

 jovem que o educador/orientador deve estruturar o trabalho a ele dirigido. (SCHÖN,

2000).

Freire (1992) afirma que é preciso ver o educando não como um objeto, um

paciente de ação educativa, mas, junto com o educador e por ele ajudado, vê-lo

como o sujeito e agente do processo. Costuma-se afirmar que o papel do educando

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é educar-se e o papel do educador é criar espaços, organizar meios e produzir

acontecimentos que façam a educação acontecer.

Em cada situação de aprendizagem, em cada oportunidade educativa, o

papel do educando é o de ser fonte de iniciativa, a fonte da liberdade e a fonte do

compromisso consigo mesmo e com a comunidade da qual é parte. É assim que o

educando se torna um parceiro e um interlocutor ativo e crítico do educador.

(FREIRE, 1992). 

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UNIDADE 14 - O ORIENTADOR E AS NOVAS

TECNOLOGIAS

O orientador Educacional tem a grande responsabilidade de orientar e

acompanhar o desenvolvimento do ensino, desde o planejamento até a avaliação,

para que os objetivos estabelecidos pelo sistema sejam de fato alcançados, bem

como integrar as novas tecnologias, que por sua vez incluem não apenas o

computador com seus programas e a Internet, mas também a televisão, o rádio, o

vídeo e, modernamente, o DVD, não podem ser vistas como vilões prejudiciais ou

substitutos dos professores.

O papel do professor é insubstituível, pois diante de tantas modificações e

informações é preciso que haja alguém que auxilie o aluno a analisar criticamente

tudo isso, verificando o que é válido e deve ser utilizado e o que pode ser deixado de

lado.

 Apesar da facilidade de acesso a informação que a tecnologia permite, o

professor continua sendo indispensável para que a tecnologia seja utilizadacorretamente resume Faria (2001, p. 60)

O uso da tecnologia em sala de aula é bastante válido no sentido que

possibilita “um ensino e uma aprendizagem mais criativa, autônoma, colaborativa e

interativa”.(Faria, 2001, p.64).

No entanto, o professor ainda, muitas vezes, mantém-se apreensivo e

reticente em utilizar a tecnologia em sua aula. Segundo Heide e Stilborne (2000, p.

24) muitas são as razões para que o professor haja dessa maneira: não saber como

utilizar adequadamente a tecnologia nas escolas, não saber como avaliar as novas

formas de aprendizagem provenientes desse uso, não saber como usar a tecnologia

e, algumas vezes por falta de apoio dos colegas ou da escola para o uso de

inovações em sala de aula.

Diante dessas dificuldades e de outras que possam surgir, a solução ou o

auxílio devem vir do orientador escolar. A busca de novas técnicas ou métodos que

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O uso das tecnologias deve proporcionar dentro do ambiente escolar uma

mudança de paradigma, uma mudança que vise à aprendizagem e não o acumulo

de informações.

Formar para as novas tecnologias é formar o julgamento, o senso-crítico, opensamento hipotético e dedutivo, as faculdades de observação e depesquisa, a imaginação, a capacidade de memorizar e classificar, a leitura ea análise de textos e de imagens, a representação de redes, deprocedimentos e de estratégias de comunicação. PERRENOUD, 2000,p.128).

O orientador educacional deve contribuir para o sucesso da escola infantil, de

forma adequada, através, de atividades e metodologias que conduzam a construção

dos saberes e o desenvolvimento integral da criança. 

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UNIDADE 15 - A FUNÇÃO DA ESCOLA E A FAMÍLIA

Educar nos dias de hoje está se tornando cada vez mais difícil. Muitascrianças e jovens apresentam atitudes e questionamentos que muitas vezes são

difíceis de saber lidar ou responder. Com isso, a Orientação Educacional se propõe

em ser um processo educacional organizado, dinâmico e contínuo. Deve atuar no

educando, através de técnicas adequadas às diferentes faixas etárias, com a

finalidade de orientá-lo na sua formação integral, levando-o ao conhecimento de si

mesmo,de suas capacidades e dificuldades oferecendo-lhe elementos para um

ajustamento harmonioso ao meio escolar e social em que vive. A escola, porém, deve se preocupar essencialmente com a formação do ser

humano, para que o indivíduo possa enfrentar os desafios emocionais e

profissionais que encontrará ao longo da vida. Por isso, percebe-se como é

importante ensinar valores como esperança, solidariedade, justiça, amizade,

honestidade, união, dedicação e a vontade de aprender e de construir um mundo de

paz.

Diante dessa percepção, a escola deve ter como objetivo, portanto, educarpara a vida, fazendo com que o educando cresça em todos os sentidos. A escola

deve ser vista tão somente como um espaço formal e institucional de aprendizagem,

mas sim uma espaço onde se produz o conhecimento por meio de experiências

vividas, de interação, da afetividade e sobretudo do amor, da solidariedade e da

esperança.

Os educadores devem se empenhar tanto em construir conhecimentos,

quanto em ensinar valores que são a base para um futuro sólido e promissor,

principalmente se a escola deseja que o aluno seja um adulto feliz, capacitado e

consciente de seu papel de cidadão na sociedade.

Para atingir, portanto, tantas metas, o estudo das diversas áreas do

conhecimento deve ter significado e despertar no aluno a vontade de: criar, pensar,

refletir, construir, reconstruir, transformar, aprender, participar, brincar, sonhar,

expressar, conversar e, acima de tudo, entender a sua realidade, o mundo e seus

problemas; reconhecer a liberdade e seus limites; ser solidário consigo mesmo e

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com o outro, amar e respeitar o próximo; fazer a relação destes conceitos com os

conteúdos que “ganham vida” quando o educando coloca  significado no que

aprende, ou seja, faz relação da teoria com o mundo real; além de entender,

respeitar e educar o próprio corpo, os sentimentos e atitudes. A escola, além de

oferecer conhecimentos básicos para a aprendizagem de conteúdos, deve se

preocupar em educar e formar o indivíduo para a vida de forma holística.

 A escola deve exercer bem a sua função para que os educadores possam,

cada um, fazer a sua parte, pois são tantas as funções e atribuições que têm os

educadores no mundo atual, principalmente o Orientador Educacional, que, se a

escola não tiver um conhecimento de sua filosofia, de sua missão e duas atividades,

todo o trabalho de educador corre o risco de ser estagnado.

Desta forma, é indispensável para o êxito do trabalho do Orientador

Educacional, o conhecimento prévio de como a escola se relaciona com a realidade

do educando, e de como este se relaciona com a família.

É importante a visita domiciliar, pois tem como objetivo o de orientar a família

do educando, quanto às mais eficientes maneiras de colaborar com a escola na

educação de seus próprios filhos, assim, o orientador educacional vai conscientizara família do que ela pode fazer, apesar de suas muitas limitações quanto à

educação de seus filhos, e a escola sozinha, está longe de poder realizar toda a

tarefa de adequada formação dos educandos.

No momento da visita, o orientador poderá criar um clima de cooperação e

gerar condições para um trabalho construtivo e positivo, e acima de tudo, atrair a

família para a escola. Além disso, o orientador poderá conhecer melhor o nível

sócio-econômico, cultural e educacional da família.

Para proporcionar uma educação de qualidade é necessário que a escola

entenda cada indivíduo como um ser único, pertencente a um contexto social e

familiar que condiciona formas diferentes de viver, pensar e aprender. É necessário

obter espaço para refletir sobre a realidade em que o educando e sua família estão

inseridos, ou seja, tudo o que contribui para a situação de aprendizagem em que se

encontram.

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 A situação social e econômica vigente, marcada pela concentração de renda

e pela exclusão social, além de afetar as condições de vida das famílias menos

favorecidas, agride diretamente na construção de sua identidade e cidadania,

levando a formas diferentes de viver e criar seus filhos, dentro de uma cultura

própria da região em que residem. Este quadro é bastante complexo e repercute

diretamente sobre a educação das crianças e suas famílias. Faz-se necessária,

portanto, uma discussão maior sobre a situação educativa e seus determinantes

sociais e ambientais, tendo como ponto de partida a Educação como direito,

garantido por lei.

Enfim, a visita domiciliar auxilia a escola a obter informações importantes

sobre o cotidiano do educando e com isso ajudá-lo, entende-lo e ajustá-lo ao meio

educacional. 

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aprender que busca aplicar novos conhecimentos e experiências em diferentes

situações valendo-se do desenvolvimento da visão sistêmica.

 Além disso, percebe-se também o desenvolvimento contínuo que visa

aprimorar constantemente os processos, tarefas, formação, resultados da empresa;

e a sistematização de processos que se refere à incorporação de conhecimentos e

práticas à organização. Dessa forma, constrói-se a memória organizacional.

De acordo com Bitencourt (2004) os funcionários precisam aproveitar toda

forma de aprendizagem:

 Aprendo lendo, aprendo ouvindo, aprendo errando, aprendo na prática,aprendo vivenciando a situação na minha cabeça, aprendo observando osoutros. Inúmeras são as formas de aprender e cada pessoa se vê únicanesse processo. Cada espécie animal utiliza mais determinado tipo depercepção para aprender; o ser humano é predominantemente visual everbal, utilizando aquilo que Pavlov (1997) denominou o verbal ousimbólico, de preferência aos demais. A memória visual humana é maiorque a auditiva, e a memória verbal-visual é maior que a oral. A quantidadede informações que pode ser adquirida na aprendizagem verbal-visual émaior do que a que pode ser retida pela comunicação oral. Um exemplo sãoas línguas transmitidas oralmente e que desaparecem, enquanto as línguastransmitidas pela escrita e leitura sobrevivem (BITENCOURT, 2004, p. 09).

Segundo Bitencourt (2004), as emoções e os afetos também regulam o

aprendizado e a formação de memórias. As pessoas se lembram melhor daquilo que

lhes despertou sentimentos positivos do que daquilo que lhes despertou sentimentos

negativos e se lembram mal daquilo que as deixou indiferentes. As emoções

contribuem fortemente na motivação para a pessoa aprender; parecem dar cor e

sabor ao que aprende.

Portanto, quem se propõe a trabalhar em uma escola precisa informar-se

sobre os objetivos da mesma, para que possa atuar com eficácia. Essa necessidade

é particularmente relevante para o profissional que irá desempenhar na escola a

função de articulador entre o ensino e a aprendizagem de todos os elementos dessa

instituição, provocando mudanças e ajudando no processo evolutivo individual e

coletivo.

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Quadro 6  – Competências do especialista.

Fonte: CBO - Classificação Brasileira de Ocupações

Cada instituição escolar tem suas necessidades e o especialista deverá

identificá-las para que possa cumprir seu papel e após este conhecimento, saiba

comunicar-se com todos que estão ao seu redor. É de suma importância uma

comunicação eficiente, evitando-se ruídos que poderão atrapalhar a atuação de

todos os profissionais de uma escola.

 A aprendizagem pode ser assim pensada como um processo de mudança,

provocado por estímulos diversos, mediado por emoções, que pode vir ou não a

manifestar-se em mudança no comportamento da pessoa e na aprendizagem

organizacional. A aprendizagem também depende das competências pessoais:

COMUNICAR-SE 

1 Olhar com intencionalidade pedagógica

2 Expressar-se com clareza

3 Socializar informações

4 Divulgar deliberações

5 Elaborar relatórios

6 Sistematizar registros administrativos e pedagógicos7 Emitir pareceres

8 Entrevistar

9 Divulgar resultados de avaliação

10 Divulgar experiências pedagógicas

11 Publicar experiências pedagógicas

12 Organizar encontros, congressos e seminários

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Quadro 7  – Competências pessoais.

Fonte: CBO - Classificação Brasileira de Ocupações

Para isso, o especialista necessita de ter certas competências que se fazem

necessárias não apenas para a sua profissão propriamente dita, mas para todos que

desejam o sucesso, sonham com uma carreira longa e promissora e que se

preocupam também com a realização dos sonhos dos outros.

O ser humano está diante de um mundo onde se há urgência por sentimentos

e ações voltadas para a cooperação, coletividade, ética, senso crítico, observação

amorosa, sustentabilidade, amor, profissionalismo e liderança.

23 Estimular valores estéticos

24 Desenvolver a auto-estima

25 Estimular a cooperação

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CONCLUSÃO

Como foi analisado até aqui, pode-se dizer que a função do Orientador

Educacional vai muito mais além do que apenas prestar assistência ao aluno

durante o processo de aprendizado na escola que frequenta, pois entende-se que a

educação é instrução e formação, e a educação precisa cumprir dois principais

objetivos que é ensinar conhecimentos e formar a personalidade dos alunos. Se

ensinar conhecimento é algo relativamente claro, não sucede o mesmo com a

formação moral. Por isso, vê-se claramente a dimensão do trabalho do orientador

educacional.

Este profissional deve ser visto como um educador que atua na área

educacional, auxiliando o aluno em muitos aspectos como sociais, individuais e

profissionais, apontando as habilidades, qualidades e identificando as deficiências

de cada um, sem menosprezar as individualidades que cada educando tem.

O Orientador Educacional ainda colabora com toda a comunidade escolar

com a finalidade de fazê-la compreender os diferentes processos pelos quais passa

a comunidade, também tem um significativo papel formativo, pois os elementos

sócio-culturais que sustentam a autoridade são a todo o momento mobilizados.

Por isso, este estudo tentou mostrar a importância de discutir a influência da

autoridade na prática educativa, identificar a relevância dada a esta questão pelos

Orientadores Educacionais. Buscando uma interpretação holística e reflexiva do

processo educacional, só assim é possível dizer que ele se organiza sobre o as

pessoas com mais experiências e que possam ajudar outras a crescerem.

 Ao utilizar-se deste argumento e das relações do orientador com a produção

de saberes e discursos, pode-se perceber que a sua prática pedagógica é um

elemento fundamental na condução de processos de liberdade do educando, o

Orientador Educacional entende também que seu papel que é o de proporcionar

práticas intersubjetivas em que a diferença seja vista como possibilidade de

crescimento pessoal/social e de libertação.

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Uma outra questão que não pode deixar de ser analisada é que as crianças e

os jovens quando chegam à escola já começam a elaborar  –  e o continuarão

durante muito tempo  – alguma coisa que denomina-se de personalidade moral. Um

conceito que não designa somente uma coisa, mesmo que possa parecer, mas

umas quantas. A personalidade moral está constituída por muitos elementos pelos

quais o orientador deve estar atento como a consciência de si mesmo e a

capacidade que outorga de dirigir-se com autonomia, a inteligência moral ou o

conjunto de capacidades que permitem deliberar e atuar em situações sociais, a

experiência biográfica singular que modela a identidade, os valores e a maneira de

ser, o autoconhecimento que viabiliza construir e valorizar positivamente o próprio

eu.

 Além disso, percebe-se nas práticas do orientador a tarefa de despertar nos

educandos a importância conhecer-se a si mesmo; integrar a experiência biográfica

e projetá-la ao futuro, entender o conhecimento das outras pessoas e o

desenvolvimento da capacidade empática e de adoção de perspectivas sociais.

Nos aspectos voltados para a questão do juízo moral dos educandos, o

orientador deve desenvolver a sensibilidade moral e a capacidade de crianças e

adolescentes de raciocinar acerca dos problemas morais de uma maneira justa e

solidária. Também foi apresentado, talvez de modo implícito, que o

orientador/educador, deve viabilizar as habilidades dialógicas dos indivíduos e

desenvolver as capacidades para trocar opiniões e para raciocinar a respeito dos

pontos de vista dos outros interlocutores e interlocutoras visando ao acordo.

 A compreensão crítica é um fator fundamental da prática do orientador, pois

ele deve instigar os educandos a desenvolver as suas capacidades para adquirir

informação e para contrapor com os diferentes pontos de vista sobre a realidade que

os cercam, a fim de compreendê-la, comprometendo-se com sua mudança, a auto-

regulação que é buscar a coerência entre o juízo e a ação moral. Adquirir os hábitos

desejados e construir, voluntariamente, um caráter moral próprio. O orientador

também colabora com os educandos mostrando-os a importância da tomada de

consciência para desenvolver as habilidades que permitam conceituar, regular e

valorar os processos cognitivos, emocionais e de conduta que pertencem ao âmbito

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sociomoral, a compreender que o primeiro aspecto a ser considerado é a

capacidade de se colocar em lugar do outro, sempre fazendo um esforço de

compreensão do seu ponto de vista e dos motivos que o levaram a se manifestar ou

a se comportar de determinada maneira. Qualquer conduta sempre tem uma

explicação e corresponde a interesses, sentimentos ou razões nem sempre

explícitos, porém que influem de uma maneira decisiva em que os experimenta.

Sendo assim, pode-se dizer que as práticas do orientador educacional

demandam muita competência, habilidade, pois ele deve compreender as crianças,

os jovens a também os professores, sem emitir juízos valorativos, que permitirá uma

aproximação à realidade e abrirá canais de comunicação na relação interpessoal.

 Assim, essas reflexões educativas tendem a dar prioridade à formação dos

grupos e da coletividade. Acredita-se que, com boas razões, que intervir sobre esses

níveis acaba repercutindo na educação das personalidades individuais. Existem,

porém algumas outras tendências que consideram que é próprio da ação educativa

influir sobre os indivíduos singulares. Consideram também, com boas razões, e que

o melhor modo de ajudar um sujeito é trabalhar com ele de maneira direta e

imediata.

 A relação educativa pessoal seria o meio privilegiado dessa opção. A

intervenção educativa do orientador deve ser múltipla, diferencial e simultânea. Quer

dizer, deve realizar-se em diversos níveis educativos, ou seja, com os sujeitos, os

pequenos grupos, o grupo-classe, individualmente e a instituição escolar em

conjunto.

Em cada um, o orientador deve intervir de maneira diferente, de acordo com a

sua natureza e com as suas possibilidades. E, finalmente, pode-se dizer que essasintervenções costumam produzir entrelaçamentos entre elas que poderão influenciar

positivamente na vida do educando, proporcionando-lhe uma vida estudantil mais

alegre, produtiva e segura, oferecendo-lhe condições de ter esperança de um futuro

melhor, promissor com pessoas conscientes e solidárias.

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CBO - Classificação Brasileira de Ocupações – 2002. Regulamentação eLegislação. MINISTÉRIO DO TRABALHO E DO EMPREGO.http://www.mtecbo.gov.br . Acesso em abril/2008.

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COSTA, Antônio Carlos Gomes da. A presença da pedagogia: teoria e prática daação sócioeducativa. São Paulo: Editora Global, 1999.

DUARTE, Sérgio Guerra. Dicionário brasileiro de educação. Rio de Janeiro:Edições Antares: Nobel, 1986.

FREIRE, Paulo. Pedagogia do oprimido. São Paulo: Paz e Terra, 1992.

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FREIRE, Paulo. Conscientização: teoria e prática da libertação: uma introduçãoao pensamento de Paulo Freire. 3. ed. São Paulo: Moraes, 1980.FREIRE, Paulo. Educação como prática da liberdade. Rio de Janeiro: Paz e Terra,1999.

FLEURY, A.; FLEURY, M.T.L.. Construindo o Conceito de Competência. Rev. RAC, Edição Especial 2001: 183-196.

HOFFMANN, Jussara. Avaliar para Promover: as setas do caminho. Porto Alegre,RS: Editora Mediação, 2001.

LUCK, Heloísa. Administração, supervisão e orientação educacional: açãointegrada. 18. ed. Petrópolis: Vozes, 2001.

MAKARENKO, Anton. Poema Pedagógico. São Paulo: Brasiliense, 1986.

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MEDEIROS, Maria Amália. As várias faces da pedagogia. Lisboa: LivrosHorizonte, 1979.

MEDINA, A. S. Supervisor Escolar: parceiro político-pedagógico do professor. 

In: RANGEL, M; SILVA JUNIOR, C. A. (Orgs.). Nove olhares sobre a supervisão.10. ed. Campinas: Papirus, 2004.

SARTRE, Jean-Paul. Questão de método. São Paulo: Difusão Européia do livro.1972.

SCHÖN, Donald A. Educando o profissional reflexivo: um novo design para oensino e a aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas Sul, 2000.

SILVA, Rosana Cristina Ferreira. A dialética do prazer na profissão docente.Dissertação (Mestrado em Educação defendida em 28/fev/2006). Três Corações:

UNINCOR –2006.

SOUZA, E. O estágio de supervisão escolar nas faculdades de Educação. Riode Janeiro: URFJ, 1974.

TEDESCO, Juan Carlos. O novo pacto educativo: educação, competitividade ecidadania na sociedade moderna. São Paulo: Ática, 2001.

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ANEXOS

Regulamento Decreto nº 72.846, de 26 de setembro de 1973

Regulamentada a Lei nº 5.564, de 21 de dezembro de 1968, que provê sobre o

Exercício da Profissão de Orientador Educacional

O Presidente da República, usando da atribuição que lhe confere o artigo 81, item

III, da Constituição, Decreta:

 Art. 1º Constitui o objeto da Orientação Educacional a assistência ao educando,

individualmente ou em grupo, no âmbito do ensino de 1º e 2º graus, visando o

desenvolvimento integral e harmonioso de sua personalidade, ordenando e

integrando os elementos que exercem influência em sua formação e preparando-o

para o exercício das opções básicas.

obs.dji.grau.4: Educação; Exercício; Exercício profissional

 Art. 2º O exercício da profissão de Orientador Educacional é privativo:

I - Dos licenciados em pedagogia, habilitados em orientação educacional,

possuidores de diplomas expedidos por estabelecimentos de ensino superior oficiais

ou reconhecidos.

II - Dos portadores de diplomas ou certificados de orientador educacional obtidos em

cursos de pós-graduação, ministrados por estabelecimentos oficiais ou

reconhecidos, devidamente credenciados pelo Conselho Federal de Educação.

III - Dos diplomados em orientação educacional por escolas estrangeiras, cujos

títulos sejam revalidados na forma da legislação em vigor.

 Art. 3º É assegurado ainda o direito de exercer a profissão de Orientador

Educacional:

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80

I - Aos formados que tenham ingressado no curso antes da vigência da Lei nº 5.692-

71, na forma do art. 63, da Lei nº 4.024-61, em todo o ensino 1º e 2º graus.

II - Aos formados que tenham ingressado no curso antes da vigência da Lei nº

5.692-71 na forma do artigo 64, da Lei nº 4.024, de 20 de dezembro de 1961, até a

4º série do ensino de 1º grau.

 Art. 4º Os profissionais, de que tratam os artigos anteriores, somente poderão

exercer a profissão após satisfazerem os seguintes requisitos:

I - Registro dos diplomas ou certificados no Ministério da Educação e Cultura;

II - Registro profissional no órgão competente do Ministério da Educação e Cultura.

 Art. 5º A Profissão de Orientador Educacional, observadas as condições previstas

neste regulamento, se exerce na órbita pública ou privada, por meio de

planejamento, coordenação, supervisão, execução, aconselhamento e

acompanhamento relativos às atividades de orientação educacional, bem como por

meio de estudos, pesquisas, análises, pareceres compreendidos no seu campoprofissional.

 Art. 6º Os documentos referentes ao campo de ação profissional de que trata o

artigo anterior só terão validade quando assinados por Orientador Educacional,

devidamente registrado na forma desse regulamento.

 Art. 7º É obrigatório a citação do número do registro de Orientador Educacional em

todos os documentos que levam sua assinatura.

 Art. 8º São atribuições privativas do Orientador Educacional:

a) Planejar e coordenar a implantação e funcionamento do Serviço de Orientação

Educacional em nível de:

1 - Escola;

2 - Comunidade.

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b) Planejar e coordenar a implantação e funcionamento do Serviço de Orientação

Educacional dos órgãos do Serviço Público Federal, Municipal e Autárquico; das

Sociedades de Economia Mista Empresas Estatais, Paraestatais e Privadas.

c) Coordenar a orientação vocacional do educando, incorporando-o ao processo

educativo global.

d) Coordenar o processo de sondagem de interesses, aptidões e habilidades do

educando.

e) Coordenar o processo de informação educacional e profissional com vista à

orientação vocacional.

f) Sistematizar o processo de intercâmbio das informações necessárias ao

conhecimento global do educando.

g) Sistematizar o processo de acompanhamento dos alunos, encaminhando a outros

especialistas aqueles que exigirem assistência especial.

h) Coordenar o acompanhamento pós-escolar.

i) Ministrar disciplinas de Teoria e Prática da Orientação Educacional, satisfeitas as

exigências da legislação específicas do ensino.

 j) Supervisionar estágios na área da Orientação Educacional.

l) Emitir pareceres sobre matéria concernente à Orientação Educacional.

 Art. 9º Compete, ainda, ao Orientador Educacional as seguintes atribuições:

a) Participar no processo de identificação das características básicas da

comunidade;

b) Participar no processo de caracterização da clientela escolar;

c) Participar no processo de elaboração do currículo pleno da escola;

d) Participar na composição caracterização e acompanhamento de turmas e grupos;

e) Participar do processo de avaliação e recuperação dos alunos;

f) Participar do processo de encaminhamento dos alunos estagiários;

g) Participar no processo de integração escola-família-comunidade;

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h) Realizar estudos e pesquisas na área da Orientação Educacional.

 Art. 10. No preenchimento de cargos públicos, para os quais se faz misterqualificação de Orientador Educacional, requer-se, como condição essencial, que os

candidatos hajam satisfeito, previamente, as exigências da Lei nº 5.564, de 21 de

dezembro de 1968 e deste regulamento.

obs.dji.grau.1: Profissão de Orientador Educacional - L-005.564-1968

 Art. 11. Este Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as

disposições em contrário.

Brasília, 26 de setembro de 1973; 152º da Independência e 85º da República.

Emilio G. Médice Confúcio Pamplona.