Premio Nobel da Medicina 2011
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Health & Medicine
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Transcript of Premio Nobel da Medicina 2011
Ralph Steinman, Jules A. Hoffmann e Bruce A. Beutler. Steinman
2011/2012
Elaborado por:
Alexandra Rocha
Joana Rocha
João Silva
Paulo Pacheco
Decidimos falar sobre o prémio nobel de medicina de
2011 neste trabalho, pois está relacionado com o sistema
imunitário, mais respetivamente com o funcionamento de
certos leucócitos.
Steinman descobriu determinadas células dendríticas e a
sua utilidade na imunidade específica, enquanto
Hoffmann (experiencias em moscas) e Beutler
(experiencias em ratos) fizeram descobertas acerca da
ativação dos mecanismos imunitários inatos.
Este investigador descobriu um novo tipo de células imunitárias de primeira linha: as células dendríticas. De seguida, demonstrou, in vitro, que estas células eram capazes de ativar os linfócitos T, aumentando a sua atividade, quando presentes, e de regulá-la. Ele demonstrou também que as células dendríticas são as únicas capazes de ativar estes linfócitos.
Descobriram a primeira etapa da resposta imunitária do
corpo, ao detetarem as proteínas recetoras que podem
reconhecer os microrganismos.
Hoffman descobriu que o gene Toll estava envolvido na
deteção dos microrganismos patogénicos pelo sistema
imunitário das moscas e que a sua ativação era
necessária para a imunidade inata funcionar
corretamente.
Beutler, ao tentar perceber como é que certos tipos de
toxinas de origem bacteriana, os lipopolisacarídeos
(LPS), conseguem produzir uma síndrome
potencialmente letal para os doentes, chamada choque
séptico, procurava os recetores dos LPS à superfície
das células imunitárias do ratinho.
Descobriu, então, que os ratinhos resistentes aos LPS –
ou seja, aqueles que não desenvolviam um choque
tóxico – tinham uma mutação num gene, muito parecido
com o gene Toll.
Neste sentido, concluiu
que esse gene
comandava o fabrico de
um recetor a que deram o
nome de recetor Toll-
like (TLR) e a seguir,
mostrou que o facto de os
LPS se ligarem a esse
recetor provoca uma
reação inflamatória - o
que, em caso de doses
excessivas de LPS, causa
a síndrome de choque
tóxico.
Safira, uma menina de 4 anos, a quem foi diagnosticado
um tumor de Wilms (tumor renal muito raro), beneficiou
da descoberta de Steinman no tratamento contra este
cancro.
O IPO (instituto português de oncologia) decidiu que o tumor seria retirado, tal como o rim, após quatro semanas de quimioterapia e que, depois da operação, Safira teria de ser exposta a mais 27 sessões.
A meninas chegou a realizar a operação em Agosto de 2010, contudo, os seus pais não permitiram que ela realiza-se as 27 sessões optando por encontrar outras alternativas.
Face a esta escolha, o IPO comunicou-a ao tribunal, o qual decidiu que os pais seriam obrigados a comparecer com a menina nas sessões. Perante esta sentença, estes saíram de casa e encaminharam-se para a Alemanha.
Ai, recebeu um tratamento com base nas células dendríticas.
Foram feitas colheitas de linfócitos do seu organismo que, num
meio de cultura com células dendríticas, foram expostos ao
tumor de forma a aprenderem a combate-lo. De seguida, foram
multiplicados e injetados de novo no seu organismo, para
atuarem sobre o mesmo, eliminando-o.
O tratamento teve sucesso e agora ela é saudável tendo
apenas de ir a algumas consultas para vigiar o estado do seu
tumor.
O conjunto destes resultados tem potenciais aplicações médicas. Por um lado, pode permitir o desenvolvimento de vacinas mais eficazes contra as infeções e a descoberta de maneiras de estimular o sistema imunitário para o tornar capaz de atacar eficazmente os cancros. Por outro, pode levar a perceber por que é que em certos casos, o sistema imunitário se vira contra o seu dono, para conseguir tratar as doenças inflamatórias autoimunes.
Em suma estas investigações permitiram obter novas luzes sobre os mecanismos de resposta às doenças e abriram novos caminhos para o desenvolvimento da prevenção e terapia contra infeções, cancro e doenças inflamatórias.