Presidenta da APIMA Sra. Branca Espírito Santo - Estratégias de Fomento Habitacional e o Papel do...

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CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE TRIBUTAÇÃO Eficácia dos estímulos ao desenvolvimento económico- O impacto dos benefícios na competitividade empresarial ESCOLA NACIONAL DE ADMINISTRAÇÃO LUANDA 12/02/2014 Fomento Habitacional e o Papel do sector privado

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"Estratégias de Fomento Habitacional e o Papel do Sector Privado". A apresentação foi feita pela a Presidenta da APIMA, Sra. Branca Espírito Santo. Desde já dizer, que a apresentação foi feita também na Conferência sobre Tributação em Angola. Essencialmente a apresentação cingiu-se nos seguintes componentes: -Enquadramento -As empresas privadas que intervêm nos macroprocessos de uma promoção imobiliária -Constrangimentos e desafios para o investimento no mercado habitacional -Os incentivos fiscais para o mercado imobiliário -Conclusões e recomendações Em termos de enquadramento foi feito um pequena viajem a volta da legislação vigentes e que vieream dar suporte a melhor enquadramento jurdíco sector da Habitação em Angola. Por outro lado também nop concerne aos intervinentes nos macroprocessos realçou-se as partes enquadrantes destes processos (Terrenos, Projectos, Financiamento, Construção, Vendas, Gestão e Manutenção). Falou-se ainda de algusn constargimentos como: -Escassez de terrenos disponíveis e infrestruturados -Burocracia excessiva na regularização jurídica -Morosidade na resolução de conflitos -Preços especulativos No que se refere aos incentivos fiscais foi abordado as questões ligadas ao Imposto para o Rendimento (IPU), Detenção de Imóveis e Isenções. Por fim foram apresentadas as conclusões e recomendações, que eis: A rápida urbanização que se assiste em Angola, representa um grande desafio no tocante a disponibilização de habitação e correspondentes infraestruturas . Uma aplicação cuidada do processo de PPP pode contribuir para o aumento da oferta habitacional e uma melhoria da gestão e manutenção tanto da habitação, como das infraestruturas, entretanto regista-se a inexistência de um quadro claro da forma de participação do sector privado no programa de Habitação Social. A subdimensão da capacidade da indústria nacional de materiais de construção e a excessiva burocracia para os licenciamentos requeridos, concorrem para os elevados custos de construção de um empreendimento. A incerteza sobre a situação Jurídica dos imóveis, bem como as dificuldades na sua regularização, constituem desafios a vencer, para se aumentar a confiança dos investidores no sector imobiliário. De igual modo a morosidade nas decisões Judicias, em caso de litígio, apresenta-se como um constrangimento no sector Formação continua dos trabalhadores e melhoria do reforço organizacional das empresas do cluster habitação. Fiscalização do cumprimento da regra de emprego da força de trabalho nacional nos projectos de construção em curso no País.

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CONFERÊNCIA INTERNACIONAL SOBRE TRIBUTAÇÃOEficácia dos estímulos ao desenvolvimento económico- O impacto dos benefícios na competitividade empresarial

ESCOLA NACIONAL DE ADMINISTRAÇÃOLUANDA12/02/2014

Estratégias de Fomento Habitacional e o Papel do sector privado

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Agenda1. Enquadramento 2. As empresas privadas que intervêm nos

macroprocessos de uma promoção imobiliária3. Constrangimentos e desafios para o

investimento no mercado habitacional4. Os incentivos fiscais para o mercado

imobiliário5. Conclusões e recomendações

Page 3: Presidenta da APIMA Sra. Branca Espírito Santo - Estratégias de Fomento Habitacional e o Papel do Sector Privado

ARTIGO 85º da Constituição da Republica de Angola - Todo o cidadão tem direito à habitação e à qualidade de vida

•Programas de Investimentos Públicos (12 programas – 2.174 projectos)

•Programas de Investimentos Privado (20 programas – 128 projectos)

A Lei de bases do fomento habitacional

O Mercado Habitacional

1 - Enquadramento

O programa Nacional de Habitação• 1 milhão de fogos, 115 mil sector público; 120 mil PPP; 80 mil cooperativas e 685 mil auto construção dirigida.

•Mecanismos de Financiamento – INH e FFH

O Programa Nacional de Desenvolvimento 2013-2017

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2 - Macroprocessos de uma Incorporação Imobiliária e respectivos intervenientes

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2.1 - Investidores Abertos

Fechados

Mistos

CV

CF OIC´s especiais (Artigo 166)OIC para arrendamento habitaçãoOIC para reabilitação urbana

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2.2 - Parcerias Público-Privadas- PPP• Lei nº 2/11) Definição de normas gerais aplicáveis à intervenção do Estado

na determinação , concepção, preparação, concurso, adjudicação, alteração, fiscalização e acompanhamento global das parcerias público-privadas

• Papel do sector privado : financiamento , o exercício e a gestão da actividade contratada(art. 5º)

• Instrumentos de regulação jurídica das relações de colaboração entre entes públicos e entes privados (Art. 2º, nº4):

• i) Contrato de concessão de obras públicas ii) Contrato de concessão de serviço público

• iii)Contrato de fornecimento contínuo, iv) Contrato de prestação de serviços• v) Contrato de gestão, vi) Contrato de colaboração, quando esteja em

causa a utilização de um estabelecimento ou uma infraestrutura já existente

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2.3 - PPP para habitação social

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3 - Constrangimentos e Desafios para o Investimento no Sector HabitacionalTERRENOS• Escassez de terrenos disponíveis e infrestruturados• Burocracia excessiva na regularização jurídica• Morosidade na resolução de conflitos• Preços especulativos• Vastas extensões de terrenos cercados e não

disponibilizados para promoção imobiliária• Loteamentos clandestinos e invasão dos terrenos pelos

populares

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Constrangimentos e Desafios para o Investimento no Sector Habitacional

Fonte: Deloite

Doing Business

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Constrangimentos e Desafios para o Investimento no Sector Habitacional (Continuação)

23%

3%

25%

27%

13%

5%5%

Fonte: Deloite

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Constrangimentos e Desafios para o Investimento no Sector Habitacional (Continuação)

CONSTRUÇÃO• Indicador de confiança da construção III trimestre 2013,

principais dificuldades apontadas pelos empresários do sector: a insuficiência da procura, o elevado nível de taxas de juro, assim como as dificuldades financeiras. elevado absentismo da mão-de-obra, a deterioração das perspectivas de venda e o excesso de regulamentações estatais e burocracias limitaram a actividade das empresas construtoras (fonte;INE).

• Industria de materiais de construção nacional SUBDIMENSIONADA para as necessidades do Pais, associada aos constrangimentos logísticos do seu transporte, encarece o custo da construção

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Constrangimentos e Desafios para o Investimento no Sector Habitacional (continuação)

VENDAS• Crédito hipotecário incipiente.• Necessidade de uma lei de arrendamento que permite uma

livre negociação entre senhorio e inquilino. • Inexistência de incentivos fiscais para o arrendamento.• Não operacionalização do FFH.• Lentidão no processo de regularização jurídica da habitação.

GESTÃO E MANUTENÇÃO• Necessário maior envolvimento das autoridades locais para

a definição das responsabilidades técnica e financeira na manutenção das infraestruturas públicas, para evitar a deterioração do espaço urbano

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4 - Incentivos fiscais para o mercado imobiliário4.1 – Reforma tributária no sector imobiliário

ANTES DEPOIS1) IPUa) Imóveis para rendimentoRendas 30% 25%Base de tributação rendas após dedução 20%

das despesas25% de 60% da renda

contratadaObrigatoriedade Entidades com

contabilidade organizada

b) Detenção de imóveisP/ imóveis até 5 milhões de AKZ

30% 0%

P/ imóveis acima de 5 milhões de AKZ

30% 0.5%

Isenções Cooperativas; Entidades religiosas; Estados estrangeiros; Edifícios cedidos para fins humanitários Sociais; Imóveis não arrendados afetos a actividade sujeita a imposto industrial; Temporária para prédios urbanos construídos de novo, na parte que se destina à habitação.

EstadoEstados estrangeiros

Organizações religiosasExclusão do pagamento

do Imposto Industrial sobre rendas de

imóveis.

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Incentivos fiscais para o mercado imobiliário (continuação)

ANTES DEPOIS2) SISASISA 10% 2%

Base de tributação Valor de aquisição do imóvel

Valor de aquisição do imóvel

Isenção Terrenos para construção e na 1ª alienação do imóvel

Habitação Social, Estados estrangeiros, organizações

religiosas.ANTES DEPOIS3) IMPOSTO DE SELOCCV 0.5% 0.3%

FinanciamentoEliminação sobre o conhecimento da cobrança

0.3% 0.1%

4) EMOLUMENTOS DO REGISTO PREDIAL

Redução para metade de qualquer emolumentos devido ao registo predial em consequência da transmissão onerosa de imóveis.

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Incentivos fiscais para o mercado imobiliário

ZONA PROVÍNCIAS ISENÇÃO OU REDUÇÃO DE

I.I.

ISENÇÃO OU REDUÇÃO ISC

A Luanda, municípios sede das províncias de Benguela,

Cabinda, Huíla e Lobito.

1 à 5 anos Até 3 anos

B Restantes municípios Benguela,

Cabinda, Huíla e Bengo, K

N, KS, Malange, Namíbe e Uíge.

1 à 8 anos Até 6 anos

C Bié, Cunene, Huambo, KK,

LN, LS, Moxico e Zaíre

1 à 10 anos Até 9 anos

4.2 - INCENTIVOS FISCAIS AO ABRIGO DA LEI DO INVESTIMENTO PRIVADO

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Incentivos fiscais para o mercado imobiliário (continuação)

B) INCENTIVOS FISCAIS AO ABRIGO DA LEI DO INVESTIMENTO PRIVADO (Lei nº 20/11)

Zona Imposto de Sisa

A O limite máximo da isenção é atribuído acima de USD 50.000.000 ou para geradores de 500 novos postos de trabalho directos para cidadãos nacionais

B Acima de USD 20.000.000 ou 500 novos postos de trabalho

C

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5 - Conclusões e Recomendações

1. Embora o País se encontre numa fase de forte crescimento no sector imobiliário, assiste-se a um abrandamento da actividade do sector privado, devido a vários factores, com especial realce para a falta de crédito.

2. A rápida urbanização que se assiste em Angola, representa um grande desafio no tocante a disponibilização de habitação e correspondentes infraestruturas . Uma aplicação cuidada do processo de PPP pode contribuir para o aumento da oferta habitacional e uma melhoria da gestão e manutenção tanto da habitação, como das infraestruturas, entretanto regista-se a inexistência de um quadro claro da forma de participação do sector privado no programa de Habitação Social.

3. A subdimensão da capacidade da indústria nacional de materiais de construção e a excessiva burocracia para os licenciamentos requeridos, concorrem para os elevados custos de construção de um empreendimento.

4. A incerteza sobre a situação Jurídica dos imóveis, bem como as dificuldades na sua regularização, constituem desafios a vencer, para se aumentar a confiança dos investidores no sector imobiliário. De igual modo a morosidade nas decisões Judicias, em caso de litígio, apresenta-se como um constrangimento no sector.

5.1 - Conclusões

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5.2 - Recomendações

1. Criação de mecanismos que permitam maior celeridade na regularização jurídica dos imóveis.

2. Maior celeridade na aprovação dos projectos, emissão de alvarás e de licenças de obra.

3. Definição de um prazo máximo para aprovação dos actos administrativos;

4. Disponibilização pelo Estado de terrenos regularizados e infra estruturados ;

5. Criação de um imposto nos terrenos devolutos com Direito de Superfície ou não, acima de uma determinada área, com aumento progressivo anual. A receita poderá ser usada em benfeitorias e manutenção na região.

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Recomendações (continuação)

6.Aprovação dos planos directores das Província.

7.Criação de um banco estatal para concessão de financiamento habitacional e que introduza o principio da bonificação de juros para a habitação social, atraindo assim o investimento privado;

8.Aprovação da Lei de Alienação Fiduciária, para que os bancos tenham um instrumento de maior segurança na operação;

9.Aprovação de uma Lei de arrendamento que permita a livre negociação entre inquilino e senhorio;

10.Criação de incentivos fiscais ao arrendamento: isenção do IPU a imóveis novos para arrendamento , durante 7 anos, a partir da emissão do certificado de habitabilidade

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Recomendações (continuação)

11. Incentivos fiscais à reabilitação urbana12. Inclusão do imposto de sisa, no quadro dos incentivos fiscais às

MPME13. Incentivo fiscal e institucional para a criação de cooperativas

habitacionais;14. Desenvolvimento de unidades de PPP a nível local ou nacional,

onde o sector privado poderá obter informações sobre oportunidades de parceria.

15. Formação continua dos trabalhadores e melhoria do reforço organizacional das empresas do cluster habitação.

16. Fiscalização do cumprimento da regra de emprego da força de trabalho nacional nos projectos de construção em curso no País.

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MUITO OBRIGADA PELA ATENÇÃO

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