Presidente da LBP lembra ao ministro isenção para …J u l h o d e 2 0 1 5 edição: 345 Ano:...

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J ULHO DE 2015 EDIÇÃO: 345 ANO: XXXII 1,25€ DIRECTOR: RUI RAMA DA SILVA Página 10 Página 7 Páginas 16 e 17 Tratores – Recorde europeu em acidentes Tratores – Recorde europeu em acidentes Candidatura à Unesco INEM entrega 36 ambulâncias INEM entrega 36 ambulâncias Incêndios João Almeida Sec. Estado Administação Interna “Espero que, até ao fim da legislatura, seja reposta a isenção de taxas moderadoras” Bombeiros feridos em recuperação Presidente da LBP lembra ao ministro isenção para o VDTD Presidente da LBP lembra ao ministro isenção para o VDTD Página 32 Fotos: Marques Valentim Página 9

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Tratores – Recorde europeu em acidentesTratores – Recorde europeu em acidentes

Candidaturaà Unesco

INEM entrega 36 ambulânciasINEM entrega 36 ambulâncias

Incêndios

João AlmeidaSec. Estado Administação Interna

“Espero que, até ao fim da legislatura,seja reposta a isenção de taxas moderadoras”

Bombeiros feridos em recuperação

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2 JULHO 2015

Depois da Grécia e do CasillasQuando os temas da Grécia e

do Casillas, entre outros, ti-verem sido ultrapassados, ou pelo menos abrandados pela comunicação social, não tarda-rá que os bombeiros voltem a ser abertura de telejornais. Não porque não se tenham já regis-tado um número muito consi-derável de incêndios florestais ou rurais que o justificassem. Mas por que na bolsa das notí-cias o valor de cada uma não é só traçado pela sua própria im-portância mas, acima de tudo, por exclusão de partes, ou seja, à falta de outras.

Não pretendo ser injusto para com a comunicação social por parecer só pegar no tema dos incêndios pelo espectáculo, pelo dramatismo das situações ou pela ambiguidade de tudo o que as envolve.

Verifico, contudo, que essa inevitável reincidência noticio-sa estival tem por base, mais uma vez, uma manifesta falta

de trabalho de casa da comuni-cação social, não em relação ao combate em si mas no to-cante ao estudo, investigação e denúncia sobre tudo o que a montante continua por fazer, apesar de insípidos sinais de mudança.

Trata-se de uma situação re-corrente que, ano após ano, se refere, com laivos de algum fa-talismo, que só se justifica na falta de coragem ou na pregui-ça de quem devia ter feito o seu trabalho e, afinal, de novo, não o fez.

Todos sabemos que, no dia em que a prevenção for toma-da a sério, com dimensão e efi-cácia, o paradigma dos incên-dios florestais irá mudar. Com evidentes vantagens para a ri-queza do país, para o ambiente e para o sossego e segurança dos bombeiros e dos cidadãos em geral.

Também todos sabemos que a resolução do problema dos

incêndios florestais, que repre-senta menos de 8 por cento da actividade anual dos bombei-ros, não está só em atirar mais helicópteros, mais viaturas e mais bombeiros para cima dele. Dá que pensar que, mais uma vez, se vá assistir a uma notável desproporção de cus-tos com meios e acções no combate. Dá que pensar, como seria o universo dos bombeiros se, na proporção directa do trabalho realizado, os bombei-ros fossem ressarcidos dos restantes 92 por cento de acti-vidade anual da mesma forma que acontece no DECIF.

Diz-se que este ano estarão reunidas todas as condições para ser pior. Proximidade de eleições, floresta por limpar cheia de combustível, tempe-raturas altas, porventura aci-ma do normal, baixos teores de humidade, ventos. Nada disto é novo mas, à falta do trabalho consequente que de-

via ter sido feito no âmbito da prevenção, nas mais diversas frentes, tende a reduzir a questão a um aparente beco sem saída. Digo beco aparente dado que só o é por que al-guém teima em mantê-lo.

Não sei quantas vezes, em próximos anos, teremos que

continuar a escrever o mesmo sem grandes mudanças, salvo se os factores negativos se vie-rem a acentuar ainda mais.

Os bombeiros desempe-nham o seu papel e fazem-no bem. Mas lamentarei, eu e to-dos os que nos envolvemos neste domínio, que possam vir

a ser este ano, de novo, a úni-ca solução. Têm, sem dúvida, um papel fundamental nela, mas não se exija mais uma vez a eles que além do seu traba-lho façam também o dos ou-tros.

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

A Associação Humanitá-ria dos Bombeiros Vo-

luntários de Oliveira de Azeméis perdeu recente-mente um dos seus diri-gentes de referência, o vice-presidente da dire-ção, João Godinho, de-tentor da medalha de ser-viços distintos grau ouro e do crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Por-tugueses.

O extinto estava profundamente ligado ao associativismo local, sendo também vice-presidente da União Desportiva Oliveirense.

O seu funeral realizou-se a partir da igreja matriz de Oliveira de Azeméis. Antes decorreu a câmara ardente no salão nobre da As-sociação.

OLIVEIRA DE AZEMÉIS

Bombeiros perdem dirigente

A Associação Humanitária de Bombei-ros Voluntários de Estremoz acaba

de perder o seu vice-presidente da mesa da assembleia – geral, Manuel Victor Carapeto Ferro.

O comissário Ferro, como era habi-tualmente chamado pela sua patente na PSP, era aposentado daquela força, tendo exercido essa missão em Angola, Setúbal e Estremoz.

Na Associação da sua terra ocupava a vice-presidência da assembleia – geral há 16 anos, tendo ingressa-do nos seus órgãos sociais em janeiro de 1999.

Conforme informação que nos foi prestada pelo presidente da direção dos Bombeiros Voluntários de Estremoz, José Capitão Par-dal, o extinto era natural e residente em Estremoz, tinha 75 anos de idade e era uma pessoa muito estimada e considerada na cida-de.

O corpo do comissário Ferro esteve em câmara ardente na cape-la da Misericórdia de Estremoz, tendo o seu funeral saído para o cemitério local.

ESTREMOZ

O adeus ao comissário Ferro

Em teoria, as associações humanitárias e corpos de bombeiros do litoral, ou

das áreas mais urbanas enfrentariam uma situação mais desafogada ou benefi-ciaram de notoriedade positiva, contudo, quem no terreno contacta, diariamente, com o setor, facilmente percebe que no interior, fora dos centros de decisões es-tas instituições conseguiram afirmar-se, impor-se, mantendo um estatuto de refe-rência nas comunidades onde estão inse-ridas.

Nas cidades há um maior distancia-mento da realidade dos bombeiros, os quartéis ainda são, por circunstâncias vá-rias, espaços vedados à curiosidade de cidadão e, talvez por isso, fora da “época de incêndios florais”, poucos se lembrem dos homens e mulheres que todos os dias do ano, 24 horas por dia, protegem os bens e salvam vidas na suas áreas de in-tervenção.

Por tradição, talvez, em meios mais pequenos, as portas dos quartéis estão abertas de par em par e, assim sendo, existe uma maior proximidade das popu-lações, claramente mais sensibilizadas para a causa, que conhecem melhor a realidade dos seus corpos de bombeiros, e, na verdade, a comunidade só pode apoiar o que conhece.

Nas cidades ou nos seus subúrbios a

[email protected]

Descriminação positivavida corre sempre mais rápida. Falta tempo para quase tudo. O vizinho do pri-meiro andar não sabe quem reside no se-gundo e tão pouco conhecia o idoso que há dias sucumbiu à solidão no rés-do--chão. Desta forma, as associações hu-manitárias também são instituições qua-se desconhecidas. Poucos questionam quem paga o socorro, raros se deixam tocar pela entrega de um punhado de vo-luntários que abnegadamente servem o próximo.

Na mesma linha, também nas áreas mais “recônditas”, menos populosas, a disponibilidade de dirigentes e bombeiros aumenta à medida das necessidades, porque com maiores ou menores recur-sos, mais ou menos meios, nada pode fa-lhar. Nestes quartéis agigantam-se von-tades, congregam-se esforços, superam--se dificuldades e, assim, se asseguram conquistas, fruto, talvez de um peculiar

bairrismo que permite vencer o isola-mento e alguma descriminação em rela-ção aos grandes centros, onde tudo pare-ce estar mais acessível.

É com genuíno agradado que, mês após mês, nas colunas do jornal Bombei-ros de Portugal, vamos dando conta de grandes exemplos e das boas práticas as-sumidas por associações e corpos de bombeiros das áreas mais esquecidas deste País, marcado por tantas e tantas assimetrias, mais onde, felizmente, nem tudo o que parece é…

Sofia RibeiroFo

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3JULHO 2015

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Poderá parecer para nós óbvio, até redun-dante, mas importa que continuadamente se lembre à sociedade que as estruturas

associativas de bombeiros voluntários portu-gueses são, sem dúvida, a alavanca fundamen-tal e garante à resposta que os municípios e o próprio Estado, por imperativo legal, têm que dar à segurança dos cidadãos e dos seus have-res.

A meu ver, nunca será demais dizê-lo. Não, por que em momento algum tenhamos a neces-sidade de nos pormos em bicos de pé, mas pela estrita afirmação da nossa identidade, do nosso compromisso para com a comunidade e, tam-bém, para alertar os poderes constituídos e também alguns distraídos para os meios que

tanta disponibilidade e tanta capacidade técnica implica.

Na linguagem comum, e a meu ver mal, pas-sa-se a vida a falar de subsidiar os bombeiros.

De uma vez por todas, importa que se corrija o termo e, porventura, mais importante ainda, a mentalidade, o sentido, o contexto e a lógica com que os apoios são facultados. Apoios que chegam, regular ou ocasionalmente, através dos municípios, do Estado, das juntas de freguesia, das empresas, de particulares e benfeitores.

Os bombeiros não vivem de trocos e importa que todos o saibam. Têm contas feitas para o que precisam, apresentam orçamentos rigoro-sos, fazem controlo e auditoria.

As associações de bombeiros associam a si

uma diversidade de recursos, de diferentes ori-gens, fruto do seu esforço e persuasão, pese embora muitas vezes não serem os suficientes. Recursos que se destinam, ora à aquisição ou reparação de equipamentos e viaturas, à requa-lificação e construção de infraestruturas, ora ao desenvolvimento de competências através de formação. Uma panóplia de objetivos que os bombeiros definem para a satisfação, por pata-mares de oportunidade ou urgência, dos quesi-tos necessários ao desempenho das suas mis-sões de socorro com qualidade.

As associações de bombeiros sabem clara-mente o que querem e provam-no amiúde, sa-bem aquilo de que precisam para intensificar e qualificar o seu trabalho em prol das popula-

ções. Para tal, lançam desafios e apresentam propostas fundamentadas às autarquias, ao Es-tado e à Sociedade Coletiva.

Daí que se entenda que, no caso dos bombei-ros, em função do seu destino e do seu contex-to, cada vez menos cabe a identificação dos apoios como subsídio. Ao invés, o termo correto será investimento. Não se trata de mera troca de palavras. Tem ver com o sentido real, a ade-quação e a valorização dos recursos empre-gues.

Apoiar as associações de bombeiros é, sem sombra de dúvida, investir. Investir na preven-ção e no socorro. Investir no desenvolvimento e na atualização de meios e competências. Neste caso, investir é um ganho adquirido.

É sempre bom lembrarÉ sempre bom lembrar

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4 JULHO 2015

A Faculdade de Direito da Universidade Nova de Lisboa acaba de anunciar a 3ª edição do

Curso de Doutoramento em Direito e Seguran-ça (2015/2016) organizado por aquele estabe-lecimento de ensino superior com a associação do Instituto de Estudos Superiores Militares.

Os bons resultados das duas anteriores edi-

ções (2013/2014 e 2014/2015), com pratica-mente todas as vagas preenchidas, segundo a organização, justificam plenamente a realiza-ção desta terceira edição.

A par deste doutoramento, a Faculdade de Direito da UNL promove também um Mestrado em Direito e Segurança (2015/2016).

DIREITO E SEGURANÇA

Nova lança terceira edição

A venda de miniaturas de via-turas de bombeiros vai per-

mitir aos Bombeiros Portugue-ses, através da sua Liga (LBP), obter 10 por cento do seu valor. Esse é o resultado do protocolo estabelecido recentemente en-tre a LBP, representada pelo presidente do conselho executi-vo, comandante Jaime Marta Soares, e a empresa David M. Lopes Lda, representada pelo seu diretor-geral, Pedro Lopes.

O protocolo tem por objeto oficializar a cooperação entre a LBP e a referida empresa e estabelecer os termos e as condições em que os dois outorgantes vão colaborar entre si.

A LBP compromete-se a selecionar os produ-tos, mais representativos utilizados no cumpri-mento da missão dos corpos de bombeiros, para

efeitos de comercialização. A empresa compro-mete-se à aprovação prévia da LBP dos produtos, modelos, cores, materiais e dimensões.

A empresa compromete-se também a cumprir todas as regras e disposições legais, nacionais e internacionais, em torno da comercialização da-queles produtos e suas embalagens.

LBP

Miniaturas apoiam causa

LBP GRATA À IRMANDADE DOS CLÉRIGOS

Receita oferecida aos bombeiros

A Água Serra da Estrela contou com a colabora-ção do Intermarché para oferecer equipa-

mentos de proteção individual (EPI) aos bombei-ros portugueses. A campanha conseguiu angariar equipamentos que já foram entregues a três as-sociações de bombeiros voluntários, Algés, Gou-veia e Pombal, localizadas junto a instalações da Sumol+Compal.

As entregas dos EPI, cinco por associação, de-correram em 7, 9 e 14 de julho últimos, respeti-vamente, nas corporações de Algés, Pombal e Gouveia.

A primeira entrega contou com as presenças, do presidente do conselho executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses, comandante Jaime Mar-ta Soares, do presidente da direção dos Voluntá-rios de Algés, Abílio Fatela, do comandante Carlos Carvalho, de Cátia Martinho e Miguel Figueiredo da “Sumol/Compal”

Em Pombal, o presidente da direção dos Bom-beiros Voluntários, Sérgio Gomes e o comandan-te Paulo Albano, receberam os EPI de Tomé Lo-

pes, do Intermarché/Pombal e de Ana Ferreira, Direção de Comunicação do Intermarché, e de Cátia Martinho e Virgínia Martins da Sumol/Pom-bal, na presença do representante da LBP, Rama da Silva.

Em Gouveia, a LBP esteve representada pelo seu vice-presidente, Gil Barreiros, tendo a entre-ga dos EPI ao comando e à direção da Associação sido feita por Laurentino Sousa, do Intermarché/Gouveia, e Pedro Moura, da Sumol/Compal.

Durante dois meses a Água Serra da Estrela contou com uma ação exclusiva nas lojas do In-termarché com o objetivo de angariar fundos para a aquisição dos EPI para os bombeiros. Ao longo desse período, a marca comercializou 450 mil litros de Água Serra da Estrela nas lojas In-termarché o que permitiu a aquisição dos equipa-mentos.

Através da compra de um garrafão de 5 litros ou 4 garrafas de 1,5 litros de Água Serra da Es-trela os portugueses contribuíram com 10 cênti-mos para a compra dos EPI.

INTERMARCHÉ E ÁGUA SERRA DA ESTRELA

Equipamentos entregues

A Escola Nacional de Bombeiros (ENB) tem um novo site, Com um grafismo inovador,

maior rapidez de consulta e novas potenciali-dades. O grande desafio da nova plataforma foi a organização, de forma verticalizada e pouco segmentada, da informação ali inseri-da.

Para apoiar o acesso foi introduzido um novo motor de pesquisa, tags (palavras-cha-ve) para a organização das áreas de conteú-dos, e informações complementares: down-loads, ligações externas e artigos relaciona-dos.

Em breve, também, as associações e corpos de bombeiros com quem a ENB tem protoco-lado Unidades Locais de Formação (ULF) vão ter no site um lugar de destaque.

A ligação da ENB às redes sociais passa a ser também mais simples e direta, pretenden-do-se duplicar a capacidade de divulgação até ao final deste ano, atingindo as 500 mil pági-nas visualizadas/ano. Resultados também po-tenciados pela otimização mobile do site (ta-blets e smartphones) que já representam 20 por cento dos 90 mil acessos registados desde o início do ano.

Para o presidente da ENB, José Ferreira, “o

novo site vem na prossecução dos objetivos de inovação delineados no Plano Estratégico de Formação que têm orientado a ENB e que se materializaram recentemente com a Plata-forma PIGF, o Guião da Formação para Ingres-so, a plataforma de e-learning, o DTP Digital e a criação de um dos melhores centros de si-mulação e realidade virtual, a nível internacio-nal, para bombeiros. Ainda durante este mês será lançado um centro de documentação, em Sintra, mas que terá uma correspondência com um catálogo online das obras disponíveis na biblioteca da ENB”.

ENB

Mais potencialidades no novo site

O Fundo de Proteção Social do Bombeiro, gerido pela Liga dos Bombeiros Portugue-

ses (LBP) recebeu um donativo de 12.550,50 euros da Irmandade dos Clérigos, Porto. A en-trega do donativo decorreu no salão nobre da Torre dos Clérigos com a presença do presi-dente do conselho executivo da LBP, coman-dante Jaime Marta Soares, e do presidente da Irmandade Padre Américo Aguiar.

A Irmandade dos Clérigos doou aos bom-beiros a receita dos ingressos de três dias (17, 18 e 19 de julho) no monumento, restaurado recentemente, e que é um ex-líbris da cidade do Porto.

O comandante Jaime Marta Soares, que se encontrava acompanhado por mais dois ele-mentos do conselho executivo, comandantes José Miranda e José Morais e do presidente da

Federação de Bombeiros do Distrito do Porto, Oliveira Silva, e do comandante do Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto, Rebelo de Carvalho, esclareceu os presentes que “a ver-ba doada vai diretamente para o Fundo de Proteção Social do Bombeiro”.

O presidente Liga dos Bombeiros Portugue-ses sublinhou ainda que “a doação de hoje tem uma grande dimensão para os bombeiros e suas famílias, porque “grão a grão enche a galinha o bordão”.

O presidente da LBP fez também questão de sublinhar que “ a LBP está profundamente agradecida à Irmandade dos Clérigos, a todos os seus responsáveis e, em particular ao seu presidente, Padre Américo Aguiar, por este gesto tão expressivo, tão oportuno e tão no-bre em prol dos bombeiros portugueses”.

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5JULHO 2015

LBP/INTERMARCHÉ

Bombeirosrecebem 510 EPI

A oferta de cinco equipamen-tos de proteção individual

de bombeiros para combate a incêndios em espaço natural (EPI) a cada uma das 102 asso-ciações de bombeiros voluntá-rios eleitas, num total de 510 desses equipamentos, é o re-sultado da campanha “Juntos vamos equipar os nossos He-

róis”, promovida pelo Grupo Os Mosqueteiros (lojas Intermar-ché, Bricomarché e Roady) em parceria com a Liga dos Bom-beiros Portugueses (LBP) no passado mês de junho.

À semelhança da campanha realizada em 2014, esta distri-buição foi estabelecida através de sorteio realizado na sede da

LBP em 26 de junho último, contando com a presença de membros do seu conselho exe-cutivo, nomeadamente do seu presidente, comandante Jaime Marta Soares, e da administra-ção do grupo Os Mosqueteiros. O sorteio contemplou as se-guintes Associações:

Agualva Cacém, AHBAC; Águeda, AHBVAlcácer do Sal, AHBMAlcochete, AHBVAljustrel, AHBVAlmada, AHBVAmarante, AHBVAmares, AHBVAnsião, AHBVArcos de Valdevez, AHBVAreosa – Rio Tinto, AHBVArganil, AHBVArraiolos, AHBVAAvintes, AHBVAzambuja, AHBVBatalha, AHBVBeja, AHBVBraga, AHBBVBBragança, AHBVCaldas da Rainha, AHBVCaldas das Taipas, AHBVCampo Maior, AHBVCastelo Branco, AHBVCastelo de Paiva, AHBVCastro Daire, AHBVCeloricenses, AHBVChamusquenses, AHBVCinfães, AHBVCruz Branca de Vila Real,

AHBVSPEsmoriz, AHBV

Estremoz, AHBVEFamalicenses, AHBVFerreira do Alentejo, AHBVFerreira do Zêzere, AHBVFZFigueira da Foz, AHBVGolegã, AHBVGGouveia, AHBVLagoa, AHBVLeiria, AHBVLeixões, AHBVLourinhã, AHBVLousada, AHBVMação, AHBVMacedo de Cavaleiros, AHBVMaceira, AHBVMafra, AHB/CSPMarco de Canaveses, AHBVMealhada, AHBVMerceana, AHBVMesão Frio, AHBVMinde, AHBVMira, AHBVMirandela, AHBVMogadouro, AHBVMoimenta da Beira, AHBVMonchique, AHBVMontemor-o-Velho, AHBVNisa, AHBVÓbidos, AHBVCOOliveira de Frades, AHBVOliveira do Bairro, AHBV

Oliveira do Hospital, AHBVPenafiel, AHBVPenalva do Castelo, AHBVPinhal Novo, AHBVPombal, AHBVPonte de Sôr, AHBVPorto de Mós, AHBVPóvoa de Lanhoso, AHBVProença-a-Nova, AHBVQueluz, AHBVRedondo, AHBVSalvaterra de Magos, AHBVSanta Comba Dão, AHBVSantiago do Cacém, AHBMSanto André, AHBVSASão Bartolomeu de Messines,

AHBVSão Pedro do Sul, AHBVSerpins, AHBVSertã, AHBVSoure, AHBVTondela, AHBVTrofa, AHBVValpaços, AHBVVila das Aves, AHBVVila Nova da Barquinha, AHBVVila Nova de Poiares, AHBVVila Real de Santo António,

AHBVVila Viçosa, AHBV

O grupo Os Mosqueteiros, com base na sua estratégia co-mercial e de comunicação, e por sua exclusiva responsabili-

dade, decidiu também contem-plar as Associações Humanitá-rias dos Bombeiros Voluntários de Abrantes, Alenquer, Al-

vaiázere, Belas, Cacilhas, Cas-cais, Ericeira, Idanha-a-Nova, Mortágua, Odemira, Oleiros, Ovar e Viana do Castelo.

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Já foram aprovados pela Dire-ção Nacional de Bombeiros

(DNB) da Autoridade Nacional de Proteção Civil (ANPC) 164 quadros de especialistas em corpos de bombeiros voluntá-rios de todo o país. Encontram--se neste momento mais 19 em fase de análise.

Recorde-se que a retoma do quadro de especialistas era uma antiga reivindicação da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, ciente da importância dos elementos nele integrantes para o funcionamento e operacionalidade dos corpos de bombeiros.

O maior número de quadros especialistas apro-vados situa-se no distrito do Porto (34), seguin-do-se, Setúbal (14), Guarda e Leiria (12 cada),

Bragança e Braga (11 cada), Lisboa (10), Porta-legre (9), Aveiro e Viseu (7 cada), Coimbra, Faro, Santarém e Beja (6 em cada), Castelo Branco (5), Vila Real (4), Évora (3) e Viana do Castelo (1).

QUADRO DE ESPECIALISTAS

Aprovadas 164 propostas

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6 JULHO 2015

A motorização dos corpos de bombeiros, ou seja, a adop-

ção do meio automóvel no ser-viço de incêndios deu-se duran-te a primeira década do século XX, substituindo progressiva-mente os veículos de tracção humana e animal.

Foi, contudo, a partir da se-gunda metade dos anos 20 que tal inovação começou a verifi-car-se com maior incidência, em todo o país.

Desde então, a capacidade de resposta do serviço de incêndios tornou-se mais rápida, enquan-to o pessoal passou a deslocar--se para os locais de sinistro em condições de comodidade, con-centrando todo o esforço físico na prestação do socorro, uma vez poupado de fazer mover, até ao seu destino, pesados equipa-mentos.

Não obstante a nova e benéfi-ca realidade, os primeiros tem-pos da sua expansão foram en-sombrados pela ocorrência de graves acidentes.

Na verdade, entre 1923 e 1935, um elevado índice de si-nistralidade automóvel marcou a vida dos bombeiros portugue-ses, chegando a ser colocadas

em causa, por razões de segu-rança e economia, as vantagens decorrentes do recurso a tal meio, sobretudo nos corpos de bombeiros de pequena dimen-são existentes na província. “Basta de vitimas de um luxo escuzado”, referia, a propósito, o “Jornal dos Bombeiros”, de 11 de Outubro de 1931, produzindo judiciosas considerações.

De modo geral, naquele pe-ríodo e noutros que o sucede-ram, os pronto-socorros não dispunham de depósitos de água e de bombas acopladas, limitando-se a sua função ao transporte de pessoal e mate-rial. Era, talvez, excepção à re-gra, o então Batalhão de Sapa-dores Bombeiros de Lisboa, en-contrando-se equipado, desde 1931, com viaturas ultramoder-nas, sujeitas a rigorosos planos e projectos, dotadas de tanques para 400 litros de água, bombas centrífugas de alta pressão e mangueiras rígidas.

Ao contrário do verificado em Lisboa e nos demais centros ur-banos, o carroçamento dos pronto-socorros – grande parte do qual executado, empirica-mente, pelos próprios bombei-

ros, baseado em modelos de origem estrangeira ou nas ideias concebidas por elementos enge-nhosos pertencentes aos co-mandos ou às chefias – não se subordinava a orientações pre-cisas tendentes, por exemplo, a zelarem pela segurança, quer das viaturas, quer dos seus ocu-pantes. Tendia-se, de grosso modo, a privilegiar a harmonia estética, em detrimento do as-pecto funcional.

Convém sublinhar que, ao tempo, no nosso país, a espe-cialização no carroçamento de veículos novos para bombeiros, além de dispendiosa, ainda não havia conhecido a implementa-ção e o desenvolvimento que

A motorização dos corpos de bombeiros…Pesquisa/Texto:

Luís Miguel Baptista

veio a ter mais tarde, nos pla-nos industrial e comercial.

Em razão disso verificava-se o aproveitamento de carros par-ticulares, em segunda mão, desgastados por uso excessivo, solução recorrente, bem-inten-cionada, é certo, mas geradora de problemas de variada ordem, de resto, conforme defendido pelo “Jornal dos Bombeiros”, alertando:

“(…) desde que alguns corpos de bombeiros dos arredores e da provincia adotaram, sem ne-cessidade de maior, velhos au-tomoveis transformados em via-turas de pronto socorro, os de-sastres materiais e pessoais su-cedem-se uns após outros devido à inexperiencia e negli-gencia dos chauffereus, ao ex-cesso de velocidade, ao peso demasiado que eles suportam, e má montagem do material que desiquilibra facilmente a carros-serie, produzindo as funestas consequencias que aqui temos registado, tudo para se ir acudir, n’uma carreira vertiginosa, a in-cêndios distantes das suas sé-des, em propriedades de peque-na importância que, quando chegam ao local, se não ficam a meio caminho, encontram de pé as quatro paredes e um montão de escombros.

Não se deve sacrificar assim preciosas vidas de benemeritos, reduzir á miseria as mulheres e filhos, e deteriorar o material que hoje é carissimo, para ir fa-zer o rescaldo de uma fogueira, a cinco, dez, vinte kilometros de distancia das sédes.”

Igualmente atento a esta pro-blemática, que chegou a causar, entre feridos e mortos, mais de cem vítimas, o jornal “O Fogo”,

de 25 de Julho de 1926, procu-rava assim despertar as cons-ciências dos responsáveis pelas organizações dos bombeiros:

“(…) há muito tempo que aquisição de carros velhos que depois são adaptados com me-lhor ou peior fantasia eram, não melhoramento, mas verdadei-ras causas de ruina para as As-sociações.

Concertos, reparações, ex-cesso de consumo, avarias constantes são o unico resulta-do que se obtem dos chassis ve-lhos adaptados.

Chassis novos adaptados po-dem não representar o ideal mas são sempre preferiveis a todas as combinações feitas com velhos chassis.”

Noutro plano, por mais estra-nho que pareça, os bombeiros não estavam munidos de carta de motoristas-mecânicos, facto este, segundo o “Jornal dos Bombeiros”, visto com indife-rença pelas entidades compe-tentes, mormente, as antigas comissões administrativas dos municípios, os administradores dos concelhos e os encarrega-dos da fiscalização das estradas.

Socialmente viviam-se tem-pos de excessos, o que parece ter exercido influência no seio de alguns corpos de bombeiros, num período caracterizado por certa desorganização e que jus-tificou, a partir de 1929, sob os princípios da ordem e da disci-plina, a iniciativa de um grupo de comandantes com vista à fundação da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP).

Mas, retomando o assunto, convém sublinhar que a trans-formação de viaturas usadas perdurou, como se sabe, duran-te muitos anos, embora configu-rada em novos critérios e proce-dimentos, consequência natural da evolução dos tempos, do avolumar de responsabilidades cometidas às vulgarmente de-signadas “corporações de bom-beiros” e da alteração de men-talidade ao nível das novas ge-rações de decisores.

Somente nos anos 60 é que se começou a generalizar a en-trada ao serviço de veículos

concebidos, de origem, para o combate a incêndios, caso dos célebres e potentes pronto-so-corros de nevoeiro, atribuídos pelas Inspecções de Incêndios das Zonas Norte e Sul, estrutu-ras do Estado cuja instituciona-lização, por via da entrada em vigor do Código Administrativo de 1936, pôs termo a muitas assimetrias até aí identificadas. De relevar, ainda, neste con-texto, a publicação, no ano de 1951, de uma nova versão do Regulamento dos Corpos de Bombeiros, o qual atribuiu aos inspectores de zona a compe-tência de “aprovar os modelos de material e dar parecer sobre os tipos de viaturas e restante material de incêndios”.

Na sua edição de Março e Abril de 1967, o “Boletim da Liga dos Bombeiros Portugue-ses” abordava exactamente o tema do reapetrechamento material dos corpos de bombei-ros, congratulando-se com a mudança de paradigma e avi-vando a memória acerca das “compras associativas de car-ros baratinhos, em segunda e terceira ‘mãos’”, “sem os requi-sitos técnicos e materiais indis-pensáveis para uma viatura de especial função” e do quanto “causava apreensões ver-nos sair para fogo com quatro, seis ou oito voluntários de boa von-tade”.

Outros tempos, outros con-ceitos de vida, em que a segu-rança individual e colectiva pa-recia não constituir um valor su-premo, ao ver-se renegada para segundo plano.

Faz, portanto, todo o sentido que concluamos, como home-nagem, parafraseando palavras justas e assertivas que o mes-mo boletim da Confederação inscreveu nas suas colunas:

“A quantos riscos se expuse-ram esses homens abnegados e bons, correndo para o perigo, em cima de outro perigo ainda maior.”

Artigo escrito de acordo com a antiga ortografia

Site do NHPM da LBP:www.lbpmemoria.wix.com/

nucleomuseologico

A REVIVER MAIS, Associação dos Operacio-nais e Dirigentes dos Bombeiros Portugue-

ses, IPSS, apresenta o seu site completamen-te renovado, de harmonia com o compromisso assumido, pelos seus atuais responsáveis, no Plano de Atividades para 2015.

“É imprescindível desenvolver e afirmar a nossa associação, segundo um processo dinâ-mico que fortifique a sua estrutura e, por con-sequência, introduza mais-valias e confira maior visibilidade pública ao seu projeto so-cial”, esclareceu, a propósito, o presidente do Conselho de Administração Executivo, Luís Mi-guel Baptista.

Disponível em www.revivermais.pt, o refe-rido site apresenta um conjunto de informa-ções úteis de natureza institucional e prima por manter os sócios e o público em geral, permanentemente, identificados com as ativi-dades da REVIVER MAIS.

O próprio jornal “Bombeiros de Portugal” está consultável através da valência “Leitu-ras”, ao mesmo tempo que é dado destaque à parceria existente entre aquela associação e a Fundação INATEL, a qual envolve um conjunto de benefícios, nas áreas do turismo, desporto, cultura e formação, aplicável aos sócios da primeira.

Paralelamente a REVIVER MAIS está pre-sente na rede social Facebook, em www.face-book.com/revivermais

REVIVER MAIS

Site renovado

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7JULHO 2015

Depois de um ano em que as condi-ções meteorológi-

cas se traduziram num saldo positivo em maté-ria de área ardida e nú-mero de ocorrências, os primeiros sete meses deste ano já atingiram valores que ficam acima da média dos últimos dez anos. Segundos dados do Instituto da Conservação da Natureza e Florestas (ICNF), a 15 de julho, o número de incêndios florestais e de área ardida estão acima da média dos últimos dez anos. Estes são números que para a Autoridade Nacional de Prote-ção Civil, não constituem a pri-meira prioridade. Para José Ma-nuel Moura, o Comandante Operacional Nacional, mais im-portante do que a área ardida, é a segurança dos combaten-tes. No arranque da Fase Char-lie, José Manuel Moura reforçou a ideia de que ter uma época de fogos sem vítimas é “o grande objetivo” do dispositivo. Para isso, garante, foi feita uma aposta na formação para ate-nuar o risco. “Podemos chegar com mais área ardida, podemos chegar com mais ignições, mas chegarmos com vítimas zero,

sejam feridos, sejam vítimas mortais, sejam civis ou comba-tentes, é o grande objetivo”, reafirmou o responsável.

O relatório provisório de in-cêndios florestais disponível na página da internet do ICNF adianta que a base de dados nacional de incêndios florestais registou, entre 1 de janeiro e 15 de julho último, um total de 8.753 ocorrências (1.903 in-cêndios florestais e 6.850 foga-chos) que resultaram em 23.702 hectares de área ardida, entre povoamentos (10.873 hectares) e matos (12.829 hec-tares).

O documento indica que, nos últimos dez anos, apenas em 2005 (56.835 hectares) e 2012 (37.715 hectares) houve mais

área ardida. “Comparando os valores do ano de 2015 com o histórico dos últimos dez anos (2005-2014), destaca-se que se registaram mais 12 por cen-to de ocorrência relativamente à média verificada no decénio 2005-2014 e que ardeu mais 29 por cento do que o valor médio de área ardida nesse pe-ríodo”, refere o ICNF.

De acordo com o relatório provisório, até 15 de julho, há registo de 444 reacendimen-tos, mais 24 do que a média do período 2005-20014.

O ICNF indica também que os distritos do Porto (2.066) e de Braga (1.801) são os que registaram, até 15 de julho, mais ocorrências, sendo a maioria fogachos, ou seja, de

reduzida dimensão, que não ul-trapassam um hectare de área ardida.

Segundo o documento, os distritos mais afetados no que diz respeito à área ardida fo-ram Viana do Castelo, Braga e Viseu, com 3.785 hectares, 2.779 e 2.729, respetivamen-te. De acordo com o relatório provisório, até 15 de julho re-gistaram-se 31 grandes incên-dios, que queimaram 11.615 hectares de espaços florestais, ou seja 49 por cento do total da área ardida.

O maior incêndio ocorreu a 7 de julho passado em São Pedro de Tomar, concelho de Tomar, distrito de Santarém, e consu-miu cerca de 1.580 hectares de espaços florestais.

Alerta para a Península Ibérica

O Fundo Mundial para a Na-tureza (WWF) advertiu que a falta de ações contra as alte-rações climáticas vai condenar o planeta a sofrer grandes in-cêndios florestais, cada vez mais frequentes e devastado-res. No relatório “Mais um grau, menos um bosque”, ela-borado no âmbito da campa-nha “Nem mais um grau”, lan-çada no princípio de julho pela organização não-governa-mental ambientalista, a WWF prevê que a área queimada na Península Ibérica possa au-mentar até 300 por cento an-tes de 2075. O documento aponta a região mediterrânica

como uma das mais vulnerá-veis do planeta aos efeitos das alterações climáticas e as suas zonas florestais as mais afetadas, devido ao agrava-mento dos efeitos e da fre-quência dos grandes incêndios florestais (mais de 500 hecta-res da superfície ardida). A WWF alerta para outros im-pactos das alterações climáti-cas, devido ao stresse hídrico ou térmico que vão submeter a uma pressão crescente as zonas florestais, onde as es-pécies mais bem adaptadas à aridez e a novas condições vão conquistar terreno a ou-tros ecossistemas florestais mais vulneráveis, especial-mente nas zonas montanho-sas.

INCÊNDIOS

Segurança é objetivo principal

O estado de saúde das duas bombeiras dos voluntá-

rios de Mogadouro está a evoluir favoravelmente. Lúcia Mendes, 50 anos, continua internada na Unidade de Queimados do Hospital da Universidade de Coimbra, e Cláudia Mendes, 24 anos, mantém-se em recuperação no Hospital de São João do Porto. Ambas têm sido sujei-tas a tratamentos e, à data de fecho desta edição, o esta-do de saúda destas operacio-nais evoluía favoravelmente. O acidente que envolveu es-tas duas bombeiras foi o mais grave ocorrido até ao mo-mento no combate aos incên-dios. No passado dia 6 de ju-nho, as duas bombeiras fo-ram traídas pelo fogo, tendo sofrido queimaduras do se-gundo e terceiros graus, quando combatiam um in-cêndio no Parque Natural do Douro Internacional.

Situação menos grave é a dos dois bombeiros dos Vo-luntários de Tabuaço, víti-mas de um acidente com um veículo pesado que se des-pistou e caiu por uma riban-ceira, quando iam fazer um abastecimento de água à população. Os dois bombei-ros foram transportados para o hospital e um deles, José Caseiro, teve logo alta.

A inspirar mais cuidados, é a situação de José Santos, de 47 anos, que sofreu múltiplas fraturas e que se encontra a recuperar na Unidade de Cui-dados Intermédios do Hospi-tal de Vila Real. Segundo o adjunto de comando, Aurélio Ferreira, o bombeiro está bem, mas a “recuperação vais ser lenta”.

Também este mês, uma viatura dos Bombeiros Vo-

luntários de Castelo Branco foi atingida pelas chamas, tendo a cabine ficado total-mente carbonizada. Na se-quência desta situação, o bombeiro da corporação, Jú-lio Nazaré, foi transportado para a Unidade de Queima-dos do Centro Hospitalar da Universidade de Coimbra, de onde já teve alta. O jovem está em casa a recuperar bem.

Depois dos contratempos que envolveram a disponibilidade dos helicópteros pesados

Kamov, o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF) vai poder contar até ao final do mês com três Kamov. Segundo João Almeida, o secretário de Estado da Admi-nistração Interna, dois já estão disponíveis e, até final de julho, estará operacional mais um. João Almeida falava na Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar após um requerimento do PCP, para ouvir o Governo sobre os meios aé-reos DECIF.

O governante lembrou que a manutenção destas aeronaves foi adjudicada a uma nova empresa, tendo posteriormente sido deteta-dos problemas “graves” que levaram à inope-racionalidade de quatro Kamov, o que somado a outra aeronave que teve um acidente em 2012, deixou apenas um Kamov operacional. João Almeida recordou que o seu ministério abriu um inquérito para apuramento total das responsabilidades relacionadas com os pro-blemas do Kamov, o que não impediu que se iniciasse o processo de reparação das aerona-

ves, o que permite que atualmente dois Ka-mov estejam disponíveis e um outro pronto até final do mês. João Almeida reconheceu que a inoperacionalidade dos Kamov é um “problema estrutural”, indicando que em 2014 estas aeronaves estiveram inoperacionais 1.846 horas, enquanto em 2013 foram 2.887 horas e, em 2012, atingiu 2.146 horas. O res-ponsável realçou que o Governo “não nega a gravidade da situação dos kamov”, nem des-valoriza a importância destas aeronaves pesa-das no combate aos incêndios florestais, mas apontou a utilização de outros meios aéreos anfíbios que, com a ajuda das equipas terres-tres, têm mantido taxas elevadas de sucesso nos ataques iniciais aos fogos.

João Almeida garantiu que o Governo tinha informação oficial que “contrariava o estado” em que as aeronaves, afinal, se encontravam, pelo que decidiu instaurar um inquérito para apurar responsabilidades de entidades públi-cas ou privadas causadoras da situação.

Feridos estão a melhorar DECIF já conta com três Kamov

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8 JULHO 2015

“O esforço de um bombeiro após 3 horas de combate a um incêndio florestal é seme-

lhante ao de um atleta da meia maratona”Nas últimas edições da rubrica Alerta Verme-

lho para a Segurança, o Prémio Boas Práticas ANPC 2015 – para a Segurança e Saúde Ocupa-cional dos Corpos de Bombeiros, tem sido o pon-to central. Com o início em 01 de Julho da fase Charlie do Dispositivo Especial de Combate a In-cêndios Florestais – DECIF 2015 nunca é demais relembrar a importância da segurança nesta missão específica dos bombeiros. Esta necessi-dade de segurança pode inspirar o surgimento de uma ideia de boa prática, que mesmo sendo implementada de imediato poderá, no final da época de incêndios ser um valor acrescido ao sucesso da missão de tal forma que, o seu im-pacto deve ser merecedor de reconhecimento não apenas a nível local mas também nacional, constituindo um exemplo a seguir pelos restan-tes CB´s.

O esforço físico e psicológico despendido no combate a incêndios florestais, leva a um estado de fadiga que resulta em dores musculares e das articulações, cansaço cronico, menor capacidade

de tomada de decisão, falta de concentração, que são sintomas que podem ter consequências desastrosas ou mesmo terminais para os bom-beiros.

“O stresse a que um bombeiro está sujeito numa frente de combate de um incêndio flores-tal é semelhante a um cenário de guerra“

O QUE SÃO BOAS PRÁTICAS EM INCÊNDIOS FLORESTAIS? AQUI ESTÃO ALGUNS EXEMPLOS:

– Assegurar a correta desmobilização das equipas de combate (hidratação e alimentação adequada, gestão do stresse e fadiga).

– Garantir a hidratação adequada (evita a de-

gradação muscular, desmaios e até mesmo da-nos no sistema renal).

– Garantir a alimentação adequada (Existem alimentos que promovem uma melhor recupera-ção muscular após esforço físico intenso - líqui-dos (água, leite ou sumos naturais), vegetais e fruta (por exemplo laranja, banana, etc.), hidra-tos de carbono (pão, massas, etc.) e alimentos ricos em proteína como frango, ovos e peixe (es-tes alimentos, visto serem de digestão mais difí-cil, não devem ser consumidos em excesso ime-diatamente após o combate).

– Garantir o descanso adequado (evitar a fa-

diga e a sonolência, o estado de alerta diminui, o tempo de reação é alterado e a capacidade de pensar e tomar decisões fica comprometida).

– Garantir a correta gestão do stresse das operações de combate (reabilitação psicológica dos bombeiros).

– Rotação de funções no T.O. para gestão do esforço e desgaste – ataque direto, indireto e ações de rescaldo.

– Por último, importa relembrar que o melhor EPI do mundo não evita queimaduras, apenas minimiza as consequências da exposição ao ca-lor… a melhor proteção é o comportamento ade-quado por parte do bombeiro e da sua equipa!

NAS OPERAÇÕES DE SOCORRO O MAIS IM-PORTANTE É A VIDA HUMANA, NAS MISSÕES DE INCÊNDIOS FLORESTAIS O MAIS IMPORTANTE É TODAS AS EQUIPAS DE BOMBEIROS VOLTAREM EM SEGURANÇA PARA O QUARTEL E PARA AS SUAS FAMÍLIAS.

Para mais informações a Divisão de Seguran-ça, Saúde e Estatuto Social da Direção Nacional de Bombeiros (ANPC) está à disposição através do telefone 214 247 100 ou do endereço eletró-nico [email protected].

Boas práticas em incêndios florestais

ALERTA VERMELHO PARA A SEGURANÇAAUTORIDADE NACIONAL DE PROTECÇÃO CIVIL

Decorreu recentemente no salão nobre dos Bombeiros

Voluntários de Queluz, a ceri-mónia de promoção a bombeiro de 3.ª de 23 estagiários, 11 de-les mulheres.

Conforme nos adiantou o co-mandante Joaquim Santos, “desta forma, foi possível mus-cular o número de bombeiros do quadro ativo, para corresponder de forma eficiente nas missões que desempenhamos diaria-mente ao serviço da comunida-de que um dia juramos proteger e socorrer”.

Os novos bombeiros são, Juliano Rosa Dos San-tos, Fernando Henrique Ferreira Espanhol, Tomás de Oliveira Rodrigues, Tiago Lisboa Araújo, André Martins Figueiredo Costa, Bruno Alexandre Pereira Almeida, Cláudia Alexandre Salgado Neves, Sara Marina Dos Santos Augusto, Sara Filipa Ardisson Valente, Daniela Maria Marques Felizardo, Antonio Francisco Ferreira Espanhol, Ana Carla Domingues Quaresma, Nadiya Trygub, José Carlos Gomes Barros Teixeira, António José Serra do Carmo, Ca-rolina Da Silva Brito, Inês Margarida Salvador de Matos, Beatriz Correia Marques, Ana Catarina Go-mes Dias, Jaqueline Monteiro Santos, Tiago Mi-guel Silva Marques, Manuel António Vaz de Veiga, Diogo Paulo de Oliveira Rodrigues

“O que conseguem atingir hoje não é a conclu-são de uma missão, mas apenas parte dela, te-

mos de continuar a trabalhar para que possamos adquirir mais e melhores conhecimentos” referiu o comandante dos Voluntários de Queluz dirigin-do-se aos novos bombeiros.

Dos 57 que iniciaram o curso de instrução ini-cial de bombeiro, apenas 23 terminam este longo processo, “provando mais uma vez que querer é poder, servido de exemplo para o ditado popular “ que é perante o Obstáculo que o Homem se des-cobre”, conforme sublinhou o comandante Joa-quim Santos adiantando que, “o facto de hoje re-ceberem mais um traço na vossa divisa não signi-fica que tenhamos mais, poder, mais liberdade, menos trabalho, Significa sim, mais responsabili-dade, não só com o corpo de bombeiros, mas também com as pessoas que hoje juramos prote-ger e socorrer”.

QUELUZ

Mais 23 novos bombeiros

Foram admitidos ao quadro ativo dos Bombeiros Voluntários da Aguda, 9 novos elementos após

a conclusão da formação intensiva de cerca de 1 ano a que foram sujeitos.

O comandante Olímpio Pereira, acompanhado pelo adjunto de comando Carlos Cardoso, res-ponsável pela escola de recrutas, numa singela cerimónia, procedeu à sua promoção em parada com os elementos de serviço.

Os novos bombeiros de 3.ª são: José Pinto, Fá-bio Prazeres, Bruno Testa, Tiago Vieira, Inês Lei-te, Joana Carvalho, Arménio Gonçalves, Bruno Freitas e Jorge Pinto.

Conforme o segundo comandante César, “a ne-cessidade da sua colaboração no imediato faz com que a “festa” a fazer aos novos elementos esteja adiada mas não esquecida.

AGUDA

Voluntários asseguram renovação

Para culminar um processo de formação que ultrapassou 1

ano, com mais de 1000 horas de formação, instrução, treino e exercícios e 6 meses de período probatório, em que devidamen-te tutorados desempenharam em contexto real de trabalho e em permanente avaliação as funções de Bombeiro de 3.ª, os 18 estagiários do Corpo de Bombeiros (CB) de Portimão que terminaram com aproveita-mento os 6 módulos do Curso Inicial de Bombeiro (CIB) foram avaliados nas Provas de Conhe-cimentos Nacionais.

As provas, teórica e prática, cujo júri era presi-dido pelo 2.º Comandante Operacional Distrital de Faro da Autoridade Nacional Proteção Civil, um representante da Escola Nacional de Bombei-ros, bem como os comandantes dos Corpos de Bombeiros envolvidos, juntou cerca de 50 esta-giários dos CB de Albufeira, Faro-Cruz Lusa, S. Brás de Alportel e Portimão, que ao longo de 2 dias foram avaliados nas diversas áreas funcio-nais e temáticas, por forma a aferir as suas capa-cidades para o exercício da missão.

Em curso, iniciada em janeiro do presente ano, encontra-se uma nova Escola de Estagiários que

conta com cerca de 30 candidatos, os quais, se concluírem com aproveitamento todos os módu-los do CIB, a partir do próximo mês de julho ini-ciarão o período de estágio em contexto real de trabalho, sob tutela de um graduado e em janeiro de 2016 ingressam no Quadro Ativo, na categoria de Bombeiro de 3.ª.

Um dos objetivos estratégicos delineado em Plano de Atividades do CB para 2015, está dire-cionado para os Recursos Humanos e prevê criar as condições para que o quadro de pessoal atinja os 120 bombeiros, contando atualmente já com 105 em situação de atividade.

PORTIMÃO

Reforços chegam ao quartel

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9JULHO 2015

Um homem, de 80 anos, morreu na passada se-mana na sequência de

um acidente agrícola com tra-tor em Alcobaça. A vítima “es-tava a operar a máquina e caiu numa ribanceira”, referiu o co-mandante dos Bombeiros Vo-luntários de Alcobaça, Mário Cerol. Este é o acidente mortal mais recente a envolver um trator agrícola e que fará agra-var as estatísticas que estão a preocupar bombeiros e a Auto-ridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR). Numa altu-ra em que ainda não são co-nhecidos os dados oficiais rela-tivos aos primeiros seis meses deste ano, com a explicação de que os “dados disponíveis rela-tivos ao corrente ano, ainda não nos permitem este deta-lhe”, basta olhar para a evolu-ção dos acidentes nos últimos três anos para perceber a gra-vidade da situação. Só o ano passado morreram 25 pessoas na sequência de acidentes de-correntes do manuseamento de tratores agrícolas, e destes 20 eram os condutores dos veí-culos. (ver tabelas).

Segundo dados fornecidos ao “Bombeiros de Portugal”, pela ANSR, Portugal é atualmente dos países da Europa com “mais mortos” em acidentes com tra-tores e o capotamento é a cau-sa de morte de dois em cada três acidentes com tratores agrícolas, e os condutores da faixa etária mais elevada são os mais afetados. Ainda segundo dados da ANSR, a monitoriza-ção constante deste fenómeno por parte das entidades compe-tentes, apontam a falta de co-nhecimento, experiência e do-mínio das técnicas de condução de veículos agrícolas; o excesso de horas de trabalho, que po-

dem causar fadiga e, conse-quentemente, falta de concen-tração e atenção dos conduto-res quando circulam na via pú-blica; o consumo de álcool, gerador de comportamentos de

alto risco; a idade avançada de grande parte dos condutores, com as dificuldades que lhe são inerentes, e a antiguidade da frota e dos equipamentos agrí-colas, bem como uma manu-

tenção pouco regular e cuida-dosa, são as causas apontadas pelos técnicos da ANSR para esta realidade.

O que fazer para inverter os números

E que tipo de campanhas existem para reduzir este tipo de sinistralidade? Segundo a ANSR, foi lançada em 2011 uma campanha que tinha como público alvo os utilizadores des-te tipo de máquinas e que con-tou com o apoio das forças de segurança e de outras entida-des públicas, bem como asso-ciações do setor agrícola, cam-panha essa que foi bastante bem acolhida pelos seus desti-natários. Já em janeiro deste

ano, a ANSR associou-se como parceira à campanha “Preven-ção de Riscos Profissionais em Máquinas e Equipamentos de Trabalho”, da responsabilidade da Autoridade para as Condi-ções do Trabalho (ACT). Neste contexto, e no âmbito da edição de 2015 da Feira Nacional de Agricultura, que decorreu em Santarém, a ANSR participou num seminário sobra a preven-ção de riscos profissionais em tratores e máquinas agrícolas.

Este tipo de sinistralidade está diretamente ligada às zo-nas agrícolas do país, sobretu-do as zonas do interior, e é um dos fatores de preocupação dos bombeiros um pouco por todo o país. Segundo Adelino Gomes, comandante dos Bombeiros Vo-luntários de Constância, o nú-mero de acidentes com vítimas tem vindo a aumentar a nível regional em especial no “Riba-tejo Norte” onde os terrenos são mais acidentados. “Pela ex-periência que temos dos últi-mos acidentes, grande parte acontecem por excesso de con-fiança ou negligência dos con-dutores e a maioria envolve os proprietários que utilizam as máquinas em pequenos traba-

lhos sazonais”, sublinha o comandante que apon-ta ainda um outro fato-res decisivo. Segundo Adelino Gomes, muitos dos acidentes mortais têm por base a falta de sistemas de segurança das máquinas antigas e da retirada pelos condu-tores dos sistemas de segurança nas máquinas novas os chamados “Santo António”. “Estes dispositivos são retira-dos para que os tratores possam andar debaixo

das árvores, nas filas das vi-nhas ou dos pomares. Com es-tas proteções de segurança, os tratores derrubam e estragam a fruta, o que faz com que os agricultores não os queiram co-locar”, conta aos Bombeiros de Portugal.

O jornal tentou chegar à fala com alguns agricultores, os quais não se mostraram dispo-níveis para reagir a esta situa-ção.

Patrícia Cerdeira

ACIDENTES COM TRATORES

Portugal bate recordes europeus

N.º de acidentes com vítimas mortaisenvolvendo tratores

Acid. c/ vít. Mortais2012 2013 2014

22 19 25

Vítimas mortais resultantes de acidentes envolvendo veículos agrícolas por tipo de utente

2012 2013 2014Condutores 19 13 20Passageiros 3 1 2

Restantes utentes 0 5 4Total 22 19 26

Tomou posse, recentemen-te, o novo comandante dos

Voluntários de Ponte de Sor, cerca de cinco meses após o falecimento por doença de Joaquim Nunes.

Simão Velez que desempe-nhava o cargo de adjunto de Comando nos Bombeiros Mu-nicipais de Gavião desde 2010, aceitou o repto e assume, agora, a liderança da estrutura dos Bombeiros de Ponte de Sor.

Este é um “desafio imenso”, tendo e conta “os riscos natu-rais comuns aos concelhos desta zona do país, a que se juntam outros de cariz tecno-lógicos no município e que im-plicam capacidade de resposta operacional, diversificada e especializada”, segundo desta-ca fonte da instituição.

PONTE DE SOR

Quartel com novo comandante

Tiago Fernandes é, desde 3 de julho úl-

timo, o segundo-co-mandante da Associa-ção Humanitária dos Bombeiros Voluntários Lisbonenses. Á cerimó-nia de tomada de posse estiveram presentes representantes de mui-tas associações congé-neres (Estoril, Amado-ra, Pontinha, S. Pedro de Sintra) e do Regi-mento de Sapadores Bombeiros de Lisboa.

A Reviver Mais mar-cou também presença, através do coman-dante do QH França de Sousa e do chefe do QH João Marques.

O novo membro do comando dos Lisbo-nenses é natural de Lisboa, é bombeiro des-

de 1998 tendo ingres-sado no posto de cade-te nos Voluntários da Amadora. Posterior-mente prosseguiu a sua carreira de bom-beiro nos Voluntários de Camarate, de Algés e depois nos Lisbonen-ses.

Tiago Fernandes fre-quentou o curso de quadro de comando da Escola Nacional de Bombeiros, é tripulan-te de ambulância de socorro (TAS), e é de-

tentor dos cursos de condução fora de estra-da, salvamento em grande ângulo, chefe de equipa de incêndios urbanos, chefe de equi-pa de incêndios florestais, e recebeu forma-ção na TEPESA, Espanha.

LISBONENSES

Segundo reforça estrutura

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10 JULHO 2015

INEM ENTREGA 36 AMBULÂNCIAS

Governo elogia bombeiros

A cerimónia de entrega de 36 novas ambulâncias aos bombeiros ficou marcada por rasgados elogios

aos bombeiros portugueses, enquanto principais agentes do Sistema Integrado de Emergência

Médica (SIEM). Entre balanços ao investimento do INEM nesta legislatura e discursos, a cerimónia fica

marcada por sinais de claro “entendimento” entre a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) e o INEM.

Texto: Patrícia Cerdeira

Fotos: Marques Valentim

“Neste momento temos uma grande parte do socorro suportado no voluntariado,

um setor com levado grau de abnega-ção que merece toda a nossa justiça. Os bombeiros portugueses têm forne-cido ao país uma qualificada platafor-

ma de suporte a todo o sistema, com um elevado nível de formação”. Foi desta forma que Paulo Campos, o pre-sidente do INEM, referiu ao Bombei-ros de Portugal a sua visão sobre o papel do maior agente de proteção ci-vil no SIEM.

A cerimónia de entrega das novas viaturas, todas com zero quilómetros, realizou-se no passado dia 28 de ju-lho, no Padrão dos Descobrimentos, em Lisboa.

Perante uma plateia repleta de con-vidados, entre os quais vários opera-cionais e dirigentes associativos, Paulo Campos sublinhou o simbolismo da cerimónia”: É o maior investimento em emergência médica realizado em Portugal, nos últimos dez anos”. Se-gundo Paulo Campos, com esta entre-ga foram atingidos, em Portugal, os 300 PEM (Postos de Emergência Médi-ca), restando apenas 21 municípios para completar o objetivo de “equipar todos os municípios com um destes

meios”. “Há dez anos tínhamos 183 PEM, há cinco anos, 226. Hoje, temos 300 PEM, 56 Ambulâncias de Emer-gência Médica, 40 ambulâncias de Su-porte Imediato de Vida e 42 Viaturas Médicas de Emergência e Reanima-ção”, adiantou Paulo Campos.

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Jaime Marta Soa-res, também se juntou ao clima de sa-tisfação pela entrega de mais estes meios, mas, ao seu melhor estilo, aproveitou a intervenção para apelar ao ministro da Saúde, presente na ce-rimónia, para que seja corrigida a obrigação de os Veículos Dedicados ao Transporte de Doentes (VDTD), cria-dos com o novo regulamento de trans-

porte de doentes, pagarem os impos-tos de aquisição e as portagens.

No seu discurso, o ministro da Saú-de, Paulo Macedo, não respondeu ao apelo, tendo, no final do evento, afir-mado aos jornalistas que os bombei-ros precisam de ter os meios necessá-rios para trabalhar, não desenvolvendo e, até evitando, a questão da “fiscali-dade”, como se lhe chamou. Paulo Ma-cedo mostrou vontade de antecipar a meta de 2017 para a conclusão da co-bertura nacional destes meios, a qual disse que gostaria de ver concluída em 2016. Seguiu-se a entrega das chaves das viaturas e a sua bênção, a cargo do bispo auxiliar de Lisboa, Nuno Brás.

Já sobre o novo clima de “entendi-mento”, Jaime Marta Soares referiu ao ‘BP’ que, finalmente, o INEM “perce-beu” que não tem outra “alternativa”. “Os bombeiros são o principal agente do sistema e, por isso, estamos con-denados a dar-nos bem”, sublinhou o dirigente que salientou a postura “construtiva” do atual presidente do INEM.

O investimento das ambulâncias agora entregues ronda os 1,9 milhões de euros, de um total de 20 milhões que serão aplicados até ao final deste ano.

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11JULHO 2015

A remodelação do quartel dos Bombeiros Municipais de Tomar surge como

uma prioridade assumida, re-centemente, pela presidente da câmara municipal, Anabela Freitas, ao jornal Bombeiros de Portugal.

Instalado no centro da cidade templária, o complexo pede há muito requalificação até porque para além de questões de ope-racionalidade que importa rever e melhorar, existem “graves problemas estruturais no edifí-cio”, nomeadamente na área onde está instalado o Gabinete de Proteção Civil Municipal que, segundo a autarca é urgente solucionar.

Anabela Freitas explica que o projeto está “em fase final de elaboração” mas que a sua con-cretização aguarda financia-mento e tendo em conta a im-plantação do edifício no centro da cidade e no âmbito de uma estratégia de reabilitação urba-na a autarquia deverá recorrer aos cofres comunitários.

“Gostaríamos de avançar com a obra já em 2016, aguar-damos pela abertura das candi-daturas a programas no âmbito das políticas de cidades e, tam-bém, pela legislação completa em matéria de Plano Estratégi-co do Desenvolvimento Urbano, que regulamenta este tipo de intervenções”, explica Anabela Freitas, que embora garanta não existir orçamento para a empreitada, este será um in-vestimento na ordem dos 500 mil euros, que prevê, não só, a remodelação de camaratas, a reorganização das áreas opera-

cionais, mas também a moder-nização de sistemas de teleco-municação, a substituição de cablagens, em suma, uma in-tervenção de grande enverga-dura, que promete transformar um equipamento com mais de 50 anos, num (quase) novo complexo operacional.

“Este quartel foi projetado para uma época e os anos pas-saram e deixou, obviamente de responder às necessidades que passam também por garantir conforto e comodidade aos bombeiros. Por outro lado, é necessário dar mais espaço à central de comunicações, que já não é, como noutros tempos, apenas uma sala para atender telefones”, diz o comandante Carlos Gonçalves salientando, contudo, que, apesar de algu-mas lacunas, este imóvel conta com “generosos espaços”, que constituem uma mais-valia para os operacionais que ser-vem o concelho de Tomar.

O comandante reconhece existirem algumas lacunas em matéria de equipamentos, con-tudo, as necessidades estão de-vidamente identificadas, sendo que a autarquia, “na medida das possibilidades “ vai tentan-do dar resposta às solicitações.

“Temos em nosso poder a lis-ta de prioridades elaboradas pelo comandante e nela cons-tam a renovação do parque de ambulâncias, processo que es-teve parado 16 anos. Já adqui-rimos uma ambulância de so-corro e a nova VDTD. No final de 2013 substituímos o velho VSAT”, refere a presidente, apontando de imediato o dedo

TOMAR

Remodelação de quartel é a prioridadeDeverá arrancar já no próximo ano a

empreitada de requalificação do quartel dos Bombeiros Municipais de Tomar, que há mais de meio século estão instalados na

Rua de Santa Iria, no coração da cidade dos templários, num espaço privilegiado mas

que carece de intervenção.Melhorar as condições operacionais e

solucionar problemas estruturais do edifício são, pois, os objetivos de um investimento

que deverá rondar os 500 mil euros.Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

á legislação em vigor que, na sua ótica, prejudica ou descri-mina os corpos de bombeiros municipais, que, neste âmbito, não recebem quaisquer apoios estatais, cabendo às câmaras assumir estes investimentos, não obstante as limitações im-postas pela rígida lei de finan-ças locais.

Critica, Anabela Freitas, compromete-se a “contornar” o problema e a “abrir” todas as janelas de oportunidade, reve-lando a intenção de, no âmbito do Programa de Reabilitação Integrada, o município poder, com fundos comunitários, ad-quirir um veículo tanque e um outro de combate a incêndios florestais.

Lamentando que os executi-vos anteriores não tenham dado a devida importância ao

corpo de bombeiros municipal e às suas necessidades, a au-tarca avança ainda com o com-promisso de garantir verbas para aquisição de outros equi-pamentos, nomeadamente de proteção individual.

Integram, atualmente, este contingente cerca de 80 opera-cionais, sendo que 35 são pro-fissionais, uma estrutura de-masiado pesada para o municí-pio, como reconhece a presi-dente de câmara que revela ter ponderado, quando assumiu funções, extinguir “paulatina-mente” o corpo municipal e en-tregar o socorro ao voluntaria-do, com o tempo e com conhe-cimento de causa e da causa, garante que se rendeu e deci-diu assumir na plenitude as funções de responsável máxi-mo pelo sistema de proteção civil e, em simultâneo uma es-

pécie de presidente de direção dos bombeiros, pelo menos a avaliar pela paixão com que fala dos “seus” soldados da paz.

O município de Tomar inves-te, anualmente, nesta área cer-ca de 1.2 milhões de euros, uma verba avultada mas “muito bem empregue”, pois o que está em causa é a segurança, a vida dos cidadãos portanto, considera a edil, resta aos mu-nicípio acautelar todas as con-dições e meios para que os bombeiros desempenhem da melhor forma e em segurança a sua missão. Assim sendo, em-bora sejam muitos os constran-gimentos de ordem financeira, está em marcha o de reequipa-mento do quartel, que não pode ser dissociado, do plano de for-mação, sem esquecer questões fundamentais como a motiva-

ção e a valorização dos homens e mulheres que o servem esta causa.

Apesar da vertente profissio-nal dos Municipais de Tomar, parece certo que o voluntariado tem uma grande importância na prontidão e na qualidade do serviço prestado aos cerca de 40 mil habitantes do concelho. Comando e autarquia, reconhe-cem o valor deste recurso, e anunciam a intenção promover iniciativas que, no futuro, per-mitam sustentar a componente mista deste corpo de bombei-ros. A ideia é estreitar laços com a comunidade, nomeada-mente com as escolas de dife-rentes níveis de ensino. Para o futuro próximo está, ainda, pre-vista a dinamização de uma es-cola de infantes e cadetes, para despertar nas crianças o gosto pela causa e, quem sabe, asse-gurar, desde já, os reforços de amanhã, como salienta o co-mandante.

O processo de mudança está em curso e a entrada de um novo comandante, há cerca de seis meses, é mais uma prova de que o município está, de fac-to, determinado em iniciar um novo ciclo na vida deste corpo de bombeiros que conta com uma longa e profícua história de 93 anos de serviço prestado ao concelho de Tomar.

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12 JULHO 2015

O secretário regional da Saúde dos Açores anunciou, este

mês, que o Governo Regional, através do serviço da proteção ci-vil, vai investir ainda este ano um milhão de euros na melhoria da rede de telecomunicações dos bombeiros. “O grande investimen-to que iremos fazer este ano pren-de-se com a rede de telecomunica-ções dos próprios bombeiros”, de-clarou Luís Cabral, aos jornalistas, à margem de um encontro de bombeiras dos Açores.

De acordo com o titular da pasta da Saúde, o Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores (SRPCBA) possui neste mo-mento uma parceria com as asso-ciações humanitárias dos bombei-ros da região que visa assegurar o transporte terrestre de emergên-cia, estando a verba para o efeito orçada em 3,6 milhões de euros, sendo “paga regularmente”.

“Temos ainda no plano de inves-timentos do SRPCBA cerca de oito milhões de euros não só para apoiar as associa-ções humanitárias naquilo que é a qualificação e construção de novos quartéis, mas também para aquilo que são serviços gerais do próprio funcio-namento do serviço”, declarou Luís Cabral.

O secretário regional referiu que o executivo

açoriano tem vindo a trabalhar para melhorar a qualidade do serviço prestado pelo SRPCBA, afir-mando que se criou recentemente uma proposta de decreto legislativo regional que veio rever as regalias dos bombeiros na região e consagrar as diferenças existentes em relação ao continente.

BOMBEIROS DOS AÇORES

Um milhão de eurospara comunicações

As cinco associações de bombeiros voluntários do concelho de Cascais

e a Câmara Municipal celebraram um novo protocolo para dar continuidade à parceria existente desde 2003 para o transporte adaptado de munícipes com deficiência, dificuldades de mobi-lidade e/ou baixa autonomia.

A cerimónia de assinatura do novo protocolo foi presidida pelo presidente da Câmara Municipal de Cascais, Car-los Carreiras, e contou com a presença do vereador da Ação Social, Frederico Almeida, e dos dirigentes e elementos de comando das cinco associações de bombeiros do concelho.

Nos 8 anos que leva esta parceria ininterrupta, as associações foram equipadas, de quatro em quatro anos, com novas ABTM integralmente supor-tadas pelo Município, num total de 15, com um investimento a rondar os 600 mil euros. Durante a cerimónia ficou expressa a vontade da Câmara conti-nuar a garantir o apoio à aquisição de novas viaturas adaptadas.

Em 2014 a parceria implicou um investi-mento municipal de 251 mil euros no ressarci-mento aos bombeiros pelos 87 utentes trans-portados com regularidade, alguns diariamen-te, e os 103 pedidos pontuais atendidos. Nes-

sa ação, os bombeiros percorreram mais de 390 mil quilómetros.

A maioria dos transportes efetuados corres-pondeu a pedidos, para inserção ocupacional, seguindo-se, a inserção escolar, a inserção profissional, a formação profissional e o cen-tro de dia.

CASCAIS

Transporte adaptadopara continuar

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13JULHO 2015

Os Bombeiros Voluntários de Cacilhas, durante os últimos tem-pos, têm realizado melhorias no parque de treinos, em espaço

adjacente ao quartel sede.Esta intervenção, segundo o comandante Miguel Silva, “tem

como objetivo a re-estruturação do espaço, com a implementação de uma área de formação para incêndios estruturais, outra para práticas de extintores, uma para salvamento e desencarceramen-to, outra área de espaços confinados e um poço com uma profun-didade aproximada de quatro metros”.

Os trabalhos, que continuam a decorrer nos intervalos em que o parque não está a ser utilizado para treino e formação, e, segundo o mesmo responsável, “ visam melhorar as condições de formação de todos os elementos do nosso corpo de bombeiros, bem como de todos os utilizadores externos dos serviços de formação prestados pela nossa instituição”.

CACILHAS

Melhorado campo de treinos

O secretário de Estado na Ad-ministração Interna, João

Almeida, esteve, recentemente, em Vila Nova de Famalicão para apresentar detalhadamente o projeto do Centro de Formação e Treino (CFT) e Base de Apoio Logístico (BAL) na freguesia de Outiz. No quartel dos Voluntá-rios Famalicenses, foi assinado o protocolo que envolve a insti-tuição e a Escola Nacional de Bombeiros na viabilização e concretização do projeto.

O CFT é um investimento importante quer este corpo de bombeiros, quer para todos os congéneres da região Norte do País.

Os BV Famalicenses, dispondo já uma BAL de referência no Norte do País, querem aumentar a qualidade e variedade dos ser-viços prestados, existindo ainda a hipótese dos futuros equipamentos estarem associa-dos a um heliporto.

Registe-se que BAL terá uma capacidade de 88 camas, a possibilidade de servir 140

refeições por turno e de dar formação teó-rica a mais de 140 pessoas. Para além des-tas características podem ainda em simul-tâneo estar equipas a receber formação prática, treino ou manutenção física.

Em dia de festa, a sessão terminou com

o desfile de dez fanfarras dos Bombeiros Voluntários de Riba d´Ave, Cabeceirenses, Rio Maior, Viatodos, Taipas, Vizela, Barceli-nhos, Entre-os-Rios, Portimão e Famalicen-ses.

FAMALICÃO

Protocolo viabiliza CFT e BAL

O presidente da direção da Real Associação Humani-

tária dos Bombeiros Voluntá-rios de Sesimbra, comandante do Quadro de Honra, Fernando David Costa Gato, faleceu com 75 anos de idade e 56 dedica-dos à causa dos bombeiros.

O comandante Gato ingres-sou em1959, com 19 anos, no Corpo de Bombeiros de Sesim-bra no posto de aspirante. Em 1965 é promovido a bombeiro de 3.ª, em 1970 a bombeiro de 1.ª, depois de prestada co-missão em Moçambique como furriel miliciano.

Em 1978, o extinto é pro-movido a subchefe, em 1982 transita para o quadro de co-mando como segundo coman-dante e, em 1986 assume fun-ções de comandante, que ces-sa em 1987.

Em 1993 o comandante QH

Fernando Gato retoma as fun-ções de comandante do corpo de bombeiros, que acumula, em 1998 com o cargo de pre-sidente da Real Associação HBV Sesimbra.

Em 2003 transitou para o Quadro de Honra, mantendo--se como presidente até à data do seu falecimento.

O extinto cumpriu, ainda, vários mandatos como mem-

bro do conselho fiscal da Fede-ração dos Bombeiros do Distri-to de Setúbal.

Durante a sua carreira, o co-mandante Gato foi distinguido com várias condecorações, em que se incluem, a medalha de serviços distintos da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), a medalha de mérito municipal de Sesimbra, grau prata, o crachá de ouro e a fénix de honra da LBP.

A orientação da gestão para o aumento do parque de ma-terial dos Bombeiros de Se-simbra, assim como o aumen-to de pessoal contratado na associação, durante a primeira década do ano 2000, chegan-do-se a atingir cerca de 100 elementos funcionários e um parque automóvel com cerca de 70 viaturas foi uma das apostas do comandante Gato.

Também é de referir, num dos seus mandatos, a condução, em conjunto com a Câmara de Sesimbra, o Governo Civil de Setúbal e a ANPC, do processo de construção do quartel do Destacamento na Freguesia da Quinta do Conde, financiado entre a Associação, QREN e Autarquia.

Prestamos o nosso tributo ao comandante Gato, “conhe-cido por muitos em colocar as necessidades da Associação dos Bombeiros de Sesimbra sempre em primeiro lugar, por vezes até em prejuízo da sua vida pessoal e familiar, prati-cava entre os homens e mu-lheres que comandou, uma doutrina de sacrifício pela cau-sa dos bombeiros portugue-ses, sendo uma personalidade que decerto marcou todos os que consigo conviveram”.

SESIMBRA

Associação mais pobre

Faleceu o Comandante José Carlos Bello Moraes, do Qua-

dro de Honra dos Bombeiros Voluntários de Portalegre.

Prestigiada figura dos bom-beiros portugueses, aos quais se dedicou de forma altruísta e competente, esteve no coman-do dos Voluntários de Portale-gre entre 11 de junho de 1976 e 30 abril de 1988. Antes, po-rém, no biénio 1974-1975, exerceu as funções de presidente da direção da instituição. Parale-lamente, fez parte das estruturas da Federação dos Bombeiros do Distrito de Portalegre e da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), que em 2013 o distinguiu com o Crachá de Ouro.

Em 1977, foi um dos sete comandantes portugueses que, após a prestação de provas de seleção, estagiaram no New York City Fire Department, por iniciativa da LBP, com o apoio financeiro da Fun-dação Calouste Gulbenkian, do Ministério da Administração Interna e da Comissão Instaladora do Serviço Nacional de Protecção Civil.

O funeral do comandante Bello Moraes realizou-se, no dia 30 de julho, no Crato.

PORTALEGRE

Bombeiros perdemprestigiada figura

Um benemérito emigrado no Luxemburgo conseguiu dois

veículos “Unimog 1300L” para os Bombeiros Voluntários da Cruz Branca de Vila Real.

Celestino Esteves, natural da Campeã, Vila Real, emigrado no Luxemburgo, através da sua forte influência no meio onde trabalhou durante mais de trin-ta anos, conseguiu obter a cus-to zero, dois veículos em ótimas condições de conservação para os bombeiros da sua terra.

Segundo a direção e o co-mando dos Bombeiros da Cruz Branca, “este sócio benemérito, que é um apaixonado por co-laborar com os bombeiros e outras instituições particulares de solidariedade social, não se es-quece das carências das instituições de Vila Real”

Celestino Esteves, por força do conhecimento pessoal com o diretor dos serviços de socorro

luxemburguês, Michel Feider, já havia garantido um outro veículo e equipamento para os Bom-beiros da Cruz Branca.

“É importante que se reconheça a grande di-mensão social deste cidadão que numa socieda-de muito virada para o materialismo, consegue fazer a diferença”defende os Bombeiros da Cruz Branca.

VILA REAL

Benemérito obtém viaturas para a Cruz Branca

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14 JULHO 2015

A vetusta Associação Hu-manitária dos Bombeiros Voluntários de Rio Maior

não acusa o desgaste do passar dos anos é, aliás, um bom exemplo de adaptação à mu-dança, de superação face ás crescentes exigências, de um setor em constante mutação.

O presidente da direção, Francisco Colaço, e o coman-dante Paulo Cardoso recebe-ram, recentemente, a equipa do jornal Bombeiros de Portugal no quartel-sede, onde deram a conhecer a realidade de uma instituição que vive um ciclo de prosperidade, mas que, ainda assim, persegue outros desíg-nios, nomeadamente uma maior proximidade com as po-pulações que serve.

Depois de anos de algum “isolamento”, a associação pro-cura na dinamização de varia-díssimas atividades e eventos e na participação em ações exter-nas garantir visibilidade, como que recordando à comunidade local a existência do corpo de bombeiros, alertando para mis-são de cerca de 70 homens e mulheres em prol do seu seme-lhante. Francisco Colaço enten-de que as populações ainda têm uma visão distorcida da ação dos bombeiros e que minimi-zam ou até mesmo ignoram a sua condição de voluntários.

O presidente lamenta que “não haja um contributo social para os bombeiros”, que a co-

munidade encarar o serviço que prestam como “um direito”, que não conheçam a realidade des-tas instituições, que não se comprometam com esta nobre causa.

Ainda assim, muito caminho foi já trilhado nos últimos anos e a obra, desta que é a mais an-tiga instituição do concelho Rio Maior, é por todos reconhecida.

Com decisões firmes e pas-sos muito seguros a associação tem vindo a crescer, enfrentan-do, hoje, “uma situação finan-ceiramente estável”, como sa-lienta o presidente da direção.

No decorrer de uma visita ao amplo quartel, o comandante dos Voluntários de Rio Maior re-corda os mais recentes investi-mentos na requalificação das instalações e que permitiram ganhos operacionais. Registe--se que este complexo, inaugu-rado em 1996, já foi alvo de inúmeras intervenções, sendo hoje um equipamento que “res-ponde perfeitamente às neces-sidades deste corpo de bombei-ros”, como assegura Paulo Car-doso.

Da mesma forma, o respon-sável operacional garante que, os Bombeiros de Rio Maior dis-põem de viaturas e equipamen-tos “adequados às exigências da área de intervenção”, consi-derando, contudo, existir a ne-cessidade de começar a renovar os veículos de transportes de doentes. Numa outra vertente,

RIO MAIOR

Decisões firmes e passos segurosA poucos meses de assinalar 123 anos de serviço público, a Associação Humanitária

dos Bombeiros de Rio Maior, emana dinamismo e vitalidade.

A estratégia de proximidade com a comunidade e de abertura ao exterior eleva a fasquia da exigência a nível associativo e

impõe elevados padrões de qualidade ao corpo de bombeiros.

A maior e mais antiga instituição do concelho de Rio Maior não faz destes “títulos” estacas, procurando, antes,

consolidar as bases com o trabalho, o empenho e a entrega de dirigentes e

operacionais.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentimfala da intenção da direção em reforçar investimentos na segu-rança e proteção individual dos operacionais, designadamente nos equipamentos para comba-te a fogos florestais.

Neste concelho com cerca de 22 mil habitantes a emergência pré hospitalar continua a ser o que mais pesa na atividade diá-ria deste quartel, contudo im-porta garantir a prontidão de meios e a preparação dos bom-beiros para todas as outras ocorrências, num território onde as grandes preocupações se centram nas vias que o ser-vem ou o atravessam, caso da Nacional 1, mas também do IC2, da A15, da EN 114. A área florestal e a zona antiga da ci-dade de Rio Maior integram ain-da o rol de preocupações e co-locam em constante alerta es-tes operacionais.

“O número de serviços ope-racionais tem vindo a crescer”, como nos diz o presidente, pelo

que foi necessário “criar condi-ções para elevar os níveis de eficiência”, sendo que o corpo de bombeiros, com “trabalho e dedicação”, tem vindo a conse-guir superar mais este desafio.

Neste quartel a “formação é uma constante” regista o co-mandante, até porque nesta área “não se pode facilitar”, su-blinhando contudo que pode contar com um corpo ativo pre-disposto para o fazer bem, dis-ponível e motivado a participar em todos os cursos e as ações nas mais variadas valências.

“Investimos extraordinaria-mente na formação e, também, na instrução. Que importam as viaturas e os equipamentos se os homens não estiverem pre-parados?”, questiona Paulo Car-doso.

Direção e comando unem-se no elogio ao corpo de bombeiros e consideram que tanta entrega tem que ser, no mínimo reco-nhecida. Contudo, a associação

tenta como pode garantir todas as condições de trabalho e ainda alguns benefícios ou “incenti-vos” aos operacionais, nomea-damente um seguro médico e um pacote especial de descon-tos em vários serviços e bens.

“Os bombeiros precisam de condições de trabalho, que só conseguimos assegurar se ti-vermos apoios”, considera Francisco Colaço, para em se-guida registar as “boas relações institucionais” com a Câmara Municipal de Rio Maior traduzi-das em acordos mas também alguns “apoios pontuais” na aquisição de viaturas ou equi-pamentos de que necessite este corpo de voluntários.

“Temos consciência que a Câ-mara não pode dar mais do que já dá”, diz o dirigente.

O voluntariado ou a falta dele é uma questão que invariavel-mente anima os debates do se-tor, também, em Rio Maior é tema de conversa e motivo de todas as preocupações, até por-que “apesar dos esforços” os mais novos não mostram dispo-nibilidade para causa. A juntar a esta “crise de vocações”, a frágil situação económica do País que está a empurrar para o estrangeiro muitos “bombeiros feitos, com enorme experiên-cia”, como assinala o responsá-vel operacional:

“Lamentavelmente regista-mos, por um lado pouca adesão e, por outro, alguma dinâmica na saída. Em pouco mais de um

ano perdemos cinco bombeiros para a emigração”.

Esta é uma associação que se distingue também pela dinâmi-ca, que mobiliza muita gente, que assume a promoção, rece-be ou apoia os mais diversifica-dos eventos e atividades e que fomenta as ações da fanfarra, com cerca de 50 elementos, e ainda da seção desportiva, bem como dos núcleos de dadores de sangue e da Juvebombeiro.

Atualmente, a associação ga-rante emprego a 22 pessoas, um encargo grande, mas ainda assim pequeno tendo em conta as solicitações, mas nada que comprometa o bom desempe-nho deste Corpo de Bombeiros que se afirma pelo profissiona-lismo e preparação dos seus vo-luntários.

“Já somos uma empresa grande que exige aos dirigentes uma presença constante, ges-tão diária e muito rigorosa” as-severa Francisco Colaço, que apesar do “muito trabalho” e de algumas “dores de cabeça” se mostra satisfeito com o desem-penho da sua equipa, um êxito que, obviamente, partilha com o comando e com homens e mulheres que neste quartel do distrito de Santarém, cumprem o lema “Vida por Vida”, certa-mente com o mesmo espírito, a abnegação e o entusiasmo dos pioneiros que dia 8 de dezem-bro de 1892 integraram o pri-meiro contingente dos Bombei-ros de Rio Maior.

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15JULHO 2015

São 283 as operacionais que integram os 17 corpos de bombeiros açorianos –

33 por cento do efetivo regio-nal, que totaliza cerca de 850 elementos – um número ex-pressivo e que, por si só, justi-ficou a organização do I Encon-tro de Bombeiras dos Açores, que teve lugar no passado mês de junho, na Ribeira Grande, na ilha de S. Miguel.

A iniciativa, que reuniu mais de uma centena de mulheres comprometidas com o lema “vida por vida”, teve como prin-cipal objetivo a troca de expe-riências em diversas técnicas, designadamente nas áreas da emergência pré-hospitalar, sal-vamento em grande ângulo, salvamento e desencarcera-

mento rodoviário. Conferências e debates garantiram a compo-nente teoria do evento, comple-mentada com a prática, num simulacro que permitiu testar a capacidade de resposta, recur-sos e articulação de meios e agentes.

A dispersão geográfica da re-gião não permite que as opera-cionais se encontrem frequen-temente, pelo que este fórum no feminino permitiu ainda a partilha e o convívio em ativida-des desportivas e em vários passeios pela bela ilha de S. Mi-guel.

Associaram-se a esta mega reunião, bombeiras do conti-nente, nomeadamente a co-mandante Paula Ramos dos Vo-luntários de Pampilhosa, e algu-

mas operacionais do quartel de Cête.

A encerrar o evento, o Secre-tário Regional da Saúde desta-cou a “importância das iniciati-vas” dos Bombeiros dos Açores, que permitem dar a conhecer à população “o trabalho desen-volvido no dia-a-dia”, destacan-do, contudo “o papel das mu-lheres nas corporações”.

Luís Cabral salientou o “espí-rito de camaradagem” e subli-nhou o apoio dado pelas asso-ciações humanitárias açorianas para realização deste primeiro encontro.

“Este é um evento ao qual o Governo Regional se associou com todo o gosto e que preten-de continuar a apoiar, pois mos-tra um pouco da imagem dos bombeiros dos Açores, não só para a população do arquipéla-go, mas para todo o País”, disse ainda o secretário regional.

Na ocasião Luís Cabral falou ainda o apoio do Governo Re-gional na adaptação de instala-ções “para que possam receber os bombeiros e as bombeiras com a dignidade merecida”, dando conta da reabilitação dos quartéis da Povoação, Horta e Santa Maria.

O sucesso desta primeira or-ganização terá garantido o con-tinuidade destes encontros que ganham periodicidade bianual e regime de rotatividade pelas restantes associações e corpos de bombeiros desta região au-tónoma.

Este projeto que partiu de quatro bombeiras dos Voluntá-rios da Ribeira Grande foi pa-trocinado pelo Governo Regio-nal dos Açores, através do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombeiros dos Açores, mas também pelas câmaras municipais da Ribeira Grande,

AÇORES

Ribeira Grande acolhe encontro no feminino

Lagoa e Ponta Delgada, juntas de freguesia do concelho da Ri-beira Grande e a Associação

Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande bem como por algumas entida-

des privadas que também apoiaram a organização do en-contro.

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16 JULHO 2015

Bombeiros de Portugal (BP) – Numa altura em que a legislatura está a chegar ao fim, qual o balanço que faz da sua passagem pelo MAI, nomeadamente, na área da proteção civil e dos bombeiros?

João Almeida (JÁ) – Faço um balanço positivo desta pas-sagem. Em relativamente pou-co tempo foi possível avançar em muitas questões relevantes para o Sistema de Proteção Ci-vil e, concretamente, para os bombeiros. É evidente que não fica tudo feito e que aquilo que foi possível fazer beneficiou do trabalho do meu antecessor, Fi-

lipe Lobo d’Ávila, dos ministros e secretário de Estado Adjunto com quem trabalhei, bem como, da colaboração de toda a estrutura da ANPC e, com destaque e carinho especiais, dos bombeiros de Portugal.

BP – A seu ver, o que ficou por fazer, era possível ter ido mais longe?

JA – Ficou por concluir o pro-

cesso do cartão social do bom-beiro. Não era possível ter sido de outra forma. Para quem, como eu, acredita no volunta-riado, a criação e manutenção de incentivos é fundamental. Conseguimos avançar, mas ain-da há muito a fazer. Como é evidente, os passos mais decisi-vos têm de ser dados numa conjuntura económica favorá-

vel. Não foi o caso desta legisla-tura.

BP – Esta legislatura fica, invariavelmente, marcada por graves constrangimen-tos orçamentais. O setor dos bombeiros foi a seu ver for-temente penalizado por isso?

JA – Exatamente, é certo que houve constrangimentos. Mas se há setor que não foi afe-tado por cortes orçamentais, é o setor da proteção civil. Não só não reduzimos o orçamento, como conseguimos um nível de investimento muito razoável. Isso só foi possível pela opção política de discriminar positiva-mente este setor, e, em particu-lar, os bombeiros.

BP – Em jeito de balanço, qual o investimento direto do Estado neste setor, no decorrer desta legislatura?

JA – O Estado investiu cerca de 200 milhões de euros no se-tor, ao longo dos últimos quatro anos. Foi um investimento mui-to relevante que chegou a um universo de mais de 400 bene-

JOÃO ALMEIDA, SECRETÁRIO DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

“Para sempre serei mais um defensor desta causa”

Com a legislatura a chegar ao fim, João Almeida, o secretário de Estado da

Administração Interna, fez, a pedido do nosso jornal, o balanço da sua passagem pela tutela dos bombeiros e da proteção

civil. Mesmo ao cair do pano, o responsável anuncia que as zonas operacionais estão de volta até ao final do verão. Nesta entrevista

fica um breve resumo do que foi feito por este Governo e do que ficou por fazer, e

ainda a promessa de que será para sempre um defensor dos bombeiros portugueses.

Entrevista: Patrícia Cerdeira

Fotos: Marques Valentim

Em relativamente pouco tempo foi possível avançar em muitas questões relevantes para o Sistema de Proteção Civil e, concretamente, para os bombeiros

Se há setor que não foi afetado por cortes orçamentais, é o setor da proteção civil

Como é evidente, os passos mais decisivos têm de ser dados numa conjuntura económica favorável. Não foi o caso desta legislatura

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17JULHO 2015

JOÃO ALMEIDA, SECRETÁRIO DE ESTADO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA

“Para sempre serei mais um defensor desta causa”ficiários, desde Associações Hu-manitárias a Câmaras Munici-pais, passando pelas Federa-ções de Bombeiros.

BP – Os fundos comunitá-rios ajudaram claramente o Estado em investimentos considerados prioritários, que de outra forma não po-deriam ter sido feitos. Per-centualmente, qual foi o pa-pel do QREN nos investi-mentos feitos neste setor?

JA – O contributo do QREN está na casa dos 90 por cento, fruto da negociação com a Co-missão Europeia de financia-mentos a 100 por cento em di-versas operações. Ou seja, sempre que possível o Estado aproveitou o financiamento co-munitário para fazer estes in-vestimentos, completando com verbas nacionais sempre que necessário, como aconteceu com os Equipamentos de Prote-ção Individual.

BP – Ao longo de quatro anos os bombeiros apresen-taram várias reivindicações. Algumas foram concretiza-das, outra nem por isso. Fica a faltar algo que considere essencial?

JA – Felizmente, foi possível concretizar quase todas. Lem-bro a isenção de IRS, as propi-nas, a vigilância médica, o apoio judiciário, a aumento das coberturas dos seguros ou a lei de financiamento. Espero que até ao fim da legislatura ainda seja possível repor a isenção das taxas moderadoras na saú-de. Para quatro anos, nas cir-cunstâncias em que os vive-mos, não é pouco. Para futuro há questões importantes como as carreiras e a proteção social, designadamente ao nível de bo-nificações.

BP –Acha então viável que os bombeiros conquistem a isenção em sede de taxas moderadoras na área da saúde?

JA – Gostava muito de con-seguir esse objetivo. Tudo farei para que seja atingido.

BP – Este mês, no último discurso que fez numa ceri-mónia de aniversário, tor-nou pública a ideia de que antes de ‘sair’, estaria dis-ponível para retomar as zo-

nas operacionais. Como é que isto vai ser feito. Garan-te que é possível deixar este dossiê fechado?

JA – Estamos a trabalhar na respetiva portaria. É um traba-lho desenvolvido pela ANPC com a Liga de Bombeiros Portu-gueses. Quero que fique con-cluído até ao final de agosto. Em setembro publicaremos a respetiva Portaria. É uma ques-tão operacional muito relevan-te, uma reivindicação justa e uma decisão perfeitamente consciente.

BP – E quanto ao Cartão Social do Bombeiro?

JA – O Cartão Social do Bom-beiro é um projeto da LBP para o atual mandato dos seus ór-gãos sociais. Para além do que já foi concretizado, as questões da segurança social devem me-recer prioridade nos próximos tempos.

BP – Qual foi o sistema de proteção civil que o atual Governo encontrou e qual é o sistema que deixa?

JA – Felizmente, em termos de sistema, não houve grandes alterações. Isso significa que não houve a tentação de deitar tudo abaixo e fazer de novo. O Sistema de Proteção Civil tem hoje uma maturidade que em muito beneficia a eficiência no cumprimento de todas as mis-sões. Ao longo dos últimos quatro anos procurou-se au-mentar essa eficiência através de uma melhor afetação de re-cursos e sobretudo de maior formação e treino dos opera-cionais. A concretização do atual modelo de proteção civil aconteceu com a recente revi-são da Lei de Bases da Prote-ção Civil. A unanimidade que se gerou nessa discussão é a pro-va de que a aposta na estabili-dade foi uma aposta acertada. A proteção civil em Portugal nos dias de hoje é exemplo de organização, competência e eficiência.

BP – A extinção da EMA foi uma das bandeiras deste Governo. A seu ver, todo este processo fragilizou de alguma forma a capacidade de combate aéreo dos dife-rentes dispositivos. Em al-gum momento, esta decisão

teve consequências negati-vas nas necessidades do país?

JA – De forma alguma. A re-forma da gestão dos meios aé-reos foi uma aposta ganha. Em comparação com o que aconte-cia há quatro anos, hoje o dis-positivo aéreo é mais completo e custa menos ao contribuinte. Esse era o objetivo. Com a ex-tinção da EMA e a as contrata-ções plurianuais dos meios aé-reos o estado passa a poder ter uma gestão mais eficiente dos seus meios e dos contratos de locação de meios privados. Re-lativamente à referência ao cancelamento do protocolo com a Saúde (que vigora desde ou-tubro de 2012), não houve ne-nhum cancelamento. O MS e o MAI decidiram pôr em comum a utilização dos meios aéreos que compõem o dispositivo perma-nente do MAI, através do referi-do protocolo, procurando desta forma maximizar a utilização desses meios do Estado e redu-

zir custos. Importa realçar que de acordo com o previsto nesse documento, exceciona-se o pe-ríodo crítico de incêndios (1 de junho a 30 de setembro) e faz depender a possibilidade de empenhamento em missões do INEM da disponibilidade das ae-ronaves.

No seguimento do concurso público internacional para a ad-

judicação da manutenção e operação da frota Kamov, e na sequência da consignação ao novo operador, com vista a não pôr em causa a integração des-sas aeronaves no DECIF 2015, a ANPC comunicou ao INEM a indisponibilidade das aeronaves para empenhamento em mis-sões daquele Instituto por um período de 6 semanas. Esta de-

cisão não está relacionada com a extinção da EMA.

BP – Que palavras gosta-ria de deixar aos bombei-ros?

JA – Apenas duas. Muito obrigado. Esta é uma experiên-cia inesquecível e devo-o a cada um dos que, com ou sem farda, têm a enorme generosidade de ser dos bombeiros de Portugal. Vivi cada minuto, a seu lado, com um enorme orgulho e sen-tido do privilégio que estava a ter. Para sempre serei mais um defensor de uma causa que, pela sua nobreza, merece tudo o que por ela consigamos fazer.

  Espero que até ao fim da legislatura ainda seja possível repor a isenção das taxas moderadoras na saúde

Em comparação com o que acontecia há quatro anos, hoje o dispositivo aéreo é mais completo e custa menos ao contribuinte

Para sempre serei mais um defensor de uma causa que, pela sua nobreza, merece tudo o que por ela consigamos fazer

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18 JULHO 2015

A empresa Jacinto volta este ano a apoiar a vigilância de

Praias realizada pelos Bombei-ros Voluntários de Esmoriz, com a cedência de uma viatura de transporte de homens e equipa-mentos.

Acresce a esse apoio um mo-nobloco posicionado na Praia dos Pescadores que assim per-mite melhores condições de prestação de socorro por parte dos bombeiros nadadores sal-vadores dos Bombeiros de Es-moriz.

ESMORIZ

Apoio a vigilância de praias

O alerta foi dado às 17.50 ho-ras de um sábado recente,

momento em que foi solicitado apoio para socorrer uma vítima de afogamento em paragem cardiorrespiratória, junto à praia de rua 37, em Espinho, entretanto retirada da água pe-los nadadores-salvadores.

Avançou de imediato a equi-pa de bombeiros ciclistas dos Voluntários Espinhenses que prosseguiram as manobras de suporte básico de vida, inclusi-ve com recurso a DAE. A estes juntaram-se pouco depois, uma ambulância de socorro dos bombeiros, outra do INEM e ainda a equipa da VMER. A Polí-cia Marítima e a PSP estiveram também presentes.

A vítima foi depois evacuada para o Centro Hospitalar de

Gaia/Espinho. A equipa de ci-clistas dos Bombeiros Espi-nhenses estreou-se este ano no patrulhamento ao longo do pas-seio marítimo a propósito da realização do Mundial de Fute-bol de Praia que decorreu em

Espinho. Tratou-se de dar pro-ximidade à intervenção, no-meadamente, no areal e nas esplanadas ribeirinhas, dado serem zonas de difícil circulação e frequentadas por muitas pes-soas.

ESPINHO

Ciclistas em ação

Hoje dia 19 de Julho de 2015 por volta das 10H47 UTC foi ativada a Equipa de Salvamen-

to em Grande Ângulo deste CB via 112, para efectuar o resgate de uma vitima do sexo mascu-lino de 81 anos, Vitima de queda na Fajã do João Dias na Freguesia dos Rosais.

De imediato deslocou-se para o local a Equipa de SGA, uma Âmbulância de Socorro (AMS), um Auto-Comando (AC) e um Auto Apoio Ligeiro (AAL). Num total de 8 Operacionais. Este resgate teve a duração de aproximadamente 2:30 Horas que foi dificultado pelo trilho de difícil acesso.

AÇORES

Operacionais de Velas asseguram resgate

Os tripulantes da uma ambu-lância do posto PEM dos

bombeiros voluntários de Vila Viçosa ajudaram sexta-feira, dia 17 de julho, um bebé a nas-cer.

Chamados ao local por volta da 16 horas, supunham que iam socorrer uma vítima que padecia de forte dor abdominal, foi esta a mensagem transmiti-da pelo Centro de Orientação de Doentes Urgentes (CODU) quando acionou a ambulância. Chegados ao local deparam-se com uma mulher, com 32 anos, que apresentava perdas de sangue e forte dor abdo-minal.

Após uma rápida triagem verificaram que a doente afinal estava em trabalho de parto. Dirigi-ram-se à ambulância onde recolheram o KIT Par-to e, por não haver tempo para mais, ajudaram a senhora a realizar o parto.

Felizmente tudo correu bem e nasceu uma me-nina que pesou 2,900 kg sem quaisquer compli-cações.

A mãe e a bebé foram depois transportadas ao Hospital do Espírito Santo de onde já tiveram alta.

Por coincidência o pai da bebé é também ele bombeiro na mesma corporação.

Parabéns a toda a família.

VILA VIÇOSA

Bombeiros ajudam bebé a nascer

Eram 16h38 do passado dia 23 de julho quando na Central dos Bom-

beiros Voluntários de Praia da Vitória, Terceira - Açores, foi recebida uma chamada via 112 a solicitar ambulân-cia para uma parturiente prestes a dar à luz o primeiro filho, na Volta do Paúl, Freguesia de Santa Cruz , concelho da Praia da Vitória.

Considerada situação de prioridade “A”, com o apoio da Equipa de Suporte Imediato Vida, a ambulância deslo-cou-se à morada. Os dois tripulantes, os bombeiros de 1.ª Bruno Espinola (Bombeiro de Mérito de 2009) e Rúben Linhares, cedo se aperceberam das rápidas contrações e da apresentação da coroa cefálica, prenúncio do parto eminente.

Com a SIV a chegar, a equipa dos Bombeiros da Praia da Vitória depressa se preparou para o parto de emergência, o que veio a ocorrer mais rápido do que certamente estaria na mente dos dois bombeiros.

O parto foi rápido e correu muito bem. O bebé do sexo masculino, nasceu em casa, às 17h00 com um peso de 3,6 quilogramas.

Posteriormente, já com o apoio da SIV, mãe e filho foram transportados, sem problema, ao Hospital Santo Espírito da Ilha Terceira.

Para Bruno Espínola foi o terceiro parto mas para Rúben Linhares, apesar de ser bombeiros há vinte anos, foi uma estreia.

AÇORES

Parteiros no domicílio

O Corpo de Bombeiros Municipais de Olhão, re-força o dispositivo de proteção e socorro mu-

nicipal durante os meses de julho, agosto e se-tembro e estão a testar duas novas valências: uma equipa de apoio logístico e a brigada pré--hospitalar, aumentando a segurança a residentes e aos muitos visitantes que procuram o concelho.

No decorrer da Fase Charlie, os Bombeiros Mu-nicipais de Olhão dispôem também de uma briga-da especialmente vocacionada para o ataque aos incêndios florestais, constituída por dois veículos de combate e um veículo de apoio, num total de 12 homens, 24 horas por dia, durante os sete dias da semana, integrados no Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Florestais (DECIF). Em Mon-carapacho, está em pré-posicionamento uma equipa com cinco bombeiros e um veículo de com-bate, com o objetivo de se conseguir uma maior eficiência no ataque inicial aos fogos nas fregue-sias mais distantes da sede do concelho. A equipa está instalada diariamente na freguesia e, confor-me a gestão operacional diária, conta com o apoio da Casa do Povo e da Cruz Vermelha de Moncara-pacho.

Na Ilha da Armona estão em permanência dois bombeiros no período diurno, de forma a garantir a proteção e socorro na referida ilha, em julho e agosto.

Nos próximos três meses, os Municipais de Olhão vão testar a operacionalidade da nova equipa logística que apoiará as operações de pro-teção e socorro no concelho, constituída por dois veículos de apoio e até cinco bombeiros. Este novo projeto visa proporcionar as condições ne-cessárias à sustentação das operações de socor-ro, tendo capacidade para a alimentação de 50 operacionais, suprimindo desta forma uma ca-rência verificada no passado, podendo no futuro ser alargada a outras valências, nomeadamente repouso e recuperação física e psicológica dos Bombeiros.

Nos meses de julho, agosto e setembro o Cor-po de Bombeiros dispôe também de uma nova brigada de emergência pré-hospitalar, constituída por 12 bombeiros devidamente equipados e for-mados, três veículos e um reboque, podendo esta configuração ser aumentada conforme o cenário, com todo o equipamento necessário ao reforço dos teatros de operações nos momentos iniciais aos incidentes.

Esta equipa efetuou o seu primerio teste ope-racional no acidente verificado no dia 17 de ju-nho, na A22, envolvendo um pesado de passagei-ros, tendo sido integrada no grupo de reforço num total de 31 bombeiros e 12 veículos (7 am-bulâncias e cinco viaturas de apoio).

OLHÃO

Testadas novas valências

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19JULHO 2015

No primeiro semestre do ano em curso as cinco associações de bombeiros voluntá-

rios do concelho de Cascais (Alcabideche, Carcavelos/S. Domingos de Rana, Cascais, Estoril e Parede) procederam ao transporte regular de 114.305 doentes e executaram mais 26.393 serviços de socorro e prevenção.

Segundo os dados agora divulgados pelo Secretariado das Associações, a proteção e assistência a pessoas e bens, com 19719 in-tervenções, e destas, 17335 no âmbito do pré-hospitalar, lideraram a diversidade de missões executadas pelos bombeiros das cin-co associações.

No caso dos riscos naturais registaram-se 1202 intervenções, nos riscos mistos, incluin-do combate a incêndios, foram 888 interven-ções e, por fim, operações diversas e estados de alerta atingiram as 4578 missões.

CASCAIS

Atividade operacional em 2015

Os Técnicos de Ambulância de Emer-gência do INEM da Região do Algar-

ve participaram numa ação de treino operacional conjunto para exercitar a resposta em acidentes rodoviários, com vítimas encarceradas.

As atividades realizaram-se nas ins-talações do Corpo de Bombeiros de Por-timão, e incluíram uma apresentação teórica e um conjunto de exercícios prá-ticos com vista a replicar situações reais de acidente com vítimas encarceradas. Este mo-mento pedagógico conduzido pelos oficiais-bom-beiro Luis Mestre e Luis Casinhas, ambos forma-dores no âmbito das Técnicas de Salvamento e Desencarceramento, a par dos coordenadores das ambulâncias do INEM, proporcionou desafios exigentes do ponto de vista operacional aos mais de 50 técnicos de emergência da Direção Regio-nal do Sul daquele instituto e à equipa de Salva-mento e Desencarceramento dos Bombeiros de Portimão.

Esta iniciativa contribui para “o aumento da

eficiência das forças no terreno”, nomeadamente dos dois agentes de proteção civil que, em situa-ção de acidente, e no âmbito do entrosamento entre o Sistema Integrado de Operações de Pro-teção e Socorro (SIOPS) e o Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM), concorrem para o sucesso da resposta operacional num dispositivo integrado que assegura que os vários agentes em sede de Tetaro de Operações (TO) operam no mesmo plano operacional, articuladamente sob um comando único, com respeito pela dependên-cia hierárquica de cada força.

TREINO CONJUNTO

INEM e bombeiros testam procedimentos

A Equipa de Salvamento em Grande Ângulo da Associa-

ção Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande (S. Miguel) acaba de receber certificação de qualidade, ao abrigo da norma NP EN ISO 9001, assumindo, assim, pio-neirismo a nível nacional.

Esta equipa surge em 2002, com 16 elementos, contando atualmente com 23 bem prepa-rados e experimentados opera-cionais com registo de várias intervenções em toda a ilha, designadamente nos concelhos do Nordeste, Po-voação e Vila Franca do Campo.

Com esta distinção a equipa aposta na melho-ria ao nível da gestão interna, sem descurar fato-res como a competitividade e a sustentabilidade para o desenvolvimento de uma cultura de segu-rança.

O Governo Regional dos Açores, por intermédio do Serviço Regional de Proteção Civil e Bombei-ros dos Açores financiou a aquisição de equipa-mentos de proteção individual, coletiva, da mes-

ma forma também a Junta de Freguesia da Matriz assegurou a aquisição de sacos individuais

Registe-se que, já em 2012, a Associação Hu-manitária dos Bombeiros Voluntários da Ribeira Grande obteve certificação de acordo com a nor-ma NP EN ISO 9001, ao nível da prestação de serviços de transporte de doentes não urgentes, socorros a náufragos, aluguer de autocarros com condutor, limpeza de fossas, transporte de águas e enchimento, sendo a primeira e única, nos Aço-res, com esta distinção.

RIBEIRA GRANDE

Equipa certificada

Após um longo processo de certificação de qualidade

segundo a norma ISO 9001, o Instituto Nacional de Emergên-cia Médica (INEM) concedeu acreditação à Unidade de For-mação do Corpo de Bombeiros de Portimão na área formativa, para formação em Suporte Bá-sico de Vida (SBV) e Desfibri-lhação Automática Externa (DAE). Esta acreditação, válida até 2020 rege-se por padrões inequívocos de qualidade e re-percute uma exigência no nível de formação ministrada pelos formadores credenciados.

Esta competência vai contri-buir para promover o ensino e o treino dos três primeiros elos da cadeia de sobrevivência, possibilitando assim, o aumen-

to do número de pessoas habili-tadas na realização de mano-bras de Suporte Básico de Vida com Desfibrilhação Automática Externa (SBV-DAE).

Esta parceria estratégica no âmbito do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM)

reforça a necessária articulação entre agentes de Proteção Civil na procura de uma melhor pre-paração da população para en-frentar situações de emergên-cia e antecipar o primeiro auxí-lio e socorro a eventuais víti-mas.

PORTIMÃO

Entidade acreditada

Integrado no Plano de Ati-vidades do Serviço Muni-

cipal de Proteção Civil (SMPC) de Portimão, e com uma periodicidade mensal, foi levado a cabo no Salão Nobre dos Bombeiros de Portimão mais um seminá-rio técnico dirigido a técni-cos e operacionais dos Agentes de Proteção Civil (APC) e Entidades Coope-rantes (EC) do Sistema In-tegrado de Operações de Proteção e Socorro (SIOPS) abordando o tema “Ambien-te de Emergência – Gestão do Stress em Si-tuações de Exceção”.

O painel contou com as intervenções de Ve-rónica Oliveira, do Centro de Apoio Psicológico e Intervenção em Crise (CAPIC) do Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM) no que concerne às competências desta impor-tante missão no âmbito do Sistema Integrado de Emergência Médica (SIEM) e estratégias de gestão do Stress, e do comandante Antonio Coelho, do Corpo de Bombeiros de Albufeira,

que elucidou os mais de 80 participantes so-bre a necessidade de avaliar o risco na abor-dagem de cenários de acidente grave ou ca-tástrofe e deu a conhecer o conceito de orga-nização e resposta a acidentes multi-vitimas.

Estas iniciativas pretendem dotar quem no terreno concorre para as operações de prote-ção e socorro, de maior conhecimento e pre-paração para lidar com as situações de risco, contribuindo para a melhoria contínua da efi-ciência da resposta operacional.

PORTIMÃO

Proteção civil e bombeirospromovem seminário técnico

Um jovem ficou ferido na sequência de um re-bentamento de um engenho explosivo na Es-

cola EB 2,3 Marquês de Marialva. Este poderia ter sido o início de uma notícia a fazer manchete em qualquer órgão de comunicação nacional não se tratasse de um simulacro para testar a operacio-nalidade de forças de segurança e de proteção da região.

O exercício partiu do cenário hipotético do re-bentamento de um petardo, um tipo de bomba de Carnaval, causando ferimentos num jovem, alu-no na Escola EB 2,3 Marquês de Marialva. O feri-do foi assistido pelos Bombeiros Voluntários de Cantanhede.

Esteve presente uma equipa de cinotécnica da GNR, com dois cães farejadores que detetaram a presença de um segundo explosivo num saco en-contrado no local de onde foi retirado o ferido. O dispositivo foi rebentado por uma equipa de mi-nas e armadilhas da GNR de Coimbra, como me-dida de precaução.

O simulacro obrigou à evacuação dos alunos, professores e funcionários da escola e à sua con-centração no campo de futebol existente nas tra-seiras do estabelecimento de ensino, onde decor-reu o exercício.

Os Voluntários de Cantanhede participaram neste exercício com oito homens apoiados por três viaturas.

CANTANHEDE

Rebentamento de explosivo em simulacro

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20 JULHO 2015

Fundada a 7 de março de 1940, a Associação Huma-nitária dos Bombeiros de

Alvaiázere assume o estatuto de referência não apenas neste pequeno concelho do distrito de Leiria, mas em toda a região, onde integra a galeria dos pio-neiros em matéria de volunta-riado.

Direção e comando falam com orgulho dos caminhos tri-lhados pelos fundadores e por todos os outros que ao longo de 75 anos contribuíram para o engrandecimento desta insti-tuição, que lhe conferiram ca-risma, personalidade própria e lhe traçaram um rumo.

Paulo Morgado, presidente da direção, faz questão, aliás, de começar por salientar esse respeito pelo passado, a preo-cupação em perpetuar a me-mória, preservando o legado histórico.

Nesta linha refira-se que a associação tem investido na re-cuperação de algumas viaturas antigas, nomeadamente um Willys e, mais recentemente um GMC, do final da década de 60 do século passado uma in-tervenção assegurada pelos próprios bombeiros, provando que este compromisso com o passado está nos genes de to-dos os elementos desta enorme família.

Com vaidade o comandante Vitor Joaquim, destaca o traba-lho de “Carlos Rodrigues, Antó-nio Brás e do chefe Acácio” que permitiu a recuperação deste importante património.

E embora a ocasião propicie todas as evocações, a verdade é que esta é uma associação focada no presente, com priori-dades e objetivos bem defini-dos em rol da qualidade do ser-viço prestado aos cerca de 7 mil habitantes do concelho de Alvaiázere.

Não obstante as restrições fi-nanceiras a que estão condena-das a grande maioria associa-ções de bombeiros de todo o País, Paulo Morgado fala de in-vestimentos, embora não es-conda que só são possíveis com “uma gestão apertada e equili-brada”.

“Esta é uma estrutura com alguma dimensão que envolve dezena e meia de funcionários e cerca de 80 voluntários, por isso a grande preocupação é obviamente assegurar a sua sustentabilidade”, refere o diri-gente, salientando “as receitas da atividade corrente chegam, apenas e só, para fazer face às despesas de funcionamento”, pelo importa “não dar passos, ou tomar opções que ponham em causa a estabilidade”.

Ainda assim, os constrangi-

mentos de ordem financeira, não têm travado o investimento em meios e equipamentos, sendo que 2015 ficará marcado pela aquisição de duas ambu-lâncias, um veículo de trans-porte de doentes, e um outro de combate a incêndios flores-tais. A direção está, também, apostada em reforçar o número de equipamentos de proteção individual para combate a in-cêndios florestais, para com-plementar os, recentemente, entregues pela Comunidade In-termunicipal da Região de Lei-ria.

O comandante fala também de uma frota adaptada às ne-cessidades do território, embo-ra confidencie o desejo, óbvio, de dotar o parque de viaturas com modelos mais recentes, contudo destaca “a funcionali-dade e operacionalidade” e o “bom estado de conservação dos veículos”, mercê de “manu-tenção e cuidados na utiliza-ção”.

O quartel, inaugurado há cerca duas décadas, carece, agora, de requalificação

“Este espaço já não respon-de aos requisitos de operacio-nalidade e conforto, que impor-ta garantir aos bombeiros”, considera o comandante.

A direção de Paulo Morgado herdou um projeto, elaborado

há já quatro anos, que está ser reapreciado, ainda que, no es-sencial, responda às necessida-des e expectativas de comando e direção.

Os trabalhos contemplam não apenas a “requalificação” de áreas, mas também a “am-pliação” de instalações e a “re-definição do layout”. O projeto privilegia a renovação das ca-maratas, a adaptação do salão e ampliação do parque de via-turas. A empreitada, orçada em mais de meio milhão de euros, deverá ser sujeita a uma candi-datura a fundos comunitários, ao abrigo do Programa Portugal 2020.

Esta ânsia de crescimento é reconhecida e incentivada pela Câmara Municipal de Alvaiázere que “há já muitos anos”, conce-de um “apoio regular, consis-tente e persistente” aos bom-beiros, conforme faz questão de revelar o dirigente. Da mes-ma forma, Paulo Morgado con-sidera que a população se mos-tra não apenas sensibilizada para a causa, mas consciente da importância da missão dos bombeiros voluntários.

Neste concelho do distrito de Leiria, a falta de voluntá-rios ainda não constitui um problema, contudo Joaquim Vitor mostra-se apreensivo com o futuro. Fala da morosi-dade no processo de ingresso na carreira, do elevado grau de exigência, mas também falta de incentivos e da emi-gração que “só este ano afas-tou do quartel três operacio-nais”.

“Não queremos aligeirar, queremos agilizar o processo para que os voluntários não se percam, não cedam à desmo-tivação. Afinal quem tutela não pode esquecer que se tra-tam de voluntários, que só querem ajudar o próximo. Se por um lado faltam incentivos, por outro também os benefí-cios se foram perdendo”, de-nuncia o comandante.

“Importa definir se quere-mos profissionalizar o setor ou aproveitar esta genética”, acrescenta Paulo Morgado

Embora sejam muitas a contrariedades num País “pró-digo em fazer ruturas com o passado, sem aproveitar o

que estava bem”, o presidente da direção mostra-se confian-te no trabalho desenvolvido pela instituição, nomeada-mente junto dos mais novos.

“Tentamos aculturar as ca-madas jovens da comunidade para a causa, e desta forma garantir o futuro corpo ativo”, explica o dirigente, que fala com entusiasmo da Escola de Infantes e Cadetes, que conta, atualmente, com mais de 40 crianças e jovens, e que já está começa a garantir refor-ços ao corpo de bombeiros. Por outro lado, sublinha a im-portância de um protocolo com a Escola Secundária de Al-vaiázere que, também, está a trazer sangue novo ao quartel.

Paulo Morgado acredita que esta via permite envolver a comunidade e capitalizar visi-bilidade e notoriedade, fatores primordiais para que a história da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Alvaiázere possam continuar a acrescentar capítulos de ouro a uma profícua e longa histó-ria que começou a ser escrita a 7 de março de 1940.

ALVAIÁZERE

Associação aposta na “aculturação”A assinalar 75 anos de serviço público a Associação Humanitária

dos Bombeiros de Alvaiázere enfrenta com audácia os desafios do presente, até porque o trabalho desenvolvido nos últimos

anos permitiu alcançar o patamar da estabilidade.Um projeto sólido assente numa estratégia de rigor e de

exigência permitem à instituição traçar novas metas, renovar objetivos, em suma perspetivar o futuro.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

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21JULHO 2015

Decorreu, recentemente, no quartel do Corpo de Bombei-

ros do Sul e Sueste, no Barreiro, o III Campeonato Nacional de Sal-vamento e Desencarceramento e, simultaneamente, o “XI Encuentro Nacional de Rescate en Accidentes de Trafico”. Tratou-se de numa or-ganização conjunta da Associação Nacional de Salvamento e Desen-carceramento (ANSD), da congé-nere espanhola Associación Profe-sional de Rescate en Accidentes de Trafico (APRAT), e da Associa-ção Humanitária dos Bombeiros Voluntários do Sul e Sueste.

Participaram no evento 26 equipas de corpos de bombeiros portugueses e espanhóis, envol-vendo cerca de 200 bombeiros. As equipas com-petiram entre si, realizando duas manobras: Standard (20 minutos e uma vítima) e Complexa (30 minutos e duas vítimas).

Os resultados finais alcançados permitiram que

as equipas, do Regimento de Sapadores Bombei-ros de Lisboa, do Corpo de Bombeiros Municipais da Figueira da Foz e do Corpo de Bombeiros Vo-luntários de Cacilhas obtivessem passaporte dire-to para o “World Rescue Challenge”, que decorre-rá em Lisboa, entre 14 e 18 de outubro. Nesse evento estarão em competição 68 equipas de de-sencarceramento e de trauma provenientes de todo o Mundo.

SUL E SUESTE

Encontro ibérico de desencarceramento

Os Bombeiros da Aguda tam-bém marcaram presença no

3º Campeonato Nacional de Salvamento e Desencarcera-mento que decorreu em junho último no quartel dos Bombei-ros Voluntários de Sul e Sueste, Barreiro.

Os Voluntários da Aguda ob-tiveram um brilhante 4º lugar na classificação geral, assim como repetiram o 3.º lugar nas categorias de chefe de equipa e socorrista, e 4.º lugar na cate-goria de técnicos.

A preparação para este tipo de competição, origina um in-tenso treino em desencarcera-mento de vários elementos do Corpo de Bombeiro, pois para além da equipa “titular” na competição, os treinos abran-gem cerca de duas dezenas de operacionais, que melhoram a sua capacidade técnica e articu-lação operacional nesta área tão específica.

Os Bombeiros da Aguda la-mentam, contudo, “a falta de cobertura mediática para os eventos de proteção e socorro que frequentemente ocorrem no nosso País, (campeonatos nacionais de manobras, trau-ma, desencarceramento, “Bombeiro de ferro”, subida á torre, etc..) pois a preparação para os mesmos melhora a

qualidade técnica do socorro, e infelizmente só quando aconte-cem acidentes/incidentes de grande envergadura, é que o nosso trabalho é notado, algu-

mas vezes com estranheza para com a capacidade, com-petência, e organização, que as forças de proteção e socorro têm em Portugal”.

AGUDA

Bombeiros em competição

O II Meeting de Equipas de Salvamento em Meio Ur-bano (II MESMU) decor-

reu recentemente no Porto, or-ganizado pelo Batalhão de Sa-padores Bombeiros (BSB), e contou com a participação de uma dezenas de equipas, uma delas espanhola.

Este evento, além da verten-te competitiva, teve como prin-cipal objetivo a partilha de co-nhecimentos, experiências e de novas amizades entre as diver-sas equipas que nele participa-ram. No dia 15 tivemos a realização de Workshops com o objetivo de informar, apresen-tar novos conceitos e novos produtos relaciona-das com a temática no Salvamento em Meio Ur-bano.

No primeiro dia decorreu o evento principal do “Meeting de Equipas de Salvamento em Meio Ur-bano - MESMU”, denominado “Competição de Técnicas de Resgate em 6 Cenários”, em diver-sos locais da cidade do Porto, na Muralha Fer-nandina, na Praça Gomes Teixeira, no Passeio das Virtudes, no Cais das Pedras, no Elevador da Lada e nas Escadas de Codeçal. As equipas par-ticipantes tiveram de demonstrar capacidade técnica para executarem o resgate de vítimas em várias situações simuladas.

Nesse dia o BSB organizou ainda, na Avenida dos Aliados, outros eventos associados ao II MESMU, com um “quartel aberto”, com as viatu-ras e respetivas guarnições operacionais do BSB expostas e de prevenção à cidade do Porto e uma “Exposição de Viaturas Clássicas de Bom-beiros”. Neste caso, com o objetivo de expor e divulgar viaturas utilizadas em operações de proteção e socorro usadas no passado pelos bombeiros do distrito.

No segundo dia, 17 de maio, no centro comer-cial “Dolce Vita”- Porto, tivemos a continuação das provas do II MESMU, com as “Técnicas de Progressão Vertical (TPV)”. As diversas equipas tiveram que competir também entre si, agora com técnicas de progressão na vertical em ma-nobras de resgate de vítimas.

Foram 10 equipas que participaram no II MES-MU, uma delas vinda de Espanha. Assim, partici-param, o Regimento de Sapadores Bombeiros de Lisboa, os Bombeiros Voluntários de Canas de Senhorim, os Bombeiros Voluntários de Montale-gre, os Bombeiros Voluntários de São João da Madeira, os Bombeiros Voluntários de Baião, os Bombeiros Voluntários de Cruz Verde, os Bom-beiros Voluntários de Torres Vedras, a Escola Portuguesa de Salvamento, a “Fall Safe” e a “Rescuind”.

Esteve presente no evento o vereador do Pe-louro da Fiscalização e Proteção Civil da Câmara do Porto, Manuel de Sampaio Pimentel, que pre-sidiu à cerimónia de encerramento e à entrega do galardão à equipa vencedora “Rescuind”, de Espanha. Na oportunidade, o vereador Manuel Pimentel enalteceu a realização do II MESMU como contributo para a melhoria da resposta na proteção e socorro pessoas e bens.

Textos e fotografias deSubchefe António Oliveira

PORTO

Equipas reunidas

Os Bombeiros Voluntários da Aguda, dando continuida-

de á politica de proximidade com a comunidade empresarial da sua área de actuação pró-pria, levaram a efeito no pas-sado dia 11 de julho, uma for-mação de suporte básico de vida – adulto (SBV), para cola-boradores das empresas lo-cais, Orniex, Fibrauto e Univer-sal.

Segundo os organizadores, “esta formação conjunta tam-bém permitiu um espírito de

partilha e convívio entre os co-laboradores das várias empre-sas e os operacionais do corpo de bombeiros intervenientes”.

Coube aos bombeiros TAS, Sérgio Moutinho, Adriana Mon-salve, Bruno Rodrigues, Carla Covas e bombeiro enfermeiro José Pinto promover essa ac-ção de formação.

Agradecendo a pronta ade-são dos formadores à promo-ção de mais esta acção, o co-mando dos Voluntários da Agu-da comenta que, “sem dúvida,

foi uma bela maneira de utili-zar 4 horas de um sábado, en-riquecendo o saber dos colabo-radores das três empresas”.

AGUDA

SBV para empresas No quartel dos Voluntários de Vila Meã apareceu, um destes dias, um cão, ain-

da jovem, faminto e magoado numa per-na. De imediato os bombeiros trataram de cuidar do “visitante”, prestando-lhe com cuidados vários e muito afeto e, obvia-mente, ganharam um amigo para a vida.

E porque importava dar nome à mascote os Bombeiros de Vila Meã lançaram um desafio na sua página da internet, e depois várias sugestões, VUCI foi nome escolhi-do.

Estão assim de parabéns os bombeiros pelos exemplos que passam à comunida-de, quando os maus tratos a animais es-tão, infelizmente, na ordem do dia!

Felicidades VUCI!

VILA MEÃ

Quartel tem mascote

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22 JULHO 2015

A Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários de Oliveira de Azeméis, comemorou

o seu 109.º aniversário, com um programa que incluiu o hastear das bandeiras seguido da roma-gem ao cemitério municipal e ao monumento do bombeiro, em memória dos elementos falecidos, a celebração de uma missa e cerimónia de conde-coração de vários bombeiros.

Na sessão solene, o secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida defendeu que “os bombeiros não têm de andar de mão es-tendida”, que devem antes receber aquilo a que têm direito, numa clara alusão à recentemente aprovada lei de financiamento dos Bombeiros Portugueses. O político enalteceu ainda o presi-dente da Câmara de Oliveira de Azeméis, Hermí-nio Loureiro, considerando-o “autarca sempre presente e com excelentes relações com esta ins-tituição”.

Na sua intervenção, o presidente da direção da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntá-rios de Oliveira de Azeméis, António Gomes, co-meçou por referir que dos “60 mil habitantes do concelho apenas 2 mil são sócios pagantes”, mostrando-se preocupado o aparente alheamen-

to da população da realidade dos bombeiros, que só colmatada com o apoio de mecenas. Dando conta dos contributos concedidos pelas empresas Novarroz, Ancal Plásticos, Proleite, Lactogal, Va-lente Marques, bem como de Murilo Pinto Gama, dirigente da instituição. Neste âmbito, No segui-

mento das felicitações, António Gomes, agrade-ceu ainda aos beneméritos António Rodrigues e Aldina Valente, Terminou pedindo ao. secretário de Estado “a restrição dos peditório da Associa-ção Portuguesa dos Veteranos de Guerra ao dis-trito onde está sedeada”.

OLIVEIRA DE AZEMÉIS

Apelo à população em dia de festa

A passagem do 124.º aniver-sário da Associação Humani-

tária de Bombeiros de Linda-a--Pastora ficou assinalada com a inauguração de quatro novas viaturas e um atrelado e a ho-menagem interna ao bombeiro de 3.ª Diogo Palma pelo resgate de habitação em chamas e à equipa que o acompanhou nes-sa missão em 27 de dezembro do ano transacto.

Diogo Palma foi distinguido com a medalha de coragem e

abnegação da Associação e os restantes elementos (Pedro Vi-cente, Luís Martins, Diogo Frei-tas, Manuel Teixeira, Ivan Per-ner, Rafaela Cardoso Diogo Se-queira e Paulo Noivo) alvo de um louvor público.

Diogo Palma resgatou do pri-meiro piso de uma habitação em chamas, em Queijas, a mãe e filho, Marta e Tomás Oliveira. Em conjunto com os colegas prestou também socorro ao pai e à filha da mesma família, Pau-

lo e Rita Oliveira, que se encon-travam feridos mas já no exte-rior do edifício.

Foram distinguidos com o “brebet” da Associação por comportamento exemplar, grau ouro, o segundo comandante João Gouveia, e, grau cobre, o adjunto de comando José Carlos Miranda, a chefe Mafalda Neves, o subchefe Bruno Neves e o bombeiro de 3ª Diogo Sequeira.

Foram promovidos, a subche-fe, o bombeiro João Paulo Go-

mes, e a 2.ª, os bombeiros Su-sana Nunes, Luís Martins, Diogo Sequeira e Filipe Pires.

No final da sessão solene de-correu a bênção e inauguração de duas ambulâncias de trans-porte múltiplo (ABTM), um VCOT, suportado pelo QREN/ANPC e que substitui outro per-dido em 2013 nos incêndios do Caramulo, um atrelado com mo-to-bombas oferecido pela Câ-mara Municipal de Oeiras e um veículo florestal (VFCI) obtido

através do Orçamento Participa-tivo promovido pela mesma Au-tarquia.

As cerimónias, presididas pela vereadora da Câmara de Oeiras, Eduarda Godinho, con-taram com as presenças, do Di-rector Nacional de Bombeiros da ANPC, Pedro Lopes, do re-presentante da Liga dos Bom-beiros Portugueses, Rama da Silva, do vice-presidente da Fe-deração de Bombeiros de Lis-boa, comandante Pedro Araújo,

do segundo comandante opera-cional de Lisboa da ANPC, An-dré Fernandes, do presidente da União de Freguesias de Car-naxide e Queijas, Jorge Vilhena, do comandante municipal Filipe Palhau, acolhidos, pelo presi-dente da assembleia-geral, co-mandante QH Miguel Antunes, da presidente da direção, Cris-tiana Duarte Alves, do coman-dante Jorge Vicente e dos res-tantes membros dos órgãos so-ciais e do comando.

LINDA-A-PASTORA

Inauguradas quatro novas viaturas

ALIJÓ

Bombeiros de Cheires com 85 anosA Associação Humanitária de

Salvação Pública dos Bom-beiros Voluntários de Cheires, concelho de Alijó, comemorou no dia 26 de julho oitenta e cinco anos de existência. A ce-rimónia contou com a presen-ça do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses, co-mandante Jaime Marta Soa-res.

O dia começou com o has-tear da bandeira, missa sole-ne, seguindo-se a colocação de uma coroa de flores em ho-menagem a todos os bombei-ros, dirigentes e sócios faleci-dos. O dia também contou com a inauguração de uma nova viatura nova, da sessão que teve lugar no salão nobre dos Bombeiros de Cheires.

Nesta sessão estiveram pre-sentes representantes de vá-rias corporações de bombei-ros, nomeadamente do conce-lho de Alijó, da Junta de Fre-guesia de Sanfins do Douro, os Presidente da Associação e da Mesa da Assembleia da AHBV

de Cheires, o Comandante da Corporação, o Comandante Operacional Distrital do CO-DIS, o Vice-presidente da Fe-deração de Bombeiros do Dis-trito de Vila Real, o presidente da LBP, como já atrás se disse, e os vice-presidente e presi-dente da Câmara Municipal de Alijó.

Nos discursos destas perso-nalidades, todos enfatizaram o trabalho desenvolvido por ho-

mens e mulheres em prol das pessoas e bens e da necessi-dade de serem criadas melho-res condições e realização de formação para o bom desem-penho dessa tarefa.

No final da sessão, nesse sentido, oi assinado um proto-colo de cedência, por parte da Câmara Municipal, do edifício da antiga escola primária de Cheires, onde os Bombeiros pretendem construir um par-

que de viaturas e aproveitar as salas para formação e novas camaratas, de modo a ultra-passar as necessidades que o atual quartel revela.

Para o presidente da Câma-ra Municipal de Alijó este é um passo natural, pois considera que o património existente nas populações é para servir essas populações e que a Associação deverá agora realizar um pro-jeto e candidatar-se ao pro-

grama “Portugal 2020”, de modo a encontrar um apoio fi-

nanceiro substancial para a construção desse sonho.

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23JULHO 2015

A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de

Penacova terminou, recente-mente, as comemorações do 85.º aniversário iniciadas em 24 de fevereiro último.

O programa, cumprido em 12 de julho último, iniciou-se, de manhã, com o Hastear da Ban-deira Nacional, com formatura do corpo de bombeiros e fanfar-ra.

Após a chegada das entida-des convidadas procedeu-se à cerimónia de juramento de 17 novos elementos estagiários

que ingressam no quadro ativo como bombeiros de 3.ª.

Decorreu, de seguida, a inau-guração de três novas viaturas e de uma embarcação. A primeira viatura a ser inaugurada, uma ambulância de socorro tomou o nome “ESCOLINHAS 2015”, em homenagem a todas as crianças que quase espontaneamente aderiram a este Projeto desen-volvido pela instituição e é, também,”um reconhecimento aos seus Pais por acreditarem em nós e aos Bombeiros que mais os têm acompanhado”.

O veículo florestal de comba-te a incêndios (VFCI) passou a chamara-se “Dr. Miguel Mace-do”, ministro da Administração Interna de junho de 2011 a no-vembro de 2014, em reconheci-mento pelo que fez pela Insti-tuição Bombeiros enquanto mi-nistro e porque a ele se deve o facto de termos as viaturas pa-gas na totalidade pelo Estado Português.

Seguiu-se a inauguração de um segundo veículo florestal de combate a incêndios (VFCI) com o nome “Cmdt. Jaime Soa-

res”, presidente do conselho executivo da Liga dos Bombei-ros Portugueses, “pela insistên-cia para que estas viaturas fos-sem a custo zero para as Asso-ciações”.

Depois, foi inaugurado um barco de socorro, designado por “Urbano Oliveira Marques” , “alvo de várias homenagens pela nossa Associação, sócio benemérito, nunca é demais fortalecer esse reconhecimen-to, e é também um gesto de in-centivo para a Equipa de Salva-mento em Meio Aquático, nada-

dores salvadores, mergulhado-res e condutores de embarcação de socorro, pela sua sempre pronta disponibilidade”.

No final da inauguração pro-cedeu-se ao desfile das forças em parada, uma formatura

composta por 5 secções e 110 Bombeiros dos BV de Penacova, e a respetiva Fanfarra.

Durante a sessão solene que se seguiu procedeu-se à entre-ga de inúmeras distinções a bombeiros do quadro ativo.

PENACOVA

Encerramento das comemorações

LAMEGO

Comemorados 138 anos de serviço à população

A Associação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Lamego co-

memorou recentemente o seu centé-simo trigésimo oitavo aniversário, numa cerimónia onde foram conde-corados alguns bombeiros, diretores e o comandante. A cerimónia contou com a presença do secretário de Es-tado da Administração Local, António Leitão Amaro, do presidente da Câ-mara Municipal de Lamego, Francisco Manuel Lopes, do presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), comandante Jaime Marta Soares, do comandante operacional distrital da Autoridade Nacional de Proteção Civil tenente-coronel Lúcio Campos, do presidente da Federação de Bombei-ros do Distrito de Viseu, José Amaro, entre outros convidados, comandan-tes e dirigentes de Associações.

As comemorações iniciaram-se com a formatura e o hastear das ban-deiras. Mais tarde decorreu a roma-gem aos cemitérios para homenagem a todos bombeiros, elementos dos

órgãos sociais já falecidos. Depois, seguiu-se o desfile com as forças apeadas pelas principais artérias da cidade de Lamego. Em seguida teve lugar a missa no Santuário da Nossa Senhora dos Remédios presidida por monsenhor José Guedes, capelão da instituição. Após a missa, decorreu o desfile motorizado pelas ruas da ci-dade.

O comandante João Nuno Ferreira de Carvalho, por proposta enviada à LBP pela direção, foi surpreendido com a medalha de serviços distintos grau ouro. Solicitado a proceder à sua imposição, o comandante Jaime Soares, convidou o secretário de Es-tado, o presidente da Câmara e o presidente da Associação, Hélder Santos, a acompanhá-lo nessa mis-são.

Seguiu-se de atribuição das conde-corações da LBP a bombeiros propos-tas pelo comando. Com a medalha de dedicação (25 Anos) foi distinguido o chefe Luis Paiva, com a medalha de

assiduidade grau ouro (20 Anos), o subchefe Alfredo Lourenço e o bom-beiro de 3º, José Bártolo da Silva.

Foram ainda distinguidos pela LBP, com a medalha de assiduidade grau ouro (15 Anos), os bombeiros de 3.ª,

João Rebelo, Paulo Rijo, Alberto Mes-quita e António Carvalho, com a me-dalha de assiduidade grau prata (10 Anos), os bombeiros de 2.ª, Tiago Rodrigues e Bruno Morgado, os bom-beiros de 3.ª, Jacinto Machado e Ber-

nardo Duarte, e com a medalha de assiduidade grau cobre (5 Anos) os bombeiros de 3.ª, Fernando Xavier, João Rebelo e Susana Silva.

Foram também entregues conde-corações a diretores da instituição: a medalha de ouro (20 Anos) a Jorge Manuel Rodrigues, a medalha de ouro (15 Anos) a Adérito Gonçalves, a me-dalha de prata (10 anos) a Rui Sta-nislau, a António Gonçalves Ferreira, a Rogério Moura, a Valdemar Ribeiro e a António Monteiro, e por fim, a medalha de cobre (5 anos), a Hélder Santos e a Manuel António Cardoso.

Após a conclusão das intervenções protocolares, a sessão solene termi-nou com fogo-de-artifício ao som do Hino da LBP. E as comemorações fe-charam com o centenário e famoso “Rancho á Bombeiro”, o corte do bolo e o cântico dos parabéns à prestigio-sa e secular instituição, sempre com a palavra de carinho do capelão dos Bombeiros Voluntários de Lamego, monsenhor José Guedes.

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24 JULHO 2015

A Associação Humanitária de Bombeiros Mistos de Amora, foi fundada a 21

de junho de 1999, mas foram precisos quase cinco anos de “luta” para que o corpo de bombeiros fosse homologado. Assim, depois de um processo complicado, assinala-se, neste mês de agosto, uma década que os Bombeiros da Amora prestam “serviços diretos aos cidadãos, socorrendo o seu se-melhante, salvando vidas e bens”, como assinala a presi-dente da direção, Lúcia Soa-res, salientando, “qualidade e a operacionalidade” são as bandeiras desta jovem institui-ção.

Tenacidade, persistência e a necessária resiliência são pila-res de uma gestão no femini-no, que assenta no rigor, mas que não descura uma vertente (quase) maternal nas relações com cada um dos elementos desta unida família.

“Esta é uma equipa espeta-cular… Tenho, de facto, um ex-celente corpo de bombeiros”, enfatiza o comandante Antó-nio José da Silva, que no rol dos elogios engloba, também,

AMORA

Entrega e dedicação vencem obstáculosA Associação Humanitária de Bombeiros Mistos de Amora,

fundada há pouco mais de uma década, conseguiu já afirmar-se, não obstante as muitas dificuldades que enfrenta, sendo a maior

a precariedade de um quartel improvisado, sem as condições mínimas de operacionalidade e de conforto.

Sem baixar os braços direção e comando tentam colmatar lacunas, superar obstáculos e garantir o socorro às populações,

projetando o futuro já num novo quartel-sede.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

mo de dignificar todos os dias nos mais distintos cenários, o nome da instituição que ser-vem.

Ainda que deste a instala-ção, muitas tenham sido as in-tervenções e melhoramentos, quase todos assumidos pelos próprios bombeiros, “sempre dispostos a trabalhar em prol da associação”, a verdade é que a prioridade é mesmo a construção de um novo quar-tel, “sonho” prestes a ser con-cretizado, como nos revela Lú-cia Soares.

A dirigente adianta que o novo complexo, projetado para a estrada Nacional 10, nas imediações do Complexo Desportivo Carla Sacramento, está orçado em cerca de um milhão de euros, aguardando apenas financiamento do pro-grama comunitário Portugal 2020. Lúcia Soares destaca o envolvimento da autarquia seixalense neste processo, “empenhada” em não deixar fechar esta janela de oportuni-dade.

Movidos, mas não toldados, pelo sonho os Voluntários da Amora vão tentando no pre-sente, assegurar o futuro, im-primindo uma estratégia de rigor orçamental, para que não falhem nem os compromissos assumidos com os cerca de duas dezenas de funcionários, nem a política de investimen-tos nomeadamente na renova-ção do parque de viaturas. Já este ano, a direção deu luz verde à aquisição de uma am-bulância de socorro e de uma outra de transporte de doen-tes, da mesma forma que ten-ta colmatar todas as lacunas em matéria segurança e prote-ção individual dos operacionais e em material de desencarce-ramento, conforme elenca o comandante

“Queríamos ter mais meios para podermos fazer mais”, diz o responsável operacional, re-conhecendo, contudo, a sensi-

bilidade e a celeridade da dire-ção na resposta às solicitações ao corpo de bombeiros.

Da mesma forma, também, a formação surge como uma aposta da direção e do coman-do desde sempre comprometi-dos com a qualidade do servi-ço prestado aos cerca de 150 mil habitantes da freguesia de Amora.

A disciplina e exigência im-posta pelo comando ao efetivo não são entrave ao ingresso de novos voluntários que conti-nuam a chegar ao quartel e a assegurar o reforço e a reno-vação do corpo de bombeiros: A escola de cadetes e infantes, que mobiliza mais de quatro dezenas de crianças e jovens, é motivo de regozijo para dire-ção e comando, certos que na Amora a causa não perdeu “ativistas”. A juntar ao entu-siasmo dos mais novos o apoio da comunidade, que Lúcia

Soares diz estar “muita próxi-ma da associação”. A esta liga-ção não será alheia não só a preparação e profissionalismo dos bombeiros nos distintos teatros de operações, mas também “a atenção e o cuida-do e até o carinho” prestados aos doentes e os utentes dos vários serviços prestados pela associação.

A presidente Lúcia Soares e o comandante António José da Silva partilham “orgulho”, pe-las conquistas obtidas em mais de 16 anos de “trabalho e de luta”, mas também vaidade pela riqueza do património hu-mano que tem fomentado o engrandecimento desta insti-tuição, que na adversidade conseguiu garantir a sustenta-bilidade que permite a dirigen-tes e bombeiros enfrentar o futuro com otimismo.

“uma direção que faz das tri-pas coração para que funcio-ne”.

Não é fácil motivar o grupo quando, o que há apara ofere-cer é “muito pouco” desabafa a presidente, enquanto conduz os jornalistas numa visita guiada às instalações, embora “pouco haja para mostrar”. Os Bombeiros de Amora ocupam uma antiga unidade fabril con-vertida em quartel, sem gran-des condições, que, ainda as-sim constitui um pesado en-cargo para a associação, cerca “2500 euros mensais”, como faz questão de sublinhar a diri-gente, Apesar das parcas con-dições de operacionalidade, mas sobretudo de conforto, os cerca de 60 homens e mulhe-res que integram este contin-gente de paz, não desarmam, não desistem de servir o próxi-

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25JULHO 2015

Os Bombeiros de Vouzela co-memoraram 130 anos de

atividade. As celebrações fica-ram marcadas pela realização de várias iniciativas. Destaque para a inauguração de uma nova viatura para transporte de doentes e a atribuição da me-dalha de serviços distintos grau ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) aos adjuntos de comando José Aurélio Mar-tins Cosme e Alberto Silva Al-ves.

Na sessão solene, o presi-dente da associação humanitá-ria não esqueceu o trabalho realizado pelos homens e mu-lheres que integram a corpora-ção. Carlos Lobo agradeceu ain-da a todas as pessoas e entida-des que estão ao lado dos bom-beiros.

O Presidente da Câmara de Vouzela também enalteceu o trabalho levado a cabo pelos soldados da paz do concelho. Rui Ladeira disse ainda que vai continuar a apoiar a corpora-ção. Nesse sentido, anunciou que a autarquia vai custear a compra de botas para o corpo ativo, calçado que vem comple-mentar o equipamento de pro-teção individual comprado re-centemente pela associação humanitária.

O comandante operacional distrital também reconheceu o “trabalho, competência e pro-fissionalismo” dos Bombeiros de Vouzela. Lúcio Campos teve também uma palavra de apreço para os restantes operacionais do distrito.

O Presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Viseu, José Amaro, lembrou as notí-cias que vieram recentemente público e que apontam para a perda de 800 soldados da paz na última década na região, de-fendendo o reforço dos incenti-vos ao voluntariado. Também José Requeijo, vogal do conse-lho executivo da LBP, criticou os cortes nos incentivos ao volun-tariado.

José Requeijo, mas também Lúcio Campos falaram ainda da

segurança dos bombeiros no combate aos incêndios flores-tais, que é de resto o grande objetivo para esta campanha de luta contra as chamas este ve-rão, esperando que a época crí-tica termine sem baixas e aci-dentes na região.

Além das personalidades já referidas estiveram também presentes, a presidente do con-selho fiscal, Regina Marques, o presidente da Assembleia Muni-cipal, Telmo Antunes, o presi-dente da assembleia-geral da Associação, Luis Alcides Melo, e o comandante Joaquim Tava-res.

Referência à oferta de uma lembrança de despedida ao se-gundo comandante distrital da ANPC, Henrique Pereira.

VFM

VOUZELA

Medalha de ouro para dois bombeiros

Ainda antes da bênção das duas viaturas, uma das

quais oferecida pelo comandan-te Ramiro Alegria, “um dos pre-cursores do primeiro corpo de bombeiros de Fajões”, houve lu-gar ao hastear das bandeiras e à formatura dos ‘soldados da paz’ fajonenses e da sua fanfarra, no quartel da Associação Humani-tária aniversariante. Do progra-ma delineado para este dia de festa constou também uma ro-magem aos cemitérios de Cesar e de Fajões, em jeito de home-nagem póstuma aos bombeiros, dirigentes e sócios já falecidos.

Uma festa de aniversário sim-ples, mas carregada de simbo-lismo aquela que a Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários de Fajões teve no últi-mo domingo, não tivesse conta-do com a presença de “um dos precursores do [seu] primeiro corpo de bombeiros”. O coman-dante Ramiro Alegria não só ofereceu uma viatura à institui-ção que ajudou a nascer, como também fez questão de se asso-ciar às comemorações dos seus 33 anos.

‘Cerimónia molhada, cerimó-nia abençoada’. Ao final da ma-nhã, a chuva miudinha fez-se sentir aquando da inauguração e bênção das duas novas viatu-ras da Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Fajões (AHBVF) como que a abençoar esta cerimónia.

Na presença de uma moldura humana considerável, o pároco da vila de Fajões, Padre Telmo Magalhães, benzeu um VFCI 01 (veículo florestal de combate a incêndios),adquirido pela dire-ção da AHBVF. em edições ante-riores, e um VCOT 02 (veículo de comando operacional tático), este último oferta carregada simbolismo, não tivesse sido “um dos precursores do primei-ro corpo de bombeiros” de Fa-jões a fazê-la.

Falamos do comandante Ra-miro Alegria que, aos 90 anos de idade, fez questão “de

deixar _ car alguma coisa mi-nha, com o meu nome, nesta corporação”, como o próprio

disse em exclusivo ao Correio de Azeméis. O antigo chefe de comando dos ‘soldados da paz’de Oliveira de Azeméis e, na altura em que a corporação fajonense deu os primeiros pas-sos, também de Fajões, marcou presença no quartel da AHBVF, no passado dia 19 de julho, honrando, assim, a instituição que ajudou a nascer. Ramiro Alegria, que é crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portu-gueses por proposta da AHBFV, esteve

acompanhado por familiares, mas também por Paulo Oliveira, atual comandante do corpo ati-

vo da AHBVF. A título de curiosi-dade, registe-se que Ramiro Alegria e Paulo Oliveira ‘dão-se ao luxo’ de ser “os únicos co-mandantes das duas corpora-ções” do concelho de Oliveira de Azeméis.

Nesta sessão ainda estiveram presentes, além de outros, Her-mínio Loureiro, Jorge Paiva e Agostinho Tavares, respetiva-mente, presidentes da Câmara Municipal, Junta de Freguesia de Fajões e União das Fregue-sias de Nogueira do Cravo e Pindelo.

Gisélia Nunes (Cortesia do Jornal Correio de Azeméis)

FAJÕES

Duas viaturasno 33.º aniversário

Decorreram, no dia 5 de julho as comemo-rações do 77.º aniversário da Associação

Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Paço de Sousa, marcadas pela tomada de pos-se do novo comandante, Adelino Correia assu-me assim a estrutura, que nos últimos meses foi gerida interinamente pelo chefe Agostinho Coelho, após a saída do anterior comandante em setembro do 2014. A escolha da direção recaiu neste engenheiro de 42 anos, especia-lista na prevenção de incêndios urbanos a vi-ver em Novelas, Penafiel.

O programa teve ainda como momento alto a condecoração de vários bombeiros dos di-versos quadros, com destaque para o chefe Silva, agraciado cm o Crachá de Ouro da Liga de Bombeiros Portugueses e a Medalha de Mé-

rito Dourada atribuída pela Câmara Municipal de Penafiel.

Bombeiros e convidados testemunharam, ainda, a celebração de um protocolo entre o município e uma empresa privada, visando o apoio dos corpos dos bombeiros do concelho. Na ocasião, a autarquia entregou também aos bombeiros as licenças de queimas, revertendo a taxa aplicada para as associações. Depois de muito tempo de espera, foram também distri-buídos os novos equipamentos de proteção in-dividual para o combate a incêndios florestais.

Durante os festejos foi ainda inaugurada uma ambulância (ABSC) que permitirá, se-gundo fonte dos Bombeiros de Paço de Sousa, “ colmatar uma grande lacuna no socorro á população”.

PAÇO DE SOUSA

Comemoraçõescom novo comandante

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26 JULHO 2015

Direção e comando dos Bombeiros da Moita rece-beram no mês passado o

jornal Bombeiros de Portugal para darem a conhecer uma oc-togenária instituição, que, no entanto, exibe, ainda que de forma discreta, vitalidade e es-tabilidade.

Ao presidente Manuel Filipe juntam-se o tesoureiro Fernan-do Gaio o vogal António Duarte e o carismático comandante Carlos Picado, que conduzem os jornalistas numa visita guia-da à Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Moita, uma casa arrumada, de-vidamente organizada, que pode hoje começar a “colher os louros” do muito trabalho de-senvolvido nos últimos 15 anos,

O quartel inaugurado em 2007 é, sem dúvida, o maior e mais visível contributo desta equipa para a história institui-ção, um empreendimento mo-derno, devidamente equipado e bem apetrechado, onde quase nada falta, pois, como refere o

presidente “as necessidades do corpo de bombeiros” são priori-dades da direção.

Este complexo orçado em dois milhões de euros permitiu dar condições de trabalho e al-gumas comodidades, até então vedadas aos cerca de 80 opera-cionais no velho quartel, lacu-nas que, no entanto, colmatas com a vontade de fazer mais e melhor que sempre caraterizou os Bombeiros da Moita.

Carlos Picado recorda que homens e mulheres não dispu-nham sequer de camaratas, balneários ou casas de banho condignas, contudo com a fron-talidade que é reconhecida, diz sentir alguma nostalgia da liga-ção das populações aos bom-beiros, que se esbateu, com a deslocalização do quartel para fora do centro da vila sede de concelho.

Esta é uma questão sensível também para o presidente que lamenta o distanciamento da comunidade, o facto da grande maioria dos 70 mil habitantes do município desconhecerem a

MOITA

Associação prepara novo cicloBem instalada num moderno, amplo e bem equipado complexo

operacional, os Bombeiros da Moita, enfrentam tempos de prosperidade, cumprindo assim o desígnio de uma equipa

diretiva que há mais de uma década se entrega, a cem por cento, à nobre causa de servir as populações.

Agora que um ciclo está prestes a fechar, direção e comando só podem fazer um balanço positivo da ação desenvolvida e

regozijar-se com a obra feita.

Texto: Sofia Ribeiro

Fotos: Marques Valentim

realidade do seu corpo de bom-beiros, não questionarem se-quer de onde provêm as recei-tas que pagam o socorro pres-tado às populações. O dirigente reconhece, no entanto, que a associação se tem fechado um pouco em si mesma, um pouco presa à dinâmica interna, situa-ção que importa, agora, alterar com a dinamização de um con-junto de iniciativas, nomeada-mente junto das escolas e nas empresas da região.

O responsável operacional adianta que os Bombeiros da Moita se prepararam, concluído que está o Plano Municipal de Emergência, para efetuar simu-lacros nas escolas de primeiro ciclo. Da mesma forma Carlos Picado dá conta da intenção de promover ações de formação em várias valências para as empresas.

No rol de ideias e projetos desta equipa surge ainda a “vontade” de criar uma escola de infantes, assumida pelo co-mandante, mas que ainda está ser avaliada pela direção, até porque esta aposta no bombei-ros do futuro “tem custos que

importa acautelar”, como expli-ca o presidente.

Muito embora, neste conce-lho do distrito de Setúbal, não faltem voluntários para a cau-sa, que “anualmente vão che-gando ao quartel sem necessi-dade de campanhas de recruta-mento”, como garante Carlos Picado, importa assegurar hoje os reforços do amanhã. O co-mandante regista, ainda, com agradado que a fanfarra da as-sociação, composta apenas por crianças e jovens já está a ga-rantir a renovação do efetivo.

Porque importa dar meios aos operacionais que operam nos vários teatros de opera-ções, o presidente salienta que os últimos anos também fica-ram marcados por investimen-tos em viaturas, equipamentos vários, nomeadamente de pro-teção individual para combate a incêndios urbanos

Carlos Picado sublinha este esforço fala de um bom parque de saúde, mas lamenta a anti-guidade das viaturas florestais, uma situação que poderá, no entanto, ser ultrapassada com a aquisição de dois novos veí-

culos, logo que haja “luz verde” do Programa 2020.

No quartel da Moita “a for-mação é uma prática diária”, garante o comandante, reve-lando que “todos os elementos do piquete noturno cumprem duas horas de formação antes de iniciarem o seu trabalho operacional”. Ao fim de semana as várias seções cumprem o plano formação teórico e práti-co nas diversas valências, isto para além, obviamente, da par-ticipação nas ações externas complementadas ainda por exercícios no campo de treinos e por dois simulacro de maiores dimensões, um antes do verão, visando a preparação para os fogos florestais e outro no final do ano que visa testar a prepa-ração dos operacionais noutras intervenções, nomeadamente incêndios urbanos e acidentes rodoviários.

O presidente reconhece “difi-culdades em gerir a instituição com poucos recursos” e muitos encargos nomeadamente com fornecedores e os 25 funcioná-rios da instituição, mas não es-quece o apoio da autarquia que “só não faz o que não pode em prol do corpo de bombeiros”, registando que para além de um subsídio anual, a Câmara

Municipal da Moita ainda finan-cia o Piquete de Intervenção Permanente constituído por quatro elementos que, 24 ho-ras por dia, sete dias por sema-na, asseguram a prontidão e a qualidade do socorro prestado à comunidade.

Sem grande alarde, fugindo a qualquer tipo de notoriedade a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários da Moita cumpre de forma exemplar a missão que assumiu há já 83 anos, o que enche de orgulho direção, comando e corpo ati-vo.

Prestes a concluir mais um mandato e com o programa de atividades cumprido, o elenco diretivo dá conta de intenção de entregar os destinos da ins-tituição a uma nova equipa, da mesma forma que Carlos Pica-do, depois de mais de 30 anos á frente da estrutura e 50 de bombeiro, afirma querer prepa-rar saída do ativo e o ingresso no quadro de honra. Contudo a avaliar pela emoção e paixão que direção e comando dedi-cam aos Voluntários da Moita, a renovação pode, certamente, esperar.

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27JULHO 2015

A promoção de 12 estagiários a bombeiros de 3.ª foi um

dos pontos altos das comemora-ções do 128.º aniversário da As-sociação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Loures.

O programa iniciou-se, como habitualmente, com a formatu-ra e o hastear das bandeiras na zona fronteira ao quartel, se-guindo-se as romagens, ao mo-numento ao bombeiro e ao ce-mitério de Loures para prestar homenagem à memória dos

bombeiros, músicos e dirigen-tes falecidos.

A sessão solene acolheu a promoção dos novos elementos do corpo de bombeiros e ainda o reconhecimento pelo trabalho desenvolvido pelas equipas masculina e feminina que re-presentaram a Associação nos recentes concursos de mano-bras realizados em S. Miguel, Açores.

O corpo activo foi também alvo de reconhecida homena-

gem pelo trabalho desenvolvido ao longo do último ano.

A sessão solene, presidida pelo presidente da Câmara Mu-nicipal de Loures, Bernardino Soares, contou ainda com as presenças, do presidente da Liga dos Bombeiros Portugue-ses, comandante Jaime Marta Soares, da presidente da As-sembleia Municipal de Loures, Fernanda Santos, do vice – pre-sidente da Federação de Bom-beiros do Distrito de Lisboa, co-

mandante Pedro Araújo, pelo comandante operacional muni-cipal, Joaquim Manuel, dos pre-sidentes das juntas de freguesia de Lousa e Loures, respectiva-mente, Nelson Baptista e Ma-nuel Glória, acolhidos pelo pre-sidente da assembleia-geral professor Germano Silva da Costa, pelo presidente da dire-ção Carlos Monserrate, pelo co-mandante Ângelo Simões e pe-los restantes elementos do co-mando e dos órgãos sociais.

LOURES

Promovidos 12 bombeiros

O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) associou-se à ho-

menagem ao comandante Car-los Diniz sublinhando trata-se de “alguém que sempre tem sa-bido estar à altura dos valores dos bombeiros portugueses” um elemento que “nunca pediu nada para si próprio” e que “sempre reivindicou e tem luta-do pela sua terra e pelos seus bombeiros”.

O comandante Jaime Marta Soares, que falava na sessão solene comemorativa do 118.º aniversário da Associação Hu-manitária de Bombeiros Volun-tários de Odivelas, admitiu, continuando a referir-se ao co-mandante Diniz, que “ nunca foi fácil lidar com ele e inclusive houve momentos em que nem sempre temos estado de acor-do” mas reconheceu que “a ir-

reverência da sua postura, por vezes, tem-nos obrigado a re-fletir sobre outras abordagens das questões”.

A homenagem ao comandan-te dos Voluntários de Odivelas foi tema de todas as interven-ções realizadas na sessão e fi-cou materializada no descerra-mento de uma pedra na parada do quartel.

A bênção e inauguração de

uma nova ambulância de socor-ro, adquirida a expensas da ins-tituição, constituiu mais um momento dessa homenagem.

Para a atribuição do crachá de ouro da LBP ao segundo co-mandante Fernando Jorge dos Santos o presidente da LBP convidou o vice-presidente do Município de Odivelas Hugo Martins.

Decorreu a promoção de três estagiários a bombeiros de 3.ª, António Vicente, Rafael Bernar-dino e Hugo Serra e Sousa. Bem como a atribuição de di-versas medalhas de assiduida-de a elementos do corpo de bombeiros e de honra ao presi-dente da assembleia geral, Viei-ra da Silva, ao presidente da direção, Eugénio Marques, ao presidente do conselho fiscal, João Maria Mendes, e outra, da

ODIVELAS

Presidente da LBP reforça homenagem

Associação, a Jesus Alegria. A medalha de ouro da Associação foi entregue ao sócio Alberto Veríssimo.

Além das personalidades já citadas, a sessão solene contou ainda com as presenças, do vi-ce-presidente da Federação de Bombeiros do Distrito de Lis-boa, Rui Santos Silva, do co-mandante distrital de opera-ções de socorro da ANPC, Car-los Mata, do presidente da Revi-ver Mais, Luís Miguel Baptista, do presidente da União de Fre-guesias de Póvoa de Santo Adrião e Olival Basto, Rogério Breia, pelo presidente da As-

sembleia de Freguesia de Odi-velas, João Paulo António, entre os restantes elementos dos ór-

gãos sociais, associados da ins-tituição, familiares e amigos dos bombeiros.

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28 JULHO 2015

Deus quer, o homem sonha, a obra nasce! E foi assim no

dia 13 de julho de 1924. Estar-reja viu nascer a Associação Humanitária dos Bombeiros Vo-luntários de Estarreja. São 91 anos a servir a comunidade es-tarrejense.

Os Bombeiros Voluntários de Estarreja comemoraram num dos últimos fins de semana, 91 anos de existência e os festejos começaram logo de manhã com o hastear das bandeiras e a ro-magem aos cemitérios de Avan-ca, Salreu, Canelas, Angeja e Beduído. Como vem já sendo tradição o cortejo dirigiu-se de-pois para o centro da cidade e os soldados da paz prestaram homenagem aos combatentes da Grande Guerra e da Guerra Colonial junto ao monumento instalado em frente à Biblioteca Municipal de Estarreja. Prosse-guiu depois o desfile acompa-nhado pela fanfarra que passou em frente à Câmara Municipal

rumo ao quartel dos Soldados da Paz.

As cerimónias continuaram da parte da tarde, com missa na igreja matriz de Pardilhó se-guindo-se depois os atos ofi-ciais. Diamantino Sabina fez a revista às formatura, que este ano apresentava novos rostos vindos da recruta.

Na hora dos discursos, a lei de financiamento dos bombei-ros foi o assunto do dia. Marco Braga, presidente da Associa-ção Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Estarreja referiu a posição da Associação Nacio-nal de Municípios, que decidiu ficar de fora da Lei do financia-mento, que na sua opinião “foi um revés terrível porque sem o apoio e sem definição legal do apoio das autarquias ao seu corpo de bombeiros, deixa-me algumas dúvidas sobre o futuro desta casa”. Apesar de tudo Marco Braga reconhece que “a câmara de Estarreja está atenta

aos seus bombeiros”.“Os bom-beiros merecem que seja a lei a impor esse apoio municipal mas obviamente que o governo também tem de ver que nós não podemos com tudo. O es-forço é cada vez maior mas nós vamos fazendo e conseguindo tarear o nosso orçamento” refe-riu Diamantino Sabina que uma vez mais realçou a importância dos bombeiros e do trabalho por eles desenvolvido.

Ernesto Rebelo, comandan-te dos soldados da paz estarre-

jenses, fez um balanço dos 90 anos da Associação Humanitá-ria dos Bombeiros Voluntários de Estarreja e não esqueceu os seus homens a quem chamou de “formiguinhas” porque todos os dias trabalham em prol dos Bombeiros Voluntários de Es-tarreja e dão “um sinal de vida permanente mostrando que o quartel pensa e age sem pare-des, sem barreiras, sem medos, com alegria e com coragem”.

Longe das questões centrais em debate, assinalou a passa-

gem ao Quadro de Honra do ad-junto de comando Albino Silva e do chefe Manuel Rebelo. “São exemplos de generosidade e entrega sem nunca regatear qualquer benefício material para a missão que desempe-nharam” afirmou Ernesto Rebe-lo.

Uma vez mais a Prozinco não se esqueceu do Bombeiros Vo-luntários de Estarreja e ofere-ceu à corporação equipamento de proteção individual para o combate às chamas.

José Eduardo de Matos, há quase três décadas dirigente dos Bombeiros Voluntários de Estarreja e atual presidente da assembleia geral, recebeu pelas mãos do comandante José Re-queijo, representante da Liga dos Bombeiros Portugueses, a medalha de serviços distintos grau ouro da Liga.

Manuel Rebelo, que passou ao Quadro de Honra, depois de quatro décadas ao serviço da

corporação foi agraciado com o crachá de ouro. José Requeijo realçou o perfil dos dois home-nageados classificando-os como “homens de bem e de causas que dignificaram a Asso-ciação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Estarre-ja”. Sobre Manuel Rebelo o re-presentante da Liga foi mais longe e disse que “passar para o quadro de honra não é passar para o armazém ou para o ar-quivo, é dar mais responsabili-dade, é formar os mais peque-nos para que lhe sigam os exemplos”.

No decorrer das cerimónias de aniversário e pela voz do co-mandante Ernesto Rebelo, foi apresentado o novo site institu-cional da Associação Humanitá-ria dos Bombeiros Voluntários de Estarreja. Para aceder à pá-gina da internet basta escrever no motor de busca www.bves-tarreja.pt.

Joana Ribeiro Sousa

ESTARREJA

Homenageados dirigente e bombeiro

O comandante dos Bombeiros Voluntários de Belas, Sin-

tra, foi distinguido com o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) por proposta da direção da instituição.

Daniel Cardoso, com 39 anos de bombeiro, recebeu a distin-ção durante a sessão solene co-memorativa do 90.º aniversário da Associação das mãos da sua família, mulher, filho e nora, e do presidente da direção, co-mandante do QH António Gual-dino, a convite do representan-te da LBP, Rui Rama da Silva.

Na mesma cerimónia, foram também distinguidos com me-dalhas de assiduidade da Asso-ciação, LBP e Câmara de Sintra, de 5 anos, a bombeira de 2.ª Ana Abrantes e os bombeiros de 3.ª André Duarte, Diogo Nu-nes e Jaime Borges. de 10 anos,

o adjunto de comando Miguel Araújo, os bombeiros de 2.ª, Leandro Gabriel e André Silva, e os bombeiros de 3.ª, José Sou-sa, Ruben Duarte e Paulo Bara-ta, de 15 anos, Gilberto Vicen-te, Marco Martins, Eduardo Mo-niz e Carla Santos, de 20 anos, subchefe Mário Miranda, os bombeiros de 2.ª Jorge Duarte e Paulo Cabral, e o bombeiro de 3.ª Luís Silva, e 25 anos de de-dicação e serviços distintos, chefe Paulo Rodrigues, o sub-chefe Paulo Silva e as bombeira de 3.ª, Susana Silva e Sónia Silva.

A medalha de serviço de 30 anos da Câmara Municipal de Sintra foi entregue ao subchefe Luís Santos.

Foi também prestada home-nagem ao oficial bombeiro su-perior Álvaro Melo pelo trabalho

desenvolvido na coordenação da remodelação do salão e substituição total da sua cober-tura bem como ao grupo de bombeiros que com ele colabo-raram, o chefe Paulo Rodrigues, os subchefes Luís Santos e Jor-ge Gabriel, a bombeira de 1ª Magda Nogueira, os bombeiros de 2ª Marco Martins, Leandro Gabriel e Pedro Santos, e os bombeiros de 3ª José Sousa, Eduardo Moniz, João Charraz e Armando Leite.

A remodelação total do salão e cobertura, a ameaçar ruína e que no início das obras acabou mesmo por colapsar, implicou um investimento de 130 mil eu-ros, coberto pela Câmara de Sintra em 75 mil, por uma junta de freguesia em 3 mil, cabendo os restantes à própria institui-ção e aos beneméritos que con-seguiu sensibilizar para o efei-to.

A ampliação do quartel é agora o “novo desafio”, como

apelidou o presidente da dire-ção. Trata-se de um investi-mento próximo de 700 mil eu-ros para o qual a Associação anseia poder obter apoio comu-nitário e que, definitivamente, dará as condições necessárias ao funcionamento da institui-ção.

O programa comemorativo incluiu também a inauguração de uma nova ambulância de so-corro, adquirida integralmente pela Associação, e a reinaugu-ração de um veículo antigo, da marca Willys”, que foi o primei-ro autocomando do corpo de bombeiros, encontrado no su-cateiro e recuperado com o apoio de vários bombeiros e fir-mas locais.

A ambulância foi apadrinhada pelo comandante Daniel Cardo-so e o veículo antigo pela dire-

tora Maria Fernanda Dores da Silva, em homenagem a seu pai, o saudoso comandante Ed-mundo Oliveira Silva que tantas vezes utilizou aquela viatura.

A sessão solene contou com as presenças, do presidente da Câmara de Sintra, Basílio Hor-ta, e do vereador Marco Almei-da, do presidente da Assem-bleia Municipal, Domingos Quintas, do representante da LBP, Rama da Silva, do presi-dente da Federação de Bombei-ros de Lisboa, comandante An-tónio Carvalho, do comandante distrital da ANPC, Carlos Mata, do pároco local, padre António Ramires, do comandante muni-cipal, Pedro Ernesto, acolhidos pelo presidente da assembleia--geral Rui Gonçalo Vilasboas e pelos restantes elementos dos órgãos sociais.

BELAS

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29JULHO 2015

A Associação Humanitária de Bombeiros Volun-tários de Sintra completou recentemente 125

anos de vida e nas comemorações associou uma homenagem a dirigentes, a inauguração de duas viaturas e promoções a bombeiros de 3.ª.

A efeméride serviu também para a atribuição de distinções a beneméritos e medalhas a bom-beiros, nomeadamente, uma distinção especial da Câmara Municipal de Sintra ao comandante do QH João Macedo.

Foram inaugurados dois veículos, um autocar-ro cedido pela União das Freguesias de S. João das Lampas e Terrugem e uma ambulância de so-corro, ambos apadrinhados por aquela autarquia.

O estandarte da Associação foi igualmente dis-tinguido com a medalha de mérito proteção e so-corro, distintivo azul, do Ministério da Adminis-tração Interna (MAI) aposta pelo Diretor Nacional de Bombeiros da ANPC, Pedro Lopes, e, a convite

deste, também, pelo presidente da Câmara, Basí-lio Horta.

Por proposta da direção dos Bombeiros de Sin-tra, a Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) con-decorou com a medalha de serviços distintos grau ouro o tesoureiro Vitor Manuel Bartolomeu Feiteira e com a medalha de serviços distintos grau prata, o presidente do conselho fiscal, Dinis Miguel Silva Neves Martins, e a vice-presidente

do mesmo orgão social, Ana Maria Faria Reis Car-riço. No primeiro caso, o representante da LBP presente, Rui Rama da Silva, convidou o presi-dente da Câmara a acompanhá-lo na entrega. Nos dois casos restantes, respetivamente, foram convidados para a mesma entrega, o presidente da Federação de Bombeiros de Lisboa, coman-dante António Carvalho, e o presidente da as-sembleia-geral da instituição, Hermínio Santos.

Procedeu-se ainda, à promoção a bombeiros de 3.ª dos estagiários, Luís Miguel Alves, Catari-na Fernandes e Nádia Varela, à entrega de meda-lhas de assiduidade da LBP e da Câmara de Sintra (CMS), com destaque para a dos 30 anos da CMS atribuída ao subchefe Rui Alexandre Feixeira.

Durante a sessão solene foram entregues di-plomas de sócio honorário, quer ao presidente da Câmara, quer ao presidente da Assembleia Muni-cipal, Domingos Quintas.

Na sua intervenção, o presidente da direção, Bento Marques, prestou ainda homenagem à me-mória do recém-falecido bombeiro Carlos Gomes.

A sessão solene contou também com as pre-senças do dirigente da Reviver Mais, comandante França de Sousa, do comandante distrital de ope-rações de socorro de Lisboa da ANPC, Carlos Mata, da vogal da direção da Escola Nacional de Bombeiros, Susana Silva

SINTRA

Homenagem a dirigentes nos 125 anos

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A Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntá-rios de Ermesinde come-

morou o seu 94.º Aniversário de Fundação nos dias 20 e 21 de junho último.

Durante a sessão solene, o presidente da Liga dos Bombei-ros Portugueses, comandante Jaime Marta Soares, não dei-xou de manifestar perante o secretário de Estado da Admi-nistração Interna, João Almei-da, a preocupação da confede-ração relativa à questão dos meios aéreos e lamentou que, no âmbito da lei de financia-mento das associações, não te-nha sido possível fazer mais com a Associação Nacional de Municípios Portugueses (ANMP), já que “em sede de negociações podia-se ter ido mais além”.

Com um vasto programa, as comemorações do aniversário dos Voluntários de Ermesinde, tiveram início na tarde do dia 20 com a esperada e inédita homenagem de atribuição de emblemas aos 312 Sócios com 50 e mais anos de vida associa-tiva. Momentos únicos, felizes

de encontro entre antigos Bombeiros, dirigentes e amigos desta Associação que, apesar da avançada idade – e do calor que se fez sentir - não deixa-ram de estar presentes.

No dia seguinte, as cerimó-nias iniciaram-se com o has-tear das bandeiras, seguida da missa na igreja matriz da cida-de e da romagem aos cemité-rios das freguesias de Ermesin-de e Águas-Santas. A deposi-ção de uma coroa de flores em homenagem ao Bombeiro Vo-luntário, antecipou o momento da receção às entidades convi-dadas, já presentes na bênção da nova viatura autotanque (VTTU), apadrinhada pela Jun-ta de Freguesia de Alfena.

Seguiu-se a sessão solene de intervenção dos convidados ofi-ciais presentes. O salão nobre dos Bombeiros Voluntários de Ermesinde encheu-se para os receber. Na abertura da sessão, o presidente da mesa da as-sembleia geral, Serafim Santos, depois de agradecer a presença de todos, alertou para “as difi-culdades sentidas pela Associa-ção, fruto dos tempos de crise,

no esforço contínuo em garantir a sobrevivência financeira e operacional de um corpo de bombeiros como os de Ermesin-de”. No uso da palavra, o co-mandante Carlos Oliveira, ca-racterizando o trabalho opera-cional do corpo ativo, “cada vez mais solicitado, face “à circuns-tância geográfica e territorial em que se encontra, ora na ocorrência à grande sinistrali-dade rodoviária,” como”, adian-ta “à escassez de meios no

combate aos fogos florestais, alguns existentes com mais de 40 anos de uso e sem qualquer garantia face às exigências dos dias de hoje”. Seguiu-se a inter-venção do presidente da dire-ção, Jorge Manuel Gonçalves Videira, destacando, ora no âm-bito operacional como institu-cional “os permanentes desa-fios colocados à Associação” que, “não obstante contar com as limitadas receitas provenien-tes da quotização dos associa-

dos e das entidades autárqui-cas, estas manifestam-se insu-ficientes face a um quadro nor-mativo bastante penalizador para as Associações de Bombei-ros, nomeadamente na falta de aproveitamento das verbas pro-venientes das isenções fiscais”. No seguimento das interpela-ções já efetuadas, referiu a sua preocupação “com a tardia re-gulamentação do estatuto pro-fissional, das carreiras e cate-gorias dos Bombeiros, deixando as Associações reféns de uma vazio legal, com todas as con-sequências de instabilidade que as mesmas trazem.”

Das entidades convidadas, interveio o presidente da Fede-ração dos Bombeiros do Distri-to do Porto, Oliveira Silva, cha-mando atenção “para o papel que, nos dias de hoje, os bom-beiros voluntários ocupam, quantas vezes com abnegação que lhes é reconhecida e que no sacrifício da vida pessoal e familiar, encontram-se a toda a hora, predispostos para a ajuda e socorro aos bens e pessoas”. Depois do presidente da LBP falou o presidente da Câmara

de Valongo, José Manuel Ribei-ro. Neste caso, para afirmar o seu apoio às instituições dos bombeiros voluntários do con-celho, “sendo sua a preocupa-ção de, atempadamente, pres-tar o contributo financeiro de que as Associações de Bombei-ros carecem”.

A encerrar a sessão, o secre-tário de Estado da Administra-ção Interna, fez o balanço so-bre esforço e empenho que o Governo tem feito, procurando com todos os parceiros envolvi-dos “encetar medidas e apetre-char as corporações com os meios adequados à sua inter-venção no terreno”. Estiveram igualmente presentes, o presi-dente da Autoridade Nacional de Proteção Civil, Grave Perei-ra, e o comandante distrital de operações de socorro da ANPC, Carlos Alves.

As cerimónias encerraram com o almoço de aniversário que contou com a presença de 150 convivas, entre Bombeiros Voluntários, Comando, Órgãos Sociais e todas as demais enti-dades convidadas às comemo-rações.

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Presidente da LBP manifesta preocupações a governante

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30 JULHO 2015

O Batalhão de Sapadores Bombeiros do Porto (BSB) através da sua Associação Cultural e

Desportiva – Sapadores da Invicta, participou no Concurso de Cascatas de São João – 2015, orga-nizado pelo Pelouro da Cultura da Câmara Muni-cipal do Porto. O objetivo do concurso foi promo-ver e perpetuar a tradição popular de construção de cascatas em honra de São João.

A construção da cascata foi possível com o apoio de um grupo de sapadores bombeiros, que se voluntariou para a elaboração da mesma, com a paixão sanjoanina do subchefe de 1ª Classe aposentado, Manuel Aleixo que dirigiu a sua construção.

O objetivo do BSB ao participar no concurso foi o de aproximar o Batalhão à comunidade, tam-bém através da participação numa grande tradi-ção da cidade do Porto.

No final do concurso, o BSB recebeu uma men-ção honrosa atribuída pelo júri.

Textos e fotografias de Subchefe António Oliveira

PORTO

Sapadores concorrem à cascata de S. João

O presidente do conselho executivo da Liga dos

Bombeiros Portugueses (LBP) lembrou em S. João da Madei-ra que “a questão das taxas moderadoras continua a me-xer e que não a vamos deixar cair”.

O comandante Jaime Marta Soares, que falava na sessão solene de encerramento das comemorações do 87.º aniver-sário dos Bombeiros Voluntá-rios de S. João da Madeira e do Dia Municipal do Bombeiro, reiterou a determinação da LBP em voltar a conquistar esse direito, agradeceu a aju-da que o secretário de Estado da Administração Interna, João Almeida, presente na ce-rimónia, tem dado nesse sen-tido e pediu o apoio aos dois deputados à Assembleia da República também presentes, Paulo Cavaleiro e Raul Almei-da, para que “façam também qualquer coisinha” com esse objectivo.

O presidente da LBP recor-dou também o trabalho em curso para recuperar “a conta-gem de tempo de serviço extin-ta em 2009” e lembrou que a questão “da escolaridade obri-gatória para formação está neste momento em cima da mesa para se resolver”.

O comandante Jaime Marta Soares, a propósito da inaugu-ração da ampliação e qualifica-ção do quartel dos Voluntários de S. João Madeira, dirigiu-se ao secretário de Estado “por ser aqui o melhor local e o mo-mento para lhe prestar uma homenagem pública e saudá-lo por tudo o que tem feito pelos bombeiros portugueses”. Aque-le dirigente concluiu que “se fez o seu melhor para que hoje pu-déssemos inaugurar estas magníficas obras, não o fez simplesmente por esta ser a terra do seu coração mas por que o tem feito por muitas ou-tras terras deste país”.

Antes da inauguração das instalações ampliadas proce-deu-se à entrega de medalhas de assiduidade da LBP e da As-sociação a elementos do corpo de bombeiros. A medalha de 5 anos foi atribuída a André Ri-beiro, a de 10 a Hélder Alves, Ricardo Silva e Carlos Ferreira, a de 15 anos a Hugo Soares e Hugo Tavares, a de 20 anos a José Manuel Pina, Fernando Ladeira, Mário Campinos, Hélio Moreira e Carlos Alberto Moreira, e a de 25 anos a Ricar-do Rainho, Luís Filipe Melo e Leonardo Costa.

Procedeu-se também à promoção de 6 esta-giários a bombeiros de 3.ª e decorreu a coloca-ção de insígnias de cadetes ao infantes: Rafael Oliviéri, Leandro Santos, Barbara Silva, Nuno Santos, Alessandro Oliviéri, Diana, Bruna Pi-nho, Tomás Azevedo e Natacha Henriques.

Ainda no parque de viaturas decorreu a inau-guração de uma viatura de comando (VCOT) e de uma ambulância de socorro. A primeira foi apadrinhada por Joaquim Tavares dos Santos/ “JS Transportes” e a segunda por Maria Luísa Alves Martins Santos e Fernando Alves Santos.

A ampliação do quartel permitiu criar novas áreas, adequar as existentes às novas exigên-cias operacionais e ao aumento dos recursos humanos tendo exigido um investimento final

superior a 539 mil euros. Destes, 373.658,20 euros foram garantidos pelo QREN, 32.969,85 pelo Município e os restantes pela Associação. Sublinhe-se que esta desenvolveu um notável esforço de recolha de apoios que levou a que, por exemplo, cada uma das novas áreas e salas tenha recebido o nome de cada um dos bene-méritos e apoiantes conseguidos.

Entre as entidades presentes, além das já re-feridas, anfitreadas pelo presidente da direção, Carlos Coelho, restantes elementos dos órgãos sociais, e pelo comandante Normando Oliveira, e pelo vice-presidente da assembleia-geral, Campelo de Sousa, encontravam-se, o presi-dente da Câmara Municipal, Ricardo Figueiredo, o presidente da Assembleia Municipal, Oliveira Bastos o diretor nacional de bombeiros da ANPC, Pedro Lopes, o presidente da Reviver Mais, Luís Miguel Baptista, o comandante de Agrupamento da ANPC, António Ribeiro, o co-mandante distrital da ANPC, José Bismarck e muitos convidados e familiares dos bombeiros.

S. JOÃO DA MADEIRA

Presidente da LBP não deixa cairtaxas moderadoras O bombeiro de 1.ª dos Volun-

tários de Sobral de Monte Agraço, Paulo Jorge Martinho Paulino, foi distinguido com o crachá de ouro da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) durante a sessão comemorativa do 102.º aniversário daquela Associação. Para a entrega da distinção o representante da LBP presente, Rui Rama da Sil-va, convidou a mulher do ho-menageado, Fátima Paulino, e o comandante Pedro Lima a fazê--lo na sua companhia.

Paulo Martinho foi admitido como cadete em 1979, levando já mais de 35 anos de atividade operacional, e ao longo da sua carreira deu o seu contributo especial para inúmeras iniciati-vas levadas a cabo pela Asso-ciação. Assinale-se, por exem-plo, a sua participação em to-dos os cortejos de oferendas realizados e em todas as acções de porta a porta realizadas nas aldeias do concelho, repetidas de dois em dois anos até 2012. Destaque também para o apoio dado à gestão da obra do quar-tel e no seu envolvimento per-manente em tudo que diz res-peito às novas tecnologias de informação instaladas ali insta-ladas.

Na mesma sessão foram também distinguidos com me-dalhas de assiduidade da LBP e do Município, de cinco anos, os bombeiros de 3.ª João Silva e Melissa Silva, e de 10 anos, os bombeiros de 3.ª, Diogo Antu-nes e Paulo Simões, a bombeira de 2.ª Gisela Teixeira e o oficial bombeiros de 2.ª Filipe Taniça. Com as medalhas de 15 anos foram condecorados, os bombeiros de 3.ª Patrícia Ramos e Paulo Fernandes, o bombei-ro de 2.ª João Simões e o bombeiro de 1.ª Antó-nio Mendes.

A medalha de 20 anos de assiduidade da LBP foi entregue ao subchefe Tiago Rodrigues e a de 25 anos da Câmara Municipal ao bombeiro de 1.ª Paulo Silva.

Nas intervenções do comandante Pedro Lima e da presidente da direção, Maria Margarida Ribei-ro, ficou expresso o agradecimento à Câmara Mu-nicipal, quer pelo apoio regular, quer o garantido para recuperação do VCOT acidentado, bem

como o apoio facultado pela Junta de Freguesia de S. Quintino.

Após a entrega das condecorações decorreu uma romagem ao cemitério em homenagem aos bombeiros falecidos.

A sessão contou com a presença do vice-presi-dente do Município, Sérgio Bogalho, do presiden-te da Assembleia Municipal, Júlio Rodrigues, do representante do conselho executivo da LBP já referido, do presidente da Federação de Bombei-ros do Distrito de Lisboa, comandante António Carvalho, do comandante distrital de operações de socorro da ANPC, Carlos Mata, de vereadores e outros autarcas, bem como dos restantes mem-bros dos órgãos sociais da instituição.

SOBRAL DE MONTE AGRAÇO

Crachá de ouro para Paulo Martinho

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31JULHO 2015

ANIVERSÁRIOS3 de agostoBombeiros Voluntários de Monchique . . . . . .824 de agostoBombeiros Voluntários de Barcelos. . . . . . .132Bombeiros Voluntários de Caminha . . . . . .1205 de agostoBombeiros Voluntários Egitanienses . . . . . .139Bombeiros Voluntários de Ponta Delgada . .136Bombeiros Voluntários de Amares . . . . . . .1066 de agostoBombeiros Voluntários de Mira. . . . . . . . . . .337 de AgostoBombeiros Voluntários do Sabugal . . . . . . .120Bombeiros Voluntários do Zambujal . . . . . . .849 de agostoBombeiros Voluntários de Parede . . . . . . . . .8910 de agostoBombeiros Voluntários de Montemor-o-Novo 8511 de agostoBombeiros Voluntários de Castelo de Vide. .100Bombeiros Voluntários de Vila Flor . . . . . . . .66Bombeiros Voluntários de Algueirão Mem Martins . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .5512 de agostoBombeiros Voluntários de Sesimbra . . . . . .112Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Poiares 6115 de agostoBombeiros Voluntários Celoricenses . . . . . . .8916 de agostoBombeiros Voluntários de Maceira . . . . . . . .33Bombeiros Voluntários de Santa Maria . . . . .30

18 de agostoBombeiros Voluntários de Paredes de Coura .89Bombeiros Voluntários do Crato . . . . . . . . . .6620 de agostoBombeiros Voluntários de Avintes . . . . . . . .84Bombeiros Voluntários de Estremoz . . . . . . .82Bombeiros Voluntários de Alcoutim . . . . . . .3121 de agostoBombeiros Voluntários de Aljezur. . . . . . . . .4024 de agostoBombeiros Voluntários de Cantanhede . . . .113Bombeiros Voluntários de Cernache de Bonjardim . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .3425 de agostoBombeiros Voluntários do Porto . . . . . . . . .140Bombeiros Voluntários de Reguengos de Monsaraz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .80Bombeiros Voluntários de Salvaterra de Magos 8026 de agostoBombeiros Voluntários de Almada . . . . . . .102Bombeiros Voluntários da Sertã . . . . . . . . . .9927 de agostoBombeiros Voluntários de São Brás de Alportel 8828 de agostoBombeiros Voluntários de Tábua . . . . . . . . .8029 de agostoBombeiros Voluntários de Pampilhosa. . . . . .8931 de agostoBombeiros Sapadores de Braga . . . . . . . . .216

Fonte: Base de Dados LBP

em julho de 1995

A devoção levou os Bombei-ros Voluntários Famalicen-

ses, recentemente, ao Santuá-rio de Fátima na habitual pere-grinação para prestar a devida homenagem de fé à Nossa Se-nhora.

O ponto alto do dia aconte-ceu com o transporte dos nos-sos bombeiros do andor de Nossa Senhora de Fátima, des-de a capelinha das aparições até ao lugar aonde se realizou a missa.

Terminadas as cerimónias realizou-se o convívio familiar-mente entre os bombeiros que em conjunto das suas famílias desfrutaram das boas sombras do Santuário.

VILA NOVA DE FAMALICÃO

Famalicenses em peregrinação

O Quartel dos Bombeiros Vo-luntários do Concelho da

Moita recebeu a visita de 18 alunos do 4.º ano da Escola Bá-sica do Chão Duro – Moita, acompanhados pela professora, Elisabete Ribeiro e uma auxiliar. numa iniciativa que visou dar a conhecer aos mais jovens as atividades diárias do corpo bombeiros.

O grupo teve oportunidade de visitar as instalações de to-mar contacto com as viaturas e equipamentos usados pelos operacionais nas mais distintas missões. Os alunos com idades compreendidas entre os 9 e 10

anos receberam ainda noções sobre extintores e funciona-

mento dos veículos combate a incêndios.

MOITA

Bombeiros recebem visitaUm grupo de 40 crianças do Exter-

nato Nossa Senhora de Fátima, Arcozelo, visitou no início do mês de Julho os Bombeiros Voluntários de Aguda.

Os petizes interagiram com os bombeiros de serviço e equipamen-tos de combate a incêndios, emer-gência médica, comunicações e so-corros a náufragos.

Esta visita sucedeu-se a muitas outras que os Voluntários de Aguda recebem ao longo do ano. Contudo, conforme referem os bombeiros, cada visita é sempre diferente, sem-pre estimulante e uma excelente oportunidade para dar a conhecer as atividades dos bombeiros mas, tam-bém, para sensibilizar as crianças para as regras da segurança e da prevenção contra acidentes.

“São estes estímulos que permi-tem aos homens e mulheres que servem a causa dos Bombeiros em Portugal, sentirem-se verdadeira-mente realizados” garantiu-nos a mesma fonte.

AGUDA

Crianças no quartel

A segunda edição da Corrida e Caminhada Solidária da As-

sociação Humanitária dos Bom-beiros Voluntários de Canta-nhede contou com a participa-ção de mais de 650 pessoas.

O sinal de partida foi dado logo após o aquecimento feito ao ritmo de música, numa ani-mada aula de zumba orientada pela instrutora Alexandra Nora, do Polirithmus.

Ao ritmo da música foi tam-bém feita a caminhada, com a

multidão a ser acompanhada por um grupo de gaiteiros o jipe dos Bombeiros.

A caminhada de 4 km come-çou da frente do quartel sede, passou pela principais artérias da cidade e terminou em frente às instalações dos bombeiros.

O mesmo itinerário foi utiliza-do para a corrida, que obrigou os atletas a cumprir duas vezes o circuito num total de oito qui-lómetros. Mais uma vez a prova voltou a contar com a presença

da atleta Anália Rosa, do Spor-ting Clube de Portugal, que viria a vencer no escalão de seniores femininos.

A festa não terminou sem a habitual entrega de troféus aos primeiros classificados de cada escalão. À semelhança do ano passado, a organização decidiu premiar também o primeiro bombeiro a passar a meta, os atletas mais velho e mais novo presentes na prova e o último atleta a passar a meta.

CANTANHEDE

Mais de 650 em caminhada solidária

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32 JULHO 2015

FICHA TÉCNICA: Administrador: Presidente do Conselho Executivo da Liga dos Bombeiros Portugueses – Director: Rui Rama da Silva – Redacção: Patrícia Cerdeira, Sofia Ribeiro – Fotografia: Marques Valentim – Publicidade e Assinaturas: Maria Helena Lopes – Propriedade: Liga dos Bombeiros Portugueses – Contribuinte: n.º 500920680 – Sede, Redacção e Publicidade: Rua Eduardo Noronha, n.º 5/7 – 1700-151 Lisboa – Telefone: 21 842 13 82 Fax: 21 842 13 83 – E-mail: [email protected] e [email protected] – Endereço WEB: http://www.bombeirosdeportugal.pt – Grafismo/Paginação: QuarkCore.pt – Edifício Malhoa Plaza – Av.ª José Malhoa, n.º 2 – 1.º – Escr. 1.1 – 1070-325 Lisboa – Telef.: 211 951 109 – Impressão: Empresa Gráfica Funchalense, SA – Rua Capela Nossa Senhora Conceição, 50 – Morelena – 2715-029 Pêro Pinheiro – Depósito Legal N.º 1081/83 – Registo no ICS N.º 108703 – Tiragem: 11000 Exemplares – Periodicidade: Mensal

A Crónicado bombeiro Manel

Amigos há coisas que não entendo e que se calhar nunca vou enten-

der. São coisas que se passam à nos-sa volta e que temos muita dificulda-de em perceber e ainda pior a expli-car aos outros.

A sensação que me dá é que na GNR os bombeiros estão feitos. Ao contrário do que se passa na PSP, na PJ e até nos Guardas Prisionais, os bombeiros voluntários que se alistem na GNR, mesmo que com muitos anos de experiência como bombeiros voluntários, de uma maneira ou de outra são sempre convidados a sair dos bombeiros. Isso até aconteceu a

um camarada aqui do meu corpo de bombeiros mas já percebi que afinal não foi embirração com ele ou com outros. A embirração pelos vistos é com o facto de serem bombeiros vo-luntários. A GNR escreve que é in-compatível mas como é óbvio não ex-plica, assobia para o ar. A conversa começa quando ingressam e as che-fias se apercebem que são bombeiros voluntários. Levam logo com trata-mento psicológico a convencer que se continuarem bombeiros vão preju-dicar a carreira. Depois quando me-tem o papel lá vem a tal incompatibi-lidade.

Andei aí pela capital e apercebi-me de coisas que ninguém sabe explicar. Olhem, mostraram-me onde é o CDOS de Lisboa, por baixo das ban-cadas de um estádio. Condições de trabalho, poucas ou nenhumas, mas tem duas vantagens. Do lado da ban-cada lá podem ir vendo a bola e do outro vão vendo aterrar e levantar os aviões do aeroporto.

Depois vem sempre à baila falar do INEM. Como acabaram os livros de verbetes agora mandam os bombei-ros tirar fotocópias e funcionar assim. Chumbam ambulâncias depois de medir o tamanho das compressas e

das talas e nalguns casos em relação a materiais exatamente iguais aos que têm nas ambulâncias deles.

Disseram-me aí na capital que as festas de Vila Franca, chamam-lhes do Colete Encarnado, foram uma ver-dadeira tourada. Não foi só pelas in-vestidas dos bichos na largada a que assisti mas pela confusão que o CODU armou com os bombeiro que estavam lá de serviço sempre que havia, e muitos, atingidos pelos bi-chos. Essa confusão é que eu não es-perava, nem os bombeiros, até por-que já tinham avisado o CODU do que ia acontecer e pelos vistos nem

foi a primeira vez que aconteceram as largadas. Que grande tourada.

[email protected]

Há coisas que não entendo

A todos os estabelecimentos hoteleiros que durante o DECIF garantem graciosamente aos bombeiros o fornecimento de refeições, no-meadamente o Pingo Doce de Valongo e mui-tos outros que assim demonstram o reconhe-cimento pelo trabalho e pelo esforço dos bom-beiros.

A D.Jorge Ortiga, Arcebispo Primaz de Bra-ga, pelas sucessivas demonstrações de admi-ração e carinho pelos bombeiros, materializa-da mais uma vez na celebração recente reali-zada no Santuário de S. Bento da Porta Aberta ao homenagear os bombeiros e os sapadores florestais pelo trabalho feito.

LOUVOR/REPREENSÃO

A Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP) iniciou o processo de candida-tura das viaturas antigas das asso-

ciações e corpos de bombeiros a Patrimó-nio Mundial da Humanidade com a recolha da informação que irá ser apresentada para o efeito à UNESCO ( United Nations Educational Scientific and Cultural Organi-zation).

Em circular dirigida a todas as associa-ções e corpos de bombeiros, o presidente da LBP, comandante Jaime Marta Soares, explica que “em razão de estarmos perante um processo complexo que implica um tra-balho sério e exaustivo, torna-se necessá-rio proceder, como primeira fase, ao levan-tamento do património existente”, sejam viaturas antigas, outros equipamentos mó-veis, nomeadamente, veículos de tração humana ou animal.

O presidente da LBP lembra que se está “a dar cumprimento aos compromissos as-sumidos para o triénio 2015/2017” e que, “ deste modo, pretende-se preservar e di-vulgar com amplitude o vasto património

histórico automóvel das Associações e Cor-pos de Bombeiros do país, muito do qual único e que, por isso mesmo, encerra uma enorme riqueza material e sentimental”.

O formulário que acompanha a circular da LBP deverá corresponder a cada uma das viaturas a apresentar na candidatura e

dar entrada na sede da confederação até 31 de outubro próximo.

O formulário deverá ser acompanhado do registo fotográfico de cada uma das viatu-ras, contemplando diferentes planos e as-petos de pormenor ao nível das suas carac-terísticas técnicas e estado de conservação.

CANDIDATURA À UNESCO

LBP mobiliza bombeiros

A par do levantamento do património automóvel antigo das associações e

corpos de bombeiros para a candidatura a apresentar à UNESCO, o conselho executi-vo da LBP entendeu atribuir prémios pe-cuniários, consubstanciados na organiza-ção de um Concurso Nacional de Fotogra-fia, ao levantamento fotográfico realizado pelas associações e corpos de bombeiros.

Ao concurso poderão habilitar-se ape-nas as fotografias a cores e enviadas em suporte digital, CD ou DVD ou, ainda dire-tamente para o endereço eletrónico [email protected].

Serão atribuídos por viatura/veículo, ao primeiro prémio, mil euros, ao segundo, 750 euros, ao terceiro, 500, e aos restan-tes 50 euros.

Concurso fotográfico apoia

Foto

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Entre janeiro e julho últimos, em todo o país, prestaram provas de ingresso para bombeiros 1442 elementos, se-

gundo registo da Escola Nacional de Bombeiros (ENB). Estes candidatos têm origem em 227 corpos de bombeiros.

No mês de julho findo prestaram provas segundos grupos de candidatos dos distritos de Vila Real, Lisboa, Guarda, Aveiro e Coimbra. Só neste período apresentaram-se às pro-vas 296 elementos de 51 corpos de bombeiros. Na unidade local de formação (ULF) de Sacavém prestaram provas 131 elementos de 25 corpos de bombeiros. Na ULF da Guarda apresentaram-se 71 candidatos de 12 corpos de bombeiros e, na ULF de S. João da Madeira, 39 elementos de 5 corpos.

ENB

Provas de ingressopara 1442