Presidente do TRE testa máquina eletrônica de votar (1990)

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Figura 1: Sr. Gilberto Niederauer Correa testa a máquina eletrônica, Zero Hora 14/11/1990.

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Figura 1: Sr. Gilberto Niederauer Correa testa a máquina eletrônica, Zero Hora 14/11/1990.

Presidente do TRE testa máquina eletrônica de votar

Equipamento que permite computar imediatamente os votos e reduzem 80% os custos da eleição foi desenvolvido por alunos do Parobé

Os alunos da Escola Técnica Parobé, de Porto Alegre projetaram uma"máquina de votar", capaz de reduzir o custo de uma eleição em 80% e defornecer o resultado minutos após a votação. A eleição deste ano estácustando as cofres públicos em torno de Cr$ 200 milhões. O projeto destamáquina, que terá o tamanho de urna calculadora de bolso, foi apresentadoontem ao desembargador Gilberto Niederauer Corrêa, presidente doTribunal Regional Eleitoral (TRE), que fez muito elogios.

O convite ao desembargador teve o objetivo conseguir apoio do TREpara financiar este projeto. O custo de cada "máquina de votar" é de Cr$25 mil, explicou o professor Luiz Carlos Gré da Silva, diretor do Parobé,que tem 3.200 estudantes e 200 professores e o titulo de escola técnicamais eficiente do Sul do Brasil.

Esta máquina seria usada dentro de um esquema de informatizaçãode todos os estágios do processo da eleição. Ela ficaria dentro da cabine devotação, ligada a uma central de computação, como acontece nos paísesdesenvolvidos. Atualmente, apenas é informatizada a documentação daseleições, representando em torno de 10% do processo todo.

DINHEIRO - Os professores e alunos do Parobé fizeram uma eleiçãoinformatizada simulada entre os candidatos X, Y e Z para demonstração doaparelho. No lugar da máquina de votar foi usado um terminar ligado a ummicrocomputador. Segundo o professor de informática Francisco Silveira,a intenção era mostrar ao desembargador a eficiência do sistema. "Apróxima eleição para diretor, em outubro do ano que vem, será todainformatizada", avisou o diretor Silva. Será usada, talvez pela primeira vezna história gaúcha, a "máquina de votar".

"Esta iniciativa valoriza o ensino público, e mostra que a fase dadecadência das escolas técnicas já passou", opinou a professora TâniaMaria Heinrich, da 1ª Delegacia de Educação. O desembargador Niedeauerreconheceu as vantagens da máquina e da informatização de todo osistema ao processo eleitoral. "Mas não temos dinheiro para isto",lamentou.