Pressagio 2

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Anônimo C O P I E E R E P R O D U Z A C O M O Q U I S E R Na cidade entre dunas Uma estrela triste, deslocada, brilha Enquanto a constelação, desbotada, Agoniza, em guerra fratricida. Um insano edil espalha o odor fétido Com seu gesto vil, De impacto voto incoerente: ontem sim, hoje não; De cálculo impreciso sob o calor do despeito E da fria mentira tantas vezes repetida. E o homem sério? Silencia e se dilui por seu homônimo. Da constelação, antes estrela, nem um rumor triste. O cheiro lúgubre de cinzas prenuncia ruínas. Um grito seco na esquina faz soar a inquietude. Os laços de companheirismo se diluem E um partido se estilhaça. Pequenos fragmentos cristalizados, cortantes, Fragilizam a já enfraquecida unidade E soterram a política. O que há por vir? Só a força dos atos De quem rejeita a insensatez e a excessiva vaidade Dirá. Presságio 002 23/05/2012

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Anônimo

C O P I E

E

R E P R O D U Z A

C O M O

Q U I S E R

Na cidade entre dunas

Uma estrela triste, deslocada, brilha

Enquanto a constelação, desbotada,

Agoniza, em guerra fratricida.

Um insano edil espalha o odor fétido

Com seu gesto vil,

De impacto voto incoerente: ontem sim, hoje não;

De cálculo impreciso sob o calor do despeito

E da fria mentira tantas vezes repetida.

E o homem sério?

Silencia e se dilui por seu homônimo.

Da constelação, antes estrela, nem um rumor triste.

O cheiro lúgubre de cinzas prenuncia ruínas.

Um grito seco na esquina faz soar a inquietude.

Os laços de companheirismo se diluem

E um partido se estilhaça.

Pequenos fragmentos cristalizados, cortantes,

Fragilizam a já enfraquecida unidade

E soterram a política.

O que há por vir?

Só a força dos atos

De quem rejeita a insensatez

e a excessiva vaidade

Dirá.

Presságio Nº 002

23/05/2012