A primavera árabe. Localização Oriente Médio Totaliza 15 países.
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Primavera Árabe
Introdução
O Fenômeno• Revoltas populares de caráter massivo e irrestrito
contra estruturas políticas autoritárias de longa duração no Norte da África e Oriente Médio.
Entendimento do fenômeno: vícios x acertos
• Povos árabes:– Analfabetos– Rurais– Fanáticos religiosos
• Povos árabes:– Sociedades
• Alfabetizadas• Urbanizadas• Com acesso a
informação
Condições inadequadas para protestos populares
Egito
Alfabetização 74%
Urbanização 50%
Entendimento do fenômeno: vícios x acertos
• “Primavera Árabe”– Busca ou despertar
dos povos árabes por democracia e liberdade
• Ausência de tradição sociopolítica nas sociedades árabes que justificasses um salto para regimes plurais competitivos
• Tendência de empoderamento de grupos ligados ao fundamentalismo islâmico– Formação de governos
confessionais
Ideologização “otimista” ou ocidentalizante sobre o
fenômeno
Evolução da sociedade
Meados do século XX• Tendência de
urbanização e industrialização nas sociedades árabes
• Estado: catalisador e regulador do processo
Estado:
•Formação de infra-estrutura
•Introdução de novas estruturas sociais
•Educação pública
•Saúde; habitação...
•Formação de aparato de inteligência e repressão
Eletrificação
Qualificação profissional
Arrefecimento das tensões sociais
Eliminação das oposições
País paradigmático no processo de transição: Egito
Nasser Sadat Mubarak Militares no poder no Egito
•Contraposição e banimentos dos grupos de oposição: Irmandade Muçulmana
•“Irmandade”: luta por Estado confessional
País paradigmático no processo de transição: Egito
Nasser Sadat Mubarak
Terceiromundismo
Pan-arabismo
Anti-ocidentalismo
Anti-israel
Maior pragmatismo nas relações internacionais:
•Alinhamento com os EUA
•Acordo de paz com Israel
Sujeição às demandas do Ocidente
Após os anos 1980: alterações: neoliberalismo
• Pressão do Ocidente por abertura econômica e redução das funções do Estado– Privatizações– Concessões– Redução dos
serviços públicos estatais
• Degradação do padrão de vida
• Aumento do descontentamento popular
Após os anos 1980: alterações: neoliberalismo
Após os anos 1980: alterações: neoliberalismo
Redução do aparato público estatal de serviços sociais, privatizações e concessões
Permanência de estruturas políticas autoritárias e excludentes
Redução dos aparatos de inteligência e repressão
•Condições políticas e sociais para eclosão de protestos
•Histórico antigo e recente de protestos contra os governos
•Sindicatos; acadêmicos;grupos islâmicos confessionais
•Deflagrador: autoimolação de Mohamed Bouazizi na Tunísia em dezembro de 2010
Condições de “Primavera Árabe”
• Conjunturais– Crítica às estruturas de
poder: clientelismo, corrupção, ineficiência
– Desigualdades econômicas
– Condições sociais agravadas com a crise de 2008
• Estruturais– Estruturas políticas
hierárquicas, rígidas, repressoras
• Incapacidade de dar respostas válidas na crise
– Tendência de aumento da dinâmica social
FATORES
Limites da “Primavera Árabe”
• Ausência de ideologias de pluralização do poder e dos recursos na sociedade– Contestação sem
objetivos claros
• Capacidade de reorganização política dos regimes sob contestação
• Crescimento políticos dos grupos islâmicos confessionais
Estudo de caso
Monarquias do GolfoEgito
Tunísia Líbia
Monarquias americanófilas
• Bahrein, Arábia Saudita e Jordânia– Repressão sobre os
manifestantes– Apoio dos EUA
• Apoio político• Baixa exposição na mídia
internacional
Permanência das estruturas de poder
Egito
• Anos 2000– Protestos (sindicatos,
universidades) contra o governos, as condições políticas e sociais
• 2011– Início dos protestos
contra o presidente Mubarak
– 11 de fevereiro: queda de Mubarak
– Convocação de eleições em dois turnos
– Segundo turno das eleições:
• Shafiq: ex-Primeiro Ministro de Mubarak; representante dos “militares”
• Mursi: candidato da Irmandade Muçulmana (vitorioso em 2012)
Dois grupos organizados
•Militares
•Irmandade Muçulmana (histórico banimento)
Egito
• Governo Mursi– Incapacidade de
reorganização política, econômica e social rápida
– Acusação de “islamização” da estrutura de poder
– Pressão popular canalizada pelos militares
• Julho de 2013: deposição de Mursi pelos Militares
• 2014: novas eleições:– Hamdeen Sabahi:
nasserista– Abdel Fattah el-Sisi:
ex-Ministro da Defesa (vitorioso)
Líbia• Grupos insurgentes na Líbia:
liberais, muçulmanos• Presidente Kadafi de baixa
confiabilidade para EUA e UE
• Pressão americana para derrubada de Kadafi– Exclusão aérea sobre a Líbia– Apoio aos rebeldes
• Armas• Treinamento
– Mergulho do país em guerra civil com atuação de grupos como a Al-Qaeda e Estado Islâmico
Queda de Kadafi – Anomia atual: ausência de governo de fato e ação de grupos tribais, criminosos ou terroristas
Tunísia• Independência:
1956– Governo Bourguiba
• Afastamento– Militares– Religiosos
– Formação de aparato de inteligência e repressão
• Ministério do Interior com órgãos de segurança específicos
• 1987 – Ben Ali (ex-ministro do interior)– Afastamento de
Bourguiba
– Manutenção do aparato repressivo e de inteligência
– Crescentes pressões sociais
•Grupos muçulmanos confessionais
•Terrorismo islâmico
•Sindicatos
Tunísia
• Derrubada de Ben Ali no início da chamada “Primavera Árabe”
• Recolocação política de grupos colocados na clandestinidade– Ennahda – demanda
de governo confessional
• 2015– Derrota do partido
islâmico Ennahda frente ao partido laico Nidaa Tounes
– Tentativa de estabilização através do “Quarteto para o Diálogo
• União Geral dos Trabalhadores da Tunísia
• Confederação da Indústria, do Comércio e Artesanato
• Liga dos Direitos Humanos
• Ordem Nacional dos Advogados da Tunísia
Vencedor do Nobel da Paz de 2015
Limites da “primavera Árabe” na Tunísia
• Primeira eleição livre– Destaque: Ennahda
• Partido islâmico confessional moderado
– Tendência de reconstituição dos aparatos de inteligência e segurança nacional (aparatos repressores)
• 2015: vitória do partido Nidaa Tounes (laico)– Permanência do aparato de
segurança de Estado– Presidência: Béji Caïd Essebi
(colaborador de Bourguiba e Ministro do Interior de Ben Ali)
– Primeiro Ministro: Habib Essid (Ministro do Interior de Ben Ali)