primeiros socorros

26
Ai rway Nível de consciência - via aérea Na primeira abordagem pesquise a via aérea da vítima, sem movimentar a cabeça e procure: Elevação da mandíbula com os dedos em gancho. Se a boca abre naturalmente; Se existe sangue ou outros fluídos; Se existem dentes partidos; Se existem próteses dentárias soltas; Abertura da boca com a técnica dos dedos cruzados Uma ligeira tração a região cervical; Alinhe a região cervical; Efetue a elevação da mandíbula; Aplicar um tubo orofaríngeo; Aspire se existirem fluídos; Elevação da mandíbula Se ao alinhar a região cervical sentir resistência, não forçar e manter a posição; Só aplicar o colar cervical quando a vítima se encontrar devidamente alinhada; Aplicar o tubo orofaríngeo somente se a vítima não reagir; Efetuar uma aspiração rápida, atenção ao vômito; Breathing Ventilação Na primeira abordagem pesquise: Se ventila; Se a ventilação é eficaz; Se os movimentos torácicos são simétricos; Se existem lesões abertas do tórax; Atuação Se a vítima não ventila efetue duas insuflações, e verifique a circulação; Se a vítima estiver com pulso e não ventilar, efetue uma insuflação cada 5 segundos (adulto), ou 1 insuflação cada 3 segundos (criança) Se os ciclos ventilatórios forem inferiores a 10, assista a ventilação;Administrar oxigênio: Traumatismo simples - 3Lt/m

Transcript of primeiros socorros

Page 1: primeiros socorros

Airway

Nível de consciência - via aérea

Na primeira abordagem pesquise a via aérea da vítima, sem movimentar a cabeça e procure:Elevação da mandíbula com os dedos em gancho.

Se a boca abre naturalmente;Se existe sangue ou outros fluídos;Se existem dentes partidos;Se existem próteses dentárias soltas;

Abertura da boca com a técnica dos dedos cruzados

Uma ligeira tração a região cervical;Alinhe a região cervical;Efetue a elevação da mandíbula;Aplicar um tubo orofaríngeo;Aspire se existirem fluídos;

Elevação da mandíbulaSe ao alinhar a região cervical sentir resistência, não forçar e manter a posição;Só aplicar o colar cervical quando a vítima se encontrar devidamente alinhada;Aplicar o tubo orofaríngeo somente se a vítima não reagir;Efetuar uma aspiração rápida, atenção ao vômito;

Breathing Ventilação

Na primeira abordagem pesquise:

Se ventila;Se a ventilação é eficaz;Se os movimentos torácicos são simétricos;Se existem lesões abertas do tórax;

AtuaçãoSe a vítima não ventila efetue duas insuflações, e verifique a circulação;Se a vítima estiver com pulso e não ventilar, efetue uma insuflação cada 5 segundos (adulto), ou 1 insuflação cada 3 segundos (criança)Se os ciclos ventilatórios forem inferiores a 10, assista a ventilação;Administrar oxigênio:Traumatismo simples - 3Lt/m Traumatismo aberto - 10 Lt/m Paragem ventilatória - 15 Lt/m Ventilação assistida - 15 Lt/m

Recomendações:

Page 2: primeiros socorros

Se ao ventilar o ar não entrar, verifique a elevação da mandíbula; Se após ter corrigido a elevação da mandíbula e o ar não entrar, considere a obstrução da via aérea, que pode ser por:Edema Fluídos (sangue ou outro) Dentes partidos Pesquise novamente a cavidade bucal e aspire se necessário.Se a vítima apresenta dificuldade ventilatória, procure:Se não existe sangue na orofaringe; Se a expansão torácica é eficaz e simétrica; Despiste um possível pneumotórax;

Choque elétrico

O que aconteceO choque elétrico, geralmente causado por altas descargas, é sempre grave, podendo causar distúrbios na circulação sanguínea e, em casos extremos, levar à parada cárdio-respiratória.Na pele, podem aparecer duas pequenas áreas de queimaduras (geralmente de 3º grau) - a de entrada e de saída da corrente elétrica.

Primeiras providências Desligue o aparelho da tomada ou a chave geral. Se tiver que usar as mãos para remover uma pessoa, envolva-as em jornal ou um saco de papel. Empurre a vítima para longe da fonte de eletricidade com um objeto seco, não-condutor de corrente, como um cabo de vassoura, tábua, corda seca, cadeira de madeira ou bastão de borracha.

O que fazer Se houver parada cárdio-respiratória, aplique a ressucitação. Cubra as queimaduras com uma gaze ou com um pano bem limpo. Se a pessoa estiver consciente, deite-a de costas, com as pernas elevadas. Se estiver inconsciente, deite-a de lado. Se necessário, cubra a pessoa com um cobertor e mantenha-a calma. Procure ajuda médica imediata.

A ressucitação cárdio-pulmonar Com a pessoa no chão, coloque uma mão sobre a outra e localize a extremidade inferior do osso vertical que está no centro do peito (o chamado osso esterno).

......... ............

Page 3: primeiros socorros

Ao mesmo tempo, uma outra pessoa deve aplicar respiração boca-a-boca, firmando a cabeça da pessoa e fechando as narinas com o indicador e o polegar, mantendo o queixo levantado para esticar o pescoço.

........ ...........

Enquanto o ajudante enche os pulmões, soprando adequadamente para insuflá-los, pressione o peito a intervalos curtos de tempo, até que o coração volte a bater.Esta seqüência deve ser feita da seguinte forma: se você estiver sozinho, faça dois sopros para cada quinze pressões no coração; se houver alguém ajudando-o, faça um sopro para cada cinco pressões..

Corpo estranho

O que aconteceCrianças pequenas podem, acidentalmente, introduzir objetos nas cavidades do corpo, em especial no nariz, boca e ouvidos. Estes objetos são, na maioria das vezes, peças de brinquedos, sementes, moedas, bolinhas de papel e grampos. Se houver asfixia, a vítima apresentará pele azulada e respiração difícil ou ausente.

No ouvido Não tente retirar objetos profundamente introduzidos, nem coloque nenhum instrumento no canal auditivo. Não bata na cabeça para que o objeto saia, a não ser que se trate de um inseto vivo. Pingue algumas gotas de óleo mineral morno (vire a cabeça para que o óleo e o objeto possam escorrer para fora), e procure ajuda médica especializada imediatamente.

Nos olhos Não deixe a vítima esfregar ou apertar os olhos, pingue algumas gotas de soro fisiológico ou de água morna no olho atingido. Se isso não resolver, cubra os 2 olhos com compressas de gaze, sem apertar, e procure um médico. Se o objeto estiver cravado no olho, não tente retirá-lo, cubra-os e procure ajuda médica. Se não for possível fechar os olhos, cubra-os com um cone de papel grosso (por exemplo, um copo) e procure ajuda médica imediata.

No nariz Instrua a vítima para respirar somente pela boca, orientando-a para assoar o nariz. Não introduza nenhum instrumento nas narinas para retirar o objeto. Se ele não sair, procure auxílio médico.

Page 4: primeiros socorros

Objetos engolidos Nunca tente puxar os objetos da garganta ou abrir a boca para examinar o seu interior. Deixe a pessoa tossir com força, este é o recurso mais eficiente quando não há asfixia. Se o objeto tem arestas ou pontas e a pessoa reclamar de dor, procure um médico. Se a pessoa não consegue tossir com força, falar ou chorar, é sinal de que o objeto está obstruindo as vias respiratórias, o que significa que há asfixia.

Asfixia

O que fazer Aplique a chamada "manobra de Heimlich". Fique de pé ao lado e ligeiramente atrás da vítima. A cabeça da pessoa deve estar mais baixa que o peito. Em seguida, dê 4 pancadas fortes no meio das costas, rapidamente com a mão fechada. A sua outra mão deve apoiar o peito do paciente. Se o paciente continuar asfixiado, fique de pé, atrás, com seus braços ao redor da cintura da pessoa. Coloque a sua mão fechada com o polegar para dentro, contra o abdômen da vítima, ligeiramente acima do umbigo e abaixo do limite das costelas. Agarre firmemente o pulso com a outra mão e exerça um rápido puxão para cima. Repita, se necessário, 4 vezes numa seqüência rápida. Se a vítima for um bebê ou criança pequena, deite-a de bruços apoiando no seu braço. Dê 4 pancadas fortes, mas sem machucá-lo. Mantenha o bebê apoiado no seu braço, virado de costas, com a cabeça mais baixa que o resto do corpo, e apóie 2 ou 3 dedos no seu abdômen, ligeiramente acima do umbigo e abaixo da caixa torácica. Pressione as pontas dos dedos com um ligeiro alongamento ascendente. Se necessário, repetir 4 vezes. Procure auxílio médico.

Envenenamento

O que aconteceMedicamentos, plantas, produtos químicos e substâncias corrosivas são os principais causadores de envenenamentos ou intoxicação, especificamente em crianças. Os sinais e sintomas mais comuns são queimaduras nos lábios e na boca, hálito com cheiro da substância ingerida, vômitos, alteração da pulsação, perda de consciência, convulsões e, eventualmente, parada cárdio-respiratória.

O que não fazer>> Se a vítima estiver inconsciente, não provoque vômitos.>> Não induza o vômito se a substância ingerida for corrosiva ou derivada de petróleo (removedor, gasolina, querosene, polidores, ceras, aguarrás, thinner, graxas, amônia, soda cáustica, água sanitária, etc.). Estes produtos causam queimaduras quando ingeridos e podem provocar novas queimaduras durante o vômito ou liberar gases tóxicos para os pulmões.

O que fazer>> Se possível, identifique o tipo de veneno ingerido e a quantidade.>> Se a vítima estiver consciente, induza vômitos se o agente tóxico for medicamentos,

Page 5: primeiros socorros

plantas, comida estragada, álcool, bebidas alcoólicas, cosméticos, tinta, fósforo, naftalina, veneno para ratos ou água oxigenada.Observação: a indução ao vômito é feita através da ingestão de uma colher de sopa de xarope de Ipeca e um copo de água, ou estimulando a garganta com o dedo.>> Se a pessoa estiver inconsciente ou tendo convulsões, não induza ao vômito. Aplique, se necessário, a respiração cárdio-pulmonar e procure socorro médico imediato.

FraturaÉ a quebra de um osso causada por uma pancada muito forte, uma queda ou esmagamento.Há dois tipos de fraturas: as fechadas, que, apesar do choque, deixam a pele intacta, e as expostas, quando o osso fere e atravessa a pele. As fraturas expostas exigem cuidados especiais, portanto, cubra o local com um pano limpo ou gaze e procure socorro imediato.

Fratura fechada - sinais indicadores Dor ou grande sensibilidade em um osso ou articulação. Incapacidade de movimentar a parte afetada, além do adormecimento ou formigamento da região. Inchaço e pele arroxeada, acompanhado de uma deformação aparente do membro machucado.

O que não fazer Não movimente a vítima até imobilizar o local atingido. Não dê qualquer alimento ao ferido, nem mesmo água.

O que fazer Solicite assistência médica, enquanto isso, mantenha a pessoa calma e aquecida. Verifique se o ferimento não interrompeu a circulação sanguínea. Imobilize o osso ou articulação atingido com uma tala. Mantenha o local afetado em nível mais elevado que o resto do corpo e aplique compressas de gelo para diminuir o inchaço, a dor e a progressão do hematoma.

EntorseÉ a torção de uma articulação, com lesão dos ligamentos (estrutura que sustenta as articulações). Os cuidados são semelhantes aos da fratura fechada.

LuxaçãoÉ o deslocamento de um ou mais ossos para fora da sua posição normal na articulação. Os primeiros socorros são também semelhantes aos da fratura fechada. Lembre-se de que não se deve fazer massagens na região, nem tentar recolocar o osso no lugar.

Page 6: primeiros socorros

ContusãoÉ uma área afetada por uma pancada ou queda sem ferimento externo. Pode apresentar sinais semelhantes aos da fratura fechada. Se o local estiver arroxeado, é sinal de que houve hemorragia sob a pele (hematoma).

Improvise uma tala Amarre delicadamente o membro machucado (braços ou pernas) a uma superfície, como uma tábua, revista dobrada, vassoura ou outro objeto qualquer. Use tiras de pano, ataduras ou cintos, sem apertar muito para não dificultar a circulação sanguínea.

Improvise uma tipóia Utilize um pedaço grande de tecido com as pontas presas ao redor do pescoço. Isto serve para sustentar um braço em casos de fratura de punho, antebraço, cotovelo, costelas ou clavícula. Só use a tipóia se o braço ferido puder ser flexionado sem dor ou se já estiver dobrado.

Imobilização

Fratura: É toda solução de continuidade súbita e violenta de um osso. A fratura pode ser fechada quando não houver rompimento da pele, ou aberta (fratura exposta) quando a pele sofre solução de continuidade no local da lesão óssea. As fraturas são mais comuns ao nível dos membros, podendo ser únicas ou múltiplas. Na primeira infância, é freqüente a fratura da clavícula. Como causas de fraturas citam-se, principalmente, as quedas e os atropelamentos. Localizações principais: (a) fratura dos membros, as mais comuns, tornando-se mais graves e de delicado tratamento quanto mais próximas do tronco; (b) fratura da bacia, em geral grave, acompanhando-se de choque e podendo acarretar lesões da bexiga e do reto, com hemorragia interna; (c) fratura do crânio, das mais graves, por afetar o encéfalo, protegido por aquele; as lesões cerebrais seriam responsáveis pelo choque, paralisia dos membros, coma e morte do paciente. A fratura do crânio é uma ocorrência mais comum nas grandes cidades, devido aos acidentes automobilísticos, e apresenta maior índice de mortalidade em relação às demais. O primeiro socorro precisa vir através de aparelho respiratório, pois os pacientes podem sucumbir por asfixia. Deve-se lateralizar a cabeça, limpar-lhe a boca com o dedo protegido por um lenço e vigiar a respiração. Não se deve esquecer que o choque pode também ocorrer, merecendo os devidos cuidados; (d) fratura da coluna: ocorre, em geral, nas quedas, atropelamentos e nos mergulhos em local raso, sendo tanto mais grave o prognóstico quanto mais alta a fratura; suspeita-se desta fratura, quando o paciente, depois de acidentado, apresenta-se com os membros inferiores paralisados e dormentes; as fraturas do pescoço são quase sempre fatais. Faz-se necessário um cuidado especial no sentido de não praticar manobras que possam agravar a lesão da medula; coloca-se o paciente estendido no solo em posição horizontal, com o ventre para cima; o choque também pode ocorrer numa fratura dessas. Obs: Jamais alinhe uma fratura

Page 7: primeiros socorros

Imobilização no cotovelo

Braço imobilizado com apoio de uma bandagem triangular

Imobilização do braço esticado com uma tala e quatro bandagens.

Imobilização do braço dobrado com uma tala e quatro bandagens e uma

bandagem de apoio.

Imobilização com braço esticado e na posição encontrada, semi dobrado

Page 8: primeiros socorros

Seqüência de imobilização da mão e dedos

Page 9: primeiros socorros

2º Seqüência de imobilização da mão com apoio de uma tipóia

Imobilização do Ombro com bandagem triangular

enfarte

O que aconteceO enfarte ou ataque cardíaco, mais precisamente chamado de infarto do miocárdio, é a obstrução de uma artéria, impedindo o fluxo sanguíneo para uma área do coração, lesando-a. Ele pode ser fatal, por isso necessita de ajuda médica imediata.

O que fazer>> Providencie auxílio médico imediato.>> Deixe o paciente em posição confortável, mantendo-o calmo, aquecido e com as roupas afrouxadas.>> Se houver parada cárdio-respiratória, aplique a ressucitação cárdio-pulmonar..

O que aconteceEm decorrência da gravidade de um acidente, pode acontecer a parada cárdio-respiratória, levando a vítima a apresentar, além da ausência de respiração e pulsação, inconsciência, pele fria e pálida, lábios e unhas azulados.

Page 10: primeiros socorros

O que não fazer>> Não dê nada à vítima para comer, beber ou cheirar, na intenção de reanimá-la.>> Só aplique os procedimentos que se seguem se tiver certeza de que o coração não esta batendo.

Procedimentos preliminaresSe o ferido estiver de bruços e houver suspeita de fraturas, mova-o, rolando o corpo todo de uma só vez, colocando-o de costas no chão.Faça isso sempre com o auxílio de mais duas ou três pessoas, para não virar ou dobrar as costas ou pescoço, evitando assim lesar a medula quando houver vértebras quebradas. Verifique então se há alguma coisa no interior da boca que impeça a respiração.

A ressucitação cárdio-pulmonar>> Com a pessoa no chão, coloque uma mão sobre a outra e localize a extremidade inferior do osso vertical que está no centro do peito (chamado osso esterno).

......... ............

>> Ao mesmo tempo, uma outra pessoa deve aplicar respiração boca-a-boca, firmando a cabeça da pessoa e fechando as narinas com o indicador e o polegar, mantendo o queixo levantado para esticar o pescoço.

........ ...........

>> Enquanto o ajudante enche os pulmões, soprando adequadamente para insuflá-los, pressione o peito a intervalos curtos de tempo, até que o coração volte a bater.Esta seqüência deve ser feita da seguinte forma: se você estiver sozinho, faça dois sopros para cada quinze pressões no coração; se houver alguém ajudando-o, faça um sopro para cada cinco pressões.

Page 11: primeiros socorros

Queimaduras

DEIXE SEU FILHO CHORAR NA PORTA DA COZINHA, PARA QUE NÃO CHORE NA PORTA DO HOSPITAL

Os mais comuns acidentes domésticosPodem derivar de contatos com fogo, objetos quentes, água fervente ou vapor, com substâncias químicas, irradiações solar ou com choque elétrico.

O que aconteceAs queimaduras leves (de 1º grau) se manifestam com vermelhidão, inchaço e dor. Nas queimaduras de 2º grau a dor é mais intensa e normalmente aparecem bolhas ou umidade na região afetada. Já nas queimaduras graves de 3º grau a pele se apresenta esbranquiçada ou carbonizada e há pouca ou nenhuma dor.

AtençãoSe as roupas também estiverem em chamas, não deixe a pessoa correr.Se necessário, derrube-a no chão e cubra-a com um tecido como cobertor, tapete ou casaco, ou faça rolar no chão. Em seguida, procure auxílio médico imediatamente.

O que não fazerNão toque a área afetada.Nunca fure as bolhas.Não tente retirar pedaços de roupa grudados na pele. Se necessário, recorte em volta da roupa que está sobre a região afetada.Não use manteiga, pomada, creme dental ou qualquer outro produto doméstico sobre a queimadura.Não cubra a queimadura com algodão.Não use gelo ou água gelada para resfriar a região.

O que fazerSe a queimadura for de pouca extensão, resfrie o local com água fria imediatamente.Seque o local delicadamente com um pano limpo ou chumaços de gaze.Cubra o ferimento com compressas de gaze.Em queimaduras de 2º grau, aplique água fria e cubra a área afetada com compressas de gaze embebida em vaselina estéril.

Page 12: primeiros socorros

Mantenha a região queimada mais elevada do que o resto do corpo, para diminuir o inchaço.Dê bastante líquido para a pessoa ingerir e, se houver muita dor, um analgésico.Se a queimadura for extensa ou de 3º grau, procure um médico imediatamente.

Queimaduras químicas - o que fazerComo as queimaduras químicas são sempre graves, retire as roupas da vítima rapidamente, tendo o cuidado de não queimar as próprias mãos.Lave o local com água corrente por 10 minutos (se forem os olhos, 15 minutos), enxugue delicadamente e cubra com um curativo limpo e seco.Procure ajuda médica imediata.

A queimadura é uma lesão estéril, por isso tenha cuidado ao manuseá-la e evite ao máximo contaminá-la.

Queimaduras solares - o que fazerRefresque a pele com compressas frias.Faça a pessoa ingerir bastante líquido, mantendo-a na sombra, em local fresco e ventilado.Procure ajuda médica..

Sangramentos

As hemorragiasO controle da hemorragia deve ser feito imediatamente, pois uma hemorragia abundante e não controlada pode causar morte em 3 a 5 minutos. A hemorragia externa é a perda de sangue ao rompimento de um vaso sanguíneo (veia ou artéria). Quando uma artéria é atingida, o perigo é maior. Nesse caso, o sangue é vermelho vivo e sai em jatos rápidos e fortes.Quando as veias são atingidas, o sangue é vermelho escuro, e sai de forma lenta e contínua. A hemorragia interna é o resultado de um ferimento profundo com lesão de órgãos internos.

Sangramentos externos - o que fazer Procure manter o local que sangra em plano mais elevado que o coração. Pressione firmemente o local por cerca de 10 minutos, comprimindo com um pano limpo dobrado ou com uma das mãos. Se o corte for extenso, aproxime as bordas abertas com os dedos e mantenha unidas. Ainda, caso o sangramento não cesse, pressione com mais firmeza por mais 10 minutos.

Page 13: primeiros socorros

Quando parar de sangrar, cubra o ferimento com uma gaze e prenda-a com uma atadura firme, mas que permita a circulação do sangue. Se o sangramento persistir através do curativo, ponha novas ataduras, sem retirar as anteriores, evitando a remoção de eventuais coágulos.Observação: Quando houver sangramentos intensos nos membros e a compressão não for suficiente para estancá-los, comprima a artéria ou a veia responsável pelo sangramento contra o osso, impedindo a passagem de sangue para a região afetada.

O que não deve fazer Não deve tentar retirar corpos estranhos dos ferimentos; Não deve aplicar substâncias como pó de café ou qualquer outro produto.

Sangramentos internos - como verificar o que fazer Acidentes graves, sobretudo com a presença de fraturas podem causar sangramentos internos. A hemorragia interna pode levar rapidamente ao estado de choque e, por isso, a situação deve ser acompanhada e controlada com muita atenção para os sinais externos: pulso fraco e acelerado, pele fria e pálida, mucosas dos olhos e da boca brancas, mãos e dedos arroxeados pela diminuição da irrigação sanguínea, sede, tontura e inconsciência. Não dê alimentos à vítima e nem aqueça demais com cobertores. Peça auxílio médico imediato.

Sangramentos nasais - o que fazer Incline a cabeça da pessoa para a frente, sentada, evitando que o sangue vá para a garganta e seja engolido, provocando náuseas. Comprima a narina que sangra e aplique compressas frias no local. Depois de alguns minutos, afrouxe a pressão vagarosamente e não assoe o nariz. Se a hemorragia persistir, volte a comprimir a narina e procure socorro médico.

Torniquetes - o que fazerO torniquete deve ser aplicado apenas em casos extremos e como último recurso quando não há a parada do sangramento. Veja como: Amarre um pano limpo ligeiramente acima do ferimento, enrolando-o firmemente duas vezes. Amarre-o com um nó simples. Em seguida, amarre um bastão sobre o nó do tecido. Torça o bastão até estancar o sangramento. Firme o bastão com as pontas livres da tira de tecido. Marque o horário em que foi aplicado o torniquete. Procure socorro médico imediato. Desaperte-o gradualmente a cada 10 ou 15 minutos, para manter a circulação do membro afetado.Os ferimentos podem ser classificados em abertos e fechados. Abertos são aqueles que apresentam descontinuidade da pele, enquanto que, nos fechados, a pele encontra-se íntegra.

Ferimentos fechados Ocorrem em conseqüência de contusões, compressões e abrasões. Esses mecanismos lesam os tecidos da pele e podem provocar rompimento dos vasos sangüíneos. O trauma provoca o acúmulo de líquido nos tecidos e o rompimento dos vasos

Page 14: primeiros socorros

gera sangramento. Esses ferimentos são chamados de contusões. Dependendo da intensidade da energia e da força aplicadas, outras estruturas mais profundas, como músculos, ossos e órgãos, podem ser lesados junto com a pele. Os sinais clínicos mais freqüentes do acometimento superficial são edema, equimose e hematoma. Essas lesões superficiais geralmente não colocam a vida em risco, porém podem ser um sinal importante da presença de lesões internas graves concomitantes. Ferimentos abertos Os ferimentos abertos podem ser divididos em: 1) escoriações - são lesões da camada superficial da pele ou das mucosas, que podem ou não apresentar sangramento discreto e são acompanhadas de dor local intensa; 2) cortocontusos - são lesões superficiais, de bordas regulares, e que geralmente são produzidas por objetos cortantes, como facas, fragmentos de vidros ou de metais. O sangramento dessas lesões pode ser extremamente variável, dependendo da existência de ruptura de pequenos vasos. Os ferimentos cortocontusos também podem produzir lesões de vasos, tendões, nervos e músculos; 3) lacerações - são lesões teciduais de bordos irregulares, em geral decorrentes de traumatismos intensos produzidos por objetos rombo; 4) ferimentos perfurantes - são lesões produzidas por objetos pontiagudos, tais como pregos, agulhas e estiletes, com orifício de entrada geralmente pequeno. De acordo com a profundidade de penetração, podem ser lesadas estruturas e órgãos internos. Na região do tórax, as intercorrências mais freqüentes e graves são o pneumotórax, o hemotórax e o tamponamento cardíaco, que podem colocar em risco a vida do doente. No abdome, os ferimentos perfurantes podem provocar hemorragia e/ou peritonite, podendo gerar risco de vida; 5) avulsões - são lesões abertas, onde existe descolamento de pele em relação aos planos profundos, com perda do revestimento cutâneo. Essas lesões também podem ser acompanhadas de sangramento; 6) esmagamentos - ocorrem em traumatismos resultantes da aplicação de energia e força intensas. As lesões podem ser abertas ou fechadas, podendo causar extensa destruição tecidual. Os mecanismos que provocam essas lesões são as colisões automobilísticas, os desabamentos e os acidentes de trabalho.

Localização de pontos arterial

Page 15: primeiros socorros

Técnicas de estancamento em ferimentos

Estancamento por elevação do membro

Tipos de Hemorragias

Page 16: primeiros socorros

Pressão direta sobre artéria

Compressão arterial Torniquete LEIA COM ATENÇÃO SOBRE TORNIQUETE

Ferimento no braço Imobilização do Ombro com bandagem triangula

Page 17: primeiros socorros

Ferimento na cabeça Ferimento nos olhos

Transporte

A remoção ou movimentação de um acidentado deve ser feita com um máximo de cuidado, a fim de não agravar as lesões existentes. Antes da remoção da vítima, devem-se tomar as seguintes providências:

Se houver suspeita de fraturas no pescoço e nas costas, evite mover a pessoa.Para puxá-la para um local seguro, mova-a de costas, no sentido do comprimento com o auxílio de um casaco ou cobertor.Para erguê-la, você e mais duas pessoas devem apoiar todo o corpo e colocá-la numa tábua ou maca, lembrando que a maca é o melhor jeito de se transportar uma vítima. Se precisar improvisar uma maca, use pedaços de madeira, amarrando cobertores ou paletós.Apóie sempre a cabeça, impedindo-a de cair para trás.Na presença de hemorragia abundante, a movimentação da vítima podem levar rapidamente ao estado de choque.Se houver parada respiratória, inicie imediatamente a respiração boca-a-boca e faça massagem cardíaca.Imobilize todos os pontos suspeitos de fratura.Se houver suspeita de fraturas, amarre os pés do acidentado e o erga em posição horizontal, como um só bloco, levando até a sua maca.No caso de uma pessoa inconsciente, mas sem evidência de fraturas, duas pessoas bastam para o levantamento e o transporte.Lembre-se sempre de não fazer movimentos bruscos.

AtençãoMovimente o acidentado o menos possível.Evite arrancadas bruscas ou paradas súbitas durante o transporte.O transporte deve ser feito sempre em baixa velocidade, por ser mais seguro e mais cômodo para a vítima.Não interrompa, sob nenhum pretexto, a respiração artificial ou a massagem cardíaca, se estas forem necessárias. Nem mesmo durante o transporte.

Page 18: primeiros socorros

Afogamento

Afogamento é a asfixia gerada por aspiração de líquido de qualquer natureza que venha a inundar o aparelho respiratório. Haverá suspensão da troca ideal de oxigênio e gás carbônico pelo organismo.

SINAIS E SINTOMAS

Em um quadro geral pode haver hipotermia (baixa temperatura corporal), náuseas, vômito, distensão abdominal, tremores , cefaléia (dor de cabeça), mal estar, cansaço, dores musculares. Em casos especiais pode haver apnéia (parada respiratória), ou ainda, uma parada cárdio-respiratória

PREVENÇÃO

Para bebês- Estes nunca devem ser deixados sozinhos no banho ou próximo a qualquer superfície líquida.

Para crianças- Além dos cuidados anteriores deve-se estimulá-las a assumir responsabilidade por sua própria segurança. Elas devem aprender a nadar e a boiar e devem compreender que não devem entrar em águas perigosas. Saltos de trampolim são extremamente perigosos.

Para adultos- Estes devem ter noções sobre as suas limitações principalmente quando suas funções normais estiverem comprometidas devido ao manuseio de drogas, sejam elas medicamentos ou bebidas. Evitar nadar sozinho em áreas não supervisionadas ou em áreas onde as condições do meio líquido sejam desconhecidas.Qualquer nadador deve estar apto a nadar diagonalmente a uma corrente que o pegou e não contra a mesma , se não conseguir escapar deve chamar por socorro.

"NUNCA SE DEVE FINGIR ESTAR PRECISANDO DE SOCORRO"

PRIMEIROS SOCORROS EM AFOGAMENTO

Objetivo

Page 19: primeiros socorros

Promover menor número de complicações provendo-se o cérebro e o coração de oxigênio até que a vítima tenha condições para fazê-lo sem ajuda externa, ou até esta ser entregue a serviço médico especializado.

Meios

Suporte Básico de Vida (SBV) afim de habilitar a vítima aos procedimentos posteriores do Suporte Cardíaco Avançado de Vida (SCAV). O SBV consiste apenas em medidas não evasivas.

"NÃO É PERMITIDO AO SOCORRISTA NENHUMA MEDIDA EVASIVA"

O socorrista

Deve promover o resgate imediato e apropriado, nunca gerando situação em que ambos (vítima e socorrista ) possam se afogar, sabendo que a prioridade no resgate não é retirar a pessoa da água, mas fornecer-lhe um meio de apoio que poderá ser qualquer material que flutue, ou ainda, o seu transporte até um local em que esta possa ficar em pé. O socorrista deve saber reconhecer uma apnéia, uma parada cárdio-respiratória (PCR) e saber prestar reanimação cárdio-pulmonar (RCP)

O resgate

O resgate deve ser feito por fases consecutivas :

Compreendendo a Fase de observação, de entrada na água , de abordagem da vítima, de reboque da vítima, e o atendimento da mesma.

Fase de observação

Implica na observação do acidente, o socorrista deve verificar a profundidade do local, o número de vítimas envolvidas, o material disponível para o resgate.

O socorrista deve tentar o socorro sem a sua entrada na água, estendendo qualquer material a sua disposição que tenha a propriedade de boiar na água, não se deve atirar nada que possa vir a ferir a vítima.

Em casos de dispor de um barco para o resgate, sendo este com estabilidade duvidosa a vítima não deve ser colocada dentro do mesmo, pois estará muito agitada.

Fase de entrada na água

O socorrista deve certificar-se que a vítima está visualizando-o. Ao ocorrer em uma piscina a entrada deve ser diagonal à vítima e deve ser feita da parte rasa para a parte funda. Sendo no mar ou rio a entrada deve ser diagonal à vítima e também diagonal à corrente ou à correnteza respectivamente.

Fase de Abordagem

Page 20: primeiros socorros

Esta fase ocorre em duas etapas distintas:

Abordagem verbal; Ocorre a uma distância média de 03 metros da vítima. O socorrista vai identificar-se e tentar acalmar a vítima. Caso consiga, dar-lhe-á instruções para que se posicione de costas habilitando uma aproximação sem riscos.

Abordagem física; O socorrista deve fornecer algo em que a vítima possa se apoiar, só então o socorrista se aproximará fisicamente e segurará a vítima fazendo do seguinte modo: O braço de dominância do socorrista deve ficar livre para ajudar no nado , já o outro braço será utilizado para segurar a vítima , sendo passado abaixo da axila da vítima e apoiando o peito da mesma, essa mão será usada para segurar o queixo do afogado de forma que este fique fora da água.

"O SOCORRISTA NÃO PODE PERMITIR QUE A VÍTIMA O AGARRE"

Fase de reboque

O nado utilizado será o "Over arms" também conhecido como nado militar , ou nado de sapo. Quando em piscinas e lagos o objetivo sempre será conduzir a vítima para a porção mais rasa . No mar, será admitido o transporte até a praia, quando a vítima estiver consciente e quando o mar oferecer condições para tanto; será admitido o transporte para o alto mar (local profundo e de extrema calmaria), quando a vítima apresentar-se inconsciente e o mar estiver extremamente revolto (essa atitude dará condições ao socorrista de repensar o salvamento). Caso exista surfistas na área o socorrista, deve-se pedir ajuda .

Quando o socorrista puder caminhar, deve fazê-lo, pois é mais seguro do que nadar. Deverá carregar a vítima de forma que o peito desta fique mais elevado do que a cabeça, diminuindo o perigo da ocorrência de vômito.

Fase de atendimento O atendimento

Em Primeiros Socorros as alterações eletrolíticas e hídricas

decorrentes de diferentes tipos de líquidos(água doce ou salgada) em que ocorreu o acidente não são relevantes, não havendo tratamentos diferentes ou especiais. Os procedimentos em Primeiros Socorros devem adequar-se ao estado particular de cada vítima, no que se refere às complicações existentes.

Vale frisar que o líquido que costuma ser expelido após a retirada da água provêm do estômago e não dos pulmões por isso, sua saída deve ser natural , não se deve forçar provocando vômito, pois pode gerar novas complicações.

Caso o acidente não tenha sido visto pelo socorrista, ele deve considerar que a vítima possui Traumatismo Raquimedular(TRM) e deverá tomar todos os cuidados pertinentes a este tipo de patologia.

Page 21: primeiros socorros

A nível de Primeiros Socorros deve-se sempre:

1. Acalmar a vítima, fazê-la repousar e aquecê-la através da substituição das roupas molhadas e fornecimento de roupas secas, casacos, cobertores e bebidas quentes

2. Manter a vítima deitada em decúbito dorsal procedendo com a lateralização da cabeça ou até da própria vítima afim de que não ocorra aspiração de líquidos.

3. Caso o afogado inconsciente seja deixado sozinho, ele deve ser colocado na posição de recuperação que mantêm o corpo apoiado em posição segura e confortável, além de impedir que a língua bloqueie a garganta e facilitar a saída de líquidos.

Outros procedimentos em casos particulares seriam:

1. Fazer a desobstrução das vias aéreas através da extensão do pescoço , da retirada do corpo estranho e da tração mandibular atentando sempre para a possibilidade de trauma cervical.

2. Em vítimas com parada respiratória, proceder com a respiração boca-a-boca objetivando manter a oxigenação cerebral.

3. Em vítimas com PCR, efetuar a RCP em casos que o tempo de submersão seja desconhecido ou inferior a uma hora.

Respiração Artificial Boca-a-Boca

Respiração Artificial Boca-a-Boca Reanimação Cárdio Pulmonar

Page 22: primeiros socorros