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Primeiros socorros Queimaduras
A pele é a barreira natural de proteção do corpo contra a agressão de microorganismos,
agentes físicos e químicos e auxilia no controle da temperatura e na retenção de líquidos. Uma vez lesada pela queimadura, estes fatores são imediatamente alterados.
As queimaduras, com muita freqüência, atingem estruturas além da pele. Podem ser
atingidos músculos, ossos, nervos e vasos sangüíneos e ainda os olhos e as vias aéreas. As
queimaduras podem ser classificadas e avaliadas em sua gravidade de acordo com:
O agente causador.
A profundidade (camadas de pele que atinge).
A extensão (área corpórea atingida).
De acordo com o agente causador, a queimadura pode ser:
Queimaduras Fontes
Térmica Chamas ou calor do fogo, vapor, líquidos quentes, objetos aquecidos.
Química Diversos ácidos ou bases.
Elétrica Correntes alternadas, contínuas ou raios.
Pela Luz(atingindo principalmente os olhos)
Luz intensa ou luz ultravioleta (inclusive a luz solar).
Por Radiação Radiações nucleares, luz ultravioleta ou infravermelha.
De acordo com a profundidade(*):
Queimadura de: Características
Primeiro Grau Atinge somente a epiderme. Caracteriza-se pela vermelhidão, um certo inchaço e dor local.
Segundo Grau Atinge derme e epiderme. Há dor intensa, inchaço, vermelhidão e bolhas.
Terceiro Grau Considerada grave, pois atinge todas as camadas da pele, além de músculos e até mesmo os ossos. Pode não haver local, mas sim nas áreas ao redor, devido às queimaduras de 1º e 2º graus associadas(*). A lesão apresenta coloração escura e/ou esbranquiçada.
(*) É importante que o socorrista saiba que a lesão não é uniforme, podendo ocorrer vários graus de profundidade em uma mesma lesão.
Para avaliar a extensão da superfície queimada, podemos usar vários métodos, no entanto
não iremos comentá-los, pois seu aprendizado requer muita prática.
Tenha em mente que, quanto maior a extensão, maiores os riscos para a vítima, pois pode
haver perda excessiva de líquidos do corpo, perda de temperatura e alto risco de infecções.
Baseados nestas informações e no local da queimadura, podemos dizer que:
Queimaduras Leves: são aquelas de 1º e 2º graus, afetando pequenas extensões
do corpo e que correspondem à maioria absoluta dos acidentes desse tipo.
Queimaduras moderadas: são aquelas de 1º grau extensas e de 2º grau de média extensão.
Queimaduras Graves: são todas as de 3º grau e as de 2º grau que
envolvem face, pescoço, tórax, mãos, pés, virilha e articulações, além das
queimaduras extensas de 2º grau. As queimaduras químicas e por eletricidade são
sempre consideradas graves.
Como socorrer a vítima de queimaduras térmicas
Apague as chamas usando um cobertor ou rolando a vítima no chão.
Execute a avaliação primária da vítima.
Resfrie a região queimada com muita água corrente por 10 a 15 minutos.
Retire as roupas, relógios e pulseiras que não estiverem grudados.
Não rompa bolhas!!!
Cubra toda a área queimada com gazes molhadas em soro fisiológico ou água limpa,
envolvendo esse curativo com ataduras de crepe também umedecidas. Mantenha o
curativo molhado usando frascos de soro ou água, até a chegada ao hospital.
Se a queimadura for extensa, preocupe-se em aquecer a vítima.
Não ofereça medicamentos ou alimentos à vítima.
Remova-a para o hospital mais próximo, mesmo quando as queimaduras forem de
pequena extensão.
Cuidado!!!
Jamais aplique sprays, manteigas, cremes,
óleos, pasta de dente, vaselinas, pomadas, gelo etc., sobre a área queimada.
O segredo é...
Água! Muita água! Somente água!
Como socorrer a vítima de inalação de fumaça
A fumaça de incêndios ou produtos químicos é altamente tóxica e pode provocar irritações
nos olhos, lesões nas vias aéreas e até mesmo parada respiratória e morte. Seus sinais e sintomas mais comuns são:
Dificuldade de respirar.
Tosse.
Cheiro de fumaça ou produto químico no ar expirado e resíduos acinzentados ao
redor da boca e nariz.
O que fazer?
Retire a vítima do ambiente e mantenha-a em local bem arejado, abrindo as janelas
e portas para melhorar a ventilação.
Realize a avaliação primária.
Aqueça a vítima.
Se inconsciente, coloque a vítima deitada de lado.
Transporte-a imediatamente para o hospital.
Como socorrer a vítima de queimaduras químicas
Utilize luvas e haja com cuidado!
Lave a região com muita água corrente por 10 a 15 minutos.
Remova roupas, pulseiras e relógios contaminados com a substância, desde que não estejam grudados.
Não rompa bolhas!!!
Cubra toda a área queimada com gazes molhadas em soro fisiológico ou água limpa, envolvendo esse curativo com ataduras de crepe também umedecidas.
Se a queimadura for extensa, preocupe-se em aquecer a vítima.
Não ofereça medicamentos ou alimentos à vítima.
Remova-a para o hospital mais próximo, mesmo quando as queimaduras forem de
pequena extensão, por se tratar de agentes químicos.
Se possível, tente identificar o agente químico, pois isso ajudará no atendimento
médico definitivo.
Cuidado!!!
São especialmente perigosas tanto para a vítima
quanto para quem socorre.
O segredo é...
Para substâncias em pó ou pasta, primeiro
remover o excesso para depois lavar, para evitar que o produto queimante escorra!
Como socorrer a vítima de queimadura química nos olhos
Lave os olhos da vítima imediatamente com água em abundância por 10 a 15 minutos.
Inicie o transporte da vítima rapidamente ao hospital e faça lavagem durante todo o
trajeto, cobrindo ambos os seus olhos com gazes umedecidas, mesmo que apenas um deles tenha sido atingido.
Caso, após esse procedimento, a vítima volte a se queixa de ardor, torne a lavar os
seus olhos com água.
Como socorrer a vítima de queimadura elétrica
As queimaduras elétricas são consideradas gravíssimas, pois podem provocar alterações no
funcionamento dos sistemas do corpo, levando até à morte por parada cardíaca.
Sinais e sintomas:
Sinal de queimadura em 2 pontos (*).
Tremores ou flacidez dos músculos.
Dificuldade respiratória.
Convulsões (em casos graves).
(*) Você sabia...
que a corrente elétrica provoca duas áreas de queimaduras: uma no ponto de entrada e outra no ponto de saída da corrente?
Cuidado!!!
Não toque na vítima ainda ligada à corrente elétrica. Garanta sua segurança, desligando a energia!
O que fazer?
Não se aproxime, caso haja corrente elétrica ativa, fios soltos ou água no chão.
Execute a avaliação primária.
Utilize água para aliviar o processo de queimadura e faça curativos molhados.
Aqueça a vítima.
Transporte-a sem demora
Primeiros socorros - Fraturas
Fratura é a quebra de um osso. Parece simples, mas não é. Os ossos fazem parte do sistema músculo-esquelético, que dá
forma, sustentação, proteção e movimento ao corpo. Portanto, um ferimento em qualquer
parte do esqueleto pode afetar profundamente estas funções.
Além das fraturas, existem ainda outros 2 tipos de ferimentos nos ossos também
considerados importantes. São eles:
Torções ou entorses: que são provocadas pela movimentação de uma circulação além dos seus limites (capacidade) fisiológicos.
Luxações: que se caracterizam pela perda de congruência articular. Essa situação
pode ser traduzida como "um osso que sai do seu encaixe normal".
Não pense que será fácil distinguir uma fratura de uma entorse ou de uma luxação, pois seus sinais são muitos semelhantes.
Suspeite imediatamente da presença de fratura, quando a vitima apresentar:
Dor ou sensibilidade anormal (a vítima pode segurar o local afetado, tentando proteger-se da dor).
Inchaço no local.
Deformidade no local.
Presença de áreas arroxeadas.
Ausência de movimentos ou enorme dificuldade para movimentar-se.
Presença de pontas de ossos atravessados na pele.
Sensação de ossos quebrados sob a pele (crepitação).
Até que se prove o contrário, trate sempre como tendo fratura a vítima com qualquer
história de queda ou outros acidentes diversos e que apresente alguns dos sinais e sintomas
citados anteriormente.
Existem 2 tipos básicos de fraturas: as fechadas e as expostas (ou abertas). As fechadas são
aquelas em que não acontecem cortes ou ferimentos na pele, que possam expor pedaços de
ossos; já as abertas, apresentam ruptura da pele e exposição óssea.
Diante da suspeita de fratura, esteja atento à possibilidade de comprometimento de outras estruturas do corpo. Ex.: fraturas de costela podem atrapalhar a respiração por perfuração
dos pulmões; fratura exposta na perna pode causar rompimento de vaso sangüíneo e
conseqüente sangramento, podendo levar a um choque.
Como Socorrer
Não importando o tipo de lesão nos ossos, o primeiro socorro básico é a imobilização. Esse procedimento garante, além da diminuição da dor, a redução da possibilidade do
agravamento. Reduzindo a dor, estaremos reduzindo o estresse, que é um grave
componente da sintomatologia.
A imobilização deverá ser feita com uma tala, que pode ser improvisada ou do tipo disponível
no comércio. Os tipos mais comuns de talas improvisadas são pedaços de madeira, papelão,
revistas, travesseiros, cobertores e até mesmo o próprio corpo da vítima.
Dica sobre o assunto:
Durante a imobilização, converse sempre com a vítima.
A vítima deve sentir-se confortável.
Realize movimentos leves com as mãos, movimentando a parte afetada somente se necessário.
Suspeite sempre de outras lesões, além da mais evidente.
Os princípios básicos das imobilizações são:
Imobilizar antes de movimentar a vítima.
Cortar a roupa que estiver sobre a parte afetada, caso não seja possível visualizar a
lesão.
Proteger ferimentos, por exemplo pontas de osso, com gazes ou pano limpo. Respeitar sempre a posição encontrada, não fazendo nenhuma correção ou tração,
na tentativa de deixá-la "normal".
Respeitar sempre a posição em que a vítima sentir menos dor (posição antiálgica). Aplicar e fixar a tala de imobilização sempre em uma articulação acima e outra
abaixo do local afetado.
Se possível, elevar a parte machucada para diminuir o inchaço e a dor.
Não apertar excessivamente as amarrações, muito menos fixá-las sobre o local afetado.
Acolchoar os espaços entre as talas e o corpo, utilizando toalhas, tecidos etc. Utilizar
amarrações de tecidos largas o suficiente para não garrotear e impedir a circulação.
Cuidado!!!
As fraturas provocam muito impacto ao socorrista. Lembre-se que, apesar
destas serem graves, os outros tipos de lesões podem levar à morte mais rapidamente.
Acompanhe agora, algumas indicações de como imobilizar diferentes partes do corpo:
Ombro e Clavícula:
Utilize como tala o próprio corpo da vítima. Fixe o braço no tronco com um material em tecido, sob a forma de tipóia, deixando os tecidos visíveis. Caso queira intensificar a fixação,
utilize um segundo material em tecido, para fixar o braço no tronco, como no caso da
imobilização de braço.
Costelas e Esterno:
Fraturas graves, por causarem enorme dificuldade respiratória, devem ser imobilizadas como
os ombros e clavícula, respeitando-se o lado afetado.
Braço (Úmero):
Respeite a posição na qual o braço foi encontrado, caso o braço esteja estendido ao longo do
corpo da vítima. Caso esteja dobrado, utilize materiais em tecido, fazendo uma tipóia para
apoiar o braço e, em seguida, outras duas amarrações, sendo uma acima e outra abaixo da lesão.
Antebraço e Punho:
Coloque sob o antebraço uma tala de madeira, revista dobrada ou até um guarda-chuva fechado. Os dedos devem ficar para fora ou segurando algo, para manter a curvatura
natural. Utilize uma atadura ou material em tecido para fixar e improvise uma tipóia
para que o braço não fique abaixado, aumentando o inchaço.
Pelve ("Bacia"):
Trata-se de uma imobilização difícil e que depende da ajuda de outras pessoas. Você precisará também de uma madeira longa, larga e forte o suficiente para acomodar
uma pessoa. Se for possível, utilize uma tala de madeira longa que se estenda das
axilas até os pés da vítima; caso contrário, o próprio corpo servirá para tal. Para isto, uma pessoa segurará firme a cabeça e outra, os pés. Uma terceira pessoa passará um pano para
fixar os quadris, os joelhos e os pés, nesta ordem.
Em seguida, prepare a madeira longa (maca), colocando-a perto da vítima que será rolada sobre esta, sem muita movimentação. Lembre-se de colocar acolchoados entre as pernas e,
antes de levantar a vítima para transportá-la, fixe-a na maca, para que não caia.
Fêmur:
O fêmur pode ser imobilizado com talas longas que se estendam do quadril até além do pé
ou, até mesmo, utilizando-se da perna sadia como tala. Neste caso, antes de amarrar uma
perna à outra, acolchoe-a e utilize amarrações de tecido bem largas para não garrotear.
Acompanhe o desenho de imobilização da perna, para visualizar melhor.
Joelho:
O joelho pode ser encontrado estendido ou dobrado. Se dobrado, apoie-o sobre travesseiros
e utilize talas para impedir que se estenda de volta. Se estendido, imobilize-o como no caso do fêmur.
O primordial é lembrar-se de jamais tentar corrigir uma lesão, trazendo o membro de volta
ao normal, pois este é um procedimento médico e de altíssimo risco para a vítima.
Perna:
Utilize talas firmes que se estendam até além dos pés e fixadas com material em tecido. Fixe
bem as duas articulações (joelho e tornozelo), executando a amarração em "8", conforme será descrito a seguir nas imobilizações de pé e tornozelo. Na ausência de talas firmes, lance
mão da perna sadia para imobilizar.
Pé e Tornozelo:
Para imobilizar o pé e o tornozelo, pode-se utilizar toalhas e talas, lembrando-se sempre de manter a imobilização fixa acima e abaixo da lesão e de maneira confortável. A fixação do pé
pode ser feita com um tecido, fazendo a figura de um oito para mantê-lo em posição natural.
Coluna:
Fraturas na coluna são consideradas graves e com grande possibilidade de causarem
seqüelas.
Estas lesões são originárias de grandes acidentes e traumas como: quedas de altura, atropelamentos, colisões de automóveis ou motocicletas, acidentes de mergulho e até
ferimentos por arma de fogo. Alguns sinais e sintomas indicativos de lesão na coluna são:
Paralisia (a vítima não consegue movimentar-se).
"Formigamento".
Dificuldade respiratória.
Perda do controle da evacuação e urina.
Estes sinais e sintomas dependem da intensidade e local afetado da coluna. Se a vítima estiver consciente, converse com ela, peça-lhe para apertar sua mão e
movimentar os pés, para que possa ter uma idéia de suas limitações.
Proceda como nos casos de imobilização da bacia, conseguindo auxílio e uma tábua/maca.
O primeiro socorrista segura firmemente a cabeça da vítima, enquanto um segundo
providencia a improvisação de um colar para o pescoço, utilizando tecido ou toalhas.
Jamais o primeiro socorrista deve largar a cabeça da vítima, para impedir o aparecimento de
outras lesões. Em seguida, utilize amarrações como no caso da bacia, sendo que os braços devem também
ser amarrados sobre o tórax.
Dica sobre o assunto:
Procure conhecer os recursos disponíveis de sua cidade, como por exemplo hospitais e
ambulâncias, e como solicitá-los.
Antes de socorrer uma vítima, tenha certeza de que não existe nenhum serviço de socorro, emergência ou resgate que possa fazê-lo com melhores condições.
Primeiros socorros Acidente com animais
peçonhentos
Animais venenosos e peçonhentos podem praticamente ser considerados a mesma coisa; porém, peçonhento é aquele que possui um aparelho inoculador de veneno (presa),
enquanto que o animal venenoso, não tem o tal aparelho para inocular seu veneno.
Serão comentados aqui os acidentes mais comuns em nosso país, como aqueles que envolvem cobras, aranhas, escorpiões, vespas e abelhas.
Ofidismo
É o acidente provocado por picada de cobras venenosas.
No Brasil 90% dos acidentes desse tipo de acidente são causados por jararacas e 9% por
cascavéis, sendo estes considerados mais graves e letais. O 1% restante corresponde a acidentes com corais verdadeiras e surucucus. Os acidentes são mais freqüentes no verão e
no período diurno porém, lembre-se que as cobras só atacam por defesa. Existem muitos
mitos a respeito dos primeiros socorros a esses acidentes, fato que prejudica a boa
recuperação das vítimas.
Muitas vezes, as vítimas não podem fornecer informações sobre a cobra e tentar capturá-la
pode colocar em risco a vida de outras pessoas. Por esta razão, jamais assuma riscos
desnecessários.
Tenha em mente algumas características básicas, que o autor Erazo organizou e citou como
fáceis na detecção do tipo de cobra:
Se possui orifício entre o olho e a narina, é peçonhenta.
Se a cauda terminar em chocalho, é do tipo cascavel.
As serpentes do tipo surucucu (jararacuçu e urutu), de dimensões avantajadas, são
encontradas nas florestas tropicais da Amazônia e Mata Atlântica e têm escamas
eriçadas na cauda.
Se a cauda não tiver chocalho nem escamas eriçadas, mas a serpente possuir um
orifício entre os olhos, é do tipo jararaca.
Se possuir anéis coloridos (vermelhos, alaranjados com pretos, pretos e brancos ou amarelos) e orifício entre os olhos, é do tipo coral. Existem alguns tipos de corais
com padrões de cores diferentes, principalmente na Amazônia, mas são verdadeiras
apenas aquelas que possuem orifício entre os olhos.
Tenha sempre em mente que a sua assistência deve impedir agravos e garantir sua
segurança.
Portanto, não tente medidas heróicas para capturar a cobra, pois você poderá guiar seu
atendimento também de acordo com o tipo de sinais e sintomas que a vítima apresentar.
Você sabia...
Que as cobras, mesmo depois de mortas, podem picar, devido aos reflexos ainda presentes?
Os efeitos dos acidentes com cobras são muito piores quando:
Existe demora para iniciar o tratamento com soro.
Faz-se uso de torniquete e incisões no local.
A cobra é adulta.
A vítima é uma criança ou uma gestante.
Jararacas
São muito agressivas e comuns em todo o Brasil. Seus filhotes de rabos esbranquiçados (jararaca de rabo branco) são pequenos, porém seu veneno também é perigoso. Por essa
razão, cuidado com as cobras pequenas!
Possuem um veneno cuja ação é tanto local, quanto sistêmica (pelo corpo). O veneno inoculado em doses elevadas (como no caso da jararacuçu) pode provocar sangramento de
gengiva e nariz, levando até à morte.
No dia seguinte ao acidente, pode ocorrer acúmulo de líquido purulento e áreas escuras de necrose (gangrena) no local da inoculação do veneno.
Cascavéis
Também são comuns em todo o Brasil, exceto na Amazônia. Seu veneno causa paralisia, lesão muscular e hemorragias.
Corais
São responsáveis apenas por 1% dos acidentes no Brasil, pois as corais são pouco agressivas e têm hábitos noturnos. As surucucus já são bem mais agressivas se atraídas pela
luminosidade de lanternas, e assumem posição de ataque, mesmo não sendo provocadas.
Os principais sinais e sintomas, em caso de acidentes deste tipo, são:
Dificuldade respiratória (maior causa de óbitos por esse tipo de acidente).
Adormecimento no local.
Outros sinais e sintomas parecidos com aqueles ocasionados pela cascavel.
Tipo de cobra Hábitos Reação no local da picada Reação Sistêmica
Jararaca Agressivas. Vivem em lugares úmidos.
Dor intensa, edema e arroxeamento. Podem ocorrer bolhas e necrose.
Doses elevadas do veneno causam grandes sangramento, como os de gengiva e nariz.
Cascavel Só atacam por defesa. Gostam de lugares úmidos, como troncos e pedras.
Ausência de dor, com pequeno adormecimento e edema.
Náuseas, vômitos
Dor no pescoço
Dores musculares
Pálpebras caídas
Visão turva ou dupla
Cansaço, sono
Confusão mental
Sangramentos
Urina escura
Coral Pouco agressiva e de hábitos noturnos. Vivem em locais
Adormecimento Sinais e sintomas parecidos com os ocasionados pela cascavel.
protegidos e entre pedras.
Como socorrer?
Orientar repouso absoluto, com a parte afetada em posição mais baixa que o corpo,
para que o veneno não se espalhe.
Lavar o local com água e sabão.
Afrouxar as roupas e remover anéis e adereços que possam interromper a circulação.
Caso a cobra tenha sido morta, levá-la ao centro médico, facilitando assim o atendimento.
Jamais aplicar torniquetes, gelo e incisões sobre a ferida ou até mesmo técnicas para
sugar o veneno.
Tranqüilizar a vítima.
Transporta-la para o centro médico mais próximo com extrema urgência, pois
somente o tratamento com soroterapia pode aumentar a possibilidade de
sobrevivência da vítima.
Cuidado!!!
Os torniquetes ou garrotes impedem a circulação e facilitam a necrose ou gangrena
do local picado!
Os cortes, incisões ou perfurações com canivetes e objetos facilitam as hemorragias
e a infecção!
Simpatias, como colocar folhas nas feridas, pó de café, fezes ou terra, produzem
infecção
Dica sobre o assunto!
Se for andar em regiões de mata, utilize botas até os joelhos.
Não coloque as mãos em buracos formados por folhagens e terra, muito menos em cupinzeiro ou monte de pedras.
Picadas de insetos (abelhas, formigas, vespas e marimbondos)
Os acidentes provocados por insetos apresentam, geralmente, sintomatologia local. No
entanto, se a pessoa for alérgica, as dimensões podem ser maiores, podendo levar até à
morte.
Destacamos o acidente provocado pela picada da abelha brasileira africanizada, que é muito agressiva e ao picar a vítima, solta o ferrão exalando um cheiro que "chama" as outras.
Seus efeitos variam, sendo a dor local intensa agravada pelo inchaço e pela coceira.
Muitas vezes é possível visualizar o ferrão envolto por um halo vermelho. Se a picada acontece na face ou no pescoço, pode provocar graves dificuldades respiratórias.
Estes sintomas são agravados se a vítima for atacada por um enxame, aparecendo então
problemas hemorrágicos e respiratórios.
Como socorrer?
Remova o ferrão sem apertá-lo.
Lavar com água e sabão.
Cobrir com compressas geladas.
Um breve comentário sobre os acidentes provocados por vespas:
Vespa é o nome comum do marimbondo e do mata-cavalo. Seu veneno é pouco conhecido e
seu efeito depende do numero de picadas, extremamente dolorosas, provocando áreas de inchaço. Os sinais e sintomas que surgem após a picada e os cuidados necessários são
semelhantes aos acidentes com abelhas.
Escorpianismo
São acidentes provocados por escorpiões que basicamente só picam para defender-se.
São animais noturnos que abrigam-se durante o dia em locais escuros e úmidos, como por
exemplo cascas de árvores podres, etc.
Temos 2 tipos básicos deste animal no Brasil: o escorpião marrom e o amarelo, sendo este mais comum e perigoso.
Sua dolorosa picada pode levar a graves problemas respiratórios e cardíacos já nas primeiras
24h, principalmente quando acomete crianças ou implica em várias ferroadas. Outros sinais e sintomas são:
Náuseas.
Grande quantidade de saliva.
Diarréia.
Dor abdominal.
Cefaléia.
Visão turva.
Tonturas, tremores.
Convulsões e coma.
Como socorrer?
Siga as mesmas regras básicas dos acidentes com cobras; são ainda recomendadas
compressas geladas e úmidas.
Arenísmo
São os acidentes provocados por aranhas, sendo mais comuns nos meses de abril e maio.
Assim como as cobras, elas não são agressivas, atacando apenas se molestadas, gostando
de abrigos sob folhas, troncos e árvores. As aranhas que produzem teias irregulares são consideradas as mais perigosas.
Aranha Armadeira
São aquelas que mais provocam acidentes em nosso país, pois costumam viver em residências, terrenos baldios e bananeiras.
Quando atacadas, não fogem.
Apoiam-se nas patas traseiras, "armando-se" para saltos de até 30cm. Durante o dia vivem no escuro, saindo à noite para alimentar-se.
Não constroem teias.
Os acidentes provocam:
Dor local intensa, que pode irradiar-se.
Suor frio e vômitos.
Visão turva.
Agitação.
Convulsões em crianças.
Aranha Marrom
Também de hábitos noturnos, essa pequena aranha não é agressiva e comumente pica
quando é espremida, por estar entre as roupas ou sapatos da vítima. Vive ainda, no meio das folhas e tijolos e a noite sai para alimentar-se.
O fato mais sério é que a dor não acontece no momento da picada e, como a aranha é
pequena, a vítima não procura ajuda médica imediata ou até nem sabe o que lhe causou tal problema.
Decorrido algum tempo é comum o aparecimento dos seguintes sinais e sintomas:
Dor local.
Inchaço.
Vermelhidão.
Febre (em alguns casos).
Crostas escuras e duras são comuns nos locais da picada, sendo possível encontrar
ainda, áreas arroxeadas, bolas e gangrena local.
Urina com sangue é uma característica tardia.
Tarântulas e Caranguejeiras
Seu aspecto assustador e aterrorizante causa mais danos psicológicos que sua própria
capacidade de inocular veneno. Protegem-se de um ataque eriçando seus pêlos
característicos, que então soltam-se caindo sobre a pele da vítima, provocando uma enorme área de coceira, sem maior gravidade.
Como socorrer?
Siga as mesmas regras básicas dos acidentes com cobras. Recomenda-se também, para o alívio da dor, aplicação de compressas quentes e úmidas no local.
Dica sobre o assunto!
Quando em regiões de mata, deixe sempre mochilas fechadas e sapatos ou botas com meias
dentro, evitando assim a entrada de pequenas aranhas.
Primeiros socorros
Intoxicações
Intoxicações
Quando estiver em casa, dê uma olhada no seu armário de medicamentos. Vá até a área de serviço e conte quantos produtos de limpeza existem lá. Imagine a felicidade de uma criança
ao deparar-se com essa enorme quantidade de vidrinhos coloridos. Será para ela, uma
alegria enorme!!!
Pelo menos nos primeiros minutos. Em seguida, após ingerir boa parte
deles, certamente essa criança iniciará um quadro de intoxicação, que
poderá levá-la à morte.
Define-se intoxicação como a interação entre o organismo e substâncias tóxicas, sendo estas causadoras de efeitos negativos ou destrutivos ao
indivíduo.
A gravidade da intoxicação depende de fatores como a idade e a susceptibilidade da vítima, a quantidade, o tipo e a via de penetração da
substância tóxica.
Os grandes centros urbanos possuem serviços de informação e orientação chamados Centros de Controle de Intoxicação (CCI), geralmente ligados a hospitais da cidade.
Procure obter informações sobre o CCI mais próximo a você, pois a maioria deles fornece,
por via telefônica, dicas e procedimentos para casos de intoxicação, além de indicar o hospital mais apto a receber a vítima.
Outras informações, como: Tipo de trabalho, hábitos alimentares e até frascos de
medicamentos ou rótulos encontrados ao redor da vítima são fortes indicações do tipo de
agente tóxico. Atente para a possibilidade de ingestão intencional (tentativa de suicídio).
Em geral, não há informações suficientes ou confiáveis sobre o agente tóxico e, por essa
razão, o primeiro socorro deve ser o de suporte básico à vida.
Como Socorrer
Os objetivos dos primeiros socorros a essas situações são:
Suporte às funções vitais (respiração e circulação).
Diminuição do contato (atuando com medidas gerais de desintoxicação).
Aquecimento da vítima.
Prevenção de novos agravos (convulsões e estado de agitação).
Quando for possível, tente obter de acompanhantes informações gerais sobre:
Tipo de substância.
Quantidade ingerida.
Tempo decorrido desde a exposição.
Modo de exposição: ingestão, inalação ou contato com a pele.
História médica regressa (uso de drogas, medicações, álcool e até distúrbios de
comportamento).
Administração de antídotos caseiros ou ingestão de líquidos etc.
O segredo é...
O tempo é seu aliado!
Seja rápido, evitando assim que o veneno seja absorvido!!!
Cuidado!!! Se você for chamado para ajudar alguém,
pense sempre na sua segurança. Examine
o local, prestando atenção aos odores - sinal
de vazamento de gases e resíduos tóxicos - líquidos no chão, frascos vazios etc.,
para não se acidentar também
As toxinas que causam intoxicações mais freqüentemente são:
Medicamentos.
Produtos químicos de uso domiciliar como: água sanitária, soda cáustica e ácido
muriático (ácido clorídrico).
Praguicidas como: raticidas e inseticidas.
Drogas ilícitas (cocaína, morfina etc.) e lícitas, como o álcool.
Sementes, folhas e frutos de plantas venenosas, como: mamona, juá, comigo-
ninguém-pode.
Cianetos, querosene e outros derivados de petróleo.
As decorrentes da deterioração de alimentos.
Como estes agentes tóxicos entram em contato com o corpo
Eles podem entrar no corpo de várias formas:
Pela boca, por ingestão - medicamentos, produtos de uso
doméstico.
Pela respiração, por inalação - gases, solventes e sprays.
Pela pele, por absorção - contato com inseticidas, ácidos,
animais e plantas.
Por injeções, pela via parenteral - drogas.
Mordeduras com inoculação de veneno local - picadas de
animais peçonhentos, insetos etc.
Intoxicações por ingestão de agentes tóxicos
Obtenha as informações gerais enquanto avalia as condições da vítima.
Sinais e sintomas mais comuns:
Queimaduras ou manchas ao redor da boca.
Respiração ou hálito com cheiro de veneno.
Salivação excessiva ou espuma pela boca.
Dor na boca e/ou na garganta.
Dor abdominal, náusea e/ou vômito.
Respiração anormal.
Suor acentuado.
Tremores, agitação ou apatia.
O segredo é...
Executar sempre a avaliação inicial
da vítima. Inicie pela consciência, vias aéreas, respiração e circulação.
Você sabia que...
as crianças são as mais atingidas
por este tipo de intoxicação, principalmente com plantas e produtos químicos?
Cuidado com a vítima
Mantenha as vias aéreas livres.
Se a vítima ainda estiver consciente, coloque-a em posição semi-sentada e em repouso.
Ofereça água em quantidade moderada, cuidando para não provocar engasgamento
(não dê leite!!!).
Se inconsciente, coloque-a na posição lateral para evitar aspiração de vômitos.
Mantenha-a aquecida.
Se possível, recolha parte do vômito para análise da causa da intoxicação.
Dica sobre o assunto:
Como prevenir este tipo de problema?
Mantenha medicamentos, ácidos e produtos de limpeza nas embalagens
originais e em local de difícil acesso às crianças, de preferência em locais
trancados.
Mesmo os alimentos podem provocar intoxicação. Popularmente conhecida como intoxicação
alimentar é geralmente decorrente da deterioração dos alimentos por bactérias e do
armazenamento inadequado, embora possam ser contaminadas também por agentes
químicos. Seus sinais e sintomas mais comuns são:
Enjôo.
Cólicas abdominais e diarréia.
Suor abundante.
Palidez e febre.
Como socorrer?
Mantenha a vítima deitada, em repouso.
Mantenha-a aquecida.
Caso esteja bem acordada, ofereça-lhe água.
Dica sobre o assunto:
Como prevenir este tipo de problema?
Não deixe alimentos fora de geladeira de um dia para outro.
Não use produtos cujas latas estejam amassadas, velhas ou estufadas.
Não coma frutos do mar se não conhecer a procedência.
Não consuma alimentos fora do prazo de validade.
Não reutilize embalagens.
Utilize sempre alimentos frescos e lavados.
O segredo é...
Providenciar auxilio médico
rápido. Os riscos maiores são os decorrentes da diarréia
e desidratação.
Intoxicação por inalação de agentes tóxicos
Um dos agentes tóxicos mais comuns é o monóxido de carbono proveniente dos veículos e
dos incêndios ativos. Este tipo de gás acumula-se em ambientes mal ventilados, sendo comum em locais onde se utilizam fogões a carvão e em garagens fechadas com veículos
ligados. Ele provoca a morte por depressão respiratória, lenta e gradualmente.
Seus principais sinais e sintomas são:
Dor de cabeça, tontura e náuseas.
Dificuldade respiratória, tosse e pele azulada.
Inconsciência.
Outros possíveis venenos inalados são cloro, amônia, produtos químicos agrícolas e praguicidas em spray. Seus principais sinais e sintomas são:
Fortes dores de cabeça.
Tontura, náuseas e vômitos.
Respiração curta e tosse.
Olhos irritados e vermelhos.
Sensação de boca seca ou em queimação e odores estranhos.
Pele azulada.
Agitação ou apatia extremas.
Inconsciência.
Dica sobre o assunto:
Como prevenir este tipo de problema?
Feche o gás todas as noites.
Ao utilizar produtos de limpeza, mantenha portas e janelas abertas.
Não misture produtos de limpeza (principalmente cloro e amônia).
Não deixe o carro ligado em ambientes fechados.
Cuidado!!!
Se você suspeita que a vítima inalou um veneno, aproxime-se dela atentamente, pois
poderá intoxicar-se também. Observe se a roupa da vítima está molhada, pois muitos venenos inalatórios têm cheiro e podem ainda estar sendo absorvidos pela pele (sprays).
Como socorrer?
Mantenha a vítima em repouso.
Mantenha-a o aquecida.
Mantenha suas vias aéreas livres.
Se estiver inconsciente, coloque-a em posição lateral.
Cuide de possíveis queimaduras.
Transporte-a rapidamente para o auxílio médico.
O segredo é...
Retirar a vítima do ambiente
e levá-la para local arejado, retirando também as suas roupas
Intoxicação por contato com a pele e os olhos
Os agentes tóxicos mais comuns são os inseticidas, tintas e outros produtos químicos, além
das plantas venenosas e animais marinhos. Normalmente causam os seguintes sinais e
sintomas:
Reações da pele, como queimadura e coceira.
Irritação dos olhos.
Dor de cabeça.
Como socorrer?
Retire o veneno da vítima por lavagem, bem como remova suas roupas, relógios,
pulseiras etc.
Transporte a vítima rapidamente para o auxílio médico.
Observações Finais
Não se deve provocar vômitos!
Não se deve produzir ou causar vômitos, pois este recurso deve ser executado em condições controladas, estando a vítima lúcida. Mesmo assim, seriam necessárias informações sobre o
agente tóxico e isso nem sempre é possível.
Dicas sobre o assunto...
Não se deve administrar água com sal para produção de vômito, muito menos medidas mecânicas, que são prejudiciais à vítima, principalmente às crianças.
Cuidado!!!
Jamais provoque vômitos...
Em crianças menores de 6 meses ou idosos.
Em vítimas inconsciente e/ou em convulsões, pelo perigo de aspiração de secreções
e engasgamento.
Em vítimas com sangramento oral.
Em vítimas com forte dor, sensação de ardência ou queimação na boca e/ou
garganta.
Em vítimas que ingeriram:
- Derivados de petróleo
- Alvejantes de uso doméstico (água sanitária)
- Soda cáustica - Desinfetantes
- Amônia
- Água de cal - Iodo
Calendário Vacinal
Departamento de Infectologia da Sociedade Brasileira de Pediatria
Idade Vacinas
Ao nascer BCG intradérmico (1), Vacina anti-hepatite B (HepB) (2)
1 mês HepB
2 meses DPT Vacina oral Anti-Pólio (OPV) vacina Anti-Hemophilus Influenzae tipo b (Hib)
4 meses DPT OPV Hib
6 meses DPT OPV Hib (3) / HepB/ Anti-Sarampo (4)
9 meses Vacina Anti-Sarampo (VS)
15 meses DPT OPV Hib Tríplice Viral (VTV) (5)
4 a 6 anos DPT OPV
7 a 10 anos BCG (6) / Dupla Infantil
14 a 16 anos Dupla Tipo Adulto (dT) (7)
* 12 meses Varicela ou Catapora
** 24 meses Anti-Hepatite A
(1) Não sendo possível, aplicar no decorrer do primeiro mês de vida.
(2) De preferência, dentro das primeiras 24 horas de vida, ou, ao menos, antes da alta da maternidade. A vacina pode ser aplicada em qualquer idade, num total de três doses, com
intervalo de um mês entre a primeira e a segunda dose, e de 6 meses entre a primeira e a
terceira dose.
(3) Se a imunização primária for feita com a vacina conjugada com proteína da membrana
externa do meningococo B (Pedvax HIB-PRP-OMP), não será necessário aplicar a terceira dose aos 6 meses.
(4) Devido a casos de focos isolados, algumas cidades estão fazendo a aplicação antes dos 9 meses.
(5) A vacinação contra a rubéola deve fazer parte da estratégia de eliminação da Síndrome
da Rubéola Congênita, recomendando-se também a vacinação das puérperas.
(6) A Organização Mundial de Saúde não mais recomenda a revacinação BCG. O Ministério
da Saúde aguarda pesquisa empreendida no Brasil para decisão final a respeito. Em Minas, a
revacinação ocorre aos 10 anos.
(7) Repetir a cada 10 anos.
* Vacina contra Varicela - Havendo possibilidade e disponibilidade, pode ser aplicada a partir de 12 meses de vida em dose única.
** Anti-Hepatite A - Aos 2 anos de idade deve-se aplicar a primeira dose.
Observação: Já existem no comércio vacinas associadas: HbCV(Anti-Hemophilus).
Calendário Teen
Imunização Ativa na Adolescência
Vacina Contra Nome Comercial Doses
(Intervalos) Idade Indicada
SARAMPO / CAXUMBA /
RUBÉOLA
MMR II,
TRIMOVAX 1 dose 10-12 anos
TUBERCULOSE BCG Id 1 dose 10 anos, em Minas Gerais
DIFTERIA / TÉTANO dT (DUPLA tipo
adulto) 1 dose
10 anos após a última dose
da DPT ou dT
HEPATITE B ENGERIX-B 3 doses (0, 1, 6
meses)* Qualquer idade
HEPATITE A HAVRIX - RECOMBIVAX
2 doses (0, 12 meses)*
Qualquer idade
VARICELA-CATAPORA VARIVAX
VARILVIX
Até os 13 anos: 1 dose
após os 13 anos:
2 doses (0, 1 mês)
Qualquer idade
Esquema de Rotina da Vacinação Comitê de Infectologia da S.B.P.
* Nas vacinas ANTI-HEPATITE, A ou B, o adolescente receberá a metade da dose indicada para o adulto.
Observação: Vacina Antigripe Influenza A/B (Vaxigrip) está indicada a partir dos 11 anos de idade.