Principais eixos da administração da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (1989-1992)

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PAULO FREIRE COMO SECRETARIO DA EDUCAÇÃO Secretaria Municipal de Educação de São Paulo -1989-1992

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PAULO FREIRE COMO SECRETARIO DA EDUCAÇÃO

Secretaria Municipal de Educação de São Paulo -1989-1992

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Principais eixos da administração da Secretaria Municipal de Educação de São Paulo (1989-1992):

melhoria da qualidade da educação através de mudanças curriculares;

introdução de novos métodos de avaliação;

melhorias salariais e implementação do Projeto Interdisciplinar;

avanço na democratização da gestão das escolas municipais por meio do aumento da participação e controle social nos Conselhos de Escolas;

Promoção do movimento de alfabetização de jovens e adultos (MOVA);

democratização do acesso através não só da renovação da estrutura existente, como também, da construção de novas escolas. Este trabalho contribui para o avanço dos estudos acerca das práticas políticas-pedagógicas democráticas.

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poucas referências fazem menção sobre esse tema em Paulo Freire, mas ele teve diversas experiências nesse campo. Foi assessor de ministros de educação. Antes do exílio, onde, por um curto período de tempo, coordenou o Plano Nacional de Educação na gestão de Paulo de Tarso C. Santos,

PAULO FREIRE: O ADMINISTRADOR PÚBLICO

Há poucas referências que fazem menção sobre esse tema em Paulo Freire. No entanto, ele teve diversas experiências nesse campo:

Foi assessor de ministros de educação. Antes do exílio, onde, por um curto período de tempo, coordenou o Plano Nacional de Educação na gestão de Paulo de Tarso C. Santos, Ministro da Educação de João Goulart na década de 1960;

Durante o exílio, nos anos setenta, foi assessor do Ministro de Educação de Guiné Bissau - Mário Cabral, e de outros ministros de países africanos recém independentes.

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DESAFIOS À FRENTE DA SECRETARIA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE SÃO PAULO

Quando assume a Secretaria Municipal de Educação, Paulo Freire deparou-se com um contexto educacional degradado. Não que em algum momento de sua prática de educador estivesse alheio a essas informações. Mas, por estar agora no governo, cabia a ele e a sua equipe transformar esse quadro repleto de desafios, dentre eles, o de uma realidade orçamentária que era mínima para os investimentos que a educação defendida por ele requisitava.

1986 e 1988, Jânio da Silva Quadros:• o enrijecimento da administração janista temos a revogação do Regimento Comum, elaborado na gestão

de Mario Covas, retomando ao de 1982;• mudou o cargo de Orientador Pedagógico para o de Supervisor;• apreendeu os livros das salas de leituras das unidades escolares alegando serem eles subversivos;• realizou concursos de ingresso para diretores e para professores desconsiderando os concursados da

administração anterior;• lançou punições e demissões aos grevistas de 1987• o retorno de práticas de Educação Moral e Cívica (hasteamento diário da bandeira nacional e execução

semanal do hino nacional nas unidades escolares)

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Movimento de Reorientação Curricular - Inter

Grupos de Formação (diretores,Coord.Pedagógicos e Professores)

Projeto Gênese- Informática na escola MOVA

PROJETOS NA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO: 1989-1992

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“O caráter inovador do Projeto Inter reside precisamente no fato de conter em si a ligação do conceito freireano da construção coletiva do conhecimento, no sentido de uma consciência transformadora através da troca dialógica, com a idéia de que se atinge melhor a compreensão da realidade através de uma abordagem interdisciplinar da organização do conhecimento no currículo, no contexto formal da escolarização de crianças do ensino elementar”. (Torres, Cadiz e Wong, 2002:117).

Princípios: trabalho coletivo, autonomia escolarestudo da realidade como resultado da ampliação da visão de mundo dos sujeitos da ação pedagógica, relação democrática entre saber e poder, dialogicidade e a educação política.

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REORIENTAÇÃO CURRICULAR

foi definido pela via da interdisciplinaridade e estruturado a partir de conhecimentos significativos para os educandos, como um processo de produção coletiva por todos os envolvidos, ou seja, pela escola, pela comunidade e por especialistas nas diferentes áreas do conhecimento;

os ciclos de aprendizagem, objetivando romper e superar com a lógica seriada, a concepção de educação bancária, a linearidade e a fragmentação curricular, a organização rígida do tempo e do espaço escolar, a avaliação etapista, classificatória, a retenção escolar, a dicotomia entre ensinar e aprender;

A proposta dos ciclos objetivou ressignificar o processo de construção do conhecimentopelo educando a partir do paradigma epistemológico crítico-emancipátório, que articulava a dimensão sócio-cultural, considerando a realidade de cada escola e dos educandos, com a dimensão do processo ensino-aprendizagem.

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CICLOS DE APRENDIZAGEM

1992, juntamente com o Regimento Comum das Escolas Municipais, concretiza- se a proposta de organização da escola em ciclos, ou seja, o ensino fundamental passa a organizar se em três ciclos: o ciclo inicial em três anos (antigas 1ª, 2ª e 3ª séries), o ciclo intermediário em três anos (antigas 4ª, 5ª e 6ª séries) e o ciclo final em dois anos (antigas 7ª e 8ª séries): reestruturação da carreira do magistério; valorização salarial dos profissionais da educação; fortalecimento do trabalho coletivo dos profissionais na escola; formação permanente dos professores, destacando-se a modalidade de grupos de formação permanente, em horários

coletivos remunerados e incorporados a jornada de trabalho, para reflexão entre os Professores, Coordenadores Pedagógicos e Diretores de Escola;

participação e envolvimento de toda a comunidade escolar; construção do programa curricular por cada escola de acordo com a realidade local, utilizando-se do estudo preliminar da

realidade local resgatando o cotidiano da escola, da problematização das situações-limites para denunciá- las, anunciando sua superação a partir de uma educação crítico-emancipatória e da sistematização dos temas geradores a partir do levantamento de conteúdos significativos para os alunos.

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DEMOCRATIZAÇÃO DA GESTÃO

Conselho de Escola como órgão deliberativo; Conselhos Regionais de Escola (CRECE) por representatividade e incentivando a

participação no Grêmio Estudantil e na Associação de Pais e Mestres (APM); descentralizou os recursos financeiros para as escolas de modo que as verbasfossem aplicadas de acordo com as reais necessidades e demandas apresentadas, garantindo efetiva liberdade de escolha para a realização de projetos educacionais, promovendo, então, uma concreta autonomia pedagógica das unidades escolares.

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REFERÊNCIAS AGUIAR, Denise R. da C. - A proposta de política pública educacional no município de São Paulo: a (des) construção de uma escola pública popular, democrática e com qualidade

QUERUBIM ,Viviane R. - Paulo freire como administrador público - um estudo sobre a administração de paulo freire na secretaria municipal de educação de São Paulo

SAUL, Ana M. & SILVA, Antonio F. G. - O legado de Paulo Freire para as políticas de currículo e para a formação de educadores no Brasil

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