Principios Gerais de Anatomia

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PRINCPIOS GERAIS DE ANATOMIAProfa. Juliana Normando Pinheiro INTRODUO E CONCEITOS GERAIS.A anatomia a cincia que estuda o corpo animal no atinente a sua forma e estrutura sem descuidar do aspecto funcional. A palavra anatomia, etmologicamente de origem grega: ana = atravs de tome = cortes. Com o aprimoramento das tcnicas de investigao anatmica e advento do microscpio, tornou-se necessrio dividi-las em anatomia microscpica e anatomia macroscpica. A Anatomia Macroscpica o estudo das estruturas observveis a olho nu, utilizando ou no recursos tecnolgicos os mais variveis possveis. A Anatomia Microscpica aquela relacionada com as estruturas corporais invisveis a olho nu e requer o uso de instrumental para ampliao, como lupas, microscpios pticos e eletrnicos.

DIVISO DA ANATMIA MACROSCPICAA anatomia divide-se em: Embriologia estuda a anatomia do concepto acompanhando todas etapas de desenvolvimento. Anatomia Comparativa como nome sugere visa estabelecer comparaes e possveis e correlaes entre os aspecto anatmicos de diferentes espcies animais Anatomia especial objetiva estudar aspecto anatmicos de uma dada espcie.

Anatomia sistmica (Descritiva), ocorre quando estudamos a anatomia de uma ou mais espcie atravs dos sistemas que o constituem. Ex. sistema sseo , articular, muscular e etc. Anatomia topogrfica estuda o corpo do animal por regies. Anatomia aplicada consiste no estudo da anatomia descritiva e topogrfica visando aplic - la na clnica mdica , cirrgica e etc.

NOMENCLATURA ANATMICANos primrdios da anatomia, os relatos dos que a investigavam baseavam-se em descries dos rgos e demais estruturas, e quando muito, comparavam com coisas e objetos conhecidos ex.: Tireide, em forma de escudo; Cricide em forma de anel. S no incio do Sc. XV, SILVIUS ( 1478 1555 ) Prof. de VESLIUS ( 1514 1564 ) deu inicio a utilizao de termos prprios que designassem as estruturas anatmicas. No entanto a partir da, muitas vezes a mesma estruturas era denominada de maneira diferente, o que passou a causar grande confuso. Todo esse descontrole levou ao final do Sc. XIX., a existncia de cerca de 50.000 nomes para 5000 estruturas. Em 1895, deu-se a primeira iniciativa para organizao da terminologia anatmica. Nomina anatmica veterinria: http://www.wava-amav.org/Downloads/nav_2005.pdf

DIVISO DO CORPO DOS QUADRPEDESCabea Crnio e Face Pescoo.

Tronco Dorso _ Abdome _ Pelve. Cauda. Membros Torcicos _ Plvicos.

POSIO ANATMICACom o propsito de unificar os critrios de descrio anatmica convencionou-se a adoo da chama da posio anatmica, em que o animal encontra-se em estao, com os quatros membros apoiados num plano horizontal cabea e olhar dirigidos para frente (horizonte). Sendo assim independente da posio que o animal estiver, seja em mesa cirrgica, radiologia ou mesa dissecao os termos designativos de posio e direo sero sempre os mesmo.

PLANOS DE DELIMITAAO Para favorecer o estudo e a indicao de suas partes o corpo animal encerrado por meio de seis planos imaginrios, dentro de uma figura geomtrica em forma de paraleleppedo. Os quais so chamados de planos de delimitao do corpo animal. Os quais so:

Plano cranial o plano vertical, situado frente do animal e constituindo a face anterior do paraleleppedo. Toda estrutura que dele se aproxima dito cranial . Plano Caudal o plano vertical oposto ao cranial, ou seja, tangncia a cauda do animal. As estruturas que dele se aproxima sero ditas caudal. Plano Ventral o plano horizontal sobre o qual se apoiam os quatros membro, podendo ser representado pelo prprio solo. Toda estrutura que dele estiver prxima ser considerada ventral. Plano Dorsal o plano horizontal que tangncia o dorso do animal portanto em posio oposta ao plano ventral. Toda estrutura que dele se aproximar ser dorsal. Planos Laterais (direito e esquerdo) So planos verticais que tangenciam as faces laterais do corpo. Toda estrutura anatmica que dele se aproximam ser dita lateral.

EIXOS DE CONSTRUO H trs grandes eixos, formados por linhas imaginria, considerados importantes referncias posio e direo aos rgos do corpo os quais so: Eixo Crnio-caudal obtido a partir da interseo das diagonais do plano cranial ao ponto correspondente do plano caudal. Eixo Dorso-ventral obtido a partir da interseo das diagonais do plano dorsal ao ponto correspondente plano caudal. Eixo Latero- lateral obtido a partir da interseo entre 2 pontas das diagonais dos planos laterais.

PLANOS DE CONSTRUO OU DE SECO Para obteno dos planos de construo do corpo animal, usamos os eixos de construo j estudado .

Plano Mediano (sagital) obtido deslizando-se o eixo crnio-caudal sobre o eixo dorso-ventral, o qual divide o corpo animal em duas metades semelhantes entre si denominadas antmeros direito e esquerdo. Plano Transversal obtido a partir do deslizamento do eixo latero-lateral sobre o eixo dorso-ventral, o qual divide o corpo animal em duas metades denominadas metmeros cranial e caudal. Plano Horizontal obtido a partir do deslizamento do eixo latero-lateral sobre o eixo crnio-caudal , obtendo-se a diviso do corpo animal em duas metades denominadas paqumeros.

TERMOS DE POSIO E DIREO

Cranial e Caudal: estruturas prximas ou voltadas para o plano cranial ou caudal;

Rostral: rostral substitui o termo cranial para as estruturas localizadas na cabea e dia Dorsal, Ventral e Mdio: estruturas proximas ou voltadas para o plano dorsal ou ventral, mdio usado para designar estruturas entre estas duas; Lateral, Medial, Intermdio e Mediano: posio da estrutura em relao ao plano mediano. Prximo ao plano lateral ou mediano designamos lateral e medial, exatamente sobre o plano mediano denominamos mediano, entre um lateral e um medial, denominamos de intermdio; Palmar e Plantar: referem-se face caudal do carpo, metacarpo, tarso, metatarso e dedos; Proximal e distal: para membros e rgos apendiculares. Indicam mais prximo e mais distante da raiz ou insero; Externo / interno: significam respectivamente mais prximo ou mais distante do centro de um rgo ou de uma cavidade; Superficial/ profundo: indicam mais prximo ou mais afastado da superfcie do corpo respectivamente; Superior e Inferior: Superior e inferior so termos pouco utilizados em animais, servindo para designar somente os lbios e plpebras superior e inferior.

VARIAO ANATMICA

A diferenas morfolgicas visveis entre as espcies algumas vezes se confirma nos aspecto funcional. No entanto frequentemente, uma determinada funo desempenhada por estruturas anatmicas no afins. Nessa circunstncia o membro torcico de um animal quadrpede tem a mesma origem e localizao das asas das aves porem com funes completamente distintas, neste caso trata- se de estruturas homlogas. Se por outro lado uma mesma funo for desempenhada por estruturas de origem e localizao diferentes como ex. os pulmes dos mamferos e s guelras dos peixes dizemos tratar de uma estrutura anloga. Vale ressaltar que o estudo da anatomia baseia-se em determinados padres correspondentes as vrias espcies e que ligeiros desvios desses padres morfolgicos so denominados Variao anatmica. A variao anatmica no compromete o funcionamento do rgo ou estrutura. No entanto podem ocorrer variaes morfolgicas que determinam o comprometimento da funo neste caso e chamado de anomalia como exemplos temos teta invertida na porca , presena do primeiro dedo no membro plvico do co e outros. Se a anomalia presente for de tal forma acentuada que seja incompatvel com a vida chamamos de monstruosidade exemplos agenesia de encfalo etc. FATORES GERAIS DE VARIAO ANATMICA. Idade Inmeras so as variaes anatmicas em decorrncia da idade nos animais, dentre elas desenvolvimento do timo at a puberdade a partir da a uma regresso, modificao dentria no equino ausncia de cornos nos bovinos jovens. Sexo Alm diferenas inerentes ao rgo reprodutor existem caractersticas secundrias como presena do dente canino nos machos nos equinos, diferenas de cores nas fmeas felinas que podem apresentar trs cores. Raa O fator racial pode ser observado diferenas anatmicas dentro de uma mesma espcie. Assim o formato do crnio no co.